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Antropometria Estática

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE-UNIDADE II
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - 10° SEMESTRE
ENGENHARIA DO TRABALHO
ERGONOMIA: ANTROPOMETRIA ESTÁTICA
Campo Grande, MS
Agosto de 2018.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE-UNIDADE II
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO- 10° SEMESTRE
DOUGLAS VISCARDI
EVIO DOS ANJOS SILVA
IRAEL BARBOSA
KAROL VISCARDI
KAYKY SANCHES
LUCAS AQUINO
LUÍS FERNANDO LIMA
MATHEUS VILLA
MILENE MACIEL
RENATA DE ARRUDA
RODRIGO MATTOS
TAYNARA OLINDA
THAMIRES ZANATTO
THIAGO GALHARDI
ENGENHARIA DO TRABALHO
ERGONOMIA: ANTROPOMETRIA ESTÁTICA
Atividade da disciplina de Engenharia do Trabalho, faculdade Anhanguera de Campo Grande - MS, apresentada como parte da avaliação da referida disciplina do curso de Engenharia de Produção. Sobre a orientação do Prof. Alex.
Campo Grande, MS
Agosto de 2018.
1. CONCEITOS PRINCIPAIS
1.1 Ergonomia
A ergonomia possui uma abordagem holística, focada no ser humano para o design de sistemas de trabalho ajustando os fatores físicos, cognitivos, sociais, organizacionais e ambientais (GRANDJEAN, 1986; WILSON e CORLLET, 1995). 
Contudo, conceitua-se a ergonomia como o estudo da adaptação do trabalho ao homem utilizando-se de recursos ferramentais, ambientais, logísticos e processuais, visando a eficiência na execução da tarefa e garantindo o conforto do sujeito em seu ambiente de trabalho.
1.2 Antropometria
A antropometria foi definida como a ciência de medida do tamanho corporal (NASA, 1978). Significa Ciência das Medidas Humanas – antropos (humano)+ metrikos (medida de), possui como principal objetivo o estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia humana pois trata de medidas físicas corporais de inúmeras populações. Desenvolveu-se no século XIX e princípio do século XX, cuja época eram feitas tentativas para subdividir e classificar a raça humana de acordo com as dimensões físicas. 
Tal ciência possui relevância no estudo das medidas físicas do ser humano pois contribui na obtenção de parâmetros para determinar as diferenças dessas dimensões entre indivíduos e grupos sociais, para fornecer dados úteis para projetos em várias áreas com o objetivo de melhorar a adequação dos produtos a seus usuários. Podemos classifica-la em:
Dinâmica ou funcional: dados mensurados da movimentação do sistema homem máquina, relacionados aos alcances. São medidas tridimensionais conforme a figura abaixo:
Estática ou estrutural: baseada em tabelas que tratam de dados mensurados do corpo estático, ou seja, São consideradas as medidas das dimensões do corpo quando o indivíduo se encontra em postura neutra, sem movimentar-se:
2. ANTROPOMETRIA ESTÁTICA
 	A antropometria estática é aquela em que as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos. Ela deve ser aplicada ao projeto de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no caso do mobiliário em geral. No estudo desta ciência, leva-se em consideração as medidas das dimensões do corpo quando o indivíduo se encontra em postura neutra, sem movimentar-se.
Exemplos práticos deste conceito	:
Painel de controle, prateleiras entre outras: podem ser projetados para o menor braço, respeitando dessa forma, o acesso às pessoas menores;
Peças, tais como mesas, cadeiras, etc.: podem ser projetadas com dispositivos de regulagem de forma a acomodar os diferentes tipos físicos em alguns casos, no entanto, não são possíveis e/ou aconselháveis ajustes, devendo-se projetar para as medidas dos usuários extremos;
 Portas: deve possuir altura dimensionada para as pessoas maiores.
Na figura abaixo, temos o esquema representativo das medidas antropométricas a serem determinadas:
Os dados de antropometria estática servem como uma primeira aproximação para o dimensionamento de produtos e locais de trabalho ou para os casos em que os movimentos corporais são pequenos. Porém, na maioria dos casos, as pessoas nunca ficam completamente paradas. Quase sempre estão manipulando, operando ou transportando algum objeto.
Se o produto ou local de trabalho for dimensionado com dados da antropometria estática, será necessário, posteriormente, promover alguns ajustes para acomodar os principais movimentos corporais. Ou, quando esses movimentos já são previamente definidos, pode-se usar os dados da antropometria dinâmica, fazendo com que o projeto se aproxime mais das suas condições reais de operação.
Um ajuste mais preciso pode ser realizado pela antropometria funcional, quando os movimentos corporais não são isolados entre si, mas diversos movimentos são realizados simultaneamente. Esses movimentos interagem entre si, modificando os alcances, em relação aos valores da antropometria dinâmica 
2.1 Diferenças Corporais: Fatores Influentes
A população mundial é composta por indivíduos de diferentes tipos físicos, variabilidades distintas em seu biótipo e nas dimensões de cada segmento corporal, presentes no nascimento, acentuando-se com o crescimento até a idade adulta. 
Por conseguinte, a proporção entre os segmentos corporais (membros superiores, inferiores, tronco, etc.) possui relação entre: 
As variações do corpo conforme a adaptação climática;
Saúde, nutrição/hábitos alimentares, prática de esportes, qualidade de vida;
Alterações com a época;
Sexo e idade;
Questões culturais e raças (etnias).
2.2 Dados Antropométricos
Os dados antropométricos são plotados em função de sua distribuição em uma população informa quantos por cento de pessoas apresentam mesmos valores para cada variável medida, exemplo: quantas pessoas na população tem 1,60 m de altura; quantas tem 1,65 m etc. 
Nas tabelas antropométricas, qualquer porcentagem é denominada percentil um intervalo de confiança de 95% significa que o 2,5% menor e o 2,5% maior da população são excluídos.
2.3 Princípios Para Aplicação De Dados Antropométricos
1º Princípio:
Projetos para o tipo médio: a pessoa média é uma abstração matemática. Ex.: banco de jardim;
2º Princípio:
Projeto para indivíduos extremos: quando existem fatores limitantes no projeto. É necessário determinar qual é a variável limitante. Ex.: Saída de emergência, roleta do ônibus.
3º Princípio:
Projetos para faixas da população: medidas ajustáveis para acomodar melhor seus usuários. Ex.: equipamentos escolares, confecções em geral, sapatos, etc.
4º Princípio: 	
Projeto para o indivíduo: para indivíduos que se situam além dos extremos. Ex.: aparelhos ortopédicos, roupas para obesos, etc.
2.4 Medidas Estáticas
A seguir, a figura apresenta o ajuste da altura de uma cadeira. 
Para o dimensionamento de um assento de trabalho é necessário a aplicação das seguintes variáveis:
1) altura popliteal, para altura da superfície do assento; 
2) profundidade da nádega à cavidade popliteal, para a profundidade da superfície do assento;
3) largura do quadril sentado, para a largura da superfície do assento; 
4) altura da crista ilíaca, para a altura do espaço para protrusão das nádegas; 
5) altura do centro da máxima concavidade lombar, para a altura da máxima convexidade do encosto; 
6) altura do sub-esterno, para a altura do início da curvatura do encosto;
7) altura do topo da cabeça sentado (poltronas de ônibus e cadeiras de repouso) altura cervical (assentos de veículos/ proteção da nuca) altura do ombro no acrômio (cadeiras de auditório) altura da axila (apoio lombar de datilografia) para altura do encosto;
8) largura do ombro bi-deltóide (poltronas de ônibus e cadeiras de repouso) largura do ombro bi-acromial (cadeiras de auditório) largura do tórax entre as axilas (cadeiras de auditório) para a largura do encosto;
Porém, além destes, é prudente levar em consideração:
 	9) espessura da coxa, para altura do espaço para introdução das pernas sob mesas. Consoles e bancadas;
10) profundidade da nádega ao joelho, para a profundidade de obstruções proximais debancadas e consoles; 
11) profundidade da nádega ao hálux (dedo grande do pé) para localização proximal do apoio de pés.
CONCLUSÃO
 	
Todas as populações são compostas de indivíduos de diferentes tipos físicos, que apresentam diferenças nas proporções de cada segmento do corpo.
Portanto através do material apresentado notamos que faz-se necessário observar questões básicas em antropometria, identificar e pesquisar corretas fontes de dados antropométricos, isto é, um banco de dados apropriado, identificar o percentil correto a ser utilizado, não fazer referência a um “homem médio” Ele não existe!
Também é possível ver o quão grave é a falta de levantamentos coerentes é a aplicação errada dos valores disponíveis em materiais que tratam de valores antropométricos.
REFERÊNCIAS
GRANDJEAN, E. Fitting the task to the man. London: Taylor & Francis, 1986.
G. M., JORGE. Trabalho: saúde e segurança . 2009. Disponível em: <http://trabalhosaudeseguranca.blogspot.com/2009/12/antropometria-e-ergonomia.html>. Acesso em: 29 ago. 2018.
ROSE, Rhonda - NASA. Padrões de Integração Homem-Sistemas : Considerações de projeto de integração de sistemas humanos. 1995. Disponível em: <https://msis.jsc.nasa.gov/>. Acesso em: 29 ago. 2018.
SOARES, Marcelo. Ergonomia: soluções e propostas para um trabalho melhor. Prod. São Paulo, v. 19, n. 3, p. 00, 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132009000300001&lng=en&nrm=iso>. acesso em 29 de agosto de 2018. 
WILSON, J. R.; CORLLET, E. N. Evaluation of human work: a practical ergonomics methodology. 2 ed. London: Taylor & Francis, 1995.

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