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RELATÓRIO GEOVANA 2018 18 de junho

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UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE –UNIARP 
CURSO: SERVIÇO SOCIAL 
DISCIPLINA–ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO II 
5º FASE- 1º SEMESTRE- 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO II 
 
 
 
 
GEOVANA APARECIDA BERTULINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNHO 
2018 
 
GEOVANA APARECIDA BERTULINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O presente relatório de estágio é 
apresentado como requisito para a aprovação na 
disciplina de estágio Curricular Supervisionado 
Obrigatório II, ministrado pela professora Dra. 
Fatima Noely da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNHO 
2018 
 
 APRESENTAÇÃO 
 
O estágio supervisionado II é um aprendizado teórico prático no qual 
exercitamos as dimensões teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo, que 
aprendemos no decorrer da formação acadêmica. É uma exigência curricular de 150 
horas que faz parte da disciplina para subsidiar a prática profissional. 
Realizamos o estágio supervisionado II, no espaço institucional do CRAS Norte 
Caçador - Centro de Referência da Assistência Social, que é um equipamento 
governamental, responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social 
Básica do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, nas áreas de vulnerabilidade e 
risco social que compreende o território de abrangência do CRAS. 
Por meio do CRAS, as famílias em situação de extrema pobreza ou demais 
vulnerabilidades sociais passam a ter acesso a serviços como cadastramento e 
acompanhamento em programas de transferência de renda, orientações e 
encaminhamentos diversos. 
A intervenção de estágio foi desenvolvida nos grupos de SCFV (Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos) para adolescentes, sendo abordado temas 
relevantes de prevenção e orientação pertinentes à faixa etária dos participantes, tais 
como: 
 Tipos de violências; 
 As leis que os protegem; 
 Regras de convivência familiar e comunitária; 
 Atividades de lazer e convívio social; 
 Entre outros temas importantes que demandam atenção. 
O processo de estágio esta sendo de fundamental importância na minha 
formação, pois se trata de um momento da formação acadêmico-prática que possibilita 
vivenciar e compartilhar o aprendido na faculdade, tendo como função integrar as 
inúmeras disciplinas que compõem o currículo acadêmico, dando unidade estrutural e 
testando o nível de consistência e o grau de entrosamento com a prática. 
 Por meio das intervenções pude perceber as diferenças do mundo 
organizacional e exercitar as adaptações aos espaços de atuação profissional, 
percebendo as demandas apresentadas pelos usuários da Política Pública, as lacunas 
 
da oferta de serviços e os desafios da atuação profissional mediante as questões 
apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.Dados de identificação .................................................................................. 6 
2.Atividades desenvolvidas .............................................................................. 6 
3.Documentos utilizados .................................................................................. 6 
4.Desenvolvimento e Analise reflexiva ............................................................. 7 
4.1 Área de Atuação......................................................................................... 7 
4.2 Objeto de intervenção .............................................................................. 12 
4.3 Descrição da analise..................................................................................14 
5.Considerações Reflexivas............................................................................18 
6. Bibliografia...................................................................................................23 
7. Anexos........................................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
 
a. Nome da instituição: CRAS - Centro de Referência da Assistência Social 
b. Local de Estágio: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
c. Horas concluídas de Estágio: 150 horas. 
 
2. ATIVIDADES CENTRAIS DESENVOLVIDAS 
 
 
 Entrevistas; 
 Visitas domiciliares; 
 Observação; 
 Abordagem grupal e individual; 
 Avaliação; 
 Dinâmicas; 
 Relatos. 
 
 
3. DOCUMENTAÇÃO UTILIZADA 
 
 
 Diário de campo; 
 Plano de Estágio; 
 Relatório de Estágio; 
 Referenciais bibliográficos. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE 
ESTÁGIO 
 
 
4.1 ÁREA DE ATUAÇÃO 
 
No Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Norte é desenvolvido 
através de Professores monitores e estagiária, o Serviço de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos (SCFV), no qual estive intervindo com o grupos de 
adolescentes. O SCFV é um serviço da Proteção Social Básica do SUAS que é 
ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias realizado por meio do 
PAIF(Serviço de Atenção Integral às Famílias). Através do SCFV são realizados 
atendimentos em grupo, nas diversas faixas etárias dos usuários da Política de 
Assistência Social que residem no território de abrangência do CRAS. Nos encontros 
são realizadas conversas e palestras de prevenção, bem como atividades culturais, de 
lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a idade e demandas dos usuários. 
Pelo SCFV, se apresenta uma forma de intervenção social planejada que cria 
situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de 
suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares. Os usuários do SCFV são 
divididos em grupos a partir de faixas etárias, considerando as especificidades dos 
ciclos de vidas. O trabalho nos grupos é planejado de forma coletiva, contando com a 
participação ativa do técnico de referência, dos orientadores sociais e dos usuários. O 
trabalho realizado com os grupos é organizado em percursos de forma a estimular as 
trocas culturais e o compartilhamento de vivências; desenvolver junto aos usuários o 
sentimento de pertença e de identidade; e fortalecer os vínculos familiares, sempre sob 
a perspectiva de incentivar a socialização e a convivência familiar e comunitária. 
O público alvo participante no grupo de intervenção de estágio são 
adolescentes, com diversas demandas sociais, tais como: casos fora evasão escolar, 
encaminhadas de outras instituições que compõem a rede sócio assistencial do 
município, público prioritário do Cadastro Único, bem como, pessoas inseridas ao 
grupo por demanda espontânea. 
Embora o SCFV seja organizado a partir dos ciclos de vida dos usuários, a fim 
de considerar as especificidades de cada etapa do desenvolvimento, há aspectos da 
8 
 
vida humana que percorrem todas elas, tais como a participação, a convivência social e 
o direito de ser – esses são os eixos orientadores do SCFV. 
A organização do SCFV a partir de eixos foi concebida no sentido de que os 
percursos desenvolvidos com os grupos promovam as aquisições previstas pela 
Tipificação1 Nacional de Serviços Socioassistenciais para os usuários, observando os 
ciclos de vida e os contextos onde as ações serão desenvolvidas. Os eixos 
estruturantes, assim como os sub eixos eos temas transversais orientam o 
planejamento e a oferta de atividades no sentido de contribuir para a elaboração de 
propostas que contemplem formas de expressão, interação, aprendizagem e 
sociabilidade em conformidade com os objetivos do serviço. Estes são os eixos 
orientadores do SCFV: 
I. Convivência social – é o principal eixo do serviço, traduz a essência dos 
serviços de Proteção Social Básica e volta-se ao fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários. As ações e atividades inspiradas nesse eixo devem estimular o convívio 
social e familiar, aspectos relacionados ao sentimento de pertença, à formação da 
identidade, à construção de processos de sociabilidade, aos laços sociais, às relações 
de cidadania, etc. São sete os sub eixos relacionados ao eixo convivência social, 
denominados capacidades sociais: capacidade de demonstrar emoção e ter 
autocontrole; capacidade de demonstrar cortesia; capacidade de comunicar-se; 
capacidade de desenvolver novas relações sociais; capacidade de encontrar soluções 
para os conflitos do grupo; capacidade de realizar tarefas em grupo; capacidade de 
promover e participar da convivência social em família, grupos e território. 
 
II. Direito de ser - o eixo “direito de ser” estimula o exercício da infância e 
da adolescência, de forma que as atividades do SCFV devem promover experiências 
que potencializem a vivência desses ciclos etários em toda a sua pluralidade. Tem 
como sub eixos: direito a aprender e experimentar; direito de brincar; direito de ser 
protagonista; direito de adolescer; direito de ter direitos e deveres; direito de pertencer; 
direito de ser diverso; direito à comunicação. 
 
 
 
1
 A Resolução 109 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) tipifica os Serviços 
Socioassistenciais disponíveis no Brasil organizando-os por nível de complexidade do Sistema 
Único de Assistência Social: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e 
Alta Complexidade. 
9 
 
III. Participação - tem como foco estimular, mediante a oferta de atividades 
planejadas, a participação dos usuários nos diversos espaços da vida pública, a 
começar pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, passando pela 
família, comunidade e escola, tendo em mente o seu desenvolvimento como sujeito de 
direitos e deveres. O eixo “participação” tem como sub eixos: participação no serviço; 
participação no território; participação como cidadão; participação nas políticas 
públicas. 
O SCFV é uma intervenção social planejada, que se materializa por meio dos 
grupos, com vistas a estimular e orientar os usuários na construção e reconstrução de 
suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território. Assim, os 
encontros dos grupos do SCFV visam criar situações de convivência para a realização 
de diálogos e fazeres que constituem alternativas para o enfrentamento de 
vulnerabilidades e a construção de alternativas. Nessa direção, esses encontros são 
um espaço para promover: 
 Produção coletiva: trata-se de estimular no SCFV a construção de relações 
horizontais – de proporção-, a realização compartilhada, a colaboração; 
 Escuta: trata-se de criar um ambiente em que os usuários relatem ou partilhem 
suas experiências - segurança, interesse, etc.; 
 Processos de valorização/reconhecimento: trata-se de considerar as questões 
e os problemas do outro como procedentes e legítimos; 
 Exercício de escolhas: trata-se de fomentar a responsabilidade e a reflexão 
sobre as motivações e interesses envolvidos no ato de escolher; Acompanhe sempre 
as atualizações deste material de consulta. 
 Tomada de decisão sobre a própria vida e de seu grupo: trata-se de estimular 
a capacidade de responsabilizar-se, de negociar, de compor, de rever e de assumir 
uma escolha; 
 Diálogo para a resolução de conflitos e divergências: trata-se de favorecer o 
aprendizado e o exercício de um conjunto de habilidades e capacidades de 
compartilhamento e engajamento nos processos resolutivos ou restaurativos; 
 Reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas: trata-se de 
analisar as situações vividas e explorar variações de escolha, de interesse, de conduta, 
de atitude, de entendimento do outro; 
10 
 
 Experiências de escolha e decisão coletivas: trata-se de criar e induzir atitudes 
mais cooperativas a partir da análise de situações, da explicitação de desejos, medos e 
interesses; negociação, composição, revisão de posicionamentos e capacidade de 
adiar realizações individuais em prol do coletivo; 
 Aprendizado e ensino de forma igualitária: trata-se de construir, nas relações, 
lugares de autoridade para determinadas questões, desconstruindo a perspectiva de 
autoridade por hierarquias previamente definidas; 
 Reconhecimento e nomeação das emoções nas situações vividas: trata-se de 
aprender e ter domínio sobre os sentimentos e afetações, de modo a enfrentar 
situações que disparam sentimentos intensos e negativos; 
 Reconhecimento e admiração da diferença: trata-se de exercitar situações 
protegidas em que as desigualdades e diversidades podem ser analisadas e 
problematizadas, permitindo que características, condições e escolhas sejam tomados 
em sua raiz de diferença e não a partir de um juízo de valor hegemônico. Os encontros 
dos grupos do SCFV devem criar oportunidades para que os usuários vivenciem as 
experiências anteriormente mencionadas. Isso pode ser efetivado mediante variadas 
ações estratégicas, que precisam ser atrativas e atender às demandas e 
especificidades de cada grupo, sempre com objetivos muito bem definidos. 
Segundo a Resolução CIT nº 01/2013 e a Resolução CNAS nº 01/2013, 
considera-se público prioritário para o atendimento no SCFV crianças e/ou 
adolescentes e/ou pessoas idosas nas seguintes situações: 
 Em situação de isolamento; 
 Trabalho infantil; 
 Vivência de violência e/ou negligência; 
 Fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 (dois) anos; 
 Em situação de acolhimento; 
 Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto; 
 Egressos de medidas socioeducativas; 
 Situação de abuso e/ou exploração sexual; 
 Com medidas de proteção do ECA– Estatuto da Criança e do adolescente; 
 Crianças e adolescentes em situação de rua; 
 Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência. 
11 
 
A segurança de convívio, garantida aos usuários pela PNAS – Política Nacional 
de Assistência Social, diz respeito à efetivação do direito à convivência familiar e à 
proteção da família, com vistas ao enfrentamento de situações de isolamento social, 
enfraquecimento ou rompimento de vínculos familiares e comunitários, situações 
discriminatórias e desvirtuastes. O enfrentamento a essas situações é realizado por 
meio de ações centradas no fortalecimento da autoestima, dos laços de solidariedade e 
dos sentimentos de pertença e coletividade. 
 
A equipe de profissionais responsáveis pelo desenvolvimento das atividades de 
competência do CRAS, de acordo NOB/RH/SUAS são: Assistentes Sociais, 
Psicóloga(o), Pedagoga(o), professoras(es) monitoras(es), com a colaboração, de 
estagiárias de Serviço Social e estagiárias de Psicologia. Ainda, de acordo Resolução 
nº 17 de 20 de junho de 2011do CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social, 
outras categorias profissionais poderão compor a gestão do SUAS. 
O profissional de Serviço Social, no contexto da Política Pública de Assistência 
Social, tem como funções principais, a prestação de serviços de assistência social, 
interpretando anseios e angústias dos usuários, procedendo as orientações sociais eencaminhamentos necessários às situações coletivas ou individualizadas que se 
apresentam e ainda, com o grande desafio de desenvolver capacidades ao sujeito para 
seu acesso aos direitos sociais, pois, infelizmente, o padrão cultural da maioria da 
população, não contribui para o entendimento do processo societário o qual se 
encontram inseridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4.2 OBJETO DE INTERVENÇÃO 
 
O público alvo para a prática interventiva corresponde à adolescentes de 12 á 17 
anos, que vem pela busca ativa espontaneamente ou encaminhamentos da Rede 
Socioassistencial, devido situação de vulnerabilidade social. Também adolescentes 
encaminhados pelos serviços da Proteção Social Especial: Serviço de Proteção e 
Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); adolescentes cujas 
famílias são beneficiárias de programas de transferência de renda; adolescentes de 
famílias com precário acesso à renda e a serviços públicos. Os usuários, em sua 
maioria, são oriundos de famílias de baixa renda, residentes em locais periféricos do 
território. 
Os objetivos do SCFV aos jovens conforme a Resolução CNAS nº 13/2014: 
 Complementar as ações da família e comunidade na proteção e 
desenvolvimento dos jovens e no fortalecimento dos vínculos familiares e sociais; 
 Assegurar espaços de referência para o convívio grupal, comunitário e 
social e o desenvolvimento de relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo, 
de modo a desenvolver a sua convivência familiar e comunitária; 
 Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural dos 
jovens, bem como estimular o desenvolvimento de potencialidades para novos projetos 
de vida, propiciar sua formação cidadã e vivências para o alcance de autonomia e 
protagonismo social, detectar necessidades, motivações, habilidades e talentos; 
 Possibilitar o reconhecimento do trabalho e da formação profissional como 
direito de cidadania e desenvolver conhecimentos sobre o mundo do trabalho e 
competências específicas básicas; 
 Contribuir para a inserção, reinserção e permanência dos jovens no 
sistema educacional e no mundo do trabalho, assim como no sistema de saúde básica 
e complementar, quando for o caso; 
 Propiciar vivências que valorizam as experiências que estimulem e 
potencializem a condição de escolher e decidir, contribuindo para o desenvolvimento 
da autonomia e protagonismo social dos jovens, estimulando a participação na vida 
pública no território, ampliando seu espaço de atuação para além do território além de 
desenvolver competências para a compreensão crítica da realidade social e do mundo 
contemporâneo. 
13 
 
Para os jovens objetiva fortalecer vínculos familiares e comunitários, 
assegurando espaços de referencia para o convívio grupal, comunitário social e o 
desenvolvimento de relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo, de modo a 
desenvolver a sua convivência familiar e comunitária. 
Contribui para a ampliação do universo informacional. Artísticos e cultural dos 
jovens, bem como estimula o desenvolvimento de potencialidades para novos projetos 
de vida; propicia sua formação cidadã e vivencias para o alcance de autonomia e 
participação social; detecta necessidades, motivações, habilidades e talentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO ESTÁGIO 
 
A profissão de Serviço Social é reconhecida legal e academicamente, bem como 
reconhecida socialmente. Passa a existir sob a influência direta da Igreja Católica, em 
âmbito de formação, prática e discurso de seus agentes. Em sua primeira fase, 
intervém no aparecimento da Questão Social, produzida pela relação de trabalho em 
moldes capitalistas, com o surgimento do trabalho livre profundamente marcado pela 
escravidão, seu passado recente. Momento em que “a força do trabalho é tornada 
mercadoria”, e o proprietário do capital não mais é um senhor em particular, mas há 
uma “classe de capitalistas” que capitalizam em torno da mais valia do trabalho 
operário, que o troca pelo salário para sustento de si e de sua família. 
A exploração a que é submetido o operariado aparece para o restante da 
sociedade burguesa como uma ameaça a seus mais sagrados valores (...). Impõe a 
partir daí a “necessidade de controle social” da exploração da força de trabalho e o 
surgimento de uma regulação jurídica do mercado de trabalho através do Estado 
(PELLIZZER, 2008, p. 17). 
Neste espaço, as atribuições e competências do Assistente Social são: Elaborar, 
implementar, assessorar, coordenar e executar políticas sociais públicas, privadas e 
filantrópicas no âmbito da Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência) 
e também no meio ambiente, na habitação, no lazer, na educação e outras áreas. 
Compete também, elaborar, coordenar, executar e avaliar plano, programas e 
projetos na área do Serviço Social; Realizar pesquisas e estudos para conhecimento 
da realidade social; Prestar assessoramento e consultoria aos órgãos da administração 
pública, direta e indireta, empresas privadas, ONGs e movimentos sociais; Realizar 
vistorias, perícias técnicas e laudos e pareceres sociais; Prestar orientação social a 
indivíduos, grupos e população. Presidir e compor bancas examinadoras de concursos 
de seleção para Assistente Social. 
O desenvolvimento do processo de estágio desenvolveu-se pautado no Plano de 
Estágio, o qual teve por objetivo geral: Desencadear processo de intervenção 
teórico/crítico que responda as expectativas da classe proletária, (objeto da nossa 
profissão), o qual pode afirmar que foi alcançado, por meio da abordagem grupal, onde 
tivemos acesso ao objeto de intervenção da profissão, sendo as adolescentes de 12 á 
17 anos, com a oportunidade de conhecer a história e a família de cada um, por meio 
de conversas realizadas nos dias de estágio e também pelas visitas domiciliares 
15 
 
realizadas e dinâmicas aplicadas com o objetivo de fortalecer vínculos e o convívio 
familiar. 
Também foram realizadas intervenções com o tema direitos e deveres 
específicos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), intervenções sobre 
prevenções da exploração sexual infanto juvenil, trabalho infantil, crianças 
desaparecidas, sobre esporte e lazer, doenças sexualmente transmissíveis, gripe A, 
entre outros assuntos tão importantes quanto estes. 
Os Instrumentais técnicos utilizados para a realização das atividades durante o 
período de estágio, foram: entrevistas, visitas domiciliares, intervenção, observação, 
abordagem grupal e individual. Em seguida, relatamos algumas intervenções: 
 
Reunião ocorrida na data de 07 de março de 2018: 
O objetivo deste encontro foi conversar e debater com o grupo de adolescentes 
a importância de ser lembrado o dia do nascimento, pois é um marco na vida de 
qualquer um e sentimos uma enorme alegria em comemorar o aniversário. 
O aniversário ensina a essência de renascer festejar e celebrar um novo 
começo. Não importa como as coisas aconteceram ontem, mês ou ano passado, temos 
sempre a capacidade de tentar de novo ou capacidade de resiliência2. No dia do 
aniversário, pode ser um momento oportuno para fazer um levantamento de nossas 
realizações passadas e assumir novas decisões. 
Depois de ter exposto sobre o significado do aniversário, colocamos em prática 
uma idéia sugerida pelo grupo. Confeccionamos um painel de aniversariantes. Todos 
participaram e amaram trabalhar em conjunto e ao final da atividade, todos ficaram 
encantados com o nosso desempenho e resultado. E a partir deste dia, comemoramosuma vez por mês o aniversário dos adolescentes daquele mês. 
 
 
 
 
 
2
 capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar 
obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, algum tipo de 
evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por 
encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades. Nas 
organizações, a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara 
com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões 
propiciam forças estratégicas na pessoa para enfrentar a adversidade. 
16 
 
Reunião realizada na data de 14 de março de 2018: 
A finalidade deste encontro foi conversar e expor sobre saúde e sexualidade. 
Convidamos a enfermeira Paula, que atua no posto de saúde do Bairro Nossa Senhora 
Salete, para debater com os jovens do CRAS Norte e Martello, pois os mesmos tinham 
muitas dúvidas sobre o assunto. Os grupos de adolescentes trouxeram perguntas 
sobre o assunto em bilhetes, por se tratar de uma temática que eles ficam 
envergonhados de falar em público. 
Durante o encontro, a enfermeira entregou para cada um do grupo uma cartilha 
explicativa sobre cada fase da adolescência. Então colocamos as perguntas em uma 
caixa, sendo que a enfermeira respondia de forma objetiva. As dúvidas dos 
adolescentes foram sobre: HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis; gravidez 
na adolescência; preservativo; afetividade; puberdade, etc. 
A enfermeira Paula ainda explicou como o adolescente se enxerga no mundo 
quando começa as curiosidades, quando o corpo muda, enfim quando a puberdade 
começa. 
Falou também sobre a diferença de HIV e AIDS: 
 HIV- Quando a doença está no início e ainda pode haver tratamento; 
 AIDS- Quando a doença já está em um estado avançado. 
O debate serviu para tirar várias dúvidas dos adolescentes. Eles mostraram 
muito interesse pelo assunto. Comentaram que tinham insegurança de falar sobre sexo 
com os pais. 
 
Reunião ocorrida na data de 11 de junho de 2018: 
O propósito deste encontro foi trazer novas histórias e experiências aos 
adolescentes do grupo do CRAS de Caçador (Norte e Martello). 
Fomos fazer uma visita ao CESMAR (Centro Social Marista Caçador), chegando 
lá fomos recepcionados com muito carinho e afeto. Nesta oportunidade puderam 
conhecer a Unidade, seus espaços e seus projetos. Bem como, tiveram a oportunidade 
de compartilhar experiências com a Educadora Fernanda Carneiro e o Coordenador 
Pedagógico Danilo Vaz Ribeiro, os quais através de suas vivências instigaram a 
discussão do que é ser jovem nesta sociedade, quais os desafios à serem enfrentados. 
 O grupo de adolescentes pôde refletir como vivemos em bolhas, as quais 
limitam nossa visão de mundo, limitam nosso entendimento sobre o que ocorre ao 
nosso redor, onde somos limitados a tal ponto que não compreendemos nosso lugar de 
17 
 
fala, entretanto, ao percebemos qual é, podemos nos transformar e, assim, transformar 
a realidade que nos cerca. 
 Foi um momento único, com trocas de conhecimentos e de ouvir 
depoimentos de pessoas que passaram por muitas dificuldades e mesmo encontrando 
inúmeras pedras pelo caminho conseguiram dar a volta por cima e sair da perspectiva 
de jovens negros e pobres que vivem em periferias, que buscaram através do esforço e 
vontade de estudar, buscando novos conhecimentos para vencer na vida. Foi um 
encontro muito valioso que nos trouxe um entusiasmo para não desistir de nossos 
sonhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
CONSIDERAÇÕES REFLEXIVAS 
 
Realizar o estágio curricular no CRAS - Centro de Referência de Assistência 
Social foi uma experiência enriquecedora e recompensadora, onde pude aprender 
muito com a oportunidade de estar inserida nas diferentes atuações da equipe, como 
por exemplo, na abordagem grupal e individual, nas visitas domiciliares e nos 
atendimentos, as quais nos deram um amplo subsidio teórico e prático, possibilitando 
desenvolvimento enquanto acadêmica do Curso de Serviço Social, processo no qual 
pudemos avaliar e aprimorar gradativamente nossa intervenção, tanto no planejar, na 
realização de leituras, na prática cotidiana, tanto no falar e no expressar perante os 
grupos nos quais desenvolvemos a intervenção. 
Segundo Iamamoto: 
Formar e qualificar Assistentes Sociais críticos e competentes 
através de atividades de ensino, pesquisa e extensão, influindo 
na elaboração e implementação de políticas sociais públicas e 
na organização e mobilização da sociedade civil, tendo em vista 
contribuir para o processo de cidadania e democratização da 
sociedade brasileira (IAMAMOTO, 1998, p. 253). 
 
A avaliação do processo de estágio é possível de ser realizado, pois hoje 
podemos refletir as dificuldades do início do processo de estágio, as inseguranças 
pessoais de estar diante de um grupo de pessoas que demandam nossa atuação, a 
adolescência, uma etapa do desenvolvimento humano, onde acontecem diversas 
transformações, o ponto em que precisam construir um porto seguro para dialogar para 
não seguir em caminhos errados. Muitas vezes encontram-se desprovidas de mínimos 
sociais necessários até mesmo para sua sobrevivência, mas que, durante nossa 
intervenção, conseguimos somar, trazendo um pouco mais de informação e 
conhecimento para contribuir na trajetória destes cidadãos. 
Para uma excelente atuação profissional o assistente social necessita estar 
respaldado dos instrumentais técnico – operativos, esse é um fator primordial que a 
atuação seja de qualidade. 
Como nos revela MARTINELLI (2000): 
Onde o instrumental e a técnica estão relacionados em uma 
“unidade dialética”, refletindo o uso da habilidade técnica. O 
instrumental “abrange não só o campo das técnicas como 
também dos conhecimentos e habilidades” (p. 138) 
19 
 
SISTEMA CAPITALISTA BRASILEIRO 
 
O Capitalismo, não só mudou pela reestruturação ou pela reengenharia da 
produção just in time, terceirizada, desterritorializada, includente da comunicação e do 
consumidor, mas mudou de base. O Capitalismo do século XIX fundava-se na 
tecnologia do motor e da produção em série, levada ao extremo pelo Taylorismo e pelo 
Fordismo. 
 Marx chamava atenção em O Capital para a importância da descoberta motor, 
que revolucionou o tear, possibilitando a aglutinação dos trabalhadores numa nova 
relação de produção, a relação salarial. Essa estrutura produtiva fordista mudou pela 
introdução da informática, do robô, da informação e de novas tecnologias, e a relação 
salarial está se transformando em relação terceirizada, por subcontratos de trabalho 
precário. Essas mudanças devem ser vistas na heterogeneidade estrutural, pois há 
compassos e descompassos entre setores, empresas e regiões, configurando-se a 
presença de uma heterogeneidade que se assemelha no cotidiano sob a hegemonia do 
grande capital, mas com resistências e distâncias. 
A substituição da relação salarial por outros tipos de contrato e principalmente a 
substituição da técnica da habilidade pela informatização tem se manifestado numa 
trágica redução de classe operária assalariada, no aumento da precarização e no 
aumento do desemprego. Pode se constatar um aumento significativo da riqueza e, ao 
mesmo tempo, um aumento significativo do desemprego, com o desenvolvimento da 
produtividade, redução dos postos de trabalho da classe trabalhadora industrial e 
aumento de trabalhadores terceirizados e precarizados. 
É um dos mais altos indicadores dedesemprego persistentes na sociedade 
industrial, a partir do século XIX, exceto na crise dos anos 1930. 
No período de 1930 a 1935, o governo brasileiro sofre pressões da classe 
trabalhadora, que é então controlada através da criação de organismos normalizadores 
e disciplinares das relações de trabalho, em especial através do Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio. 
Neste contexto do capital, no Brasil, o Serviço Social nasceu por volta de 1930, 
como afirma Olemão Pellizzer: 
 O serviço social nasce no Brasil, na terceira década do século XX, em resposta à 
evolução do capitalismo, sob a influência europeia (em especial sob o influxo belga, 
francês e alemão), como fruto direto de vários setores particulares da burguesia 
20 
 
fortemente respaldados pela Igreja Católica. Nessa década, o Brasil vivia um processo 
incipiente de industrialização de importações, num contexto de capitalismo dependente 
e agroexportador. 
 
PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
É uma profissão de caráter sociopolítico, crítico e interventivo, que utiliza um 
instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e 
intervenção nas diversas refrações da "questão social", isto é, no conjunto de 
desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a 
apropriação privada dos frutos do trabalho. Inserido nas mais diversas áreas (saúde, 
previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça, etc) com papel de 
planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços 
sociais, o assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no 
cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de 
prestação de serviços. 
 É uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e 
hegemônico, denominado projeto ético-político, que foi construído pela categoria a 
partir das décadas de 70 e 80 e que expressa o compromisso da categoria com a 
construção de uma nova ordem societária, mais justa, democrática e garantidora de 
direitos universais. Tal projeto tem seus contornos claramente expressos na Lei 
8662/93, no Código de Ética Profissional de 1993 e nas Diretrizes Curriculares. 
 A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década 1930. O curso 
superior de Serviço Social foi oficializado no país pela Lei 1.889 de 1953. 
Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de 
maio de 1962, regulamentou a profissão. Em virtude das mudanças ocorridas na 
sociedade e no seio da categoria, um novo aparato jurídico se fez necessário de forma 
a expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. 
Hoje a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8.662, de 07 de junho de 1993, 
que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais. E, 
fundamentalmente, define em seus Artigos 4º e 5º, respectivamente, competência e 
atribuições privativas do assistente social. 
 Além da lei, contamos também com o Código de Ética Profissional que veio se 
atualizando ao longo da trajetória da profissão. Em 1993, após um rico debate com o 
21 
 
conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta versão do Código de Ética 
Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS. 
O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) é uma autarquia pública federal 
que tem a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o 
exercício profissional do/a assistente social no Brasil, em conjunto com os Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS). Para além de suas atribuições, contidas na Lei 
8.662/1993, a entidade vem promovendo, nos últimos 30 anos ações, políticas para a 
construção de um projeto de sociedade radicalmente democrático, anticapitalista e em 
defesa dos interesses da classe trabalhadora. 
A criação e funcionamento dos Conselhos de fiscalização das profissões no 
Brasil têm origem nos anos 1950, quando o Estado regulamenta profissões e ofícios 
considerados liberais. Nesse patamar legal, os Conselhos têm caráter basicamente 
corporativo, com função controladora e burocrática. São entidades sem autonomia, 
criadas para exercerem o controle político do Estado sobre os profissionais, num 
contexto de forte regulação estatal sobre o exercício do trabalho. 
O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovada 
sua lei de regulamentação profissional, a Lei 3252 de 27 de agosto de 1957, 
posteriormente regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962. Foi esse 
decreto que determinou, em seu artigo 6º, que a disciplina e fiscalização do exercício 
profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e aos 
Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS). 
Esse instrumento legal marca, assim, a criação do então CFAS e dos CRAS, 
hoje denominados CFESS e CRESS2. Para efeito da constituição e da jurisdição dos 
CRESS, o território nacional foi dividido inicialmente em 10 Regiões, agregando em 
cada uma delas mais de um estado e/ ou território (exceto São Paulo), que 
progressivamente se desmembraram e chegam em 2008 a 25 CRESS e 2 Seccionais 
de base estadual. 
Os Conselhos profissionais nos seus primórdios se constituíram como entidades 
autoritárias, que não primavam pela aproximação com os profissionais da categoria 
respectiva, nem tampouco se constituíam num espaço coletivo de interlocução. A 
fiscalização se restringia à exigência da inscrição do profissional e pagamento do 
tributo devido. Tais características também marcaram a origem dos Conselhos no 
âmbito do Serviço Social 
 
22 
 
CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988 
 
Tem seu marco na conquista de direitos na história brasileira. Chamada por 
alguns de “Constituição Cidadã”, e questionada por outros pelo fato de, na prática, não 
ter sido o resultado de uma Assembleia Constituinte verdadeiramente popular, 
democrática e cidadã. “A Constituição de 1988 abriu espaço, por meio de legislação 
específica, para práticas participativas nas áreas de políticas públicas, em particular 
na saúde, na assistência social, nas políticas urbanas e no meio ambiente” 
(AVRITZER, 2009, p. 29-30), seja através de plebiscitos, referendos e projetos de lei de 
iniciativa popular (art. 14, incisos I, II e III; art. 27, parágrafo 4º; art. 29. Incisos XII e 
XIII), seja através da participação na gestão das políticas de seguridade social (art. 
194), de assistência social (art. 204) ou dos programas de assistência à saúde da 
criança e do adolescente (art. 227). 
Diferentes áreas de políticas públicas, que foram inscritas na Constituição de 
1988 como direitos sociais, definiram como uma das suas diretrizes a participação 
social, dentre elas a saúde e a assistência social. A primeira já desenvolvia 
experiências de participação comunitária desde o final da década de 1970, como os 
conselhos populares de saúde e as comissões de saúde da Zona Leste (São Paulo), as 
comissões interinstitucionais nos três níveis de governo previstas no Programa de 
Ações Integradas de Saúde, criado em 1984, e no Programa dos Sistemas Unificados 
Descentralizados de Saúde, de 1987 (CUNHA; PINHEIRO, 2009, p. 145). 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
As Políticas Públicas são um conjunto de decisões, planos, metas e ações 
governamentais (seja a nível nacional, estadual ou municipal) voltados para a 
resolução de problemas de interesse público – que podem ser específicos, como a 
construção de uma ponte ou gerais, como melhores condições na saúde pública. 
Através de grupos organizados a sociedade faz seu apelo aos seus 
representantes - vereadores, deputados e senadores, membrosdo poder legislativo, e 
estes mobilizam os componentes do poder executivo - prefeitos, governadores e até 
mesmo o Presidente da República, para que atendam as solicitações da população. 
 
23 
 
5. BLIOGRAFIA 
 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoUwAG/servico-social-na-sociedade-capitalista 
 
CASTRO, M. M. História do Serviço Social na América Latina. Tradução de José Paulo Netto e 
BalkysVillalobos. 5ª ed. revista. São Paulo: Cortez, 2000. 
 
IAMAMOTO, Marilda V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. Ensaios críticos. 7ª 
ed., São Paulo: Cortez, 2004. 
 
NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 2ª ed., São Paulo: Cortez, 1992. 
 
MARTINELLI, M. L. Serviço Social: identidade e alienação. – 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2001 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 17. ed. Brasília: Câmara dos 
Deputados, 2001. 
 
AVRITZER, Leonardo. Sociedade civil e participação no Brasil democrático. In: ____. 
[org.]. Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009, p. 27-54. (Coleção 
Democracia Participativa). 
 
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/administra%C3%A7%C3%A3o-
publica/constitui%C3%A7%C3%B5es-brasileiras/constitui%C3%A7%C3%A3o-cidad%C3%A3/ 
CARVALHO,Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil, 2ed.SãoPaulo:Cortez/ 
CELATS,1983, p23 
 
http://prattein.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=192:tipificacao-
nacional-de-servicos-socioassistenciais-resolucao-109-do-cnas&catid=110:legislacao-e-politicas-
publicas&Itemid=201 
 
file:///C:/Users/acer/Downloads/CNAS%202014%20-%20013%20-%2013.05.2014.pdf 
http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
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