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1 FACULDADE NOVAUNESC CURSO: BARACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: FISIOLOGIA GERAL PROFESSORA: CAROLINE KILCIA RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: FISIOLOGIA GERAL Relatório apresentado à professora Carolinne Kilcia Carvalho Sena Damasceno, como requisito para obtenção de nota prática da disciplina de Fisiologia Geral. TERESINA/NOVEMBRO 2014. 2 FACULDADE NOVAUNESC CURSO: BARACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: FISIOLOGIA GERAL PROFESSORA: CAROLINE KILCIA RELATÓRIO PRÁTICO: FISIOLOGIA GERAL COMPONENTES: LETÍCIA COSTA MARIA LEIDE CARLA MAGALHÃES LEONARDO CARVALHO KLEITIANE FERREIRA TERESINA/NOVEMBRO 2014 3 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO 04 2. MATERIAIS E MÉTODOS 05 3. DESENVOLVIMENTO 05 3.1 INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 05 3.2 AULA PRÁTICA Nº2: PRESSÃO ARTERIAL E RESPIRAÇÃO 05 2.2.1 PRESSÃO ARTERIAL 05 3.2.2 RESPIRAÇÃO 05 3.3 AULA PRÁTICA Nº3 PULSO E TEMPERATURA 06 3.3.1 PULSO 06 3.3.2 TEMPERATURA 06 3.4AULA PRÁTICA Nº4: REFLEXOS AUTONOMICO NA ESPÉCIE HUMANA 06 3.4.1 REFLEXO FOTOMOTOR 06 3.4.2 REFLEXO ESPINO – CELULAR 06 3.4.3 BRADICÁRDIO 06 3.5 AULA PRÁTICA Nº5: REFLEXOS SOMÁTICOS 07 3.5.1 REFLEXO PLANTAR 07 3.5.2 REFLEXO CORNEAL 07 3.5.3 REFLEXO PATELAR 07 3.5.4 REFLEXO AQUILEU 07 3.5.5 PROJETO TRICIPTAL 07 4. RESULTADOS 08 4.1 APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO 08 4.2 PRESSÃO ARTERIAL E RESPIRAÇÃO 08 4.2.1 PRESSÃO ARTERIAL 08 4.2.2 RESPIRAÇÃO 08 4.3 PULSO E TEMPERATURA 10 4.3.1PULSO 10 4.3.2 TEMPERATURA 12 4.4 REFLEXOS AUTONÔMICOS NA ESPÉCIE HUMANA 12 4.4.1REFLEXO FOTOMOTOR 12 4.4.2 REFLEXO ESPINO CILIAR 14 4.4.3 REFLEXO BRADICÁRDIO 15 4.5 AÇÕES REFLEXOS NA ESPÉCIE HUMANA 15 4.5.1 REFLEXO PLANTAR 15 4.5.2 REFLEXO CORNEAL 16 4.5.3 REFLEXO PATELAR 17 4.5.4 REFLEXO AQUILEU 17 4.5.5 REFLEXO TRICIPTAL 17 5. CONCLUSÃO 18 REFERÊNCIAS APÊNDICE 4 1 INTRODUÇÃO A fisiologia (do grego physis = natureza e logos = estudo) é um campo dedicado à interação das diversas aplicações e funções físicas e químicas, considerando o tempo geológico como fator preponderante no surgimento e ocorrências biológicas (conformação de uma característica adaptada / selecionada), para compreensão dos seres vivos, ou seja, o funcionamento dos organismos. De forma geral, a fisiologia aborda assuntos relacionados à nutrição, circulação, respiração, excreção, aos sistemas de integração aos movimentos corporais, suporte e movimentos corporais, controle imunitário e reprodução, ao logo da história evolutiva. No decorrer do período a matéria sempre aliou a teoria com a prática, estas ministradas no laboratório da IES (Instituição de Ensino Superior) servindo assim para que o alunado tivesse como realizar e entender as reações feitas pelos mesmos. Dentre as reações realizadas por nós estiveram a aferição da Pressão Arterial (PA) e a Respiração. Também foi possível aprender sobre o pulso e a temperatura. E por fim realizamos práticas sobre as ações reflexas somáticas na espécie humana. 5 2. MATERIAIS E MÉTODOS O método utilizado na disciplina de Fisiologia foi a associação do conhecimento repassado em sala de aula, com a demonstração na aula prática. Foi utilizado o relatório disponibilizado pela docente Carolinne Kilcia Carvalho Sena Damasceno para o acompanhamento das aulas práticas. Entre os materiais utilizados podemos destacar o material humano, ou seja, o discente que se voluntariou para a prática, bem como os materiais existentes no laboratório, tais como: Esfigmomanômetro Estetoscópio Cronômetro Bacia com água, e outros. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 – INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO Na primeira aula prática de Fisiologia, foram repassadas as instruções e os princípios gerais e técnicas de como se deve comportar e utilizar corretamente o laboratório. 3.2. AULA PRÁTICA Nº2: PRESSÃO ARTERIAL E RESPIRAÇÃO 2.2.1 PRESSÃO ARTERIAL A Pressão Arterial (PA) é um grande ponto de referência para reflexão de como o organismo trabalha para a manutenção do equilíbrio homeostático, o conhecimento de seus níveis de referência são importantes para o controle de suas alterações. Foi possível conhecer o equipamento necessário para verificação da PA, a técnica correta de aferição da Pressão Arterial, bem como manuseio correto do material necessário para verificação da PA. 3.2.2. RESPIRAÇÃO Foi possível compreender a importância da respiração na manutenção da homeostasia. Aprendeu-se a técnica correta de verificação da Frequência Respiratória, além disso, tornou- se possível diferenciar os níveis de Frequência Respiratória. 6 3.3. AULA PRÁTICA Nº 3 PULSO E TEMPERATURA 3.3.1. PULSO Verificou-se o pulso de todos os componentes da bancada, atreves do método de palapação da artéria radial. 3.3.2. TEMPERATURA Conheceu-se níveis de referências normais de Temperatura e suas possíveis alterações. \ 3.4. AULA PRÁTICA Nº 4: REFLEXOS AUTONÔMICOS NA ESPÉCIE HUMANA 3.4.1. REFLEXO FOTOMOTOR Um aluno foi escolhido para esta prática. Este olharia fixamente para um ponto iluminado (lâmpada), por um período de 10 segundos. Verificou-se como estava sua pupila e logo após foi pedido que este aluno cobrisse os olhos com as mãos por 10 segundos, não deixando penetrar luz entre os dedos. Por fim, pediu-se que o aluno retirasse uma das mãos e depois a outra mão. 3.4.2. REFLEXO ESPINO-CELULAR Beliscou-se repentinamente a pele da nuca de um aluno e examinou-se o diâmetro de suas pupilas. 3.4.3. REFLEXO BRADICÁRDICO Verificou-se os sinais vitais de um discente antes dele mergulhar sua face em uma bacia com água fria durante quinze segundos. Logo após, verificou-se novamente seus sinais vitais. 3.5. AULA PRÁTICA Nº 5: REFLEXOS SOMÁTICOS 7 3.5.1 REFLEXO PLANTAR Esfregou-se a ponta de um objeto ao longo da planta do pé de um aluno. 3.5.2 REFLEXO CORNEAL Tocou-se a córnea do aluno com um lenço de papel. Por fim, tocou-se a esclerótica. 3.5.3 REFLEXO PATELAR Percutou-se o ligamento patelar do aluno. Pesquisou-se o reflexo patelar com a perna em diferentes graus de flexão. 3.5.4 REFLEXO AQUILEU Percutou-se o Tendão de Aquiles do discente. 3.5.5 REFLEXO TRICIPTAL Bateu-se com o martelo de borracha sobre o tendão de inserção do tríceps braquial do aluno. 8 4. RESULTADOS 4.1. APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO Ficou claro que todo e qualquer trabalho a ser desenvolvido dentro de um laboratório apresenta riscos, seja por produtos químicos, chama, eletricidade ou imprudência do próprio usuário, que pode resultar em danos materiais ou acidentes pessoais, que podem acontecer quando menos se espera. 4.2 PRESSÃO ARTERIAL E RESPIRAÇÃO 4.2.1 PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é um dos sinais vitais, e, quando alterada, pode acarretar em complicações sistêmicas graves. A aferição da pressão arterial permite guiar condutas terapêuticas individuais, monitorarprevalências populacionais e identificar fatores de risco associados à hipertensão arterial. Portanto, é fundamental que o profissional da área de saúde saiba mensurar e interpretar os valores pressóricos. Essa aula prática teve como objetivo ensinar aos alunos como aferir a pressão arterial e saber a influência, efeito, do exercício sobre a pressão arterial. Para essa prática foram utilizados o esfigmomanômetro e o estetoscópio (ver imagem 1 e 2 em apêndices). Após ter aferido a pressão arterial, dever ser comparados os achados com os valores tidos como normais. 4.2.2 RESPIRAÇÃO A respiração é o processo que ocorre as trocas de gases (oxigênio e gás carbônico), efetuada entre o organismo e o meio externo, que é verificada pelos movimentos respiratórios (inspiração e expiração). A prática teve o objetivo de conhecer a técnica de aferição os movimentos respiratórios, bem como os níveis pressóricos da respiração. Todos os alunos da bancada realizaram essa prática, a técnica utilizada baseia-se na observação dos movimentos 9 respiratórios, ou seja, a expansão e contração da caixa torácica. Tendo como resultado os seguintes valores: ALUNO MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS Letícia 20 Kleitiane 18 Maria Leide 20 Leonardo 21 Carla 18 Foi possível constatar que apesar dos alunos analisados estarem em boas condições de saúde e na mesma faixa etária, estes apresentaram valores diferentes; em sua maioria apresentaram frequência respiratória normal, apenas um dos alunos apresentou valor elevado da frequência respiratória, denominado taquipnéia. Podem ser consideradas as seguintes alterações no padrão respiratório: Apnéia: Cessação intermitente ou persistente da respiração Bradipnéia: Respiração lenta e regular Taquipnéia: Respiração rápida e regular Dispnéia: Dificuldade de respirar Sabe-se que vários fatores podem interferir na frequência respiratória, inclusive a idade: ESCALA DE VALORES NORMAIS DE ACORDO COM A IDADE Recém-nascidos 40 a 45 mrpm Lactentes 25 a 35 mrpm Pré-escolares 20 a 25 mrpm Escolares 18 a 22 mrpm 10 Homem (adulto) 16 a 18 mrpm Mulher (adulta) 18 a 20 mrpm 4.3 PULSO E TEMPERATURA 4.3.1 PULSO O pulso, segundo Guyton e Hall (2006), é característico da árvore arterial, e que será primordial na pressão gerado pela propulsão do sangue na mesma. Como primeiro passo, foi realizada a medição do pulso arterial a partir da palpação. Essa prática teve por objetivo observar a frequência cardíaca através da frequência do pulso uma vez que, em condições fisiológicas, elas são iguais. Conheceu-se a técnica adequada para verificação de Pulso, bem como as diferencias entre os níveis normais e alterações do mesmo: LIMITES DA NORMALIDADE (bpm) Homem 60-70 bpm Mulher 65-80 bpm Crianças 110-115 bpm Lactentes 115-130 bpm Recém-nascidos 130-140 bpm No que diz respeito às alterações da frequência cardíaca tem-se a seguinte nomenclatura e seus respectivos valores: Normocardia: frequência normal (65 a 80 bpm) Bradicardia: frequência abaixo do normal (<60 bpm) Taquicardia: frequência acima do normal (>100 bpm) Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico 11 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico A verificação do pulso foi realizada por todos os discentes da bancada, tendo como resultado os seguintes valores através do método palpatório do pulso radial: Aluno Batimentos por minuto- bpm Letícia 68 bpm Kleitiane 60 bpm Leonardo 72 bpm Maria Leide 60 bpm Carla 65 bpm Verificou-se na prática que os alunos apresentaram frequência de pulso normal considerando os valores de normalidade dos batimentos do coração de uma pessoa normal, que, em repouso tem cerca de 60 a 100 bpm (batidas por minutos). Os pontos interessantes que foram observados na análise dos dados foram que apesar dos participantes serem todos saudáveis e da mesma faixa etária, apresentaram frequências relativamente diferentes. Na questão do ritmo é importante lembrar que o coração saudável possui um sistema especial capaz de gerar impulsos elétricos rítmicos, conduzir esses impulsos e possibilitar que diferentes partes do ventrículo se contraiam simultaneamente, segundo Guyton; Hall (2006). E é justamente por conta disso que automaticamente o coração consegue manter os seus batimentos em ritmo. 4.3.2 TEMPERATURA Sabe-se que o ser humano é homeotérmico, isto é, possui a capacidade de manter a temperatura corporal dentro de uma faixa razoavelmente estreita (em torno de 36,5 °C), apesar das variações térmicas do ambiente. O equilíbrio térmico é conseguido através do balanço entre a perda e a produção ou aquisição de calor. Parte da energia liberada pelo 12 funcionamento normal dos órgãos internos e pelos músculos durante a atividade física é energia térmica (calor). Uma pessoa em repouso libera a cada segundo uma quantidade de calor correspondente a cerca de 90 joules. Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. Foi possível verificar na aula prática os valores utilizados na aferição da temperatura corporal, bem como os locais de aferição da mesma. A temperatura do corpo é registrada em graus célsius (centígrados), sendo considerados a seguir os valores de normalidade: Temperatura axilar: 35,5ºC a 37ºC Temperatura bucal: 36ºC a 37,4ºC Temperatura Retal (mais exata): 36ºC a 37,5ºC A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, etc. A febre pode ser dividida em: Leve: 37ºC a 37,5ºC Moderada: 37,5ºC a 38ºC Elevada: acima de 38,5ºC 4.4 REFLEXOS AUTONÔMICOS NA ESPÉCIE HUMANA 4.4.1 REFLEXO FOTOMOTOR O meio ambiente está em constante variação e para manter a homeostase entram em vigor dois sistemas: o sistema endócrino e o sistema nervoso visceral ou autônomo. O sistema endócrino é controlado por hormônios e possui ação demorada. Já o sistema nervoso autônomo é coordenado por ações reflexas e possui ação rápida e imediata. O sistema nervoso autônomo é também chamado de sistema nervoso de vida vegetativa, por estar relacionado com a constância do meio interno e corresponde a atitudes involuntárias. É responsável pela inervação e controle das estruturas viscerais, garantindo a constância do meio interno. O sistema opera através de reflexos viscerais, ou seja, sinais 13 sensoriais (via aferente) de um órgão visceral podem entrar no centro de integração e retornar como respostas reflexas subconscientes (via eferente) para o órgão visceral (efetuador). Entre os centros de integração há os gânglios autônomos, tronco cerebral e o hipotálamo. O sistema nervoso autônomo é dividido de acordo com os sinais autônomos eferentes em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Geralmente, os dois sistemas agem de forma antagônica, enquanto um excita um órgão o outro inibe. Assim, o simpático causa dilatamento das pupilas (midríase) e taquicardia (aumento da frequência cardíaca), já o parassimpático causa contração da pupila (miose) e bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) quando ambos são estimulados. De acordo com Guyton (2006) algumas das funções viscerais controladas pelo sistema nervoso autônomo são: motilidade gastrointestinal, temperatura corporal, esvaziamento da bexiga, sudorese, controle da pressão arterial. Desta forma, a experiência possibilitouobservar os reflexos autônomos viscerais no ser humano, diferindo-os de simpático e parassimpático. Durante a prática do reflexo fotomotor direto, constatou-se que ao olhar-se diretamente para uma fonte luz, ocorre uma constrição ou diminuição do diâmetro da pupila. Portanto, ao fechar um dos olhos durante 10 segundos e depois abrir novamente, constatou-se a ocorrência de uma dilatação ou aumento do diâmetro da pupila. Quando se incide uma luz sobre os olhos, observa-se que ocorre a contração da pupila. A luz excessiva que entra nos olhos estimula uma via reflexa que é controlada pelo sistema parassimpático. Dessa forma, a via eferente parassimpática traz a informação de contrair o músculo circular da íris provocando a miose. Este reflexo é importante para proteger a retina do excesso de luz. Por outro lado, na ausência de luz, como quando fechamos as mãos sobre os olhos, observa-se que a pupila se dilata (midríase). Isso ocorre, porque o sistema simpático prevalece sobre o sistema parassimpático, que não é estimulado por não haver luz excessiva. A midríase é importante para a retina captar uma maior quantidade de raios luminosos possíveis quando o ambiente está escuro. O primeiro reflexo citado acima é um reflexo fotomotor direto ou à luz, pois é estimulado por luz intensa e provoca a ação no mesmo olho que está recebendo a luz. Ao se incidir a luz sobre um dos olhos do indivíduo normal verifica-se, depois de curto período de latência, a contração da pupila do mesmo olho estimulado (reflexo fotomotor direto) e também a contração, simultânea e de mesma amplitude, da pupila do olho 14 contralateral não estimulado (reflexo fotomotor consensual). A via nervosa que media este fenômeno é a via do reflexo pupilar fotomotor, sendo assim constituída: epitélio neurossensorial (cones e bastonetes), células bipolares, células ganglionares, camada de fibras nervosas retinianas, nervo óptico, quiasma óptico, no qual há parcial decussação de suas fibras, trato óptico, mesencéfalo. Toda esta sequência de elementos representa o braço aferente. Dentro do mesencéfalo desenvolve-se o neurônio intercalar que hemidecussa e articula o braço aferente com o braço eferente. Este é formado pelo núcleo de Edinger- Westphall, III nervo, gânglio ciliar, onde existe sinapse, nervos ciliares, os quais vão inervar o músculo esfíncter iriano e o músculo ciliar. Esta disposição anatômica explica porque a estimulação luminosa de um olho provoca miose simultânea em ambos os olhos. Entretanto o braço eferente recebe também influências não decorrentes de estimulação luminosa. Se não houver reflexo fotomotor direto e consensual podemos dizer que há lesão do II par de nervos cranianos. No entanto, se não houver reflexo fotomotor direto, mas houver consensual, podemos inferir que há uma lesão no III par de nervos cranianos e não do II par. Aproveitando a prática do reflexo fotomotor pode-se também observar se as pupilas apresentam o mesmo tamanho em cada olho, isto é, se elas são isocóricas (ver imagen 3 em apêndices). O fenômeno em que as pupilas não apresentam tamanhos iguais é chamado de anisocoria. Embora a anisocoria possa ser congênita, ela é um grande indicativo de hematomas no encéfalo, sobretudo se o paciente simultaneamente estiver em estado de coma. 4.4.2 REFLEXO ESPINO-CILIAR A dor e o medo provocado pelo ato de beliscar causam períodos de excitação que estimulam o sistema nervoso simpático que prevalece sobre o parassimpático, assim a pupila dilata-se. Esse é o reflexo espino-ciliar (ver imagem 4 em apêndices). 4.4.3 REFLEXO BRADICÁRDICO Foi realizado o reflexo bradicárdico, que tomou como base as medidas da pulsação dos indivíduos examinados em duas etapas. No experimento a artéria utilizada foi a radial, que fica situada no prolongamento da linha do polegar, junto ao osso rádio. 15 Observou-se que a frequência dos batimentos cardíacos dos indivíduos examinados diminuiu após a imersão da face em uma bacia de água fria (ver imagem 5 e 6 em apêndices). Foi possível obter os seguintes resultados: ALUNO ANTES DEPOIS Pedro 27 bpm 17 bpm Melcíades 21 bpm 17 bpm Teófilo 25 bpm 18 bpm A face fria estimula o nervo trigêmeo que manda a informação até o núcleo do trigêmeo que se localiza próximo ao núcleo do nervo vago que é um nervo exclusivamente do sistema nervoso autônomo parassimpático. Há, então, a estimulação deste nervo que manda a mensagem para o coração liberando acetilcolina que se liga aos receptores muscarínicos, e dessa forma, faz com que as proteínas G se liguem a eles, abrindo os canais de potássio e hiperpolarizando o coração, e finalmente, provocando a diminuição dos batimentos cardíacos. 4.5 AÇÕES REFLEXAS NA ESPÉCIE HUMANA 4.5.1 REFLEXO PLANTAR Os atos reflexos ou simplesmente reflexos são respostas automáticas, involuntárias a um estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão receptor, é enviado à medula através de neurônios sensitivos ou aferentes. Na medula, neurônios associativos recebem a informação e emitem uma ordem de ação através dos neurônios motores. Os neurônios motores ou eferentes chegam ao órgão efetor que realizará uma resposta ao estímulo inicial. Esse caminho seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um ato reflexo é chamado arco reflexo. O reflexo plantar é um estímulo de pressão que toma como referência a planta do pé. A resposta mais frequente a este estímulo é a flexão plantar dos pododáctilos. A extensão dos pododáctilos no reflexo plantar em adultos é chamada de sinal de Babinsky e pode indicar lesão superior no neurônio motor da medula espinhal na região torácica ou lombar, ou pode 16 indicar doença cerebral - constituindo lesão no trato corticoespinhal, exceto em crianças de até dois anos de idade, nas quais é normal. Iniciou-se a referida aula prática utilizando-se como voluntário um dos integrantes da bancada disposta para a aula prática de fisiologia. Primeiramente, com o auxílio da região pontiaguda de um bocal de caneta, esfregou-se a parte a medial da planta do pé de um voluntário, observando e anotando atentamente sua reação. Essa é uma técnica essencial para a detecção de doenças na fase neonatal e adulta, a exemplo do sinal de Babinski, alguns comportamentos reflexos são típicos do recém-nascido, enquanto outros são comuns durante toda a vida. Dentro desse contexto o reflexo plantar possui como resposta saudável em adultos, uma contração angular caracterizando uma flexão- plantar (tomando por base a planta do pé), ao passo que no recém-nascido saudável a contração angular corresponde a uma patologia e a extensão do pé com abertura dos dedos em forma de leque representa que o bebê é saudável. Isso se explica a partir do fato de que no bebê as fibras ainda estão mielinizando, pois seu sistema nervoso não está completamente desenvolvido. O sinal de Babinski se refere à resposta do tipo extensora em adultos. 4.5.2 REFLEXO CORNEAL O reflexo corneal é dado pelo V nervo e a resposta do fechamento das pálpebras é função do nervo facial. A prática dessa experiência é importante, pois a partir dela é possível observar se houve paralisia ou não do nervo facial. O comprometimento do nervo impossibilitará o fechamento da pálpebra, esta permanece aberta e o olho roda, reflexivamente, para cima constatando-se o sinal de Bell. (CAMPBELL, 2007) Este reflexo é importante para proteger o globo ocular contra a entrada de corpos estranhos que possam vir a prejudicá-lo. Para o desenvolvimento dessa prática, foi utilizado um dos membros da bancada. No reflexo corneal, observou-se que ao toque da córnea, o indivíduoresponde piscando o olho. Posteriormente, constatou-se que o ato de piscar em resposta ao toque da esclerótica esteve presente, porém ocorreu de forma menos brusca que no toque da córnea. 4.5.3 REFLEXO PATELAR 17 O reflexo patelar é a contração do músculo quadríceps femoral, com consequente extensão do joelho, em resposta a percussão do tendão patelar. A contração do quadríceps causa um movimento rápido para cima, juntamente com a extensão da perna. Se o paciente encontra-se tenso ou apresenta resposta patelar fraca, realiza-se a manobra de Jendrassik, fazendo o paciente agarrar suas próprias mãos, uma na outra, puxando-as vigorosamente, isso permite a facilitação dos reflexos. A ausência do reflexo patelar é designado como sinal de Westphal. Um reflexo invertido pode ser visto em lesões do nervo ou das raízes nervosas que caracteriza reflexo miotático invertido. (CAMPBELL, 2007). A resposta reflexa identificada nessa experiência foi a extensão do joelho e concluiu- se que foi mais efetiva quando o ângulo de flexão do membro inferior era próximo de 90°. Quando em ângulo maior que 90° a resposta encontrada foi pouco visível, e a um ângulo menor que 90° não foi detectado nenhum tipo de resposta por parte do indivíduo pesquisado. 4.5.4 REFLEXO AQUILEU Assim como no reflexo patelar, o reflexo aquileu faz-se necessário para a detecção de afecções da região lombar. No reflexo aquileu, a percussão do martelo sobre os tendões calcâneos direito e esquerdo gerou a mesma resposta, a flexão plantar do pé, ou seja, o pé se moveu em direção à sua superfície plantar, caracterizando assim uma flexão plantar súbita e involuntária. 4.5.5 REFLEXO TRICIPTAL A percussão do martelo no tendão de Aquiles provoca a contração dos músculos crurais posteriores, o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar, causa flexão do pé no tornozelo. Quando há disseminação reflexa, bater no tendão de Aquiles pode causar flexão do joelho. O reflexo aquiliano tende a diminuir com a idade. (CAMPBELL, 2007) A prática do reflexo tricipital testa o nervo radial que surge dos segmentos da medula espinhal C7 e T2. O reflexo do tríceps invertido ou paradoxal consiste em flexão do cotovelo em resposta a percussão do tendão do tríceps. Essa resposta aparece quando o arco aferente do reflexo do tríceps é lesado como nas lesões do sétimo e oitavo segmentos cervicais, 18 especialmente quando há um elemento de espasticidade, como na espondilose cervical com radiculomielopatia. (CAMPBELL, 2007). Percutiu se o nervo radial que surge dos segmentos da medula espinhal C7 e T2. Disparando-o através de uma batida no tendão de inserção do músculo tríceps. Observou-se como resposta normal corresponde a uma ligeira extensão do cotovelo do discente. Nas respostas reflexas, a contração decorre de estimulação dos órgãos sensoriais no músculo, quer direta ou indiretamente por um estímulo aplicado aos seus tendões, ao osso ao qual ele está fixado ou à pele sobrejacente. (CAMPBELL, 2007). 5 CONCLUSÃO As atividades práticas em Fisiologia foram de suma importânica pra agregar conhecimento aos discentes, já que foi possível desenvolver e integrar os conhecimentos adquiridos através das aulas teóricas. Os alunos foram estimulados a raciocinar e a buscar informações de modo autônomo, para que, assim, alcance o espírito crítico necessário à vida acadêmica e posteriormente profissional. Com sabe nessas informações conclui-se que é de fundamental importância aliar a teoria com as aulas práticas, pois dessa forma o acadêmico pode adquirir mais conhecimento, entendendo como ocorre o funcionamento do corpo humano comprovar na prática tudo que foi repassado na teoria. 19 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPBELL, W. W. O exame neurológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. <http://www.brasilescola.com/biologia/fisiologia.htm> (Acesso em 27 de Novembro de 2014 às 10h25min.). < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsygAK/sinais-vitais?part=3> (Acesso em 4 de Dezembro de 2014 às 15h41min). <http://fisiologiaessencial.blogspot.com.br/p/introducao-fisiologia.html> (Acesso em 27 de Novembro 2017 às 11h18min). GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 2ª edição. São Paulo. Editora Atheneu, 2002. 20 7. APÊNDICES Imagem 1. Aferição da Pressão Arterial Imagem 2. Verificação dos sinais vitais após exercício 21 Imagem 3 Reflexo fotomotor Imagem 4.Reflexo espino-ciliar 22 Imagem 5. Imersão da face em bacia com água: Reflexo bradicárdico Imagem 6. Verificação do pulso após imersão da face em uma bacia com água
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