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PORTFÓLIO serviço social 3 semestre

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
 
 
 
RELAÇÃO DE TRABALHO NO BRASIL
São Miguel Do Araguaia /
 
GO
2018
RELAÇÃO DE TRABALHO NO BRASIL
Trabalho apresentado ao Curso de 
Serviço Social 
da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de 
Formação Social, Histórica e Política do Brasil, Acumulação Capitalista e Desigualdade Social, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I, Estatística e Indicadores Sociais e Seminário Temático.
Orientador: 
Juliana Lima Arruda, José Adir Lins Machado, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Hallynnee Rosseto e Paulo Sergio Aragão.
São Miguel Do Araguaia / GO
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
3	CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
INTRODUÇÃO
 O presente portfólio visa informar sobre o trabalho no Brasil e suas raízes históricas. Para tal, iniciamos a nossa análise desde a definição de trabalho, bem como da sua origem, que remete ao início da existência humana desde os primeiros seres humanos. Após isso tratamos das diferentes formas de trabalho, perpassando a escravidão. 
DESENVOLVIMENTO
 
 O trabalho começou quando pessoas com mais condições necessitavam de trabalhadores para suprir suas necessidades básicas. O homem trabalhava para consumir o que produzia , seja em roupa, alimento ou moradia.
 Existem vários tipos de trabalho. No trabalho remunerado a pessoa recebe uma quantia em dinheiro para exercer uma determinada função. No trabalho voluntario o trabalhador desempenha uma função de forma voluntaria por livre e espontânea vontade.
 O Brasil passou quase quatro séculos vivendo o escravismo. Aqui, como no resto do mundo onde existiram, os escravos eram seres humanos “coisificados”, relegados à “condição de nada”, sem qualquer direito assegurado perante os demais e ao Estado. Consistiam, pois, somente em mercadorias usadas em favor de seus senhores, que os vendiam e compravam como se fossem um objeto qualquer. 
 Até atingir os contornos dignos de um Estado Democrático de Direito, o trabalho sofreu modificações profundas, vez que hoje amplas legislações trabalhistas, no Brasil e no mundo, asseguram direitos à classe operária. Ademais, no Brasil, o Direito laboral evoluiu no sentido de estabelecer a igualdade substancial da classe trabalhadora perante o restante da sociedade. 
O TRABALHO NO BRASIL E SUAS RAIZES HISTÓRICAS
 A relação ao conceito geral de trabalho, este pode apresentar genericamente vários sentidos.  Por um viés marxista, também sendo o econômico, fundado no valor de uso, pode significar qualquer alteração na natureza com o objetivo de satisfazer as necessidades humanas. Por outro lado, pode significar o reconhecimento da dignidade do homem, uma dimensão da personalidade humana, por meio do qual o ser humano se realiza em sua plenitude.
  Mas sobre o aspecto proposto para portfólio, e tido como um método pelo qual se produz bens e serviços. O Trabalho aqui, se constitui como a forma pela qual o homem adquire seu sustento. Deve-se ater ao aspecto do convívio social que o trabalho alude, haja vista que ninguém produz um bem sem ter a quem efetuar sua troca/venda.
 A escravidão e uma forma de exploração da mão de obra humana sem o consentimento da pessoa e recebendo uma pequena quantia e às vezes nenhuma e sendo humilhado e rebaixando a dignidade humana como um objeto de trabalho sem nenhum valor. A escravidão no Brasil começou desde o seu descobrimento quando os brancos decidiram tentar escravizar os, que por sua vez conseguiram fugir por estar em suas casas e conhecerem o local melhor que eles. Quando os portugueses perceberam isso, começaram a oferecer bugigangas em troca do trabalho deles. Em meados do século XVI os portugueses viram a necessidade de ter obter uma mão de obra barata e forte e começaram a utilizar os negros africanos trazidos de suas colônias, para serem usados como escravos na produção de açúcar do nordeste brasileiro.
 A escravidão teve permanente durante séculos, sobretudo no que diz respeito às relações de trabalho nas colônias européias, como a América espanhola e o Brasil. A colônia portuguesa das Américas, situada no atual território brasileiro, viveu períodos sangrentos, a exemplo dos navios negreiros. Neles, multidões de escravos negros, vindos da África, espremiam-se nos sótãos das embarcações, recebendo alimentações de água e farinha como um luxo. Mesmo passado quase um milênio, o escravo moderno também padeceu de direitos como aquele do império romano. Quando chegavam ao Brasil, eram vendidos como se fossem mercadorias, sendo exibidos por seus comerciantes para que os clientes comprassem os que eram do seu agrado. A saúde era um ponto muito importante para a compra, pois o valor dos negros saudáveis aumentava em relação aos velhos e fracos, além de que os compradores evitarem comprar escravos da mesma família ou da mesma tribo, para que não existisse nenhuma rebelião.
 Somente no ano de 1888, final do século XIX, foi assinada a Lei Áurea pela Princesa Isabel, abolindo assim totalmente a escravidão no Brasil, depois de aproximadamente quarenta anos. Isso aconteceu diante das rebeliões causadas por escravos e pelas campanhas abolicionistas. A escravidão no Brasil teve seu fim, mas o sofrimento dos escravos, que agora estavam livres, não tinha sido finalizado, pois esses foram libertados sem nada, sem moradia, alimento, sem nenhuma condição de sobrevivência.
O QUE É TRABALHO EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS DE ESCRAVIDÃO, APRESENTANDO SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS
 Trabalho em condições análogas à condição de escravo como o exercício do trabalho humano em que há restrição, em qualquer forma, à liberdade de trabalhadores, e/ou quando não são respeitados os direitos mínimos para resguardo do trabalhador. Observa-se que não é somente a liberdade de ir e vir (trabalho forçado), que caracteriza o trabalho em condições análogas às de escravo, mas também o trabalho sem as mínimas condições de dignidade. Nos engenhos o trabalho braçal era pesado, de sol a sol, sem tempo para descanso. Quando não estavam trabalhando estavam presos nas senzalas, galpões em condições precárias, sem nenhum conforto e acorrentados para não fugirem, sendo tratados de maneira desumana. Qualquer falha que os escravos cometessem, eram punidos de forma cruel e impiedosa. Proibidos de praticar seus rituais africanos, eram obrigados a seguir a religião católica a mando dos seus senhores. Mas mesmo com todas essas proibições eles arranjavam uma maneira para que a cultura deles não desaparecesse, mantendo assim suas festividades escondidas.
PESQUISA SOBRE O TRABALHO FORÇADO NO BRASIL, INVESTIGANDO
 Os quatro principais estados onde o fenômeno do trabalho escravo ocorre (Pará, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins). Certas regiões alimentam, de fato, o fluxo de trabalhadores reduzidos à escravidão, por exemplo, o norte de Minas Gerais ou as regiões de agricultura familiar do oeste de Santa Catarina, mas indiscutivelmente o grande “reservatório”, a área mais procurada pelos “gatos”, é o Nordeste, e em especial o Maranhão, que neste caso é bem mais exposto que o Pará.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE TRABALHO FORÇADO REALIZADOS NO PAÍS
 O trabalho forçado pode estar relacionado com o tráfico de pessoas, pode surgir de práticas abusivas de recrutamento que levam à escravidão por dívidas, pode estar ligado a práticas tradicionais, e pode adquirir as características da escravidão e o tráfico de escravos dos tempos passados.
 Um exemplo, começando coma escravidão por dívida, é o do empregador que recruta um agricultor do interior para trabalhar em uma fazenda distante da sua área de origem e, ilicitamente, cobra as despesas com a viagem, compram de comida e remédios, alojamento e outras manutenções feitas no estabelecimento do fazendeiro. 
 Tradicionalmente, esse tipo de mão de obra é empregada em atividades econômicas, desenvolvidas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. 
 Infelizmente, há registros de trabalho escravo em todos os estados brasileiros e em nosso município, Nos últimos anos, essa situação também tem sido verificada em centros urbanos, especialmente na indústria têxtil, construção civil e mercado do sexo.
 Atualmente, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para erradicá-lo o ciclo do trabalho escravo, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
 Entretanto, a erradicação do problema só pode ser efetivada por meio da garantia de outros dois aspectos: a prevenção e a assistência ao trabalhador libertado, que devem ser feitas por meio de ações da sociedade civil e pela adoção de políticas públicas por órgãos governamentais, para que se reverta a situação de pobreza e de vulnerabilidade. A atuação nessas duas frentes de combate visa a atacar a origem do trabalho escravo, interrompendo a reincidência desse tipo de exploração. Diante disso, a educação tem papel fundamental para a quebra de paradigmas e a divulgação de informações, agindo diretamente na prevenção ao problema.
ESTABELECER RELAÇOES SOBRE A CATEGORIA DO TRABALHO E O SERVIÇO SOCIAL
 O exposto a seguir pretende oferecer, obviamente sem qualquer pretensão exaustiva, alguns dos elementos para o debate dessas particularidades baseado na análise do desemprego como expressão da “questão social” no Brasil. Ao considerar a centralidade do trabalho como elemento fundante da sociabilidade, o desemprego me pareceu à expressão da “questão social” que mais fecundamente poderia elucidar suas particularidades. A idéia é indicar as características e determinantes do desemprego nas duas décadas em questão e, ao mesmo tempo, realçar seus traços comuns, que são dados pela flexibilidade estrutural e precariedade das ocupações do mercado de trabalho brasileiro como características da “questão social”. Pretende-se, desse modo, identificar algumas “pistas” para a necessária continuidade do movimento de apreensão de suas mediações que possam estimular outras investigações nessa direção.
 Nesse contexto o desemprego vinculou-se, em grande medida, às oscilações da atividade produtiva, observada pela tendência à recuperação quantitativamente equivalente dos postos de trabalho perdidos nos momentos de crise. Houve uma expressiva queda das oportunidades ocupacionais no setor produtivo que, embora preservado, passa a não mais absorver em proporções satisfatórias o aumento da população ativa.
 O desemprego estrutural e as relações de trabalho precarizadas se ampliam, á medida que a economia capitalista não consegue absorver o enorme contingente de trabalhores disponíveis no mercado. As implicações desse processo têm sido o aumento do desemprego, empobrecimento da classe trabalhadora e o aprofundamento das desigualdades sociais, em que o fenômeno social população em situação de rua e uma de suas expressões, que ganha uma maior visibilidade na cena contemporânea brasileira.
O TRABALHO E A NOVA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA – LEI Nº 13.467 DE 3 JULHO DE 2017. SEUS IMPACTOS NA VIDA DO TRABALHADOR ASSALARIADO BRASILEIRO
 Lei nº 13.467/2017 que flexibilizam, por exemplo, o conceito de emprego que a CLT consagrou e que a Constituição de 1988 elevou à condição de preceito constitucional, como está expresso em seu artigo 7º, inciso I, ou seja, o direito do trabalhador à relação de emprego protegida. Nesse sentido, CESIT/IE/UNICAMP Instituições Públicas 16 destacam-se os dispositivos da reforma trabalhista que, entre outros, impactam a fiscalização: 1) a possibilidade de contratação de trabalho intermitente, prevista nos artigos 443 e 452-A da CLT (ressaltando-se que intermitente é o trabalho e, consequentemente, os direitos dele advindos, não a sua contratação); 2) o contrato de autônomos, ainda que haja continuidade e exclusividade na prestação de serviços, sem reconhecimento do vínculo empregatício; 3) as alterações à Lei da Terceirização (novas modificações da Lei 6.019/1974), ampliando ainda mais as possibilidades de contratação de prestadoras, antes tenuemente vinculadas a “serviços determinados e específicos” e, agora, sem quaisquer amarras. Ao flexibilizar a relação de emprego presumida quando há contratação de trabalhadores (artigo 7º, I), fragiliza o principal objeto da inspeção do trabalho (a fiscalização do cumprimento das normas de proteção do trabalho de empregados), fragmentando a responsabilidade empresarial e dificultando, assim, a imposição das sanções cabíveis.
CONCLUSÃO
 
 Na busca pela verdadeira cidadania, baseada em uma vida digna, deve-se lutar pela aspiração de uma justiça social como obrigação do Estado e direito do cidadão; por isso é tão importante que seja garantido a assistência jurídica para aqueles desprovidos de recursos, para que essa parte excluída da população tenha a mínima condição de defender seus direitos, que são desrespeitados pelos demais. Por fim, é saliente trazer à tona que a sobrevivência digna de todos depende da ênfase e do respeito que se dá ao trabalho.
REFERENCIAS 
BIAVASCHI, M. B. O direito do trabalho no Brasil – 1930-1942: construindo o sujeito de direitos trabalhistas.. São Paulo: LTR, 2007.
ROSSI, Pedro; MELLO, Guilherme. Da austeridade ao desmonte: dos anos da maior crise da história. Le Monde Diplomatique Brasil, março 2007, p. 6-7.
TEIXEIRA, M. O.; KREIN, J. D.; BIAVASCHI, M. B.; GALVAO, A.; ALMEIDA, P. F.; ANDRADE, H. R. Contribuição crítica à reforma trabalhista. Campinas: UNICAMP, 2017.
www.brasil.gov.br › Economia e Emprego › 2011 › 04
https://exame.abril.com.br/blog/instituto.../o-estado-e-as-relacoes-de-trabalho-no-brasi.
https://luizfurtdadojr.jusbrasil.com.br/.../o-estado-e-a-regulamentacao-das-relacoes-de-.

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