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Jurisdição: Conceito, Características e Princípios

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Jurisdição – Judiciário
Conceito: 
Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. 
Como: 
Objetivo:
Poder – O Estado detém através da Jurisdição tem o poder de resolver os conflitos, pacificar a sociedade. 
 Função – incumbência, encargo do Estado de resolver conflitos desenvolvendo atividade;
Atividade – realização de atos processuais, atividade processual jurisdicional. Ex.: petição inicial, protocolo, que é o 1º ato do processo.
Conceito de Jurisdição atribuindo os 3 elementos
Poder do Estado de: fazer atuar o direito exercendo a função do Estado, através dos órgãos jurisdicionais, de promover a pacificação social revezando um complexo de atos do juiz ao exercício inerente da atividade jurisdicional. (intervir quando for necessário)
Elementos: 
Jurisdição, Ação, Processo e Defesa.
Características: O que dá identidade as coisas.
Substitutividade: o juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele (Chiovenda). Não é exclusividade da jurisdição. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), por exemplo, julga conflitos de concorrência entre as empresas, tendo função substitutiva, mas não é jurisdição porque não tem a característica de substitutividade da jurisdição.
Exclusividade da jurisdição: aptidão para a coisa julgada material. Somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de tornar-se indiscutível. Única função do Estado que pode ser definitiva. Quem dá a última palavra é o judiciário. 
Coisa Julgada – aquilo que levou para ser julgado, trânsito em julgada. 
Coisa Julgada Formal – o juiz verifica os aspectos formais do processo.
Coisa Julgada Material – pretensão = O bem a vida – pedido = mérito 
Julgamento da matéria, não pode ser julgada 2 vezes. 
Imparcialidade da jurisdição: terceiro que é estranho ao conflito. Não pode ser interessado no resultado do processo.
Monopólio do Estado: só o Estado pode exercer a jurisdição. Estado é que julga e que diz quem pode julgar. Não precisa ser um órgão estatal julgando. Por esse motivo, a arbitragem é jurisdição, porque foi o Estado que disse quem julga.
Inércia: a jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício. Está praticamente restrita à instauração do processo, porque, depois de instaurado, o processo deve seguir por impulso oficial.
Unidade da jurisdição: a jurisdição é una, mas o poder pode ser dividido em pedaços, que recebem o nome de competência.
Lide – Teoria clássica - Conflito de interesses qualificado por um pretensão resistida. 
Teoria revisionista – diz que precisa do juiz para dar a definição para resolver, intervir, por mais que não haja conflito.
Diferenciação entre Jurisdição contenciosa e voluntária
Contenciosa é marcada pela presença de litígio. A existência da ameaça ou violação de um ato ilícito é pressuposto fundamental de atuação da jurisdição contenciosa.
Voluntária não existe litígio. Não existe uma lide, ou seja, não há conflito de interesses entre duas pessoas, mas apenas um negócio jurídico, com a efetiva presença do juiz.
Princípios Atinentes (alguns)
- Juiz Natural 
- Imparcialidade;
- Inafastabilidade;
- Indeclinabilidade;
- Aderência do território; 
- Inércia;
 Classificação da Jurisdição (ou espécies de justiças)
Quanto à matéria a ser julgada
a.1.) Penal – Ius Punund
a.2.) Civil – Por exclusão 
b) Quanto a hierarquia dos órgãos da Jurisdição:
Inferior – Ver art. 92, CF
Superior – Ver art.92, CF
Quanto à competência de função exercida pelo órgão Jurisdicional.
c.1.) Originária
c.2.) Recursal
d) Quanto à fonte a embasar o julgamento:
d.1.) de direito
d.2.) de equidade

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