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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO MECÂNICA III Eng° Marcos Santos – Esp. Recife/PE, Agosto de 2015 FUNDAMENTOS METALÚRGICOS DA CONFORMAÇÃO A Metalurgia da Deformação Sistemas de deslizamento Plano mais compactos x Direções compactas CFC CCC HC {111} 110 4x3=12 sistemas {110} 111 6x2=12 sistemas Plano Basal {0001} 1120 1x3=3 sistemas 4 Planos {1 1 1} e 3 direções <1 1 0> 6 Planos {1 1 0} e 2 direções <1 1 1> DEFORMAÇÕES DOS METAIS (a) Tração (b) Compressão Metal Tensão máx. teórica (N/mm2) Tensão máx. medida (N/mm2) Ferro puro 137.900 344 Alumínio puro 34.475 69 Cobre puro 68.950 172 Defeitos Pontuais nas Estruturas Solutos intersticiais Solutos substitucionais MOVIMENTAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS O esforço para arrastar um tapete é menor, restringindo-se a região em movimento. O CIRCUITO E O VETOR DE BURGERS INTERAÇÕES ENTRE DISCORDÂNCIAS Atração e aniquilamento Discordâncias : Esforços Envolvidos Regiões de tração e compressão ao redor da discordância Interação entre discordâncias Repulsão DEFEITOS DE LINHA DISCORDÂNCIAS EM CUNHA Obs.: A movimentação das discordâncias são responsáveis pela deformação plástica dos metais. Com a geração de mais discordâncias ( aumento da densidade de discordâncias) cada discordância dificulta o movimenta das outras, aumentando a resistência e reduzindo a ductilidade (encruamento). O vetor de deslocamento (vetor de Burgers) é perpendicular ao defeito de linha DISCORDÂNCIA HELICOIDAL Discordância helicoidal (estão mostradas as células unitárias). O vetor de deslocamento (vetor de Burgers) é paralelo ao defeito de linha. Formação de discordância: (a) Inicio da movimentação da discordância. (b - d) Aumento da linha da discordância com o aumento no cisalhamento. Quando a curva se fecha em si mesma, forma-se uma segunda curva. (a) (b) ( c) (d) Geração de discordâncias pelo mecanismo de Frank-Read O material deformado a frio apresenta ENCRUAMENTO, representado pelo aumento do limite de escoamento. Descarregamento, obtendo aumento de comprimento (deformação plástica) e conseqüentemente aumento da densidade de discordâncias. Deformação até ~8%, em tração uniaxial Deformação plástica: Durante a deformação plástica, há aumento da densidade de discordâncias. Quanto maior a densidade de discordâncias, maior a chance de interações entre estas, bloqueando seu movimento. Assim, QUANTO MAIOR A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA APLICADA A UM METAL, MAIOR A DIFICULDADE EM CONTINUAR ESTA DEFORMAÇÃO. Deformação por discordâncias Deformação por maclação Maclas (“twins”): Ocorrem em metais CFC (a exceção do Al) DEFORMAÇÃO DOS METAIS O “caldo de átomos” Temperatura > 1500o C SOLIDIFICAÇÃO Pequenos cristais começam a solidificar Grãos ou Cristais solidificados Resfriamento mais lento = Cristais maiores Os grãos podem ser observados melhor com auxílio de um microscópio metalográfico. Contorno de Grão de baixo ângulo e alto ângulo AVALIAÇÃO QUE TIPO DE SOLUÇÃO SÓLIDA O CARBONO FORMA COM O FERRO? FERRITA Ferro AUSTENITA Ferro CFC CCC LIMITES DE SOLIBILIZAÇÃO Soluto Solvente Relação de raios Solubilidade máxima % em peso % atômica Ni Cu 1,246/1,278 = 0,98 100 100 Al Cu 1,431/1,278 = 1,12 9 19 Ag Cu 1,444/1,278 = 1,14 8 6 Pb Cu 1,750/1,278 = 1,37 nil. nil. 100 50 0 1,0 1,15 1,3 S o lu b il id a d e m á x im a , á to m o s % Quociente de raios, elemento de liga/cobre Ni Pt Au Al Ag Pb Ferrita é uma solução sólida do Carbono no Ferro na estrutura CCC SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS Fe-C Na temperatura ambiente a solubilização do Carbono no Ferro é de 1 átomo de Carbono para 108 átomos de Ferro Qual a maior quantidade de Carbono dissolvida na Ferrita? SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS Fe-C Austenita é uma solução sólida do Carbono no Ferro na estrutura CFC A 1.147°C a Austenita pode dissolver até 2% em peso de Carbono (9% em átomos) Fe C COMPOSTO INTERMETÁLICO Fe3C • CEMENTITA – composto intermetálico do C no Fe na estrutura ortorrômbica. • Também conhecida como Carbeto de Ferro (Fe3C) tem 6,67%C em peso. • Estrutura do Carbeto de Ferro (Fe3C): A célula unitária é ortorrômbica, com 12 átomos de Ferro e 4 átomos de Carbono. AUSTENITA PERLITA PERLITA = agregado formado por Ferrita e Cementita No digrama de fases a Perlita é composta de 88% de Ferrita e de 12% de Cementita DECOMPOSIÇÃO DA AUSTENITA NO PONTO EUTETÓIDE 723 C o + Cementita + Cementita + Teor de Carbono Conformação Plástica a frio Temperatura de Recristalização Conformação Plástica a quente Temperatura do processo de conformação (°C) TEMPERATURA DE RECRISTALIZAÇÃO TEMPERATURA DE RECRISTALIZAÇÃO METAL INICIO DE RECRISTALIZAÇÃO (°C) Pb, Sn 0 Zn 10 Al, Cu, Au 200 Fe 400 Ni 600 Mo 900 W 1200 Temperatura de forjamento: Aço carbono 800°C – 1.100°C Aço rápido 900°C – 1.100°C LAMINAÇÃO A QUENTE LAMINAÇÃO A QUENTE: Thomologa = Ttrabalho 0,6 Tfusão D e f. p lá s ti c a R e c u p e ra ç ã o R e c ri s ta li z a ç ã o C re s c im e n to d e g rã o a) Trabalho a frio b) Recuperação c) Recristalização (0,3 a 0,5Tf) (acima de 0,5Tf) CRESCIMENTO DE GRÃO COM O AUMENTO DA TEMPERATURA LAMINAÇÃO A QUENTE • VANTAGENS • Menor esforço mecânico para uma mesma quantidade de deformação, exigindo máquinas de menor capacidade que no trabalho a frio. • Refina a estrutura do metal, melhora a tenacidade, elimina porosidades e segrega impurezas comprimindo-as na forma de fibras, com orientação definida, aumentando a resistência na direção de laminação. • Devido a contínua recristalização, deforma mais profundamente o material. 33 LAMINAÇÃO A QUENTE • DESVANTAGENS • Exige ferramental (cilindros, matrizes, dispositivos de adaptação e outros) de material de boa resistência ao calor, o que pode afetar o custo da operação. • Formação de casca de óxido, devido às elevadas temperaturas envolvidas. • Não permite obtenção de dimensões dentro de estreitas tolerâncias. 34 LAMINAÇÃO À QUENTE 35 Bitola Americana: MSG = U. S. Manufacturer’s Stander Gauge Peso especifico do aço = 7,84 g/cm3 INFLUÊNCIA DO TRABALHO A FRIO Laminação a frio Endurecimento por deformação plástica à frio LAMINAÇÃO A FRIO 37 • VANTAGENS • Permite melhor acabamento superficial e obtenção de melhores tolerâncias dimensionais. • Deforma a estrutura em maior ou menor profundidade, conforme a extensão do trabalho e, com isso, permitindo alterar sensivelmente as propriedades mecânicas: resistência e dureza aumentam LAMINAÇÃO A FRIO • DESVANTAGENS • Diminuição da ductilidade. • Defeitos como: casca de laranja e linhas deLüder ou de distensão. • Equipamento de maior capacidade e rigidez, resultando em custo mais elevado. 38 CHAPAS FINAS A FRIO 39 Bitola Americana; MSG = U. S. Manufacturer’s Stander Gauge Peso especifico do aço = 7,84 g/cm3 DEFORMAÇÕES ACIMA E ABAIXO DA ZONA CRÍTICA Placas Blocos Tarugos Chapas Folhas Tubos Perfis Trilhos Barras Barras Trefilados Tubos LAMINAÇÃO A QUENTE LAMINAÇÃO A FRIO Deformação a frio versus resistência de aços carbono laminados APLICAÇÃO • Necessita-se de uma barra de latão 70-30 com um diâmetro de 5,4mm, uma resistência de mais de 42kgf/mm2 e uma elongação de mais de 20%. • A barra deve ser obtida a partir de uma outra maior, cujo diâmetro é de 8,9mm. • Especificar as etapas de processamento necessárias para a obtenção da barra de 5.4mm. 43 Processo de Conformação Plástica ? 8,9mm 5,4mm RESPOSTAS - LATÃO 70Cu-30Zn • Para atender uma resistência de mais de 42kgf/mm2 : • Deformação a frio > 15% 44 RESPOSTAS - LATÃO 70Cu-30Zn • Para atender uma elongação de mais de 20% : • Deformação a frio < 23% 45 • Deformação a frio > 15% para a Resistência • Deformação a frio < 23% para o alongamento • Valor médio = (23 + 15)/2 = 38/2 = 19 20% • Portanto, na última etapa deve-se provocar 20% de deformação a frio. • Fórmula da Redução de Área, RA (%) = (Ai - Af )100 Ai 46 MEMORIA DE CÁLCULO RESPOSTAS - LATÃO 70Cu-30Zn • Cálculo do diâmetro anterior a 5,4mm para obter 20% deformação plástica a frio: DF = Redução de Área por Deformação Plástica a Frio DF = (di2 – df2) 100 20% = (di2 – 5,42) 100 di = 6,0mm di2 di2 Faz-se a redução de 8,9mm para 6,0mm ou por deformação a quente ou por um ou mais ciclos de deformação a frio e recozimento. A barra deve ser recozida com um diâmetro de 6,0mm. Finalmente, por trabalho a frio, reduz-se de 6,0mm para 5,4mm. 47 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CARTUCHOS VARIÁVEIS METALÚRGICAS MECANISMOS DE ENDURECIMENTO (Strengthening Mechanisms) VARIÁVEIS METALÚRGICAS 1- Endurecimento por Solução Sólida (Sólid-Solition Hardening) 50 VARIÁVEIS METALÚRGICAS 2- Endurecimento por Deformação Plástica a Frio (Strain Hardening) 51 PR FA VARIÁVEIS METALÚRGICAS ENDURECIMENTO POR REFINO DE GRÃO (GRAIN REFINING) • Eq. Hall e Petch e = 0 + ky.d -1/2 Onde, e = Limite de Escoamento 0 e ky são constantes do material d = Diâmetro médio dos grãos em mm. Obs.: O Refino de Grão aumenta simultaneamente a Resistência e a Ductilidade 52 (principal variável metalúrgica) TAMANHO DE GRÃO – PRINCIPAL VARIÁVEL METALÚRGICA MEDIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO (T.G.): OU N = 2 n-1 onde: N = número de grãos/ pol2 com aumento de 100 vezes n ou G= número de Tamanho de Grão ASTM (1 n 12) Determinação do TG através da análise de imagem AUSTENITA MARTENSITA TRANSFORMAÇÃO ALOTRÓPICA COM AUMENTO DE VOLUME, que leva à concentração de tensões VARIÁVEIS METALÚRGICAS Tensão Temperado Revenido Recozido Deformação 4 – Endurecimento por reação Martensítica (MARTENSITE REACTIONS) de face centrada cubica 5- ENVELHECIMENTO Endurecimento devido a partículas finas ou Envelhecimento (Precipitation Hardening) Estágios da passagem de uma Discordância entre duas Partículas de Precipitado Mecanismo de Orowan para a interação de discordâncias com partículas incoerentes. OBRIGADO
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