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Aula nº16 – 16.10.2018 Importância da Classificação de Solos A enorme diversidade de solos quanto ao comportamento geotécnico levou a tentativa do agrupamento em conjuntos com propriedades semelhantes. Organização racional da experiência acumulada, permitindo estimar o provável comportamento de um solo. Embora não deva ser supervalorizada, os sistemas de classificação são fundamentais na transmissão do conhecimento adquirido. Importância da Classificação de Solos Os sistemas tradicionais de classificação geotécnica de solos baseiam-se nas suas características granulométricas e nos seus limites de consistência. Nestes sistemas os grupos são definidos por limites numéricos descontínuos. São dois os sistemas mais utilizados: Sistema de Classificação Unificado (SUCS) Sistema Rodoviário de Classificação (HRB) Sistema de Classificação Unificado (SUCS) Sistema originalmente proposto por A. Casagrande para obras de aeroportos. Divide os solos em dois grandes grupos: - Solos Finos (P#200>50) - Solos Grossos (P#200<50) Cada subgrupo é identificado por duas letras: a primeira indica o tipo de solo e a segunda uma característica complementar. SW = Sand well graduate Areia bem graduada CH= Clay high compressibility Argila de alta compressibilidade Sistema de Classificação Unificado Solos grossos Tipos de Solo: G, S Principais subgrupos: • GW, GP, GC, GM, GW-GC, GP-GM, etc. • SW, SP, SC, SM, SW-SC, SP, SM, etc. Parâmetros utilizados na classificação: • Granulometria: P#200, CNU, CC • Limites de Consistência: LL e IP • Não considera o formato dos grãos Sistema de Classificação Unificado Solos grossos Sistema de Classificação Unificado Solos grossos Sistema de Classificação Unificado Solos grossos Sistema de Classificação Unificado Solos finos Tipos de Solo: M, C, O Principais subgrupos: • CL, CH • ML, MH • OL, OH Parâmetros utilizados na classificação: • Granulometria: P#200 • Limites de Consistência: LL e IP • Coloração Sistema de Classificação Unificado Solos finos Carta de plasticidade Sistema de Classificação Unificado Solos finos O solo é classificado de acordo com a sua localização na Carta de Plasticidade. • Linha “A”: IP=0,73(LL-30) • Linha “B”: LL=50 Solos situados próximos às linha “A” ou ”B” ou na faixa de IP de 4 a 7, recebem uma classificação intermediária: SC-SM, CL-CH, etc. Os solos orgânicos (O) se distinguem dos siltes (M) pelo aspecto visual (coloração). Sistema de Classificação Unificado Quadro resumo Sistema Rodoviário de Classificação (HRB) Sistema originalmente proposto nos Estados Unidos para obras rodoviárias. Divide os solos em dois grandes grupos: • Solos Grossos (%P#200<35) • Solos Finos (%P#200>35) Estas categorias são subdivididas em grupos considerando as características granulométricas do solo (%P#200, %P#40, %P#10) e os seus limites de consistência (LL e IP). Sistema Rodoviário de Classificação Solos grossos A1a: pedregulhos bem graduados A1b: areias bem graduadas A2: areias finas mal graduadas com finos; subdividem-se, dependendo do IP, em: • A2-4 • A2-5 • A2-6 • A2-7 A3: areias finas mal graduadas, com IP=0. Sistema Rodoviário de Classificação Solos finos São siltes e argilas que dividem-se, dependendo do IP, em: • A4 • A5 • A6 • A7-5 • A7-6 Sistema Rodoviário de Classificação Quadro resumo Sistema Rodoviário de Classificação Quadro resumo Sistema Regionais de Classificação Nem sempre os sistemas tradicionais (SUCS e HRB) confirmam a experiência local. Exemplo: argila porosa vermelha de SP que pelo SUCS é classificado como MH; Os sistemas tradicionais não consideram o comportamento diferenciado dos chamados solos tropicais (residuais e lateríticos) Sistema de classificação (USP), areia, silte e argila, e secundariamente como saprolítico ou laterítico. Classificação dos solos pela origem Solos Residuais (perfil de intemperismo) Classificação dos solos pela origem Solos Transportados ou Sedimentares Solos Coluvionares: colúvios ou tálus Solos Aluvionares ou Aluviões: solos arenosos ou argilosos, comuns nas várzeas dos córregos e rios. Solos eólicos: dunas e loess Solos glaciares Solos transportados por organismos vivos Classificação dos solos pela origem Solos Orgânicos • Solos que contém uma quantidade razoável de matéria orgânica (vegetal ou animal). • A matéria orgânica pode se apresentar em diferentes estágios de decomposição e em teores que variam de 4 a 20% em peso, determinados por secagem a 440ºC. • Os solos orgânicos apresentam redução superior a 25% no Limite de Liquidez determinada antes e após a secagem em estufa. Classificação dos solos pela origem Solos Orgânicos •Os solos orgânicos são geralmente problemáticos pois apresentam elevado índice de vazios (elevada compressibilidade). • São encontrados no Brasil principalmente em depósitos litorâneos em espessuras de dezenas de metros e em várzeas de rios em camadas de 3 a 10 metros. • Solos onde predominam matéria orgânica vegetal formado em ambientes pantanosos são chamados “turfas”. Classificação dos solos pela origem Solos Lateríticos • São solos residuais ou transportados que sofreram uma evolução pedológica na sua porção mais superficial (laterização), típica de regiões tropicais. • Os solos lateríticos se caracterizam por uma fração argila predominantemente caolinítica com elevada concentração de ferro e alumínio na forma de óxidos e hidróxidos que recobrem as partículas de argila, o que lhes confere uma coloração vermelhada. Classificação dos solos pela origem Solos Lateríticos •Na natureza, apresentam-se não saturados com índices de vazios elevados e, portanto, baixa capacidade de suporte. • Quando compactados, no entanto, apresentam elevada capacidade de suporte e, em função da mineralogia da fração argila, não apresentam feições expansivas. • O sistema de classificação MCT divide os solos em dois grandes grupos: solos de comportamento laterítico e não- laterítico.
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