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As cidades da Idade Média – Henry Pirenne, capítulo lV e Vlll • desordem social - devido a invasores – e anarquia política atinge seu ponto mais alto com o fechamento do Mediterrâneo no séc. lX; • séc. X -> estabilização e relativa paz; • organização começa a se esforçar para melhorar condição do povo; • grande necessidade -> paz (sair da anarquia) • Igreja começa a se purificar dos abusos que cometia; • surgem as cruzadas (Europa retoma ao militarismo agora ofensivo, anteriormente era defensivo); • príncipes e grandes proprietários , em busca de terras (antes incultas; ex. bosques e pântanos), fundaram novas cidades; • abertura dos portos do Mediterrâneo -> animação do comércio; • Constantinopla: maior cidade do Mediterrânio – população ativa – capital política – grande porto – cidade urbana – domínio sob o mar; • Veneza: obteve dos germânicos o poder de traficar livremente – monopólio do transporte que chegava ao seu porto; • indústrias começam a nascer (invasões germânicas não terminaram com indústria têxtil, pois os próprios invasores deram continuidade); • Constantinopla e Veneza -> ligações entre ambas, traficavam com árabes (que eram seus inimigos, pois o lucro importa mais que a religião); • Islã recuou diante ataque cristão (cruzadas); • comércio renasce animado e exuberante; • restabelecimento de contato entre Oriente e Ocidente; • campo se orienta para as cidades através do comércio; • troca de serviços -> campo abastece cidade e cidade oferece produtos comerciais/fabricados; • burguês e camponês -> dependência física/social; • cristãos retomam terras -> interesse econômico e religioso; • aumento da população = aumento mão-de-obra; • população se divide em mercenários, trabalhadores e comerciantes; • “Europa colonizou a si própria” com a expansão da população; • Séc. Xl e Xlll -> surgem feiras de comércio importantes (já existiam feiras de mercadores, porém era várias e insignificantes de modo geral – serviam como lazer aos servos); • surgimento de centros manufaturados; • Ocidente passa a produzir para atender ao comércio; • rotas terrestres existiam (foram construídas pelos romanos antes da queda do Império) mas não eram utilizadas (devido a importância dos mares); • fim da autossuficiência dos feudos (não produzem mais apenas para subsistência, produzem para comerciar); • Mediterrâneo se abre e sociedade passa a parecer com a Antiguidade -> retomada do comércio; • começo das cidades -> nova era interna da Europa Ocidental; • surgimento de nova ordem: burguesia – privilegiada como clero e nobreza, isolada da massa rural; • classes ativas: clero, nobreza e burguesia / classe passiva: servos • monopólio da liberdade -> causa de fraqueza; • formação de aglomerados urbanos abalou o campo; • novo camponês: liberdade (lucro, economia, conforto) / antigo camponês: servidão; • transformação de terras improdutivas em fontes de renda; • Flandres: cidades mais numerosas e mais ricas, criação do gado lanífero; • para atrair cultivadores, senhores prometem isenção de impostos sobre as terras; • habitantes das novas cidades -> “burgueses rurais”; • senhores deixam substituir gradativamente e pacificamente a servidão pelo trabalho livre; • libertação das classes rurais é conseqüência do renascimento comercial (cidades = resultado e instrumento); • produção agrícola -> move-se para as cidades, moderniza-se e liberta-se (“desprende homem do solo”); • enriquecer = vender ou produzir valores de trocas / dinheiro = instrumento de trocas e medida de valores; • até então o dinheiro havia sido estéril, existia (mosteiros) mas era insignificante • comércio liberou o dinheiro preso e o reconduziu; • surge a noção de riqueza mercantil; • crise econômica: aumento do dinheiro -> menor valor -> preços elevam -> favorável a negociantes, burgueses e detentores do solo; • relação entre proprietário e rendeiro -> militar e política; • difusão da riqueza móvel (mercadorias podiam estragar, valor mudar etc./antes riqueza era imóvel = terras) e circulação do dinheiro; • Flandres conhece antes das outras cidades os babilos (funcionários); •Inglaterra se revoltou contra o governo parlamentar; • burguesia espalha liberdade; • produtor amplia e especializa (grande diferença em relação ao Feudalismo) sua produção para fazer comércio nas cidades; • comerciantes acumulam grandes riquezas e depois imobilizam; • Flandres -> surgem os primeiros banqueiros; • relações feudais se adaptam ao mercado (surgem cobranças de impostos etc.); • cidades formas exércitos – se organizam em forma de governo – tendência a se tornarem repúblicas (comerciantes eram eleitores). Ex. Gênova e Veneza eram livres, mas Estado podia interferir.
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