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Neurociências
Aula 1 - Introdução Geral à Neuropsicologia
Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana
1
Neurociência
O que é Neurociências? 
União de conhecimentos de várias áreas; tais como biologia molecular, 
anatomia, neurofisiologia, biologia do desenvolvimento, genética, 
fisiologia e psicologia; para entender melhor porque nos comportamos 
de determinada forma. Estabelece as relações existentes entre o 
funcionamento do sistema nervoso central e as funções cognitivas e 
comportamentos, tanto em condições normais quanto nas patológicas. 
Por que estudar Neurociências? 
Para entender o quanto do comportamento pode ser creditado a uma 
herança genética e o quanto é derivado do ambiente. Inicia-se o estudo 
das neurociências por meio de observações clínicas e estudos adequados 
sobre o Sistema Nervoso Central, mais especificamente o Encéfalo.
2
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurociência
Quando começou a chamar atenção? 
Século XX - Genética - DNA 
 - Gene 
As sequências dos genes permitiu perceber que as proteínas do 
sistema nervoso e do restante do organismo são muito 
semelhantes.
3
Recapitulando
Código Genético - 3 partes 
Gene - sequência de bases hidrogenadas (proteínas) capaz de 
definir uma característica de um ser vivo. 
DNA - sequência completa de bases hidrogenadas. Vários genes 
em sequência. 
Cromossomos - Estruturas dentro das células que armazena o 
DNA.
4
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurociência
Século XXI - Neurociência 
Desafio de unir o estudo do 
comportamento - ciência da 
mente - com a ciência do 
Encéfalo - Neurociências. 
Percebeu-se que os 
transtornos do comportamento 
que caracterizam as doenças 
psiquiátricas (transtornos 
afetivos e cognitivos) resultam 
de distúrbios da região 
encefálica.
5
Breve Histórico
Luigi Galvani 
Investigação fisiológica do Sistema Nervoso no final do Séc. XVIII 
Músculos e células nervosas produzem eletricidade 
Claude Bernard (França), Paul Ehrlich (Alemanha), John 
Langley (Inglaterra). 
Final do Séc. XIX - Fármacos não atuam em um lugar qualquer sobre 
uma célula, mas ligando-se a receptores individuais, geralmente 
localizados nas membranas celulares. 
René Descartes 
Séc. XVII - Dualidade Mente - Corpo 
Encéfalo - tudo o que pode ser encontrado nos animais inferiores 
(percepção, atenção, memória, apetite, paixões) 
Mente - entidade espiritual, responsável pelas funções mentais superiores, 
experiência consciente característica do comportamento humano. Se 
comunica com o Encéfalo por meio da glândula pineal.
6
Apostila Neuro - 12 November 2018
Breve Histórico
Baruch Spinoza 
Visão unificada da mente e do corpo 
John Locke 
Séc. XVIII - Encéfalo como tábula rasa que seria preenchida com as 
experiências de vida. 
Charles Darwin 
Séc. XIX - Encéfalo como a origem de todo comportamento 
Observar o comportamento animal para entender o comportamento 
humano. Evolução das espécies.
7
Breve Histórico
1800 - Tentativa de integrar conceitos biológicos e 
psicológicos 
Franz Joseph Gall - duas ideias revolucionárias 
Encéfalo é o órgão da mente e todas as funções mentais partem 
dele. 
Córtex cerebral não funciona como um simples órgão, mas é 
formado por vários órgãos, que controlam funções específicas. 
Enumeradas 35 regiões distintas no córtex cerebral cada uma 
responsável por uma faculdade mental específica, tais como: 
avaliação de causalidade, cálculo, capacidade de perceber 
ordem, amor romântico, combatividade, generosidade, 
religiosidade, entre outros. 
Frenologia - determinação da personalidade e do caráter com 
base no formato do crânio.
8
Apostila Neuro - 12 November 2018
9
Breve Histórico
1820 - Pierre Flourens 
Experimentação das ideias de Gall. 
Destruição sistemática das regiões do encéfalo de animais 
experimentais. 
Conclusão: regiões específicas não são responsáveis por 
comportamentos específicos. Sendo assim, todas as regiões do encéfalo 
são responsáveis por desempenhar todas as funções do hemisfério. 
Não importa a região lesionada, mas sim a quantidade de material 
cerebral lesionado. 
“Todas as percepções, todas as vontades ocupam a mesma base nesses órgãos 
(cerebrais); as faculdades de perceber, de conceber, de desejar constituem 
meramente uma faculdade que é, portanto, essencialmente única”. 
Início da “Visão Holistica” do encéfalo. 
Reação contra a visão de que a mente humana é um órgão biológico. 
Rejeição a noção de que não há alma, de que todos os processos mentais 
podem ser reduzidos a uma atividade dentro do encéfalo.
10
Apostila Neuro - 12 November 2018
Breve Histórico
Séc. XIX Pioneiros - Camilo 
Golgi e Santiago Ramón y Cajal. 
Golgi - descobriu as partes de um 
neurônio: corpo celular, dendritos 
e axiônios. 
Ramón e Cajal - modificou o 
entendimento sobre o tecido 
nervoso. 
O tecido nervoso não é uma rede 
contínua de elementos, mas uma 
rede de células individuais. 
Doutrina Neural - princípio de que 
os neurônios individuais, são 
blocos construtivos elementares e 
os elementos sinalizadores do 
sistema nervoso.
11
Breve Histórico
Década de 1860 
Paul Broca (França)- descrição de nove pacientes 
vitimas de lesão nos lobos frontais do hemisfério 
esquerdo, que apresentavam uma síndrome que 
comprometia a produção da fala e preservação da 
compreensão da linguagem (Afasia de Broca). 
Karl Wernicke (Alemanha) - descrição de pacientes com 
lesões no córtex temporal esquerdo que apresentavam 
dificuldade na compreensão da linguagem (Afasia de 
Wernicke).
12
Apostila Neuro - 12 November 2018
Breve Histórico
Década de 1860 
Hughlings Jackson (Inglaterra) - Estudou a epilepsia e 
lesões vasculares cerebrais que tinham como 
consequência comprometimentos motores específicos.. 
Estudos rastrearam comportamentos específicos a áreas 
específicas do encéfalo. 
Defenderam a visão da “conectividade celular”. 
Neurônios individuais são as unidades sinalizadoras do 
encéfalo. Estão organizados em grupos funcionais e 
conectados uns aos outros de forma precisa.
13
Breve Histórico
Caso Phineas Gage 
Engenheiro ferroviário em NY. Que tinha como função explodir 
buracos para abrir caminho para novos trilhos. 
Em um acidente de trabalho, uma explosão fez com que uma barra 
de ferro atravessasse seu crânio. 
Gage continuou consciente, o calor da barra de ferro cauterizou a 
ferida. 
 Apesar de ter sobrevivido Gage passou a apresentar problemas de 
comportamento 
Funcionário exemplar - irresponsável e comportamento 
socialmente inadequado. 
Pessoa dócil - Impaciente, baixa tolerante a frustração, 
desrespeitoso.
14
Apostila Neuro - 12 November 2018
Breve Histórico
Década de 1940 - MacLean e Papez 
Sistema Límbico - conjunto de estruturas cerebrais interconectadas 
que se revelavam importantes para o processamento das funções 
emocionais e sua integração com a vida de relação. 
Década de 1950 - Caso H.M. 
Remoção bilateral do hipocampo e das amígdalas para tratamento de 
um quadro epiléptico. 
Após a cirurgia quadro de incapacidade de aprender novas 
informações 
Conclusão: Aprendizagem e memória dependiam da integração dos 
centros nervosos específicos e suas conexões.
15
Breve Histórico
Alexander Luria (1902-1977) - Neuropsicólogo soviético 
Assimetria da função cerebral 
SNC organizado em sistemas funcionais que visam à execução de uma 
determinada tarefa. Sendo a tarefa constante, no entanto os mecanismos 
para executá-la variáveis. 
Os processos mentais geralmente envolvem nas ou sistemas que atuam 
em conjunto, embora se situem em áreas distintas e distantes do cérebro. 
3 Grandes sistemas funcionais 
1 - regulação de vigilia e tons cortical - dependem de estrutura como 
formação reticulare áreas do sistema límbico. 
2 - Recebimento, processamento e armazenamento de informações do mundo 
externo e interno - situado no córtex cerebral posterior ao sulco central. 
3- Regulação e verificação das estratégias comportamentais - localizado no 
córtex cerebral nas áreas anteriores do cérebro.
16
Apostila Neuro - 12 November 2018
Breve Histórico
Alexander Luria (1902-1977) - Neuropsicólogo soviético 
Desenvolvimento de uma bateria completa para exame 
neuropsicológico 
Avô das baterias utilizadas atualmente 
Trazem amplas informações sobre o funcionamento 
das funções cognitivas. 
Atualmente, completa-se tais informações com 
desempenho emocional e estrutura da personalidade.
17
Neurociências
Aula 2 - Células do Sistema nervoso
Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana
18
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Nervoso (SN) - O que é 
(responsável pelo o que)?
Definição: 
Rede complexa que permite o organismo se 
comunicar com o ambiente. Responsável por 
receber, armazenar e integrar as informações 
provenientes de seus componentes.
Composição: 
Componentes sensoriais, detectores das variações 
da estimulação ambiental, componentes motores.
Sua unidade básica é o neurônio.
19
Células Cerebrais
O encéfalo é formado por enumeras dessas células, as 
quais se organizam em circuitos anatômicos com 
funções precisas.
Princípio organizacional do SN: 
Células nervosas com propriedades similares podem conduzir 
ações diferentes de acordo com a maneira que se 
interconectam.
Neurônios possuem formas complexas.
Dendritos - padrões elaborados 
Axônios - muito longos
20
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurônios
21
Organização Celular
Características básicas das células do SN:
Componentes estruturais dos neurônios 
Mecanismo de geração de sinal dentro e entre os neurônios
Padrões de conexões dos neurônios entre si e com seus 
alvos (músculos, glândulas).
Relação entre diferentes padrões de interconexão e 
comportamentos.
Modificação, pela experiência, de neurônios e suas 
conexões.
22
Apostila Neuro - 12 November 2018
Células Cerebrais
Dois tipos básicos:
Neurônios: Constitui a unidade básica, estrutural e funcional, 
e tem a função de receber, integrar, processar e transmitir 
informações, executando as principais funções do Sistema 
Nervoso.
Após o nascimento não há produção de novos neurônios. 
Aqueles que morrem por programação natural (poda) ou por 
efeito de toxinas, doenças ou traumatismo não serão 
substituídos.
Glias ou células gliais: Desempenha uma série de funções 
auxiliares fundamentais para permitir o funcionamento 
normal dos neurônios, modulando suas atividades.
23
Neurônio
O neurônio é formado por quatro partes:
Terminais pré-sinápticos 
Axônio
Corpo/Soma 
Dendritos
24
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurônio - Corpo/Soma
Trata-se do centro metabólico da 
célula.
Núcleo: com os genes da célula.
Citoplasma: com organelas 
c i toplasmát icas normalmente 
encontradas em outras células.
Dele se originam os dendritos 
(vários) e o axônio (um).
Responsável pela síntese das 
proteínas neuronais.
Forma e tamanho são muito 
variáveis, dependendo do tipo de 
neurônio.
25
Neurônio - Corpo/Soma
Recapitula Organelas do Citoplasma:
Mitocondrias - realiza a respiração 
celular.
Complexo/Estrutura de Golgi - realiza 
a secreção celular.
Ribossomos - Produção de Proteínas.
Lisossomos - Vesículas de digestão 
celular.
Núcleo
Retículo Endoplasmático Rugoso - com 
ribossomos em sua membrana, 
responsável pela síntese se proteínas 
destinadas à exportação.
Retículo Endoplasmático Liso - sem 
ribossomos, sintetiza lipídios (ácidos 
graxos, fosfolipídios e esteróides).
26
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurônio - Dendritos
Do grego Dendron = Árvore
Ramificações
Principal aparato para 
recepção de sinais que se 
originam em outras células 
nervosas
27
Neurônio - Axônio
Do grego = Eixo.
Se inicia em na região do Cone de 
Implantação.
Longo e Tubular, estende-se para 
longe do corpo celular. 
Carrega sinais para outros 
neurônios. 
Leva sinais elétricos (Potencial de 
Ação) a longas distâncias (de 1mm 
a 2m).
Esses sinais se originam nas zonas 
de gatilho, próximo da origem do 
axônio (segmento inicial).
28
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurônio - Axônio
Especializado em gerar e conduzir o potencial de 
ação.
Encéfalo analisa e interpreta os padrões de sinais 
elétricos aferentes e suas vias (visão, audição, tato e 
olfato).
Para aumentar a velocidade de condução dos sinais 
elétricos, os axônios são enrolados em uma substância 
lipídica isolante, a bainha de mielina.
Interrompida a intervalos regulares pelos Nodos de 
Ranvier - pontos não isolados pela mielina.
Nodos de Ranvier - Regeneração do sinal elétrico.
29
Neurônio - Terminal Pré-sinápticos
Transmite sinais por regiões especializadas e dilatadas.
Final do neurônio que se divide em finas ramificações que contactam 
outros neurônios em zonas de comunicação - sinapses.
Célula Pré-sináptica Célula Pós-sináptica 
 (transmissora) (receptora)
São separadas por um espaço muito estreito chamado de fenda 
sináptica.
30
Apostila Neuro - 12 November 2018
Células Gliais
Funções de sustentar, proteger, 
isolar ou revestir, e nutrir os 
neurônios. 
São mais numerosas que os 
neurônios. 2 a 10 vezes mais.
Nome grego - “Cola”, mas 
raramente ligam duas células 
nervosas.
Circundam o corpo celular, axônio 
e dendritos.
Conserva a capacidade de 
substituição de células mortas.
31
Células Glias
Principais diferenças do neurônio: 
Não formam dendritos ou axônio.
Não são eletricamente excitáveis.
Não estão envolvidas na sinalização elétrica.
Possuem dois tipos:
Micróglias - sistema imunológico, age contra antígenos e 
se tornam fagócitos durante um trauma, infecção ou 
doenças degenerativas.
Macróglias - 80% das células do encéfalo. Pode ser de 
três tipos: Oligodendrócitos (40%), Células de Schwann e 
Astrócitos (40%).
32
Apostila Neuro - 12 November 2018
Células Glias
Macróglias:
Oligodendrócitos - responsável pela produção da 
bainha de mielina no SNC. 
Células de Schwann - responsável pela produção da 
bainha de mielina no SNP. 
Ambas influenciam na condução do sinal e segregando os 
canais iônicos dependentes de voltagem em domínios 
distintos (Nodos de Ranvier).
Astrócitos - corpos celulares irregular (parecem 
estrelas), podem ser de dois tipos: protoplásmico ou 
fibrosos.
33
Células Glias
Macroglias (Cont.)
Astrócitos
Protoplásmicos - encontrados na substância cinzenta e seus 
terminais tem formato de folha. Presentes nos corpos 
celulares.
Fibrosos - encontrados na substância branca, os terminais 
são longos, finos, que contem grandes feixes de filamentos 
empacotados. Presentes nos axônios nos Nodos de Ranvier.
Ambos se ligam a capilares e arteríolas formando a barreira 
hematoencefálica - estrutura de permeabilidade seletiva que 
protege o SNC de substâncias potencialmente neurológicas 
presentes no sangue. 98% dos medicamentos não passam pela 
barreira.
34
Apostila Neuro - 12 November 2018
Células Glias
Astrócitos - Funções
Em sua maior parte ainda desconhecida, mas 
entende-se que dão apoio aos neurônios de 4 formas:
Separam as células separando grupo de células e 
conexões sinápticas.
Auxiliam a regular as concentrações de K no espaço 
entre neurônios.
Tarefas de manutenção importantes que promovem a 
sinalização eficiente entre neurônios. Ex: recapitula deneurotransmissores.
Auxiliam a nutrir os neurônios vizinhos liberando fatores 
de crescimento. 
+
35
Tipos de Neurônios
36
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tipos de Neurônios
Tentativa de diminuir a complexidade de 
conhecimento da contribuição das 85 milhões 
de células do SN no comportamento humano.
Os neuronios do sistema nervoso podem ser 
classificados e dentro de cada categoria todos 
funcionam da mesma forma. 
 Há várias formas de se classificar os 
neurônios:
Quanto a morfologia de dendritos e 
axônios
Quanto ao número de neuritos 
(dendritos+axônios)
Quanto aos Dendritos
Quanto a Conexão
Quanto ao comprimento do axônio
37
Tipos de Neurônios
Os neurônios são agrupados 
quanto ao número de 
Neuritos em 3 grupos:
Neurônios Unipolares
Neurônios Bipolares
Neurônios Multipolares
Os neurônios também 
podem ser classificados de 
acordo com a Conexão:
Neurônios Sensoriais
Neurônios Motores
Neurônios Interneurônios
38
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tipos de Neurônios - Neuritos
Neurônio Unipolar
Uma ramificação originada do 
corpo celular (axônio). 
De sua extremidade originam-
se dendritos receptores.
Muito comuns no Sistema 
Nervoso Autônomo.
39
Tipos de Neurônios - Neuritos
Neurônio Bipolar
Corpo celular oval de onde se originam 
duas ramificações distintas 
Estrutura dendrítica que recebe informação 
da periferia do organismo.
Axônio - que carrega informação para o 
SNC.
Células Sensoriais
Pseudounipolares - se originam como 
bipolares mas suas ramificações se unem 
próximo ao corpo celular, sendo que uma 
ramificação se dirige a periferia do 
organismo e a outras para o SNC.
Comum nos gânglios espinhais
40
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tipos de Neurônios - Neuritos
Neurônio Multipolar
São predominantes no 
sistema nervoso.
Possuem um único axônio 
e inúmeros dendritos.
Variam muito na forma de 
seu corpo e no tamanho 
do axônio.
41
Tipos de Neurônios
Axônio
Núcleo
Dendritos
42
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tipos de Neurônios - Conexão
Neurônio Sensorial
Carregam a informação da superfície sensorial 
do corpo (Ex: pele, retina) para o Sistema 
Nervoso.
Utilizado tanto para a percepção quanto para a 
coordenação motora.
Neurônios Aferentes - da periferia do corpo para o 
sistema nervoso
Neurônios Eferentes - do sistema nervoso para a 
periferia do corpo
43
Tipos de Neurônios - Conexão
Neurônio Motor
Carregam comandos do SNC para os músculos e as 
glândulas.
44
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tipos de Neurônios - Conexão
Interneurônio ou Neurônio de Associação
São os mais numerosos.
Realizam comunicações com outros neurônios.
Possuem 2 classes:
Interneurônios de Retransmissão/Projeção (relés): 
Possuem axônios longos e transmitem sinais por 
longas distâncias, de uma região encefálica a outra.
Interneurônios Locais: 
Possuem axônios curtos, atuando em circuitos locais.
Comunicação com neurônios próximos.
45
Comunicação entre Neurônios
46
Apostila Neuro - 12 November 2018
Comunicação entre Neurônios
Células excitáveis 
Respondem a uma linguagem elétrica e química
Modificação do Potencial de Membrana ou de Repouso
Quando uma célula excitável se encontra em repouso (-60 a -70mV).
A informação dentro do neurônio é transportada por meio de 
uma linguagem elétrica feita por íons.
Os íons envolvidos nesse processo são principalmente Na e K
Há uma maior concentração de Na fora da célula.
Há uma maior concentração de K dentro da célula.
Quando em repouso o meio intracelular do neurônio (carga 
elétrica negativa) é mais negativo do que o meio extracelular 
(carga elétrica positiva).
Por diferença de concentração a tendência do Na é entrar e do K 
é sair da célula (Difusão e Eletricidade).
++
+
+
++
47
Neurônio em Repouso
48
Apostila Neuro - 12 November 2018
Comunicação entre Neurônios
Os tipo e a distribuição de moléculas proteicas distinguem os neurônios 
de outros tipos de células.
Os receptores sensíveis aos neurotransmissores são feitos de moléculas 
proteicas.
Os potencias de repouso e de ação são dependentes de proteínas 
especiais.
Essas proteínas definem passagens para os íons através da membrana 
neuronal por meio dos canais iônicos.
Os canais iônicos são formados por moléculas proteicas que atravessam a 
membrana. Tais canais são permeáveis seletivamente.
Os canais iônicos apresentam uma espécie de “portão" que serão abertos 
ou fechados de acordo com alterações no microambiente da membrana.
49
Canais Iônicos
50
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurônio - Comunicação
Potencial de ação
Impulso "tudo ou nada”, que se regenera com intervalos 
regulares.
É a alteração do Potencial de Repouso da membrana 
neuronal.
Tais alterações no SN são iniciados por uma grande 
variedade de eventos ambientais que nos atinge.
Se inicia na Zona de Gatilho e percorrem to axônio até o 
terminal pré-sináptico.
A informação transmitida por um potencial de ação é 
determinada pela via trafegada pelo sinal, e não pela 
forma do sinal.
51
Potencial de Ação
Depende de um Limiar de Ativação: 
Nível crítico de voltagem que a membrana neuronal deve atingir para eliciar o 
Potencial de Ação (PA).
Ultrapassa o limiar ou nada acontece.
Liberar a entrada de Na através dos canais iônicos especializados.
Nos neurônios de associação a despolarização de Na é causada por 
receptores sensíveis aos neurotransmissores liberados pelo neurônio 
anterior (pré-sináptico).
A taxa de geração de múltiplos PA's depende da corrente contínua de 
despolarizante.
A freqüência máxima de disparos é cerca de 1.000Hz. 
Uma vez que o PA é iniciado, se torna impossível iniciar outro durante 
cerca de 1ms - Período Refratário Absoluto.
Após um Período Refratário absoluto pode ocorrer uma maior dificuldade 
de eliciar outro PA por vários milissegundos - Período Refratário Relativo.
52
Apostila Neuro - 12 November 2018
Fases do Potencial de ação
1°- Despolarização
É excitatória e significa redução da carga negativa do meio 
intracelular (70-110mV). 
2° - Repolarização
3° - Hiperpolarizacão 
É inibitória e significa aumento da carga negativa do lado 
de dentro da célula ou aumento da carga positiva do lado 
de fora do neurônio.
4° - Restauração Gradual do Potencial de Repouso
53
54
Apostila Neuro - 12 November 2018
Funcionamento de um Neurônio
A membrana plasmática do neurônio 
transporta alguns íons ativamente, de 
dentro para fora e vice-versa.
 Assim funciona a   bomba de sódio e 
potássio, que bombeia ativamente o sódio 
para fora, enquanto o potássio é bombeado 
ativamente para dentro. 
Para cada três íons sódio bombeados para 
o líquido extracelular, apenas dois íons 
potássio são bombeados para o líquido 
intracelular. Indo contra o gradiente de 
concentração.
Se utiliza de ATP para realizar a troca de 
Na por K .+ +
55
Canais Iônicos
Os canais iônicos são dependentes de voltagem, ou seja, 
apenas quando a membrana atinge uma determinada 
voltagem.
Os canais de Na dependentes de voltagem apresentam um 
funcionamento padrão:
Abrem com pouco atraso (ativação rápida).
Permanecem abertos por cerca de 1ms e se fecham (se tornam inativos)
Não podem ser abertos novamente até a membrana voltar próximo do 
valor negativo do Limiar de Potencial de Ação.
Crises Epilépticas Febris - resultam de uma atividade elétrica súbita e 
altamente sincronizada no Encéfalo causada pelo aumento de 
temperatura. Comum em crianças entre 3 meses e 5 anos.
+
56
Apostila Neuro - 12 November 2018
Canais Iônicos
57
Canais Iônicos
Canaisde K dependentes de 
voltagem são abertos quando o 
meio intracelular está 
despolarizado em seu máximo.
O que contribui para a 
repolarização da membrana.
No entanto, acaba por gerar uma 
hiperpolarização até que os 
canais de K dependentes de 
vo l tagem se fechem 
completamente.
+
+
58
Apostila Neuro - 12 November 2018
Condução Saltatória
Esclerose Multipla
Desmielinização dos neurônios.
Endurece o feixe de axonios onde 
havia bainha de mielina
Atinge vários locais do sistema 
nervoso ao mesmo tempo.
Fraqueza
Falta de coordenação
dificuldade de visão
Dificuldade de fala
Teste simples: apresentar uma figura 
quadriculada para a pessoa e medir 
o tempo que leva para resgistrá-la 
com um eletrodo na parte de trás da 
cabeça.
59
NEUROCIÊNCIAS
Aula 3 - Sinapses 
Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana
60
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINAPSES
61
SINAPSES
Transmissão de informação de um neurônio a outro 
ocorrem em um lugar específico - Sinapse.
O processo de transferência de informação na sinapse 
é chamada de Transmissão Sináptica.
Apresenta dois lados, que indicam a direção do fluxo 
da informação:
Pré-sináptico - terminação axonial.
Pós-sináptico - dendritos ou corpo celular de outro 
neurônio.
62
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINAPSES
Junção Neuromuscular : 
n e u r ô n i o m o t o r + m ú s c u l o 
esquelético.
Local de ação para muitas 
toxinas e para a maioria das 
drogas psicoativas.
Podem ser de tipos:
Elétricas
Químicas
63
SINÁPSES ELÉTRICAS
Permitem a transferência direta da corrente 
iônica de um neurônio para outro.
As membranas celulares são separadas por 
uma distância de apenas 3nm.
As sinápses elétricas ocorrem em locais 
especializados - Junções Comunicantes.
Ocorrem por todo o corpo e interconectam muitas 
células não neurais (ex: epiteliais, musculares lisas, e 
cardíacas, hepáticas e glandulares.
Auxiliam os neurônios a sincronizar suas 
atividades.
Em sua maioria são bidirecionais - o primeiro 
neurônio gera um PA em um segundo; esse 
gera um PA no primeiro novamente. 
64
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSE ELÉTRICA
Conéxon{
65
SINÁPSES QUÍMICAS
As sinapses, que viajam por meio 
impulsos elétricos ao longo do 
axônio, é convertida na maioria das 
vezes em um sinal químico que 
atravessa a fenda sináptica.
Sinal Químico = Neurotransmissor
Diferentes neurônios - Diferentes 
neurotransmissores.
Na membrana pós-sináptica esse 
sinal químico é convertido em sinal 
elétrico novamente.
Membranas pós-sináptica: aumento 
de receptores especializados.
Receptores de prote ína s 
especializados que detectam os 
neurotransmissores na fenda.
66
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSES QUÍMICAS
Apresenta um espaço entre as membranas pré e pós-sinápticas - 
Fenda Sináptica.
Largura: 50 a 100nm
Preenchimento: matriz extracelular de proteínas fibrosas. Mantém a adesão 
entre as membranas.
Neurônio Pré-sináptico = Elemento Pré-sináptico = Terminal axonal
Dentro do terminal axonal
Pequenas esferas envoltas por membranas (50nm diâmetro) - vesículas 
sinápticas.
Armazenamento de neurotransmissores.
Esferas maiores (100nm diâmetro) - grânulos secretores.
Conteúdo proteico solúvel e neurotransmissores.
67
SINÁPSES QUÍMICAS
68
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSES QUÍMICAS
Lado pré-sináptico
Proteínas se projetam para o citoplasma ao longo da face intracelular da 
membrana, parecendo pequenas pirâmides.
Piramedes+Membrana = Zonas Ativas.
Local de liberação de neurotransmissores.
 Lado Pós-sináptico
Acumulo de proteínas dentro e abaixo da membrana pós-sináptica - 
densidade pós-sináptica (DPS).
Contém receptores pós-sinápticos que convertem os sinais químicos 
(neurotransmissores) em sinais intracelulares (mudança no potencial 
de membrana) no neurônio pós-sináptico.
69
SINÁPSES QUÍMICAS
70
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSES QUÍMICAS NO SNC
Tipos de sinápses
A) Axodendrítica= Axônio+dendrito (membrana pós-sináptica).
B) Axossomática= Axônio+Corpo Celular (membrana pós-
sináptica).
C) Axoaxônica= Axônio+Axônio (membrana pós-sináptica).
D) Axoespinhosa= Axônio+Espinho Dendrítico (membrana 
pós-sináptica).
E) Dendrodendrítica= Dendrito+Dendrito (membrana pós-
sináptica).
71
SINÁPSES QUÍMICAS NO SNC
72
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSES QUÍMICAS NO SNC
D) E)
73
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
Requisitos básicos da transmissão sináptica:
Mecanismo de síntese dos neurotransmissores e empacotamento nas 
vesículas.
Mecanismo de liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica, 
em resposta ao PA.
Mecanismo para produzir uma resposta elétrica ou bioquímica ao 
neurotransmissor no neurônio pós-sináptico.
Mecanismo para remoção dos neurotransmissores da fenda sináptica.
Todos esses mecanismos devem ser extremamente rápidos! Do 
primeiro ao último deve ter um intervalo de milissegundos!
74
Apostila Neuro - 12 November 2018
PRINCIPAIS 
NEUROTRANSMISSORES
Pequenas moléculas orgânicas, 
que são armazenadas 
em vesículas sinápticas 
e delas liberadas.
Moléculas grandes 
(cadeias de aminoácidos) 
armazenadas e liberadas 
de grânulos secretores.
75
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
Diferentes neurônios liberam diferentes neurotransmissores
Velocidade de transmissão também varia
Rápida: 10 a 100ms
Lentas: > 100ms, podendo durar minutos.
Diferentes neurotransmissores são sintetizados de diferentes formas.
Aminoácidos e Aminas: Uma vez sintetizados no citosol do terminal 
axonal os neurotransmissores serão capturados pelas vesículas 
sinápticas
Trabalho das proteínas transportadoras.
Peptídeos: sintetizados no Complexo de Golgi
76
Apostila Neuro - 12 November 2018
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
77
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
A liberação de neurotransmissores é desencadeada pela chegada 
de um PA ao terminal axonal.
Despolarização
Ativação dos canais 
de Ca dependentes 
de voltagem
2+
Direcionamento 
das vesículas sinápticas
para a Zona Ativa
Liberação de 
Neurotransmissores
Exocitose = vesícula sináptica+
membrana celular = derramamento
do neurotransmissor na fenda sináptica
Aumento de Ca 2+ Endocitose= Recaptura da 
membrana vesicular 
para reutilização
78
Apostila Neuro - 12 November 2018
SINÁPSES QUÍMICAS
79
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
Na membrana Pós-sináptica:
Acumulo de receptores especializados para cada neurotransmissor, 
formado por uma proteína específica.
Canais de de iônicos sensíveis a neurotransmissores.
Gradiententes excitatórios ou inibitórios são somados na área do 
Cone de Implantação.
Um neurônio recebe em milissegundos entre 1.000 e 10.000 contatos 
sinápticos em seu corpo e dendritos.
+Na = Despolarização Excitação (Potencial Excitatório 
Pós-Sináptico - PEPS)
+-Cl ou K =Hiperpolarização Inibição (Potencial Inibitório 
Pós-Sináptico - PIPS) 
80
Apostila Neuro - 12 November 2018
PRINCÍPIOS DA TRANSMISSÃO 
SINÁPTICA
Mais de 100 tipos de neurotransmissores (NT)
Dois tipos principais de receptores de neurotransmissores 
Canais iônicos ativados por neurotransmissores
Frequentemente fechado sem o neurotransmissor correto. Quando o 
neurotransmissor se liga na parte extracelular da membrana pós-sináptica, esse 
se abre permitindo a entrada de íons.
Transmissão mais rápida.
Receptores acoplados a proteína G
Transmissão mais lenta, duradouras e diversificada.
Três passos:
Ligação do NT ao receptor.
Receptor protéico ativa as proteínas G.
As proteínas G ativam proteínas efetoras (canaisiônicos ou enzimas que 
sintetizam moléculas).
81
RECAPTURA DOS 
NEUROTRANSMISSORES
Após a ativação do neurônio pós-sináptico, os neurotransmissores devem ser 
rapidamente removidos da fenda sináptica para que o neurônio possa ser 
novamente excitado ou inibido novamente.
A remoção pode ser feita por enzimas que quebram as moléculas de 
neurotransmissores em elementos mais simples que podem ser reciclados no 
interior do neurônio pré-sináptico ou que podem ser recapturados e descartados 
pelas Glias.
A remoção também pode ser feita pela membrana pré-sináptica por meio da 
Bomba de Captação.
Algumas drogas psicoativas podem evitar a recaptura dos neurotransmissores
Excitação ou Inibição do neurônio pós-sináptico por tempo prolongado
Cocaína - alteração do estado de consciência.
82
Apostila Neuro - 12 November 2018
83
84
Apostila Neuro - 12 November 2018
Neurociências
Aula 4 - Divisão Anatômica
Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana
85
Sistema Nervoso
Por que estudar o sistema nervoso?
A forma de nos comportarmos e entendermos o mundo é organizada no 
sistema nervoso.
Algumas perguntas a serem estudadas sobre o sistema nervoso:
O que é (responsável pelo o que)?
Qual sua composição?
Como está organizado?
86
Apostila Neuro - 12 November 2018
Glossário
Anterior - Localizado próximo ou na direção da frente da cabeça
Caudal - Localizado próximo ou na direção da cauda
Dorsal - Nas costas ou em direção a elas ou, em referência aos núcleos 
cerebrais de localização superior.
Frontal - Da frente ou em referências a cortes do cérebro, uma 
orientação de visualização pela frente.
Superior - Localizado acima. 
Ventral - No ventre ou em sua direção, ou do lado do animal onde o 
abdome está localizado, ou em referência aos núcleos cerebrais, de 
localização inferior.
87
Glossário
Inferior - Localizado abaixo.
Lateral - Diz respeito ao lado do corpo.
Medial - Diz respeito ao meio, pode aparecer mesial.
Posterior - Localizado próximo ou na direção da cauda.
Rostral - “Na direção do bico”; localizado na direção da frente.
Sagital - Paralelo ao comprimento (de frente para trás) do 
crânio, utilizado em referência a um plano.
88
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Nervoso
89
Organização do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso 
Central
Sistema Nervoso 
Periférico
Encéfalo Medula 
Espinhal Sistema NervosoAutonomo
Sistema Nervoso 
Somático
Cérebro
Cerebelo
Tronco Encefálico
Sistema Nervoso 
Visseral
ParassimpáticoSimpático
Sistema Nervoso
Entérico
90
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Nervoso Central
Encéfalo:
Cérebro - Compreende os dois hemisférios cerebrais, cada um deles 
consistindo em uma camada mais externa muito enrugada (córtex cerebral) 
composto pelos Núcleos da Base, Hipocampo e núcleos da Amígdala. 
Cerebelo - Situa-se atrás da Ponte e está conectado ao Tronco Encefálico por 
diversos tratos importantes de fibras, denominados pedúnculos. Modula a 
força e amplitude do movimento e está envolvido no aprendizado de 
habilidades motoras.
 Tronco Encefálico - Consiste em Bulbo, Ponte e Mesencéfalo. Recebe 
informações sensoriais pele e dos músculos da cabeça e fornece o controle 
motor para a musculatura da cabeça.
91
Sistema Nervoso Central
Medula Espinhal:
Parte mais caudal do sistema nervoso central (SNC), recebe e 
processa informação sensorial da pele, das articulações e dos 
músculos dos membros e do tronco e controla os movimentos 
dos membros e do tronco. É subdividida nas regiões cervical, 
torácica, lombar e sacral.
92
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Somático (Soma= Corpo)
Consiste em neurônios sensitivos que transmitem a informação dos 
receptores somáticos na cabeça, parede corporal, e membros, e de 
receptores para os sentidos especiais da visão, audição, paladar e do olfato 
para o SNC. Neurônios motores que conduzem o impulso do SNC 
somente para os músculos esqueléticos. Controle consciente, ação 
voluntária. Integração do indivíduo com o ambiente externo.
Sistema Nervoso Entérico (Enter= Intestinos)
É um sistema que se relaciona com a enervação e controle das estruturas 
viscerais. Cuida da interação das diversas vísceras no sentido de 
manutenção de constância do meio interno.
93
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Autonomo (Auto=próprio; Nomo= Lei)
Consiste em neurônios sensitivos que permitem a informação dos receptores 
sensitivos autônomos, localizados principalmente nos órgãos viscerais, como 
estômago e os pulmões, para o SNC. Neurônios motores que conduzem impulsos 
nervosos do SNC para o músculo liso, para o músculo cardíaco e para as glândulas. 
Sua ação é involuntária. 
Responsável pela percepção e adaptação dos meios internos do corpo regulando a 
homestoase.
Consiste em dois ramos: Simpático e Parassimpático.
Simpático - auxilia na maioria das vezes a dar suporte ao exercício ou para 
ações de emergência (“Luta-Fuga”)
Parassimpático - cuida das atividades de repouso e digestão.
94
Apostila Neuro - 12 November 2018
Nervos Cranianos
95
Nervos Cranianos
96
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Nervoso 
Central (SNC)Medula Espinhal
Cerebelo
Tronco 
Encefálico
Diencéfalo Telencéfalo
Cérebro
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Hipotálamo
Tálamo
Comíssura
Anterior
Corpo Caloso
Sistema 
Límbico
Gânglios da
Base
Substância 
Branca
Córtex Cerebral
Hemisférios
Córtex Cerebral
97
Sistema Nervoso Central
98
Apostila Neuro - 12 November 2018
Medula Espinhal
Parte mais caudal do Sistema Nervoso Central (SNC), indo da 
base do crânio até a primeira vértebra lombar. 
Primeira estação de integração sensório-motora.
Em uma pessoa adulta varia entre 35 a 45cm, aproximadamente.
Formado por dois tipos de nervos:
Nervos Sensoriais (Aferentes): conduzem informações para a medula 
espinhal da região periférica.
Nervos Motores (Eferentes): conduzem informações da medula espinhal 
para a região periférica.
99
Nervos
Nervos: são feixes de fibras 
nervosas (axônios) 
associadas a estruturas 
conjuntivas (colágeno) = 
nervos espinhais e cranianos 
100
Apostila Neuro - 12 November 2018
Medula Espinhal
Pode ser dividida em 31 segmentos, distribuídos entre as vértebras 
C1 e L1.
Cada segmento medular recebe o nome correspondente às 
vértebras que os envolvem.
Cervical (C1 à C8)
Toráxica (T1 à T12)
Lombar (L1 à L5)
Sacral (S1 à S5) - prolongamentos da cauda equina.
101
Medula Espinhal
102
Apostila Neuro - 12 November 2018
103
104
Apostila Neuro - 12 November 2018
Meninges
Membranas que envolvem o 
encéfalo e a medula espinhal.
Sua principal função é a proteção 
do SNC
São três:
Dura-máter - Mais externa
Aracnóide - intermediária
Pia-máter - Mais interna com 
contato direto com o SNC
105
Tronco Encefálico
Também chamado de Tronco Cerebral.
Tem 10 dos 12 nervos cranianos partindo dele. Conduzindo 
informações motoras e sensoriais do e para o Tronco Encefálico.
Três principais funções:
Seus componentes são:
Bulbo
Ponte
Mesencéfalo
106
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tronco Encefálico
107
Tronco Encefálico
108
Apostila Neuro - 12 November 2018
Tronco Encefálico
Bulbo: Extensão Rostral 
(a n t e r i o r ) d a Me d u l a 
Espinhal. Controla os centros 
reguladores da respiração, da 
pressão sanguínea e os reflexos 
da deglutição, da tosse e do 
vómito.
109
Tronco Encefálico
Ponte: Localizada na parte 
anterior do Bulbo, auxilia na 
regulação da respiração além 
de transmitir informações 
entre os hemisférios cerebrais 
para o cerebelo.
110
Apostila Neuro- 12 November 2018
Tronco Encefálico
Mesencéfalo: Localiza-se na parte 
rostral da ponte e participa do 
controle dos movimentos oculares, 
e contém núcleos relé dos sistemas 
auditivo e visual.
111
Cerebelo
Trata-se de uma estrutura foliada, presa ao Tronco Encefálico, em 
posição dorsal à Ponte e ao Bulbo
Responsável por integrar as informações sensoriais sobre a posição 
corporal com a informação motora e com a informação sobre o 
equilíbrio (Cada uma originária em partes distintas do Cérebro).
112
Apostila Neuro - 12 November 2018
Cerebelo
113
Cerebelo
114
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Cérebro
115
116
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117
118
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Cortéx Cerebral
119
Córtex Cerebral
Também chamado de Substância cinzenta. Trata-se da camada mais externa 
do cérebro.
Sua superfície é rugosa e cheia de pregas, as quais são chamadas de giros.
Também apresenta muitas fissuras que são chamadas de sulcos. Cada sulco e 
cada giro é nomeado de acordo com o osso do crânio mais próximo.Apresenta 
uma coloração acinzentada por ser composta principalmente dos corpos 
celulares dos neurônios e seus dendritos. 
Composto por bilhões de neurônios, os quais recebem, processam e integram 
informações sensoriais e motoras.
É composto por 6 camadas de células, sendo que sua posição depende de sua 
função.
120
Apostila Neuro - 12 November 2018
Substância Branca
Região do tecido Nervoso 
composto quase exclusivamente 
de axiônios de neurônios. Quando 
esses axiônios são revestidos de 
mielina, o tecido ganha uma 
coloração esbranquiçada 
A substância branca, portanto, é 
uma região de conectividade 
entre partes do sistema nervoso. 
121
Córtex Cerebral
É divido em quatro partes, 
chamadas de lobos, conforme 
seus principais sulcos. São eles:
Lobo frontal
Lobo Parietal
Lobo Temporal
Lobo Occipital
122
Apostila Neuro - 12 November 2018
Hemisférios Cerebrais
123
Hemiférios Cerebrais
Maior Parte do Sistema Nervoso Central. Responsável pelas 
funções mais finas e sofisticada, como memória, cognição, entre 
outras.
Formados pelo Córtex Cerebral, Substância Branca, Gânglios de 
Base, Formação Hipocâmpica ou Hipocampo e Amígdala.
124
Apostila Neuro - 12 November 2018
Lobo Frontal
Situado entre os sulcos Central e o 
Lateral. 
Comando motor primário referente 
à parte superior do corpo e face; 
Funções cognitivas e emotivas. 
Programação e preparação dos 
movimentos; 
Controle do movimento conjugado 
do olhar; Informações olfatórias;
Expressão verbal com sentido e 
sentimento.
125
Lobo Temporal
Situada abaixo do sulco Lateral e 
na linha imaginária que segue do 
sulco Parieto-occipital.
Recebe e processa informação 
auditiva. 
As áreas associativas deste lobo 
estão envolvidas no 
reconhecimento, identificação e 
nomeação dos objetos.
126
Apostila Neuro - 12 November 2018
Lobo Temporal 
127
Lobo Parietal
Localizado entre os sulcos Central, 
Lateral e Parieto-occipital.
É o córtex somato-sensorial 
primário, recebe informação 
através do tálamo sobre o toque e 
a pressão. 
A nível associativo este lobo é 
responsável pela reação a 
estímulos complexos.
128
Apostila Neuro - 12 November 2018
Lobo Occipital
Localizado após o Sulco Parieto-
occipital.
Recebe e processa informação 
visual. 
As suas áreas associativas estão 
relacionadas com a interpretação 
do mundo visual e do transporte 
da experiência visual para a 
fala.
129
Diencéfalo
Localizado no meio do cérebro, fica justamente entre os dois 
hemisférios cerebrais e o tronco encefálico. É composto por duas 
estruturas:
Tálamo
Hipotálamo
130
Apostila Neuro - 12 November 2018
Diencéfalo
131
Diencéfalo
Talamo: Processa quase todas 
as informações sensoriais que 
vão para o Cortéx Cerebral e 
quase toda informação motora 
que se origina no Córtex 
Cerebral sendo encaminhada 
para o Tronco Encefálico e 
para a Medula Espinhal.
132
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Diencéfalo
O hipotálamo trabalha para mantar a homeostase, ou seja, 
o equilíbrio químico do corpo. Apesar do seu tamanho, é de 
grande importância para o funcionamento normal da 
maioria dos sistemas do organismo. Seu funcionamento é 
semelhante a um termostato. Quando algum elemento 
químico ou substância se encontra em níveis elevados ou 
perigosamente baixos, com base no funcionamento 
metabólico de cada individuo, o hipotálamo busca alertar 
ao sistema que é necessário reduzir tal substância ou 
atividade no organismo.
Tem participação na regulação:
Sono/Vigília
Fome
Variação de temperatura
Diurese (urinar).
Sede
 Sistema nervoso autônomo
Sistema Límbico
133
Telencéfalo
Composto pelos hemisférios 
cerebrais, o Corpo Caloso e a 
Comíssura Anterior. Faz a 
ligação entre os dois 
hemisférios cerebrais quanto as 
funções mais finas, como a 
Cognição e as Emoções.
134
Apostila Neuro - 12 November 2018
Telencéfalo
Corpo Caloso:
Maior comíssura que temos em nosso 
cérebro.É formado por milhões de 
axônios, motivo da sua aparência 
esbranquiçada.
Responsável pela comunicação dos 
Hemisférios Cerebrais e pela 
harmonização de suas ações.
O caráter das informações transmitidas 
pelo Corpo Caloso são mais racionais e 
cognitivas em relação à Comíssura 
Anterior.
135
Telencéfalo
Comíssura Anterior:
Comíssuras são junções de 
duas formações anatômicas. 
Tem o formato oval e tem 
comunicação direta com o 
complexo amigdalóide sendo 
responsável pelo 
comportamento emocional.
136
Apostila Neuro - 12 November 2018
Gânglios de Base
Atuam no controle motor em associação 
ao sistema corticoespinal no controle dos 
padrões complexos da atividade motora.
Marcação do tempo, intensidade, 
velocidade e amplitude dos movimentos.
Utilização da memória armazenada no 
encéfalo para ocorrência da ação motora.
Formado pelo Corpo Estriado, Globo 
Pálido, Substância Negra e Núcleo 
Subtalâmico.
137
Formação Hipocâmpica ou 
Hipocampo
Faz parte do Sistema Límbico.
Envolvido no processo da 
Memória e do Aprendizado.
Responsável por converter a 
memória a curto prazo em 
memória a longo prazo. 
Lesões no hipocampo impedem a 
pessoa de construir novas 
memórias, no entanto as 
memórias mais antigas, anteriores 
à lesão, permaneçam intactas.
138
Apostila Neuro - 12 November 2018
Amígdala
Está mais envolvida no registro 
e decifração dos padrões 
perceptuais do que nas reações 
emocionais.
Centro regulador 
do comportamento sexual e 
da agressividade.
 Este conjunto nuclear é também 
importante para os conteúdos 
emocionais das nossas memórias.
139
Sistema Límbico
140
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Límbico
O sistema límbico responde pelos 
comportamentos instintivos, pelas 
emoções profundamentes 
arraigadas e pelos impulsos básicos.
Tais como sexo, ira, prazer e 
sobrevivência. 
Forma um elo entre os centros de 
consciência superiores na córtex 
cerebral e o tronco encefálico, que 
regula os sistemas corporais.
141
Sistema Límbico
Giro do Cíngulo: Faz parte do córtex límbico e se localiza 
logo abaixo do corpo caloso. Tem a função de coordernar 
odores e visões agradáveis de emoções anteriores.
Giro para-hipocampal: Esta área da córtex ladeando o 
hipocampo é ativada quando se observa cenas e lugares.
Hipocampo: O nome deriva da sua vaga semelhança a um 
cavalo marinho. Está envolvido na memória e na 
consciência espacial.
Amígdala: Conglomerados de neurônios em forma de 
amêndoa, são altamente envolvidos na memória e nas 
respostas emocionais.
Área septal: Situada abaixo da parte anterior do Corpo 
Caloso. Constitui um dos Centros do prazerdo Cérebro. 
Alguns acreditam ser o Centro do orgasmo (outros, acham 
que quem comanda é o hipocampo, amígdala e o núcleo 
caudado, em conjunto).
142
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Límbico
Amígdala & Hipocampo: Para discernir o papel da 
amígdala e do hipocampo, é só lembrar desse exemplo: O 
hipocampo é crucial no reconhecimento do rosto de uma 
colega de classe, mas é a amígdala que te informa que 
você não gosta dela.
Área pré-frontal: Não faz parte do circuito límbico 
tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo, 
amígdala e outras regiões sub-corticais, explicam o 
importante papel que desempenha na expressão dos 
estados afetivos. Quando o córtex pré-frontal é lesado, o 
indivíduo perde o senso de suas responsabilidades 
sociais, bem como a capacidade de concentração e de 
abstração. Quando se praticava a lobotomia pré-frontal 
para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os 
pacientes entravam em estado de "tamponamento 
afetivo“.
143
Funcionamento Cerebral
144
Apostila Neuro - 12 November 2018
145
146
Apostila Neuro - 12 November 2018
NEUROCIÊNCIAS
Aula 5 - Córtex Cerebral e Divisão Funcional
Prof. Dra.Priscilla Rodrigues Santana
147
Encéfalo
• O Sistema Nervoso Central (SNC) pode ser dividido de várias formas: 
• Anatômica - divisão do córtex de acordo com o osso do crânio que o sobrepõe. Giros 
e sulcos. 
• Lobo Frontal 
• Lobo Parietal 
• Lobo Occipital 
• Lobo Temporal 
• Filogenética - divisão de acordo com as áreas desenvolvidas durante o processo de 
evolução 
• Arquiocórtex - parte mais primitiva - Hipocampo - Répteis 
• Paleocórtex - parte intermediária - Giro-para-hipocampal - Mamíferos 
• Neocórtex - Todo o resto o resto do córtex - percepção, pensamento, memória, 
linguagem, ação planejada - Mamíferos e Humanos. 
• Funcional - divisão de acordo com o funcionamento das áreas (Lúria, 1973), 
podendo ser sensitivas ou motoras 
• Áreas de Projeção ou Primárias 
• Áreas de Associação - Podem ser divididas em duas partes: secundárias e terciárias. 
• Brodmann - 52 áreas especializadas.
148
Apostila Neuro - 12 November 2018
Encéfalo
• Divisão do Sistema Nervoso 
Central (SNC) (cont.) 
• Citoarquitetura - Divisão de 
acordo com a estrutura, o 
arranjo e organização dos 
neurônios no encéfalo e na 
medula. 
• Isocórtex - corresponde a 
90% do córtex, possui 6 
camadas de organização de 
neurônios. 
• Alocórtex - não possui as 6 
camadas. Hipocampo e 
córtex olfatório.
149
Encéfalo - Divisão Citoarquitetônica
• Formação do Isocórtex 
• Camada I - Molecular 
• Mais rica em axônios. Área de associação. 
• Camada II - Granular Externa 
• Predomínio de células es tre ladas 
pequenas. Recebem fibras que chegam ao 
córtex e as enviam para outras camadas. 
Fibras eferentes. 
• Camada III - Piramidal Externa 
• Área efetora do córtex, fibras de 
associação. 
• Camada IV - Granular Interna 
• Fibras aferentes. 
• Camada V - Piramidal interna 
• Dão origem a fibras eferentes, que saem 
do córtex indo em direção ao tronco 
encefálico e medula. 
• Camada VI - Fusiforme 
• Axônios que penetram na substância 
branca medular.
150
Apostila Neuro - 12 November 2018
Recapitulando - Divisão Anatômica
• Lobo Frontal - responsável pelo 
planejamento, processamento motor 
voluntário, funções superiores. 
• Lobo Parietal - Processamento de 
informações táteis e integração 
sensorial. 
• Lobo Occipital - Processamento de 
informações visuais. 
• Lobo Temporal - Processamento de 
informação da linguagem, auditiva, 
gustativa e olfatória. 
• I n s u l a - S i s t e m a L í m b i c o , 
responsável pela regulação das 
emoções.
151
Divisão Funcional
Córtex 
Cerebral
Áreas Primárias 
Sensoriais e Motoras
Áreas Secundárias 
Interpretação
Áreas Terciárias 
Funções Superiores
Áreas Límbicas 
Emoções
152
Apostila Neuro - 12 November 2018
Áreas Primárias ou de Projeção
• Área Motora (Giro pré-frontal) 
• Área 4 de Brodmann 
• Lesões na área motora primária pode 
provocar paralis ias na porções 
correspondentes ao corpo 
• Área Somatossensorial (Giro pós-
frontal) 
• Áreas 1, 2, 3 de Brodmann 
• Lesões nessas áreas promovem a 
incapacidade de reconhecer estímulos 
táteis, e de propriocepção. 
• Área Visual 
• Área 17 de Brodmann 
• Lesões nessa área pode causar 
amaurose total ou parcial dependendo 
da extensão da lesão.
153
Área Motora e Somatossensorial 
Primária
154
Apostila Neuro - 12 November 2018
Áreas Primárias ou de Projeção
• Área Auditiva (Giro Temporal 
superior) 
• Áreas 41 e 42 de Brodmann 
• Lesões nessas áreas podem levar a 
perda da capacidade auditiva ou a 
surdez cortical, quando lesionada 
bilateralmente. 
• Á r e a O l f a t i v a ( G i r o p a r a -
hipocampal) 
• Área 28 e 38 
• Lesões nessa área pode causar 
diminuição da capacidade olfativa e/
ou alucinações. 
• Área Gustativa 
• Área 43 de Brodmann. 
• Diminuição da capacidade de sentir 
sabor do lado oposto do lesado.
155
Áreas de Associação Secundária
• Ocupam a maior parte da superfície 
do cérebro humano, e s tando 
d i re tamente l i gadas a s áreas 
primárias e são unimodais (uma 
unidade que recebe informação 
sensorial ou motora apenas). 
• São três: Somatossensorial, Visual e 
Auditiva. 
• Normalmente estão justapostas às 
áreas primárias. 
• Recebe aferências das áreas primárias 
e repassa para as demais áreas. 
• Lesões nas áreas secundárias não 
causam déficits simples, mas levam a 
agnosia (desconhecer).
156
Apostila Neuro - 12 November 2018
Áreas de Associação Terciárias
• Existem 2 áreas terciárias no 
cérebro: 
• A primeira se encontra na junção 
Temporoparietal 
• A segunda se encontra na área pré-
frontal. 
• Essas áreas promovem a integração 
sensório-motora e part ic ipa dos 
p r o c e s s o s d e p l a n e j a m e n t o e 
motivacionais. 
• Promovem uma junção entre funções 
límbicas e não-límbicas. 
• Recebem fluxos de informações das 
áreas primárias e secundárias, elaboram 
estratégias comportamentais e enviam 
tais informações de volta para as áreas 
primárias e secundárias.
157
Áreas de Associação Terciárias - 
Temporoparietal
• Corresponde a área de Brodmann 
7, 39 e 40. 
• Re s p o n d e a m a i s d e u m a 
modalidade sensorial e pode estar 
envolvida na motricidade. 
• Só se at iva em momentos 
relevantes para o indivíduo. 
• Interage com áreas pré-frontal e 
límbicas. 
• Relacionada a l inguagem e 
representação simbólica, além da 
percepção espacial.
Área de 
Wernicke
158
Apostila Neuro - 12 November 2018
Áreas de Associação Terciárias - 
Temporoparietal
• Corresponde a área de Brodmann 
7, 39 e 40. 
• Lesões: 
• No hemisfério Esquerdo 
• Problemas de linguagem 
• Acalculia 
• Dificuldade de escrita 
• Incapacidade de discr iminar 
direita/esquerda. 
• No hemisfério Direito 
• Desorientação espacial generalizada 
• Distúrbios da percepção do próprio 
esquema corporal - Anosognosia. 
• Apraxia - incapacidade de realizar 
tarefas cotidianas, ex: pentear o 
cabelo.
Área de 
Wernicke
159
Áreas de Associação Terciárias - Pré-
Frontal
• Corresponde a área de Brodmann 45, 
46, 47, 8, 9, 10, 11 e 12. 
• Corresponde a 1/4 da superficie do 
cérebro humano. 
• Seus neurônios respondem a diversos 
estímulos sensoriais e motivacionais (só 
funcionam quando houver uma 
recompensa). 
• Gener i camente re l ac ionada a 
linguagem, planejamento, execução e 
modificação de es t ratég ias de 
comportamento. 
• C a d a u m a d e s u a s p a r t e s é 
relacionada a uma tarefa diferente. 
• Lesões em diferentes áreas geram 
sequelas diferentes.160
Apostila Neuro - 12 November 2018
Áreas de Associação Terciárias - Pré-
Frontal
• Áreas de Brodmann 
• Área 8 - Movimentos oculares 
• Área 9 - Cálculo e lógica 
• Área 10 - Atenção e alerta 
• Área 11 e 12 - Decisão e 
comportamento ético. 
• Área 44 e 45 - Área de Broca 
• Área 46 e 47 - Funções 
E x e c u t i v a s ( p e n s a m e n t o , 
cognição, comportamento)
161
Áreas de Associação Terciárias - Pré-
Frontal - Lesão
• Lesões no lobo frontal levam à perda total da capacidade para 
resolver problemas e para planejar o início de ações, como atravessar 
a rua ou responder a uma pergunta complexa. 
• Algumas deteriorações específicas variam dependendo de qual parte 
do lobo frontal está lesionada. 
• Lesão na parte posterior (Área de Broca): podem ter dificuldade de 
se expressar verbalmente, uma deficiência chamada de afasia 
(expressiva) de Broca. 
• Lesão na parte frontal: 
• Dificuldade na memória de trabalho, 
• Redução de fluência da fala, 
• Apatia (falta de emoção, interesse e preocupação), 
• Desatenção, 
• Respostas atrasadas às perguntas, 
• Falta de inibição, incluindo o comportamento social inapropriado 

162
Apostila Neuro - 12 November 2018
Divisão 
Funcional de 
Lúria
163
Sistema Funcional de Lúria
• Síntese dos sistemas de 
organização cerebral anteriores. 
• Localizadores - Gall, 
Wernicke, Broca 
• Unitaristas - Hughlings e 
Flourens 
• Cada área pode ser 
especializada em uma 
determinada função, mas as 
áreas funcionam de forma 
conjunta e integrada.
164
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Funcional de Lúria
• A função cerebral é um sistema 
funcional completo e complexo. 
• A localização perde sentido se 
limitada a uma busca específica. 
• A localização traz quais as regiões 
que trabalham conjuntamente para 
construir uma atividade mental. E 
qual sua contribuição ao sistema 
completo. 
• Nesse esquema um sintoma não é 
um distúrbio, mas a sua causa é 
mais importante para o 
entendimento da organização 
cognitiva.
165
Sistema Funcional de Lúria
• Primeira Unidade Funcional 
• Regulação do tônus 
cortical, vigília e estados 
mentais. 
• Nível ideal de tônus cortical 
para engajar-se na 
atividade organizada, 
dirigida ou objetivos de 
ação.
166
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Funcional de Lúria
• Segunda Unidade Funcional 
• Receber, Analisar e 
Armazenar informações. 
• Regiões laterais do neocórtex. 
Esses sistemas analisam uma 
grande quantidade de 
elementos.
167
Sistema Funcional de Lúria
• Terceira Unidade Funcional 
• Programação, Regulação e 
Verificação de Atividades 
• Envolve os lobos frontais. 
• Funções Executivas 
• Envolve criação das 
intenções, planos e 
programação de ação, 
regulação do comportamento 
e verificação de atividades 
conscientes.
168
Apostila Neuro - 12 November 2018
Sistema Funcional de Lúria
Estímulo 
Sensorial
Sistema Límbico 
SNP
Unidade Primária
Alterações que o 
ambiente causa no 
corpo
Unidade Secundária
Área 1 - Sensação 
Área 2 - Percepção 
Área 3 - Integração
Unidade Terciária
Área 3 - Decisão 
Área 2 - Programação 
Área 3 - Execução
Resposta 
Comportamento
169
Caminho da Informação
170
Apostila Neuro - 12 November 2018
Caminho da Informação
171
NEUROCIÊNCIAS
Aula 6 - Neuropsicologia das Funções Cognitivas.
Profa. Dra. Priscilla Rodrigues Santana
172
Apostila Neuro - 12 November 2018
FUNÇÕES COGNITIVAS
Funções cognitivas são a “…integração das capacidades de percepção, de ação, 
de linguagem, de memória e de pensamento.” (McCarthy e Warrington, 1990). 
 Essas auxiliam na composição dos comportamentos humanos, desde os mais 
simples até os mais complexos.
São funções cognitivas:
Linguagem
Memória
Atenção
Funções Executivas 
Visuoconstrução 
Praxia 
Cognição Social
173
LINGUAGEM
Pode ser definida a partir de aspectos biológicos e sociais que mostram a 
função principal da linguagem como um facilitador da adaptação do sujeito em 
seu ambiente.
Serão trabalhados questões do desenvolvimento completo da linguagem, ou 
seja, em sujeitos adultos. Trata-se de uma habilidade cognitiva complexa 
importante para a socialização e comunicação.
A linguagem é formada por 3 componentes essenciais:
Linguístico: aspectos fonológicos sintáticos organizados segundo regras, aspectos semânticos 
e pragmáticos. Diz respeito ao conteúdo lexical (dicionário) e dos discursos.
Cognitivo: transformação dos múltiplos inputs do ambiente em conhecimento, à 
organização, ao armazenamento, à recuperação e à transformação.
Social: organização segundo regras sociais (pragmáticas) que fornecem indicações sobre 
práticas sociais da linguagem. Modo como a fala é percebida depende de questões culturais.
174
Apostila Neuro - 12 November 2018
LINGUAGEM
Avaliação - âmbito da clínica e/ou da pesquisa como prática em que se 
sistematizam dados, de forma integrada, dos seus vários componentes.
Objetivo: determinar se a linguagem está normal, se há presença de 
deficit, estabelecimento de diagnóstico, prognóstico e indicações 
terapêuticas.
A avaliação dessa função envolve:
As bases biológicas da linguagem
Aquisição da linguagem
Processamento cognitivo-linguístico
Déficits linguísticos: adquiridos ou do desenvolvimento
Avaliação e Reabilitação
175
BASES BIOLÓGICAS DA 
LINGUAGEM
Estudos recentes sobre a linguagem tem como base a Tomografia por 
Emissão de Pósitrons (PET) e a Ressonância Magnética Funcional 
(RMf) que avaliam mudanças do fluxo sanguíneo. Além de 
magnetoencefalografia (MEG) e eletroencefalografia (EEG) que 
aferem aspectos temporais da atividade de linguagem.
Descoberta de outras áreas, além das clássicas (Broca e Wernicke), 
como importantes para o processamento da linguagem.
Linguagem - Aspecto distribuído e flexível dos circuitos cerebrais. 
Capacidade de adaptação e participação em diferentes aspectos da 
produção da fala. 
176
Apostila Neuro - 12 November 2018
BASES BIOLÓGICAS DA 
LINGUAGEM
Atualmente vários estudos demonstram uma maior distribuição 
principalmente no Hemisfério Esquerdo (HE) para o processamento, 
oral e escrito, da linguagem (áreas 21, 22, 37, 39 e 42 de Brodmann).
Hemisfério Direito (HD) é responsável pelo armazenamento dos 
aspectos prosódicos (emissão de sons da fala) de produção de fala e 
os componentes lexicais de reconhecimento visual de palavras. 
Responsável principalmente pelas funções discursivas, pragmáticas 
(relação entre quem fala e quem ouve), inferências(tirar conclusões), 
léxico-semânticas e prosódias.
177
PROCESSAMENTO COGNITIVO-
LINGUÍSTICO
A linguagem envolve 3 processos:
Compreensão receptiva
Decodificação linguística (compreensão verbal): que inclui a audição e a 
leitura.
Codificação Expressiva e de Produção: que inclui a fala, a escrita e a 
sinalização.
A linguagem pode ser processada em vários níveis:
Semântico: significado das palavras ou ideias.
Fonético: natureza física da produção e da recepção fala humana.
Fonológico: sons da fala
Morfológico: unidades de significado das palavras ou partes de uma palavra.
178
Apostila Neuro - 12 November 2018
PROCESSAMENTO COGNITIVO-
LINGUÍSTICO
A linguagem pode ser processada em vários níveis:
Lexical: compreensão e produção de palavras. Repertório linguístico de uma 
pessoa.
Sintáticos: regras de estruturas das frases, das funções e das relações das 
palavras em uma oração.
Pragmático: compreensão do modo que a linguagem é usada e interpretada. 
Considerando as características contextuais do falante e do ouvinte.
Prosódico: Integra a habilidade de reconhecer, compreender e produzir 
significado afetivo ou semântico com base na entonação, na ênfase e em 
padrões rítmicos da fala.
179DÉFICITS LINGUÍSTICOS
Déficits Linguísticos
Afasias
Adquiridas
Demências
Outros
Do Desenvolvimento
Dislexia
Discalculia
180
Apostila Neuro - 12 November 2018
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasias
Dentre as deficiências adquiridas da linguagem as afasias são as mais estudadas.
Podem ser definidas como a perda ou a deficiência da linguagem expressiva ou 
receptiva, provocada por um dano cerebral, geralmente no HE. 
Pode afetar outros processos cognitivos também, tais como: memória, 
categorização, atenção e funções cognitivas.
Seu diagnóstico é realizado a partir do desempenho do paciente em tarefas de 
linguagem oral e de escrita (compreensão, expressão, nomeação e repetição nos 
níveis d palavra, da sentença e do discurso).
Seu prognóstico depende da gravidade inicial dessa manifestação, da extensão e 
do local da lesão.
Quanto maior diversidade de déficits iniciais e maior a lesão, pior o prognóstico.
181
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasias
Possui diversas classificações, sendo mais utilizada é a de Boston (Hillis, 2007).
As afasias podem ser divididas em dois tipos
Fluentes: caracterizadas por fala fluente e articulação relativamente normal, 
mas dificuldades em compreensão verbal e repetição, com presença de 
parafasias (caracterizada por erros na escolha das palavras ou por uma 
associação repetitiva de sílabas ou palavras inadequadas que desvirtuam o 
sentido do que é dito). Ex: Afasia de Wernike, de condução, anômica e 
Transcortical sensorial.
Não-fluentes: Caracterizada pela compreensão verbal relativamente 
preservada, mas há problemas na produção da linguagem e articulação. Ex: 
Afasia de Broca, Transcortical motora, Transcortical mista, e Global.
182
Apostila Neuro - 12 November 2018
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasia de Broca
Fala espontânea e repetição de sentenças não fluentes (extensão da frase 
reduzida, melodia e agilidade articulatória alteradas, menor número de palavras 
por minuto, produção de sentenças agramáticas)
Com impossibilidade de nomear ou recordar os nomes dos objetos, embora o 
paciente os perceba e os compreenda (anomia). Relativa compreensão da 
linguagem.
Afasia Transcortical motora
Os pacientes apresentam melhor desempenho na repetição de sentenças do que 
na linguagem espontânea. Fala lenta com pouca iniciativa, com compreensão 
preservada.
Leitura pode pouco ou nenhum déficit, enquanto a escrita mostra-se lenificada 
assim como a fala.
183
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasia Trascortical Mista
Maiores dificuldades em compreender sentenças e em nomeação, mas com 
preservada capacidade de repetição. Expressão da linguagem prejudicada com 
presença de estereotipia (movimentos repetitivos) e ecolalia. Habilidade de 
leitura e escrita deficitárias.
Afasia Global
Fala espontânea em estereotipias e perseverações em que a compreensão 
mostra-se severamente prejudicada, podendo ser entendidos apenas comandos 
simples.Repetição comprometida. Um dos casos mais graves de afasia, havendo 
prejuízo severo na expressão e na compreensão da linguagem oral e escrita.
184
Apostila Neuro - 12 November 2018
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasia de Wernicke
Caracteriza-se por linguagem expressiva espontânea e repetição fluentes, mas 
desprovidas de sentido. Comprometimento da compreensão de palavras sentenças e 
conversação. Dificuldade de selecionar palavras, o som ou o significado apropriado das 
unidades linguisticas.
Prejuizo na habilidade de acessar, usar ou manipular as informações semânticas, mais 
do que uma perda nas representações semânticas das palavras. Produção escrita é 
semelhante a produção oral. Compreensão da leitura preservada em grau semelhante 
à oral.
Afasia de Condução
Linguagem espontânea relativamente fluente, adequada compreensão, mas dificuldade 
na repetição, que pode ser observada de modo inconsistente. Erros de repetição de 
palavras de baixa freqüência ou de estrutura fonologia complexa e em pseudopalavras 
sendo recorrentes as parafasias fonológicas e verbais.
Os pacientes com esse tipo de afasia são geralmente conscientes de seus problemas 
de fala, o que os leva a repetições para autocorreção.
185
DÉFICITS LINGUÍSTICOS 
ADQUIRIDOS
Afasia Anômica
Boa linguagem expressiva, com adequada repetição, compreensão e articulação. 
Dificuldade de evocação lexical, geralmente na linguagem espontânea, que pode 
diminuir na denominação por confrontação visual.
Pacientes não conseguem acessar informações fonológicas e/ou ortográficas da 
palavra, apesar de acesso semântico preservado. Podem recuperar palavras semântica 
ou fonologicamente, mas tem consciência que não são aquelas que queriam fala. 
Escrita comprometida (paragrafia - substituição de certas palavras por outras ou por 
vocábulos inexistentes na língua), mas a leitura fica preservada. 
Afasia Transcortical sensorial
Pacientes mostram discursos fluentes, com dificuldade na compreensão, podendo ser 
observadas as parafasias semânticas, dificuldade em encontrar palavras e circunlóquios 
(uso excessivo de palavras para emitir um enunciado que não chega a ser claramente 
expresso; rodeio). 
A repetição encontra-se preservada, podendo ocorrer perseverações. Nomeação e 
leitura preservadas, embora o paciente possa não compreender o que leu.
186
Apostila Neuro - 12 November 2018
DISLEXIA
Super Choque Ep. 48 - Quando a Borracha encontra o asfalto.
187
DÉFICITS LINGUÍSTICOS DO 
DESENVOLVIMENTO
Dislexia
Transtorno Específico de Aprendizagem (TEA)
Dificuldade específica da linguagem, caracterizada por prejuízos na 
decodificação de palavras isoladas, refletindo insuficiência do 
processamento fonológico. Problemas com aquisição de leitura, 
proficiência da escrita e da leitura não são incomuns.
Discrepância entre o desempenho escolar, em um ou mais domínios acadêmicos, e a 
habilidade cognitiva geral do sujeito.
Não há um padrão único de manifestação de sintomas. Deve-se 
considerar as diferentes manifestações cognitivo-linguísticas da dislexia.
Deve-se excluir causas como deficiência neurossensorial, pobreza, falta de estimulação, 
experiências pedagógicas inadequadas, entre outras.
A dificuldade deve estar presente em mais de um contexto, isto é, perturbar o 
desempenho acadêmico e a vida diária do sujeito.
Não há um teste único e específico para identifica-la com precisão.
188
Apostila Neuro - 12 November 2018
DÉFICITS LINGUÍSTICOS DO 
DESENVOLVIMENTO - AVALIAÇÃO
Histórico Pessoal
Habilidades Linguísticas
Leitura e Escrita
Observação Educacional 
Processamento Cognitivo
Medida Intelectual
Histórico de saúde para descartar condições 
Histórico familiar, histórico de dificuldade fonológica
Afetadas as habilidades básicas 
Podendo comprometer altas habilidades 
Dificuldades se manifestam em qualquer situação? 
Se manifestam em qualquer contexto?
Alterações nesse nível podem estar presentes ou não. 
Não são determinantes para o diagnóstico, 
mas são importantes no prognóstico
QI limítrofe ou abaixo do esperado, 
não se descarta de imediato a dislexia. 
Discrepância entre o nível de leitura, bem prejudicado, e o QI.
189
DÉFICITS LINGUÍSTICOS DO 
DESENVOLVIMENTO
Discalculia - TEA
Desempenho em alguns domínios da aritmética situa-se abaixo de determinado 
ponto de corte, apresentando risco de desenvolver dificuldades crônicas de 
aprendizagem da matemática.
Podem impactar de forma negativa no desenvolvimento justificando a criação 
de uma categoria nosológica específica.
Dificuldade de realizar as quatro operações básicas, recorrendo a estratégias 
imaturas, tais como contar nos dedos ou fazer marcar em papeis. Dificuldade 
com aquisição e resgate de informação aritmética, assim como leitura e escrita 
das diversas notações numéricas também comprometidas.
Podem apresentar dificuldade em discriminaçãoe estimação rápida da grandeza de conjuntos 
de objetos, assim como com orientação temporal e espacial e dificuldade de utilizar relógio 
analógico. 
Comum em todas as culturas com prevalência variando entre 3% e 10% 
dependendo dos critérios utilizados.
190
Apostila Neuro - 12 November 2018
MEMÓRIA
Capacidade de adquirir, armazenar e recuperar diferentes tipos de 
informações, fundamental para sobrevivência e formação de 
identidade.
Se organiza em 3 eixos:
Tempo
Conteúdo
Tipo de processo envolvido
Os estudos sobre essa função indicam que há diversos tipos e 
subtipos de memória. 
Todos os tipos de memória também se dividem em bases neurais 
diferentes. Sendo assim, lesões adquiridas em diferentes partes 
podem causar diferentes tipos de amnésias (perdas de memórias).
191
MEMÓRIA
Inf
orm
aç
ão
 Se
ns
ori
al
Co
dif
ica
çã
o Memória Operacional/Trabalho
Alça 
Fonológica
Esboço 
Visuoespacial
Retentor 
Episódico
Memória de Curto Prazo 
Consolidação
AGORA
Me
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o
Controle 
Inibitório
Flexibilidade 
Cognitiva
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Sistemas de Memória e Processos Cognitivos envolvidos (Paula & Malloy-Diniz, 2018)
192
Apostila Neuro - 12 November 2018
MEMÓRIA - ALZHEIMER
Principal causa de demência em idosos. 
2009 - 39 milhões de pessoas no mundo
2030 - estimativa de 66 milhões de pessoas no mundo
O Alzheimer surge do envelhecimento normal, passando passando por um 
comprometimento cognitivo leve (CCL), que causa pequenos lapsos de memória, até 
comprometer múltiplos domínios cognitivos, comprometendo as atividades desenvolvidas 
diariamente, instalando a doença de Alzheimer propriamente dita.
Muito antes do inicio dos sintomas do Alzheimer percebe-se uma alteração no 
metabolismo de duas proteínas no cérebro: Amilóide - beta-amilóide e TAU - fosfo-tau. 
Ambas formam placas fibrilares nos meios extra e intracelular. Concentração no Líquido 
cerebrospinal (LCS). 
4 fases do Alzheimer:
1- Envelhecimento normal
2 - Fase Pré-clinica: Declínio de beta-amilase e aumento de fosfo-tau no LCS. Funções cognitivas normais.
3 - Doença Prodrômica: concentração de marcadores ainda se acentuam no LCS. Ressonância indica 
atrofia progressiva de áreas relevantes iniciando pelos hipocampos. Queixas progressivas sobre a 
cognição, mais especificamente sobre a memória. Diagnóstico de CCL e adição de marcadores biológicos.
4 - Demência da Doença de Alzheimer: Dificuldade de funcionalidade.
193
MEMÓRIA - ALZHEIMER
Avaliação
Os exames da fase pré-clinica são muito caros para incluir em um calendário 
de saúde. Descobrir o mais precocemente possível, que seria na fase 3.
Quem apresenta a doença prodrômica?
Lapsos de memória progressivos, de planejamento, linguagem, praxia, ou uma combinação 
desses.
Percepção desses lapsos pela pessoa ou por quem convive com ela.
Sem prejuízo nas atividades diárias, exceto por maior esforço para realizar atividades mais 
complexas.
Marcadores biológicos alterados (beta-amiloide, tau total, fosfo-tau no LCS).
Avaliação da capacidade funcional. Entre as atividades mais rotineiras, destaque para o 
controle da área financeira. O comprometimento de tarefas ligadas a esse controle tem um 
avanço relativamente rápido em relação a outros tipos de demência.
Declínio global da cognição, principalmente por alterações da memória episódica, na função 
executiva, na velocidade perceptual, déficits verbais, visuoespaciais e atenção.
194
Apostila Neuro - 12 November 2018
ATENÇÃO
Ato de manter o foco atentivo direcionado para certos estímulos. 
Conjunto de processos que permitem controlar a atividade nervosa 
relacionada a eventos externos e/ou internos, de modo a selecionar 
aspectos que receberão processamento prioritário
Formados por informações sensoriais presentes e/ou esperadas, a 
manutenção e/ou o resgate de informações arquivadas na memória e 
ações ou planos motores.
O desenvolvimento dessa habilidade de controlar a atividade nervosa 
depende da história de interação do organismo com o ambiente. Como 
consequência temos o desenvolvimento de intencionalidade. 
O sistema nervoso pode:
1 - Gerar ações que levem aos resultados desejados 
2 - Atuar no sentido de selecionar determinados tipos de informação para 
processamento adicional, direcionar sua atenção.
195
ATENÇÃO
Na atenção está claro o caráter direcional e seletivo dos processo mentais 
organizados como:
Estado de Alerta
Concentração
Seleção
Exploração
Áreas Neurofisiológicas
Sistema Límbico
Formação Reticular
Estruturas Corticais e Subcorticais ligadas a parte sensorial e motora.
Avaliação 
Necessário considerar fatores que podem interferir nessa função:
Cansaço
Sono
Abuso/uso de substâncias psicoativas
Ingestão de bebida alcoólica
Saúde em geral
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Apostila Neuro - 12 November 2018
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE 
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH
5% em crianças e 4% em adultos
Caracterizado por um quadro de desatenção e hiperatividade-
impulsividade excessivas frente ao esperado para a idade que se somam 
a comprometimentos funcionais em diferentes áreas do funcionamento: 
acadêmico, social, familiar e profissional.
Tem seu início na infância ou na adolescência, possui elevada influência 
genética apresentando taxas de remissão sintomática inferiores a 50%.
Considera-se que TDAH possui grande heterogeneidade fenotípica, ou 
seja, há significativa variedade de apresentações sintomáticas e, por 
consequência, espera-se grande diversidade de alterações 
neuropsicologicas. 
Pode-se concluir que não existe um “perfil” específico de alterações 
neuropsicologicas, sendo várias as possibilidades de achados ao exame.
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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE 
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH
Avaliação
Diferenciar de déficit cognitivo
Déficit cognitivo não exclui TDAH, mas indivíduos com rebaixamento cognitivo 
apresentam maior dificuldade de para se manter atento e quieto em sala de aula.
Diferenciar de Transtornos Específicos de Aprendizagem (dislexia/discalculia)
Indivíduos com dislexia, por exemplo, apresentam grande dificuldades de manter níveis 
atencionais satisfatórios durante a leitura, o que se torna particularmente expressivo 
no caso da vida acadêmica.
Traçar um perfil neuropsicológico específico
Em caso de comprometimento da memória operacional, o prognóstico de TDAH 
parece ser pior, existindo maior prejuízo acadêmico, mesmo sem a presença de 
transtornos de aprendizagem.
Avaliação informal do comportamento e da cognição
A avaliação neuropsicológica deve englobar a investigação quantitativa e a observação 
informal (sem o uso de testes). Observar o desempenho do sujeito em uma série de 
tarefas diferentes.
Auxilio ao diagnóstico diferencial
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Apostila Neuro - 12 November 2018
FUNÇÕES EXECUTIVAS
As Funções Executivas (FEs) são um conjunto de habilidades que, de 
forma integrada, são necessárias para a realização de um objetivo 
específico (Direcionar comportamentos, avaliar esses comportamentos, 
abandonar estratégias ineficazes, buscar estratégias mais eficazes para 
resolver problemas a curto, médio e longo prazo). Essenciais para o 
comportamento independente, criativo e socialmente construtivo.
Mesmo em tarefas corriqueiras, falhas nas FEs tornam sua execução um 
desafio para pessoas com comprometimentos cerebrais adquiridos ou do 
desenvolvimento.
Há vários modelos teóricos:
Construto único: Lúria (unidade 3); Memória Operacional de Baddeley 
e Hitch (2000).

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