Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA/CCS DISCIPLINA: FISIOLOGIA PROFESSOR: ANCÁCIO VÉRAS JOSÉ PEDRO DE SALES JÚNIOR AÇÕES REFLEXAS SOMÁTICAS E VISCERAIS NA ESPÉCIE HUMANA Teresina, Abril/2021. 2 JOSÉ PEDRO DE SALES JÚNOR AÇÕES REFLEXAS SOMÁTICAS E VISCERAIS NA ESPÉCIE HUMANA Relatório apresentado referente ao TE (teste experimental) realizado na turma remota de Nutrição. Orientador: Prof. Dr. Acácio Veras Teresina, Abril /2021 3 SUMÁRIO OBJETIVO GERAL.................................................................................................................4 INTRODUÇÃO........................................................................................................................5 MATERIAL E MÉTODO.........................................................................................................6 RESULTADO...........................................................................................................................7 DISCUSSÃO.............................................................................................................................8 CONCLUSÃO.........................................................................................................................10 REFRENCIAS.........................................................................................................................11 4 OBJETIVO GERAL Estudar algumas manifestações reflexas somáticas e viscerais. Objetivos específicos Observar as manifestações reflexas somáticas e viscerais. Comparar e analisar o resultado das observações em relação aos reflexos somáticos e viscerais 5 INTRODUÇÃO O sistema nervoso representa uma rede de comunicação e controle que permite que os seres vivos interajam com o ambiente de maneira adequada. Este ambiente inclui o ambiente externo (o mundo fora do corpo) e o ambiente interno (os componentes e cavidades do corpo). O sistema nervoso pode ser dividido em áreas centrais e periféricas, cada uma delas com subdivisões. O sistema nervoso periférico (SNP) representa a interface entre o meio ambiente e o sistema nervoso central (SNC). Inclui neurônios sensoriais (ou aferentes primários), neurônios motores somáticos e neurônios motores autônomos. As funções gerais do sistema nervoso incluem detecção sensorial, processamento de informações e expressão comportamental. Outros sistemas, como os sistemas endócrino e imunológico, também têm algumas dessas funções, mas o sistema nervoso é especializado nessas funções. A detecção sensorial é o processo pelo qual os neurônios convertem a energia ambiental em sinais neurais. Ele é captado por neurônios especiais chamados de receptores sensoriais, e diversas formas de energia podem ser sentidas, incluindo energia mecânica, luminosa, acústica, química, térmica e elétrica em certos animais (BERNE & LEVY, 2009). O ato reflexo é a resposta automática do organismo a estímulos externos. Os neurônios sensoriais ou aferentes, cujo os corpos estão localizados nos gânglios sensoriais conduzem até a medula espinhal ou tronco cerebral, os impulsos nervosos se originam dos receptores localizados na superfície (como a pele) ou dentro (órgãos internos, músculos e tendões) do ser vivo. A extensão desses neurônios é conectada diretamente ou por meio de neurônios relacionados a neurônios motores (somático ou vísceras), conduzindo os impulsos para músculos ou glândulas, formando sinapses únicas ou múltiplos arcos reflexos sinápticos (MACHADO, 1993). Os reflexos podem ser de integração em nível de medula, como os reflexos de estiramento, envolvendo além da via aferente e da via eferente, interneurônios, os neurônios de associação na medula, ou podem ser de integração em nível de tronco encefálico, como os reflexos viscerais: reflexo córneo palpebral, lacrimal, fotomotor direto, fotomotor consensual e reflexo do vômito. Há uma importância em conhecer os reflexos observados em condições normais no ser humano quando determinados estímulos são aplicados em partes específicas de seu corpo. A partir dessa observação torna-se possível perceber a integridade das estruturas que compõem o arco reflexo e a presença ou ausência de alterações na resposta reflexa permitem investigar uma suspeita de lesão neurológica. 6 MATERIAL E MÉTODO A observação dos reflexos viscerais e somáticos foi feita de maneira remota por meio de vídeos demonstrativos e foram descritas e analisadas pelo professor durante a aula. 1.REFLEXOS SOMÁTICOS: Reflexo corneal: para obter o reflexo corneal a córnea foi tocada gentilmente com a ponta de um lenço de papel. Reflexo plantar: esfregou-se a ponta de um objeto ao longo da planta do pé, próximo ao lado medial. Reflexo patelar: o ligamento patelar foi batido levemente com um martelo de borracha. A pessoa estava sentada de forma que as pernas balançavam livremente. Reflexo aquileu: O tendão de Aquiles foi submetido a uma ligeira percussão. A pessoa estava com os joelhos apoiados sobre uma cadeira enquanto o pé estava relaxado. Foi repetido com os dois membros. Reflexo tricipital: O tendão de inserção do tríceps braquial foi submetido a uma leve batida. A pessoa estava com o braço repousando sobre uma das mãos do examinador de forma que o antebraço balançava livremente. 2.REFLEXOS VISCERAIS: Reflexo fotomotor: a pessoa olhou para um ponto iluminado. Depois foi pedido que o mesmo cobrisse os olhos com as mãos durante um tempo, não deixando penetrar luz entre os dedos nem comprimindo os globos oculares, os olhos permaneceram abertos. Ele retirou rapidamente uma das mãos e, na mesma fração de segundo, foi observado o que acontece com o diâmetro da pupila recém-descoberta. Reflexo espino-ciliar: beliscar, com o grau de surpresa possível, a pele da “nuca” do aluno examinado e verificar o que sucede com os diâmetros das pupilas. Reflexo bradicárdico: O terceiro reflexo analisado foi o bradicárdico onde durante 30 segundos, dois examinadores determinaram de forma secreta e simultânea a frequência cardíaca onde apalpou-se os pulsos das artérias radiais do voluntário. Em seguida, e sem que tenha deixado de ter os pulsos palpáveis, o voluntário mergulhou a face em numa bacia com água um pouco fria, durante 15 segundos. Após isto, aguardou 5 segundos e, da mesma forma anterior, determinou novamente a frequência de pulso por 30 segundos. 7 RESULTADO 1.I – Reflexo corneal Após o toque do lenço de papel na córnea as pálpebras de ambos os olhos, o estimulado e o não estimulado, se fecharam, o mesmo acontece com o outro olho. 1.II – Reflexo plantar O contato do objeto com o pé do indivíduo avaliado estimula uma flexão dos dedos. 1.III – Reflexo patelar A batida do martelo na patela inicia o estiramento do músculo quadríceps femoral, fazendo a perna se estender subitamente. 1.IV – Reflexo aquileu A percussão do martelo ao nervo causa uma pequena flexão plantar. 1.V – Reflexo tricipital Com a percussão do martelo ao nervo, foi estimulada uma extensão do antebraço. 2.I – Reflexo fotomotor A incidência da luz sobre o globo ocular causa uma contração da pupila. 2.II – Reflexo espino-ciliar O beliscão na nuca causa a dilatação dos olhos e deixa a pele do indivíduo eriçada. 2.III – Reflexo bradicárdico Houve uma redução dos batimentos cardíacos após o indivíduo mergulhar o rosto na água fria. 8 DISCUSSÃO 1.REFLEXOSSOMÁTICOS O reflexo da córnea é causado pelo V nervo, e a reação de fechamento da pálpebra é função do nervo facial. A prática dessa experiência é muito importante, pois pode-se observar se o nervo facial está paralisado. A pálpebra não pode ser fechada devido ao envolvimento do nervo. Ela permanece aberta e o olho gira para cima, confirmando o sinal de Bell. Essa reflexão ocorre através do axônio motor, que ativa o grupo muscular após a estimulação. Portanto, podemos definir o reflexo da córnea como o piscar repentino devido ao contato com a córnea. É importante proteger o globo ocular de objetos estranhos que podem prejudicá-los. (CAMPBELL, 2007). O reflexo plantar é um estímulo de pressão, tendo a planta dos pés como referência. A resposta mais comum a esse estímulo é a flexão plantar dos dedos dos pés. A extensão dos dedos dos pés no reflexo plantar em adultos é chamada de sinal de Babinsky. Pode indicar presença da doença do neurônio motor espinhal no tórax ou na região lombar, ou pode indicar que a doença do cérebro constitui uma doença do trato corticoespinhal, a menos que seja uma criança normal com menos de dois anos de idade. Quando um músculo normal é alongado passivamente, suas fibras se contraem e resistem ao alongamento. O alongamento pode ser causado pela gravidade, manipulação ou outros estímulos. Na resposta reflexa, a contração é causada pela estimulação dos órgãos sensoriais do músculo, direta ou indiretamente, pela estimulação do tendão, do osso ao qual está aderido ou da pele sobrejacente. (CAMPBELL, 2007). O reflexo patelar é a contração do músculo quadríceps, seguida pela extensão da articulação do joelho, em resposta ao impacto do tendão. A contração do quadríceps fará com que as pernas se esticam e se movam rapidamente. No reflexo patelar o receptor é mais profundo do que os dois primeiros. Pertencem ao tipo de proprioceptores, geralmente localizados principalmente nas articulações, músculos e tendões.A falta ou enfraquecimento desse reflexo é chamado de sinal de Westphal. Quanto maior o ângulo, mais eficaz é a resposta do reflexo. (CAMPBELL, 2007). A percussão do martelo no tendão de Aquiles provoca os músculos crurais posteriores, gastrocnêmio, sóleo e plantar a se contrairem, fazendo com que o pé se flexione no tornozelo. Quando o reflexo se espalha, atingir o tendão de Aquiles pode fazer com que o joelho dobre. Os reflexos do tendão de Aquiles geralmente diminuem com a idade. Assim como o reflexo patelar, o reflexo de Aquiles também é essencial para detectar doenças na região lombar. (CAMPBELL, 2007). O reflexo do tríceps invertido ou paradoxal inclui o cotovelo que flexiona em resposta ao impacto do tendão do tríceps. Quando o arco aferente do reflexo do tríceps é lesado (como no sétimo e oitavo segmentos cervicais), especialmente quando há fatores espásticos, como espondilose cervical com radiculomielopatia, haverá esse tipo de reação. O reflexo tricipital é mediado pelos segmentos medulares C6-C7-C8 e pelo nervo radial. (CAMPBELL, 2007). 9 2.REFLEXOS VISCERAIS Quando a luz atinge a retina, o impulso gerado passa pelo nervo óptico para chegar ao sistema nervoso central e retorna pelo nervo parassimpático para promover a contração do esfíncter da íris, que causa o encolhimento das pupilas (GUYTON & HALL, 2006). Por outro lado, a midríase, dilatação da pupila, ocorre devido à perda da inervação parassimpática do esfíncter, enquanto a influência da inervação simpática do dilatador não é suprimida. O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é gerada é convertida em impulsos nervosos, que são transmitidos ao cérebro. (JOHNSON, 2000). O reflexo espino-ciliar é causado pela dor e o susto causado pela ação de beliscar, e isso vai causar um período de excitação, que estimula o sistema nervoso simpático, que está contido no nervo parassimpático e causa dilatação da pupila. (HENRIQUES & LEÃO,1976) O nodo sino atrial é o marca-passo fisiológico do coração e sua frequência de despolarização reflete a frequência cardíaca em todo o corpo. O nodo tem dois tipos de inervação, simpático e parassimpático, que operam reciprocamente para controlar a frequência cardíaca. Portanto, o aumento da atividade simpática aumenta a frequência cardíaca, aumentando a atividade parassimpática, a diminui. Ao entrar em uma condição onde a temperatura está bem abaixo do normal, o sistema nervoso parassimpático é ativado, submetendo o indivíduo a uma condição de bradicardia dada pelo lançamento do mediador químico "acetilcolina" pelas fibras colinérgicas o sistema nervoso parassimpático no coração, causando uma diminuição na pressão arterial. (CONSTANZO, 2007). 10 CONCLUSÃO Tendo em vista a análise e discussão dos dados obtidos a partir do teste experimental é possível aferir que os estudos dos reflexos somáticos e viscerais são de suma importância para um rápido, porém relativamente preciso diagnóstico em relação a patologias ou lesões associadas ao sistema nervoso, com a identificação prévia de tais ocorrências elas podem ser tratadas de modo mais eficiente pelos profissionais da saúde. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERNE e LEVY. Fisiologia. Tradução da 7ª Edição. Editores Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018. Borges, L.A. Matsumoto,K., Garcia,F.C. ; Hubner,A. Trindade,G.S. AVALIAÇÃO DO REFLEXO BRADICÁRDICO NO HOMEM DURANTE C MERGULHO. Setor de Biofísica, DCE-FURG,Rio Grande do Sul, 1992. CAMPBELL, W. W. O exame neurológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2007. COSTANZO, L.S. Fisiologia. 6ª Edição, Editora Elsevier, 2018. GUYTON, A.C. e Hall J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. HENRIQUES, Fernando Guilhon; LEÃO, Iturialdi Azevedo. Reflexo cilioespinhal no homem. Arq. Neuropsiquiatria, São Paulo , v. 34, n. 3, p. 258-265, Sept. 1976. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_ arttext & pid=S0004-282X1976000300006\ lng= en\ nrm=iso>. Acesso em: 25 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0004-282X1976000300006. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007. REFLEXO aquileu (Manobra 1), 2016.1 vídeo (30 seg). Postado pelo canal Semiologia em foco. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=bikFFrx8BOE. Acesso em:24/04/21 REFLEXO corneano, 2019.1 vídeo (27 seg). Postado pelo canal Semiologia em foco. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JhnXG331Njc. Acesso em:24/04/21 REFLEXO plantar, 2019.1 vídeo (39 seg). Postado pelo canal Semiologia em foco. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XgwfoGht6dQ. Acesso em:24/04/21 REFLEXO patelar, 2016.1 vídeo (24 seg). Postado pelo canal Semiologia em foco. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eKCPFQOy9mo. Acesso em:24/04/21 REFLEXO tricipital, 2019.1 vídeo (19 seg). Postado pelo canal Semiologia em Ação. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=SpWuoJtqALI. Acesso em:24/04/21 SIMETRIA e reflexos pupilares, 2019.1 vídeo (48 seg). Postado pelo canal Semiologia em foco. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=5vkh_luKxAk. Acesso em:24/04/21
Compartilhar