Buscar

Antropologia_social_Unidade_I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Antropologia Social
Professora conteudista: Claudete de Souza
Sumário
Antropologia Social
Unidade I
1 A TEORIA EVOLUCIONISTA: AS BASES DA CIÊNCIA ANTROPOLÓGICA .........................................2
1.1 Da Escola Funcionalista ao Culturalismo .......................................................................................4
1.2 A formação da sociedade brasileira na perspectiva de
Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque de Holanda ...............................................................................7
1.3 A formação do Brasil e o mito das três raças ........................................................................... 13
Unidade I
2 A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIOURBANAS NO BRASIL .................................................... 20
2.1 O processo de industrialização e urbanização e
a constituição do povo brasileiro .......................................................................................................... 22
2.2 Classe, cor e preconceito no Brasil ................................................................................................ 24
1
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
Unidade I
5
10
15
20
INTRODUÇÃO
A Antropologia preocupa-se em analisar as diferenças, assim 
como elaborar propostas de ações que busquem transformar a 
realidade. Tendo sua origem no período da expansão do mundo 
colonial, período em que o mundo europeu se confronta com 
outros povos e culturas, nas Américas e na África, essa ciência 
surge para compreender as diversas formas do ser, do sentir e 
do pensar humano.
Assim, a Antropologia tem seu desenvolvimento como 
ciência a partir da necessidade em compreender o outro (aquele 
que era diferente do mundo europeu do século XIX) como 
parte integrante de um contexto em que o universo da cultura 
ocidental se impõe à cultura do outro, implicando em violência 
e visões distorcidas desses povos e de suas culturas.
O confronto com o desconhecido, como nos afirma 
Gusmão (1997, p. 18), implicou fazer perguntas, cujas respostas 
permitiram a constituição de um saber legítimo e reconhecido 
como ciência.
Ao procurar identificar de forma precisa o não europeu, o 
antropólogo do século XIX tinha por base uma falsa imagem 
da cultura europeia, compreendida como uma sociedade 
homogênea e integrada. Não compreendiam que havia tantas 
diferenças e conflitos entre o industrial e o mineiro inglês, 
assim como entre o oficial da administração britânica e o 
colono indiano.
2
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
Por isso, a Antropologia foi sempre considerada a ciência da 
alteridade, isto é, a ciência que busca investigar o outro, aquele 
que é essencialmente diferente de mim.
1 A TEORIA EVOLUCIONISTA: AS BASES DA 
CIÊNCIA ANTROPOLÓGICA
Na busca de interpretar as diferenças entre os grupos 
humanos, a cultura exerce papel fundamental para o olhar 
antropológico, já que esta passa a ser compreendida como 
prática significante que distingue o homem da natureza, o 
homem do animal, além de ser responsável pelas diversas formas 
de visões de mundo. “A cultura opera como rede simbólica que 
toma por base a experiência humana vivenciada, experimentada 
e concebida.” (Gusmão, 1997)
O conceito antropológico de cultura é assim construído pelas 
questões da unidade biológica e a grande diversidade cultural 
da espécie humana. Essa temática é ainda hoje o grande desafio 
para a Antropologia, ou seja, compreender a diversidade de 
modos de comportamento existentes entre os diferentes povos. 
 Para os cientistas do passado era comum buscar explicações 
sobre as diferenças de comportamento entre os homens, usando 
como referência as variações dos ambientes físicos. Com o 
decorrer do tempo, esses estudiosos chegaram à conclusão que 
as diferenças de comportamento entre os homens não poderiam 
ser explicadas a partir das diversidades geográficas ou biológicas, 
visto que, o comportamento dos indivíduos depende muito mais 
de um aprendizado que se adquire durante o convívio social. 
Esse processo foi chamado de “endoculturação”, ou seja, um 
menino e uma menina agem diferentemente não em função 
de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação 
diferenciada.
Por essa concepção, o homem é o resultado do meio cultural 
em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo 
5
10
15
20
25
30
3
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência 
adquirida pelas numerosas gerações que o antecederam.
De acordo com Laraia (2002), a primeira definição de 
cultura que foi formulada do ponto de vista antropológico 
pertence a Edward Tylor, em seu livro Primitive Culture (1871). 
Tylor demonstrou que cultura pode ser o objeto de um estudo 
sistemático, pois trata-se de um fenômeno natural que possui 
causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma 
análise capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o 
processo cultural e a evolução.
Assim, inicialmente o conceito de cultura esteve vinculado 
à ideia de evolução e progresso, como um conjunto complexo 
que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, 
os costumes e as outras capacidades ou os hábitos adquiridos 
pelo homem enquanto membro da sociedade. (Laraia, 2002, p. 
25)
A principal característica da teoria evolucionista foi 
considerar as sociedades primitivas (sociedades que tiveram 
sua origem mais tardia em relação às outras) como sociedades 
em estágio inferior ao desenvolvimento alcançado pelas 
sociedades ditas civilizadas. Para os defensores dessa teoria 
as condições materiais e culturais das sociedades humanas 
passariam, necessariamente, das etapas do primitivismo à 
civilização.
Nesse sentido, o evolucionismo, que surge com a ciência 
antropológica no século XIX, conduz a concepção etnocêntrica 
do mundo, isto é, parte-se da ideia de que as diferenças entre 
grupos e sociedades possuem uma escala evolutiva, considerando 
o mundo europeu como modelo único de sociedade.
As ideias e posturas consideradas etnocêntricas podem ser 
identificadas em afirmações do tipo “povos e grupos sem cultura, 
selvagens, sem moral, possuidores de costumes bárbaros”.
5
10
15
20
25
30
4
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
O eurocentrismo foi o exemplo máximo das ideias e posturas 
etnocêntricas, pois os europeus passam a interpretar as diversas 
sociedades existentes nos diferentes locais a partir de valores e 
princípios próprios, isto é, europeus. Assim, a sociedade europeia 
torna-se modelo e padrão para todas as outras sociedades.
Henry L. Morgan destaca-se como um importante 
evolucionista do século XIX, influenciando muitos pensadores, 
entre eles seu aluno Franz Boas.
Franz Boas, no entanto, transforma-se em um dos maiores 
críticos do evolucionismo, afirmando que as sociedades e 
os grupos possuem uma história particular, diversa, e é essa 
diversidade que constitui a riqueza da vida social humana.
Sugestões de leituras complementares e filmes
BOAS, Franz. Antropologia cultural. (Org. Celso Castro). Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
CASTRO, Celso (Org). Evolucionismo cultural: textos de 
Morgan, Taylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
Documentário: Xingu (Brasil, 1985, direção de Washington 
Novaes. Duração: 120 min).
1.1 Da Escola Funcionalista ao Culturalismo
A teoria funcionalista surgiu no século XX como sucessora 
do evolucionismo, respondendo em parte às críticas que surgiam 
emrelação ao eurocentrismo e ao etnocentrismo. De acordo com 
a concepção funcionalista, cada sociedade deve ser estudada 
como um organismo constituído por partes interdependentes 
e complementares, cuja função é satisfazer as necessidades 
essenciais dos seus integrantes (Costa, 2001, p. 110).
O grande idealizador do funcionalismo foi Malinowski, 
que organizou e sintetizou uma visão integrada e totalizante 
5
10
15
20
5
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
do modo de vida de um povo não europeu. Em sua pesquisa 
desenvolveu o método da observação participante entre os 
nativos das Ilhas Trobriand, próximas à Nova Guiné, onde 
reconstituiu os principais aspectos da vida trobriandesa, desde 
as grandes cerimônias até aspectos da vida cotidiana.
A concepção de Malinowski consiste em demonstrar como 
se faz uma organização de trabalho de campo, analisando uma 
determinada cultura. Mostra que o olhar etnocêntrico não deve 
ser utilizado, pois para ele as diferenças existem em todas as 
sociedades e povos: pois, se para nós eles são diferentes, para 
eles os diferentes somos nós. Se determinada sociedade aparece 
ao pesquisador como desordenada ou desintegrada, isso se deve 
apenas ao seu desconhecimento em relação a ela, o que pode 
ser superado após um processo de investigação, a chamada 
observação participante.
A observação participante é o método de pesquisa que 
revolucionou os estudos antropológicos, substituindo a análise 
de informações superficiais e questionários inadequados 
pelo estudo sistemático das sociedades. Cabe ao pesquisador, 
penetrar na cultura, desvendar seus significados guiados por 
suas informações e não por teorias externas à realidade (Costa, 
2001, p. 110).
Radcliffe-Brow se destacou como defensor da teoria 
funcionalista e estudos das sociedades não europeias. Assim 
como Malinowshi, considerava essas sociedades como 
totalidades integradas de instituições que têm a função 
de satisfazer as necessidades básicas como alimentação, 
segurança, entre outros.
Os estudos funcionalistas permitiram que sociedades não 
europeias passassem a ser compreendidas dentro de suas 
especificidades. As sociedades tribais africanas, australianas 
e asiáticas passaram a ser entendidas, deixaram de ser 
consideradas como “sobrevivências”. Mais tarde, o antropólogo 
5
10
15
20
25
30
6
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
Robert Redfield estudou também as sociedades camponesas do 
México e da América Central.
As críticas ao funcionalismo, a partir dos anos 1960, 
apontavam para a ineficácia dos modelos de mudanças sociais, 
suas contradições estruturais e conflitos. Outras críticas 
apontavam para a descrição das instituições sociais apenas a 
partir de seus efeitos, omitindo, portanto, as causas.
Os funcionalistas, ao utilizarem conceitos como aculturação 
e choque cultural, deixavam de revelar as desigualdades que 
existem nesse contato, principalmente quando resultam de 
uma política colonialista. Além disso, são responsáveis pelo que 
ficou conhecido como relativismo cultural, ou seja, postura de 
tolerância e respeito em relação aos costumes e traços culturais 
diferentes.
No início do século XX, Claude Lévi-Strauss desenvolveu o 
estruturalismo, um novo método de investigação e interpretação 
antropológico influenciado pelas teorias da linguística, que parte 
do princípio de que a estrutura é uma elaboração teórica capaz de 
dar sentido aos dados empíricos de certa realidade. Lévi-Strauss 
define cultura como os “hábitos; atitudes; comportamentos; 
maneiras próprias de agir, sentir e pensar de um povo” e a 
“estrutura subconsciente de pensamento”.
Para os estruturalistas a diversidade humana não é 
importante, mas, sim, a similaridade humana de pensamento. 
Aceitavam a existência de diferentes sociedades, das mais 
simples ou tradicionais até as mais complexas, mas afirmavam 
que essa diferença só poderia ser explicada em função de sua 
própria história e sua relação com o meio natural e social.
A Antropologia foi se desenvolvendo e, com o tempo, 
foi deixando de lado o campo da evidência empírica e se 
aprofundando na área de organização psíquica e emocional 
dos agentes sociais. Assim, surge, no início do século XX, a 
5
10
15
20
25
30
7
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
chamada Antropologia Cultural, que substituiu a visão de que 
as diferenças biológicas determinariam as diferenças culturais. 
Ao fazer críticas à ideia da evolução cultural, os estudiosos 
passaram a defender que cada sociedade teria sua história e seu 
valor particular. Nesse sentido, a cultura e a história, e não mais 
a “raça”, seriam a causa das diferenças entre as populações.
Destacam-se alguns antropólogos culturalistas, como Franz 
Boas, Margareth Mead e Ruth Benedict, que acreditavam que 
a sociedade humana tem como características componentes 
inatos e componentes aprendidos e transmitidos. A cultura, 
componente aprendido e transmitido, contribui para reprimir 
comportamentos, embora os instintos continuem presentes nos 
indivíduos.
1.2 A formação da sociedade brasileira na 
perspectiva de Gilberto Freyre e de Sérgio 
Buarque de Holanda
No Brasil, as teorias do culturalismo e do funcionalismo 
começam a ganhar adeptos a partir dos anos 1930, e têm seu 
início a partir da célebre obra Casa-grande e senzala, de Gilberto 
Freyre. Assim como Freyre, outros autores contribuíram para 
a compreensão e interpretação do imaginário, representações 
sociais e expressões culturais dos diferentes segmentos sociais 
da realidade brasileira e suas particularidades regionais.
Os estudos clássicos de Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque 
de Holanda contribuíram para construir um olhar antropológico 
sobre a formação da sociedade brasileira. Esses estudos tiveram 
como principal proposta entender as características presentes 
na sociedade brasileira considerando seu passado.
Freyre dedicou-se à interpretação do nordeste açucareiro 
em obras como Casa-grande e senzala e Sobrados e mocambos, 
enquanto Sérgio Buarque de Holanda priorizou em suas análises 
o processo colonizador em sua clássica obra Raízes do Brasil. A 
5
10
15
20
25
8
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
publicação dessas obras aconteceu na década de 1930, período 
de intensas transformações no país, marcado pela expansão das 
atividades urbanas em relação ao processo de decadência das 
áreas rurais.
De acordo com Gilberto Velho, coube a Freyre um lugar de 
particular destaque, devido à ousadia de sua interpretação do 
Brasil e dos brasileiros. “Ele fará a análise de uma sociedade 
complexa moderno-contemporânea, extensa geograficamente, 
com milhões de habitantes de diferentes origens e características, 
espalhados por cidades e campos.” (Velho, 2008, p. 12)
Ao escrever Casa-grande e senzala, Gilberto Freyre deu início 
às análises da cultura brasileira de uma maneira bastante original, 
na medida em que viu com otimismo a miscigenação racial e 
as particulares relações sociais no Brasil. De maneira diferente 
dos estudos anteriores desenvolvidos no Brasil, Freyre buscou 
compreender a relação entre raça e cultura, demonstrando que 
a questão genética não está acima da dimensão cultural, ou seja, 
a existência dos problemas sociais não estaria, necessariamente, 
relacionada ao caráter mestiço do povo brasileiro.
Dessa forma, como destaca Mello e Souza (1998, p. 20), a 
visão que se difunde é a de que o sistema econômico, e não a 
mestiçagem, comoera tradicionalmente citada, seria responsável 
pelos problemas sociais existentes no país, como as doenças, a 
amoralidade, a apatia e a aversão ao trabalho.
Apesar das críticas por minimizar os conflitos presentes nas 
relações raciais e defender o processo de mestiçagem como 
remédio para os males da sociedade brasileira, a obra de Freyre 
é considerada inovadora pelo fato de destacar, pela primeira 
vez, algumas características positivas nos grupos indígenas e 
negros.
Em relação aos costumes indígenas, por exemplo, Freyre 
destaca sua influência na introdução dos hábitos de higiene e na 
5
10
15
20
25
30
9
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
dieta do colonizador português com a introdução de alimentos 
nutritivos, como a mandioca, e o conhecimento do poder de 
algumas ervas. Segundo o autor, coube à mulher indígena, o 
papel de transmitir esses costumes, pois o homem índio tendia 
a ser nômade, enquanto a mulher, por se fixar em um só local, 
teria a facilidade de se amancebar com os portugueses e, 
consequentemente, transmitir ao europeu um pouco da sua 
cultura. Quanto ao homem indígena, coube a responsabilidade 
de transmitir aos portugueses o gosto pela guerra.
Em contraste com tudo isso é que surpreendeu aos 
primeiros portugueses e franceses chegados nessa 
parte da América um povo ao que parece sem mancha 
de sífilis na pele; e cuja maior delícia era o banho de 
rio. Que se lavava constantemente da cabeça aos pés; 
que se conservava em asseada nudez (Freyre, 1992, 
p. 108).
Nas mulheres a cargo de quem se achava toda a série 
de cuidados de higiene doméstica entre os indígenas, 
com exceção da lavagem das redes sujas, era ainda 
maior que nos homens o gosto pelo banho e pelo 
asseio do corpo (Soares apud Freyre, 1992, p.113).
Quanto à marca da influência negra na sociedade brasileira, 
Freyre destaca algumas características como a ternura, a mímica 
excessiva, o catolicismo, a música, o andar, entre outras. Sem 
negar a importância do negro na vida estética e no progresso 
econômico do Brasil, o autor enfatiza, em sua análise, a separação 
entre negro e escravo, contrariando as teorias eugênicas 
predominantes na época, que influenciadas pelo cientificismo e 
darwinismo social, descreviam o negro como uma raça inferior. 
Para Freyre, o negro brasileiro não era inferior, mas, sim, foi 
inferiorizado durante a escravidão.
A escravidão desenraizou o negro do seu meio social 
e de sua família, soltando-o entre gente estranha 
5
10
15
20
25
30
10
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
e, muitas vezes, hostil. Dentro de tal ambiente, no 
contato de forças tão dissolventes, seria absurdo 
esperar do escravo outro comportamento senão o 
imoral, de que tanto o acusam (Freyre, 1992, p. 315).
É absurdo responsabilizar o negro pelo que não foi obra 
sua nem do índio, mas do sistema social e econômico 
em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não 
há escravidão sem depravação sexual. É da essência 
mesmo do regime... (Idem, p. 316).
No entanto, a violência e os conflitos que envolveram a 
escravidão, presentes nas relações entre senhores e escravos, 
foram minimizados em Casa-grande e senzala, reproduzidos 
em apenas algumas citações sobre as humilhações, castigos e 
torturas aos quais os negros eram submetidos.
De uma forma geral, a ideia que se difunde é a de que 
portugueses, índios e negros trocaram, de forma natural e 
pacífica, seus costumes, suas diferentes culturas, transformando-
se em um exemplo de convívio racial democrático. Ao aplicar 
o termo “assimilação” para descrever os contatos entre 
colonizadores e colonizados, Freyre traz a visão antropológica da 
ideia de solidariedade e interação entre os grupos, minimizando 
os aspectos que demonstram a exploração e a violência que 
marcaram a história da colonização brasileira.
Nessa mesma linha estão os trabalhos de Sérgio Buarque de 
Holanda, mais especificamente sua clássica obra Raízes do Brasil, 
cujo objetivo era delinear uma “psicologia” do povo brasileiro, a 
partir do processo colonizador.
O autor descreve de maneira inovadora os costumes e as 
características do povo brasileiro, destacando sua formação 
colonial numa sociedade dividida em classes, num universo 
envolvendo senhores e escravos. De acordo com as análises de 
Antônio cândido:
5
10
15
20
25
30
11
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
Raízes do Brasil é construído sobre uma admirável 
metodologia de contrários… A visão de um 
determinado aspecto da realidade histórica é 
obtida, no sentido forte do termo, pelo enfoque 
simultâneo dos dois; um suscita o outro, ambos 
se interpenetram e o resultado possui uma grande 
força de esclarecimento (Candido, 1967).
Ao analisar a colonização da América, destacou a sua 
concepção de cultura da personalidade, na qual o apego pelo 
prestígio pessoal resultava na ausência de uma moral de culto 
ao trabalho, diferente dos países protestantes. É essa cultura que 
contribuiu para que se desse valor ao indivíduo autônomo e não 
à organização espontânea, formada pela coesão social. Assim, 
essa característica está intimamente ligada à outra herança 
ibérica, que é a repulsa ao trabalho. Segundo Sérgio Buarque 
de Holanda,
(...) a carência dessa moral do trabalho se ajusta 
bem a uma reduzida capacidade de organização 
social. Efetivamente o esforço humilde, anônimo e 
desinteressado é agente poderoso da solidariedade 
dos interesses e, como tal, estimula a organização 
racional dos homens e sustenta a coesão entre eles 
(Holanda, 1999, p. 39).
A ética da aventura é também um conceito utilizado para 
a compreensão da sociedade brasileira contemporânea em 
sua origem histórica. Por essa análise é explicada a questão 
da colonização do Brasil pelos portugueses. Para o autor, a 
colonização se justifica pelo espírito aventureiro do português, 
que conseguiu se adaptar na América, como nenhum outro 
povo conseguiu.
No entanto, a noção de homem cordial, um dos conceitos 
mais discutidos da obra de Sérgio Buarque de Holanda, passou 
a ser utilizado como referência para a compreensão de sua 
5
10
15
20
25
30
12
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
teoria. Ao definir o conceito de homem cordial, o autor buscou 
compreender as características marcantes do modo de ser do 
brasileiro, dentre elas:
A lhaneza no trato, a hospitalidade e a generosidade, 
virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos 
visitam, representam, com efeito, um traço definido 
do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que 
permanece ativa e fecunda a influência ancestral 
dos padrões de convívio humano, informados no 
meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas 
virtudes possam significar �boas maneiras�, civilidade. 
São antes de tudo expressões legítimas de um fundo 
emotivo extremamente rico e transbordante. Na 
civilidade há qualquer coisa de coercitivo - ela pode 
exprimir-se em mandamentos e sentenças (Holanda, 
1999, p. 141).
O “homem cordial” seria o resultado da cultura patriarcal e 
rural própria da sociedade brasileira. Para o autor a cordialidade 
do povo brasileiro foi formada pelo predomínio de relações 
humanas mais simples e diretas que rejeitavam a polidez e a 
padronização, características da civilidade. A dificuldade de 
se desvincular dos laços familiares e se constituir enquanto 
cidadão brasileiro se expressa no fato de que, para o brasileiro, 
é na esfera da família que se constituiu o aconchego e as 
formasemotivas de tratar o próximo, consequentemente, isso 
interferiu na organização da esfera do Estado, gerando uma 
confusão entre aquilo que é privado e aquilo que é público. 
Segundo Sérgio Buarque de Holanda, a existência de um 
núcleo familiar patriarcal na sociedade brasileira resultou em 
um meio público específico, que continha traços que formaram 
o indivíduo.
Pode-se dizer que, por meio dessas obras, Casa-grande e 
senzala e Raízes do Brasil, houve uma tentativa de interpretar 
o Brasil, destacando as suas características diversas, os aspectos 
5
10
15
20
25
30
13
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
culturais presentes no processo de mestiçagem, o caráter pacífico 
da assimilação e a especificidade das relações.
Ao romper com as visões anteriores que analisavam o Brasil 
a partir de referências naturalistas, deterministas, racistas 
etc. passam a inovar, cada um à sua maneira, ao destacar a 
necessidade de uma compreensão histórica do Brasil, buscando 
entender seu presente a partir de suas raízes, sua História.
1.3 A formação do Brasil e o mito das três 
raças
A questão das origens e a formação da sociedade brasileira 
foram analisadas no século XX por importantes pesquisadores 
que contribuíram para a historiografia nacional. Os trabalhos 
propostos por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e 
Caio Prado Jr. contribuíram para a redescoberta da sociedade 
brasileira através de sua cultura, suas raízes e suas tradições. 
 Gilberto Freyre, em seu livro Casa-grande e senzala, entende 
a formação do povo brasileiro, destacando o hibridismo das três 
raças, isto é, a mistura entre negro, índio e branco. Essa mistura, 
na visão de Freyre, se constitui como algo positivo, visto que 
a miscigenação é um dos elementos-chave na conquista dos 
trópicos.
Ao propor uma reinterpretação da mestiçagem da população 
brasileira, se contrapõe às teorias existentes até então. 
Para Freyre, houve no país o que considera “patriarcalismo 
polígamo”, características do conquistador português, que 
por si só já é híbrido, com tendência à mestiçagem. Assim, a 
população portuguesa é vista como um povo apto à colonização 
dos trópicos, devido à plasticidade social, versatilidade e fácil 
adaptação às circunstâncias e ao clima.
O português não apenas conseguiu vencer as condições de 
clima e de solo desfavoráveis ao estabelecimento de europeus 
5
10
15
20
25
14
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
nos trópicos, como conseguiu, também, suprir a extrema penúria 
de gente branca para a tarefa colonizadora unindo-se à mulher 
de cor.
Sérgio Buarque de Holanda também defende a miscigenação 
como um ponto positivo que possibilitou a adaptação do 
português no Brasil. A ousadia e o espírito aventureiro do 
português lhe proporcionaram acumular riquezas. Assim, o duro 
trabalho manual ficava a cargo dos escravos. Esse desamor pelo 
trabalho também é justificado pelo ruralismo. 
 Nesse caso, para Holanda, os valores personalistas 
tornaram-se grandes obstáculos para o fortalecimento da 
democracia no Brasil, visto que sua população formou-se 
dentro de valores baseados em laços diretos e pessoais. Assim, a 
formação oligárquica e autoritária das elites culturais e políticas 
brasileiras impedia seu pleno desenvolvimento democrático.
O pesquisador via como ponto positivo o fato de no Brasil o 
espaço urbano assumir aos poucos sua independência em face 
do rural. Porém, defendia em suas análises que somente quando 
aniquilarmos as raízes ibéricas de nossa cultura e propiciarmos 
a emergência das outras camadas sociais, teremos finalmente 
concluído a nossa ”revolução”.
Sugestões de leituras complementares
AMADO, Gilberto et alli. Gilberto Freyre: sua ciência, sua 
filosofia, sua arte; ensaios sobre o autor de Casa-grande e 
senzala e sua influência na moderna cultura do Brasil. Rio de 
Janeiro: José Olympio Editora, 1962.
CANDIDO, Antonio. O significado de “Raízes do Brasil”. In: 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2008.
DEBRUN, Michel. A identidade nacional brasileira. Estudos 
avançados (online). 1990, vol.4, n.8, pp. 39-49.
5
10
15
20
15
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
QUESTÕES
Leia os fragmentos do texto e responda as questões a 
seguir:
“A Antropologia é uma disciplina cheia de conflitos, 
eternamente em busca de meios para escapar de sua 
condição, eternamente sem conseguir encontrá-los. Desde 
sempre comprometida com uma visão global da vida humana 
– social, cultural, biológica e histórica ao mesmo tempo – ela 
está sempre recaindo em suas partes, queixando-se desse fato 
e tentando, desesperadamente e sem sucesso, projetar algum 
tipo de nova unidade para substituir a que imagina ter tido, 
mas, que agora, pela infidelidade dos atuais praticantes, teria 
jogado fora (...). As questões sobre as grandes subdivisões 
do campo – antropologia física, arqueologia, antropologia 
linguística e antropologia cultural (ou social) – têm sido 
razoavelmente bem administradas pelos mecanismos 
costumeiros de diferenciação e especialização, nos quais cada 
subcampo tornou-se uma disciplina bastante autônoma...”. 
(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a Antropologia. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 2004)
1. Entende-se a ciência antropológica como:
a. Uma ciência em construção, cheia de conflitos e em 
busca de uma legitimidade.
b. Uma proposta de visão de mundo, que está em constante 
mudança.
c. Uma ciência comprometida em compreender o Homem 
em sua totalidade, e, por isso, em constante conflito.
d. Uma disciplina uniforme e homogênea que busca 
estudar a diversidade humana.
e. A disciplina que estuda o Homem e sua formação 
biológica e geográfica.
5
10
15
20
25
30
16
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
2. De acordo com Geertz, as grandes subdivisões do campo 
antropológico:
a. Transformaram-se em um problema para os seus 
estudiosos, visto que não conseguiam encontrar um 
ponto comum.
b. Criam uma questão pouco debatida entre seus membros, 
por isso acontecem os conflitos internos.
c. Não interferem no desenvolvimento da disciplina, pois 
cada subcampo é independente de outro.
d. Criam uma questão bem resolvida entre seus estudiosos, 
pois suas diferenças e especificidades transformaram-
se em pontos positivos.
e. Ocorreram devido à imposição de outras disciplinas.
3. Assinale a opção que indica o emprego correto do conceito 
de cultura na perspectiva da antropologia.
a. A cultura diz respeito à dimensão de vida material que 
singulariza um povo.
b. A cultura é herdada biologicamente e condiciona o 
comportamento dos povos.
c. A cultura de uma sociedade é condicionada pelos 
aspectos geográficos.
d. O conceito de cultura sofre alterações de acordo com a 
época e a sociedade.
e. A cultura é uma forma de linguagem que tem origem 
simbólica.
4. “O homem é o resultado do meio cultural em que foi 
socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, 
que reflete o conhecimento e a experiência adquiridos pelas 
numerosas gerações que o antecederam”.
5
10
15
20
25
17
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
Assinale a frase que melhor exemplifica o trecho citado.
a. Diga-me com quem andas e eu lhe direi quem és.
b. Tenho a música no sangue.
c. Meu filho tem muito jeito para a matemática, pois 
herdouesta qualidade de seu avô.
d. Aquele povo é preguiçoso, pois moram em um local de 
clima quente.
e. Herdei a inteligência de meus ancestrais.
5. “A Antropologia procura identificar na sociedade 
contemporânea os nichos de resistência e, como sempre, de 
alteridade.”
O que se entende por alteridade? Exemplifique.
6. “Vivendo na aldeia, sem qualquer responsabilidade senão 
a de observar a vida nativa, o etnógrafo vê os costumes, as 
cerimônias, as transações etc. Muitas e muitas vezes obtém 
exemplos de suas crenças, tais como os nativos realmente as 
vivem.”
Nesse trecho, Malinowski descreve o método de investigação 
antropológica considerado “observação participante”. Sobre esse 
método é correto afirmar que:
a. É o processo de investigação no qual as análises são 
feitas por meio de questionários.
b. É o processo pelo qual o investigador, penetrando na 
cultura, desvenda seus significados guiados por suas 
informações.
c. É o processo pelo qual o investigador, penetrando na 
cultura, desvenda seus significados guiados por teorias 
externas àquela realidade.
5
10
15
20
25
18
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
d. É uma proposta de estudo teórico sobre as sociedades 
consideradas primitivas.
e. Faz parte do processo de seleção dos grupos a serem 
analisados.
Respostas
1. Resposta correta – C
A Antropologia é a disciplina centrada nos estudos do ser 
humano e suas realizações em todas as dimensões e em todas as 
épocas. Esses diferentes contextos justificam sua eterna busca 
pela unidade, ou seja, pelo fim dos conflitos.
2. Resposta correta – D
Segundo o texto, as grandes subdivisões do campo da 
antropologia têm sido razoavelmente bem administradas pelos 
mecanismos costumeiros de diferenciação e especialização, 
nos quais cada subcampo tornou-se uma disciplina bastante 
autônoma.
3. Resposta correta – E
Na visão antropológica a cultura opera como rede 
simbólica, tomando por base a experiência humana vivenciada, 
experimentada e concebida.
4. Resposta Correta – A
A frase expressa a noção de cultura adquirida por meio da 
convivência social.
5. Resposta: Alteridade é a concepção que parte 
do pressuposto de se colocar no lugar do outro, aquele 
essencialmente diferente de mim.
5
10
15
20
25
19
ANTROPOLOGIA SOCIAL
Re
vi
sã
o:
 A
m
an
da
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 0
6/
09
/2
01
0
6. Resposta correta – B
A observação participante consiste no método de 
pesquisa que substitui a análise de informações superficiais 
e questionários inadequados pelo estudo sistemático das 
sociedades. Por esse método, o pesquisador, precisa penetrar 
na cultura para desvendar seus significados guiados por suas 
informações e não por teorias externas à realidade.
5

Outros materiais