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Transoperatório

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Transoperatório 
Preparo pré-operatório ou 
antissepsia cirúrgica das mãos 
• Eliminar a microbiota transitória; 
• Reduzir a microbiota residente da pele das mãos e 
dos antebraços dos profissionais que participam das 
cirurgias; e 
 • Proporcionar efeito residual na pele dos 
profissionais. → clorexidina 
Procedimento: uso de esponjas para a realização da 
fricção da pele com antisséptico degermante 
(Clorexidina 2% ou Polivinilpirrolidona-iodo - PVPI) ou 
por meio do uso de produto à base de álcool (PBA). 
Duração do procedimento 3 a 5 minutos para o 
primeiro procedimento do dia e de 2 a 3 minutos para 
as cirurgias subsequentes, se realizadas dentro de 1 
hora após a primeira fricção. 
Técnica para antissepsia das mãos: 
Lavar a mão com sabonete e água. 
Usa um produto com base de álcool PBA 
Caso tenha algum fluido, lave a mão com sabonete e 
água. 
Preparo da pele do paciente 
 • Realizar degermação do membro ou local próximo 
da incisão cirúrgica antes de aplicar solução 
antisséptica; 
• Realizar a antissepsia no campo operatório no 
sentido centrífugo circular (do centro para a 
periferia) e ampla 
Drenos 
 A inserção deve ocorrer no momento da cirurgia, 
preferencialmente em uma incisão separada, 
diferente da incisão cirúrgica; a recomendação é 
fazer uso de sistemas de drenagens fechados, e a 
remover o mais breve possível. 
Paramentação 
• A máscara cirúrgica deve cobrir totalmente a boca 
e nariz e deve ser utilizada ao entrar na sala cirúrgica 
se o instrumental estiver exposto ou se cirurgia 
estiver em andamento. • Remover os adornos (anéis, 
pulseiras, relógios etc). 
Inclui: 
• Antissepsia cirúrgica das mãos, utilização de aventais 
e luvas esterilizadas, óculos gorro e máscara. → 
clorexidina alcoólica estéril. 
Finalidade: 
• barreira microbiológica contra a penetração de 
microrganismos no sitio cirúrgico do paciente e 
proteger a equipe cirúrgica do contato com sangue e 
fluidos dos pacientes. 
Campos cirúrgicos 
Posicionado ao redor do local da incisão, o campo 
cirúrgico é uma barreira para proteger os tecidos 
expostos de contaminação por microrganismos de 
áreas não estéreis e de qualquer equipamento não 
estéril trazido para próximo do campo. 
• O campo cirúrgico protege a equipe cirúrgica de 
contaminação com fluidos corporais dos pacientes 
• Aplicado após a pele ser preparada com solução 
antisséptica. 
 • Deve ser realizado por membros da equipe cirúrgica 
que compreendam os princípios da assepsia e que 
tenham recebido treinamento para a técnica, sendo 
competentes para aplicá-la. 
• A pele do paciente deve estar seca antes da 
colocação dos campos cirúrgicos Os campos 
cirúrgicos devem ser manuseados o mínimo possível 
e segurados em um nível bem acima do paciente a 
fim de evitar a contaminação proveniente de áreas 
não estéreis. 
• Luvas estéreis são protegidas de contaminação 
dobrando-se o material de isolamento sobre as mãos. 
• Os campos cirúrgicos devem ser colocados primeiro 
no local da incisão e depois abertos cuidadosamente 
para as extremidades. 
• Os campos cirúrgicos devem ser fixados firmemente 
e, após posicionados, não devem ser movidos durante 
a cirurgia até que os curativos sejam colocados no 
fim da cirurgia 
• Manter a ventilação na sala cirúrgica com pressão 
positiva em relação ao corredor e áreas adjacentes; 
com no mínimo 15 trocas de ar por hora, uso de filtro 
de ar; 
 • Esterilização de todo o instrumental cirúrgico; 
• Não utilizar a esterilização flash como rotina ou 
alternativa para a redução do tempo; 
• Limpeza e desinfecção concorrente entre 
procedimentos, com ênfase nas superfícies mais 
tocadas e na limpeza de equipamentos; 
 • Limpeza terminal mecânica do piso na última 
cirurgia do dia. 
Pós-operatório: 
• Identificar; 
• Prevenir; e 
• Tratar problemas comuns aos procedimentos 
anestésicos e cirúrgicos 
Escala de Aldrete e Kroulik 
O registro em prontuário seja realizado a cada 15 
minutos na primeira hora, caso se mantenha estável, 
a cada 30 minutos na segunda hora e após este 
período de hora em hora. Esta frequência varia de 
acordo com a condição clínica do paciente, podendo 
ser avaliado em intervalos menores do que o 
recomendado. 
Atividade: 
2.Capaz de mover 4 membros voluntariamente ou sob 
comando 
1.Capaz de mover 2 membros voluntariamente ou sob 
comando 
0.Incapaz de mover os membros voluntariamente ou 
sob comando 
Respiração: 
2.Capaz de respirar profundamente ou tossir 
livremente 
1.Dispneia ou limitação da respiração 
0.Apneia 
Circulação 
PA 20% do nível pré-anestésico 
PA 20-49% do nível pré-anestésico PA 
50% do nível pré-anestésico 
Consciência : 
Lúcido, orientado no tempo e espaço 
Desperta, se solicitado 
Não responde 
Saturação 
 Capaz de manter sat de O² maior que 92% 
respirando em ar ambiente 
Necessita de O² para manter sat de O² maior que 
90% 
Saturação de O² menor que 90% com O² 
suplementar 
• Alta da SRPA para outro setor do hospital pontuação 
> 8 
• Alta da SRPA para domicílio – 10 
Estrutura física da SRPA 
 • A capacidade operativa da SRPA deve guardar 
relação direta com a programação do centro cirúrgico, 
sendo o número mínimo de leitos igual ao número de 
salas de cirurgia + 1. 
 • No caso de cirurgias de alta complexidade e/ou 
paciente grave, a recuperação pode se dar 
diretamente na UTI. 
A temperatura ambiente e a ventilação quase sempre 
são controladas na SRPA, a qual precisa ser dotada, 
ainda, de oxigênio, ar comprimido e vácuo canalizados. 
Os equipamentos básicos da SRPA são aqueles de uso 
individual, que ficam fixados na parede acima da 
cabeceira de cada leito. 
 
Escala de bloqueio motor de bromage: 
•Aplicar a Escala de Bromage nas pacientes que foram 
submetidas a anestesias regionais (Raquianestesia ou 
Anestesia Peridural) para estabelecer os critérios de 
alta da SRPA somado aos critérios da Escala de 
Aldrete e Kroulik; 
• Completo: paralisa joelho e pé. 
• Semi-completo: paralisisa completa dos 
joelhos e flexão parcial dos pés 
• Parcial: flexão parcial do joelhos e flexão dos 
pés. 
• Normal: flexão dos soelhos e pés. 
Complicações pós operatório: 
Imediato: Imediatamente depois da cirurgia. 
Primeiras 24h. 
• Monitorização das funções vitais (respiração, 
circulação, metabolismo, sensorial e excretora) 
• Manutenção das vias aéreas: aspiração traqueal, 
uso de ventilador mecânico, hiperextensão do 
pescoço (se não houver contraindicação) e ajustar 
a posição no leito com elevação da cabeceira do 
leito. 
Controle e equilíbrio hemodinâmico no POI: por 
meio da monitorização não invasiva ou invasiva a 
depender do porte da cirurgia. 
➢ Monitorização continua da atividade elétrica 
do coração; 
➢ Pressão arterial; 
➢ Pressão Venosa Central; 
 ➢ Pressão Arterial Média Invasiva; 
➢ Investigar e observar criteriosamente sinais 
de sangramento (cirurgia). 
• Controle da dor e promoção de conforto; Escala 
Linear não Visual/ Escala de Dor Numérica 
(EDN) 
 • Controle e balanço hídrico e diurese; 
• Posicionamento adequado; 
 • Administração de analgésico; 
 • Perviabilidade do cateter venoso; 
• Avaliar perfusão periférica; • 
 Atenção aos dispositivos: drenos, sondas, gesso, 
trações, fio de marcapasso; 
• Alimentação leve; 
• Avaliação de edema e sangramentos. 
Pós-operatório mediato Ocorre após as primeiras 
24 horas que passou o ato cirúrgico até a 
recuperação total do paciente. 
• Controle da dor 
• Promoção de deambulação precoce 
• Higiene após a cirurgia 
• Realizar curativo conforme necessidade 
Pós-operatório tardio 
• Difícil determinar → normalmente após 7º DPO; 
• Se relaciona com o desaparecimento dos 
achados clínicos (dor, malestar, instabilidade dos 
sistemas orgânicos); 
 • Evolução da cicatrização da ferida cirúrgica; • 
Curativos e retirada dos pontos; 
• As ações de enfermagem se baseiam nas 
manifestações do paciente após a cirurgia; 
• Orientação do autocuidado. 
• Fio catgut: absorvível• Fio de algodão e nylon: retirar 
• Fio de gaf: 14 dias. 
Principais complicações: Alteração 
dos sinais vitais (TPR-PA) 
• Hipertermia :retirar os cobertores, resfriar o 
ambiente, aplicar compressas frias nas regiões da 
fronte, axilar e inguinal e medicar antitérmico, de 
acordo com a prescrição; 
• Hipotermia: o cliente deve ser agasalhado e sua 
temperatura monitorada 
A hipotensão arterial: Hidratação rigorosa pela via EV, 
Mantendo-se posição de Trendelemburg - para 
melhorar o retorno venoso Avaliar depressão 
respiratória e bradpneia (FR e Sat O2) 
Administrando-lhe oxigênio 
Dor 
• Afrouxar e/ou trocar os curativos, 
• Aliviar a retenção de urina e fezes → anestesia 
e opioides 
• Mudança de decúbito, 
• Apoiar segmentos do corpo em coxins e aplicar 
compressas frias ou quentes, 
• Escurecer o ambiente e diminuir os barulhos, 
estimulando o cliente a repousar e/ou 
proporcionar-lhe algo que o distraia, por exemplo, 
televisão, música ou revistas, Administração de 
medicação. 
• Administrar medicamento: Morfina. 
• Monitorar a sensibilidade do membros 
• Desconfiar sobre a síndrome do compartimento. 
Cefaleia pós raqui: 
• Decúbito baixo em posição supina. 
• Hidratação adequada por VO ou EV 
• Administração de analgésicos . 
Sonolência 
A sonolência é uma característica muito frequente. 
• Avaliação do nível de consciência deve ser sempre 
verificada mediante alguns estímulos (perguntas, 
estímulo tátil). 
• Alterações podem indicar complicações graves – 
como, por exemplo, hemorragia interna ou 
impregnação de anestésicos. 
Soluço 
 Espasmos intermitentes do diafragma, provocados 
pela irritação do nervo frênico. No pós-operatório, suas 
causas mais comuns são a distensão abdominal e a 
hipotermia. 
• Aspiração ou lavagem gástrica (na distensão 
abdominal), deambulação. 
• Aquecimento do cliente hipotérmico e mudança de 
decúbito. Outras, orientar para inspirar e expirar em 
um saco de papel, porque o dióxido de carbono 
diminui a irritação nervosa; 
 • Administrar lhe metoclopramida (plasiu) de acordo 
com a prescrição médica 
Complicações Respiratórias 
Limitação na expansão pulmonar acúmulo de secreção 
traqueobronquica e dificuldade do cliente em eliminá-
la. 
Atelectasia: colabamento dos alvéolos pulmonares 
pela obstrução dos brônquios por tampão mucoso 
Manifestações: aumento na frequência respiratória 
Dispneia, hipoventilação pulmonar, cianose, agitação, 
alteração de nível de consciência. 
• Manutenção da ventilação (artificial) 
• Permeabilidade das vias aéreas (Aspiração traqueal 
posicionamento adequado) Estimulação da tosse, 
Estimulação de exercícios respiratórios, 
• Realizar nebulização, Mudança de decúbito. 
Pneumonia 
• Inflamação do parenquima pulmonar (alvéolos) 
normalmente provocada por um processo infecciosos, 
geralmente de origem bacteriana (Estase pulmonar). 
Manifestações: 
• Dor torácica 
• Febre 
• Tosse produtiva 
• Calafrios 
• Prostação 
• Eliminação de muco purulento 
• Dispneia 
Prevenção: 
• Mudança de decúbito 
• Promoção de expectoração Ações; 
• Administração de medicação 
• Higiene corporal 
• Estimular ingesta hídrica 
• Estimular deambulação 
Embolia pulmonar 
Embolo de gordura de ar ou de coagulo sanguíneo se 
desloca através da corrente sanguínea ate o ramo de 
um vaso pulmonar(artéria e veias pulmonares) 
ocasionando obstrução parcial ou total 
• Dor aguda no peito( comum na fase aguda), 
• Dispneia, 
• Diaforese: suor intenso 
• Ansiedade 
• Agitação 
• Alterações de nível de consciência podendo levar 
a morte. 
 Ações: 
• Prevenção do quadro de TEP 
 • Exame físico 
 • Realizar exercícios ativos ou passivos (contrações 
musculares ajuda no retorno venoso) 
 • Utilizar meias compressivas 
• Controlar administração de medicamento 
(enoxaparina), 
• Estimular a deambulação , mudança de decúbito em 
intervalos regulares 
 Complicações urinárias 
• Infecção urinária é geralmente causada por falhas 
na técnica de sondagem vesical e refluxo da urina. 
Manifestação: 
 • hipertermia, disúria e alterações nas características 
da urina. 
Ações: 
 • Higiene íntima adequada do cliente, bem como 
técnica asséptica na passagem da sonda e sempre 
utilizar extensões, conectores e coletores esterilizados 
com sistema fechado de drenagem. 
• Retenção urinária → Efeito da anestesia, dor, 
pinçamento da sonda. 
Ações 
• medicar o paciente contra a dor 
• mudar de posição (se não houver contraindicação) 
• avaliar a presença de dobraduras e grumos nas 
extensões das sondas e drenos nas proximidades da 
bexiga. 
POI: 
• monitorar a diurese e volume 
• avaliar pelve do paciente e realizar bladder scan, 
• realizar sondagem de alívio, se necessário 
Complicações Gastrintestinais 
 Náuseas e vômito Os efeitos colaterais dos 
anestésicos e a diminuição do peristaltismo 
ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos 
e restos alimentares no trato digestório; em 
consequência, o cliente pode apresentar náuseas e 
vômito. 
 Ações: 
 • pacientes sem sonda nasogástrica devem ser 
colocados em decúbito lateral ou com a cabeça 
lateralizada para facilitar a drenagem do vômito pela 
boca. 
• pacientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, 
mantendo-a aberta, proceder à aspiração para 
esvaziar a cavidade gástrica. 
Ações POI: 
• fornecer dieta de prova e depois dieta leve, 
• administrar antiemético. 
•Constipação intestinal: 
Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito 
colateral do anestésico, imobilidade prolongada no 
leito, quadro inflamatório, exposição e manipulação do 
intestino durante as cirurgias abdominais e o medo 
da dor, Opioides. 
 Como resultado, ocorre retenção de fezes 
acompanhada ou não de dor, desconforto abdominal 
e flatulência. 
Ações: 
 • Movimentação no leito, deambulação precoce, 
ingestão de líquidos e aceitação de alimentos ricos 
em fibras. A aplicação de calor na região abdominal e 
a orientação, ao paciente, para que degluta menos ar 
ao beber ou ingerir alimentos pode ajudar no retorno 
do movimento peristáltico e diminuir o acúmulo de 
gases. 
• Promover sua privacidade para que possa eliminar os 
gases. 
• Evitar opioides em excesso. 
• Administrar medicações laxantes ou antiflatulentos. 
Sede 
 • Provocada pela ação inibidora da atropina, perdas 
sanguíneas e de líquidos pela cavidade exposta 
durante o ato operatório, sudorese e hipertermia. 
Ações: 
• A equipe de enfermagem deve observar a presença 
de sinais de desidratação (alteração no turgor da pele 
e da PA e diminuição da diurese), manter a hidratação 
por via oral e, nos clientes impossibilitados de 
hidratar-se por via oral, umidificar os lábios e a boca, 
realizar higiene oral e manter hidratação endovenosa. 
Complicações Vasculares 
Hemorragia Primaria: se relaciona com o processo 
cirúrgico Intermediaria: primeiras 12 horas de pós-
operatório 
Secundaria: ate 24 horas após a cirurgia 
Interna: se faz para o interior de uma cavidade 
Externa: a localização do sangramento e visível o 
sangue se exterioriza 
Manifestações: Taquicardia, taquipneia, cianose de 
extremidade, hipotensão e choque. 
Ações Hemorragia 
• Controlar SSVV e saturação de O2, 
 • Posicionamento adequado de acordo com 
possibilidade, 
• Supressão do sangramento (compressão dos vasos 
ou tecidos quando possível), 
• Cateterismo vesical para monitorar DU, 
• Administrar medicamentos e soluções incluindo 
hemoderivados, 
 • Coleta e amostra de exames (Hb, Ht) 
Choque 
• Estado inadequação circulatória grave (condições 
orgânicas e fisiológicas que impossibilitam a 
manutenção do debito cardíaco capaz de atender as 
necessidades metabólicas do organismo. 
 • Choque Hipovolêmico: relacionado a grande 
hemorragia 
• Choque séptico: Infecção 
• Choque Cardiogênico: insuficiência cardíaca 
• Choque neurogênico: alterações neurológicas e 
vasodilação periférica 
• Choque anafilático: alergia a medicações 
 Manifestações:• Importante hipotensão arterial, baixo débito 
cardíaco (exceto no choque séptico) 
• Hipoperfusão tecidual 
• Importante hipóxia 
• Baixo débito urinário (oligúria) 
• Taquicardia (inicial) e bradicardia (achados no 
choque tardio) 
• Pulso filiforme 
• Alterações importante do nível de consciência 
 Ações: 
• Decúbito dorsal ao nível da cabeça ou pés 
elevados 
• Permeabilidade das vias aéreas 
• Avaliar dinâmica ventilatória 
• Realizar rigoroso balanço hídrico 
• Monitorizar sinais vitais 
• Manter cliente aquecido 
Infecção da Ferida Cirúrgica 
 presença de secreção purulenta que varia de clara 
inodora a pus espesso com odor fétido, com a 
presença ou não de necrose nas bordas da ferida. 
Prevenção: 
• preparo pré-operatório adequado, utilização de 
técnicas assépticas, observação dos princípios da 
técnica de curativo e alerta aos sinais que 
caracterizam a infecção. 
 • Cuidados com os curativos durante o banho e 
efetuar a troca sempre que estiver sujo 
 Deiscência 
Abertura total ou parcial da incisão cirúrgica 
provocada por infecção, rompimento da sutura, 
distensão abdominal, ascite e estado nutricional 
precário do cliente. 
Ação: 
• curativo conforme necessidade com lavagem ou 
irrigação do local com solução fisiológica, podendo 
haver a necessidade de o cliente revisar os pontos 
cirúrgicos, Todos os curativos com saída de secreções 
(purulenta, sanguinolenta) devem ser do tipo fechado; 
Nos casos de sangramento, indica-se o curativo 
compressivo. 
Classificação dos drenos 
1. Quanto a forma e ação: 
a) Capilaridade: a saída das secreções se dá através 
da superfície externa do dreno (ex. penrose). Ele 
depende da gravidade para o fluxo de fluidos e pode 
exigir a troca regular do curativo para evitar 
contaminação e ajudar na drenagem. Traciona todo 
dia. 
b) Gravitação: Utiliza-se cateteres de grosso calibre 
colocados na cavidade e conectados a bolsa coletora 
ou borracha de látex (ex. dreno de tórax). 
c) Sucção: Geralmente utilizados em circunstâncias 
em que se prevê o acumulo de líquidos em grande 
quantidade, ou por períodos prolongados (ex. Dreno de 
tórax com pressão negativa ou sistema de drenagem 
Portovac) 
Dreno de tórax 
Na cavidade torácica a pressão é menor que a do ar 
atmosférico, o que possibilita a entrada de ar. Sempre 
que o pulmão perde essa pressão negativa, seja por 
abertura do tórax devido à cirurgia, trauma ou por 
presença de ar, pus, ou sangue no tórax ocorrerá o 
colapso pulmonar. 
 Manuseio do sistema de drenagem torácica 
• Trocar o frasco a cada 24 horas da seguinte maneira; 
• Pinçar o dreno 15 cm acima da inserção no frasco; 
• O frasco a ser colocado deve ser estéril, graduado 
em ml e composto por um selo de água de maneira 
que o tubo extensor de vidro fique submerso; 
• Deve estar identificado com data e horário da troca; 
• Conectar a extensão de látex no vidro; 
 • Despinçar o dreno 
 • Deve-se instruir o paciente para deambular com o 
sistema; 
 • Ao desprezar o conteúdo não esquecer de medi-lo 
diminuindo o valor referente ao selo d’água, descrever 
o aspecto e característica do líquido drenado; 
 • Examinar diariamente o local de inserção do dreno 
torácico, averiguando se está corretamente preso e 
papando o local a procura de edema subcutâneo; 
 • Verificar se o selo d’água apresenta movimento de 
acordo com a respiração; 
• Jamais clampear o dreno torácico durante um longo 
período; 
 • Manter o curativo do local do dreno seco e intacto; 
• Manter a permeabilidade, visando garantir uma 
drenagem eficiente; 
• Realizar o adequado posicionamento do dreno, 
evitando que ocorra tração e posterior deslocamento; 
• Controlar a drenagem, atentando para a quantidade 
e aspecto da secreção drenada, e registrar 
corretamente todos estes dados; 
• Clampear o dreno antes de esvaziar e ordenhar na 
direção do frasco coletor; 
• Checar e registrar a localização, tipo, fixação, 
permeabilidade, volume do dreno; 
• Retirar o dreno quando solicitado pelo médico; 
• Impedir a entrada de ar no sistema pois, caso isto 
ocorra, o ar pode entrar nas pleuras (colabamento 
pulmonar) e comprimir os pulmões, provocando 
dispneia e desconforto respiratório para o cliente; 
• Certificar-se de que as tampas e os intermediários 
do dreno estejam corretamente ajustados e sem 
presença de escape de ar, o que prejudicaria a 
drenagem; 
Cuidados com a sonda vesical de 
demora (SVD) 
 Reavaliar diariamente sua necessidade; Remover o 
mais precoce possível para reduzir as infecções 
urinárias. 
Cuidados 
• Verificar se a sonda está corretamente fixada na 
coxa do paciente (mulher) ou abdome(homem), 
prevenindo lesões uretrais devido a tração acidental; 
• Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do 
paciente, para evitar retorno de urina à bexiga. Pode-
se também pinçar o prolongamento para poder elevar 
o coletor. 
• Fazer a higiene intima correta e em intervalos 
regulares. 
Orientações - COFEN 450/2013 
 • Escolher cateter de menor calibre possível, que 
garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar 
ocorrências de trauma; 
• Seguir práticas assépticas durante a inserção e 
manipulação do cateter vesical; 
 • Encher o balão de retenção com água destilada, 
pois as soluções salinas, ou que contenham outros 
eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos 
períodos, o que pode dificultar a deflação no 
momento da retirada do cateter; 
 • Higienizar as mãos antes, durante e após a inserção 
e manipulação do cateter vesical; 
 • Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa 
garantir sua esterilidade, como um todo, com o uso 
de bolsas plásticas descartáveis, munidas de alguns 
dispositivos que visam diminuir ainda mais a 
incidência de infecção urinária, como válvula 
antirrefluxo, câmara de gotejamento e local para 
coleta de urina, de látex auto-retrátil, para exames; 
Orientações - COFEN 450/2013 
• O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto 
e, se necessário, manusear com técnica asséptica; 
 • Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção 
do cateter, evitando refluxo intravesical de urina; • 
Obedecer a critérios determinados no protocolo para 
troca do cateter vesical; 
• Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, 
exceto para os casos pontuais de coleta de urina para 
análise; 
• Realizar coleta de amostras de urina para análise 
com técnica asséptica; 
• Registrar o procedimento realizado no prontuário do 
paciente, segundo normas da instituição e respectivos 
conselhos, devendo minimamente conter: data e hora 
da inserção do cateter, identificação completa do 
profissional que realizou o procedimento e data e 
horário da remoção do cateter; 
• Substituir o sistema de drenagem, quando houver 
quebra na técnica asséptica, desconexão ou 
vazamento; 
• Revisar regularmente a necessidade de manutenção 
do dispositivo, removendo-o logo que possível; 
• Identificar e monitorar os grupos de pacientes 
susceptíveis a Infecção do Trato Urinário. 
Cuidados com o Gesso no pós-
operatório 
1. Observar a perfusão periférica (cor, pulso, 
edema e temperatura); 
2. Fender ou bivalvar o gesso se houver 
alteração da perfusão; 
3. Fazer a janela no gesso para o curativo; 
4. Orientar o paciente e familiar para não inserir 
objetos dentro do gesso; e 
5. Manter o membro com gesso elevado. 
Feridas com cicatrização de 
primeira intenção 
Recomenda-se permanecer com curativo estéril por 
24 h a 48 h, exceto se houver drenagem da ferida ou 
indicação clínica; 
- O primeiro curativo cirúrgico deverá ser realizado 
pela equipe médica ou enfermeiro especializado; - 
Substituir o curativo antes das 24 h ou 48 h se 
molhar, soltar, sujar ou ACM; 
- Remover o curativo anterior com luvas de 
procedimento; 
 - Avaliar local da incisão, se não apresenta exsudato 
manter as incisões expostas até a remoção da sutura; 
Registrar o procedimento e comunicar em casos de 
sangramento excessivo, deiscências e sinais 
flogísticos.Conduta para a Realização de 
Curativo em Paciente com Fixador 
Externo 
Limpar os locais de inserção dos pinos com Soro 
Fisiológico 0,9% removendo crostas e sujidades. Após, 
realizar toque de álcool a 70%; primeiro na inserção 
dos pinos, depois na área periferida e por último, no 
fixador. Posteriormente, ocluir com gazes, acolchoado 
e atadura de crepom. 
Síndrome compartimental 
 • É o aumento de pressão num espaço anatômico 
restrito com queda da perfusão sanguínea dos 
músculos e órgãos nele contidos. 
 • Caracterizada pela parestesia, dor contínua, 
hipoestesia, edema e enrijecimento da região 
acometida. As causas principais podem ser a 
constrição de membros por aparelho gessado, 
curativos compressivos bem como uso inadequado de 
manguitos para aferição de PA, além de um possível 
aumento de substâncias no compartimento muscular 
causado por um edema ou hemorragia. 
• É uma urgência ortopédica. 
Sinais e sintomas: 
• Dor à extensão dos dedos. → primeiro sinal 
• Parestesia 
• Membro tenso 
• Ausência de pulso nas extremidades 
• Palidez na pele 
• Paralisia 
• Avaliar e remover imobilizações ou enfaixamentos 
circulares apertados. 
• Reavaliar a perfusão distal constantemente. 
• Não realizar acesso venoso no membro afetado. 
Tratamento: Fasciotomia.

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