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Projeto de pesquisa definitivo

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STTEFANY CRISTINE DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARDA COMPARTILHADA COMO FORMA DE DIMINUIÇÃO 
DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIATUBA - GO 
2018 - 1 
 
 
STTEFANY CRISTINE DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARDA COMPARTILHADA COMO FORMA DE DIMINUIÇÃO 
DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Direito 
do Centro Universitário de Goiatuba - 
UNICERRADO, Goiás, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Direito orientada 
pelo professor Juscelino José da Silva Júnior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIATUBA - GO 
2018 - 1 
 
 
1 Objeto da pesquisa (TEMA) 
Guarda compartilhada como forma de diminuição da alienação parental. 
 
2 Problema de Pesquisa 
A família é base da sociedade brasileira e embora o Estado não intervenha diretamente 
na sua formação e constituição, a seus membros são garantidos valores morais, éticos, sociais, 
bem como a preservação da personalidade, inclusive dos filhos menores, que são os que mais 
sofrem com o processo. 
Após a fim do matrimônio, uma das questões mais discutidas é a guarda do(s) filho(s). 
O processo do divórcio é uma fase muito difícil, pois houve uma ruptura no laço familiar, 
fazendo surgir a partir deste momento a alienação parental. Que ocorre quando um dos pais 
influencia a criança a odiar o outro. Diante disso, buscou-se responder a seguinte questão: A 
guarda compartilhada diminui a alienação parental? 
 
3 Justificativa 
É importante destacar a discussão sobre a aplicação da guarda compartilhada, como 
forma de diminuição da alienação parental. Atualmente, após a separação do casal surge o 
problema da guarda, querendo muitas vezes os ex cônjuges usar disso para se atacarem, 
devendo prevalecer nessa situação o princípio do melhor interesse da criança, de modo que o 
mais vulnerável nessa situação, não seja prejudicado. Segundo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE, Salvador é a capital que houve maior proporção de filhos sob 
a guarda compartilhada: Entre os casais que tinham somente filhos maiores a evolução foi de 
13,3% para 22,3%, nos respectivos anos. Houve redução relativa dos divórcios cujos casais 
tinham somente filhos menores (de 52,1% para 31,6%). houve o crescimento do 
compartilhamento da guarda dos filhos menores entre os cônjuges, que passou de 2,7% em 
2000 para 5,5% em 2010. Em Salvador, 46,54% dos filhos menores de casais que se 
divorciaram em 2010 ficaram sob responsabilidade de ambos os cônjuges, a maior proporção 
entre as capitais. São Paulo ficou em 16º lugar no ranking das capitais, com 6,06%. (IBGE, 
2011) 
 
4 Objetivos 
Objetivos Geral: Demonstar que a guarda compartilhada é a melhor solução para a 
diminuição da alienação parental. 
 
 
Objetivos Específicos: 
• Estudar a lei da guarda compartilhada; 
• Investigar os danos causados pela alienação parental; 
• Levantar as vantagens da guarda compartilhada. 
 
5 Procedimento Metodológico 
Este trabalho consistirá em uma pesquisa empírica com fins explicativos quanto aos 
seus objetivos e quanto aos meios de investigação como qualitativa, por se propor a analisar 
casos e através da aplicação da técnica de análise documental e entrevista tentar demonstrar a 
relação da guarda compartilhada com a alienação parental. 
 
5 Referencial Teórico 
O fim do casamento, com o consequente afastamento de um dos membros da família, 
causa um rompimento no ciclo familiar, e pode ocorrer que para algum membro essa fase seja 
mais complicada, não sendo absorvida da forma mais fácil. E quando houver filhos, tal 
rompimento pode causar efeitos mais dramáticos. Com a separação dos pais a estabilidade 
emocional do menor pode ser ameaçada e pode acabar gerarando perturbações que seguem da 
redução da autoestima, ansiedade, até a depressão ou ao pânico. 
No entanto, é comum que um dos genitores manipule o menor por contra o outro, 
causando efeitos associados ao que se denomina alienação parental. Ultimamente, tal prática é 
usada não apenas para criar falsas memórias a respeito de um dos pais, mas também em 
relação a qualquer parente com que o menor tenha contato. 
Os profissionais que se votam ao estudo de conflitos das relações familiares se 
deparam com a síndrome de alienação parental, conhecida como SAP, identificada 
cientificamente na década de 80, pelo Professor de Psiquiatria Infantil da Universidade de 
Columbia (EUA), Doutor Richard Gardner (1992, p.27): 
Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, 
uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. 
Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a lavagem cerebral, 
programação, doutrinação) e contribuições da própria criança para caluniar o 
genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão 
presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a explicação de 
Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável. 
 
A alienação parental é um fenômeno psicológico que foi recentemente positivado no 
ordenamento jurídico brasileiro pela Lei nº 12.318 de agosto de 2010 e assim definido em seu 
artigo 2º, caput, nos seguintes termos: 
 
 
Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental interferência na formação psicológica 
da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos 
avôs ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou 
vigilância para que repudie o genitor ou cause prejuízo ao estabelecimento ou à 
manutenção de vínculos com este. 
 
Entre as causas da alienação parental esta a dificuldade que um dos genitores tem em 
aceitar o fim da relação. Já foi confirmado inclusive, vítimas desse fenômeno ainda no 
contexto familiar, quando os pais ainda estão juntos, mas já houve uma ruptura nos laços de 
afeto e respeito. 
No Brasil, a alienação parental já havia sendo identificada pelos tribunais desde a 
década de 80, entretanto por ser um fenômeno que necessita de equipes multidisciplinares 
para ser delineado era juridicamente identificado e combatido por meio de jurisprudências. 
Nesse sentido, foi promulgada a Lei n. 12.318, que altera o artigo 236 da Lei n.8.069 e 13 de 
julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a guarda 
compartilhada teve aumento no ano de 2015. Esse modelo determina que pais e mães 
participem de forma conjunta nas decisões rotineiras da vida dos filhos. De 2014 para 2015 os 
casos cresceram de 7,5% para 12%. 
 Por definição legal, a guarda compartilhada “a responsabilização conjunta e o 
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes 
ao poder familiar dos filhos comuns” 
Para adoção de guarda compartilhada, é indispensável que os pais tenham uma boa 
convivência, não sejam individualistas e mirem à proteção da criança, pois tanto o abandono, 
quanto a presença conflituosa, prejudica no desenvolvimento do menor. 
Fachin traz alguns fatores que devem estar presentes na concretização do melhor 
interesse da criança e que devem ser garantidos aos filhos, são eles: 
O amor e os laços afetivos entre o pai ou titular da guarda e a criança; a 
habitualidade do pai ou titular da guarda de prover a criança com comida, abrigo, 
vestuário e assistência médica; qualquer padrão de vida estabelecido;a saúde do pai 
ou titular da guarda; o lar da criança, a escola, a comunidade e os laços religiosos; a 
preferência da criança, se a criança tem idade suficiente para ter opinião; e a 
habilidade do pai de encorajar contato e comunicação saudável entre a criança e o 
outro pai. 
 
Os tribunais brasileiros reconhecem a modalidade de guarda compartilhada como 
sendo a melhor opção ao interesse da criança. Tal tendência resta evidenciada no julgado da 
ministra do Superior Tribunal de Justiça, Nancy Andrighi: 
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E 
PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA COMPARTILHADA. CONSENSO. 
NECESSIDADE. ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DO MENOR. 
 
 
POSSIBILIDADE. 1. Ausente qualquer um dos vícios assinalados no art. 535 do 
CPC, inviável a alegada violação de dispositivo de lei. 2. A guarda compartilhada 
busca a plena proteção do melhor interesse dos filhos, pois reflete, com muito mais 
acuidade, a realidade da organização social atual que caminha para o fim das rígidas 
divisões de papéis sociais definidas pelo gênero dos pais. 3. A guarda compartilhada 
é o ideal a ser buscado no exercício do Poder Familiar entre pais separados, mesmo 
que demandem deles reestruturações, concessões e adequações diversas, para que 
seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal psicológico de duplo 
referencial. 4. Apesar de a separação ou do divórcio usualmente coincidirem com o 
ápice do distanciamento do antigo casal e com a maior evidenciação das diferenças 
existentes, o melhor interesse do menor, ainda assim, dita a aplicação da guarda 
compartilhada como regra, mesmo na hipótese de ausência de consenso. 5. A 
inviabilidade da guarda compartilhada, por ausência de consenso, faria prevalecer o 
exercício de uma potestade inexistente por um dos pais. E diz-se inexistente, porque 
contrária ao escopo do Poder Familiar que existe para a proteção da prole. 6. A 
imposição judicial das atribuições de cada um dos pais, e o período de convivência 
da criança sob guarda compartilhada, quando não houver consenso, é medida 
extrema, porém necessária à implementação dessa nova visão, para que não se faça 
do texto legal, letra morta. 7. A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado na 
fixação da guarda compartilhada, porque sua implementação quebra a 
monoparentalidade na criação dos filhos, fato corriqueiro na guarda unilateral, que é 
substituída pela implementação de condições propícias à continuidade da existência 
de fontes bifrontais de exercício do Poder Familiar. 8. A fixação de um lapso 
temporal qualquer, em que a custódia física ficará com um dos pais, permite que a 
mesma rotina do filho seja vivenciada à luz do contato materno e paterno, além de 
habilitar a criança a ter uma visão tridimensional da realidade, apurada a partir da 
síntese dessas isoladas experiências interativas. 9. O estabelecimento da custódia 
física conjunta, sujeita-se, contudo, à possibilidade prática de sua implementação, 
devendo ser observada as peculiaridades fáticas que envolvem pais e filho, como a 
localização das residências, capacidade financeira das partes, disponibilidade de 
tempo e rotinas do menor, além de outras circunstâncias que devem ser observadas. 
10. A guarda compartilhada deve ser tida como regra, e a custódia física conjunta - 
sempre que possível - como sua efetiva expressão. 11. Recurso especial não provido. 
(Grifo intencionais não constantes no original) 
 
Na guarda compartilhada as decisões são conjuntas, o que permite que cada um dos 
pais participe de forma ativa na criação dos filhos, em especial nas escolhas ligadas à 
educação, saúde e lazer. 
Outro fato que merece destaque é que a guarda compartilhada poderá ser revogada, se 
for provado prejuízo aos filhos ou uma situação de antipatia entre os pais. E se for necessário 
poderá ser desenvolvido um trabalho técnico por profissionais, visando sempre resguardar o 
interesse dos filhos. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
___________, IBGE aponta crescimento de guarda compartilhada no brasil – ludovica, 2017. 
Disponivel em: <https://ludovica.opopular.com.br/editorias/comportamento/ibge-aponta-
crescimento-de-guarda-compartilhada-no-brasil> Acesso em: 10 de maio de 2018. 
 
FACHIN, Luiz Edson. Da paternidade: relação biológica e afetiva. Belo Horizonte: Del Rey, 
1996. 
 
GARDNER, Richard Alan. The parental alienation syndrome: A guide for mental health and 
legal professionals. New Jersey: Creative Therapeutics, 1992. 
 
REsp 1251000/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 
23/08/2011, DJe 31/08/2011.

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