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Centro cirúrgico Unidade VIII - Sala de Recuperação

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CENTRO CIRÚRGICO
UNIDADE VIII
Enfº. Saulo Fábio Ramos
Esp. Enf. Terapia Intensiva – ULBRA
MSc. Ciências da Saúde - UNESC
MBA Gestão Hospitalar - FUNDASC
SALA DE RECUPERAÇÃO
É a unidade destinada à recuperação anestésica dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, até que os reflexos e sinais vitais voltem ao normal e seja recuperada a consciência.
SALA DE RECUPERAÇÃO
OBJETIVOS DA UNIDADE
Permitir a observação rigorosa do estado geral do paciente;
 Garantir a máxima segurança ao paciente cirúrgico;
Prestar cuidados de enfermagem especializados;
 Prevenir complicações pós-operatórias.
Cuidados com a paciente durante os estágios de regressão da anestesia
SALA DE RECUPERAÇÃO
OBJETIVOS DA UNIDADE
 Registro das observações numa ficha de avaliação;
Tratamento de complicações da anestesia;
Desenvolver protocolos de analgesia pós-operatória;
Transferência do paciente para os cuidados da equipe de enfermaria, uma vez tendo o paciente recebido alta.
SALA DE RECUPERAÇÃO
LOCALIZAÇÃO 
 Deve estar localizado o mais próximo possível do Bloco Cirúrgico para facilitar o transporte bem como o acesso de profissionais do serviço.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
ESTRUTURA FÍSICA 
O leito deve proporcionar fácil acesso ao paciente, ser seguro e que facilite prestar cuidados ao mesmo.
Os materiais necessários para higiene e conforto: cubarim, higiene oral, comadre/papagaio, na cabeceira, gases medicinais e tomadas elétricas.
Os equipamentos necessários são o monitor cardíaco, oxímetro de pulso, carro de urgência completo, contendo o material de entubação e drogas, bombas de infusão, desfribilador cardíaco, aspirador manual e outros.
Diversos: seringas, equipos, pacotes de cateterismo vesical, talas...
SALA DE RECUPERAÇÃO
EQUIPE DE TRABALHO
Enfermeira: supervisiona e coordena os serviços e cuidados de enfermagem.
Anestesiologista: médico responsável pela avaliação pós-anestésica do paciente.
Técnico ou Auxiliar de enfermagem: executa a prescrição médica e de enfermagem, mantendo uma observação constante. Deve conhecer a cirurgia realizada e as condições do paciente após a cirurgia.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
RESPONSABILIDADES
De um modo geral os médicos são responsáveis pelos cuidados médicos e o serviço de enfermagem pelos cuidados de enfermagem. Normas e condutas deverão ser formulados, publicados e periodicamente revisados através de colaboração contínua destes dois grupos de profissionais.
SALA DE RECUPERAÇÃO
1. Supervisão Médica
Chefe dos anestesistas assume a responsabilidade de supervisão da unidade;
Os cuidados pós-anestésicos de cada paciente são de responsabilidade do anestesiologista.
2. Supervisão de Enfermagem
A chefia de enfermagem é responsável administrativamente para designar um serviço de enfermagem competente para a unidade.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
1. Somente será admitida na SRPA pacientes que se recuperam dos efeitos da anestesia e/ou de suas complicações imediatas;
Proteger o paciente de quedas através das grades da cama, levantadas.
2. Toda paciente que recebeu anestesia geral, anestesia regional, ou analgesia deve ter cuidados pós-anestésicos apropriados.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
3. Toda paciente que recebeu anestesia deve ser admitida na SRPA, exceto:
Por ordem específica do anestesiologista responsável pela paciente.
As pacientes sabidamente infectadas. 
Estas permanecerão na sala de cirurgia até sua liberação pelo anestesiologista. Pacientes críticas que necessitem de UTI.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
4. A paciente transportada à SRPA deverá ser acompanhada por um anestesiologista que tenha conhecimento a respeito das condições da paciente. Pode ocorrer hipotensão arterial severa quando o paciente é mudado de uma posição para outra.
5. Ao chegar à SRPA a paciente será reavaliada e um resumo verbal e escrito será transmitido pelo anestesiologista ao serviço de enfermagem. Este resumo incluirá: nome da paciente; cirurgia realizada; nome do cirurgião e anestesista técnica anestésica empregada; necessidades pós-anestésicas específicas no tocante a oxigênio, aspiração, posicionamento no leito, aquecimento, tipo, freqüência e duração de monitorização; cuidados com sondas e acesso venosos
SALA DE RECUPERAÇÃO
O paciente é entregue a equipe responsável da SR, a qual confere:
se as veias estão permeáveis;
respiração;
tipo de anestesia que o paciente recebeu;
monitorização dos sinais vitais dando ênfase ao choque e a hemorragia;
observar nível de consciência;
SALA DE RECUPERAÇÃO
O paciente é entregue a equipe responsável da SR, a qual confere:
avaliar presença de drenos e aspectos da drenagem e curativo;
tipo e localização da dor, necessidade de mudança de decúbito;
examinar o funcionamento dos equipamentos que o paciente utiliza; 
prescrição médica e descrição do ato cirúrgico. 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO
Conforme o tipo de anestesia, manter decúbito adequado (se raquidiana, decúbito dorsal por 12 horas; peridural, decúbito dorsal por 6 horas) ou de acordo com a prescrição.
Observar a sensibilidade dos membros inferiores bem como o retorno da sensibilidade.
Conversar com o paciente situando-o no espaço e no tempo.
Observar o padrão ventilatório, as vias aéreas devem estar livres de secreções.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO
Estar atento ao nível de consciência.
Observar coloração da pele.
Infusões endovenosas (gotejo e permeabilidade da veia).
Sangramentos: registrar volume, aspecto e via de eliminação.
Curativos: devem ser trocados quando necessário, exceto se houver contra-indicação. Registrar se sangramento, secreções e o aspecto da incisão.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO
Drenos e sondas: conforme prescrição poderá ser mantida abertos ou fechada. Registrar volume, aspecto, cor e cheiro dos líquidos drenados.
Sinais vitais: verificar de 15/15 minutos nas primeiras horas e de 30/30 minutos até tornarem-se estáveis, quando então será de hora em hora.
Orientar a fazer exercícios respiratórios.
Se vômitos, lateralizar a cabeça.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO
Fazer higiene oral e umedecer os lábios.
Fazer a movimentação passiva no leito e massagear as panturrilhas de 2/2 horas.
Administrar as medicações e realizar os cuidados da prescrição.
Informar a Enfermeira a qualquer alteração do paciente. 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA
Os critérios de alta são de responsabilidade intransferível do anestesiologista. Para tal julgamento o anestesiologista associará critérios clínicos específicos com os dados objetivos tirados da ficha de recuperação pós anestésica. Cada serviço segue a sua rotina de liberação do paciente baseado em:
sinais vitais estiverem estáveis;
paciente tiver recuperado a consciência;
estiver orientado no tempo e no espaço
SALA DE RECUPERAÇÃO
CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA
obedecer aos comandos na atividade física;
ausência de cianose e palidez;
vias aéreas estiverem desobstruídas. 
saturação de 02, Sp02 95%.
Após a alta a paciente poderá ter destinos diferentes: poderá ir para residência, ir para enfermaria, ir para uma unidade intermediária, ser internada na UTI.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
AVALIAÇÃO PERMANENTE
Após a avaliação inicial e o devido registro na ficha de avaliação a enfermagem manterá observação contínua sobre a paciente com registro a cada 10min nos primeiros 30min, cada 15min nos 30min seguintes, a cada 30min na 2ª hora, e posteriormente de hora em hora. Este registro não deve ser um procedimento isolado mas englobar uma atitude capaz de antecipar e corrigir problemas potenciais antes que eles criem uma situação perigosa e possivelmente irreversível.
Escala de Aldrette – escore 8-10 condições de alta.
SALA DE RECUPERAÇÃO
AVALIAÇÃO PERMANENTE
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOSESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
Podem surgir nas primeiras horas de PO ou vários dias após a cirurgia. As complicações retardam a recuperação fisiológica ( estresse cirúrgico), afetando o resultado da cirurgia.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
 
1- COMPLICAÇÕES GASTRO-INTESTINAIS: ocorrem nas cirurgias abdominais e gastro-intestinais.
a) Distensão abdominal - ocorre devido à manipulação dos intestinos durante a cirurgia, acúmulo de gases no intestino, persistência da imobilidade das vísceras, como pela deglutição de grandes volumes de ar, principal-mente quando o paciente está com medo da dor.
 causa: varia com a intensidade do trauma, tempo de duração de cirurgia, manipulação das alças intestinais no trans-operatório.
 ações: sonda retal de alívio, mobilização no leito, deambulação, SNG, enema.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
 
  b – Náuseas e Vômitos: ocorre em qualquer tipo de cirurgia. Geralmente este estômago já se apresenta com quantidade de ar e suco gástrico aumentados. 
 causas: em virtude de técnica de anestesia geralmente há uma aumento da secreção de muco no estômago, ajudando a enchê-lo; irritação do trato respiratório alto, distensão abdominal, dor, falta de jejum pré-operatório.
 ações: suspensão da alimentação (VO), solucionar causa, controle hidratação. Registrar a quantidade e característica do vômito (aquoso, bilioso, fecalóide, sanguinolento, alimentar). Indica-se o uso de SNG pois em cirurgias do aparelho digestivo aumenta a possibilidade de vômitos.
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
  c) Obstrução intestinal (volvo) - ocorrem em cirurgias do abdome inferior.
 causa: obstrução do fluxo intestinal por aderências.
 sinais e sintomas: dor intensa, distensão abdominal intensa e por vários dias, desconforto, náuseas e vômitos.
ações: SNG, suspensão da alimentação VO e cirurgia.
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
2 – DOR - é um sintoma com o qual o paciente refere uma sensação de sofrimento causada pela estimulação de certos terminais nervosos. Causa alterações físicas e psicológicas no organismo. No paciente cirúrgico ela é aguda e intermitente, + freqüente nas primeiras 24 hs de PO – diminui gradativamente.
 causas: curativos apertados, tosse, movimentação e imobilização, distensão abdominal e estímulos psicossociais (medo).
avaliação: localização, duração, tolerância, significado, experiências prévias.
ações: analgésicos, mobilização, estimulação cutânea, relaxamento, etc 
 
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
3 – SEDE pode ocorrer devido a um desequilíbrio hídrico, ventilação pela boca, uso de oxigênio ou uso da medicação Atropina na indução cirúrgica. Estar atento ao gotejo do soro conforme prescrição e realizar higiene oral freqüentemente
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
4 – SOLUÇOS (hipofonoglossia) - são contrações espasmódicas intermitentes e involuntárias dos músculos respiratórios. Ocorre com mais freqüência no pós-operatório de cirurgias abdominais. É o espaço intermitente do diafragma que se manifesta por um som rude (“HIC”), resultante das cordas vocais fechadas (pelo fechamento da glote).
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
5 - HIPOTENSÃO ARTERIAL - geralmente está relacionada com a mobilização do paciente e mudanças de posição, perdas sangüíneas, drogas anestésicas, etc.
 verificar sinais vitais de 15/15 min 
 observar hidratação parenteral
 manter o paciente aquecido 
 estar atento aos sinais de pré-choque 
 manter boa oxigenação do paciente.
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
6 – HEMORRAGIA - é a saída copiosa de sangue de um ou mais vasos sangüíneos. 
 Causas: afrouxamento da sutura por infecção, rompimento ou erosão de vasos por drenos ou sondas.
 Sinais e sintomas: agitação, pele fria e úmida, taquicardia, hipotensão, PVC  4 cm H2O.
 Ações: posicionamento = choque, infusão de líquidos, monitorização sinais vitais e diurese. Registrar no prontuário o local e volume do sangue.
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
7 – CHOQUE – é a deficiência de um suprimento adequado de oxigenação celular. Ele representa uma resposta do organismo a uma diminuição do volume sangüíneo. TIPOS mais comuns no pós-operatório: hipovolêmico, séptico. 
a) Hipovolêmico: 
 Causas: ocorre devido desidratação ou à diminuição expressiva do volume sangüíneo (hemorragia, edema traumático, vômitos, diarréia, infusão hídrica inadequada).
 Sinais e sintomas: é identificado por palidez, pele fria, úmida e pegajosa, taquicardia, taquipnéia, cianose de lábios, hipotensão, diurese  30 ml/h (1 a 2ml/Kg/h), PVC  4 cm de H2O.
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS NO PÓS OPERATÓRIO - DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO MEDIATO E TARDIO
MEDIATOS: ocorrem imediatamente após a cirurgia.
b) Séptico:
 Causa: septicemia por gram – : infecção hospitalar, infecção da ferida.
 Sinais e sintomas: hipertermia, taquipnéia, pele quente e seca.
 Ações: monitorização SV, PVC e diurese, posicionamento no leito (cabeceira horizontal, membros inferiores elevados cerca de 20 graus, mantendo o corpo em posição horizontal), aumento infusão venosa, antibióticos, hemoterapia.
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
1) INFECÇÃO - é a penetração e crescimento de microorganismos na ferida operatória. Em torno de 10 a 15% dos pacientes desenvolvem infecção da ferida cirúrgica.
 infecção  retardo da cicatrização  deiscência  evisceração.
 causas: preparo inadequado da pele, técnicas não assépticas, deficiência de cicatrização, obesidade, radioterapia pré-operatória, desidratação, etc
 sinais e sintomas: a mesma pode ser identificada por: dor, calor, edema, eritema, secreção purulenta, hipertermia e odor característico. 
 ações: curativos assépticos, antibiótico.
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
a) DEISCÊNCIA - é a ruptura da ferida operatória com afastamento das bordas. Surge geralmente entre ao quinto ao décimo dia pós-operatório, sendo manifestada pela presença de secreção sero/sanguinolenta. 
 sinais e sintomas: rompimento da sutura da ferida.
 causas: infecção, obesidade, idade avançada, distúrbios metabólicos, má alimentação, técnica de sutura inadequada, aumento da pressão abdominal (pela distensão e tosse), movimentação brusca, vômitos, deficiência da cicatrização.
 ações: cobrir ferida com gaze umedecida em SF, ressutura ou cicatrização por 2a intenção
 
 
DESCONFORTOSE COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
b) EVISCERAÇÃO - é a ruptura das bordas da ferida com a exposição das vísceras. A deiscência com exposição de vísceras, pode ocorrer após o 7o PO. Inicialmente pode ser parcial e rapidamente progredir para deiscência total da mesma. 
 Ações: a ferida com as vísceras expostas deve ser recoberta com compressa estéril e a reintervenção cirúrgica deve ser imediata.
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
2) COMPLICAÇÕES CIRCULATÓRIAS – é a formação de trombos ou coágulos na rede venosa que atinge preferentemente as veias periféricas dos MIS.
a) Tromboflebite: trombose superficial, pode ocorrer até no 14o PO
b) Trombose venosa profunda: TVP é a formação de um trombo em uma veia.
Grupo de risco: idosos, obesos, história de problemas arteriais, problemas cardíacos e respiratórios prévios.
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
TROMBOSE VENOSA
 Causas: lesão dos vasos por ataduras ou apoio nas pernas na sala de operação, retardo do fluxo sangüíneo das extremidades, imobilização.
 Sinais e sintomas: câimbra na panturrilha, com o passar do tempo surge dor e edema com febre e ou calafrios e sudorese. São mais freqüentes nas cirurgias ortopédicas, da próstata, nas neurocirurgias. 
 Prevenção: movimentação no leito e realizar mudanças de posição; e uso de meias elásticas, compressão pneumática desde o pré-operatório; 
 Ações: repouso, meia elástica, o tratamento consiste de anticoagulante (heparina EV ou SC - enoxaparina). 
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
3) COMPLICAÇÕES PULMONARES - pode ocorrer do 7o. ao 10o. dia de PO; é mais freqüente em cirurgias ortopédicas e neurológicas. A permanência prolongada no leito e conseqüentemente a deficiência na mecânica respiratória do paciente pode ocasionar infecção nas vias aéreas superiores. Para diminuir os riscos, o paciente deve suspender o fumo (para quem faz uso do mesmo). 
O uso de anestésico propicia o aumento de secreções pulmonares que contribuem para o aparecimento de complicações pulmonares. A aspiração de vômitos è outra causa de complicação pulmonar
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
3) COMPLICAÇÕES PULMONARES -
O uso de anestésico propicia o aumento de secreções pulmonares que contribuem para o aparecimento de complicações pulmonares. A aspiração de vômitos è outra causa de complicação pulmonar
  Os sintomas são: dor torácica, hipertermia, dispnéia, tosse produtiva e expectoração purulenta. Quando obstrui a artéria pulmonar os sinais e sintomas são súbitos (dor no peito aguda, cianose, dispnéia e midríase), pode levar a parada respiratória e cardíaca. 
 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
EMBOLIA PULMONAR
 êmbolo: coágulo, fragmento de osso e/ou gordura;  prevenção: deambulação precoce;
 
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS - atelectasia, pneumonia e IRA (são as mais freqüentes e graves).
 a prevenção desde o pré-operatório (ensino exercícios respiratórios) é fundamental para pacientes de risco.
 fatores de risco: tabagistas, obesos, cirurgias abdominais e torácicas, repouso prolongado, cirurgias prolongadas, aspiração, desidratação, desnutrição, hipotensão e choque.
 sinais e sintomas: hipertermia, taquicardia, taquipnéia, dor torácica, tosse improdutiva.
 ações: exercícios respiratórios, deambulação, mobilização no leito, estímulo a tosse, aspiração de secreções, hidratação, vaporização, tapotagem, antibióticos - controle pela ausculta e RX. 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
4) RETENÇÃO URINÁRIA - pode ser após qualquer cirurgia, mas è mais freqüente após cirurgias cirurgias intestinais, urológicas, abdominais, na pelve, aparelho reprodutor, possivelmente por espasmo do esfíncter da bexiga. É comum após remoção da sonda vesical de demora.
 causa: espasmo do esfíncter vesical pela anestesia.
 sinais e sintomas: bexigoma, dor localizada, diurese  30 ml/h (1 a 2ml/Kg/h).
 ações: manobras gerais. O cateterismo vesical somente deve ser realizado quando as medidas de micção espontânea não deram resultados, devido o grande risco de infecção urinária. 
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
5) INFECÇÃO URINÁRIA
causas: retenção urinária, cateterização vesical prolongada, contaminação cirúrgica do trato urinário.
 sinais e sintomas: hipertermia, disúria, hematúria.
ações: hidratação, manutenção da assepsia do sistema de drenagem, antibióticos (após cultura), monitorização da diurese e temperatura, deambulação.
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
6) ÍLEO PARALÍTICO - ocorre quando há parada dos movimentos intestinais. 
Cuidados:
 manter o paciente em NPO.
 fazer com que o paciente deambule para estimar os movimentos peristálticos do intestino.
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
7) ÚLCERA DE ESTRESSE
causa: aumento da secreção gástrica pelas respostas do estresse cirúrgico.
sinais e sintomas: dor epigástrica, náuseas e vômitos, regurgitação.
ações: profilaxia com Ranitidina EV (Tagamet, Omeprazol), repouso relativo, refeições fracionadas.
 
DESCONFORTOS E COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO
TARDIOS: ocorrem após alguns dias de cirurgia
8) PSICOSE PÓS-OPERATÓRIA: pode ocorrer nas grandes cirurgias e nas mutilatórias.
 causas fisiológicas: anóxia cerebral, trombose, desiquílibrio hidro-eletrolítico, anestesia, abstinência por drogas;
 causas psicológicas: medo, ansiedade, dor - depende da personalidade do paciente;
 ações: ensino, apoio, visitas dos familiares, intervenção psicológica e psiquiátrica.
 
 
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Raquel de; BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. Barueri, SP: Manole, 2010.
Sociedade Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Materiais e Esterilização (SOBECC). Práticas Recomendadas. São Paulo, 4ª ed., 2007. 
 
PENICHE, A. de C. G. Algumas considerações sobre avaliação do paciente em sala de recuperação anestésica. Rev. Esc. Enf. USP, v.32, n.1, p. 27-32, abr. 1998.

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