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Texto crítico acerca do Regime disciplinar diferenciado

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Texto crítico acerca do Regime disciplinar diferenciado
 O governo federal estudou em março de 2003 a possibilidade de criar um sistema carcerário duro, principalmente para aqueles ligados ao crime organizado, o objetivo era amparar legalmente o Regulamento disciplinar diferenciado (RDD), que existem como norma administrativa nas prisões de segurança máxima do Rio de Janeiro e São Paulo. Com isto surgiu a Lei 10.792/03, criando o Regime Disciplinar Diferenciado (artº, 52 e 53, V; ambos da LEP), com a forma punitiva mais rigorosa afim de prevenir comportamento indesejados dentro dos estabelecimentos penais, ou seja, foram criadas sanções disciplinares restringindo direitos dos presos. Entretanto estas sanções afrontam constituição Federal em seu artº 5º incisos III e XLVII. Letra e, além de vários tratados internacionais os quais são ratificados pelo Brasil. 
O Estado Democrático de Direito não pode fechar os olhos aos valores fundamentais de liberdade do homem, enquanto o espírito do legislador brasileiro, se anima vislumbrando os ideais mais nobres de justiça inspirados por técnicas de ressocialização do indivíduo preso, o contraste entre esse sistema idealizado e a realidade é enorme, todas as regras de aplicação descritas na lei de execuções penais aqui no Brasil, são falhas, colocando este Brasil a mercê de denuncias reiteradas de violação dos direitos humanos. Tudo isso consiste no mal funcionamento das políticas públicas que não têm eficácia social. 
Percebe-se que a lei de execução penal é tratada com descaso, e pouco conhecida, hoje ela aparece nos diversos cenários jurídicos e na vida cotidiana através das redes sociais, da mídia televisiva, em debates, congressos discutindo-se os mais variados temas ligados à execução das penas.
Deve-se entender que o Regime Disciplinar Diferenciado, não atendeu as expectativas de melhoramento dos apenados, mas de indignação e revolta, deixando ainda mais fragilizado o sistema carcerário, não podemos considerar que esse tipo de regime traga algum benefício em se tratando de seres humanos com problemas e situações distintas, ainda mais quando se trata de penalidade administrativa nos presídios, onde a fiscalização é ainda pior.

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