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Antiparasitários helmintos

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PARASITOLOGIA CLÍNICA 
CURSO: FARMÁCIA 
Pofa. Bruna Santos 
profbrunasantos.edu@gmail.com 
 
ANTIPARASITÁRIOS 
HELMINTOS 
Quais doenças são causadas por helmintos? 
Helmintos 
Os helmintos constituem um grupo 
muito numeroso de animais, incluindo 
espécies de vida livre e de vida 
parasitária. 
 
Nemathelmintos 
representantes com os mais diversos 
tipos de vida e hábitat, desde 
espécies de vida livre aquáticas ou 
terrestres até parasitos de vegetais 
e todos os invertebrados e 
vertebrados 
Nemathelmintos 
São vermes cilíndricos, alongados 
 Tamanho: variável (de poucos milímetros a dezenas de 
centímetros) 
 Sexos: em geral, separados (dioicos), sendo o macho 
menor que a fêmea 
 Reprodução e o processo de atingir os hospedeiros é 
bastante diversificados nos nematóides. 
 No ciclo direto (monoxênico) não há necessidade de 
hospedeiro intermediário e no ciclo indireto 
(heteroxênico), há necessidade de hospedeiro 
intermediário. 
Cestoda 
  parasitos hermafroditas, de 
tamanhos variados 
 corpo achatado dorsoventralmente, 
 são providos órgãos de adesão na 
extremidade mais estreita, a 
anterior, 
 sem cavidade geral, e sem sistema 
digestório. 
 
 Ex: Teníase 
Trematoda 
  São ecto ou endoparasitos. Os 
adultos não possuem 
 Corpo não-segmentado, com uma ou 
mais ventosas; 
 Presença de tubo digestivo; ânus 
geralmente ausente; 
 Hermafroditas ou não; 
 
 Ex: Schistosoma mansoni 
TERAPIA CONTRA 
 Ascaris lumbricoides 
Morfologia 
 Formas evolutivas: larvas, vermes adultos 
(macho/fêmea) e ovo 
 
 Formas adultas: longas, robustas, cilíndricas e 
apresentam as extremidades afilada 
Morfologia 
Ovo 
• São brancos e adquirem cor castanha devido ao contato com 
as fezes. 
• Grandes, ovais e com cápsula espessa 
 
 
15 dias – L1 – L2 – L3 (infectante; permanece no solo por meses) – L4 – L5 
 
Ciclo Biológico 
Parasito monoxeno: único hospedeiro 
Albendazol e Mebendazol 
 
 Mecanismo de ação: inibe a síntese dos 
microtúbulos e a captação de glicose 
(inibindo a formação de ATP que é usado 
como fonte de energia pelo verme). 
 
São seletivos para a b-tubulina dos 
nematódeos = diminuindo a toxicidade para o 
hospedeiro 
 
 Inibição da polimerização da tubulina impede a 
motilidade e a replicação do DNA dos 
nematódeos = alterações degenerativas nas 
células tegumentares e intestinais dos 
helmintos = imobilização e a morte dos vermes 
 
 A principal via excretora: urina. 
Ivermectina 
 
 
 
 Mecanismo de ação: potencialização 
e/ou ativação direta dos canais de 
cloreto regulados pelo glutamato nas 
membranas plasmáticas dos 
nematódeos. 
 
 Resulta em hiperpolarização das 
células neuromusculares e paralisia 
da faringe 
 
 Não atravessa a barreira hematencefálica e, 
assim, não tem efeitos no SNC (hospedeiro). 
 
Pamoato de Pirantel 
 
 Mecanismo de ação: atua como 
bloqueador neuromuscular e 
despolarizante causando ativação 
persistente dos receptores 
nicotínicos dos parasitas. O verme 
paralisado é expelido do trato 
intestinal do hospedeiro 
 
 
 
 
 
Provoca liberação constante de acetilcolina → ativação persistente 
dos receptores nicotínicos de acetilcolina dos parasitas → paralisia 
tônica 
TERAPIA CONTRA 
 Ancylostomidae 
Morfologia 
 Formas evolutivas: larvas, vermes adultos 
(macho/fêmea) e ovo 
 
 Formas adultas: cilíndricas e apresentam as 
extremidades cefálica recurvada 
Ciclo Biológico 
Parasito monoxeno: único hospedeiro 
Fases: Vida livre; vida parasitária 
Albendazol e Mebendazol 
 
 Mecanismo de ação: inibe a síntese dos 
microtúbulos e a captação de glicose 
(inibindo a formação de ATP que é usado 
como fonte de energia pelo verme). 
 
São seletivos para a b-tubulina dos 
nematódeos = diminuindo a toxicidade para o 
hospedeiro 
 
 Inibição da polimerização da tubulina impede a 
motilidade e a replicação do DNA dos 
nematódeos = alterações degenerativas nas 
células tegumentares e intestinais dos 
helmintos = imobilização e a morte dos vermes 
 
 A principal via excretora: urina. 
Pamoato de Pirantel 
 
 Mecanismo de ação: atua como 
bloqueador neuromuscular e 
despolarizante causando ativação 
persistente dos receptores 
nicotínicos dos parasitas. O verme 
paralisado é expelido do trato 
intestinal do hospedeiro 
 
 
 
 
 
Provoca liberação constante de acetilcolina → ativação persistente 
dos receptores nicotínicos de acetilcolina dos parasitas → paralisia 
tônica 
TERAPIA CONTRA 
 Schistosoma 
Hospedeiros 
Biomphalaria glabrata 
Morfologia 
 Formas evolutivas: ovo, miracídio, cercária e vermes 
adultos (macho/fêmea) 
 
Ovos: formato oval, na parte mais larga apresenta um 
espículo voltado para trás; maduro: presença do 
miracídio e é a forma encontrada usualmente nas fezes. 
 
 
 
 
Morfologia 
Miracídio: larva ciliada, 
de forma cilíndrica 
 
 
Cercária: larva com cauda 
bifurcada; apresenta duas 
ventosas: oral e ventral 
Morfologia 
Morfologia 
Praziquantel 
 
 Mecanismo de ação: aumenta a 
permeabilidade da membrana do parasita ao 
cálcio, resultando em contração e paralisia 
dos vermes. 
TERAPIA CONTRA 
 Teníase 
Hospedeiros 
Morfologia 
Ciclo Biológico 
Albendazol e Mebendazol 
 
 Mecanismo de ação: inibe a síntese dos 
microtúbulos e a captação de glicose 
(inibindo a formação de ATP que é usado 
como fonte de energia pelo verme). 
 
São seletivos para a b-tubulina dos 
nematódeos = diminuindo a toxicidade para o 
hospedeiro 
 
 Inibição da polimerização da tubulina impede a 
motilidade e a replicação do DNA dos 
nematódeos = alterações degenerativas nas 
células tegumentares e intestinais dos 
helmintos = imobilização e a morte dos vermes 
 
 A principal via excretora: urina. 
Niclosamida 
 
 Mecanismo de ação: inibição da 
fosforilação mitocondrial do 
difosfato de adenosina (ADP), que 
produz energia utilizável em forma 
de ATP pelo parasita. 
 
 A principal via excretora: urina e fezes. 
Praziquantel 
 
 Mecanismo de ação: aumenta a 
permeabilidade da membrana do parasita ao 
cálcio, resultando em contração e paralisia 
dos vermes. 
Cisticercose Humana 
Albendazol 
 
 Mecanismo de ação: inibe a síntese dos 
microtúbulos e a captação de glicose 
(inibindo a formação de ATP que é usado 
como fonte de energia pelo verme). 
 
São seletivos para a b-tubulina dos 
nematódeos = diminuindo a toxicidade para o 
hospedeiro 
 
 Inibição da polimerização da tubulina impede a 
motilidade e a replicação do DNA dos 
nematódeos = alterações degenerativas nas 
células tegumentares e intestinais dos 
helmintos = imobilização e a morte dos vermes 
 
 A principal via excretora: urina. 
Praziquantel 
 
 Mecanismo de ação: aumenta a 
permeabilidade da membrana do parasita ao 
cálcio, resultando em contração e paralisia 
dos vermes. 
TERAPIA CONTRA 
 Filariose 
Morfologia 
 Formas evolutivas: larvas, vermes adultos 
(macho/fêmea) e embrião (microfilária) 
Repasto sanguíneo 
Somente as fêmeas 
Ciclo Biológico 
Transmissão 
 Vetor 
Culex quinquefasciatus 
 
Ciclo Biológico 
Ciclo Biológico 
Periodicidade 
Periodicidade noturna 
 Noite: microfilárias no sangue periférico do hospedeiro 
humano; 
 Pico: meia-noite 
 
 Dia: microfilária nos capilares profundos; 
principalmente nos pulmões 
Citrato de Dietilcarbamazina (DEC) 
 
 Mecanismo de ação: inibição da polimerização 
dos microtúbulos e a inibição do metabolismodo ácido araquidônico (síntese de lipídeos). 
 
 nas células endoteliais do hospediero: leva a 
uma vasoconstricção, amplificando a adesão 
endotelial, propiciando à imobilização do 
parasito circulante 
 
 imobiliza as microfilárias e torná-las 
suscetíveis às defesas do hospedeiro 
 
DEC + ivermectina; DEC + albendazol 
 
 Efeitos adversos: reação ao parasito morto (febre, 
mal-estar, urticária, mialgia, artralgia e cefaleia). 
 
Referências 
• NEVES, D.P. Parasitologia Humana. São Paulo: 
Ateneu, 2011. 
 
• Princípios de Farmacologia – A base Fisiopatológica 
da Farmacoterapia, Golan. Guanabara Koogan, 2009. 
 
• Farmacologia Ilustrada, Clark. Artmed, 2013.

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