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QuestionarioS unidadeS 1, 2 E 3 RELAÇÕES ÉTINICAS RACIAIS NO BRASIL

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Questionario unidade 1 
Relaçõe s Étnico s – Raciai s no Brasil - Ques tio nário 1 
 
1 – Res p ost a C or reta D - as difere nç as regi on ais ap res e ntad as no grá fic o acim a nã o m ost ram 
relaç ã o c om a c ondiç ã o s oc ial e econ ômic a d os afrod es c end ent es no B ras i l. 
Com entá rio: E x is te uma relaç ã o diret a entr e a dis t ribuiç ã o racial b ras il eir a e a po br ez a ou 
riqu ez a das di ve rs as re giõ es do p aís , nu ma ló gic a qu e c oloc a n as re giões mais p ob res, No rte e 
Nor dest e, a m aior c onc e nt raç ã o de pr etos e pa rd os e, i n vers am ent e, os b ranc os em maio ria 
nas regi ões mais ric as , a s abe r, S ul e S udes t e. 
 
2 - (A da p. ENEM ) Cad a um d os arg ume ntos abaix o nos mos t ram a pers pec t i va daq uel es que 
s ão a f a vor das c otas par a neg ros nas u ni vers i d ad es br as ileir as . A s s i nale a únic a alt e rnati va 
que é dis c ord ant e d est a opini ão. 
Res p os ta: B - O aces s o à uni ve rsi da de de ve b as ea r-se em um únic o c ritéri o: o de m é rito. N ão 
s endo as s i m, a qu alid ad e aca dêmic a po de fic ar ame aç ad a p or alun os des pre pa rad os . Nes s e 
s ent ido, a pri nc ipal l ut a é a de rei vi n dic ar pr op ost as qu e incl u am mai or es i n ves t im ent os na 
Educaç ão B ás ic a. 
Com entá rio: Para a qu eles qu e são c ont ra a res er va de vag as ex c lus ivas par a ne gros n as 
uni vers id ad es, o ar gum ento da merit ocrac i a é um dos mais fo rt es, no s e ntido de qu e os al un os 
bra ncos , por est are m m ais pr ep ar ados p ar a as c onco rri das p ro vas de ves t ib ula r, s eri am 
pot enc i al mente al unos m ais c om pet e ntes n as s alas de aul a; l o go, a e nt ra da de n egr os n es s as 
va gas , a ntes ocu pa das po r b ra nc os, t ra ria, pa ra as uni vers id ad es, um a q ue da nos p adr ões de 
quali dad e de e nsi no, c omo se o ves t ibular fos s e r ealme nte a man eir a mais d emocr átic a de 
oferec e r ac ess o aos b ancos uni ve rsit ários . 
 
3 - Ao t er uma c o ns c iênci a c r ít ic a das rel ações étnic o-r aci ais no B r as il e s uas im plic aç õ es no 
c ont ex t o esc olar, o p ro fes s or c ons egui rá: 
Res p ost a: E - t odas as alt ernati vas est ão c or ret as. 
Com entá rio: A dis c iplin a Relaç õ es É t nic o- Rac iais no B rasil t em por obj eti vo f orm ar pr o fes s or es 
c om um a vi s ão c r ít ic a des t e uni ve rso ét nic o, no q ual es t á ins erid o o s eu al uno. Des t a f orm a, o 
pro fes s o r po der á pr omo ver pr át ic as ped ag ógic as pa ra a ig ual dad e rac ial. 
 
4 - As afirm aç ões ab aix o ap res e ntam de fi niç ões ad eq uad as par a o t erm o “et ni a”, ex c eto: 
Res p ost a: E - a gr upa ment o de p es s oas , ou de um s et o r da p op ulaçã o, c om as p ec t os f ís ic os 
c omuns . 
Com entá rio: O t erm o “et nia ” nã o diz resp eit o a pen as a um agr up ame nto de pes s oas ou s etor 
da po pulaç ão, m as uma ag re gaç ã o c onsc ient e de p ess oas uni das ou p rox i mam ent e 
relac io na das por ex p eri ênc i as co m pa rti lha das. També m não imp ort am os as pec t os f ís ic os 
c omuns , mas a orig em e os inte res s es c omuns. 
 
5- C om rel ação à a bo rd age m do t erm o “r aç a” s o b uma p ers p ec t i va p olít ic a, po dem os diz er q ue: 
Res p ost a: A - se t rat a do us o q ue a c omu nida de a fr od es c end ente f az d es s e t e rmo na luta p or 
s eus direit os e c ontr a t oda fo rma de dis c rimin ação e r ac is m o 
Com entá rio: A abo rda gem p ol ít ic a do t erm o “r aça” e nfati z a as c ircunst ânci as em que t al 
c onc eit o é ut iliz ado, se p os it i va ou n eg ati vam ente, da í o uso pol ít ic o do t erm o pelo m o vim ento 
neg ro p ar a de fini r os anseios e as l utas dos n egr os na s oc ied ad e br asi leira. 
 
6- E ntr e as b as es leg ais par a o es t udo das r elações ét nic o- rac iais na f orm ação de p ro fes s or es , 
ass im c omo no c ont ext o c ur ric ular das es c olas da e duc aç ã o bás i c a, es t ão: 
I. Lei 10.6 39/ 0 3 qu e inc lui no c ur ríc ul o ofic i al da re de de ens i no a o bri gato rie dad e da t emát ic a 
“his t ória e c ult ura a f ro- br as ileir a”. 
II. Lei 11. 645/ 08 qu e inc lui no c ur ríc ulo ofi c ial da r ed e de ensi no a ob rig at ori eda de da t emáti c a 
“his t oria e c ult ura a f ro- br asi leir a e ind íg en a”. 
II I. Es t at uto da Cri anç a e do A dol es c ente, Lei 806 9/ 90 qu e det ermin a a exempl o da LDB 
939 4/96: gest ã o dem ocrátic a n os es t abeleci m ent os de e ns ino o fic ial. 
IV . Dec l ar ação de Salam anca q ue o rient a pa ra um t ra bal ho e feti vo de inc lus ão no proc es s o 
educ acio nal. 
Es t á(ão) c o rr eta(s ): 
Res p ost a: A - afi rm ati va I e I I
Com entá rio: S ão as l eis de 20 03 e 20 08 que e feti vame nte d etermi nam alter aç ão no c u rr íc ulo 
esc olar, c om a i ntro duçã o dos es t udos da his t ória e c ult ur a dos p o vos afr o- br asi leiros e 
ind íge nas . 
 
7 - O a no de 2 01 1 f oi de fini do c om o A no Int ern ac ion al dos A fro desc en de nt es pel a Or ga niz aç ão 
das N ações Uni das ( ON U). Qual f oi cons id er ada um a d as pri nc ipais inte nç ões par a es s e 
lanç ame nt o, s eg un do o s ec r et ári o-g er al d as N aç ões Uni das, B an Ki-M oon, em opini ão 
amplam ent e di vulga da p ela g ra nde m ídi a? 
Res p ost a B - D espe rtar, na c om uni da de i nter naci on al, o int e res s e em am plia r os direit os 
fu ndam ent ais a os af rod esc end ent es . 
Com entá rio: O int eress e da ON U n es s e t ipo de inic iat i va é am pliar o ac es s o da po pul ação 
afrod es c end ent e aos di reit os fu ndam entais , c omo s aúd e, ed uc aç ão, m or adia, sa nea m ent o, 
is onomia s al ari al et c . , direit os es t es q ue, muit as vezes , l hes s ã o s i s t ematic ament e ne ga dos em 
qual que r pa ís do m und o. 
 
8 - O li vr o “ Cas a Gr an de e S enz al a”, de Gilb ert o F rei re, p ro po rci ono u um no vo ente ndim ento 
do pr oces s o de mis c igen aç ão no Brasil , des en vol ve nd o o c onceit o do m it o da dem ocracia 
rac ial, em qu e: 
Res p ost a: A - a mis c ige naçã o t oma c onto rnos pos i t i vos, c om ê n fas e nas q ualid ad es do po vo 
brasi lei ro. 
Com entá rio: O mit o da d emocr ac ia r aci al d es enc a de ou um p ensam ent o pos it i vo do proc es s o 
de m is c i gen ação no B r asi l, em dec orr ênci a das in flu ênci as d os gru pos étnic os, na c ult ur a, na 
aliment aç ão e nos há bit os da po pulaç ão br as ileir a. Des t a fo rma o mi t o da d emocr ac ia rac i al 
des mi s t ific ou a i d eol ogia e ug enist a e s ua d efes a da m an ut enç ã o do b ra nqu eam ent o. 
 
9 - O racis mo c ient ífic o d ef en dia a ex is t ência de difer entes raç as e a s u pr emaci a de um a raça 
s obre a out r a. E s t a c orrente t e ve s uas bas es t eó ric as no:Res p ost a: D - E s t ão c orret as as alt ern ati vas “ a” e “ b”. 
 
Com entá rio: A c o rre nt e s oc iol ógic a posi t i vi s t a e o p ensam ent o i de ológic o e uge nis t a f or am às 
bas es t eóri c as q ue r ea firm ara m o rac i s mo, de fe nd en do a s up rem aci a ét nic a. 
 
10 - T od as as a firm aç ões a baix o ap res e nt am jus t ific at i vas q ue explic am p or qu e o t e rm o “r aç a” 
não p od e s er c omp ree ndi do s eg un do um a pe rs pec t i va bioló gic a, ex c eto: 
Res p ost a: D - t odas as raç as h uma nas de vem s e r res p eitad as e mer ec em t rat am ento 
especí fic o da l ei. 
Com entá rio: Se est amos a firm an do q ue as raç as hum a nas nã o ex is t em, a afi rmaç ã o c ont id a na 
altern ati va " d" apr esenta um a c ontr adiç ã o, vis t o que s om os uma ú nic a raça h uma na. 
QUESTIONARIO UNIDADE 2
Ques ti oná rio 2 
 
1 - A Co ns t it uiç ão Fed er al de 198 8, res ult a do de um a mplo proc ess o de m o biliz aç ão p op ula r, 
res ult ad o da a be rtur a dem oc rát ic a a pa rtir de 198 5, de fine em s eu art i g o 20, inc is o XI, que as 
t erras oc u pa das pel os ín dios s ão be ns da U niã o, is s o s ignific a qu e: 
Res p ost a: C - O E s t ado ( Go ve rno F ed eral ) det ém o dir eito s ob re a p ro pri eda de d ess es 
t erritó rios; 
Com entá rio: Es t a det e rmin ação da U niã o, p or m eio da Co nst i t uiç ão F ede ral, em se c ons i d er ar 
t utora das p ro pri eda des in d íge nas, t em c a us ad o muit os c on fl it os entr e os gr upos i nd íg en as 
brasi lei ros . E ntret ant o, o art ig o ain da pre va lec e na C onst it uiç ão, s en do obj eto de dis c uss ão e 
deb ate na el ab or ação do Es t atuto do Í ndio. 
 
2- A nalis e as a firm ati vas abaix o, s ob re a L ei 12.2 88/ 2 01 0, e as s inale a alt e rn ati va i ncor reta: 
Res p ost a: C - F oi a p art ir da apr o vaç ão dest a l ei qu e o r ac is m o pas s a a s er c o nsi der ad o um 
c rime i na fia nç á vel no B r asi l. 
Com entá rio: Foi a pa rtir da no va Co ns t it uiç ão br asi leir a, em 19 88, q ue o rac is mo p as s a a s er 
c ons i der ad o um c rime in afi ançá vel e i mpr es c rití vel. De pois da Cons t it uiç ão, vári as outr as 
legis laç ões esp ec í fic as t ro uxer am a p re oc up aç ão em c ombat er t o da for ma de dis c rimin aç ão 
étnic o-rac ial, esp ec ialme nt e o Es t atuto da Igu ald ade R ac ial, ou L ei 1 2. 28 8, ap ro va da c om emen das no dia 20 de j ulh o de 201 0.
3- (C oncu rs o P úblic o - IFA L - D oc ent e C op ema, 20 10) D ent r e as i nic iati vas , no âm bit o do 
pod er pú blic o par a as aç õ es a firm at i vas de inc lus ã o s oc ial, i ns er e-se a pu blic aç ão d as 
Diret riz es Cur ricula res Nacio nais pa ra a E duc aç ão das R elaç õ es É t nic o-Rac i ais e pa ra o 
Ens ino de His t ória e Cult u ra A f ro-B rasi lei ra e A fric an a. S o bre es s as Di ret riz es, o p rinc í pio da 
Consc iê nc ia Polít ic a e Hist óric a da Di vers id ad e de ve c on duzi r: 
I- Ao c on hecim e nto e à val oriz açã o da his t ó ria dos po vos a frica nos e da c ultu ra a fr o- brasil ei ra 
na c ons t ruçã o his t óric a e c ult u ral b rasil eir a. 
II - À crít i c a pel os c oord en ado res pe da gógic os, ori ent a do res ed uc ac ion ais , pro fes s or es , das 
rep res e ntaç ões d os n egr os e de o ut ras mi no rias n os t ex t os, materiais di dátic os, bem c omo 
pro vid ências pa ra c o rrigi -las . 
II I - Ao esc larec ime nt o a r es peit o de eq u í voc os qua nt o a um a ide nt idad e hu m an a uni ve rsal. 
IV - À des c ons t r uç ão, por mei o de q ues t i on ame ntos e an ális es c r ít ic as , objet i van do elimi n ar 
c onc eit os , ideias , c omp ort am entos veic ul ados pela i de ologi a do b ran qu eam ent o, p elo mit o da 
democ r aci a r ac ial, que t ant o mal f az em a ne gr os e br ancos . 
Es t ão c orretas as a firm aç ões: 
Res p ost a: I e IV 
Com entá rio: Na afi rmaçã o I I, a nec es s ida de do us o c rít ic o de t odo m ateri al didát ic o p or 
pro fes s o res e dem ais en vol vid os no pr oc es s o ed ucat i vo não es t á ex pl íc i t a na l ei, apes a r de 
c onfi gur ar um i mpo rt ant e pos ic ion ame nt o na pro moç ã o da ig ual dad e r ac ial na esc ol a, na s ala 
de aul a, na s oci eda de et c . A ques t ão ap res e nt ad a na a firm aç ão III nã o é pe rti ne nte, vis t o que 
as Di retriz es nã o t r az em uma dis c uss ão ou c r ít ic a s ob re um a s u post a " id entid ad e h uma na 
uni vers al" , mas i nc ent i va o resp eit o à di vers id ad e ét nic o -raci al, bem c om o as c o nt rib uiç ões d as 
pop ulaçõ es af rod esc end ent es p ara a c onst ruç ão da his t óri a e da c ult u ra do B ras il. 
 
4- No a rti go 5° da Co ns t it uiç ão F ed eral es t á s ubsc rito qu e a prát ic a do r ac is m o c o nst it ui c rime 
ina fiançá vel e im p res c rit í vel, s ujeit o à pe na de rec l usã o, n os t erm os da l ei. A s s inale a 
altern ati va inc or ret a, c ujo t eo r nã o se relac i o na c om o a rti go c i t ad o: 
Res p ost a: E - As aç ões de r ac is m o pr ati c adas no âm bit o p ri vado po dem s e r en qu ad rad as na 
lei vig ente. 
Com entá rio: As aç õ es ed uc ati vas de ve m oco rr er j ust ame nte p or qu e as atit udes rac is t as no 
c ampo p ri vado não pod em s er p uni das pel a lei. 
 
5- A res p eito da p rom ulgaç ão de leis ant irr ac is t as no B ras il, é inc orr eto a firm ar q ue: 
Res p ost a: E - Com o as leis no B r asil não s ã o c ump ridas , a le gis laç ão ant ir rac is t a t e ve pe que no 
impact o na p rom oç ão da igu ald ade rac ial no pa ís . 
Com entá rio: Apesa r d as leis , no B rasil , enc o nt ra rem s érias res i s t ênc i as ins t it uc ionais e c ult ur ais 
par a se f azer em pl ena ment e c ump ridas , s ão notó rias as re pe rc us s ões posi t i vas na m elh oria da 
c ondiç ão dos af ro desc en dent es no B ras il, me dida pel os le vant ament os es t atís t i c os nos últ im os 
dez anos , e na pr omoç ã o da ig uald ad e raci al em nos s o pa ís . 
 
6- S o br e a diás p or a vi vid a pelos neg ros após s u a t r ans f er ênc ia fo rç ad a ao B r asi l, a p artir de 
155 0, a vali e as afi rmaç õ es abaixo e as s inal e aq uel a que m elho r des c re ve ess e fen ôme no 
his t óri c o: 
Res p ost a: A - Des t er rad os de s eu c ont in ente, s e par ad os de s eus l aç os de rel aç ão pess o al, 
igno ra nt es da lí ng ua e dos c os t um es , o d esl ocam ent o dos ne gros f oi de t al m ont a q ue ac ab ou 
altera nd o c ores , c os t umes e a pr óp ria es t rut u ra da s oc ied ade loc al. 
Com entá rio: A diásp or a c a ract eriz o u-se p ela t rans fe rênci a, pa ra o B ras il, de ap rox im a dam ent e 
quatr o mil h ões de a fric a nos , s ep ara dos de s uas orig ens, de s eus f amilia res, impe did os de fal ar 
s ua l í ngu a, p rat ic ar s u as ati vi dad es reli giosas , da nç as e outr as m ani fest aç õ es c ulturais. To do 
ess e ref er enc i al ét nic o -cult ur al afric an o foi s en do pa ulatin ame nte ap aga do d os li vros de 
his t óri a, que p as s am a m os t rar exc lu viam ent e à pe rspec t i va do e uro pe u. A p es ar dess e 
" apag ar" da his t ória a fric a na, é ine gá vel a c o ntrib uiç ão que ess es p o vos t ro ux era m à 
c ons t rução da his t ória e da ide ntida de bras i lei ra, s ej a no âmbit o c ultur al, ec on ômic o, s oci al etc . 
Os quilom bos for am im p ort a ntes o rga niz aç ões das po pul aç ões a fric a nas e a fro desc en de ntes , 
no s ent id o de ofer ec er uma r esi s t ênc i a ao re gime es c ra va gis t a no pe rí odo c ol oni al. A vind a d os 
imi gra ntes br ancos , a p artir pri nci palm ente do in ício do s éc ul o XX, n ão ap res ent a ne nh uma 
relaç ã o c om o c onc eito de di ás po ra, m as diz res p eit o à p ol ític a n ac ional de b ra nq uea ment o, 
des en vol vid a pel o go ve rn o br asi leir o ap ós a aboliç ã o da es c r a vi dão no p aís . 
7- ( Co nc urs o P ú blic o: CE TRO - 2 00 8 - SEE - SP - S upe r vis or Es c olar ) As Diretriz es 
Cur ric ula res Nac ion ais pa ra a Educ aç ã o d as Rel aç ões É t nic o- Rac i ais e pa ra o E ns ino de 
His t ória e Cult uras A fro -Br as ileir a e A f ric an a c ons t it uem -se de orie nt açõ es , princ í pios e 
fu ndam ent os p ar a o pla nejam ent o, ex ecuç ão e a vali ação da E duc aç ã o e: 
Res p ost a: A - t ê m p or m eta pr omo ve r a e duc aç ã o de c ida dã os atu antes e c onsc i e ntes no s eio 
da s oc ieda de m ultic ultu ral e plu riét nic a do B ras i l, bus c and o relaç ões ét nic o-s oc iais posi t i vas, 
rumo à c ons t rução de um a naç ã o dem oc rát ic a. 
Com entá rio: As Diretriz es dete rmin am qu e s uas ori ent açõ es s ejam c umpri das des d e o E ns ino 
Bás ic o, pas s ando pelo E ns in o Mé dio, até o Ens in o S up erio r, c om a pr ep araç ão d os 
pro fes s o res pa ra o t ra balh o em s al a de aul a, qu e nã o de ve se res t ri ngir à dis c iplin a de His t óri a, 
mas pod e pe rp as s ar po r q ualq ue r uma das dis c iplinas a s e rem minis t r ad as ou p rojetos a s e rem 
des en vol vid os na es c ola. Não ex is t e qu alq uer dete rmin ação nas Diret riz es no s e nti do de qu e o 
Mo vim ento Ne gr o pas s e a c omp or o qu ad ro ped ag ógic o da es c ol a. Tamb ém n ão é c ab í vel q ue 
não se c o mbat a a dis c rimi naç ão na es c ola, a firm ação c o nt rá ria às o rie nt ações d ad as pel as 
Diret riz es . 
 
8 - As alt er nati vas a baix o apr esenta m alg uns d os m it os e in ve rd ades que acab ar am s en do 
pro pa gad os a res p eit o de n os s o pas s ad o c oloni al e es c ra vist a, ex c et o: 
Res p ost a: C - O B ras il já er a part e de um gr an de pr ojet o c a pit alis t a mo de rn o d es de o in íc i o de 
s ua c oloniz açã o, c om alt os in ves t ime nt os da elit e ec onô mi c a da é poca, r epr esenta da p ela 
bur gu es ia. 
Com entá rio: Ao c ontr ário do q ue al gum as font es apr esentam o B ras il c oloni al e a grá rio n ão 
rep res e nta va uma s oci eda de arc aic a e me die val, m as c ons t i t uiu-se c om o a mai or emp resa 
c apit alis t a de P ort u gal no p er ío do c h ama do do “capitalis mo m on op olis t a-c ome rc ial-
manu fat urei ro ”. As demais alt ern ati vas t raz em a fi rmaç õ es er rôn eas , qu e em muit o c ol abo ra ram 
e ai nda c ola bor am pa ra a c onst r ução de es t er eót ip os a resp eit o d os n eg ros na his t ó ria do 
Brasi l. 
 
9 - Leia o t rec ho da po es ia Pai J oã o, de J org e de Lima: 
 
“Pai J oão remo u nas c an oas . 
Ca vo u a t err a. 
Fez brota r do c h ão a esm e ral da 
Das f olhas - c a fé, c ana, al god ão. 
Pai Joã o c a vou mais es me ral das 
Que Pa es Leme. 
A pele de Pai Jo ão fic o u na pont a 
Dos c hic otes . 
A força de Pai J oão fic ou no c abo 
Da e nx ad a e da foic e. 
A mulher de P ai J oã o o br anco 
A roub ou p ar a faz e r m uc am as . 
O sangu e de P ai Jo ão se s umiu no s ang ue b om 
Com o um t or rão de aç úc a r br ut o 
Num a pa nela de leit e. 
Pai Joã o f oi c a valo p ra os fil hos do ioi ô monta r [...]” 
 (LIM A , J or ge d e. P ai Jo ão. " Re vis t a Noss a A mé ric a", no v. / d ez . , 1991, p. 9.) 
 
Com base n es s a p oesi a de J or ge de Lima, pu blic ad a o rigi nalme nte em 192 7, e n os 
c onhecim entos s obr e a pr esença do ne gro na s oc ied ade b ras i lei ra, c onsi de re as a firm at i vas a 
s eguir: 
I- A p oesi a c o nfi rma que, por t e r s ido um d os prim ei ros p aís es a ac ab ar c om a es c ra vid ão, o 
Brasi l foi palco de um a ins e rção e f eti va do n eg ro no me rc ad o de t r ab alho c o mo m ã o de ob ra 
quali ficad a. 
II - Na c ompa raçã o f eit a pel o po et a ent re o s an gu e de P ai Jo ão e o t o rr ão de aç úc ar brut o, 
perce be -se um a r e fer ência à im p ort â nci a do n eg ro na m is t u ra de et nias q ue de finiu ao lon go 
dos s éc ulos a fo rmaçã o do po vo b rasi leir o. 
II I - A po esi a de J or ge de Lim a i nfer e q ue a m est i ç age m e a hi bri dez da c ult ura b ras ilei ra, bem 
c omo o p apel c ent ral desem pe nha do pel o t r ab alho do neg ro na p ro duç ão de riqu ez as , 
c oex i s t iram c om um a ime ns a explo raç ã o e injust iç a s oci al. 
7- ( Co nc urs o P ú blic o: CE TRO - 2 00 8 - SEE - SP - S upe r vis or Es c olar ) As Diretriz es 
Cur ric ula res Nac ion ais pa ra a Educ aç ã o d as Rel aç ões É t nic o- Rac i ais e pa ra o E ns ino de 
His t ória e Cult uras A fro -Br as ileir a e A f ric an a c ons t it uem -se de orie nt açõ es , princ í pios e 
fu ndam ent os p ar a o pla nejam ent o, ex ecuç ão e a vali ação da E duc aç ã o e: 
Res p ost a: A - t ê m p or m eta pr omo ve r a e duc aç ã o de c ida dã os atu antes e c onsc i e ntes no s eio 
da s oc ieda de m ultic ultu ral e plu riét nic a do B ras i l, bus c and o relaç ões ét nic o-s oc iais posi t i vas, 
rumo à c ons t rução de um a naç ã o dem oc rát ic a. 
Com entá rio: As Diretriz es dete rmin am qu e s uas ori ent açõ es s ejam c umpri das des d e o E ns ino 
Bás ic o, pas s ando pelo E ns in o Mé dio, até o Ens in o S up erio r, c om a pr ep araç ão d os 
pro fes s o res pa ra o t ra balh o em s al a de aul a, qu e nã o de ve se res t ri ngir à dis c iplin a de His t óri a, 
mas pod e pe rp as s ar po r q ualq ue r uma das dis c iplinas a s e rem minis t r ad as ou p rojetos a s e rem 
des en vol vid os na es c ola. Não ex is t e qu alq uer dete rmin ação nas Diret riz es no s e nti do de qu e o 
Mo vim ento Ne gr o pas s e a c omp or o qu ad ro ped ag ógic o da es c ol a. Tamb ém n ão é c ab í vel q ue 
não se c o mbat a a dis c rimi naç ão na es c ola, a firm ação c o nt rá ria às o rie nt ações d ad as pel as 
Diret riz es . 
 
8 - As alt er nati vas a baix o apr esenta m alg uns d os m it os e in ve rd ades que acab ar am s en do 
pro pa gad os a res p eit o de n os s o pas sad o c oloni al e es c ra vist a, ex c et o: 
Res p ost a: C - O B ras il já er a part e de um gr an de pr ojet o c a pit alis t a mo de rn o d es de o in íc i o de 
s ua c oloniz açã o, c om alt os in ves t ime nt os da elit e ec onô mi c a da é poca, r epr esenta da p ela 
bur gu es ia. 
Com entá rio: Ao c ontr ário do q ue al gum as font es apr esentam o B ras il c oloni al e a grá rio n ão 
rep res e nta va uma s oci eda de arc aic a e me die val, m as c ons t i t uiu-se c om o a mai or emp resa 
c apit alis t a de P ort u gal no p er ío do c h ama do do “capitalis mo m on op olis t a-c ome rc ial-
manu fat urei ro ”. As demais alt ern ati vas t raz em a fi rmaç õ es er rôn eas , qu e em muit o c ol abo ra ram 
e ai nda c ola bor am pa ra a c onst r ução de es t er eót ip os a resp eit o d os n eg ros na his t ó ria do 
Brasi l. 
 
9 - Leia o t rec ho da po es ia Pai J oã o, de J org e de Lima: 
 
“Pai J oão remo u nas c an oas . 
Ca vo u a t err a. 
Fez brota r do c h ão a esm e ral da 
Das f olhas - c a fé, c ana, al god ão. 
Pai Joã o c a vou mais es me ral das 
Que Pa es Leme. 
A pele de Pai Jo ão fic o u na pont a 
Dos c hic otes . 
A força de Pai J oão fic ou no c abo 
Da e nx ad a e da foic e. 
A mulher de P ai J oã o o br anco 
A roub ou p ar a faz e r m uc am as . 
O sangu e de P ai Jo ão se s umiu no s ang ue b om 
Com o um t or rão de aç úc a r br ut o 
Num a pa nela de leit e. 
Pai Joã o f oi c a valo p ra os fil hos do ioi ô monta r [...]” 
 (LIM A , J or ge d e. P ai Jo ão. " Re vis t a Noss a A mé ric a", no v. / d ez . , 1991, p. 9.) 
 
Com base n es s a p oesi a de J or ge de Lima, pu blic ad a o rigi nalme nte em 192 7, e n os 
c onhecim entos s obr e a pr esença do ne gro na s oc ied ade b ras i lei ra, c onsi de re as a firm at i vas a 
s eguir: 
I- A p oesi a c o nfi rma que, por t e r s ido um d os prim ei ros p aís es a ac ab ar c om a es c ra vid ão, o 
Brasi l foi palco de um a ins e rção e f eti va do n eg ro no me rc ad o de t r ab alho c o mo m ã o de ob ra 
quali ficad a. 
II - Na c ompa raçã o f eit a pel o po et a ent re o s an gu e de P ai Jo ão e o t o rr ão de aç úc ar brut o, 
perce be -se um a r e fer ência à im p ort â nci a do n eg ro na m is t u ra de et nias q ue de finiu ao lon go 
dos s éc ulos a fo rmaçã o do po vo b rasi leir o. 
II I - A po esi a de J or ge de Lim a i nfer e q ue a m est i ç age m e a hi bri dez da c ult ura b ras ilei ra, bem 
c omo o p apel c ent ral desem pe nha do pel o t r ab alho do neg ro na p ro duç ão de riqu ez as , 
c oex i s t iram c om um a ime ns a explo raç ã o e injust iç a s oci al. 
IV - O mit o da " democ racia r ac ial" , bas ea do na mes t iç agem bi oló gic a e c ult ural ent r e ne gros e 
bra ncos , prec oniz a a i dei a de uma c o n vi vência harm oni osa e t e ve uma s ig ni ficat i va pr es enç a 
na s oc ied ade b ras il ei ra. 
As s inale a alter nati va c orr eta: 
Res p ost a: E - S oment e as afi rmat i vas I I, I II e IV s ão ver dad eir as . 
Com entá rio: O p roc es s o de ab oliç ão da es c ra vid ão no B r as il não foi ac omp anh ad o de uma 
pol ít i c a públi c a de ins e rção d os neg ros " rec ém -libe rtos " no merc a do de t rab alho n em da 
inc lusão dos di reit os f und ame ntais do c ida dã o a es s e s egme nt o da p op ulaçã o. A inda q ue a 
c ont ribuiç ão das po pul ações afric an as e neg ro- des c en de nt es par a a fo rmaç ã o s ocial, 
econômi c a e c ult ur al do B rasil t e nha t i do um a im port â nc ia i nq uest ion á vel, n ão ho u ve int eress e 
pol ít i c o em res ol ve r os en orm es p robl emas de desi g ual dad e econ ômic a e inj us t iç a s oc ial em 
nos s o p aís . A s ol uç ão des t e pro blem a a pa rec e ao l on go da his t ória do s éculo XX no B ras i l p or 
meio do c h ama do " mit o da dem oc rac ia r ac ial" , um a t ent ati va de apa ga r n oss o p as s ado de 
esc ra vi dã o e ex plor ação das p op ulaç ões af ric an as c om a p ro pa gação da i dei a de uma s upos t a 
c on vi vê nc ia ha rmo niosa e ntre os g rup os étnic os no i nte rio r da s oc ied ad e br asi leira. 
 
10- S eg un do Mu nan ga e Go m es ( 20 06 ), há tr ês as p ec t os da fo rte prese nç a a fric an a na 
fo rmaç ã o do B rasi l: no c amp o eco nômic o, p ela forç a de t r ab alho não rem un era do, q ue d eu 
s us t ent ação ec o nômi c a à emp resa c olo nial b ras i lei ra; no c ampo dem ogr á fico, c olabo ra nd o no 
po voam ent o do p aís e no c ampo c ult u ral : 
Res p ost a: D - As alternati vas “a ”, “b” e “c” es t ão c or ret as , pois a in fluê nc ia a fric a na no c am po 
c ult ural se es t en de ao idiom a, a religi ão e às a rtes . 
Com entá rio: A influ ência a fri c a na na fo rmaçã o da C ult ur a Bras ileir a foi si gni fi c ati va, c om a 
inc orp or aç ão de voc á bulos l in gu ís t i c os , c renç as reli giosas em qu e o c an dom blé e um ban da 
t orna ram -se r eligiõ es nacio nais e a in flu ênci a das a rt es , pelas c ar act er ís t ic as rít m ic as dest e 
po vo ne gr o a frican o. 
 
QUESTIONARIO UNIDADE 3
Ques ti oná rio 3 
 
1 - (A da p. Co ncurso P úblic o - CE TRO - 2 00 8 - SEE-SP) Ao t rat a rmos da p res e nça de r aci s mo, 
preco nc eit o e dis c rimin aç ão n as es c olas brasi l eiras , é c or ret o a firm ar q ue: 
Res p ost a: E - A percepçã o do c ompo rt am ent o dis c rimin at óri o e do pr ec onc eit o r ac ial é c entral 
numa an ális e hist óric a e s oc ioló gic a q ue t e nte c omp re end er as rel aç ões s oci ais vi ve nci ad as na 
esc ola 
Com entá rio: A lt ern ati va “e ”. As form as de dis c rimin aç ão n ão n as c em na es c ola, m as se 
re fletem n ela, p ode nd o nas c er em qu ais qu er es fe ras s oci ais . Uma ed uc ação ant ir rac is t a de ve 
pre ve r nã o s omente u m dis c urs o pa ra a ig uald ad e, mas o desen vol vim e nt o de es t r atégi as 
prátic as q ue pr opo rci on em r elaç õ es eq uit ati vas no ambi ent e es c olar. Qual qu er prátic a 
dis c riminat ó ria ou pr ec onc eit u os a p rec is a s e r c omb at ida na pr áti c a es c ola r, s eja atra vés de 
dis c uss ões a res p eito, s eja por meio das m ais di vers as est r atégi as ped ag ógicas . Ta nto o 
rac is m o cult ural q uant o o indi vidu al são i gu alme nte gra ves, e est ão p re vist os em lei como 
c rime. Portant o, t em os que o p ro fes s o r e os dem ais age nt es esc olares d e vem est ar 
c ont inua m ent e atentos à p res e nç a de atit udes p reco nc eituosas e dis c rimi nat ó rias na es c ol a, 
atra vés de u m a an ális e hist órica e s oc iol ógic a d es s as ques t ões. 
 
2 - (Ada p. UEM – V e rão 2 00 8) L eia o t ext o a s eg uir: 
“Des de o in íc i o a c riança d es en vol ve um a i nter aç ão n ão a pen as com o próp rio c or po e o 
ambie nte f ís i c o, m as t ambém c om outr os s eres hum an os . A biogra fia do i n di víd uo, d es de o 
nas c i mento, é a his t óri a de s u as rel aç õesc o m o ut ras pess oas . A lém dis s o, os c om po nent es 
não soc iais d as ex pe riênc i as da cria nça es t ão entr eme ad os e s ão m o dific ados p or out r os 
c ompon ent es , ou s eja, p ela ex p eri ênc ia s oc ial.” (BE R GE R, P ete r L. e B ERGE R, B rigit t e. 
“Soci ali z ação: c omo s e r um m emb ro da soc ieda de ”. In F ORA C CH I, Mari alic e M. e MA R TI NS, 
José de S ouz a. S oci ol ogia e S oci eda de. Rio de Ja neir o: Li vr os Téc nic os e Cie nt í fi c os , 19 77, p. 
200 ) 
Podem os c oncluir do t ext o que: 
I- Os i n di víd uos , d es de o nasc ime nt o, s ão i n flu enciad os p elos val ores e pelos c os t umes q ue 
c arac t eri z am s u a s oc ieda de. 
II - A rel ação q ue a c ri ança es t ab elec e c om o s e u c o rp o n ão d e veria s er do i nt er es s e d as 
c iências bioló gic as , m as apen as da s oc iolo gia
II I - As ex p eri ênc ias i n di vi du ais , at é m es mo aqu elas qu e p ar ec em m ais rel acion ad as às n os s as 
nec es s idad es f ís i c as , c ontêm dimensõ es s ociais . 
IV - A os p oucos , a c ria nç a vai p erc e ben do o mu ndo qu e a r od eia; pass a a c omp ree nd er s u as 
reg ras , li ng uag ens , há bit os, pr oibições etc . e t amb ém é c a paz de i nteri oriz a r al guns d ess es 
elem e ntos c ult urais , m ome nt o em qu e inic ia o pr oc es s o de s ua c onst it uiç ão c omo in di vídu o, 
s ujeito de s ua p ró pri a i denti dad e. 
Es t ão c orretas : 
Res p ost a: A – I, III e IV 
Com entá rio: Al t ern ati va “a ”. Todo ess e t rajet o é c h ama do p elas c iências s oci ais de pr oc ess o de 
s oc ializ aç ão ou en doc ult u raç ã o, c uja base es t á na ed ucaç ão feit a f orm al ou i n fo rmalm ente 
pelos gr up os s oci ais e indi ví du os que pa rtic i pam da vid a daq uel a c rianç a. Nes s e p roc es s o, os 
elem e ntos bio - fis i ológic os se m is t uram aos el eme ntos c ult ur ais , pod en do s e r est u dad os t ant o 
pela á re a das c iênc i as biol ógic as qu ant o d as c iências s oci ais . 
 
3 - C omo educ ado res , pr ec is amos obs er var qu e os c ur ríc ul os s ão f ruto de esc ol has pol ít ic as , 
c aben do a os p ro fis s ionais da ed uc aç ão, em esp ec ial aos pro f es s ores , inc lui r ou ex c luir 
ass unt os que s e r vem ou nã o s er vem ao p ro pósi t o de fo rm aç ão da c rianç a e do j o vem. Nes t a 
atit ude de cons c iênc ia c r ít i c a p ar a um a e duc aç ã o p ela i gual da de racial, o p ro fes s or de ve rá 
t rabal ha r at i vament e: 
Res p ost a: E - To das as altern ati vas es t ão c orr etas 
Com entá rio: A pos t ura p olít ic a do p ro fess o r é ess enc ial ao t ra bal ho na prom oç ão p ela 
educ açã o da i g uald ad e rac i al. A interp ret aç ã o dos mat eri ais didátic os , a elabo raç ã o de 
est ratégi as e o pla nej ame nto c onc is o, di ante da pr op ost a de ê nfas e na di ve rs ida de, d es c art a 
os est ereótip os e val oriz a d os s egme nt os, em espec ial d os des f a vor ec idos 
 
4 - De ac ord o c om Héli o S antos , an alis e as afi rmaçõ es abaix o e as s inale a alt ern at i va c orr et a: 
I. O neg ro, no B r asi l, t em c omo i nimigo a “cento pei a de d uas c abeç as ”: de um lado, a 
s oc iedad e af eri nd o ao ne gr o c arac t er ís t i c as negati vas , i mpedi ndo seu p ro gr ess o e 
dis c rim inan do -o; de out r o, o neg ro s entin do -se in fe rior . 
II. O n egr o introj etou os es t er eót ip os neg ati vos vi ndos da s oc ieda de e, as s im , atua na mes ma 
ent en de ndo -se c om o s ubj eti vam ente re baix a do em s eu pot e nc ial e r es po ns á vel p ela 
des igu ald ade s oc ial q ue a el e se ap res ent a. 
Res p ost a: B - A prim eira a fi rmaç ã o é c orr et a, e a s eg und a c omplet a a prim eir a. 
Com entá rio: Seg un do a t ese d efen dida por Héli o Santos , o rac i s mo no B ras i l po de s er 
explic ado p ela fi gu ra da " c entopei a de d uas c abeças " , no s ent ido de qu e o rac i s mo es t á na 
c abeç a de t o dos, bra nc os e neg ros . A s s i m, os negro -d es c end ent es t ambé m c olabo ram c om a 
vis ão c or re nte em nos s a s oc ied ad e, ao mes mo t em po em q ue p ass am a int roj et ar c ontr a si 
aspect os desf a vor á veis . Héli o S antos a firm a qu e se t rat a de uma “mo num ent al c ontr adiç ã o” 
(20 01, p. 14 9) e, po r is s o, um proc es s o n ão t ão s im pl es de s er c omp re endi do. 
 
5 - Em relaç ã o aos es t er eót ip os raciais pr esente na lit erat u ra b ras il ei ra é Inco rr et o afi rma r qu e: 
Res p ost a: C - Nã o há es t udos c o nc lus i vos s obr e a p ro duçã o de dis c urs os de c u nho r aci s t a na 
lit erat ur a c lás s ic a bras ileir a. 
Com entá rio: I núme ros es t ud os fo ram realiz a dos e es t ão public a dos n as bases de d ad os 
acadêmi c os , m ost ran do u ma es t r eit a r elaç ã o ent re a lit erat ura c lás s ic a bras ilei ra e s eu t e or 
c larame nte r ac is t a e reforç a do r de es t e reótip os raciais . 
 
6 - Leia o s egui nte t rec h o: 
"o boi da c a ra pret a n ão peg a n en hum m eni no, o boi da c a ra pr eta t em uma c a ra bo nit a, nã o é 
uma c aret a, o boi da c ar a pr et a é irmã o do b oi da c ara b ra nc a, do boi da c ara m al ha da, o boi 
da c a ra pr eta t em a c or do ros t o da m am ãe, o r ost o q ue voc ê, c ria nça, se al eg ra qu an do olh a, 
o boi da c ara pr et a é bo nito e ris on ho, par eci do c om voc ê". (AN D RADE, In aldete P inh eir o, 
198 8, p. 8) 
 Um p ro fes s or qu e t r abal he ess e t ex t o c om s e us alu nos , d ur ante s u as a ulas de l íng ua 
portu gu es a, es t á proc u ra nd o dese n vol ver, pri nc i palm ente: 
Res p ost a: D- A des c ons t ruç ã o de es t ere ótipos rac i ais e de c or. 
Com entá rio: Alt er nati va “ d”. Se gu ndo A na Céli a da Si l va, "a c rianç a qu e int e rn aliz a [um a] 
rep res e ntaç ão ne gati va t en de a n ão gos t ar de si p ró pria e d os out ros q ue se l he as s emelh am. " 
As s im , a recomen daçã o é q ue os p ro fess o res des e n vol vam at i vid ades q ue " e vid enci em a c or 
neg ra as s oc iada a alg o p osi t i vo, c om o é ba no, ô nix , jab utic aba, c a fé, pet r óleo, az e vic he, etc 
[ que] c onc or rem par a jus t ap or à r ep res e ntaç ão n eg ati va uma o ut ra p os it i va." (a pu d M U NAN GA, 
200 5, p. 27). 
 
7 - Pe ns e na s eg uinte s it uaç ã o: um p ro fes s o r do E ns ino Fun dam ental I d ep ar a-se c om es t es 
ve rsos no li vro di dátic o qu e es t á ad otand o no t r ab alho c om a t u rma do 3º an o: 
A Borbol eta 
De m a nh ã bem c ed o 
Uma b or bolet a 
Saiu do c as ul o 
Era pa rd a e pr eta. 
Foi beb er no aç u de 
Vi u-se de ntro da ág ua 
E se ac hou t ão f eia 
Que mo rr eu de mág oa. 
El a não s abi a 
– bob a ! – qu e De us 
deu p ar a c ada bich o 
a c or qu e es c olhe u. 
Um anj o a le vou, 
Deus r alh ou c om ela, 
Mas deu r ou pa n o va 
Az ul e amar ela. 
(Odil o Cos t a Filh o,In: CE GALLA, 19 80, p. 12 ) 
O que es s e pr of ess or de ve ria p ensa r e/ ou f azer, s eg und o uma p ers p ec t i va q ue l e ve em c ont a 
as relaç õ es equitat i vas ent r e br ancos e n eg ros ? 
I- De ve ria c onclui r qu e es t e po ema c ola bo ra p ar a re fo rçar o pr ec onc eit o g er ad o pel os 
est ereóti pos qu e c ons i de ram n eg ros e pa rd os c omo f eios. 
II - P o de ria c onst rui r um a out r a vers ã o do po ema, j unto c o m as c ri anç as , q ue desc o ns t ruís s e 
t ais est ereótipos. 
II I - De ve ria i gn ora r o p oem a, p ass and o a t r abal ha r o p róx i mo t ópic o do li vro, pa ra nã o re fo rçar 
os est ereótip os raci ais c om as c rianç as . 
IV - F aria um d ebat e s o br e o t e or p rec o nceit uoso do s in gelo poe ma, a fim de qu e as c rianç as 
pud ess em pe rc ebe r c omo s ão c o nst ru ídos os est er eót ip os e preco nc eit os rac iais . 
V - De ve ria a ba nd ona r o us o da quel e li vro di dátic o no pr óx imo a no leti vo, bus c a nd o um mate rial 
que nã o apr es ent e n enh uma f orm a de pr econceit o ou vis ã o s i mpli fic ad or a ou es t ere oti pa da da 
reali dad e. 
São c orr et as: 
Res p ost a: C – I, I I e IV 
Com entá rio: I gno ra r o p oem a nã o p rod uzi ria nen hum a r efl exão e ntre s e us alu nos ; po rtanto, o 
pro fes s o r de ve ria f alar s obr e o ass unt o em aul a, pr ocur an do c o ns t ruir, com eles, versõ es 
difere ntes pos s í veis , s egun do um a pe rs pect i va equit ati va. Tr oc ar o m ate rial t amb ém nã o s eria 
a s oluç ã o, u ma vez q ue qu alqu er li vro é pas s í ve l de ap res e ntar um a vis ão re duc i o nist a, 
s im plifi c ad a e est er eotip ada da r eali d ad e s oc ial. O q ue de ve acontec er s em pr e é um 
pos ic ionam ent o c r ít ic o do pro f es s or qu ant o ao us o do m ateri al di dátic o, visan do desc o ns t ruir 
est ereóti pos de q ual que r c ateg oria. 
 
8- P ier re Bou rdie u, s oc iólogo fr anc ês , ex plic a-n os outra for ma de c omp re en der a c on fig ur aç ão 
do rac is mo à b ras i lei ra, po r m ei o do q ue d eno m ino u viol ência s i mb ólic a, a s abe r: 
Res p ost a: D - As alt ernati vas “a ”, “b” e “c” est ão c or ret as. 
Com entá rio: pois o c o nceit o de vi olênc ia s im b ólic a d ef en dido po r B ou rdie u e nglo ba as 
ques tões ap res e nt ad as nas alt ern ati vas c it adas : dominaç ã o s oc ial, int erioriz aç ã o do dis c urs o 
alien ado r, t rans fe rênci a de um pl an o s i mbólic o qu e nã o pe rtenc e a s ua ide ntida de étnic a. 
 
9 - P od emos c o ns ide rar, s egu nd o in úme ras pes quisas pr od uz idas p elas uni ve rsi dad es, qu e os 
li vros di dátic os apr esentam os s eguint es pr obl emas qu an do os an alis amos s egu nd o uma 
persp ec t i va d as relaç õ es ét nico- rac iais e da pr omoç ã o da i g uald ad e racial: 
I- A maio ria dos li vr os did áti c os t raz um a r ep rese ntaç ão muit o s im plific a da dos fat os his t óric os , 
acaba nd o po r est i gmatiz ar ou c aricat u ra r s egme nt os s oc iais c omo m ulhe res , ne gros, idosos e 
t rabal ha dor es , por ex e m plo, c ola bo ran do c om o r e forç o de est er eótip os . 
II - A in vis ibili dad e dess es s egm ent os soc iais desf a vor eci dos , qu e ap arec e m re pres ent a dos no 
c onjunto dos c ont eúd os did átic os numa rel ação des p rop orc io nal àqu ela exis t ent e na s oc i eda de 
brasi lei ra. 
II I - A falta de rep res e ntat i vi dad e ne gra ou de fig ur as de p ess oas neg ras desem pe nha nd o os 
mais di ve rsos pa péis s oc iais , por ex em plo, f az c om que a c ria nç a a fr od esc end ent e n ão t en ha 
par âmetr os de ig uald ad e e di versi d ad e pa ra a c ons t r ução de s ua ide nt ida de étnic o -r ac ial. 
Es t ão c orretas as alt er nat i vas: 
Res p ost a: D – I, I I e II I 
Com entá rio: Tod as as alt ernat i vas c on firm am a idei a de qu e os li vr os didát ic os pod em s er um 
ins t rume nto de re fo rç o dos es t er eót ip os c as o s ejam ut il iz ad os pelos p ro fess or es s em uma 
pos iç ão c r ític a dest e em rel ação aos s e us c ont eúd os ext re m am ente s im plifi c a dos e c a rent es 
de fi g uras ne gras , rep res e ntat i vas de um a a utoima gem pos i ti va p ar as as c ria nças e 
adol es c entes afro des c en de ntes . 
 
10 - Se gu ndo o m ate rial pr od uz ido pel a Uni ve rs idad e F ed er al de Sã o Ca rlos *, ut ili z a do na 
fo rmaç ã o de p ro fes s or es pa ra um a ed uc ação c ida dã e par a a igu ald ade racial no B ras i l, os 
pro fes s o res e pr o fes s or as de vem: 
Res p ost a: E - To das as alt e rn ati vas a nt eri or es s ão es t r at égi as váli das p ar a a p rom oç ão da 
igual dad e rac ial na es c ola. 
Com entá rios: A l t ern ati va “ e”. O p ro fes s or qu e t em em m ent e s ua res p ons a bili da de na 
des c onst ruçã o d os es t er eót ip os r ac iais , na pr oduç ã o de relaç ões mais equit ati vas no ambi ente 
esc olar e na c onst ruçã o de um a s ocieda de li vre do raci s mo e do pr ec onc eit o r aci al, de ve 
exercit ar c a da uma das p rop os iç ões s ug eri das p elos p ro fes s or es da UF S Car, des c ritas n as 
altern ati vas da qu est ão ac im a.

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