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Embolia: Tipos e Consequências

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Embolia
Consiste na presença de uma massa intravascular solta- ÊMBOLO- transportada pelo sangue desde seu ponto de origem até um local distante, podendo levar à oclusão parcial ou completa de vasos sanguíneos, onde possivelmente causará disfunção tecidual ou infarto.
O êmbolo pode ter natureza sólida, líquida ou gasosa:
- Maioria: tromboêmbolos
- Podem ser gotículas de gordura, bolhas de nitrogênio, detritos ateroscleróticos, fragmentos de tumor, corpos estranhos, parasitas, dentre outros..
Tipos de êmbolos:
Sólidos: tromboêmbolos
- 90% dos êmbolos são de origem trombótica – fragmentação de trombos das câmaras cardíacas, valvas do coração, aorta e veias profundas.
Destino: circulação sistêmica ou pulmonar
- Trombos das câmaras cardíacas esquerdas ou artérias isquemia de gravidade variada maior gravidade em circulação terminal
- Trombos câmaras cardíacas direitas ou veias obstrução das artérias pulmonares e seus ramos.
A embolia pulmonar é a forma mais frequente de tromboembolismo- mais de 95% dos êmbolos com sintomatologia evidente são de TVP.
Tromboembolia pulmonar
Em mais de 95% dos casos, os êmbolos venosos originam-se de trombos nas veias profundas da perna proximais à fossa poplítea; é incomum a embolização dos trombos da porção inferior da perna.
Trombos fragmentados canais progressivamente maiores atravessam o lado direito do coração vasculatura pulmonar
- Oclui a artéria pulmonar, alojando-se na bifurcação desta (êmbolo em sela)
 ou
- Passa para o interior das arteríolas menores 
Características clínicas e patológicas:
Maioria dos êmbolos pulmonares é de êmbolos pequenos e clinicamente silenciosa 
Oclusão completa de artéria pulmonar morte súbita
A obstrução embólica das artérias de tamanho - ruptura de capilares que se tornaram anóxicos - hemorragia pulmonar. Tal embolização normalmente não causa infarto pulmonar, uma vez que a área também recebe sangue através de circulação bronquial intacta (circulação dual). Entretanto, um êmbolo semelhante no quadro de insuficiência cardíaca do lado esquerdo (e perfusão diminuída da artéria bronquial) pode levar a infarto pulmonar.
Embolia nas terminações arteriolares infarto
Múltiplos êmbolos hipertensão pulmonar e insuficiência ventricular direita.
Hipertensão pulmonar
Causa: tromboembolismo recorrente/ crônico redução da área funcional do leito vascular pulmonar aumento da resistência vascular pulmonar
Significados clínicos:
- Pequenos, exceto nos casos de oclusão de mais de 30% do leito pulmonar
Sintomas clínicos:
- Dispnéia e fadiga
- Dor torácica tipo anginosa transitória
Infarto pulmonar
Causas: êmbolos médios
- Artéria brônquica incapaz de superar o aumento da pressão nos vasos pulmonares diminuição da perfusão tecidual infarto (necrose) hemorrágico (fluxo mínimo de sangue).
Sintomas clínicos
- Tosse e dor torácica transitória (êmbolos pequenos que geraram hemorragias)
- Infartos pulmonares – dispnéia, taquipnéia, febre, dor torácica, tosse e hemoptise.
Gravidade da tromboembolia depende:
1. Dimensão e número de êmbolos 
2. Proporção dos ramos arteriais obstruídos
3. Situação cardiovascular do paciente
Dimensão do êmbolo:
Muito grande
- Obstrução do tronco principal da a. pulmonar a nível de sua bifurcação (embolo em sela) ou múltiplos com mais de 60% de obstrução do leito arterial morte súbita – parada do fluxo sanguíneo pulmonar e trocas gasosas paciente falece nos primeiros 30 minutos após a obstrução. 
Menores
- Maioria: embolização de ramos lobares (60-80%)
- Clinicamente silenciosos: dissolução espontânea por fragmentação e trombólise.
- Mais de 30% de oclusão - hipertensão pulmonar e cor pulmonale
- Desconforto respiratório e dor pleurítica (em pontada) 
- Diminuição da hematose, sobrecarga pressórica do VE e infartos hemorrágicos
Êmbolos volumosos: obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar e sobrecarga de VD (cor pulmonale agudo)
Êmbolos em vasos de médio calibre em paciente com IC: infarto pulmonar
Êmbolos múltiplos: hipertensão pulmonar
Tromboembolismo sistêmico
Origem: 80% de êmbolos murais intracardíacos esquerdos; infartos ventriculares, dilatação e fibrilação atrial. Restante: aneurismas aórticos, placas ateroscleróticas.
Destino: 75% extremidades inferiores, 10% cérebro, demais locais: intestino, rins, baço e extremidades superiores – depende do local de origem e do volume de fluxo relativo de sangue que o órgão recebe.
Consequências: depende da vulnerabilidade do tecido isquêmico, do calibre do vaso ocluído e da existência de circulação colateral.
Embolia gordurosa:
- A lesão por esmagamento de tecido mole ou a ruptura de sinusoides vasculares medulares (fratura de osso longo) libera na circulação glóbulos de gordura microscópicos.
- A patogenia da síndrome dos êmbolos de gordura envolve obstrução mecânica e lesão bioquímica. Os microêmbolos de gordura ocluem a microvasculatura pulmonar e cerebral, tanto diretamente como por deflagração de agregação plaquetária.
- Esse efeito deletério é exacerbado pela liberação de ácido graxo dos glóbulos de gordura, causando lesão endotelial tóxica local.
- Uma minoria de pacientes desenvolve embolia de gordura sintomática, caracterizada por insuficiência pulmonar, erupção cutânea neurológica, anemia, trombocitopenia e erupção petequial difusa, que é fatal em 10% dos casos. Os sinais clínicos e sintomas aparecem 1-3 dias após a lesão.
Embolia líquida
- Embolo proveniente do líquido amniótico;
- Ocorre durante partos dificultados, ruptura na placenta ou veias uterinas durante o trabalho de parto (mortalidade acima de 80%;
- Infusão de líquido amniótico (tromboplastina) ou tecido fetal (células epiteliais descamadas, mucina) e PGF2 na circulação materna aumento da atividade pró-coagulante coagulação intravascular disseminada (CID) ou coagulopatia de consumo;
Embolia gasosa: venosa ou arterial
- Bolhas gasosas coalescem formando massas espumosas na circulação obstrução do fluxo vascular isquemia distal
- Ocorrem devido a:
Punções, traumatismos e cirurgias altas (região da cabeça, pescoço ou tórax) – entradas de ar;
Pneumotórax com ruptura de veias;
Parto ou aborto – contração da musculatura uterina pode injetar ar para as veias do leito placentário;
Embolia gasosa arterial:
- Cateteres arteriais, ventilação mecânica (procedimentos invasivos), exames angiográficos, infusão de líquidos via parental com dispositivos de ar comprimido
- Cirurgias cardíacas ou aorta
- Doença da descompressão: expansão de gases dissolvidos no sangue podem coalescer obstrução do fluxo ou pressão insuficiente para abertura da válvula lesão isquêmica distal
Consequências: AVC isquêmico (paresias e paralisias), infartos do miocárdio, edema e hemorragia pulmonar (dispnéia).

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