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JUST IN TIME E O KANBAN

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JUST IN TIME E O KANBAN: UMA ABORDAGEM SOBRE OS SISTEMAS PUXADOS DE PRODUÇÃO.
Esse estudo aborda os conceitos do Just in time (JIT) e de sua técnica operacional Kanban, com o objetivo de explicar seu funcionamento, assim como suas contribuições e desvantagens que ela acarreta para a empresa adepta. O JIT é uma abordagem disciplinada, que diz não ao desperdício e ao retrabalho
INTRODUÇÃO
Just in time (JIT), que significa no momento exato, é uma abordagem empresarial que diz não ao desperdício e ao retrabalho, e sim para qualidade perfeita e estoque zero, ou seja, produzir (bens e serviços) no exato momento em que são necessitados, evitando estoques parados ou clientes esperando; o que caracteriza um sistema puxado de produção.
Nascida no início dos anos 1950, a filosofia JIT veio com o determinado objetivo de reerguer suas empresas das cinzas do pós-guerra. A pioneira no uso dessa nova ferramenta foi a Toyota Motor Company, e não por acaso, já que o Japão sendo um país superpovoado e com escassez de recursos, adquiriu por si só a cultura de pouco desperdício e alto valor agregado. Por isso, também podemos encontrar JIT como Sistema Toyota de Produção. Atualmente a filosofia do JIT permeia o cotidiano de muitas empresas, ocidentais e orientais, que buscam através dela uma vantagem competitiva no mercado.
Para o alcance dos seus objetivos – estoque zero, qualidade perfeita, sem desperdícios e/ou retrabalho – o JIT conta com um leque de técnicas que controlam a produção de bens ou serviços. Uma dessas técnicas, que será abordada nesse trabalho, é o Kanban, palavra japonesa que significa cartão, que consiste "na transferência de material de um estágio a outro da operação" (SLACK, CHAMBERS, JOHNTON, 2002).
Nesse trabalho, serão abordados os conceitos do JIT, com destaque para a técnica de controle da produção chamada Kanban, com o objetivo de explicar seu funcionamento, assim como suas contribuições e desvantagens que ela acarreta para a empresa adepta.
Esta é uma pesquisa bibliográfica que contará com a literatura, resumos, artigos e internet.
SOBRE O JUST IN TIME
Segundo Slack, Chambers, Johnton (2002), JIT "é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios". Os mesmos autores alegam que o JIT possibilita que a produção de bens ou serviços da empresa seja feita de forma eficaz em termos de custo, pois fornecendo a quantidade correta, no momento e locais corretos, a empresa utilizará o mínimo de instalações, equipamento, materiais e recursos humanos. Porém a eficácia é alcançada mediante o envolvimento total dos funcionários e trabalho em equipe.
O JIT trabalha de forma que a garantia da qualidade, ou seja, de que não ocorrerão defeitos durante a produção, esteja diretamente ligada na eliminação de estoques adicionais, pois se o processo anterior gerar peças defeituosas o processo seguinte deve parar a linha de produção, e a peça defeituosa é levada de volta ao processo anterior
Diante do exposto, o JIT contribui para que a empresa tenha melhorias como redução de custo, melhoria na qualidade, redução de lead times, maior visibilidade dos problemas e solução dos mesmos, gerando assim uma vantagem competitiva. Por outro lado, nem todas as empresas podem aderir ao JIT, pois suas principais limitações estão ligadas a própria flexibilidade do sistema produtivo, em relação à variedade de produtos e demanda, ou seja, o JIT precisa de uma demanda estável, o que nem sempre é possível, pois quanto mais instável o mercado mais necessidade de estoques, o que vai contra a filosofia do JIT.
Para o alcance efetivo de seus objetivos, O JIT possui uma coleção de ferramentas e técnicas que fornecem condições operacionais (Slack, Chambers, Johnton, 2002), sendo uma delas a técnica Kanban. De acordo com Gianesi e Corrêa (1993) o JIT se trata não apenas de uma técnica ou conjuntos de técnicas de administração, mas sim uma filosofia completa de trabalho, incluindo aspectos ligados à administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto de produto e gestão de pessoas.
SOBRE O KANBAN
O Kanban, palavra japonesa que significa sinal, utiliza cartões para sinalizar que há necessidade de se produzir mais. Na forma mais simples, seu funcionamento consiste no uso de cartões por um estágio de produção para avisar ao seu estágio de produção antecessor (também chamado como fornecedor) que está precisando de mais material. Cada estágio de produção mantém um contentor de estoque com a quantidade necessária de material para ser processados. Cada um desses contentores possui um cartão com a descrição do material, a quantidade e localização exata. Quando um estágio de produção requer mais material, ele envia o contentor de estoque para o seu fornecedor. A chegada de um contentor vazio é o sinal para o início da produção naquele estágio fornecedor. Terminada a produção, o contentor é encaminhado para o estágio de produção que solicitou também chamado de cliente.
O número de Kanbans colocados na linha de produção é o mesmo número de contentores, e representa o estoque que pode ser acumulado. Só se retira um Kanban se pretende reduzir o estoque.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro do JIT, é imprescindível a visão e interpretação sistêmica. Tão ou mais importante do que a própria eficiência na aplicação do JIT e do Kanban, é a interação que eles são capazes de desenvolver dentro da organização. Os resultados positivos da aplicação do JIT e o Kanban decorrem muito mais da sinergia entre os estágios de produção do que do somatório das contribuições isoladas de cada um.
O JIT busca promover a otimização de todo o sistema de produção, eliminando estoques através da produção na quantidade exata no momento certo, e com esse método garante a qualidade, já que um material defeituoso não segue na linha de produção.
O uso do Kanban fornece um método simples e transparente de solicitar material, somente quando necessário e na quantidade certa, evitando que o estoque se acumule entre os estágios. Trabalhar com o sistema Kanban requer muita disciplina e organização física dos estoques. É preciso que exista uma cultura de preocupação com os aspectos de limpeza, organização e disciplina para que um programa Kanban tenha êxito.
REFERÊNCIAS
CORRÊA H. L. et al. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP/ERP: Conceitos, uso e implantação. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CORRÊA, H.L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: Manufatura e Serviços uma abordagem estratégica. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
SLACK, N. et al. Administração da Produção. 2a Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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