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OXIGENIOTERAPIA
Luciana F. F. Januzzi
OXIGÊNIO
 Constitui o ar ambiente em 20,7%.
 É um ametal.
 Gás comburente.
 DO2 – oferta de O2 aos tecidos.
DO2=DC X CaO2
O2 ligado a Hg + O2 dissolvido
Definição
Consiste na administração de oxigênio em concentrações maiores do que a encontrada em ar ambiente.
INDICAÇÕES
Prevenir ou tratar as manifestações clínicas da hipóxia mantendo adequada oxigenação tecidual.
Minimizar o trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiopulmonar.
Outros: traumatismos severos, infarto miocárdio,angina instável, recuperação pós anestésica, insuficiência respiratória.
HIPOXEMIA
 Adultos, crianças e lactentes – PaO2<60mmHg ou satO2<90%.
 Neonatos – PaO2 < 50mmHg com satO2 < 50%.
 Causas: 
	- Alterações ventilação\perfusão: pneumonias, atelectasia, TEP.
	- Hipoventilação: Alterações SNC, deformidades de caixa torácica ou DNM.
	- Distúrbios de difusão: espessamento da membrana alveolo-capilar.
 	- Shunt.
	- outros: altitude, baixo DC, choque, diminuição ou alteração da hemoglobina.
CONTRA INDICAÇÕES 
 Não existem contra indicações absolutas a oxigenioterapia, quando as indicações estão presentes.
PRECAUÇÕES E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
 Com a PaO2 > ou = a 60mmHg, pode ocorrer uma depressão na respiração espontânea para pacientes com a PaCO2 elevada, além da piora da acidose respiratória.
 Com FiO2> ou = a 5litros podem levar à atelectasia por absorção, efeitos tóxicos do oxigênio/ou depressão ciliar.
 Há risco de possível contaminação associada aos sistemas de nebulização e umidificação.
 Formação de radicais livres e liberação de substâncias vasoativas/inflmatórias.
ÍNDICES DE OXIGENAÇÃO
 FiO2 adequadas para propiciar uma oxigenação ideal.
 Fração de Shunt:
CcO2= gHb x 1,34ML DE O2 X ScO2 + (0,003 x PAO2)
Valores fisiológicos (2-5%).
QT X CaO2 = QS X CvO2 + (QT – QS) X CcO2
 Relação PaO2/ FiO2
Normal > 300.
 Gradiente alvéolo arterial de O2:
G(A-a)= 2,5+ (0,21X idade em anos)
G(A-a)= PAO2- PaO2
ÍNDICES DE OXIGENAÇÃO
PAO2=(PB – PH2O) XFiO2 – (PaCO2/R)
Valores maiores: trocas gasosas alteradas.
Valores normais nem sempre trocas gasosas adequadas.
 PO ideal= 109- (0,43X idade)
 FiO2 ideal= (FiO2 conhecida X PaO2ideal)
ÍNDICES DE OXIGENAÇÃO
PaO2 conhecida
ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO 
 
SISTEMA DE BAIXO FLUXO
 O fluxo inspiratório do paciente é maior do que o liberado, logo tem-se maior diluição aérea.
 A FiO2 é extremamente variável e imprevisível, depende do padrão ventilatório do paciente.
 Depende da existência de um reservatório anatômico (cavidade nasal e oral) ou artificial de oxigênio, do fluxo de gás fornecido, da freqüência respiratória, do volume corrente e do volume minuto do paciente.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
Cânulas ou ‘prongas nasais’ - pequenos tubos introduzidos de 0,5 a 1 cm nas narinas, com FiO2 variável, dependendo do fluxo e do padrão ventilatório do paciente .
 O fluxo não deve ultrapassar 5 L/min, porque ocorre irritação da mucosa nasal. 
 O volume inspirado é a mistura do O2 da cânula ( baixo fluxo e alta concentração) e o volume de ar ambiente ( alto fluxo e baixa concentração). O resultado é uma discreta elevação da FiO2. 1l -24%; 2l- 28%; 3l- 32%; 4l-36%; 5l- 40%.
SISTEMA DE BAIXO FLUXO
 
 
Máscara simples: Utilizam o artifício de aumentar o reservatório artificial de oxigênio, permitindo uma maior inalação de gás inspirado.
 Apresentam um reservatório de 100 a 200ml de oxigênio.
 Fluxos de 5-8l/ min.
 FiO2 40% - fluxo 5-6l/min; FiO2 50% - fluxo 6-7l/min; FiO2 60% - fluxo 7-8l/min.
 Fluxos inferiores a 5l/min aumentam o risco de reinalação de CO2 e devem ser evitados.
 As máscaras apresentam pequenos orifícios para permitir a entrada e saída de gases.
Máscaras com reservatório: são máscaras acopladas a uma bolsa inflável que armazenam oxigênio a 100% na expiração. Na inspiração o oxigênio é inalado do reservatório.
 Fluxo 7 a 10 l\min.
 FiO2 60-100% dependendo do padrão ventilatório do paciente.
 O fluxo deve ser suficiente para impedir o colapso da bolsa.
TENDA FACIAL:
Conhecida como máscara de macronebulização.
 Fluxos de 6 a 15l/min.
 FiO2 21-40%.
 Indicada para pacientes com trauma facial ou para aqueles que não toleram a máscara facial.
COLAR DE TRAQUEOSTOMIA:
 Conhecida como máscara de traqueostomia.
 Fluxos de 6-15l/min.
 FiO2 de 35-60%.
 Indicado para pacientes traqueostomizados.
 O fluxo é variável, porém a FiO2 é fixa.
 Os dispositivos misturam ar e oxigênio para determinar uma concentração necessária.
SISTEMAS DE ALTO FLUXO
Máscara de Venturi um alto fluxo de oxigênio é conduzido por um tubo intermediário com orifícios variáveis na lateral. Quanto menor for o orifício e maior o jato de entrada maiores serão as concentrações oferecidas de oxigênio. Fluxo suficiente para exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente.
 A concentração de oxigênio é obtida através da troca de peças de entrada de jato de oxigênio.
Pacientes que precisam de concentrações exatas de oxigênio.
Venturi
HOOD ou tenda ou capacete de O2:
 Indicada para RN ou crianças pequenas.
 Promove a mistura de de ar comprimido e oxigênio, permitindo o controle exato da concentração desejada.
 Indicada para pacientes que possuem um volume minuto elevado e necessitam de concentrações altas de oxigênio.
 Fio2 = Fluxo Ar x 0,21 + Fluxo O2 x 1
 Ar + O2 (litros)
SISTEMA DE ALTO FLUXO
Definições importantes
	 Saturação de O2 : quantidade de O2 na Hb comparada à quantidade presente se Hb estivesse totalmente saturada. normal no Rn - 85 a 95 %.
	 Concentração inspirada de O2 : % de O2 ambiental
 	 Fio2 = Fluxo Ar x 0,21 + Fluxo O2 x 1
 Ar + O2 (litros)
métodos de mensuração de O2
meio ambiente : oxímetro , blender , respirador
meio circulante : gasometria arterial, saturímetro, PO2 transcutâneo
COMPLICAÇÕES 
Sistemas Acometidos
Hemácias : risco de hemólise
SNC : necrose neuronal + proliferação endocapilar
Retina : fibroplasia retrolental
Pulmão : broncodisplasia

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