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Transoperatório Preparo pré-operatório ou antissepsia cirúrgica das mãos • Eliminar a microbiota transitória; • Reduzir a microbiota residente da pele das mãos e dos antebraços dos profissionais que participam das cirurgias; e • Proporcionar efeito residual na pele dos profissionais. → clorexidina Procedimento: uso de esponjas para a realização da fricção da pele com antisséptico degermante (Clorexidina 2% ou Polivinilpirrolidona-iodo - PVPI) ou por meio do uso de produto à base de álcool (PBA). Duração do procedimento 3 a 5 minutos para o primeiro procedimento do dia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes, se realizadas dentro de 1 hora após a primeira fricção. Técnica para antissepsia das mãos: Lavar a mão com sabonete e água. Usa um produto com base de álcool PBA Caso tenha algum fluido, lave a mão com sabonete e água. Preparo da pele do paciente • Realizar degermação do membro ou local próximo da incisão cirúrgica antes de aplicar solução antisséptica; • Realizar a antissepsia no campo operatório no sentido centrífugo circular (do centro para a periferia) e ampla Drenos A inserção deve ocorrer no momento da cirurgia, preferencialmente em uma incisão separada, diferente da incisão cirúrgica; a recomendação é fazer uso de sistemas de drenagens fechados, e a remover o mais breve possível. Paramentação • A máscara cirúrgica deve cobrir totalmente a boca e nariz e deve ser utilizada ao entrar na sala cirúrgica se o instrumental estiver exposto ou se cirurgia estiver em andamento. • Remover os adornos (anéis, pulseiras, relógios etc). Inclui: • Antissepsia cirúrgica das mãos, utilização de aventais e luvas esterilizadas, óculos gorro e máscara. → clorexidina alcoólica estéril. Finalidade: • barreira microbiológica contra a penetração de microrganismos no sitio cirúrgico do paciente e proteger a equipe cirúrgica do contato com sangue e fluidos dos pacientes. Campos cirúrgicos Posicionado ao redor do local da incisão, o campo cirúrgico é uma barreira para proteger os tecidos expostos de contaminação por microrganismos de áreas não estéreis e de qualquer equipamento não estéril trazido para próximo do campo. • O campo cirúrgico protege a equipe cirúrgica de contaminação com fluidos corporais dos pacientes • Aplicado após a pele ser preparada com solução antisséptica. • Deve ser realizado por membros da equipe cirúrgica que compreendam os princípios da assepsia e que tenham recebido treinamento para a técnica, sendo competentes para aplicá-la. • A pele do paciente deve estar seca antes da colocação dos campos cirúrgicos Os campos cirúrgicos devem ser manuseados o mínimo possível e segurados em um nível bem acima do paciente a fim de evitar a contaminação proveniente de áreas não estéreis. • Luvas estéreis são protegidas de contaminação dobrando-se o material de isolamento sobre as mãos. • Os campos cirúrgicos devem ser colocados primeiro no local da incisão e depois abertos cuidadosamente para as extremidades. • Os campos cirúrgicos devem ser fixados firmemente e, após posicionados, não devem ser movidos durante a cirurgia até que os curativos sejam colocados no fim da cirurgia • Manter a ventilação na sala cirúrgica com pressão positiva em relação ao corredor e áreas adjacentes; com no mínimo 15 trocas de ar por hora, uso de filtro de ar; • Esterilização de todo o instrumental cirúrgico; • Não utilizar a esterilização flash como rotina ou alternativa para a redução do tempo; • Limpeza e desinfecção concorrente entre procedimentos, com ênfase nas superfícies mais tocadas e na limpeza de equipamentos; • Limpeza terminal mecânica do piso na última cirurgia do dia. Pós-operatório: • Identificar; • Prevenir; e • Tratar problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos Escala de Aldrete e Kroulik O registro em prontuário seja realizado a cada 15 minutos na primeira hora, caso se mantenha estável, a cada 30 minutos na segunda hora e após este período de hora em hora. Esta frequência varia de acordo com a condição clínica do paciente, podendo ser avaliado em intervalos menores do que o recomendado. Atividade: 2.Capaz de mover 4 membros voluntariamente ou sob comando 1.Capaz de mover 2 membros voluntariamente ou sob comando 0.Incapaz de mover os membros voluntariamente ou sob comando Respiração: 2.Capaz de respirar profundamente ou tossir livremente 1.Dispneia ou limitação da respiração 0.Apneia Circulação PA 20% do nível pré-anestésico PA 20-49% do nível pré-anestésico PA 50% do nível pré-anestésico Consciência : Lúcido, orientado no tempo e espaço Desperta, se solicitado Não responde Saturação Capaz de manter sat de O² maior que 92% respirando em ar ambiente Necessita de O² para manter sat de O² maior que 90% Saturação de O² menor que 90% com O² suplementar • Alta da SRPA para outro setor do hospital pontuação > 8 • Alta da SRPA para domicílio – 10 Estrutura física da SRPA • A capacidade operativa da SRPA deve guardar relação direta com a programação do centro cirúrgico, sendo o número mínimo de leitos igual ao número de salas de cirurgia + 1. • No caso de cirurgias de alta complexidade e/ou paciente grave, a recuperação pode se dar diretamente na UTI. A temperatura ambiente e a ventilação quase sempre são controladas na SRPA, a qual precisa ser dotada, ainda, de oxigênio, ar comprimido e vácuo canalizados. Os equipamentos básicos da SRPA são aqueles de uso individual, que ficam fixados na parede acima da cabeceira de cada leito. Escala de bloqueio motor de bromage: •Aplicar a Escala de Bromage nas pacientes que foram submetidas a anestesias regionais (Raquianestesia ou Anestesia Peridural) para estabelecer os critérios de alta da SRPA somado aos critérios da Escala de Aldrete e Kroulik; • Completo: paralisa joelho e pé. • Semi-completo: paralisisa completa dos joelhos e flexão parcial dos pés • Parcial: flexão parcial do joelhos e flexão dos pés. • Normal: flexão dos soelhos e pés. Complicações pós operatório: Imediato: Imediatamente depois da cirurgia. Primeiras 24h. • Monitorização das funções vitais (respiração, circulação, metabolismo, sensorial e excretora) • Manutenção das vias aéreas: aspiração traqueal, uso de ventilador mecânico, hiperextensão do pescoço (se não houver contraindicação) e ajustar a posição no leito com elevação da cabeceira do leito. Controle e equilíbrio hemodinâmico no POI: por meio da monitorização não invasiva ou invasiva a depender do porte da cirurgia. ➢ Monitorização continua da atividade elétrica do coração; ➢ Pressão arterial; ➢ Pressão Venosa Central; ➢ Pressão Arterial Média Invasiva; ➢ Investigar e observar criteriosamente sinais de sangramento (cirurgia). • Controle da dor e promoção de conforto; Escala Linear não Visual/ Escala de Dor Numérica (EDN) • Controle e balanço hídrico e diurese; • Posicionamento adequado; • Administração de analgésico; • Perviabilidade do cateter venoso; • Avaliar perfusão periférica; • Atenção aos dispositivos: drenos, sondas, gesso, trações, fio de marcapasso; • Alimentação leve; • Avaliação de edema e sangramentos. Pós-operatório mediato Ocorre após as primeiras 24 horas que passou o ato cirúrgico até a recuperação total do paciente. • Controle da dor • Promoção de deambulação precoce • Higiene após a cirurgia • Realizar curativo conforme necessidade Pós-operatório tardio • Difícil determinar → normalmente após 7º DPO; • Se relaciona com o desaparecimento dos achados clínicos (dor, malestar, instabilidade dos sistemas orgânicos); • Evolução da cicatrização da ferida cirúrgica; • Curativos e retirada dos pontos; • As ações de enfermagem se baseiam nas manifestações do paciente após a cirurgia; • Orientação do autocuidado. • Fio catgut: absorvível• Fio de algodão e nylon: retirar • Fio de gaf: 14 dias. Principais complicações: Alteração dos sinais vitais (TPR-PA) • Hipertermia :retirar os cobertores, resfriar o ambiente, aplicar compressas frias nas regiões da fronte, axilar e inguinal e medicar antitérmico, de acordo com a prescrição; • Hipotermia: o cliente deve ser agasalhado e sua temperatura monitorada A hipotensão arterial: Hidratação rigorosa pela via EV, Mantendo-se posição de Trendelemburg - para melhorar o retorno venoso Avaliar depressão respiratória e bradpneia (FR e Sat O2) Administrando-lhe oxigênio Dor • Afrouxar e/ou trocar os curativos, • Aliviar a retenção de urina e fezes → anestesia e opioides • Mudança de decúbito, • Apoiar segmentos do corpo em coxins e aplicar compressas frias ou quentes, • Escurecer o ambiente e diminuir os barulhos, estimulando o cliente a repousar e/ou proporcionar-lhe algo que o distraia, por exemplo, televisão, música ou revistas, Administração de medicação. • Administrar medicamento: Morfina. • Monitorar a sensibilidade do membros • Desconfiar sobre a síndrome do compartimento. Cefaleia pós raqui: • Decúbito baixo em posição supina. • Hidratação adequada por VO ou EV • Administração de analgésicos . Sonolência A sonolência é uma característica muito frequente. • Avaliação do nível de consciência deve ser sempre verificada mediante alguns estímulos (perguntas, estímulo tátil). • Alterações podem indicar complicações graves – como, por exemplo, hemorragia interna ou impregnação de anestésicos. Soluço Espasmos intermitentes do diafragma, provocados pela irritação do nervo frênico. No pós-operatório, suas causas mais comuns são a distensão abdominal e a hipotermia. • Aspiração ou lavagem gástrica (na distensão abdominal), deambulação. • Aquecimento do cliente hipotérmico e mudança de decúbito. Outras, orientar para inspirar e expirar em um saco de papel, porque o dióxido de carbono diminui a irritação nervosa; • Administrar lhe metoclopramida (plasiu) de acordo com a prescrição médica Complicações Respiratórias Limitação na expansão pulmonar acúmulo de secreção traqueobronquica e dificuldade do cliente em eliminá- la. Atelectasia: colabamento dos alvéolos pulmonares pela obstrução dos brônquios por tampão mucoso Manifestações: aumento na frequência respiratória Dispneia, hipoventilação pulmonar, cianose, agitação, alteração de nível de consciência. • Manutenção da ventilação (artificial) • Permeabilidade das vias aéreas (Aspiração traqueal posicionamento adequado) Estimulação da tosse, Estimulação de exercícios respiratórios, • Realizar nebulização, Mudança de decúbito. Pneumonia • Inflamação do parenquima pulmonar (alvéolos) normalmente provocada por um processo infecciosos, geralmente de origem bacteriana (Estase pulmonar). Manifestações: • Dor torácica • Febre • Tosse produtiva • Calafrios • Prostação • Eliminação de muco purulento • Dispneia Prevenção: • Mudança de decúbito • Promoção de expectoração Ações; • Administração de medicação • Higiene corporal • Estimular ingesta hídrica • Estimular deambulação Embolia pulmonar Embolo de gordura de ar ou de coagulo sanguíneo se desloca através da corrente sanguínea ate o ramo de um vaso pulmonar(artéria e veias pulmonares) ocasionando obstrução parcial ou total • Dor aguda no peito( comum na fase aguda), • Dispneia, • Diaforese: suor intenso • Ansiedade • Agitação • Alterações de nível de consciência podendo levar a morte. Ações: • Prevenção do quadro de TEP • Exame físico • Realizar exercícios ativos ou passivos (contrações musculares ajuda no retorno venoso) • Utilizar meias compressivas • Controlar administração de medicamento (enoxaparina), • Estimular a deambulação , mudança de decúbito em intervalos regulares Complicações urinárias • Infecção urinária é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical e refluxo da urina. Manifestação: • hipertermia, disúria e alterações nas características da urina. Ações: • Higiene íntima adequada do cliente, bem como técnica asséptica na passagem da sonda e sempre utilizar extensões, conectores e coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem. • Retenção urinária → Efeito da anestesia, dor, pinçamento da sonda. Ações • medicar o paciente contra a dor • mudar de posição (se não houver contraindicação) • avaliar a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas e drenos nas proximidades da bexiga. POI: • monitorar a diurese e volume • avaliar pelve do paciente e realizar bladder scan, • realizar sondagem de alívio, se necessário Complicações Gastrintestinais Náuseas e vômito Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos e restos alimentares no trato digestório; em consequência, o cliente pode apresentar náuseas e vômito. Ações: • pacientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito lateral ou com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem do vômito pela boca. • pacientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, mantendo-a aberta, proceder à aspiração para esvaziar a cavidade gástrica. Ações POI: • fornecer dieta de prova e depois dieta leve, • administrar antiemético. •Constipação intestinal: Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do anestésico, imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório, exposição e manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais e o medo da dor, Opioides. Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou não de dor, desconforto abdominal e flatulência. Ações: • Movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos e aceitação de alimentos ricos em fibras. A aplicação de calor na região abdominal e a orientação, ao paciente, para que degluta menos ar ao beber ou ingerir alimentos pode ajudar no retorno do movimento peristáltico e diminuir o acúmulo de gases. • Promover sua privacidade para que possa eliminar os gases. • Evitar opioides em excesso. • Administrar medicações laxantes ou antiflatulentos. Sede • Provocada pela ação inibidora da atropina, perdas sanguíneas e de líquidos pela cavidade exposta durante o ato operatório, sudorese e hipertermia. Ações: • A equipe de enfermagem deve observar a presença de sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e, nos clientes impossibilitados de hidratar-se por via oral, umidificar os lábios e a boca, realizar higiene oral e manter hidratação endovenosa. Complicações Vasculares Hemorragia Primaria: se relaciona com o processo cirúrgico Intermediaria: primeiras 12 horas de pós- operatório Secundaria: ate 24 horas após a cirurgia Interna: se faz para o interior de uma cavidade Externa: a localização do sangramento e visível o sangue se exterioriza Manifestações: Taquicardia, taquipneia, cianose de extremidade, hipotensão e choque. Ações Hemorragia • Controlar SSVV e saturação de O2, • Posicionamento adequado de acordo com possibilidade, • Supressão do sangramento (compressão dos vasos ou tecidos quando possível), • Cateterismo vesical para monitorar DU, • Administrar medicamentos e soluções incluindo hemoderivados, • Coleta e amostra de exames (Hb, Ht) Choque • Estado inadequação circulatória grave (condições orgânicas e fisiológicas que impossibilitam a manutenção do debito cardíaco capaz de atender as necessidades metabólicas do organismo. • Choque Hipovolêmico: relacionado a grande hemorragia • Choque séptico: Infecção • Choque Cardiogênico: insuficiência cardíaca • Choque neurogênico: alterações neurológicas e vasodilação periférica • Choque anafilático: alergia a medicações Manifestações:• Importante hipotensão arterial, baixo débito cardíaco (exceto no choque séptico) • Hipoperfusão tecidual • Importante hipóxia • Baixo débito urinário (oligúria) • Taquicardia (inicial) e bradicardia (achados no choque tardio) • Pulso filiforme • Alterações importante do nível de consciência Ações: • Decúbito dorsal ao nível da cabeça ou pés elevados • Permeabilidade das vias aéreas • Avaliar dinâmica ventilatória • Realizar rigoroso balanço hídrico • Monitorizar sinais vitais • Manter cliente aquecido Infecção da Ferida Cirúrgica presença de secreção purulenta que varia de clara inodora a pus espesso com odor fétido, com a presença ou não de necrose nas bordas da ferida. Prevenção: • preparo pré-operatório adequado, utilização de técnicas assépticas, observação dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam a infecção. • Cuidados com os curativos durante o banho e efetuar a troca sempre que estiver sujo Deiscência Abertura total ou parcial da incisão cirúrgica provocada por infecção, rompimento da sutura, distensão abdominal, ascite e estado nutricional precário do cliente. Ação: • curativo conforme necessidade com lavagem ou irrigação do local com solução fisiológica, podendo haver a necessidade de o cliente revisar os pontos cirúrgicos, Todos os curativos com saída de secreções (purulenta, sanguinolenta) devem ser do tipo fechado; Nos casos de sangramento, indica-se o curativo compressivo. Classificação dos drenos 1. Quanto a forma e ação: a) Capilaridade: a saída das secreções se dá através da superfície externa do dreno (ex. penrose). Ele depende da gravidade para o fluxo de fluidos e pode exigir a troca regular do curativo para evitar contaminação e ajudar na drenagem. Traciona todo dia. b) Gravitação: Utiliza-se cateteres de grosso calibre colocados na cavidade e conectados a bolsa coletora ou borracha de látex (ex. dreno de tórax). c) Sucção: Geralmente utilizados em circunstâncias em que se prevê o acumulo de líquidos em grande quantidade, ou por períodos prolongados (ex. Dreno de tórax com pressão negativa ou sistema de drenagem Portovac) Dreno de tórax Na cavidade torácica a pressão é menor que a do ar atmosférico, o que possibilita a entrada de ar. Sempre que o pulmão perde essa pressão negativa, seja por abertura do tórax devido à cirurgia, trauma ou por presença de ar, pus, ou sangue no tórax ocorrerá o colapso pulmonar. Manuseio do sistema de drenagem torácica • Trocar o frasco a cada 24 horas da seguinte maneira; • Pinçar o dreno 15 cm acima da inserção no frasco; • O frasco a ser colocado deve ser estéril, graduado em ml e composto por um selo de água de maneira que o tubo extensor de vidro fique submerso; • Deve estar identificado com data e horário da troca; • Conectar a extensão de látex no vidro; • Despinçar o dreno • Deve-se instruir o paciente para deambular com o sistema; • Ao desprezar o conteúdo não esquecer de medi-lo diminuindo o valor referente ao selo d’água, descrever o aspecto e característica do líquido drenado; • Examinar diariamente o local de inserção do dreno torácico, averiguando se está corretamente preso e papando o local a procura de edema subcutâneo; • Verificar se o selo d’água apresenta movimento de acordo com a respiração; • Jamais clampear o dreno torácico durante um longo período; • Manter o curativo do local do dreno seco e intacto; • Manter a permeabilidade, visando garantir uma drenagem eficiente; • Realizar o adequado posicionamento do dreno, evitando que ocorra tração e posterior deslocamento; • Controlar a drenagem, atentando para a quantidade e aspecto da secreção drenada, e registrar corretamente todos estes dados; • Clampear o dreno antes de esvaziar e ordenhar na direção do frasco coletor; • Checar e registrar a localização, tipo, fixação, permeabilidade, volume do dreno; • Retirar o dreno quando solicitado pelo médico; • Impedir a entrada de ar no sistema pois, caso isto ocorra, o ar pode entrar nas pleuras (colabamento pulmonar) e comprimir os pulmões, provocando dispneia e desconforto respiratório para o cliente; • Certificar-se de que as tampas e os intermediários do dreno estejam corretamente ajustados e sem presença de escape de ar, o que prejudicaria a drenagem; Cuidados com a sonda vesical de demora (SVD) Reavaliar diariamente sua necessidade; Remover o mais precoce possível para reduzir as infecções urinárias. Cuidados • Verificar se a sonda está corretamente fixada na coxa do paciente (mulher) ou abdome(homem), prevenindo lesões uretrais devido a tração acidental; • Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar retorno de urina à bexiga. Pode- se também pinçar o prolongamento para poder elevar o coletor. • Fazer a higiene intima correta e em intervalos regulares. Orientações - COFEN 450/2013 • Escolher cateter de menor calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de trauma; • Seguir práticas assépticas durante a inserção e manipulação do cateter vesical; • Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter; • Higienizar as mãos antes, durante e após a inserção e manipulação do cateter vesical; • Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa garantir sua esterilidade, como um todo, com o uso de bolsas plásticas descartáveis, munidas de alguns dispositivos que visam diminuir ainda mais a incidência de infecção urinária, como válvula antirrefluxo, câmara de gotejamento e local para coleta de urina, de látex auto-retrátil, para exames; Orientações - COFEN 450/2013 • O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, manusear com técnica asséptica; • Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo intravesical de urina; • Obedecer a critérios determinados no protocolo para troca do cateter vesical; • Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, exceto para os casos pontuais de coleta de urina para análise; • Realizar coleta de amostras de urina para análise com técnica asséptica; • Registrar o procedimento realizado no prontuário do paciente, segundo normas da instituição e respectivos conselhos, devendo minimamente conter: data e hora da inserção do cateter, identificação completa do profissional que realizou o procedimento e data e horário da remoção do cateter; • Substituir o sistema de drenagem, quando houver quebra na técnica asséptica, desconexão ou vazamento; • Revisar regularmente a necessidade de manutenção do dispositivo, removendo-o logo que possível; • Identificar e monitorar os grupos de pacientes susceptíveis a Infecção do Trato Urinário. Cuidados com o Gesso no pós- operatório 1. Observar a perfusão periférica (cor, pulso, edema e temperatura); 2. Fender ou bivalvar o gesso se houver alteração da perfusão; 3. Fazer a janela no gesso para o curativo; 4. Orientar o paciente e familiar para não inserir objetos dentro do gesso; e 5. Manter o membro com gesso elevado. Feridas com cicatrização de primeira intenção Recomenda-se permanecer com curativo estéril por 24 h a 48 h, exceto se houver drenagem da ferida ou indicação clínica; - O primeiro curativo cirúrgico deverá ser realizado pela equipe médica ou enfermeiro especializado; - Substituir o curativo antes das 24 h ou 48 h se molhar, soltar, sujar ou ACM; - Remover o curativo anterior com luvas de procedimento; - Avaliar local da incisão, se não apresenta exsudato manter as incisões expostas até a remoção da sutura; Registrar o procedimento e comunicar em casos de sangramento excessivo, deiscências e sinais flogísticos.Conduta para a Realização de Curativo em Paciente com Fixador Externo Limpar os locais de inserção dos pinos com Soro Fisiológico 0,9% removendo crostas e sujidades. Após, realizar toque de álcool a 70%; primeiro na inserção dos pinos, depois na área periferida e por último, no fixador. Posteriormente, ocluir com gazes, acolchoado e atadura de crepom. Síndrome compartimental • É o aumento de pressão num espaço anatômico restrito com queda da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contidos. • Caracterizada pela parestesia, dor contínua, hipoestesia, edema e enrijecimento da região acometida. As causas principais podem ser a constrição de membros por aparelho gessado, curativos compressivos bem como uso inadequado de manguitos para aferição de PA, além de um possível aumento de substâncias no compartimento muscular causado por um edema ou hemorragia. • É uma urgência ortopédica. Sinais e sintomas: • Dor à extensão dos dedos. → primeiro sinal • Parestesia • Membro tenso • Ausência de pulso nas extremidades • Palidez na pele • Paralisia • Avaliar e remover imobilizações ou enfaixamentos circulares apertados. • Reavaliar a perfusão distal constantemente. • Não realizar acesso venoso no membro afetado. Tratamento: Fasciotomia.
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