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As brincadeiras na Educação infantil oportunizando um aprendizado lúdico

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16
	 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE PEDAGOGIA
FERNANDA APARECIDA BERTO
AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL OPORTUNIZANDO UM APRENDIZADO LÚDICO 
Juiz de Fora
 
2018
PEDAGOGIA
FERNANDA APARECIDA BERTO
AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL OPORTUNIZANDO UM APRENDIZADO LÚDICO 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
 Orientador: Prof. Natalia Gomes dos Santos
 Juiz de Fora
 
2018
PEDAGOGIA
BERTO, FERNANDA APARECIDA. As brincadeiras na educação infantil oportunizando uma aprendizado lúdico. 2018. 22. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Humanas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Juiz de Fora, 2018.
RESUMO 
O projeto de ensino está voltado a linha de pesquisa docência na educação infantil. Este estudo se justifica, por acreditar que é possível o aprendizado através do brincar. Pois brincando a criança faz descobertas, desenvolve aptidões, se organiza, supera obstáculos, resolve problemas, sendo assim desenvolve seu ser social, pessoal e cultural, facilitando assim seu processo de socialização. Neste trabalho demonstro a importância das atividades lúdicas, no cotidiano da educação infantil, pois, através das brincadeiras ocorre odesenvolvimento de várias habilidades importantes para a infância. É de suma importância que o professor incentive, faça a mediação é facilite o meio de convívio do educando, para que este sinta seguro para desenvolver sua forma de expressar, contribuindo para seu crescimento em todos os âmbitos. Os referenciais teóricos que basearem este projeto foram Piaget, Vygotsky, Philppe Ariés, Tisuko Kishimoto, Maria Luiza Silveira Teles entre outros.
Palavras-chave: Brincadeira 1. Educação Infantil 2. Ludicidade 3. Aprendizado 4. Prática docente 5.
PEDAGOGIA
SUMÁRIO 
1 Introdução.................................................................................................... 5 
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................7
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa..........................................................................17
3.2 Justificativa...............................................................................................17 
3.3 Problematização........................................................................................17 
3.4 Objetivos...................................................................................................17 
3.5 Conteúdos.................................................................................................18
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................18 
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................18
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................19 
3.9 Avaliação..................................................................................................20
4 Considerações Finais...................................................................................21
5 Referências..................................................................................................22
INTRODUÇÃO
 
O projeto de ensino esta voltado a linha de pesquisa docência na educação infantil. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é o momento do primeiro contato da criança com um grupo social externo à sua família.
Apesar de muitas delas já freqüentarem clubes e igrejas, é na escola que se tornam sujeitos de sua ação, onde aprendem conteúdos sistematizados, e adquirem uma nova posição longe das relações parentais. Esse é o tempo de contato com outras crianças, com o professor, e com as pessoas diferentes que compõem este novo ambiente, é o tempo de adaptações e descobertas.
 Para pensar na infância e na Educação Infantil é necessário muita reflexão e estudo, já que essa fase do desenvolvimento é cheia de novidades, avanços e mudanças.
 A escolha desse tema nasce do interesse para melhor compreender o conceito da Educação Infantil como um espaço privilegiado de aprendizagem, onde é possível relacionar o aprender com o brincar. O presente projeto tem como objetivo esclarecer a importância do brincar no contexto da etapa educacional denominada Educação Infantil, mostrando que o lúdico é considerado um importante fator no processo ensino e aprendizagem. 
 Justifica-se o mesmo, pois, as brincadeiras são atividades presentes na infância, que nos move a outras dimensões, a novas sensações, e a experimentações. Na Educação Infantil, as brincadeiras assumem uma linguagem capaz de criar conceitos, ideias, explorar e reinventar os saberes, desenvolver o pensamento crítico, ampliando assim a percepção das crianças, imaginação e as diversas reflexões. Outro fator importante que justifica a execução deste projeto é a forma como o brincar favorece a criatividade e a autonomia, fator essencial para o desenvolvimento infantil, assim como a construção do raciocínio lógico matemático, nas representações de mundo e de emoções, sendo de suma importância para a formação de todos os sujeitos, permitindo o desenvolvimento pleno da subjetividade e a liberdade de expressão.
 Nesta perspectiva, construíram-se questões que nortearam este trabalho:
Quais concepções do brincar permeiam espaços e planejamentos dos profissionais de educação? 
Como ocorre processo de aprendizagem das crianças através do brincar?
 Objetivos:
Analisar as concepções pedagógicas sobre brincar;
Investigar como o brincar pode ser planejado e trabalhado com as crianças;
 Para realização deste projeto será utilizada a pesquisa bibliográfica, a partir de grandes autores como Piaget, Vygotsky, Philppe Ariés, Tisuko Kishimoto, Maria Luiza Silveira Teles, entre outros que contribuíram com a Educação Infantil, livros da Unopar sites cedidos pelo material de apoio da instituição. 
 Desse modo, foi abordada a importância de se utilizar os brinquedos e brincadeiras em sala de aula, atividades, dinâmicas de movimento, utilização de jogos pedagógicos, oferecem momentos de socialização e afetividades, oportunizam aprendizagem por meio do mundo imaginário. 
	
2. REFERENCIAL TEORICO 2.1 A Evolução da Infância
A infância que conhecemos atualmente nem sempre existiu. Por muitos anos as famílias viam a mortalidade infantil como algo natural, uma fatalidade. Os pais sabiam que o filho que morreu logo seria substituído por outro filho.
Percebe-se a falta de sentimento pela infância no século XII, diante da citação de Ariés, o qual afirma que “[...] à arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse a incompetência ou a falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo” (ARIÉS, 978, p. 50). Ou seja, a família não percebia as necessidades específicas das crianças, não as via como um ser com peculiaridades e que precisavam de atendimento diferenciado. Neste período, a única diferença entre o adulto e a criança era o tamanho, a estatura, pois assim que apresentavam certa independênciafísica, já eram inseridas no trabalho, juntamente com os adultos.
Com essas condições, não passavam pela fase de brincar, estudar e se divertir como ocorre com crianças da sociedade atual, ou seja, não experimentavam o período da infância. A educação escolar era apenas de técnicas, de aprender o como fazer, assim, a criança tinha sua formação em meio aos adultos, realizando as mesmas tarefas que eles, carregando as mesmas quantidades que eles, sem diferenciação alguma.
Uma nova concepção de criança e infância surge a partir do século o XVI e XVII no qual ela passa a ser “paparicada”, ou seja, tratada com carinho e atenção, ganhando afago das pessoas ao seu redor.
Mas somente no final do século XVIII as crianças são vistas a partir do seu próprio desenvolvimento. A sociedade passou a separar as crianças dos adultos e então surgem as primeiras instituições escolares.
Na atualidade, a concepção de infância e criança potencializou um cenário diferente de alguns séculos passados. A partir da Constituição 1988, a criança é concebida em sua condição própria de modo mais abrangente, tendo suas particularidades atendidas na lei. 
Art. 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, a dignidade, ao respeito, à liberdade à convivência familiar e comunitária. […].
Desta forma, a infância passa a ocupar lugar um na sociedade e a criança é vista como cidadão de direitos, assegurado pela lei,  sendo responsabilidade da família, do Estado, e sociedade.
Com o intuito de reafirmar  e garantir os direitos das crianças, foi criado o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) promulgado em 13 de Julho de 1990, pela Lei n. 8.069 em cumprimento constitucional no Art.1º diz que: Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente” (BRASIL, 2008, p. 13), e nos Artigos 3º e 4º a proteção integral refere-se ao desenvolvimento e formação nos aspectos: cognitivos, afetivos, físicos, sociais, moral, espiritual e cultural em condições de liberdade e dignidade. Esse estatuto reconhece a criança na infância e o adolescente na adolescência como pessoa de direito a gozarem de todos os demais direitos fundamentais a pessoa humana: direito à vida, à saúde, à alimentação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e a conivência familiar e comunidade (BRASIL, 2008, p. 14).
A partir desse reconhecimento legal sobre a criança e infância, um novo movimento começa a despontar em favor da educação de crianças e assim estudiosos e pesquisadores manifestaram suas concepções sobre essa fase de desenvolvimento.
2.2 Os Estágios do desenvolvimento Infantil e o Jogo Simbólico para Piaget
Piaget descreve o desenvolvimento das crianças em Estágios. Esses Estágios vão evoluindo a partir do momento que a criança vence as dificuldades do estágio em que se encontra, e passe para o estágio posterior. 
Os Estágios do desenvolvimento são definidos por Piaget como:
Sensório-motor: Ocorre por volta de 0 a 2 anos. O período sensório-motor é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo da criança. Durante essa etapa os pequenos começam a experimentar e conhecer os objetos que estão a sua volta através dos seus sentidos e capacidades motoras. A inteligência nessa fase é construída através do movimento e ação pelo processo de ensaio e erro.
Pré-operatório: Ocorre por volta dos 2 a 7 anos. Nessa fase acontecem dois momentos importantes do desenvolvimento infantil. O aparecimento da linguagem, e o pensamento simbólico, que é definido como a capacidade de representar algo que tenha significado. Têm uma visão egocêntrica do mundo.
Operatório concreto: Ocorre por volta dos 7 a 12 anos. Nesse estagio as crianças já não tão egocêntricas, como nos estágios anteriores. Começam a usar o pensamento lógico, mas apenas em situações concretas. É nesta fase que a criança será capaz de fazer tarefas mais difíceis e complexas que requerem lógica, como problemas de matemática. Goulart (2005) afirma que neste estágio a criança também já desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem e causalidade. A reversibilidade também é algo adquirido neste período, ou seja, a capacidade de representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.
Operatório-formal: Adolescência fase do pensamento hipotético-dedutivo, onde o indivíduo tem a capacidade de raciocinar a partir de hipóteses. 
Durante o Estagio pré-operatório as crianças desenvolvem uma capacidade importante para o brincar e as brincadeiras, que é a capacidade de brincar de faz-de-conta, definido como jogo simbólico por Piaget. O jogo simbólico aparece predominantemente entre os 2 e 6 anos e “consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real e função dos desejos” ou seja tem como função assimilar a realidade (Piaget, 1990).
A criança tem a possibilidade de reproduzir nesses jogos as relações existentes no seu convívio e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-expressar. Esses jogos de faz-de-conta possibilitam à criança a realização de sonhos e fantasias, revela conflitos, medos e angústias, aliviando tensões e frustrações (Piaget, 1990).
Isto possibilita a compreensão e a reorganização das suas estruturas mentais. Assim, o jogo simbólico é a representação corporal do imaginário. Apesar de predominar a fantasia, a atividade psicomotora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação pode modificar a sua vontade usando o “faz de conta”.
Através do jogo simbólico a criança exercita não só a sua capacidade de pensar (representar simbolicamente as suas ações), mas também as suas habilidades motoras já que ao brincar, salta, corre, ou manipula objetos.
2.3 O Desenvolvimento infantil e as brincadeiras
Segundo Vygotsky (1988), desenvolvimento e aprendizagem são processos que estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança. Logo, a partir da apropriação da cultura, o meio externo vai lhe dando condições para que seu aprendizado aconteça, propiciando assim seu desenvolvimento. Nessa fase da vida, o educando estará realizando constantes e significativas trocas adulto-criança e também criança-criança, o que contribuirá para sua socialização infantil, para sua convivência social e para a resolução e superação de possíveis conflitos, uma vez que as interações são amplamente constituídas de relações e significados.
O brincar, além de fonte de prazer, pode servir para que a criança interaja com a realidade, o que é fundamental para seu desenvolvimento. Através dessa interação, ocorre a apropriação do mundo, a construção de seu conhecimento sobre ele e a reestruturação de tal conhecimento, articulando-o com aspectos da vida social.
 Piaget (1983) postula ainda que, através do ato de brincar, ocorrem os processos chamados de assimilação e acomodação. Diante das novas imposições advindas da brincadeira, o indivíduo coloca em exercício sua estrutura de assimilação, incorporando, dessa forma, novos eventos, objetos e situações, ou seja, essa desequilibração causa modificações nas estruturas cognitivas originais do sujeito, transformando-as em novas estruturas. A esse processo final é dado o nome de acomodação.
Ainda nessa mesma perspectiva, Vygotsky (1988) propõe que a interação dialética do homem com seu meio externo sociocultural, mediada por instrumentos e símbolos, é fundamental para a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) da criança, sendo esta “a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto […]”. Através do brincar, a criança assume papéis e funções que não pertencem ao seu cotidiano, internalizando-os. Além disso, trabalha sua capacidade de controlar seu comportamento, inclusiveo egocêntrico, experimenta novas habilidades, entre outros, o que favorece o desenvolvimento das funções psicológicas superiores e, consequentemente, do pensamento abstrato.
Outro fator importante das brincadeiras é o envolvimento das crianças em uma atividade que exija levantamento de hipóteses, comunicação, observação, comparação, entre outras habilidades. Devemos ter em mente que as crianças da Educação Infantil estão vivenciando o mundo com o seu corpo, suas emoções e sua mente.
 Por meio das brincadeiras a criança descobre a si mesma e ao mundo a seu redor, possibilitando o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social. Na brincadeira a criança se desenvolve e aprende, interage com outras crianças, familiares e comunidade. 
Como Vygotsky, acreditamos que o indivíduo constrói conhecimentos através das interações sociais, convivendo com outros sujeitos que estão imersos em determinada cultura que fornece a esses indivíduos um universo de significados, permitindo-lhes construir uma ordenação, uma interpretação de dados do mundo real.
Para que se estabeleçam as condições adequadas às interações, o educador deve pautar-se tanto em questões emocionais e afetivas como nas cognitivas. Ele deve criar situações de mútua ajuda e cooperação para que, a partir daí, abra-se possibilidade de desenvolvimento e de aprendizagem. 
Através da organização do trabalho em grupo, jogos, momentos de brincadeiras, de exploração do ambiente que a rodeia, a criança vai expressando-se oralmente, saciando a sua curiosidade e trocando saberes e emoções.
2.4 As brincadeiras na prática pedagógica 
 A criança vê a brincadeira de forma diferente do adulto, para elas muitas vezes não é um simulador da realidade, tanto que Piaget (1971) apud Kishimoto (2001) afirma “quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira sem compromisso com a realidade, pois sua interação como o objeto não depende da natureza do objeto mais da função que a criança lhe atribui”. Desse modo, o objeto para a criança passa a ser o que ela quer que seja na hora da brincadeira, priorizando assim, sua liberdade. Ainda na brincadeira, a criança estimula suas aptidões e criação acerca da compreensão da realidade.
Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. (BRASIL, 1998, p. 22).
No momento em que a criança brinca, ela projeta o que acontece em seu cotidiano, o comportamento é espontâneo, em alguns momentos brinca de mamãe e filha, depois de médico, professor, as ações vão se modificando, tornando o brincar flexível.
Segundo Teles (1997, p. 15), “brincar, acima de tudo brincar com liberdade, é uma das condições para estimular, principalmente, a criatividade”. As brincadeiras levam a criança a compreender a realidade, ao mesmo tempo em que estimulam a imaginação, que são condições básicas para ser criativo. Por isso, se a brincadeira estimula a criatividade, deve acontecer num ambiente de liberdade e flexibilidade psicológica, de busca de prazer, de auto-realização.
Diante do apresentado acima é importante que os profissionais da educação vejam a brincadeira como algo sério que acrescenta na organização e no planejamento diário das ações do professor, assim, brincar não significa perda de tempo como também não é uma forma de preenchimento de tempo, mas uma maneira de colocar a criança de frente com o objeto, muito embora nem sempre a brincadeira envolva um objeto.
Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação infantil (RCNEI) são um conjunto de documento criado em 1998 pelo Ministério da Educação e Cultura do Brasil que retrata de uma maneira geral a função da educação infantil na vida da criança no espaço escolar. Os RCNEI defendem o brincar como uma atividade necessária no cotidiano escolar, por possibilitar às crianças momentos de experiências e ampliação de novas descobertas. Através desse ato as crianças se desenvolvem em diferentes aspectos, como por exemplo, em relação à autonomia, cognição, linguagem, motricidade, entre outros, visto que nas brincadeiras as crianças têm a oportunidade de participarem, criarem, interagirem umas com as outras e assim resolverem situações que venham surgir durante as atividades favorecendo assim uma melhor compreensão e capacidade de resolução.
Toda criança tem o direito de brincar. Atualmente esse direito se apresenta como um dos direitos da cidadania, como o direito à cultura, arte, esporte e ao lazer, mas sabemos que, muitas crianças encontram-se desprovidas desse direito e privadas da própria infância. Elas não brincam tanto como antigamente. O RCNEI especifica vários aspectos, dentre eles, o do brincar:
A qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania, respeitando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos, devem estar embasadas nos seguintes princípios: O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, etc.; O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; O acesso das crianças aos bens sócio culturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação, ao pensamento, à ética e à ciência. A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. (BRASIL, 1998, p.23).
As crianças, em sua maioria, possuem uma rotina extensa de atividades extra-escolar, aulas de inglês, música, futebol, natação, etc. Essas atividades são importantes, mas é necessário deixar um tempo do dia para as crianças brincarem, de forma livre e espontânea. Elas vivenciarão o seu mundo infantil de forma plena.
A sociedade que vivemos, vem nos desapropriando das atividades lúdicas, impondo aos pais um pensamento cada vez mais centrado nas ideias de trabalho, produção e seriedade. Mas, independentemente da classe social, toda a criança sente a necessidade de brincar e desenvolver atividades gostosas e prazerosas. Como negar à criança a apropriação desse tempo e desse espaço dela? É no brincar que a criança ou adulto fluem de sua liberdade de criar e interagir com o mundo. O brincar é a oportunidade de a criança ser o que realmente é, adquirindo conhecimentos.
A introdução de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica do professor pode desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras descobertas e aprendizagens da criança na educação infantil. Ela adquire informações, habilidades, valores, atitudes, através do seu contato com o meio-ambiente, com os colegas de turma e com o seu contexto em que vive. 
Machado (1994) diz que a brincadeira verdadeiramente espontânea surge da própria criança, que escolheu brincar do seu jeito, no seu tempo e no seu espaço. Isso implica uma atitude por parte do professor, que é deixar a criança tranquila, e com liberdade para fazer suas escolhas. Assim, ela se sentirá mais à vontade para lidar com o mundo à sua maneira, aprendendo o que ela quer aprender. A criança necessita desse espaço que é somente dela, para que ela adquira suas próprias experiências.
O RCNEI (1998) nos mostra a importância das brincadeiras no cotidiano escolar para o desenvolvimento da identidade e autonomia: “O fato de a criança, desde muito cedo, se comunicar por meio de gestos, sons e, mais tarde, representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação”. (RCNEI, 1998, p.22). A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade, e é uma imitação transformadano plano das ideias e de uma realidade anteriormente vivenciada. 
O ato do brincar pode ser uma importante estratégia para o ensino-aprendizagem da criança. Para que ocorra esta aprendizagem, depende da postura do professor na escola em criar formas do aluno utilizar a criatividade, a sua autonomia, a sua imaginação. O papel do educador será fundamental para que ele possa intervir quando for conveniente e incentivar a criança em sua atividade com o brincar. Ensinar não é apenas passar informações, mas mostrar o melhor caminho para alcançar a aprendizagem do aluno. Nesta perspectiva, o RCNEI relata: 
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil, o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas. (BRASIL, 1998, p.30). 
Cabe ao educador criar um ambiente que motive a criança a brincar em grupo e não só a reproduzir conteúdos para os alunos nas aulas. É preciso motivação para que a criança aprenda. Deve-se ainda oferecer um espaço estruturado para brincar, permitindo um enriquecimento das competências imaginativas e criativas. É importante que a brincadeira faça parte do plano de aula da escola. Santos (2002) relata que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e principalmente na infância e deve ser vivenciada não apenas como diversão ou lazer. 
O professor precisa também participar das brincadeiras, bem como organizar situações para que a ludicidade ocorra de forma diversificada e propicie às crianças a oportunidade de escolherem os temas, os papéis, os objetos e parceiros com quem brincar. Assim, elas elaborarão de forma pessoal e independente seus conhecimentos e regras sociais, desenvolvendo a sua aprendizagem. Todo e qualquer trabalho desenvolvido na Educação Infantil deve ser mediante estímulos, integrando a aprendizagem através de jogos e brincadeiras.
Valer ressaltar que o profissional da educação deve saber usar e orientar as crianças a utilizarem os jogos e as brincadeiras nas aulas como recuso pedagógico. O professor não deve oferecer as brincadeiras e o brinquedo apenas para exploração, ou seja, simplesmente deixar os alunos em determinado espaço brincando sem nem uma orientação e consciência de suas ações. O professor ao utilizar jogos e brincadeiras como recurso pedagógico deve planejar a sua aplicação, para que possa desafiar seu aluno e abrir sua mente para descoberta, além de sistematizar o conhecimento que foi construído, permitindo que o jogo não seja visto apenas como diversão ou para motivar sua aula expositiva, mas como algo que estimule o aprendizado. Maluf (2009) nos diz que o educador antes de aplicar uma atividade lúdica, deve saber criar, organizar, agir, mostrar, ajudar e avaliar a atividade proposta. Nesse sentido, observamos a necessidade do professor planejar as atividades lúdicas para trabalhar em suas aulas, e fazer o seu planejamento de acordo com essas atividades.
As brincadeiras precisam ser resgatadas pelos professores buscando as raízes, o que se tinha no passado, que foi ensinado até nos tempos dos avós, pais e que deve estar presente hoje. Os professores precisam estar conscientes que o brincar estimular a criança a viver diferentes situações, e que pode reviver a aprendizagem de uma maneira muito mais satisfatória.
Citaremos a seguir, exemplos de brincadeiras que podem auxiliar na prática cotidiano do professor de educação infantil. Essas brincadeiras foram retiradas do livro: Brincadeiras para sala de aula de autoria Ângela Cristina Munhoz Maluf. Cada brincadeira possui um objetivo e o material utilizado é de baixo custo e fácil de ser encontrado. 
2.5 Brincadeiras para sala de aula
O que é, o que é? 
 Material: Nenhum.
Objetivos: Estimular a concentração, a atenção, e o senso de humor.
Formação: Alunos dispostos em circulo, sentados no chão.
Desenvolvimento: Enquanto os alunos, dispostos em círculo, permanecem sentados no chão, um aluno sai da sala por alguns minutos. Os colegas escolhem um objeto. Não precisa ser um objeto da sala de aula; pode ser qualquer objeto escolhido pelo grupo. O aluno retorna e tenta descobrir qual é o objeto escolhido, formulando perguntas aos colegas e recebendo pistas dos mesmos. Por exemplo: o aluno que saiu da sala dirigi-se a um dos colegas, perguntando: É grande? É faz barulho? È azul? Os colegas só podem responder sim ou não. Quando o aluno que saiu da sala conseguir adivinhar o objeto, o colega que eu a pista é quem vai se ausentar paraadivinhar.
Lá vai o caminhão...
 Material: Nenhum.
Objetivos: Estimular a concentração, atenção, percepção visual e audição.
Formação: Alunos sentados em círculo.
Desenvolvimento: O professor começa o jogo dizendo: Lá vai o caminhão carregado de... (nomes de legumes, frutas etc.). Um aluno de cada vez deverá falar uma palavra, que corresponda ao mesmo tipo de produto indicado pelo professor. Por exemplo, o professor diz: Lá vai ocaminhãocarregado de maças. Os alunos deverão dizer nomes de várias frutas. O aluno que disse uma fruta que já foi nomeada pelo colega, ou falar uma palavra sem sentido, ou demorar a falar a palavra, sai da brincadeira. Assim, seguem brincando, alternando entre frutas, legumes e outras variações. Nestas variações entra a criatividade do professor, inserido na brincadeira seu conteúdo programático, tais como: profissões, meios de transportes, produtos industrializados.
Pode-se variar a brincadeira, fazendo com que o caminhão, em vez de ir carregado, esteja viajando para as capitais dos estados ou para as cidades de um estado predeterminado pelos alunos ou pelo professor, de acordo com os temas em estudo.
Trenzinho
Material: Nenhum
Objetivos: Estimular a memória, atenção, agilidade e pronta reação.
Formação: Alunos em círculo.
 Desenvolvimento: Primeiramente os alunos deverão ficar em círculo, e depois deverão formar um trem. O professor diz ao ouvido de cada participante uma parte do trem. Depois, ele diz: O trenzinho quer sair, mas estão faltando as rodas. Os alunos que são as rodas saem correndo e colocam-se atrás do professor, segurando um a um na cintura do outro. Depois o professor continua dizendo: O trenzinho quer sair, mas estão faltando as janelas. E assim por diante, todas as partes do trem são chamadas. O trenzinho só irá quando estiver completo, com todas aspartes.
Pode-se sair pela sala, imitando o trem, seu barulho, apito, movimentos de curvas etc. da mesma forma pode-se variar o tipo de transporte, obedecendo as características de cadaveículo.
Quem sou eu?
Material: Papel e caneta, caixa ou boné.
 Objetivos: Estimular a concentração, atenção, criatividade e senso de humor.
Formação: Alunos sentados em suas carteiras, em círculo.
 Desenvolvimento: Cada aluno deverá escrever seu nome em um pedaço de papel e deposita-lo em um boné ou caixa. O professor mistura bem os papéis; a seguir cada aluno retira um, fazendo uma descrição escrita do colega cujo nome ele tirou. A descrição deve ser bem curta. O professor pode estabelecer um tempo para a produção, avisando quando este tempo estiver quase esgotando. Recolhem-se todas as descrições que, a seguir, são lidas em voz alta. Atribuem-se pontos aos alunos que descobrirem o colega cuja descrição o professor estalendo.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino 
3.1 Tema e linha de pesquisa 
O presente projeto de intervenção esta embasado em teorias de grandes filósofos e estudiosos que destacam a importância das brincadeiras e dos jogos na educação infantil, o mesmo estavoltado para as turmas de pré-alfabetização (2º período).
A ideia é importante e possui grande relevância, pois se compreende que as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com prazer e satisfação, colocando assim, as brincadeiras como o meio para se alcançar o fim desejado: O aprendizado de forma lúdica. 
O tema esta relacionado aos eixos estudados nas disciplinas durante o curso de Pedagogia, promovendo ampliação e conhecimento sobre as brincadeiras na Educação Infantil.
3.2 Justificativa
O motivo pela qual escolhi o tema parte da necessidade em compreender que os jogos e brincadeiras devem ser explorados por todos os professores, pois, os principais documentos que organizam os currículos da Educação Infantil descrevem a importância da brincadeira para a aprendizagem lúdica.
3.3 Problematização
O interesse em desenvolver esta pesquisa nasceu da necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre as oportunidades de aprendizagem que as brincadeiras e os jogos podem ofertar. 
Nessa fase do desenvolvimento as brincadeiras e os jogos são excelentes ferramentas para desenvolver a aprendizagem dos conteúdos, além de favorecer a criatividade e a autonomia
3.4 Objetivos
Analisar as concepções pedagógicas sobre brincar;
Investigar como o brincar pode ser planejado e trabalhado com as crianças;
Promover o hábito de brincar.
3.5 Conteúdos
Os conteúdos trabalhados no presente projeto serão: Linguagem oral e Escrita, Matemática, Natureza e sociedade, Literatura Infanto-juvenil. 
3.6 Processos de desenvolvimento
O projeto será executado seguindo o planejamento descrito abaixo:
	Apresentação:
Tema: “Brincadeira e Descobertas”
O projeto será aplicado no 2º Período da Educação Infantil (5 anos)
Período de realização: Outubro de 2018
	Justificativa:
A arte possibilita a criança a realizar grandes descobertas, pois estamos tendo contato com um mundo de cores, sensações, formas e símbolos fazendo uma releitura do mundo e de si mesma.
 Trabalhar os quadros do pintor Ivan Cruz, não limita conhecer apenas as cores, formas e sensações, mais nos abre um leque de brincadeiras antigas e esquecidas por gerações e pensando no momento em que vivemos que foram deixadas de lado brincadeiras tão importantes para o desenvolvimento humano, brincadeiras que eram do tempo de nossos pais e avós que foram esquecidas e substituídas pelas novas tecnologias. O projeto Ivan Cruz quer registrar a partir de pinturas, brincadeiras que foram e são tão importantes para a construção da identidade.
	Objetivos:
 - Conhecer a biografia e as obras do artista Ivan Cruz.
- Explorar as artes visuais a partir de apreciações, interpretações e releituras feitas pelas crianças.
- Utilizar técnicas (colagem, aquarela, mosaico, entre outras.)
- Potencializar a capacidade criadora das crianças a partir das experiências com as produções culturais apresentadas nas obras de artes do artista Ivan Cruz, retratando as “Brincadeiras de Criança” e com isso poderem se recolher como produtoras de cultura.
- Valorizar as marcas produzidas pela criança no espaço bidimensional e compreendê-las como expressões e ressignificações do mundo. 
- Identificar a importância de favorecer situações adequadas à experimentação e ao conhecimento de cores, formas e textura, em ambiente lúdico e na interação da criança com a natureza e a cultura.
- Possibilitar o resgate das brincadeiras antigas, conforme relato dos pais na pesquisa, valorizando assim a cultura do meio onde a criança está inserida.
	Metodologia:
Num primeiro momento a pesquisa feita com os pais iniciará o assunto, na rodinha serão discutidas as respostas enviadas pelos pais a respeito dos tipos de brincadeiras que brincavam quando eram crianças.
Após a pesquisa feita com os pais apresentação das obras do artista Ivan Cruz que retrata brincadeiras de criança, apresentando também sua biografia.
Releitura das obras através de pintura feita pelas crianças com tinta guache em papel branco, utilizando-se as cores conforme o desejo das crianças.
Brincadeiras no pátio conforme as obras apresentadas e as respostas apresentadas pelos pais, favorecendo assim de forma lúdica o resgate da cultura do meio onde a criança está inserida.
	3.7 Tempo para a realização do projeto
O Projeto ocorrerá durante o mês de Outubro.
1 ª Semana: As crianças levaram pesquisas para casa que serão respondidas pelos pais. Essa pesquisa terá como objetivo saber quais as brincadeiras os pais brincavam quando criança, que aprendizado os pais tiveram com aquelas brincadeiras, qual a brincadeira preferida.
 Apresentar o pintor Ivan Cruz e suas obras, montar um painel que ficará exposto em sala de aula, com a foto do pintor e obras que serão trabalhadas;
2ª Semana: Apresentar o pintor Ivan Cruz e suas obras, montar um painel que ficará exposto em sala de aula, com a foto do pintor e obras que serão trabalhadas;
 3ª Semana: Releitura das obras do Ivan Cruz feita pelas crianças.
4ª Semana: Brincadeiras no pátio a partir das obras do autor.
	3.8 Recursos humanos e materiais:
- 20 alunos
- 1 Professora e 1 estagiaria 
- 5 obras em tamanho ampliado
- 2 caixas de giz de cera
- 4 vidros de tinta guache
- 4 pincéis
- 2 caixas de caneta hidrocor
- 2 caixas de lápis de cor
- 12 folhas de papel ofício A4
	3.9 Avaliação
Observar a criança falando sobre as brincadeiras dos pais, impressões passadas pelos pais aos alunos.
Avaliar o envolvimento das crianças no momento do fazer artístico.
A forma como se empenharam no trabalho, se ampliaram seus recursos criativos para além das orientações dadas.
O cuidado com o seu corpo e o do outro na hora da pintura.
A interação (socialização) com os outros alunos, sejam no momento da arte ou durante as brincadeiras.
considerações finais
A elaboração do plano de ensino possibilitou uma vivência de como criar atividades lúdicas, onde a criança brincando aprende, se desenvolve e se constrói como “pequeno cidadão do mundo”.
O presente trabalho contribuiu para entendermos que, a escola de Educação Infantil tem o papel de possibilitar aos seus alunos o contato e a exploração dos elementos de sua cultura, desenvolvendo suas atividades sensoriais, capacidades e habilidades, a partir dos jogos e brincadeiras. Esses jogos devem acontecer de forma lúdica para que o indivíduo vivencie de forma plena a experiência, aproximando-o ao meio, em situações imaginárias ou reais. 
É imprescindível que, diante dos argumentos expostos torna-se necessário que os desde a formação até o exercício da profissão como professor da Educação Infantil, o indivíduo use os jogos e brincadeiras de maneira lúdica para estimular o desenvolvimento da criança. E valorize estes métodos, de forma que saibam utilizar, ligando essa atividade também escolar a vida da criança fora da escola, fazendo com que a mesma tenha novas percepções e visões de mundo. 
Referências Bibliográficas
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BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm. Acesso em 04 out 2018.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC / SEF, 1998.
GOURLART, Iris Barbosa. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 21. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
KISHIMOTO, TizukoMorchida. ( org) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MACHADO, Marina. O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar, atividades e Materiais. 7. ed. São Paulo: Loyola, 1994.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para a educação infantil: conceitos, orientações e práticas.2 Ed. Petrópolis, RJ: vozes, 2009(a).
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincadeiras para sala de aula - Petrópolis- RJ: Vozes, 2009.
PIAGET, Jean (1990) A Formação do Símbolo na criança. Editora: Livros técnicos e Científicos.
TELES, Maria Luiza Silveira. Socorro! É proibido brincar! Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1997.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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