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O MOÇO LOIRO

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“O MOÇO LOIRO”,
JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
PROF. VOLNEY RIBEIRO
AUTOR DA OBRA
O AUTOR
Joaquim M. de Macedo nasceu em Itaboraí, Rio de Janeiro, em junho de 1820. Formou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1844, contudo não exerceu a profissão. 
Exerceu diversas profissões/funções: deputado, jornalista, poeta, pesquisador, dramaturgo, escritor de livros didáticos, professor de História e de Geografia, além de romancista – ao todo fez vinte romances. Faleceu em abril de 1882, aos 62 anos, na cidade do Rio de Janeiro.
ENQUADRAMENTO PERIODOLÓGICO
Macedo, com a criação de seu herói, Moço Loiro, pertence ao momento áureo do nosso Romantismo, quando o maior passatempo das pessoas, normalmente das moças, era ler romances de folhetim.
O QUE A CRÍTICA DIZ SOBRE O ROMANCE?
O livro, publicado em 1845, é um retrato da sociedade burguesa do Rio de Janeiro no século XIX, a qual discretamente o autor crítica. 
O romance é um discurso sobre o amor idealizado, representado nas figuras de Honorina e do herói que dá nome ao livro, o Moço Loiro, cuja identidade só vem a ser desvendada no final. 
O QUE A CRÍTICA DIZ SOBRE O ROMANCE?
A temática de seus livros é envolta em um clima de amor retratado por jovens personagens apaixonadas, estudantes galanteadores e finais felizes, após alguns desencontros. Além da linguagem, outra característica que também faz de seus romances notórios é o cenário escolhido, a beleza brasílica. 
Suas personagens, de modo geral, são estereótipos (não há uma análise profunda de nenhuma) que se envolvem em histórias amorosas em ambientes conhecidos pela sociedade carioca.
 
Enredo da obra
RESUMO DO ENREDO
Uma cruz de ouro, relíquia de família desde o século XIII, é roubada dos Mendonças. A culpa recai sobre um deles, o jovem Lauro, que abandona a família e desaparece, amaldiçoado pela avó. 
Sua prima Honorina, anos depois, é cortejada misteriosamente, por meio de bilhetes, por um desconhecido - que assume os mais estranhos disfarces, intervém, nos mais vários acontecimentos, está em toda parte, sabe tudo, como convém aos heróis folhetinescos.
RESUMO DO ENREDO
Ele é o Moço Loiro, que acaba por salvar o pai da moça da ruína (a que o ia levando o empregado infiel, o verdadeiro ladrão da joia), além de punir os maus, amparar os bons etc.
 
No final, o óbvio fica evidente: ele é Lauro e casa com a priminha, deixando em conformada melancolia a maior amiga desta, Raquel, que, para variar, também o amava em segredo.
Análise e descrição da obra
“SENHORAS! 
Para que nascesse O moço loiro influíram fortemente em mim dois sentimentos nobres e profundos. 
No empenho de escrever — a gratidão. Na concepção e desenvolvimento do romance — a esperança.
Um ano há decorrido desde que um jovem desconhecido, sem habitações, com fracos e limitadíssimos recursos intelectuais, mas rico de vontade e de bons desejos; temeroso e quase à força ofereceu à generosidade do público do Rio de Janeiro um pobre fruto de sua imaginação — A moreninha — que ele amava, como filha de sua alma. Esse jovem, senhoras, fui eu. ”
“Oh! mas é preciso ser autor, ao menos pequenino autor, como eu sou, para se compreender com que imenso prazer, com que orgulho eu sonhava vossos belos olhos pretos brasileiros, derramando os brilhantes raios de suas vistas sobre as páginas do meu livro! vossos lábios cor-de-rosa docemente sorrindo-se às travessuras da Moreninha! (...)
Espero que minhas encantadoras patrícias vejam em O moço loiro, um simples e ingênuo tributo de gratidão a elas votado; e espero também que o público, que outrora me animou, e a quem muito devo, de tal tributo se apraza; pois sei que sempre lisonjeiro lhe é ver render cultos aos astros brilhantes de seu claro céu, às mimosas flores de seu ameno prado.”
Depois de um prefácio às “Senhoras Brasileiras” onde explica a feitura dos livros A Moreninha(1844) e O Moço Loiro (1845), inspirados na gratidão e na inocência, temos o capítulo “Teatro Italiano” em que é apresentado ao leitor o jovem Otávio, galante, educado, culto, mas no fundo um oportunista, um chantagista, principalmente para conseguir o que deseja. Otávio discute com um companheiro de nome Antônio os valores de uma peça: “Ana Bolena”.
Otávio, a todo custo, tenta cortejar a jovem Rosinha, filha de Venâncio e Tomásia, casal burguês que se preocupa muito mais com as aparências, os ditames da sociedade que com o caráter das pessoas. No momento, com os conselhos de Brás Mimoso, organizam um Sarau (festa burguesa) para a filha Rosa. 
Brás Mimoso é a figura do dândi envelhecido. Amigo de todos, boêmio, é um tipo de parasita social, sempre vistoso, falante e sempre na casa dos outros. É amigo da família de Venâncio, tio de Félix, o guarda-livros da família Mendonça. Félix parece amar a prima, mas não tem coragem nem fortuna suficiente para casar-se com ela. Félix trabalha para Hugo Mendonça e tem uma amizade recente com o jovem Otávio.
Em seguida, o narrador, de 3ª. pessoa e onisciente, apresenta a filha de Hugo Mendonça e a prima dela, Raquel. Neste capítulo, é estabelecida a diferença comportamental entre as duas moças. Rachel é mais espirituosa e mais esperta; Honorina, por sua vez, é mais inocente, mais contida (ia ser freira). Falam sobre homens e sobre o amor. Honorina vive em busca de um grande amor.
“Honorina tem dezesseis anos, é de estatura regular, longas e negras madeixas se mostravam presas com avultada trança ao mesmo tempo que dos lados lhe caem, como esquecidos, bastos anéis delas, que voam em caracol, beijando-lhe o nascer dos seios; a fronte é lisa, branca e elevada; os olhos pretos, grandes, cheios de doçura e langor; a tez de seu rosto é alva.”
“Com efeito, Honorina, desde a mais tenra idade, eu comecei a não ter segredos para com meu pai, a ser aos seus olhos tão transparente, que ele lia quanto se passava na minha alma; era em tal que baseava todo o edifício da minha educação moral. Aos doze anos eu pisei no grande mundo, meu pai me fazia frequentar as sociedades, os saraus e as festas. Honorina, eram lições que ele me dava. Quando voltávamos a casa, interrogava o meu coração, a verdade falava por meus lábios, e meu pai me mostrava a ação em que havia um erro, as doces palavras que eu tinha ouvido, que eram uma vil lisonja, uma perigosa mentira, ou que vestiam uma traição! Diante do espelho ele me convencia de que eu não era encantadora, como me tinham dito; à força de um raciocínio simples e veemente, ele fazia vir à flor da água a verdade, que fora submergida no mar de loucos e falsos protestos, de exagerados obséquios, e dessas primeiras e temerosas súplicas que nos fazem, e que são sempre a chave que abre a porta a mil atrevidas pretensões.”
“Honorina, meu pai nunca voltou as costas ao perigo, nem os olhos ao vício; era para ao pé de ambos que ele gostava de me conduzir: eu dancei, passei cem vezes ao lado do homem depravado, do homem de quem toda a mulher devia recear; e depois, quando me achava a sós com meu pai, ele me dizia:
 
‘Raquel, dançaste e passeaste com um miserável; os sedutores falam e praticam como ele.’ Honorina, eu vi a mulher perdida, observei-a em todo o horror da sua vida, de seus martírios e da sua vergonha, era meu próprio pai quem ma apontava com o dedo para dizer-me: ‘Raquel, eis a mulher pervertida!’ E assim, Honorina, aprendi a conhecer o sedutor, e vi com terror os efeitos da sedução.”
Rachel diz que não confia nos homens e não acredita que o amor exista. 
O narrador nos apresenta Hugo de Mendonça, pai de Honorina. Hugo é filho de D. Ema, mulher de boa índole, mas de valores ainda muito tradicionais e rígidos, diferente do filho. Uma senhora de setenta anos, gorda e de cabelos embranquecidos. Estando todos na sala, Hugo recebe uma carta de Lauro, sobrinho que há anos vive distante.
Na carta, o jovem se diz injustiçado porque a família o acusou de ter roubado uma joia de família, em 1837, uma importante cruz que fazia parte de uma tradição. 
Lauro conta tudo que lhe passou desdeque fora acusado pelo roubo. Fala das andanças, do sofrimento e inclusive que casou com uma jovem muito boa da cidade da Bahia e que, por isso, ficou rico e abre mão da fortuna que lhe pertence (herança do avô e do pai) em nome da prima Honorina de quem gosta muito, pois só voltará àquela casa depois de provar sua inocência, de rosto descoberto, cumprindo a promessa de sua mãe:
“E minha mãe disse: Vai, meu filho; mas volta um dia com o rosto descoberto para provar a tua inocência. Eis aqui enfim a ordem de minha mãe, que eu ainda não cumpri, mas espero cumpri-la toda inteira, sim, minha mãe! para ir, beijando a sepultura em que descansas, dizer às tuas cinzas.”
A velha avó, Ema, ainda o recusa, não aceita, mesmo depois da carta lida, que ele não teve culpa. Aproveita o ensejo e conta à neta, Honorina, a história da cruz. A triste história de amor de Anabela, Gil Mendonça e Rui Vaz. Ema continua sua narração falando principalmente da fuga para o Brasil por causa da loucura de Napoleão Bonaparte (1808).
A história continua, e, depois de dar detalhes sobre a paixão do jovem Felix pela prima Rosinha, o assunto é o sarau que vai haver na casa de D. Tomásia. As moças correm todas para se arrumar. 
Chega, então, um estranho cabelereiro para cuidar do penteado de Honorina. Na verdade, o cabeleireiro era o Moço Loiro, que queria apenas roubar um cacho dos cabelos de Honorina e o faz deixando a moça intrigada e despenteada, pois vai embora sem fazer nada.
O narrador descreve o sarau com toda a sua pompa burguesa e a superficialidade das pessoas. Uma festa de aparências na qual se destacavam mais ainda as questões ligadas ao sexo feminino e a obrigatoriedade das moças de casar. 
No sarau, Honorina e Raquel conhecem um jovem triste, sentado no jardim, que fala de um amor impossível. Ambas ficam tocadas com a sinceridade e com a pureza daquele sentimento. 
Não perceberam, mas ele também era o próprio Moço Loiro que, em várias ocasiões, estará sempre perto, sempre protegendo Honorina ou tentando falar-lhe indiretamente, por meio de disfarces, do tamanho amor que sente por ela, embora não revele que é seu primo, Lauro, por trás de todos os disfarces: o cabeleireiro, o moço do jardim, um velho, um pescador, um bateleiro que inclusive cantava ao conduzir o barco. 
Honorina de nada desconfia...tudo que sabe é que ama o Moço Loiro.
Honorina chama Raquel para falar-lhe dos anseios de seu coração. Tem vários pretendentes (Brás Mimoso, Otávio, Manduca, Lauro ...mas seu coração só pede o Moço Loiro). 
Em um jardim, próximo a um afluente do mar, o pai, Hugo, pede a Honorina que cante. Ela o faz divinamente. Ao final, vindo ninguém sabia de onde, uma voz misteriosa também cantava a mesma música e falava de amor. Honorina tinha certeza: era o Moço Loiro!
Honorina depois conta para a prima tudo que se passou. Raquel ouve tudo e, de certa forma, brinca com a prima por não se ver com tanta capacidade para amar. 
É marcado, em pouco tempo, um passeio noturno de barco. Todos estão convidados. Três barcos saíram. Os pretendentes de Honorina foram. Na cabeça da jovem, apenas o Moço Loiro. 
Durante o passeio, um raio atinge um dos barcos, e Honorina cai no mar. Um pescador, parecendo ser velho, pula na mesma hora e, depois de ele mesmo se ferir, volta à tona trazendo o corpo de Honorina. Era o Moço Loiro, que some em seguida.
Horas depois, longe de Niterói, Rachel, passeando, encontra uma casa de pessoas simples e vê, num quarto, o Moço Loiro, acamado, ferido, inconsciente. Teve a certeza de duas coisas: amava também aquele homem, embora sabendo do amor que ele tinha por Honorina. Em seguida, ela manda uma carta a Honorina dando notícias do Moço Loiro.
Horas depois de Rachel ter ido embora, o Moço Loiro acorda e conta sua história à mãe Sara e ao filho dela Miguel - ambos o socorreram. Diz que sonhou com duas moças e que, um dia, iria casar com a moça mais linda, no caso, Honorina. Depois que ele foi embora, mãe Sara encontrou embaixo do colchão uma boa quantia em dinheiro. Só podia ter sido o generoso Moço Loiro. 
Em seguida, o narrador, que se assume onisciente, traça um perfil de três moças: Honorina – aura que suspirava; Raquel – pomba que gemia; Lucrécia – serpente que se enroscava. E a viúva Lucrécia, com inveja e ciúme de Honorina, porque Otávio dizia a todo mundo que casaria com ela, aconselha a pobre moça a escolher o pior pretendente (Brás Mimoso) para desanimar Otávio (que ela mesma queria).
Um pouco mais adiante, o narrador descreve o ardiloso plano de Otávio. Ao descobrir o verdadeiro ladrão da cruz, ele pede a Félix que invente uma grande dívida de uma forma que Hugo não tenha como pagar. Logo, Otávio irá socorrê-lo ou simplesmente cobrar a dívida que seria paga ao seu pai. Isso o faria ficar com os negócios de Hugo e, se o comerciante quisesse reaver tudo, bastava dar a mão de sua filha em casamento. Félix reluta, mas, enfim, dá a notícia da possível falência a seu patrão.
Coincidentemente, chega carta de Lauro pedindo a mão de Honorina em casamento e dizendo que Hugo pode usar a sua herança como quiser. A velha Ema responde logo que “não”. Jamais usaria o dinheiro daquele ser amaldiçoado. 
Honorina sabe que a situação será resolvida se ele aceitar o pedido de casamento e pede um tempo para pensar.
Segue-se um capítulo com as reflexões de Honorina, logicamente com muitas ideias sobre a comparação “homem x mulher” e a difícil condição feminina na sociedade oitocentista. 
Na parte intitulada “Ao crepúsculo” tem-se um paratexto (uma carta dentro de um romance), em que o Moço Loiro decifra os segredos de sua alma. 
Era uma carta extremamente melancólica, que tinha a finalidade de jurar eterno amor em uma tal impossibilidade que ele até preferia a morte. Honorina adormece.
Em seguida, Otávio aparece e diz que Hugo lhe deve muito dinheiro, que são as letras falsas feitas por Félix. Logo, a dívida é com ele e para conseguir saudá-la bastava Honorina aceitá-lo como marido. A velha Ema já diz que “sim”. Hugo não concorda de forma alguma. Honorina ouve tudo.
Em conversa com a viúva Lucrécia (que amava Otávio, que amava Honorina, que amava o Moço Loiro) já que Raquel não está por perto, a viúva invejosa e ciumenta sugere que ela fuja de tudo e de todos e tranque-se em um convento. 
Honorina reluta, mas, no final, diz que aceita.
Depois disso, Félix, o guarda-livros recebe a visita de um estranho velho que lhe conta uma história mirabolante, revelando que o próprio Otávio se entregara ao contar seu pecado a uma idosa enferma. 
Otávio estava muito doente em uma viagem para a Bahia e pensava que iria morrer, por isso revelou o crime cometido. No dia seguinte, não morrendo, arrependeu-se e pediu à velha que guardasse segredo. O Moço Loiro veio a conhecer esta velha (mãe de seu afilhado Carlos) e ela acabou contando tudo. Na prática, Félix estava em suas mãos e também o próprio Otávio.
O velho, que é o Moço Loiro, pede a ele que entregue a cruz e conte toda a verdade à família Mendonça. O Moço Loiro diz que vai interceder para ele ser perdoado se confessar a calúnia e o roubo da joia. 
Entra no quarto o Manduquinha, irmão de Rosa, que vem exigir de Félix que case com sua irmã. Ele diz que “não”, pelo menos naquele momento não pensava em nada disso. O velho aproveita a oportunidade, aparece, e diz que Félix aceita casar com Rosinha. Félix apenas concorda. Entrega a cruz ao velho e promete ir à casa de Hugo Mendonça contar toda a verdade e resgatar um pouco de sua dignidade. 
Fica combinado que vai entregar a cruz a Honorina e dizer que a cruz, na verdade, é um presente do Moço Loiro para ajudar a provar a inocência de Lauro.
No capítulo seguinte, Raquel, apesar de ter crescido fugindo do sentimento “enfraquecedor” do Amor, confessa ao pai que ama o Moço Loiro. 
Jorge a consola, pois sabe que ela vive uma paixão que, de certa forma, é impossível. Ama um homem que tem dono: a prima que ela sempre tratou como uma irmã.
Em uma “aventura noturna”,é revelado o plano de D. Lucrécia: colocar uma carruagem à disposição de Honorina para levá-la ao convento, mas, em vez disso, como vingança, levaria a moça à casa de Brás Mimoso, na qual a garota ma seria humilhada em uma cena ridícula. 
No entanto, em vez de ir, ela fantasia Brás Mimoso de mulher e coloca-o em seu lugar. Incrivelmente, o Moço Loiro teve a mesma ideia. Fantasiou Manduca de mulher, como se fosse Honorina, e colocou-o na carruagem, ao lado da “moça” que lá já estava.
A cena final do capítulo é totalmente hilária. Brás Mimoso e Manduca, vestidos de mulher e de mãos dadas, como se fossem Honorina e Lucrécia, entram na sala onde todos já esperam. A gargalhada é geral! Os dois, depois de entenderem a palhaçada, começam a brigar e ficam completamente em farrapos. 
Enquanto isso tudo se desenrolava, Félix e Otávio discutem. Félix diz que tudo está resolvido, o segredo revelado. Pede a Otávio que devolva as letras (as promissórias) e ele reluta. Entra na sala o Moço Loiro. Ameaça Otávio. Recebe as letras do jovem desonesto e sai levando Félix.
No capítulo “O moço Loiro”, depois de ouvir de mãe Lúcia que ela também conhecia o Moço Loiro e o ajudara em várias situações, Honorina, ao lado de Raquel, confessa mais ainda o amor por esse estranho rapaz. 
Em seguida, o pajem anuncia que o novo administrador da fazenda acabava de chegar. Todos vão para a sala e lá veem entrar um rapaz todo de preto. As moças dizem: O Moço Loiro! Os outros dizem: Lauro! Lauro se joelha diante do quadro da mãe e diz: — Minha mãe!... minha mãe!... já tenho o rosto descoberto!... já provei minha inocência!..
No Epílogo, fica dito que, um mês depois da chegada de Lauro, um sarau, uma grande festa era organizada para o Moço Loiro. Era o casamento de Lauro e Honorina. 
Félix casou-se com Rosinha. 
Brás Mimoso continuou sozinho. 
D. Lucrécia mudou-se solteira para o campo. 
Otávio viajou para a Europa. 
Rachel continuava ao lado da prima, o tempo todo ajudando e demostrando alegria.
Depois de ajudar a prima e colocá-la na carruagem que a levaria aos braços de Lauro, Raquel fica sozinha e triste. O pai chega e a abraça carinhosamente, consolando a moça que disse que nunca iria amar. O pai pede que ela vá embora com ele. Ela diz que prefere ficar e ser fiel a sua amizade com Honorina e diz estranhamente que vai ficar para “ser a mãe do primeiro filho” da prima.
Considerações finais
O Moço Loiro é um romance de autoria do escritor brasileiro do romantismo Joaquim Manuel de Macedo. O livro foi publicado em 1845. O livro é um retrato da sociedade burguesa do Rio de Janeiro no século XIX, que discretamente o autor crítica.
O romance é um discurso sobre o amor idealizado, representado nas figuras de Honorina e do herói que dá nome ao livro, o Moço Loiro, cuja identidade só vem a ser desvendada no final. 
A temática de seus livros é envolta em um clima de amor retratado por jovens personagens apaixonadas, estudantes galanteadores e finais felizes, após alguns desencontros.
Além da linguagem, outra característica que também faz de seus romances notórios é o cenário escolhido, a beleza brasílica. 
Suas personagens, de modo geral, são estereótipos (não há uma análise profunda de nenhuma) que se envolvem em histórias amorosas em ambientes conhecidos pela sociedade carioca.
Excelente prova!!!

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