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Focus Concursos Apostila Direito Administrativo

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Prévia do material em texto

1 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
NOÇO ES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
SUMÁRIO 
1. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, ESTADO E GOVERNO _______________________________ 2
1.1. CONCEITO DE DIREITO __________________________________________________________________ 2 
1.2. RAMOS DO DIREITO ____________________________________________________________________ 3 
1.2.1. DIREITO PRIVADO ____________________________________________________________________ 3 
1.2.2. DIREITO PÚBLICO ____________________________________________________________________ 3 
1.3. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO ___________________________________________________ 4 
1.4. OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO _____________________________________________________ 4 
1.5. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO _____________________________________________________ 4 
1.5.1. LEI ________________________________________________________________________________ 4 
1.5.2. JURISPRUDÊNCIA ____________________________________________________________________ 5 
1.5.3. DOUTRINA __________________________________________________________________________ 5 
1.5.4. COSTUMES ADMINISTRATIVOS (PRAXE ADMINISTRATIVA) ___________________________________ 5 
1.6. NOÇÕES DE ESTADO ____________________________________________________________________ 5 
1.6.1. CONCEITO DE ESTADO ________________________________________________________________ 5 
1.6.2. ELEMENTOS DO ESTADO _______________________________________________________________ 6 
1.6.3. FORMAS DE ESTADO __________________________________________________________________ 6 
1.6.3.1. ESTADO UNITÁRIO _________________________________________________________________ 6 
1.6.3.2. ESTADO FEDERADO _________________________________________________________________ 6 
1.6.4. PODERES DO ESTADO _________________________________________________________________ 7 
1.6.4.1. FUNÇÕES DOS PODERES _____________________________________________________________ 7 
1.7. NOÇÕES DE GOVERNO __________________________________________________________________ 8 
1.7.1. CONCEITO DE GOVERNO _______________________________________________________________ 8 
1.7.2. CLASSIFICAÇÃO DE GOVERNO __________________________________________________________ 8 
1.7.2.1. GOVERNO EM SENTIDO FORMAL OU SUBJETIVO _________________________________________ 8 
1.7.2.2. GOVERNO EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO _________________________________________ 8 
1.7.3. SISTEMAS DE GOVERNO _______________________________________________________________ 8 
1.7.3.1. PARLAMENTARISMO _______________________________________________________________ 8 
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.7.3.2. PRESIDENCIALISMO ________________________________________________________________ 9 
1.7.4. FORMAS DE GOVERNO ________________________________________________________________ 9 
1.7.4.1. MONARQUIA ______________________________________________________________________ 9 
1.7.4.2. REPÚBLICA _______________________________________________________________________ 10 
1.8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ____________________________________________________________ 10 
 
 
Mensagem aos alunos! 
É com imenso prazer que disponibilizo a vocês este material de direito administrativo. 
O objetivo deste material é facilitar o acompanhamento das aulas, bem como oferecer ao aluno um 
material que compila as variadas opiniões doutrinárias e o texto legal referente aos tópicos do direito 
administrativo de forma a fornecer ao aluno em um único documento, todos os tópicos relevantes relativos 
ao direito administrativo, o que irá evitar que o candidato tenha que arrumar vários livros e apostilas 
complementares. 
Cada capítulo está disponibilizado em um documento em PDF e os documentos estão nominados de 
forma que a sequência numérica apresentada é a que deve ser seguida pelo aluno para melhor entender e 
acompanhar as aulas de direito administrativo. 
Espero que este material consiga facilitar a sua preparação e ajuda-lo a conquistar o cargo público 
almejado. 
Foco na missão e acredite em você. 
Prof. Robson Fachini 
1. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, ESTADO E GOVERNO 
O direito administrativo é o conjunto de regras que orientam a atuação da administração pública e o 
exercício das atividades administrativas do Estado. 
Sendo assim, o direito administrativo é a espécie de direito que tem por objetivo definir as regras que 
orientam a atuação do Estado como administrador da coisa pública. 
Sendo o direito administrativo uma espécie de direito, para o bom entendimento da matéria, neste 
bloco iremos conhecer o conceito de direito, os ramos do direito, o conceito e objetos do direito 
administrativo, as fontes do direito administrativo e os sistemas administrativos. 
1.1. CONCEITO DE DIREITO 
Para uma boa compreensão do conceito de direito administrativo, ou seja, o que é o direito 
administrativo, e também qual a finalidade do direito administrativo, é importante, em primeiro, plano 
compreender de forma objetiva o que é o direito. 
3 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Direito é um conjunto de normas impostas coativamente pelo Estado, que vão regular a vida em 
sociedade, possibilitando a coexistência pacífica das pessoas. 
1.2. RAMOS DO DIREITO 
O direito é dividido em dois ramos distintos, são eles: o direito privado e o direito público. 
1.2.1. DIREITO PRIVADO 
O direito privado é caracterizado pela regulamentação de interesses PRIVADOS. Neste ramo do direito, 
existe um conflito entre particulares, ou seja, em um dos lados da disputa tem um particular, seja este uma 
pessoa física, ou uma pessoa jurídica, e do outro lado tem-se outro particular, tanto faz se ele é pessoa física 
ou pessoa jurídica. 
Em regra, o direito privado não regula relações entre particulares e o Estado. Eventualmente o Estado 
pode integrar um dos polos regulados pelo direito privado, conforme veremos logo adiante. 
Característica marcante do DIREITO PRIVADO é a RELAÇÃO JURÍDICA DE IGUALDADE estabelecida entre 
as partes. Essa relação jurídica de igualdade também é chamada de RELAÇÃO JURÍDICA HORIZONTAL. 
O direito administrativo não faz parte do ramo do direito privado, e como exemplos desse ramo do 
direito tem-se o direito civil o direito empresarial, dente outros. 
1.2.2. DIREITO PÚBLICO 
O direito público é caracterizado pela regulamentação dos interesses públicos e o seu objetivo é a 
resolução de conflitos que envolvam tais interesses contra os interesses dos particulares. Nestes casos, em 
um dos lados do conflito está o Estado, representante dos interesses da coletividade, e do outro lado da 
disputa tem-se o particular (tanto faz esse particular ser pessoa física ou pessoa jurídica), representando os 
seus próprios interesses. 
No direito público, o Estado tem um tratamento privilegiado diante do particular, ou seja, as normas 
que regulam o direito público conferem prerrogativas especiais ao Estado diante do particular, o que impede 
um tratamento igualitário entre as partes. 
A característica marcante do DIREITO PÚBLICO é a RELAÇÃO JURÍDICA DE DESIGUALDADE estabelecida 
entre os polos. Assim sendo, no direito público as partes são tratadas com distinção de direitos, obrigações 
e responsabilidades. Essa relação jurídica de desigualdade também é chamada DE RELAÇÃO JURÍDICA 
VERTICAL. 
O fundamento dessa relação jurídica vertical entre o Estado e o particular, arbitrada pelo direito 
público é encontrado no princípio da SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO, tal princípio preconiza que os 
interesses públicos (da coletividade) se sobrepõem aos interesses privados, e sendo o Estado o procurador 
dos interesses da sociedade, a ele são conferidos poderes especiais para conseguir defender o interesse dacoletividade. 
O direito administrativo faz parte do ramo do direito público, e como outros exemplos do direito 
público temos o direito constitucional, penal, processual penal, tributário, dentre outras searas do direito. 
4 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.3. CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
O professor Hely Lopes Meirelles conceitua o direito administrativo como sendo “o conjunto harmônico 
de princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e atividades públicas que tendem a realizar concreta, direta 
e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. 
A professora Maria Sylvia Di Pietro define o Direito Administrativo como "o ramo do direito público que 
tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, 
a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de 
natureza política." 
1.4. OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O direito administrativo tem dois objetos, a administração pública e o exercício das atividades 
administrativas do Estado. 
O direito administrativo tem por objetivo regular as relações da administração pública, sejam estas 
relações de natureza interna entre as entidades que a compõe, seus órgãos e agentes; ou relações de 
natureza externa entre a administração e os administrados. 
Além de ter por objeto a administração pública, também é foco do direito administrativo o 
desempenho das atividades públicas, tanto exercidas pelo próprio estado, por meio da administração 
pública, ou exercidas por algum particular, como no caso das concessões, permissões e autorizações de 
serviços públicos. 
Resumidamente, pode-se dizer que o direito administrativo tem por objeto a administração pública e 
também as atividades administrativas, independente de quem as exerça. 
1.5. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O termo fonte dá ideia do lugar onde algo começa a surgir. Sendo assim, por fontes do direito 
administrativo, deve-se entender os lugares onde encontramos as suas regras. 
Todavia o direito administrativo não é codificado, dessa forma, não é possível encontrarmos um código 
que contemple as normas de direito administrativo como acontece com o direito penal, civil, processual 
penal, dentre outros. Para encontrarmos as normas de direito administrativo temos que recorrer a diversas 
fontes. 
São fontes do direito administrativo a lei, a jurisprudência, a doutrina e os costumes (praxe 
administrativa). Veja a seguir as características de cada uma das fontes. 
1.5.1. LEI 
Em decorrência do princípio fundamental da legalidade, que orienta todo o direito administrativo, a lei 
é a fonte primária e principal do direito administrativo. A lei vincula a atuação da administração pública dos 
três poderes e de todas as esferas da federação. 
No entanto, para entendermos melhor o significado do termo lei e da sua finalidade, é importante 
classificá-la em dois tipos: Lei em sentido estrito e Lei em sentido amplo. 
5 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Lei em sentido estrito são os atos legislativos que inovam o ordenamento jurídico, tais como as leis 
complementares, ordinárias e delegadas. 
Lei em sentido amplo é um termo mais amplo que inclui qualquer tipo de norma aplicada à 
administração pública, independente do órgão estatal que a produziu. Neste caso, entende-se por lei a 
própria Constituição Federal, as leis ordinárias, complementares, delegadas, medidas provisórias, decretos, 
resoluções, portarias e qualquer outro ato que seja de obediência obrigatória pela administração pública. 
O direito administrativo adota como fonte principal a lei em seu sentido amplo. 
1.5.2. JURISPRUDÊNCIA 
A jurisprudência é o resultado de vários julgados realizados pelo poder judiciário sobre determinada 
matéria que caminham num mesmo sentido, serve como paradigma para o julgamento de novas ações 
judiciais referentes aos mesmos temas. 
Em regra, a jurisprudência não vincula a atuação da administração pública, somente serve como ponto 
de orientação, mas como exceção tem-se as súmulas vinculantes que foram introduzidas no ordenamento 
jurídico brasileiro pela emenda constitucional nº 45. As súmulas vinculantes são publicadas pelo Supremo 
Tribunal Federal (STF) depois de reiteradas decisões num mesmo sentido e seu conteúdo vincula a 
administração pública dos poderes legislativo, executivo e judiciário da União, Estados, DF e municípios. 
1.5.3. DOUTRINA 
A doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos do direito administrativo. São livros que têm a 
finalidade de tentar sistematizar e melhor explicar o conteúdo das normas de direito administrativo, os quais 
podem ser utilizados como critério de interpretação de normas, bem como auxiliar a produção normativa. 
A doutrina não vincula a atuação da administração pública, ela é só uma fonte de orientação. 
Devido ao fato de a doutrina representar o entendimento do seu autor sobre as regras do direito 
administrativo, essa fonte do direito apresenta várias contradições, pois é comum que em alguns pontos os 
autores tenham entendimentos distintos de um ou outro instituto jurídico. 
1.5.4. COSTUMES ADMINISTRATIVOS (PRAXE ADMINISTRATIVA) 
Os costumes são práticas reiteradas observadas pelos agentes administrativos diante de determinada 
situação quando há lacuna da norma. 
Os costumes somente podem ser utilizados para orientar a atuação da administração pública na falta de lei 
determinando o que deve ser feito. Sendo assim, o costume não pode substituir a lei, mas somente pode 
ser utilizado para tampar uma lacuna deixada na lei pelo legislador. 
1.6. NOÇÕES DE ESTADO 
Neste tópico nós iremos estudar o Estado. Abordaremos o conceito de Estado, os elementos que o integram, 
seus poderes e suas funções. 
1.6.1. CONCEITO DE ESTADO 
O termo Estado pode ter várias interpretações, por exemplo, tal termo é geralmente utilizado para nos 
referirmos aos Estados-membros, entes que compõe a República Federativa do Brasil (ex. São Paulo, Paraná, Santa 
6 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Catarina, Mato Grosso, Sergipe etc.). No entanto, neste tópico, devemos associar a palavra Estado à ideia de país. 
Neste sentido, podemos conceituar Estado como sendo a pessoa jurídica territorial soberana. 
Analisando o conceito de Estado, encontramos alguns elementos que devem ser bem compreendidos, veja a 
seguir: 
 Pessoa: capacidade para contrair direitos e obrigações. 
 Jurídica: É a pessoa constituída através de uma formalidade documental (de uma convenção entre 
pessoas físicas), seu contraponto é a pessoa física ou humana. 
 Territorial soberana: quer dizer que dentro do território do Estado, este detém a soberania, ou seja, sua 
vontade prevalece ante a das demais pessoas (sejam elas físicas ou jurídicas). 
Podemos definir soberania da seguinte forma, soberania representa independência na ordem internacional (lá 
fora ninguém manda no Estado) e supremacia na ordem interna (aqui dentro quem manda é o Estado). 
1.6.2. ELEMENTOS DO ESTADO 
Os elementos que compõe o Estado são três: o território, o povo e o governo soberano. 
 Território: é a base fixa do Estado (solo, subsolo, mar, espaço aéreo). 
 Povo: é o componente humano do Estado. 
 Governo Soberano: é o responsável pela condução política do Estado, por ser tal governo soberano, 
temos que este não se submete a nenhuma vontade externa, pois, relembrando, lá fora o Estado é 
independente e aqui dentro sua vontade é suprema. 
Observação importante deve ser feita quanto ao elemento povo. A palavra povo não pode ser substituída por 
população, cidadão, nem por nenhuma outra similar. 
1.6.3. FORMAS DE ESTADO 
Existem duas formas de Estado: Estado unitário e Estado federado.1.6.3.1. ESTADO UNITÁRIO 
Estado unitário é o termo utilizado para se referir aos países caracterizados pela CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA. 
Neste tipo de país existe um poder político central que emana sua vontade por todo o território nacional. 
Em um Estado unitário, existe relação de hierarquia e subordinação entre o poder político central e os poderes 
políticos regionais e locais, ou seja, Estados-membros e municípios em regra não existem e quando existem não são 
dotados de competências políticas, pois as competências políticas são exclusivas do poder político central. Neste 
caso, Estados-membros e municípios são subordinados a vontade do poder político central. 
O Brasil não é um Estado unitário. 
Um exemplo de Estado unitário é o Uruguai. 
1.6.3.2. ESTADO FEDERADO 
Estado federado é termo utilizado para se referir aos países caracterizados pela DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA, 
ou seja, existem diferentes entidades políticas autônomas que são distribuídas regionalmente e cada uma exerce o 
poder político dentro de sua área de competência. 
Em um Estado federado não existe relação de hierarquia e subordinação entre o poder político central e os 
poderes políticos regionais e locais, ou seja, Estados-membros e municípios são dotados de competências políticas, 
dessa forma, as competências políticas não são exclusivas do poder político central. Neste caso, Estados-membros e 
7 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
municípios não são subordinados à vontade do poder político central e também não são subordinados uns aos 
outros. 
O Brasil é um Estado unitário. 
1.6.4. PODERES DO ESTADO 
Os poderes do Estado são três: o Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. 
Art. 2º da CF: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
Observe que a Constituição Federal trata os poderes como independentes e harmônicos, isso significa que 
entre os poderes não existe relação de subordinação e nem de hierarquia, nenhum poder é mais importante do que 
o outro. 
Cada poder tem a sua função principal e eles devem exercer essas funções de forma harmônica. 
1.6.4.1. FUNÇÕES DOS PODERES 
As funções dos poderes, em regra, são a de criar leis (inovar o ordenamento jurídico), de administrar e de 
julgar conflitos. Cada poder é responsável pelo exercício de uma dessas funções, mas é errado pensar que cada 
poder somente desempenha uma dessas funções. 
Cada poder desempenha uma das funções do Estado de forma principal e também desempenha as outras 
funções do Estado de forma acessória. Em razão do fato de cada poder desempenhar, além da sua função principal, 
algumas funções acessórias, a doutrina classifica a separação dos poderes como flexível. 
Sendo assim, como a classificação da separação dos poderes é flexível, ela não é absoluta ou rígida. A 
separação seria absoluta caso cada poder desempenhasse somente a sua função principal, não podendo 
desempenhar funções acessórias, o que não é o caso do Brasil. 
A função principal de cada poder é aquela função que realmente justifica sua existência. 
 
PODER FUNÇÃO TÍPICA OU PRINCIPAL FUNÇÃO ATÍPICA OU ACESSÓRIA 
PODER EXECUTIVO Administrar Inovar o ordenamento jurídico e 
julgar conflitos 
PODER JUDICIÁRIO Julgar conflitos Inovar o ordenamento jurídico e 
administrar 
PODER LEGISLATIVO Inovar o ordenamento jurídico e 
fiscalizar a administração pública 
Administrar e julgar conflitos 
 
Relacionando a análise feita sobre os poderes e suas funções com os entes que compõe a República Federativa 
do Brasil, verifica-se que não existe poder judiciário municipal. 
8 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.7. NOÇÕES DE GOVERNO 
Neste tópico nós iremos estudar o governo. Abordaremos o conceito de governo, suas classificações, seus 
sistemas e suas formas. 
1.7.1. CONCEITO DE GOVERNO 
Governar está relacionado com a função política do Estado, a função de comando, de coordenar, de direcionar 
e fixar planos e diretrizes de atuação do Estado. O governo é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais 
responsáveis pela função política do Estado. 
O governo está diretamente ligado às decisões tomadas pelo Estado e exerce a direção suprema e geral do 
Estado. Considerando o Estado uma pessoa e fazendo uma analogia com o corpo humano, podemos dizer que o 
governo é o cérebro do Estado. 
A doutrina classifica o governo como uma atividade política, discricionária e independente, sendo assim, 
governar é uma atividade política, pois é exercida por políticos e tem o poder de inovar o ordenamento jurídico, 
além de ser, também, uma atividade discricionária e independente porque se subordina somente aos mandamentos 
da Constituição Federal, não havendo hierarquia e subordinação entre os responsáveis pelo exercício do governo. 
1.7.2. CLASSIFICAÇÃO DE GOVERNO 
A doutrina classifica o conceito de governo em um sentido formal/subjetivo e em um sentido 
material/objetivo. 
1.7.2.1. GOVERNO EM SENTIDO FORMAL OU SUBJETIVO 
Em sentido formal ou subjetivo, governo é o conjunto de poderes e órgãos responsáveis pela atividade de 
governar. Neste caso, associa-se a palavra governo com as instituições públicas responsáveis pelo comando, 
coordenação, direção e fixação de planos e diretrizes de atuação do Estado. 
1.7.2.2. GOVERNO EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO 
Em sentido material ou objetivo, governo é a atividade de governar, independentemente da instituição pública 
que a exerça, ou seja, associa-se à palavra governo com as atividades de comando, coordenação, direção e fixação de 
planos e diretrizes de atuação do Estado. 
1.7.3. SISTEMAS DE GOVERNO 
O termo sistema de governo refere-se ao grau de dependência entre o poder legislativo e o poder executivo. 
Os sistemas existentes são dois: o parlamentarismo e o presidencialismo. 
1.7.3.1. PARLAMENTARISMO 
O parlamentarismo é caracterizado por uma grande relação de dependência entre o poder legislativo e o 
poder executivo. 
Neste tipo de sistema de governo, a chefia do poder executivo é dividida entre duas autoridades públicas, um 
chefe de Estado e um chefe de governo. O chefe de Estado é responsável pela representação internacional do país e 
o chefe de governo é responsável pelas relações internas do país, ou seja, o chefe de governo é o chefe da 
administração pública. 
O chefe de Estado pode ser um presidente ou um rei, a depender de o país ser uma república ou uma 
monarquia. Este chefe de Estado faz a nomeação do chefe de governo, todavia, a pessoa nomeada para a chefia do 
governo somente poderá desempenhar esta função caso seja aprovada pelo poder legislativo. 
9 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Sendo assim, é fácil observar que existe uma grande relação entre os poderes, pois o poder legislativo precisa 
aprovar a indicação da pessoa que irá exercer a chefia de governo. 
O Brasil não é um país parlamentarista. 
Um exemplo de país parlamentarista é a Inglaterra. 
CARACTERÍSTICA PRINCIPAL 
A chefia do Estado e a chefia do Governo são desempenhadas por pessoas distintas. 
 Chefe de Estado: responsável pelas relações internacionais; 
 Chefe de governo: responsável pelas relações internas, o chefe de governo é o chefe da administração 
pública. 
1.7.3.2. PRESIDENCIALISMO 
O presidencialismo é caracterizado por uma pequena dependência entre o poder legislativo e o poder 
executivo. 
Neste tipo de sistema de governo, a chefia do poder executivo não é dividida entre duas autoridades públicas, 
como acontece no parlamentarismo. Neste tipo de sistema de governo, o chefe de Estado e o chefe de governo são 
representados pela mesma autoridade pública, ou seja, no presidencialismo, uma mesma autoridade pública é 
responsável pelas relações externas e internasdo país, bem como pela chefia da administração pública. 
Como o chefe de Estado e o chefe de governo estão representados na mesma pessoa, não é possível que o 
poder legislativo aprove a indicação do chefe do poder executivo, sendo assim, é fácil observar que não existe uma 
grande relação entre os poderes. 
O Brasil é um país presidencialista. 
CARACTERÍSTICA PRINCIPAL 
A chefia do Estado e a chefia do Governo são desempenhadas pela mesma pessoa. 
1.7.4. FORMAS DE GOVERNO 
O termo forma de governo refere-se ao grau de dependência entre governantes e governados. 
As formas de governo existentes são duas: a monarquia e a república. 
1.7.4.1. MONARQUIA 
A monarquia é a forma de governo caracterizada pela pouca ou nenhuma dependência entre governantes e 
governados. 
As principais características do governo monárquico são a hereditariedade, a vitaliciedade e a ausência do 
dever de prestar contas à população. 
 Hereditariedade: o poder é passado de pai pra filho. O povo não escolhe o governante. 
 Vitaliciedade: o detentor do poder fica no cargo até a morte. 
 Ausência de prestação de contas. 
10 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Como pode-se observar, devido a hereditariedade, vitaliciedade e ausência do dever de prestar contas, vemos 
que os governantes não dependem da escolha dos governados para chegar ao poder e, depois que estão no poder, 
governam como se fossem os donos do país até a sua morte. 
O Brasil não é uma monarquia. 
Um exemplo de país que adota a forma de governo monárquica é a Inglaterra. 
1.7.4.2. REPÚBLICA 
A república é a forma de governo caracterizada pela grande dependência entre governantes e governados. 
A república é caracterizada pelos princípios da eletividade, temporalidade e o dever de prestar contas. 
 Eletividade: o governante precisa ser eleito para chegar ao poder. 
 Temporalidade: ao chegar ao poder, o governante ficará no cargo por tempo determinado. 
 Dever de prestar contas. 
Devido ao fato de o governante depender do voto dos governados para chegar ao poder, de este poder ser 
exercido temporariamente e do dever de prestar contas à população dos atos de governo, nota-se uma grande 
dependência entre governantes e governados. 
O Brasil adota a república como forma de governo. 
1.8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Alexandrino, Marcelo; Paulo, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2013. 
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Saraiva, 2013. 
Mello, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Malheiros, 2008. 
Meirelles, Hely Lopes; Aleixo, Délcio Balestero; Burle Filho, José Emmanuel. Direito Administrativo Brasileiro. São 
Paulo: Ed. Malheiros, 2013. 
 
1 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
NOÇO ES DE ADMINISTRAÇA O PÚ BLICA: 
ADMINISTRAÇA O PÚ BLICA DIRETA 
SUMÁRIO 
1 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA _______________________________________________ 1 
1.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ________________________________________________ 1 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ____________________________________________ 1 
1.2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO ____________________________________ 1 
1.2.2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO FORMAL OU SUBJETIVO _____________________________________ 2 
1.3 COMPARAÇÃO ENTRE GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA _______________________________ 3 
1.4 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ______________________________________________________ 3 
1.4.1 CARACTERÍSTICAS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA _____________________________ 4 
1.5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ___________________________________________________________ 5 
1 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Neste tópico nós iremos estudar a Administração Pública. Veremos o conceito de Administração 
Pública e suas características. 
1.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Antes de fazermos qualquer conceituação doutrinária sobre Administração Pública, pode-se 
entendê-la como sendo a ferramenta utilizada pelo Estado para atingir os seus objetivos. 
A administração pública está presente dentro dos 3 poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Afinal de contas, conforme já foi visto, os três poderes exercem a função administrativa, sendo esta a 
função principal e típica do poder executivo e uma função acessória e atípica dos poderes legislativo e 
judiciário. 
A doutrina costuma afirmar que a administração pública é uma atividade neutra, vinculada à lei ou 
à norma técnica e hierarquizada. 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A doutrina classifica o conceito de Administração Pública em um sentido formal/subjetivo e em um 
sentido material/objetivo. 
1.2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO 
Em sentido material ou objetivo, administração é a atividade de administrar, independentemente 
da instituição pública que a exerça. 
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Adotando-se este critério de classificação, considera-se integrante da administração pública 
qualquer instituição que exerça alguma atividade administrativa do Estado e, neste caso, tanto faz se a 
instituição que exerce a atividade administrativa é pública ou privada. 
No Brasil, o critério adotado para classificar a administração pública não é este, e caso este fosse o 
critério adotado, a administração pública brasileira teria a seguinte composição: União, Estados, Distrito 
Federal, Municípios, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas prestadoras de serviço público, 
Sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos e, além dessas instituições, também 
integrariam a administração pública brasileira os particulares prestadores de serviço público, o que inclui 
as concessionárias, permissionárias e autorizatárias. 
Além disso, as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras da atividade 
econômica não integrariam a estrutura da administração pública brasileira. 
1.2.2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO FORMAL OU SUBJETIVO 
Em sentido formal ou subjetivo, o termo administração pública está relacionado com o conjunto de 
instituições públicas a quem o ordenamento jurídico atribuiu como tal, independentemente de esta 
instituição exercer ou não a atividade administrativa do Estado. Ou seja, a Administração Pública 
compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício 
da função administrativa do Estado. 
 
Dessa forma, a Administração pública em sentido subjetivo é integrada somente pelos membros da 
administração pública direta e indireta, ou seja, somente pelas entidades da administração pública direta 
e indireta, os órgãos que as integram e os agentes públicos que trabalham nesses órgãos, não incluindo, 
neste conceito de administração pública, os particulares que exercem função pública. 
A federação brasileira é formada por quatro entidades federadas (União, estados, DF e municípios), 
cada uma dessas entidades possui uma administração pública direta e uma administração pública 
indireta. 
A administração direta é constituída por órgãos públicos que integram o corpo da pessoa política. 
A administração indireta é constituída por pessoas jurídicas (Autarquias, Fundações Públicas, 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) criadas pelo ente político instituidor e por isso 
vinculada a eles. 
Administração Direta: É representada pelas entidades políticas,são elas: União, Estados, DF e 
Municípios. 
Administração Indireta: É representada pelas entidades administrativas, são elas: Autarquias, 
Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. 
A definição de quais entidades integram a administração pública no Brasil foi feita pelo Decreto-Lei 
200/67, que dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelecendo diretrizes para a 
Reforma Administrativa. É importante observar que esse decreto dispõe somente sobre a Administração 
3 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Pública federal, todavia, pela aplicação do princípio da simetria, tal regra é aplicada uniformemente por 
todo o território nacional, assim sendo, concluímos que tal classificação utilizada neste decreto define 
expressamente a Administração Pública federal e também, implicitamente, a Administração Pública dos 
demais entes da federação. 
Decreto-Lei 200/67: 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
 I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
 II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
 a) Autarquias; 
 b) Empresas Públicas; 
 c) Sociedades de Economia Mista; 
 d) fundações públicas. 
 
No Brasil nenhuma outra entidade integra o conceito de Administração Pública, somente as 
entidades da administração direta e indireta. Sendo assim, os particulares prestadores de serviço público 
(concessionários, permissionários e autorizatários) não integram a administração pública. 
1.3 COMPARAÇÃO ENTRE GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A tabela a seguir destaca as principais diferenças nas características do governo e da administração 
pública. Lembre-se: governo é uma coisa e administração pública é outra, os dois conceitos não se 
equivalem. 
GOVERNO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Comanda, decide o que tem que ser feito Executa as decisões tomadas pelo governo 
Atividade política Atividade neutra 
Atividade discricionária Atividade vinculada à lei ou à norma técnica 
Atividade independente Atividade hierarquizada 
 
1.4 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
A administração pública direta é integrada pelas entidades políticas, federadas ou estatais.São elas: 
União, estados, Distrito Federal e os municípios. 
Antes de continuar, uma observação importante, os termos entidades políticas, entidades 
federadas ou entidades estatais são sinônimos e somente fazem referência às entidades integrantes da 
administração pública direta. Fazendo um contraponto a essas expressões está a expressão entidades 
administrativas. Essa expressão faz referência às entidades integrantes da administração pública indireta, 
ou seja, não faz referências às entidades integrantes da administração pública direta. 
ENTIDADES POLÍTICAS / FEDERADAS / 
ESTATATAIS 
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
Administração pública direta Administração pública indireta 
União, estados, DF e municípios Autarquias, Fundações Públicas, Empresas 
Públicas e Sociedades de Economia Mista. 
4 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
 
1.4.1 CARACTERÍSTICAS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
1. São PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO interno = têm AUTONOMIA; 
a. Unidas elas formam a República Federativa do Brasil: Pessoa Jurídica de direito 
público externo tem SOBERANIA (independência na ordem externa e supremacia 
na ordem interna). 
Antes de continuar, é importante ressaltar que União é uma coisa e República Federativa do Brasil 
é outra coisa. Comparativamente, a República Federativa do Brasil é o ente federal e representa a soma 
de todos os entes federais, ou seja, é a soma da União, dos estados, do DF e dos municípios, sendo assim, 
enquanto a República Federativa do Brasil é o todo, a União é só uma parte deste todo. Ademais, a 
República Federativa do Brasil é a pessoa jurídica de direito público externo e tem soberania, ao passo 
que a União é uma pessoa jurídica de direito público interno (não externo) e, em razão disso, não possui 
soberania, apenas autonomia política, administrativa e orçamentária. 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL UNIÃO 
Pessoa jurídica de direito público externo Pessoa jurídica de direito público interno 
Tem soberania Tem autonomia 
É o todo É uma parte 
 
2. Adotam REGIME JURÍDICO de direito público; 
3. Têm AUTONOMIA: 
a. Política: é o poder de inovar o ordenamento jurídico por meio da criação de leis; 
b. Administrativa: é o poder de se auto administrar de forma independente e 
autônoma dos demais entes federados. Em razão disso, conclui-se que as entidades 
da administração pública direta não se subordinam hierarquicamente umas às 
outras, sendo cada uma delas dotadas de capacidade de se auto administrar; 
c. Financeira/Orçamentária: é uma decorrência da autonomia administrativa. Como 
cada entidade da administração pública direta tem a sua própria receita, cabe a elas 
próprias decidirem como irão aplicar esses recursos para alcançarem os fins 
governamentais, ou seja, os entes políticos têm orçamento próprio. 
4. SEM SUBORDINAÇÃO: atuam por cooperação; 
5. Suas COMPETÊNCIAS são hauridas da Constituição Federal; 
6. REGIME DE PESSOAL: Regime Jurídico Único/Estatuto 
7. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE AÇÕES JUDICIAIS 
a. União = Justiça Federal 
5 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
b. Demais entes políticos = Justiça Estadual (se DF, justiça do Distrito Federal) 
1.5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Alexandrino, Marcelo; Paulo, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2013. 
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Saraiva, 2013. 
Mello, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Malheiros, 2008. 
Meirelles, Hely Lopes; Aleixo, Délcio Balestero; Burle Filho, José Emmanuel. Direito Administrativo 
Brasileiro. São Paulo: Ed. Malheiros, 2013. 
 
1 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
TÉ CNICAS ADMINISTRATIVAS 
SUMÁRIO 
1 TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS _______________________________________________________ 1 
1.1 CENTRALIZAÇÃO ____________________________________________________________________ 1 
1.2 DESCENTRALIZAÇÃO _________________________________________________________________ 1 
1.2.1 DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA LEGAL/TÉCNICA/SERVIÇOS/FUNCIONAL ___________________________ 2 
1.2.2 DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO / COLABORAÇÃO ____________________________________________ 2 
1.2.3 COMPARANDO A DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA LEGAL COM A DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO. _ 3 
1.3 DESCONCENTRAÇÃO _________________________________________________________________ 3 
1.3.1 DESCONCENTRAÇÃO CENTRALIZADA ___________________________________________________________ 4 
1.3.2 DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZADA ________________________________________________________ 4 
1.4 CONCENTRAÇÃO ____________________________________________________________________ 4 
1.5 COMPARAÇÃO ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO ___________________________ 4 
1.6 CONCLUSÃO SOBRE AS TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS ______________________________________ 5 
1.7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ___________________________________________________________ 5 
1 TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS 
Técnicas administrativas é o termo utilizado para representar os meios de que dispõe o Estado para 
executar suas atividadesde natureza administrativa, ou seja, as técnicas administrativas correspondem 
aos métodos, as formas que o Estado utiliza para executar suas atividades públicas. 
As técnicas administrativas utilizadas pelo poder público para a concretização das atividades 
administrativas são quatro: centralização, descentralização, desconcentração e concentração. 
1.1 CENTRALIZAÇÃO 
A execução da atividade administrativa é considerada centralizada quando as entidades da 
administração pública direta titulares da competência para exercer determinada atividade administrativa, 
exercem-na diretamente através de seus órgãos e agentes. 
Sendo assim, a atividade administrativa centralizada é exercida pelo próprio Estado, que atua por 
meio dos órgãos da administração pública direta. 
1.2 DESCENTRALIZAÇÃO 
A execução da atividade administrativa é considerada descentralizada quando as entidades da 
administração pública direta titulares da competência para exercer determinada atividade administrativa, 
não a exercem diretamente através de seus órgãos e agentes, mas sim por meio de outras pessoas físicas 
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
ou jurídicas, ou seja, neste caso, a pessoa política titular da competência para o exercício de determinada 
atividade transfere o exercício dessa atividade para outra pessoa. 
Essa outra pessoa que vai ficar responsável pela execução da administração pública pode ser uma 
entidade da administração pública indireta (autarquia, fundação pública, empresa pública e sociedade de 
economia mista) ou um particular (concessionária, permissionária e autorizatária prestadora de serviço 
público). 
Por ser a descentralização uma técnica administrativa em que a entidade da administração pública 
direta, titular da competência para exercer determinada atividade administrativa, externaliza a execução 
da atividade administrativa, transferindo-a para outra pessoa que não integra a administração pública 
direta, a descentralização é considerada um processo externo. 
A descentralização pode ser realizada de duas formas: descentralização por outorga legal e 
descentralização por delegação. 
1.2.1 DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA LEGAL/TÉCNICA/SERVIÇOS/FUNCIONAL 
A descentralização por outorga legal, também chamada de descentralização técnica, 
descentralização por serviços e descentralização funcional, acontece quando a pessoa política titular da 
competência para o exercício de determinada atividade cria uma entidade da administração pública 
indireta e transfere o exercício dessa atividade para a entidade criada. 
Sendo assim, é por meio da descentralização por outorga legal que nascem as entidades da 
administração pública indireta, ou seja, a administração pública indireta é um resultado da 
descentralização por outorga legal. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA LEGAL 
 A descentralização por outorga legal é formalizada por meio de uma lei; 
 Por meio da descentralização por outorga legal a entidade da administração pública direta 
transfere a titularidade da atividade administrativa descentralizada para a entidade da 
administração pública indireta que foi instituída. Sendo assim, a titularidade da atividade 
deixa de ser da entidade da administração pública direta e passa a ser de titularidade da 
entidade da administração pública indireta instituída para tal finalidade; 
 Não tem prazo de duração. A transferência de competência é feita por lei e as leis, via de 
regra, possuem vigência, a qual só é interrompida quando revogadas por outra lei. Em razão 
disso, a descentralização por outorga legal não tem prazo de duração, nem data específica 
para ser cancelada. 
1.2.2 DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO / COLABORAÇÃO 
A descentralização por delegação, também chamada de descentralização por colaboração acontece 
quando a pessoa política titular da competência para o exercício de determinada atividade transfere o 
exercício dessa competência para um particular que o exercerá por conta e risco. 
3 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Esse particular que vai receber a execução da competência administrativa não integra a 
administração pública direta e nem a indireta,, e são eles os concessionários, permissionários e 
autorizatários prestadores de serviços públicos. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO 
 A descentralização por outorga legal não é formalizada por meio de uma lei, ela é 
formalizada por meio de um contrato administrativo ou de um ato administrativo; 
 Por meio da descentralização por delegação a entidade da administração pública direta não 
transfere a titularidade da atividade administrativa descentralizada para o particular. 
Ocorre apenas a transferência da execução da atividade que passa a ser de responsabilidade 
do particular, mas a titularidade desta atividade continua com a entidade da administração 
pública direta; 
 Tem prazo de duração. O contrato administrativo ou ato administrativo que formaliza a 
descentralização por delegação deve conter cláusula ou artigo indicando qual é o prazo de 
duração da transferência de competência. Após o término do prazo de duração apontado 
no contrato ou ato, a execução da atividade volta a ser de responsabilidade da entidade da 
administração pública direta. 
1.2.3 COMPARANDO A DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA LEGAL COM A DESCENTRALIZAÇÃO 
POR DELEGAÇÃO. 
DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA 
LEGAL/TÉCNICA/SERVIÇOS/FUNCIONAL 
 
DESCENTRALIZAÇÃO POR 
DELEGAÇÃO/COLABORAÇÃO 
 
A pessoa política titular da competência para o 
exercício de determinada atividade cria uma 
entidade da administração pública indireta e 
transfere o exercício dessa atividade para a 
entidade criada. 
 
A pessoa política titular da competência para o 
exercício de determinada atividade transfere o 
exercício dessa competência para um particular 
que o exercerá por conta e risco. 
 
Ocorre por meio de lei. 
 
Ocorre por meio de contrato ou ato 
administrativo. 
 
Transfere a TITULARIDADE da atividade. 
 
Transfere somente a EXECUÇÃO da atividade. Não 
transfere titularidade. 
 
Não tem prazo. 
 
Tem prazo. 
 
 
1.3 DESCONCENTRAÇÃO 
A execução da atividade administrativa é considerada desconcentrada quando as entidades da 
administração pública direta ou indireta titulares da competência para exercer determinada atividade 
administrativa, criam um órgão dentro de sua própria estrutura e transfere para este órgão o exercício 
desta competência, dessa forma, neste caso, a pessoa jurídica da administração pública direta ou indireta, 
4 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
titular da competência para o exercício de determinada atividade, transfere o exercício dessa atividade 
para um órgão público criado dentro de sua própria estrutura com a finalidade de executar a atividade. 
Para que ocorra a desconcentração, é necessário que a entidade tenha a titularidade da 
competência desconcentrada, sendo assim, particulares que prestam serviço público, como não detêm a 
titularidade da atividade que executam, não realizam desconcentração, desse modo, a desconcentração 
somente pode ser realizada pelas entidades da administração pública direta e indireta. 
Por ser a desconcentração uma técnica administrativa em que a entidade da administração pública 
direta, titular da competência para exercer determinada atividade administrativa, não externaliza a 
execução da atividade administrativa, ao contrário, continua exercendo essa competência por meio de 
um órgão integrante da sua estrutura interna, a desconcentração é considerada um processo interno. 
A desconcentração pode ser realizada de duas formas: centralizada e descentralizada. 
1.3.1 DESCONCENTRAÇÃO CENTRALIZADA 
A desconcentração centralizadaacontece quando a pessoa jurídica que cria um órgão dentro de sua 
própria estrutura para executar determinada atividade administrativa integra a administração pública 
direta. 
1.3.2 DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZADA 
A desconcentração descentralizada acontece quando a pessoa jurídica que cria um órgão dentro de 
sua própria estrutura para executar determinada atividade administrativa integra a administração pública 
indireta. 
1.4 CONCENTRAÇÃO 
A execução da atividade administrativa é considerada concentrada quando as entidades da 
administração pública direta ou indireta titulares da competência para exercer determinada atividade 
administrativa extingue um órgão dentro de sua própria estrutura, neste caso, a pessoa jurídica da 
administração pública direta ou indireta titular da competência para o exercício de determinada atividade 
extingue o órgão público periférico executor da respectiva atividade administrativa. 
1.5 COMPARAÇÃO ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO 
 
A pessoa política titular da competência para o 
exercício de determinada atividade transfere o 
exercício dessa atividade para outra pessoa. 
 
A pessoa jurídica titular da competência para 
executar determinada atividade do Estado cria 
um órgão dentro de sua estrutura e transfere 
para este órgão o exercício desta competência. 
 
Processo externo. 
 
Processo interno. 
 
Envolve duas pessoas. 
 
Envolve uma pessoa. 
 
 
5 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.6 CONCLUSÃO SOBRE AS TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS 
Os termos concentração e centralização estão relacionados à ideia geral de distribuição de 
atribuições da periferia para o centro, ao passo que desconcentração e descentralização associam-se à 
transferência de tarefas do centro para a periferia. 
1.7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Alexandrino, Marcelo; Paulo, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2013. 
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Saraiva, 2013. 
Mello, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Malheiros, 2008. 
Meirelles, Hely Lopes; Aleixo, Délcio Balestero; Burle Filho, José Emmanuel. Direito Administrativo 
Brasileiro. São Paulo: Ed. Malheiros, 2013. 
 
1 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
ADMINISTRAÇA O PÚ BLICA INDIRETA 
SUMÁRIO 
1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA _________________________________________________ 1 
1.1 CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ____________ 2 
1.2 CONTROLE DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA CONTROLANDO A ENTIDADE DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA INSTITUÍDA ________________________________________________ 2 
1.3 CRIAÇÃO DOS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA _______________________________________ 2 
1.4 EXTINÇÃO DOS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ______________________________________ 3 
1.5 AUTARQUIA ________________________________________________________________________ 4 
1.5.1 CONCEITO DE AUTARQUIA ____________________________________________________________________ 4 
1.5.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS AUTARQUIAS __________________________________________________ 4 
1.5.3 CLASSIFICAÇÃO DAS AUTARQUIAS ______________________________________________________________ 4 
1.6 FUNDAÇÃO PÚBLICA _________________________________________________________________ 6 
1.6.1 CONCEITO DE FUNDAÇÃO PÚBLICA _____________________________________________________________ 6 
1.6.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS __________________________________________ 6 
1.6.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS ______________________________________________________ 6 
1.7 EMPRESAS ESTATAIS (EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA) __________________ 7 
1.7.1 CONCEITO DE EMPRESA ESTATAL ______________________________________________________________ 7 
1.7.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS ESTATAIS ____________________________________________ 7 
1.7.3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS ESTATAIS _______________________________________________________ 7 
1.8 COMPARAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA __________________ 9 
1.9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA __________________________________________________________ 10 
1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
A administração pública indireta é integrada pelas entidades administrativas, e são elas: Fundações 
Públicas, Autarquias, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas. 
Para ajudar a memorizar o nome das entidades que compõem a administração pública indireta, use 
a palavra FASE, veja a seguir: 
 Fundação Pública;
 Autarquia;
 Sociedade de Economia Mista;
 Empresa Pública
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
 
1.1 CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
INDIRETA 
Neste tópico serão apresentadas as características que são comuns a todas as entidades da 
administração pública indireta, por isso fique ligado, o assunto cai muito em prova. Veja a seguir: 
1. As entidades da administração pública indireta têm personalidade jurídica própria; 
2. As entidades da administração pública indireta têm patrimônio e receita próprios; 
3. As entidades da administração pública indireta têm autonomia: 
 Administrativa; 
 Técnica; 
 Financeira. 
4. OBS: As entidades da administração pública indireta não têm autonomia política. 
5. A finalidade das entidades da administração pública indireta é definida em lei; 
6. As entidades da administração pública indireta detêm a TITULARIDADE da 
competência para a qual foi criada. 
1.2 CONTROLE DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA CONTROLANDO A 
ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA INSTITUÍDA 
A administração pública direta institui os entes da administração pública indireta para 
executar alguma atividade que era de competência da entidade da administração pública direta que a 
instituiu. Sendo assim, a entidade política instituidora realiza controle sobre a entidade administrativa 
instituída. 
Essa relação entre as duas é formalizada por uma relação de vinculação. Sendo assim, a 
administração pública indireta é vinculada à administração pública direta. 
A expressão vinculação significa que entre a administração pública direta e a indireta não 
existe hierarquia e subordinação. Logo, conclui-se que existe uma relação entre ambas, essa relação não 
é uma relação hierárquica e por meio desse vínculo entre elas é que a administração pública direta 
controla a entidade da administração pública indireta instituída. 
O controle realizado pela administração pública direta sobre a entidade administrativa 
instituída é chamado de controle finalístico, supervisão ministerial ou poder de tutela. 
1.3 CRIAÇÃO DOS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
As entidades da administração pública indireta são frutos da descentralização por outorga 
legal, logo, a instituição das entidades administrativas depende sempre de uma lei ordinária específica. 
A competência para iniciar o processo legislativo, que tem por objetivo instituir uma entidade 
da administração pública indireta, é do chefe da respectiva administração pública. Em regra, compete ao 
chefe do poder executivo (presidente da república, governador do estado e prefeito municipal) a 
propositura do projeto de lei que institui os entes administrativos. 
3 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
A lei responsável pela formalização da instituição daentidade da administração pública 
indireta pode instituir a respectiva entidade de duas formas: ou a lei cria diretamente a entidade, ou a lei 
autoriza a criação da entidade. 
Quando a lei cria diretamente a entidade, nasce uma entidade administrativa com 
personalidade jurídica de direito público. É dessa forma que SEMPRE nascem as autarquias e que, 
EVENTUALMENTE, pode ser instituída uma fundação pública. Nesses casos, a formalização da instituição 
da entidade não depende de nenhum tipo de registro em cartório ou em junta comercial. 
Quando a lei autoriza a criação da entidade, nasce uma entidade administrativa com 
personalidade jurídica de direito privado. É dessa forma que SEMPRE nascem as empresas públicas e 
sociedades de economia mista e que, eventualmente, pode ser instituída uma fundação pública. Nesses 
casos, a formalização da instituição da entidade depende de registro em cartório ou em uma junta 
comercial. 
As entidades da administração pública indireta não podem, em nenhuma hipótese, ser 
instituídas somente por decreto do chefe do respectivo poder, ou seja, não existe criação de entidade 
administrativa por meio de decreto, somente por meio de lei. 
MUITO IMPORTANTE!!! 
O critério adotado para definir a personalidade jurídica das entidades da administração 
pública indireta é apenas o fato de a entidade ter sido criada por lei ou autorizada a criação pela lei, sendo 
que no primeiro caso a entidade administrativa é sempre pessoa jurídica de direito público e no segundo 
caso ela é sempre pessoa jurídica de direito privado. 
 
LEI CRIA LEI AUTORIZA A CRIAÇÃO + REGISTRO 
Pessoa jurídica de direito público Pessoa jurídica de direito privado 
• Autarquia (SEMPRE); 
• Fundação Pública (EXCEÇÃO) 
 
• Fundação Pública (REGRA) 
• Empresa Pública (SEMPRE) 
• Sociedade de Economia Mista (SEMPRE) 
 
 
1.4 EXTINÇÃO DOS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
A extinção das entidades da administração pública indireta deve ocorrer da mesma forma que 
ocorreu a sua criação, sendo assim, as pessoas jurídicas de direito público, que são criadas diretamente 
por lei, somente podem ser extintas por outra lei; já as pessoas jurídicas de direito privado, que são criadas 
mediante autorização da lei seguida do respectivo registro, somente podem ser extintas por meio de 
outra lei que autorize a sua extinção. 
LEI CRIA LEI AUTORIZA A CRIAÇÃO + REGISTRO 
Pessoa jurídica de direito público Pessoa jurídica de direito privado 
• Autarquia (SEMPRE); 
• Fundação Pública (EXCEÇÃO) 
• Fundação Pública (REGRA) 
• Empresa Pública (SEMPRE) 
4 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
 • Sociedade de Economia Mista (SEMPRE) 
 
Lei extingue Lei autoriza a extinção 
 
As entidades da administração pública indireta não podem, em nenhuma hipótese, ser 
extintas somente por decreto. 
1.5 AUTARQUIA 
Neste tópico será apresentado o conceito que define a autarquia e as suas principais 
características. 
1.5.1 CONCEITO DE AUTARQUIA 
Autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de 
autoadministração, para o desempenho de serviço público ou atividades típicas do Estado, de modo 
descentralizado. 
1.5.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS AUTARQUIAS 
As principais características das autarquias são: 
1. As autarquias são criação por lei; 
2. As autarquias têm personalidade jurídica de direito público; 
3. A finalidade das autarquias é o exercício de atividades típicas do Estado ou a prestação 
de serviços públicos; 
4. As autarquias adotam regime jurídico de direito público; 
5. As autarquias adotam como regime de pessoal o Regime Jurídico Único ou Estatutário; 
6. A justiça competente para julgar as ações judiciais de que as autarquias fazem parte é: 
 Autarquia federal = Justiça Federal; 
 Autarquia estadual, distrital ou municipal = Justiça Estadual. 
7. Exemplos de autarquia: INSS, Banco Central do Brasil, Agências Reguladoras. 
1.5.3 CLASSIFICAÇÃO DAS AUTARQUIAS 
Devido ao fato das autarquias serem instituídas para o exercício de atividades típicas do 
estado, elas estão aptas para o desempenho de uma grande gama de atividades distintas, tais como a 
prestação de serviço público, a regulação de vários setores da sociedade, dentre outras. Em decorrência 
dessa diversidade de funções, a doutrina aponta várias espécies de autarquias, e são elas: 
 Autarquia comum (ordinária); 
 Autarquia em regime especial; 
 Agências Reguladoras; 
 Autarquia Territorial; 
 Autarquia Inter-federativa ou multi federativas; 
 Autarquia Fundacional (Fundação Autárquica). 
 
5 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.5.3.1 AUTARQUIA (ORDINÁRIA) 
Autarquia comum é a espécie de autarquia que apresenta todas as características já 
apontadas no estudo geral das autarquias. Na esfera federal, as autarquias comuns são regidas somente 
pelo Decreto-Lei 200/67. 
1.5.3.2 AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL 
As autarquias em regime especial são submetidas a um regime jurídico peculiar, diferente do 
regime jurídico relativo às autarquias comuns. 
Por autarquia comum deve se entender as autarquias ordinárias, aquelas que se submetem a 
regime jurídico comum das autarquias. Na esfera federal, o regime jurídico comum das autarquias é o 
Decreto-Lei 200/67. 
Se a autarquia além das regras do regime jurídico comum ainda é alcançada por alguma regra 
especial, peculiar as suas atividades, será esta autarquia considerada uma autarquia em regime especial. 
1.5.3.3 AGÊNCIAS REGULADORAS 
As agências reguladoras são espécies de autarquia responsáveis por regular, normatizar e 
fiscalizar determinados serviços públicos que foram delegados ao particular. Em razão dessa 
característica, elas têm mais liberdade e maior autonomia, comparadas com as Autarquias comuns. 
Exemplos: ANCINE, ANA, ANAC, ANTAQ, ANATEL, ANEEL, ANP, ANTT. 
1.5.3.4 AUTARQUIA TERRITORIAL 
É classificado como Autarquia territorial, o espaço territorial que faça parte do território da 
União, mas que não se enquadre na definição de Estado membro, DF ou município. No Brasil atual não 
existem exemplos de Autarquias territoriais federais, mas elas podem vir a ser criadas e, neste caso, esses 
territórios fazem parte da administração pública indireta e são Autarquias territoriais, pois são criados por 
lei e assumem personalidade jurídica de direito público. 
1.5.3.5 AUTARQUIAS INTER FEDERATIVAS OU MULTI FEDERATIVAS 
Autarquia inter-federativa ou multi federativa é o termo utilizado para fazer referência às 
associações públicas, que são os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público. 
O consórcio público é pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na 
forma da Lei nº 11.107 de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização 
de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de 
direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos. 
Sendo assim, não é todo consórcio público que representa uma Autarquia Inter-federativa, 
somente os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público. Os consórcios públicos com 
personalidade jurídica de direito privado não são considerados autarquias. 
1.5.3.6 AUTARQUIA FUNDACIONAL OU FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA 
A Autarquia fundacional ou fundação autárquica é a Fundação Pública com personalidade 
jurídica de direito público, isto acontece quando uma Fundação Pública é criada diretamente pela lei. 
6 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Caso a fundação pública tenha sido instituída por meio de autorização da lei, essa fundação 
pública não é uma autarquia fundacional ou fundação autárquica,é somente uma fundação pública 
comum. 
1.6 FUNDAÇÃO PÚBLICA 
Neste tópico será apresentado o conceito que define as fundações públicas e as suas principais 
características. 
1.6.1 CONCEITO DE FUNDAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa para o desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União e de 
outras fontes (Inc. IV do art. 5º do Decreto-Lei 200/67). 
Apesar da definição de fundação pública apresentada no Decreto-Lei 200/67, as fundações 
públicas não são sempre criadas por autorização da lei. Em regra, as fundações públicas são pessoas 
jurídicas de direito privado, pois sua criação é autorizada pela lei, entretanto, excepcionalmente, uma 
Fundação Pública pode vir a ser criada pela lei e nesse caso ela será uma pessoa jurídica de direito público. 
Quando isso acontecer o nome empregado para tal entidade é FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA ou AUTARQUIA 
FUNDACIONAL, que nada mais é do que uma espécie de Autarquia. 
1.6.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
As principais características das Fundações Públicas são: 
1. São criadas por autorização da lei ou diretamente por lei; 
2. Em regra têm personalidade jurídica de direito privado, excepcionalmente têm 
personalidade jurídica de direito público; 
3. Suafinalidade será definida por lei complementar, todavia, elas não podem explorar 
atividade econômica ou o lucro; 
4. Adotam regime jurídico de direito privado ou híbrido, quando são pessoas jurídicas de 
direito privado e adotam regime jurídico de direito público, quando são pessoas 
jurídicas de direito público; 
5. Adotam como regime de pessoal o Regime Jurídico Único ou Estatutário; 
6. A justiça competente para julgar as ações judiciais de que as Fundações Públicas fazem 
parte é: 
 Fundações Públicas Federais = Justiça Federal; 
 Fundações Públicas estaduais, distritais ou municipais = Justiça Estadual. 
7. Exemplos de Fundações Públicas: FUNAI, IBGE, Biblioteca Nacional 
1.6.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
Devido ao fato de as fundações públicas terem sua criançãoautorizada pela lei ou criadas por 
lei, a doutrina as classifica em duas espécies, são elas: Fundação Pública (Comum) e Fundação Autárquica. 
7 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.6.3.1 FUNDAÇÃO PÚBLICA (COMUM) 
Fundação pública comum é a fundação pública criada por meio de autorização da lei e que, 
por isso, tem personalidade jurídica de direito privado. 
1.6.3.2 FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA OU AUTARQUIA FUNDACIONAL 
Autarquia fundacional ou fundação autárquica é a Fundação Pública com personalidade 
jurídica de direito público, isto acontece quando uma Fundação Pública é criada diretamente pela lei. 
1.7 EMPRESAS ESTATAIS (EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA) 
Empresa estatal é o termo utilizado para fazer referência tanto às empresas públicas, quanto 
às sociedades de economia mista. 
Sendo assim, neste tópico será apresentado um conceito comum para definir tanto as 
empresas públicas, quanto as sociedades de economia mista e também serão apresentadas as principais 
características comuns a ambas. 
1.7.1 CONCEITO DE EMPRESA ESTATAL 
Sendo a empresa estatal o termo utilizado para fazer referência tanto às empresas públicas, 
quanto às sociedades de economia mista. Pode-se dizer que elas são pessoas jurídicas de direito privado, 
criadas pela administração direta por meio de autorização legislativa seguida do respectivo registro, com 
a finalidade de prestar serviços públicos ou explorar a atividade econômica (lucro). 
 
1.7.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS ESTATAIS 
As principais características das Empresas Estatais são: 
1. São criadas por autorização da lei; 
2. Têm personalidade jurídica de direito privado; 
3. Têm como finalidade a prestação de serviços públicos ou a exploração da atividade 
econômica; 
4. As Empresas Estatais adotam regime jurídico de direito privado ou híbrido; 
5. As Empresas Estatais adotam como regime de pessoal a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT); 
6. Os dirigentes das Empresas Estatais não são regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho, eles ocupam cargo em comissão e por isso são estatutários. 
1.7.3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS ESTATAIS 
Devido ao fato de o termo empresa estatal fazer referência tanto às empresas públicas, 
quanto às sociedades de economia mista, pode-se dizer que as empresas estatais classificam-se em dois 
tipos: Empresas públicas e Sociedades de Economia mista. 
1.7.3.1 EMPRESA PÚBLICA 
Empresa Pública é a empresa estatal dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo do Poder Público, criada por autorização da lei para a exploração 
de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência 
8 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
administrativa, ou para a prestação de serviços públicos, podendo revestir-se de qualquer uma das formas 
admitidas em direito. 
As principais características das empresas públicas são: 
1. São criadas por autorização da lei; 
2. Têm personalidade jurídica de direito privado; 
3. Têm como finalidade a prestação de serviços públicos ou a exploração da atividade 
econômica; 
4. Adotam regime jurídico de direito privado ou híbrido; 
5. Adotam como regime de pessoal a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); 
6. Os dirigentes das Empresas Públicas não são regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho, eles ocupam cargo em comissão e por isso são estatutários; 
7. Seucapital deve ser 100% do poder público, ou seja, não é permitida a participação de 
capital privado; 
Quando é dito que o capital da empresa pública deve ser 100% do poder público, isso significa 
que qualquer entidade da administração pública direta e indireta pode ser sócia de uma empresa pública. 
O que não é admitido é o capital de pessoas ou instituições que não compõe a estrutura da administração 
pública 
8. A empresa pública pode ser constituída sob qualquer forma social jurídica; 
9. A justiça competente para julgar as ações judiciais de que as empresas públicas fazem 
parte é: 
 Empresas Públicas Federais = Justiça Federal; 
 Empresas públicas estaduais, distritais ou municipais = Justiça Estadual. 
10. Exemplos de empresas públicas: Correios, Caixa Econômica Federal. 
1.7.3.2 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, criada por autorização da lei para a exploração de atividade econômica ou para a prestação de 
serviços públicos, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua 
maioria ao Poder Público. 
As principais características das sociedades de economia mista são: 
1. São criadas por autorização da lei; 
2. Têm personalidade jurídica de direito privado; 
3. Têm como finalidade a prestação de serviços públicos ou a exploração da atividade 
econômica; 
4. Adotam regime jurídico de direito privado ou híbrido; 
5. Adotam como regime de pessoal a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); 
6. Os dirigentes das Sociedades de Economia Mista não são regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho, eles ocupam cargo em comissão e por isso são estatutários; 
7. Seu capital deve ser majoritariamente do Poder Público, todavia, é permitida a 
participação de capital privado; 
9 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
8. Somente podem ser constituídas sob a formasocial jurídica Sociedade Anônima (S/A); 
9. A justiça competente para julgar as ações judiciais de que as sociedades de economia 
mista fazem parte é Justiça Estadual, independentemente de a sociedade de economia 
mista ser federal, estadual, distrital ou municipal; 
10. Exemplos de sociedades de economia mista: Petrobrás, Banco do Brasil. 
1.7.3.3 DIFERENÇAS ENTRE AS EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 
CARACTERÍSTICAS EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
CAPITAL 100% do Poder Público Majoritário Público 
FORMA JURÍDICA SOCIAL Qualquer uma: S/A; S/C; 
LTDA... 
Somente S/A 
COMPETÊNCIA PARA 
JULGAMENTO 
Se federal, justiça federal. 
Se vinculada a outras 
esferas governamentais, 
justiça estadual 
Independentemente da 
esfera a que se vincule, deve 
ter seus processos julgados 
pela justiça estadual. 
 
1.8 COMPARAÇÃO ENTRE AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
CARACTERÍSTICAS AUTARQUIAS FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS 
EMPRESAS 
PÚBLICAS 
SOCIEDADES DE 
ECONOMI MISTA 
CRIAÇÃO Por Lei Por autorização 
da Lei mais 
registro ou 
diretamente por 
lei 
Por autorização 
da lei mais 
registro 
Por autorização da 
lei mais registro 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
Direito Público Direito Privado ou 
Direito Público 
Direito Privado Direito Privado 
FINALIDADE Prestar serviços 
públicos ou 
exercer 
atividades típicas 
do Estado 
Lei complementar 
definirá, todavia, 
não podem 
explorar o lucro 
Prestar serviços 
públicos ou 
explorar a 
atividade 
econômica 
Prestar serviços 
públicos ou explorar 
a atividade 
econômica 
REGIME JURÍDICO Direito Público Direito 
Privado/Híbrido 
ou Direito Público 
Direito 
Privado/Híbrido 
Direito 
Privado/Híbrido 
REGIME DE 
PESSOAL 
RJU - Estatuto RJU – Estatuto CLT CLT 
COMPETÊNCIA 
PARA 
JULGAMENTO 
Se federal, justiça 
federal. Se 
vinculada a 
outras esferas 
governamentais, 
justiça estadual 
Se federal, justiça 
federal. Se 
vinculada a 
outras esferas 
governamentais, 
justiça estadual 
Se federal, justiça 
federal. Se 
vinculada a 
outras esferas 
governamentais, 
justiça estadual 
Independentemente 
da esfera a que se 
vincule, deve ter 
seus processos 
julgados pela justiça 
estadual. 
 
10 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
1.9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Alexandrino, Marcelo; Paulo, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2012. 
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2013. 
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Saraiva, 2013. 
Mello, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Ed. Malheiros, 2008. 
Meirelles, Hely Lopes; Aleixo, Délcio Balestero; Burle Filho, José Emmanuel. Direito Administrativo 
Brasileiro. São Paulo: Ed. Malheiros, 2013. 
 
1 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
Ó RGÃ ÓS PÚ BLICÓS 
SUMÁRIO 
SUMÁRIO ___________________________________________________________________________ 1 
1 ÓRGÃO PÚBLICO _________________________________________________________________ 1 
1.1 CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS _______________________________________________ 1 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS _________________________________________________ 3 
1.2.1 CLASSIFICAÇÃO DO ÓRGÃO QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL __________________________________________ 3 
1.2.1.1 ÓRGÃOS INDEPENDENTES _______________________________________________________________ 3 
1.2.1.2 ÓRGÃOS AUTÔNOMOS __________________________________________________________________ 3 
1.2.1.3 ÓRGÃOS SUPERIORES ___________________________________________________________________ 3 
1.2.1.4 ÓRGÃOS SUBALTERNOS _________________________________________________________________ 4 
1.2.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA _________________________________________________________ 4 
1.2.2.1 ÓRGÃO SIMPLES _______________________________________________________________________ 4 
1.2.2.2 ÓRGÃO COMPOSTO ____________________________________________________________________ 4 
1.2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPOSIÇÃO/ATUAÇÃO FUNCIONAL ____________________________________ 4 
1.2.3.1 ÓRGÃO SINGULAR OU UNIPESSOAL ________________________________________________________ 5 
1.2.3.2 ÓRGÃO COLEGIADO OU PLURIPESSOAL OU COLETIVOS ________________________________________ 5 
1.3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ___________________________________________________________ 5 
1 ÓRGÃO PÚBLICO 
Várias teorias foram desenvolvidas com o objetivo de conceituar a expressão órgão público, 
dentre elas destacam-se a teoria do mandato, a teoria da representação e a teoria geral do órgão. As duas 
primeiras não foram adotadas no Brasil, sendo assim, conclui-se que a teoria que fundamenta e dá 
significado para a expressão órgão público é a teoria geral do órgão. 
 Teoria do mandato – não adotada
 Teoria da representação – não adotada
 Teoria geral do órgão – adotada no Brasil
Segundo a teoria geral do órgão, os órgãos são centros despersonalizados de competências e 
possuem necessariamente funções, cargos e agentes. 
1.1 CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
As principais características dos órgãos públicos são: 
1. Órgãos públicos não possuem personalidade jurídica;
Órgãos públicos não são pessoas físicas e nem pessoas jurídicas, sendo assim, eles não são 
pessoas e não tem personalidade jurídica. 
2 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ROBSON FACHINI 
É comum haver questões de prova afirmando que o órgão público tem personalidade jurídica 
de direito público ou privado, essa afirmação é errada, pois órgão público não tem personalidade jurídica 
de direito de nenhum tipo. 
Muitas pessoas se assustam com essa regra, devido ao fato de os órgãos públicos possuírem 
CNPJ, realizarem licitações e também por celebrarem contratos públicos, todavia essas situações não 
devem ser levadas em consideração neste momento. 
O CNPJ não é suficiente para conferir personalidade jurídica para o órgão público, e o CNPJ é 
um instituto que interessa ao direito civil e ao direito tributário, o direito administrativo não o considera. 
2. Órgãos públicos integram a estrutura da pessoa jurídica que pertencem; 
Os órgãos públicos não são pessoas, mas sim partes das pessoas jurídicas que compõem as 
entidades da administração pública direta e indireta, ou seja, eles integram a estrutura orgânica das 
pessoas jurídicas que pertencem. 
3. Órgãos públicos não possuem capacidade processual, salvo os órgãos independentes 
e autônomos que podem impetrar Mandado de Segurança em defesa de suas 
prerrogativas constitucionais, quando violadas por outro órgão; 
Os órgãos públicos não são pessoas, e por isso, em regra, eles não têm capacidade processual, 
todavia, essa regra não é absoluta, pois comporta duas exceções. Existem dois tipos de órgãos públicos 
(órgãos independentes e os órgãos autônomos) que possuem capacidade processual para defesa de 
prerrogativas constitucionais, sendo assim, se você encontrar uma questão de prova que afirma que os 
órgãos públicos não têm capacidade processual, considere-a CERTA. Se você encontrar uma questão de 
prova que afirma que os órgãos públicos NUNCA têm capacidade processual, considere-a errada. 
4. Órgãos públicos não possuem patrimônio próprio; 
Os órgãos públicos não são pessoas e, por isso, eles não têm direitos patrimônios, sendo 
assim, o patrimônio utilizado dentro de um órgão público para execução do serviço de competência desse 
órgão, não é de titularidade do órgão, mas sim da pessoa

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