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Débito cardíaco e retorno venoso

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Débito cardíaco e 
retorno venoso 
Débito cardíaco 
• Afterload; 
• É o volume de sangue sendo bombeado 
para a aorta a cada minuto pelo coração; 
• É a soma do fluxo sanguíneo que é 
bombeado para todos os tecidos do corpo; 
• É igual a FC x Volume sistólico (volume 
que sai do coração na contração); 
• Varia conforme a atividade corporal, 
tamanho e idade; 
• Influências: 
 - Atividade corporal/exercício; 
 - Dimensões da pessoa; 
 - Idade; 
 - Sexo: em média tem o valor de 5L/min; 
 ▷ Homens: 5,6L/min; 
 ▷ Mulheres: 4,9L/min; 
 
• A contração cardíaca e a frequência 
cardíaca influenciam diretamente o 
trabalho do coração; 
• Além disso, o que chega e o que sai do 
coração também têm uma influência no 
trabalho cardíaco. 
 Ex: a aplicação de soro na veia 
 
→ Índice cardíaco: 
• O produto entre o débito cardíaco e a 
superfície corporal; à DC x SC 
• O débito aumenta em proporção à área 
da superfície corporal; 
• Índice cardíaco diminuído é indicativo do 
declínio da atividade metabólica ou da 
massa muscular com a idade; 
 
Retorno venoso 
 
 - RV: retorno venoso 
 - Pes: pressão média de enchimento 
sistêmico; 
 - PAD: pressão atrial direita; 
 - RRV: resistência ao retorno venoso 
Marianne Barone (T15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (T15A) Fisiologia I – Prof. Kleber P. Pellucci 
• Preload; 
• Soma do sangue venoso proveniente de 
todos os tecidos e chega ao átrio direito 
pelas veias cavas; 
• Se não tiver retorno venoso, não ocorrerá 
a oxigenação do sangue (= sangue arterial), 
resultando numa baixa concentração de O2 
no corpo, seguida por uma baixa atividade 
metabólica, perda de consciência etc.; 
• Maior frequência cardíaca = maior 
retorno venoso = mais sangue proveniente 
dos tecidos; 
 Ex: exercícios 
• Menor frequência cardíaca = menor 
retorno venoso = menos sangue 
proveniente dos tecidos; 
 Ex: pode indicar hemorragias e/ou 
choque 
• O débito cardíaco é controlado não pelo 
coração, mas sim pela quantidade de 
sangue enviada pela periferia corpórea e 
que chega ao órgão. 
 
→ Curva de retorno venoso: 
 
• Relaciona a pressão atrial direita ao 
retorno venoso; 
• Quando a capacidade de bombeamento 
do coração é diminuída ocorre um aumento 
na pressão atrial direita, diminuindo o 
retorno venoso por “empurrar” o sangue 
para fora do coração; 
• Ao atingir cerca de 7mmHg, o retorno 
venoso chega a zero, gerando um acúmulo 
de sangue nas periferias e aumento da 
concentração de CO2 no sistema (não há a 
oxigenação do sangue); 
• Pressão média de enchimento 
sistêmico: equilíbrio entre pressões arterial 
e venosa pela interrupção da circulação 
sistêmica ao se atingir o valor de 7mmHg; 
• Quando a pressão atrial direita cai para 
valores abaixo de 0, quase não ocorre o 
retorno venoso. Ao atingir o valor de -
2mmHg, o retorno venoso entra em um 
platô, a qual sai apenas quando a pressão 
atrial direita atingir valores entre -
20mmHg e -50mmHg, ou seja, há um 
colapso do sistema causado pela pressão 
negativa, em que as veias são sugadas para 
o interior do tórax, impedindo também o 
fluxo sanguíneo. 
 
→ Lei de Frank-Starling: 
• Mecanismo que faz com que o coração 
bombeie automaticamente toda e qualquer 
quantidade de sangue que flua das veias 
para o átrio direito; 
• Quanto maior a quantidade de sangue 
chegando ao coração, maior a distensão 
das câmaras cardíacas resultando numa 
contração mais forte, aumentando a 
frequência das contrações; à garantir que 
a menor parte possível de líquido seja 
retida no coração 
• Quanto menor a quantidade de sangue 
chegando ao coração, menor a distensão 
das câmaras cardíacas resultando numa 
contração mais fraca, diminuindo a 
frequência das contrações; 
• Maior controlador no débito cardíaco; 
 - Circulação periférica; 
 - Retorno venoso; 
• Em um coração doente, o líquido extra é 
acumulado no ventrículo esquerdo, no 
pulmão e no lado direito do coração, 
resultando na congestão venosa; à 
insuficiência cardíaca = inchaço nas pernas 
 - Há um aumento da pressão interna dos 
vasos, o que “empurra” para fora o líquido 
extra. 
 
→ Distensão do coração: 
• Reflexo de Bainbridge: com a distensão 
átrio direito, há a distensão do nodo 
sinusal, desencadeando o reflexo que vai 
até o encéfalo (centro vasomotor), 
retornando ao coração e aumentando sua 
frequência cardíaca; à aumento de 
frequência = aumento de débito cardíaco 
• A regulação do débito cardíaco é a soma 
das regulações do fluxo sanguíneo em 
todos os tecidos locais do corpo; 
• Todo o sangue local flui para formar o 
retorno venoso, e o coração 
automaticamente bombeia esse sangue de 
volta para as artérias para fluir de novo ao 
sistema; 
• O débito cardíaco é determinado pela 
soma de todos os vários fatores orgânicos 
que controlam o fluxo sanguíneo local. 
 
→ Níveis de exercício e DC: 
 
• Quanto mais exercício realizado = maior 
a frequência cardíaca = maior o consumo 
de O2 = maior débito cardíaco; 
• O sistema nervoso atua relaxando as 
arteríolas musculares para permitir uma 
maior entrada de O2 e outros nutrientes, 
diminuindo a resistência periférica e, 
consequentemente, a pressão arterial. 
Porém, o SN atua imediatamente 
contraindo as veias maiores e aumentando 
a frequência cardíaca, fazendo com que a 
pressão volte a níveis normais. 
 
→ Débito cardíaco x Resistência 
Periférica: 
• A resistência é dada pela contração e 
pulsação dos vasos; 
• O débito cardíaco e a resistência 
periférica são inversamente proporcionais; 
 - Vaso mais contraído = mais resistente 
= menor volume de sangue que passa = 
menor o DC (menor a chegada de sangue 
no coração); 
 - Vaso menos contraído = menor 
resistência = maior volume de sangue 
passa = maior DC (maior a chegada de 
sangue no coração). 
 
Efeito da resistência periférica total sobre o DC: 
• DC = Pressão arterial 
 Resistência Periférica Total 
• Onde: Resistência = diferença de 
pressão sobre o fluxo; 
• Em qualquer ocasião em que ocorra 
variação do nível da resistência periférica a 
longo prazo, o débito cardíaco varia na 
direção oposta. 
 
→ Curva do Débito Cardíaco: 
 
• Podem alterar a capacidade do 
movimento do sangue a variação da 
frequência cardíaca: 
 
Aumento da eficácia do DC: 
• Coração hipereficaz: bombeia o sangue 
melhor que o normal. Pode ocorrer por: 
 - Estimulação nervosa: estímulo do SN 
simpático OU inibição do SN 
parassimpático = aumento de FC e 
aumento da força de contração cardíaca; 
 - Hipertrofia do músculo cardíaco: 
aumento da massa e força contrátil do 
músculo cardíaco, que pode variar em um 
aumento de cerca de 50 a 75% nos atletas. 
O aumento do DC pode chegar até 
40L/min = hipertrofia + estimulação 
nervosa. à hipertrofia fisiológica, 
mantendo o DC de 5L/min = uma baixa 
frequência de repouso (realiza uma maior 
força, liberando a mesma quantidade de 
sangue em uma menor quantidade de 
batidas) 
Diminuição da eficácia do DC: 
• Hipoeficácia do coração pode ocorrer 
por: 
 - Insuficiência coronariana (IAM): as 
artérias coronárias levam uma menor 
quantidade de O2 no coração, diminuindo 
sua atividade pela baixa taxa de respiração 
celular. Pode levar ao infarto do miocárdio 
pela perda das células cardíacas; 
 - Bloqueio nervoso do coração: lesão no 
nodo sinusal, diminuindo a frequência 
cardíaca = queda no DC; 
 - Valvulopatias: alteração nas valvas que 
controlam a passagem do sangue entre 
átrios e ventrículos; 
 Ex: febre reumática; 
 - Miocardites: doenças da musculatura 
cardíaca; 
 - Aumento da pressão arterial contra o 
qual o coração deve bombear; 
 - Cardiopatia congênita. 
 
Aumento do DC por diminuição da resistência 
vascular periférica: 
• Beriberi: a deficiência de vitamina B 
causa a diminuição da capacidade dos 
tecidos de utilizar alguns nutrientes 
celulares e os mecanismos do fluxo 
sanguíneo tecidual local, causando 
dilatação compensatória nos vasos 
periféricos e diminuindo a pressão dos 
vasos; 
•Fístulas arteriovenosas: comunicação 
anômala entre artéria e veia, em que não 
ocorre a passagem pelos capilares, 
encurtando o caminho e diminuindo a 
resistência periférica total com aumento do 
retorno venoso e do DC; 
• Anemia: diminuição da viscosidade do 
sangue, causando a diminuição da 
oxigenação dos tecidos e resultando na 
vasodilatação local e aumento do DC; 
• Hipertireoidismo: aumento do 
metabolismo = aumento da utilização de 
oxigênio = liberação de substâncias 
vasodilatadoras = diminuição da 
resistência = aumento do DC e do retorno 
venoso. 
 
Diminuição do DC: 
• Fatores cardíacos: anormalidades que 
causam redução acentuada da eficácia do 
bombeamento do coração; 
 - Infarto do miocárdio pela diminuição de 
nutrientes; 
 - Cardiopatias valvulares; 
 Ex: Estenose Mitral à impede a 
passagem do sangue entre o átrio e o 
ventrículo 
 - Inflamações do coração: miocardites 
 - Distúrbios Metabólicos: alterações na 
força e na frequência das contrações 
• Fatores não cardíacos: causados pela 
deficiência do retorno venoso; 
 - Hemorragias: volume sanguíneo 
diminuído; 
 - Dilatação venosa aguda: síncope vaso-
vagal, em que a pessoa desmaia pela 
inativação súbita do SN simpático, 
diminuindo a frequência cardíaca (o débito 
cai). Além disso, há a dilatação dos vasos 
periféricos, acumulando sangue nos vasos 
e diminuindo o retorno do sangue ao 
coração; 
 - Obstrução de veias: trombose venosa, 
onde o sangue não circula por vaso 
coagulado; 
 - Diminuição da massa tecidual: ocorre 
por idade, atividade física e outros fatores; 
 - Hipotireoidismo: diminuição da 
atividade metabólica; 
• DC baixo à choque circulatório. 
• Fatores não cardíacos: dificuldades no 
retorno venoso: 
 - Diminuição do volume sanguíneo; 
 - Dilatação venosa aguda com a 
inativação súbita do sistema nervoso 
simpático; à desmaios; 
 - Obstrução das veias maiores; 
 - Diminuição de massa tecidual; 
 - Diminuição da atividade metabólica. 
 
 
 
 
→ Fatores torácicos alterando o 
DC: 
 
 
• Quando ocorre uma diminuição da 
pressão intrapleural (= aumento da pressão 
externa), a curva do débito cardíaco é 
deslocada para a direita, indicando um 
aumento na pressão atrial direita para 
superar a pressão aumentada do lado de 
fora do coração e garantir que ocorra o 
enchimento das câmaras cardíacas com 
sangue; 
• Ocorre o oposto quando tem um aumento 
da pressão intrapleural (= diminuição da 
pressão externa); 
• O deslocamento da curva pode ocorrer 
por: abertura da caixa torácica, 
tamponamento cardíaco (acúmulo de 
líquido na cavidade pericárdica), 
respiração com pressão positiva, 
respiração contra pressão negativa e 
alterações da pressão intrapleural 
durante a respiração. 
 
Pressão média de 
enchimento 
circulatório e 
sistêmico 
• Pressão que sangue parado exerce nas 
paredes do vaso dentro da circulação, ou 
seja, não há fluxo sanguíneo pela 
interrupção do batimento cardíaco, onde 
são igualadas as pressões em qualquer 
parte da circulação; à coração está em 
fibrilação ventricular 
 - Circulatório: imaginando uma parada 
cardíaca total; 
 - Sistêmico: imaginando um 
clampeamento de uma artéria grande 
(aorta); 
• Tem valor médio de 7mmHg; 
• Quanto maior o volume, maior a PMEC; 
• Gradiente átrio: diferença de pressão 
entre o átrio direito e o que chega pelas 
veias sistêmicas; 
 - PVS > PAD, para que ocorra retorno 
venoso e ocorra débito cardíaco. 
 
Resistência 
periférica 
• Atuam dificultando o sistema 
circulatório; 
• A maior parte da resistência ao retorno 
venoso ocorre nas veias; 
• Quando há uma diminuição da 
resistência, há um aumento no fluxo de 
sangue. Com o aumento da resistência, há 
um acúmulo de sangue nas veias; 
 - Mesmo com o acúmulo de sangue nas 
veias, a pressão sobe muito pouco, já que 
as veias são muito distensíveis e podem 
mudar facilmente de tamanho; 
 - Portanto, há uma diminuição da chegada 
de sangue ao átrio direito, pois a pressão 
venosa não supera a resistência. 
 
Aumento do 
volume sanguíneo 
• Em um aumento do volume sanguíneo 
em cerca de 20%, há um aumento de 2,5-3 
vezes do débito cardíaco; 
• Há uma distensão dos vasos sanguíneos, 
o que facilita a passagem do sangue; 
• Quanto maior o enchimento do sistema, 
mais fácil é o fluxo do sangue para o 
coração. Quanto menor o enchimento, mais 
difícil é para o fluxo chegar ao coração; 
• Diminuição da resistência do vaso e do 
retorno venoso (melhor absorção pelos 
tecidos). 
 
→ Mecanismos compensatórios: 
• Com o aumento do débito cardíaco, 
ocorre o aumento da pressão capilar; 
aumentando a saída do líquido para fora 
dos capilares (= em sentido dos tecidos), o 
que regulariza o volume e o leva de volta 
ao normal; 
• O aumento do débito cardíaco leva a um 
aumento na pressão das veias, o que as 
distende gradativamente e resulta num 
relaxamento do stress; à distensão dos 
reservatórios de sangue (fígado e baço) 
levando a diminuição da pressão sistêmica 
média pelo armazenamento do sangue 
nesses órgãos 
• Aumento do débito cardíaco resulta no 
aumento do fluxo sanguíneo pelos tecidos 
periféricos, o que leva ao aumento da 
resistência ao retorno venoso. 
 
Ação do sistema 
nervoso 
→ Estimulação simpática: 
• O sistema nervoso simpático faz o 
coração ser um órgão mais potente como 
bomba; 
• Circulação sistêmica: aumenta a pressão 
média de enchimento (contração dos vasos 
periféricos) e aumenta a resistência ao 
retorno venoso. à não há alterações 
significativas na pressão atrial direita 
 
→ Inibição simpática: 
• A pressão média de enchimento sistêmico 
cai e a eficácia do coração diminui para 
cerca de 80% do normal; 
• Redução do débito cardíaco para cerca de 
60% do normal. 
 Ex: anestesia espinal total que bloqueia 
o sistema nervoso simpático

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