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Macroergonomia: Definição e Análise Participativa

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Macroergonomia
Definição e Conceito
A Macroergonomia é baseada em um método participativo, no qual o público envolvido no processo de trabalho contribui para que as intervenções que se façam necessárias tenham uma maior assertividade, pois reduz a margem de erros na sua criação e tem melhora e aceitação porque foi construído junto com os trabalhadores (GUIMARÃES, 2006). 
Por outro lado, a macroergonomia é um campo de estudo recente, que traz para as empresas a possibilidade de se avaliar a estrutura organizacional de forma holística e participativa, detectando possibilidades de melhoria que vão além dos aspectos puramente ergonômicos. Essa teoria parte da visão integrada da organização, passa pelo processo até chegar ao posto de trabalho. Para isso, tem como uma das premissas básicas o envolvimento dos colaboradores, tanto executivos e gerentes quanto os funcionários subordinados. A Macroergonomia considera o sistema integral Homem-Máquina, ou seja, uma organização cujas componentes são os Homens e as Máquinas, trabalhando em conjunto para alcançar um fim comum, estando ligadas por uma rede de comunicações.
Macroergonomia: Breve histórico
A história da Macroergonomia surgiu nos Estados Unidos, como ação rápida em resposta ao aumento de venda de produtos industriais, fazendo que aconteça uma mudança necessária. Segundo IIDA (2005), a Macroergonomia surge como desenvolvimento na interação homem x máquina x ambiente organização ocorrendo num nível macro. Dessa maneira, seus conceitos são globalizados desde o início dos processos. Os subsistemas tecnológico, pessoal e sistemas organizacionais, reduzindo custos e buscando a melhoria do conforto e produtividade dos colaboradores. Os aspectos físicos ambientais são construção do ambiente, temperatura, ventilação, iluminação e ruído. Segundo Guimarães (2006), o AMT - Análise Macroergonômica do Trabalho, é um método de análise que pode ser utilizado tanto pelo pesquisador Ergonomista como pelos representantes das empresas responsáveis pela implantação das ações ergonômicas (...). Também é importante ressaltar a dimensão de seu foco de ação que parte da organização, passa pelo processo até chegar ao posto de trabalho e principalmente, o seu caráter eminentemente participativo (...)”. A participação dos trabalhadores na reestruturação do ambiente de trabalho, somada à avaliação de especialista, faz-se de extrema importância para a incorporação das mudanças necessárias e para a melhoria das condições dentro dos sistemas.
2.1 Análise macroergonômica 
A análise macroergonômica refere-se a como seria realizada a análise ergonômica num enfoque macro onde não só tem que considerar os fatores que intervém no posto de trabalho, senão também todo o ambiente o sistema maior no qual encontra-se envolvido, de que maneira ele influi no trabalho e a sua intervenção no projeto do trabalho. Assim, pode-se dizer que a macroergonomia tem uma abordagem de cima para baixo quando começa com uma análise das variáveis mais relevantes do sistema sócio-técnico em termos das implicações no projeto de estrutura global do sistema de trabalho e logo leva estas decisões de projeto para abaixo (down) ao nível microergonômico de trabalho e projeto de postos de trabalho. A abordagem é de abaixo para acima e baseada no homem quando a estrutura da organização do trabalho requer considerar as características mais relevantes do ambiente interno e externo às quais esses homens devem responder efetivamente (além de considerar as características chaves da tecnologia a ser empregada). Portanto, a consideração destas características deve resultar num enfoque humanizado da tarefa e de sua distribuição. A ergonomia participativa exerce papel fundamental sobre a ação ergonômica na organização do trabalho. Consideraremos participativa quando a abordagem se faz de baixo para cima tomando-se por base a hierarquia da empresa. Nada mais e nada menos do que a participação do trabalhador (Cohen,1996). É importante verificarmos os sentimentos dos trabalhadores para que possamos modificar suas atitudes em relação ao trabalho. A descentralização do trabalho é uma forma de aumentar a tomada de decisão do empregado sobre a atividade que executa. A participação pode favorecer a formação de uma equipe coesa. Essa análise propõe a participação dos funcionários em todos os estágios do estudo e/ou intervenções ergonômicas. Segundo Nagamachi (1996), “ (...) se as pessoas na organização participam da tomada de decisões, elas são capazes de experimentar a utilização de suas habilidades e discernimento (julgamento). Como resultado, esse tipo de situação fornece às pessoas um sentimento de responsabilidade e comprometimento com a organização”. A participação de todos os funcionários envolvidos no trabalho, tanto de concepção quanto de operação, garante um maior envolvimento e, por conseguinte, maior indíce de sucesso nas modificações propostas para melhorar as condições de trabalho (FOGLIATTO e GUIMARÃES, 1999).
3. O enfoque de análise Macroergonômica 
No decorrer dos anos e depois de muitos estudos, o enfoque de análise macroergonômica passou por algumas mudanças no sentido da direção categórica que deve seguir a análise. Assim, inicialmente este enfoque era visualizado num sentido top-down (de cima para baixo); mas, posteriormente acreditou-se que esta análise no poderia ser feita só neste sentido, senão também no sentido bottom-up (de baixo para cima) para desta forma conseguir identificar, verificar e projetar os problemas que podiam ou que se apresentavam visualizando por ambos sentidos. Finalmente, chega-se ao chamado “estado médio”, que é não nível em que se faz a avaliação de ambos diagnósticos, ficando consolidado com a formulação do caderno de encargos, que são as recomendações ergonômicas a nível organizacional. Visando sempre a adaptação do ambiente organizacional ao homem, sem deixar de lado a produtividade, a qualidade e a saúde do trabalhador. Estes três últimos aspectos bem a ser uma consequência do objetivo principal da análise macroergonômica.

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