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infecto prova parcial acaros

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ÁCAROS
Corpo dividido em gnatossoma (anterior) e idiossoma (posterior).
Região onde inserem-se as pernas – podossoma
Região posterior às pernas – Opistossoma
Par anterior de patas serve como órgão sensorial para localização do hospedeiro e fixador para acasalamento e captura.
A maioria são ovíparos, mas existem ovovivíparos. Suas larvas são hexapódas (3 pares de patas) e sua ninfa octopóda (4 pares de patas)
Ácaros escavadores
Família Sarcoptidae
Escavam a pele do hospedeiro, provocando espessamento.
Possui corpo globoso, rostro curto e largo, patas curtas e grossas, seu corpo é estriado com escama e espinhos
Hospedam o homem, cães, coelhos, suínos, equinos e ruminantes.
*SARNAS DOS ANIMAIS PODEM INFESTAR O HOMEM, MAS NÃO SE MULTIPLICAM NEM ESCAVAM A PELE*
Ventosas nas patas: Macho -> I, II e IV. Fêmea -> I e II.
Anus terminal e pedicelo longo não segmentado (simples)
Ciclo dura de 10 a 20 dias.
Ácaros adultos acasalam na pele do hospedeiro -> a fêmea escava a pele e põe seus ovos em galerias -> eclosão -> larvas -> ninfa -> Adulto.
Notoedres cati (sarna da cabeça do gato)
Anus dorsal, pernas curtas e longas, estriações dorsais não quebradas, cerdas dorsais simples.
Além de gatos, pode parasitar ratos, coelhos e cães. Seu ciclo todo ocorre no hospedeiro.
Encontrados na cabeça e orelhas, mas podem se espalhar no corpo.
Altamente contagioso, infestação se espalha através de larvas e ninfas. Pode ser fatal se não tratado rápido. Pode ocorrer uma dermatite transitória no homem.
Familia Cnemidocoptidae (AVES)
Possuem patas curtas e grossas, corpo estriado, duas barras longitudinais na base dos palpos, não possuem espinhos dorsalmente. Fêmeas com ventosas ausentes e machos com ventosas presentes. Anus terminal, pedicelos simples.
Hospedam aves e localizam-se sob as escamas das penas.
Ácaros não-escavadores
Familia Psoroptidae - Sarnas superficiais
Possuem corpo arredondado, mais longo e menos largo, pernas longas e finas, não cavam tuneis na pele 
Psoroptes
Corpo ovóide, pernas longas e não grossas, terminando em pedicelos trissegmentados, anus terminal
Hospedam equinos, caprinos e coelhos.
Ciclo: Cópula -> postura de ovos na pele -> eclosão -> larvas -> ninfa 1 -> ninfa 2 -> adulto.
Todas as fases picam e causam irritação na pele, se alimentam de linfa e descamações.
Causam inflamação, escoriação por trauma, formação de crostas e exsudação.
Chorioptes
Hospedam ruminantes, equinos e coelhos.
Gnatossoma arredondado, largo e longo, pedicelo curto e simples, pernas longas e não grossas. 4º par de pernas muito curto. 
Ventosas nas patas: Machos -> I a IV. Fêmeas -> I a III.
COMPARAÇÃO
	Psoroptes
	Chorioptes
	Ventosas afuniladas
	Ventosas em forma de taça
	Pedicelo triarticulado
	Pedicelo curto e não articulado
	Peças bucais pontiagudas
	Peças bucais arredondadas
	Tubérculos abdominais arredondados no macho
	Tubérculos abdominais trincados no macho
Octodectes cynotis (sarna auricular de cães e gatos)
Ventosas com pedicelos curtos e simples, corpo ovóide, 4º par de patas da fêmea é muito pequeno, gnatossoma em forma de cone. Ventosas nas patas: Machos -> I a IV e Fêmeas -> I e II.
Semelhante ao Chorioptes. Ciclo dura +- 3 semanas.
Transmissão por contato direto, ou das fêmeas para os filhotes.
Coloniza as orelhas, mas pode atingir dorso, cauda e cabeça em casos severos.
Subordem Actinedida (PROSTIGMATA)
Estigmas respiratórios situados anteriormente na base do gnatossoma.
Família Demodecidae 
Genero demodex
Espécies: 
Demodex folliculorum – agente do cravo do homem 
Demodex phyloides – glândula sudorípara de suíno 
Demodex caprae – sarna nodular pruriginosa de caprino 
Demodex bovis – nódulos ou pústulas na pele de bovinos 
Demodex canis – agente da sarna demodécica ou lepra de cães
Localiza-se: folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas.
Ciclo: ovo -> larva hexápoda -> ninfa 1 -> ninfa 2 -> adultos (octópodes)
Causa perda de pelo, formação de crostas e prurido.
Diagnóstico -> exame microscópico a fresco do pus das lesões entre lâmina e lamínula.
Raspado de pele (profundo).
Subordem Gamasida (MESOSTIGMATA)
Par de estigmas respiratórios abrindo-se em peritremas alongados entre as coxas III e IV.
Família Dermanyssidae
Espécie Dermanyssus gallinae
Ácaros vermelhos, grandes que parasitam aves.
Quelíceras e pernas longas, superfície dorsal com um escudo único, escudo anal em formato quadrangular.
São hematófagos. Parasita galinhas e aves em geral. Tem distribuição cosmopolita.
Tem coloração avermelhada, fica acinzentada à medida que o sangue é digerido.
São encontrados nos aviários em colônias nas fendas de madeira, frestas, sujeiras (fezes, poeira e penas). Permanecem nesse local a maior parte do seu ciclo, a noite procuram aves para repasto sanguíneo.
Fêmea ovipõe após repasto, em média 4 ovos. As larvas não se alimentam, as protoninfas sim. Ciclo demora 7 dias.
Quando não encontram aves, podem atacar mamíferos, incluindo o homem. 
Picada dolorosa que provoca dermatite.
Ornithonyssus
Ácaros hematófagos de aves. Distribuição cosmopolita.
Não sobrevivem muito tempo fora do hospedeiro, concentram-se ao redor da cloaca e do ventre da galinha. E em aves jovens ao redor do bico e olhos.
Quelíceras e pernas longas, escudo dorsal amplo que não cobre todo o corpo, escudo gênito-ventral estreitado, escudo anal oval.
Larvas hexápodas não se alimentam -> protoninfa se torna deutoninfa após o repasto -> deutoninfa não se alimenta e muda para adulto.
Populações crescem rapidamente e sobrevivem até 3 semanas fora do hospedeiro.
CARRAPATOS
Familia Ixodidae: maior interesse
Família Argasidae: menor interesse
Importância:
Danos diretos: irritação, espoliação e é toxico.
Danos indiretos: Transmissão de bioagentes, custos no controle, lesões no couro.
Familia Ixodidae – Carrapatos duros.
Possuem escudo dorsal, dividido em gnatossoma (cabeça) e idiossoma (corpo). Larvas respiram via tegumento e ninfas via espiráculos.
Gnatossoma: Possui um par de palpos, que protegem a superfície superior do hipostômio e quelíceras. Par de quelíceras cortam e perfuram a pele do animal.
Idiossoma: Face dorsal: possui ornamentações e escudo dorsal. Placas espiraculares posterior às coxas -> metastigmata (espiráculo atrás). Possuem ocelos simples. E festões na porção terminal
Face ventral: orifício genital e anal, possui sulco anal contornando orifício anal. Possui pernas (coxa, trocânter, fêmur, patela, tíbia e tarso), e esporões.
Órgão de Haller -> órgão olfativo e detector de umidade.
Fases: ovo, larva (hexápoda e escudo incompleto), ninfa (octópode e escudo incompleto) e adulto (fêmea octópode, com escudo incompleto e com aparelho genital e macho octópode, com escudo completo e com aparelho genital).
*ACASALAMENTO SOBRE O HOSPEDEIRO, PÕE MILHARES DE OVOS NO AMBIENTE E FEMEA MORRE. EM ESTÁGIOS ATIVOS HÁ REPASTO SANGUINEO ANTES DA MUDA E POSTURA.*
Ciclo biológico: Monoxeno -> fêmea poe ovos no ambiente -> eclosão -> larva no hospedeiro -> ninfa -> adulto
Trioxeno -> Fêmea poe ovos no ambiente -> eclosão -> larva se alimenta do hospedeiro e cai no solo -> muda para a ninfa que se alimenta no hospedeiro e cai no solo -> muda para adulto que se alimenta no hospedeiro e fêmea cai ingurgitada no solo.
Rhipicephalus microplus (carrapatos do boi)
Hospedeiro primário: bovinos (mas também em outros ruminantes e equinos)
Ciclo monóxeno, tem alta especificidade parasitária. Possuem hábitos nidícolas (fêmeas se escondem).
É o vetor do causador da babesiose e da anaplasmose. Causa lesões ao couro dos animais e espoliação do sangue.
Possui escudo sem ornamentação, apêndice caudal no macho, palpos mais curtos que hipstômios, festões ausentes, espinhos curtos. 
Possui fase parasita e de vida livre, são monoxenos e quenóginos (fêmeas morrem após postura).
Ciclo parasitário dura 21 dias +-
Ciclo de vida livre dura 32 dias
Cada femea suca de 2 a 3ml de sangue.
Controle-> carrapaticidas, banhos de imersão, aspersão, aplicação dorsal einjetáveis (fase parasitário)
Rotação de pasto e de animais (fase de vida livre)
Rhipicephalus sanguineus (Carrapato marrom ou vermelho do cão)
Hospedeiros primários -> cão (relatos em gatos e cães selvagens)
Ciclo trioxeno de alta especificidade parasitária.
Causa irritação e desconforto e espoliação do sangue.
Vetor de Rickettsia c., Babesia c., Ehrlichia c., Rickettsia r.
Possuem hábitos nidícolas.
Idiossoma sem ornamentação, cor marrom escura ou avermelhada, aparelho bucal curto, espinhos desenvolvidos, macho possui placas adanais e festões.
Sofrem a muda fora do hospedeiro, localizados nos membros anteriores, espaços interdigitais e orelhas.
Controle -> Tratamentos curativos: Banhos carrapaticidas 
Tratamentos estratégicos: Aplicação de carrapaticidas no ambiente (direto), produtos de longa ação nos cães (indireto).
Amblyomma cajennense (carrapato do cavalo, micuim, vermelhinho)
Hospedeito primário: Equinos, antas e capivaras.
Ciclo trioxeno, tem baixa especificidade parasitária, possui hábitos de tocaia, picada dolorosa, vetor do Rickettsia r.
Palpos e hipostômio longos, escudo ornamentado, placas adanais presentes nos machos.
Controle: carrapaticida.
Darmacentor nitens (carrapato da orelha do cavalo)
Hospedeiro primário: Equídeos.
Localizados no pavilhão auricular, divertículo nasal e região perianal. 
Ciclo monóxeno, vetor da babesia caballi. Causam infecções secundárias e miíases. Palpos curtos, escudo sem ornamentação, cor marrom-avermelhada, ausência de placas adanais.
Controle: Carrapaticida.
Familia Argasidae (carrapatos moles)
Não possuem escudo dorsal. Acasalamento fora do hospedeiro. Dimorfismo sexual pouco acentuado. Festões e espinhos coxais ausentes.
Otobius megnini (carrapato espinhoso da orelha)
Ciclo monóxeno, tegumento espinhoso e hipostômio desenvolvido em ninfas. Larvas e ninfas são hematófagas, e adultos se escondem para copular e ovipor.
Irrita e causa dor na orelha, infecção bacteriana secundária.
Vetor da Coxiella burnetti.
Controle: Acaricidas químicos.
Gênero Ornithodoros
Desenvolvem-se em cavernas, estábulos, árvores. Hospedam o homem, mamíferos, aves e répteis.
Tem corpo oval com tegumento mamilonado com hipostômio bem desenvolvido. Vivem em solo arenoso, áreas sombreadas, as fêmeas põe ovos na areia.
Adultos no solo -> hematófagos de homens ou animais -> fêmeas ovipõem no solo -> eclosão e muda sem se alimentarem -> vários instares de ninfa.
Causam intenso prurido com hemorragia subcutânea e hipersensibilidade, vetor do gênero borrelia. 
Controle: destruição de esconderijos e acaricidas.
Argas miniatus
Achatado com estrias, aparelho bucal ventral, tegumento com discos ovais. Tem hábito noturno, habitam em galinheiros e troncos de arvores.
Hospedeiro: galinhas, peru, pato, pombo.
Fêmeas nutridas frequente e moderadamente e com postura de ovos intermitente.
Vetor da Borrelia anserina
Causam irritação, anemia, lesões hemorrágicas e morte.
Controle: acaricidas nas instalações do aviário.

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