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9. Regulação do debito cardiaco e retorno venoso

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Debito cardíaco, retorno venoso e suas regulações 
 
Débito Cardiaco é a quantidade de sangue bombeado pela aorta a cada minuto. Em condições normais, o debito deve 
ser igual ao retorno venoso. Experimentos motram que o debito cardíaco aumenta, em termos aproximados, 
proporcionalmente à área de superfície corporal. 
 
Controle do Débito Cardiaco – Mecanismo de Frank-Starling 
Segundo a lei de frank Starling, quando quantidades elevadas de sangue fluem para o coração, ocorre distensão das 
paredes das camaras cardíacas. Como resultado, o coração de contrai com mais força. A distensão também faz com 
que o nodo sinusal se distenda, alterando sua ritmicidade própria. 
O retorno venoso é a soma de todos os fluxos sanguíneos locais. Ou seja, o metabolismo tecidual que controla a 
quantidade de sangue em cada tecido é responsavel também por controlar, pensando na somatória, o debito cardíaco. 
Em condições normais, o nível do debito cardíaco varia de acordo com as variações da resistência periférica total. 
Quando um aumenta, o outro diminui. Ou seja, quando a resistência periférica aumenta, o debito cardíaco diminui 
em razão do aumento da pós-carga e dificuldade do coração em bombear. 
Dois fatores importantes podem causar um coração hipereficaz: estimulação nervosa e hipertrofia do musculo 
cardíaco. A estimulação simpática e inibição parassimpática podem aumentar a FC. O aumento da carga a longo prazo, 
mas não excessivamente a ponto de lesar o coração, faz com que o musculo cardíaco aumente sua massa e força 
contrátil, permitindo que o coração bombeie volumes maiores de sangue, o que aumenta o debito cardíaco. 
O aumento do debito cardíaco resulta de uma vasodilatação periférica que ocorre frente às necessidades de cada 
tecido em utilizar ou não mais oxigênio. Ou seja, em algumas condições clinicas, como no hipertireoidismo em que o 
metabolismo de todos os tecidos fica aumentado, a autorregulacao promove uma vasodilatação periférica, ou seja, 
diminuição da resistência periférica. Com isso, aumenta-se também o retorno venoso e por conseguente o debito 
cardíaco. 
Por outro lado, qualquer fator que interfira no retorno venoso também pode causar diminuição do debito cardíaco, 
como volume sanguíneo diminuído (hemorragia), obstrução de veias que chegam ao coração, hipotireoidismo, 
dilatação venosa aguda.. 
 
Curvas de Retorno Venoso 
Quando a capacidade de bombeamento do coração está diminuída, a pressão atrial direita aumenta. Logo, aumenta-
se a pressão sobre as veias que levam o sangue pro coração, fazendo com que o sangue se acumule na circulação 
sistêmica, reduzindo o retorno venoso. Como consequência da diminuição do retorno venoso, o bombeamento 
cardíaco diminui ainda mais. Ou seja, quanto maior o enchimento do sistema, mais fácil é o fluxo de sangue para o 
coração. Quanto menor o enchimento, mais difícil é para o fluxo de sangue chegar no coração. 
Quando a resistência nas veias aumenta, o sangue começa a se acumular principalmente nela. Entretanto, a pressão 
venosa não se altera muito pois são muito distensíveis. Isso faz com que a pressão no átrio direito diminua 
drasticamente. 
 
Efeitos compensatórios em resposta ao aumento do DC 
O debito cardíaco aumentado, no caso de um aumento do volume sanguíneo, por exemplo, dura poucos minutos. Ele 
é controlado por: 
• O aumento do DC eleva a pressão capilar, de modo que aumenta a pressão hidrostática e parte do volume do 
sangue sai para os tecidos 
• O aumento da pressão nas veias faz com que elas se distendam, aumentando sua função de reservatório, 
incluindo locais especiais como o fígado e o baco, que servirão também de reservatório, reduzindo a pressão 
de enchimento do coração. 
• O excesso de fluxo sanguíneo aumenta a resistência periférica vascular (pelo mecanismo de autorregulação), 
elevando a resistência ao retorno venoso. 
 
→ Estimulação simpática sobre o debito cardiado. A estimulação simpática faz o coração bombear mais forte, 
aumentando a pressão de enchimento por contrair os vasos periféricos, elevando a resistência ao retorno venoso. 
→ Inibiçao Sipatica sobre o debito cardíaco. O sistema simpático pode ser bloqueado, por exemplo, por conta de 
uma anestesia. Isso faz com que o debito cardíaco diminua. 
→ Efeito da abertura de uma fistula arteriovenosa. Isso faz com que o sangue flua mais rapidamente para o sistema 
venoso, aumentando o retorno e consequentemente o debito cardíaco.

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