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LEAN MANUFACTURING Produção Enxuta 2 Apresentação Este estudo foi elaborado para mostrar a importância da produção enxuta nos processos de produção. Vamos abordar, de forma clara e objetiva, algumas das ferramentas e metodologias utilizadas na aplicação dos sistemas de produção, de forma lógica para sua implementação. Você vai entender a história da produção enxuta, os termos que são utilizados, os ganhos de produtividade e como aplicar o método em busca de melhores resultados tanto na operação quanto na gestão. Bons estudos! Fonte: Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing 3 Programa do curso 1 – Histórico 2 - Sistema Toyota de Produção – TPS 2.1 - Sistema Toyota de produção 2.2 - Fundamentos do TPS 2.3 - Elementos de trabalho que não agregam valor 2.4 - Desperdícios do Lean manufacturing 3 - Ferramentas e Metodologias do Lean Manufacturing 3.1 - Jidoka 3.2 - Poka Yoke 3.3 - Andon 3.4 - Just in time 3.5 - Fluxo contínuo 3.6 - Takt Time 3.7 - Heijunka 3.8 - Operações padronizadas 3.9 - Kaizen 3.10 - Estabilidade de processos 3.11 - 5s 3.12 – Layout 4 Programa do curso 4 - Fluxo de Valor 4.1 - Fluxo de valor no estado atual - tradicional 4.2 - Fluxo de valor enxuto 4.3 - Fluxo de valor no estado futuro 5 - Produção puxada / Empurrada 5.1 - Conceitos de produção puxada / empurrada 5.2 - Ferramenta kanban 5.3 - Aplicação 5.4 - Pré requisitos 5.5 - Regras de funcionamento 5.6 - Cálculo dos cartões 6 - Troca Rápida de Ferramenta (SMED) 6.1 - Conceitos 6.2 - Setup rápido 6.3 - Setup interno x setup externo 6.4 - Implementação do SETUP 7 - Manutenção Produtiva Total (TPM) 7.1 - Definição 7.2 - Pilares 5 Programa do curso 7.3 - Aplicabilidade 7.4 - Etapas de implantação 8 - Ferramentas e Metodologias para Resolução de Problemas 8.1 - Cronoanálise 8.2 - Metodologia para análise e Solução de problemas – MASP 8.3 - SIPOC (Supplier-Input-Process-Output-Customer ⁄ Fornecedor-Entrada-Processo-saída-cliente) 8.4 - CTQs (Critical to quality ⁄ Crítico para a qualidade) 9 - Controle de Processos 9.1 - Melhoria da produção 9.2 - Indicadores de Desempenho 9.3 – Benchmarking 9.4 - Gestão à Vista ⁄ Controles visuais; 6 1- HISTÓRICO Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/t oyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ 7 Em 1937, Kiichiro Toyoda fundou a Toyota Motor Co, iniciando sua operação com a fabricação de caminhões para as forças armadas, mas com o propósito de entrar no mercado de veículos de passeio e caminhões comerciais. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/ toyota/ Após 1945, ao retomar os planos para a fabricação de veículos de passeio, liderada por Eiji Toyoda, a empresa se depara com um grande obstáculo: a produtividade da mão-de-obra japonesa era aproximadamente dez vezes menor que a americana. Você sabia que o Lean surgiu na empresa japonesa Toyota e que tem sido um sucesso no mundo todo? Mas, como isso aconteceu? Vamos conhecer essa história. Veja a seguir! https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ 8 Em 1956, Taiichi Ohno, engenheiro-chefe da Toyota, observou em sua primeira visita às fábricas da Ford, que o modelo de produção tradicional baseado na produção em massa, precisava de ajustes e melhorias para se adequar ao mercado japonês que era pequeno e de demanda variada. Constatou ainda, a subutilização da mão-de-obra, tarefas repetitivas que não agregavam valor, a qualidade relegada ao longo do processo de produção, além de enormes estoques em processo. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/toyota/ 9 Durante a crise do petróleo ocorrida na década de 1970, quando várias empresas estavam sucumbindo devido à severa crise econômica mundial, a Toyota se destacou como um fenômeno, despertando o interesse de organizações no mundo inteiro. O surgimento do termo lean manufacturing se deu em 1990, com James Wormack, um consultor de produtividade, que escreveu um livro que se tornou muito popular, intitulado "A Máquina que Mudou o Mundo". Nesse livro usou o termo "Lean Manufacturing". Este termo acabou por se tornar o nome aceito por todos. https://pixabay.com/pt/images/search/campe%C 3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/campe%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/campe%C3%A3o/ 10 2- SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO - TPS Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/volante% 20toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/volante toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/volante toyota/ https://pixabay.com/pt/images/search/volante toyota/ O Sistema Toyota de Produção é baseado na eliminação dos desperdícios, definido pela própria Toyota como princípio do não-custo, o qual se baseia na equação: Preço – Custo = Lucro, substituindo o pensamento tradicional Custo + Lucro = Preço. A seguir veremos quais são os tipos de atividades que geram desperdícios. Vamos prosseguir? Sistema toyota de produção 11 Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/lucro/?pagi=5 https://pixabay.com/pt/images/search/lucro/?pagi=5 12 Tipos de atividades que geram desperdícios Os 3 M's são termos utilizados no TPS para descrever práticas que mostram coletivamente os desperdícios a serem eliminados. Veja a seguir! Muri – sobrecarga (excesso) Mura – inconstância, flutuação, variação Muda – desperdício Veja a seguir quais são os elementos de trabalho que não agregam valor. Prossiga! Uma atividade pode ser classificada como sendo de agregação de valor, de desperdício inerente e de desperdício puro, em relação ao tempo de execução de cada uma. Veja a seguir exemplos de cada uma dessas classificações. Prossiga! Elementos de Trabalho que não agregam valor 13 Fonte: Firjan SENAI. 14 Classificação dos elementos de trabalho Exemplos Agregam valor: tempo para furar uma peça de aço Desperdício inerente: tempo para fazer uma inspeção de qualidade Desperdício Puro: tempo gasto com retrabalho 15 Mas, quais são as perdas que devem ser eliminadas? Segundo Taiichi Ohno, o grande idealizador do TPS, em um sistema produtivo existem oito grupos de perdas. São eles: 1. Estoque ou Inventário 2. Movimentação 3. Transporte 4. Produção de itens defeituosos 5. Processamento 6. Espera 7. Superprodução 8. Conhecimento (Pessoas) A seguir veremos cada um desses oito grupos de perdas. Vamos prosseguir! Perdas relacionadas ao estoque de matéria-prima, material em processo e produto acabado. Exemplos Produtos perecíveis que passam da data de validade, estoque super dimensionado em relação a demanda, entre outros. Estoque ou Inventário 16 Fonte: https://pixabay.com/pt/i mages/search/estoque/ https://pixabay.com/pt/images/search/estoque/ https://pixabay.com/pt/images/search/estoque/ https://pixabay.com/pt/images/search/estoque/ Perdas relacionadas aos movimentos desnecessários realizados pelos operadores na execução de uma atividade. Esgotadas as iniciativas tomadas com base em estudos de tempos e movimentos, deve-se pensar em mecanização e automação de uma atividade para reduzir o tempo de movimentação. Exemplos: layout ineficaz, tarefa não padronizada, falta de treinamento, entre outros. Movimentação 17 Fonte: https://pixabay.com/pt/imag es/search/movimenta%C3%A 7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/movimenta%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/movimenta%C3%A7%C3%A3o/https://pixabay.com/pt/images/search/movimenta%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/movimenta%C3%A7%C3%A3o/ Perdas relacionadas com o transporte de materiais consomem uma significativa parcela do tempo total de fabricação de um item. Sua redução depende diretamente de alterações de layout, para eliminar movimentações excessivas e desnecessárias de material. Somente em último caso, deve-se aplicar soluções como talhas, pontes rolantes, esteiras, transportadores aéreos, etc. para vencer distâncias desnecessárias no ambiente de produção. Exemplos: layout ineficaz, falta de treinamento, equipamentos inadequados, entre outros. Transporte 18 Fonte: https://pixabay.com/pt/ima ges/search/transporte%20ca minh%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/transporte caminh%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/transporte caminh%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/transporte caminh%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/transporte caminh%C3%A3o/ Perdas relacionadas com a produção de itens que não atendem a uma especificação ou padrão de qualidade pré-estabelecido. No TPS, esse tipo de perda é eliminada por meio de controle na fonte, ou seja, em cada etapa do processamento. Exemplos: produtos fora da especificação dimensional, cor, tamanho, entre outros. Produção de itens defeituosos 19 Fonte: https://pixabay.com/p t/images/search/lupa/ https://pixabay.com/pt/images/search/lupa/ https://pixabay.com/pt/images/search/lupa/ https://pixabay.com/pt/images/search/lupa/ Perdas relacionadas a parcelas do tempo de processamento que poderiam ser eliminadas sem afetar as características e funções básicas do produto/serviço. Exemplo: baixo desempenho de um equipamento devido a problemas de manutenção; atrasos na produção devido a retrabalho; rebarbação de marcas de extratores na superfície de uma peça plástica; aplicação de uma camada de tinta muita espessa sobre a superfície de uma peça metálica, entre outros. Processamento 20 Fonte: https://pixabay.com/pt/ images/search/processo/ https://pixabay.com/pt/images/search/processo/ https://pixabay.com/pt/images/search/processo/ https://pixabay.com/pt/images/search/processo/ Perdas relacionadas com o tempo de espera do lote, quando cada peça fica esperando até que todo o lote seja processado por completo para poder seguir para a próxima etapa. Exemplo: um lote inteiro espera no processo, até que termine o processamento do lote anterior. Pode ocorrer também pela espera do operador, quando o operador fica junto à máquina acompanhando o processamento do início ao fim, como se fosse um “vigia de máquina”. Espera 21 Fonte: https://pixabay.com/pt/i mages/search/espera/ https://pixabay.com/pt/images/search/espera/ https://pixabay.com/pt/images/search/espera/ https://pixabay.com/pt/images/search/espera/ Perdas relacionadas com produção além da quantidade programada. Produção antecipada em que os produtos ficam estocados esperando pelo momento oportuno de serem processados nas etapas posteriores. Exemplo: produzir além do necessário de forma que esses produtos fiquem parados em estoque. Superprodução 22 Fonte: https://pixabay.com/pt/images/ search/produ%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%C3%A7%C3%A3o/ Está relacionado ao conhecimento do colaborador que não é bem aproveitado. Algumas vezes são colocados em atividades que não forçam o seu desenvolvimento intelectual e isso não é interessante para o processo. Incentivar o intelecto é uma das grandes estratégias de motivação profissional e é papel do gestor identificar as atividades que se encaixam com cada perfil de colaborador. Exemplo: um colaborador que é muito bom na área de tecnologia, sendo utilizado para fazer manutenção ou operação repetitiva. Conhecimento (Pessoas) 23 Fonte: https://pixabay.com/ pt/images/search/co nhecimento/ https://pixabay.com/pt/images/search/conhecimento/ https://pixabay.com/pt/images/search/conhecimento/ https://pixabay.com/pt/images/search/conhecimento/ https://pixabay.com/pt/images/search/conhecimento/ 24 Agora que já conhecemos as perdas, vamos aprender como podemos eliminá-las? No próximo capítulo você vai conhecer as ferramentas e metodologias existentes no TPS. Prossiga! Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/sim/ https://pixabay.com/pt/images/search/sim/ 25 3- Ferramentas e Metodologias do Lean Manufacturing Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/ferra mentas/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramentas/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramentas/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramentas/ 26 Vamos apresentar o TPS com seus dois pilares principais, o Just in Time e o Jidoka, com a convergência de suas atividades para seus principais objetivos, que são: custo mais baixo, menor lead time e mais qualidade. Vamos explorar esse modelo e entender um pouco mais a estrutura do TPS e os conceitos do pensamento enxuto. Prossiga! Fonte: Firjan SENAI, 2020 A palavra jidoka significa automação e, em um sentido mais amplo, quer dizer que a máquina é dotada de inteligência e toque humano, permitindo ao operador, ou à máquina, a autonomia para interromper o ciclo operacional quando alguma anormalidade é detectada, evitando-se a propagação de defeitos, além de sinalizar o problema ao operador e à supervisão. O jidoka promove um esforço para identificar a causa e, assim, eliminar as perdas por parada da produção. Para entender melhor, veja o contexto a seguir! Jidoka 27 Fonte: https://pixabay.com/pt/ images/search/autonom a%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/autonoma%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/autonoma%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/autonoma%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/autonoma%C3%A7%C3%A3o/ 28 Antes da Toyota Motor Company, Sakichi Toyoda, fundador da Toyoda Automatic Loom Works, inventou, em 1926, um tear que parava automaticamente assim que atingia a quantidade programada de tecido ou quando algum fio se rompia. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/tear/?pagi=2 A partir daí, como não havia mais a necessidade da atenção constante do operador, ele passou a monitorar a produção de diversos teares e isto significou uma revolução para a indústria têxtil da época, pois permitia melhorar a eficiência a partir do uso racional da mão-de-obra, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade e um aumento de vinte vezes na produtividade. Mais tarde, o conceito dessa invenção foi aplicado por Taiichi Ohno nos processos produtivos da Toyota Motor Company, originando o termo Jidoka, também conhecido como autonomação. https://pixabay.com/pt/images/search/tear/?pagi=2 https://pixabay.com/pt/images/search/tear/?pagi=2 29 A separação entre a máquina e o homem se dá pela atribuição da função de detecção de anormalidades à máquina, e ao homem a função de solucionar problemas. Podemos verificar na imagem acima um processo tradicional do lado esquerdo e um processo com a implementação do jidoka a direita. Clique no link abaixo e veja como tudo começou. https://www.youtube.com/watch?v=TgeHXoUXpoA&t=408s Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing https://www.youtube.com/watch?v=TgeHXoUXpoA&t=408s O Poka-Yoke foi criado no início dos anos 60 por Shigeo Shingo, sendo o termo uma combinação das palavras japonesas “poka”, que significa “erro” não intencional e “yoke”, que significa “à prova de”. No TPS, dispositivos poka-yoke são empregados para prevenir problemas através da detecção da causa- raiz dos defeitos, impedindo que o processamento se dê de forma inadequada. Por isso, são aplicados em regimede inspeção na fonte cem por cento. Um exemplo de poka yoke são os cabos de celular, onde um dos lados tem a entrada USB, e só é possível ligar em dispositivo que tenha a mesma entrada, eliminando assim a possibilidade de erros. Veja, a seguir, as características dos dispositivos poka Yoke. Poka Yoke 30 Fonte: https://pixabay.com/pt/images/ search/cabo%20de%20telefone/ https://pixabay.com/pt/images/search/cabo de telefone/ https://pixabay.com/pt/images/search/cabo de telefone/ https://pixabay.com/pt/images/search/cabo de telefone/ 31 Os dispositivos Poka Yoke apresentam as seguintes características: • capacidade de serem utilizados em todos os produtos que passam por aquela operação; • são simples e dispensam a constante atenção do operador durante a execução da tarefa; • normalmente são baratos (baixo investimento) para a implantação. Funções de paralisação e sinalização: Poka Yoke e Andon. A partir da detecção da falha, o poka yoke pode atuar de duas formas distintas, como você pode ver a seguir. Confira! 1. Função de controle - em caso de falha, o processo é interrompido através de parada de máquina ou travamento, evitando a produção de vários produtos defeituosos. 2. Função de advertência - o colaborador é alertado por sinais sonoros ou visuais. Normalmente não ocorre a parada da máquina. No caso do método de advertência, é necessário o uso sistemático da combinação de poka yokes e andons, que são sinais luminosos ou sonoros utilizados para alertar o colaborador de falhas no processo, ou seja, é uma ferramenta de gestão visual. Andon é uma ferramenta que se utiliza de sinais luminosos ou sonoros para avisar que há algum defeito na cadeia de produção. Essa ferramenta de gestão visual é utilizada quando ocorrem anormalidades no processo de produção e está no pilar Jidoka do TPS, pois ajuda na situação de parar e notificar as anormalidades, sendo de suma importância nesse processo de detecção e eliminação das anormalidades dentro do ritmo de produção. Na prática, o Andon é um sistema utilizado pelos operadores da linha de produção ou mesmo pelo próprio equipamento para sinalizar a produtividade ou alguma falha no processo, solicitando a ajuda de técnicos de manutenção, engenheiros e outros responsáveis pela resolução do problema. Andon 32 Fonte: https://www.freepik.com/sear ch?dates=any&format=search &query=andon&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=andon&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=andon&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=andon&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=andon&sort=popular 33 Agora que aprendemos um pouco sobre o Pilar do Jidoka, vamos estudar sobre o pilar do Just in time. Preparado? Vamos lá! Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/preparado/ https://pixabay.com/pt/images/search/preparado/ https://pixabay.com/pt/images/search/preparado/ O termo just-in-time (JIT), significa que cada processo deve ser abastecido com os insumos certos, no momento certo, na quantidade certa e no local certo. O objetivo intrínseco do JIT é identificar, localizar e eliminar as perdas, garantindo um fluxo contínuo de produção. O JIT só é possível a partir de três fatores correlacionados: fluxo contínuo, takt time e produção puxada. Just in Time - JIT 34 Fonte: https://pixabay.com/pt/ima ges/search/rel%C3%B3gio/ https://pixabay.com/pt/images/search/rel%C3%B3gio/ https://pixabay.com/pt/images/search/rel%C3%B3gio/ https://pixabay.com/pt/images/search/rel%C3%B3gio/ O fluxo contínuo é um dos princípios fundamentais para a implantação de uma manufatura enxuta (lean), quando o produto flui, desde a primeira operação de processamento até a última, sem interrupção ou quebra desse fluxo. Ao contrário da produção em lotes, fazer fluir continuamente significa reduzir etapas, tempos e custos desnecessários, permitindo reduzir esperas e estoques e eliminando filas. O fluxo contínuo permite trabalhar de acordo com o ritmo da demanda. Fluxo Contínuo 35 Fonte:https://pixabay.c om/pt/images/search/pl anejamento/?pagi=4 https://pixabay.com/pt/images/search/planejamento/?pagi=4 https://pixabay.com/pt/images/search/planejamento/?pagi=4 https://pixabay.com/pt/images/search/planejamento/?pagi=4 https://pixabay.com/pt/images/search/planejamento/?pagi=4 36 Na manufatura tradicional, normalmente o layout fabril está organizado de modo funcional, ou seja, por processos individuais – onde as máquinas e recursos são agrupados de acordo com suas funções (grupo de prensas, grupo de injetoras, grupo de furadeiras, etc.) para a produção de lotes. A figura, a seguir, mostra um esquema representativo de um exemplo típico de layout funcional, onde há postos de trabalho separados, muitas vezes em sessões distantes umas das outras e com estoque entre as operações. Fonte: Firjan SENAI, 2020. 37 O fluxo contínuo considerado ideal é o fluxo unitário, onde uma peça é produzida e transferida para a próxima operação de processamento, eliminando-se as perdas por estoque entre as diversas operações, bem como a perda por espera. Como consequência, tem-se a redução do lead time de produção, que é o tempo total, desde a entrada da matéria-prima no primeiro processamento, até chegar na expedição e ficar disponível para envio ao cliente. Fonte: Firjan SENAI, 2020. Takt time (do alemão Taktzeit, onde Takt significa compasso, ritmo; e Zeit significa tempo, período) é o tempo disponível para a produção dividido pela demanda do cliente. Assim, o takt time corresponde ao ritmo que deve reger todo o fluxo de produção baseado na demanda do cliente, ou seja, é o ritmo expresso em segundos em que cada produto deve ser produzido. TAKT TIME (Ritmo de produção) 38 Fonte: https://pixabay.com/pt /images/search/ritmo/ https://pixabay.com/pt/images/search/ritmo/ https://pixabay.com/pt/images/search/ritmo/ https://pixabay.com/pt/images/search/ritmo/ 39 O Takt Time (ritmo de produção) é descrito pela fórmula a seguir. Exemplo Uma empresa trabalha com um turno de 9 horas e o cliente deseja que sejam entregues 540 peças em um dia. Primeiro, devemos transformar 9 horas para segundos, já que a fórmula é expressa em segundos por dia. Como fazemos isso? Veja a seguir! 40 Vamos a transformação! 9h x 60 x 60 = 32.400 s Teremos então: É um método de controle da produção baseado na comunicação de atividades fluxo abaixo e fluxo acima. Durante a produção, as atividades fluxo abaixo informam para as atividades fluxo acima sobre suas necessidades, geralmente por meio de cartões kanban, fazendo com que se otimize a produção, de tal forma que nada seja produzido sem que o cliente interno fluxo abaixo tenha solicitado. Na lógica da produção puxada pelo cliente, o fornecedor produzirá no ritmo de consumo do cliente. Como consequência, numa condição ideal, o tempo de ciclo de cada operação deverá ser igual ao takt time. Produção Puxada 41 Fonte: Firjan SENAI, 2020. 42 Na produção puxada, a demanda do cliente final ditará o ritmo de produção em todo o fluxo de valor e também determinará a quantidade de material em processo desde o estoque de produtos acabados até o estoque de matérias-primas. Para que o fluxo de valor reproduza esse ritmo, o fluxo de informação para a produção deve se dar do processo cliente para o processo fornecedor, incluindo-se aí todos os demais processos. Com base nesse fluxo de informação, a programação da produção passa a ser mais simples e autônoma em todo o fluxo de valor. Consequentemente, será produzido somente o que for demandado, evitando-se a perda por superprodução, as perdas de tempo em contínuas reavaliações das necessidadesde produção, bem como as interferências na rotina de produção, muito comuns na produção empurrada. Você verá o assunto produção puxada um pouco mais a frente do nosso estudo, de uma maneira bem mais detalhada. Prossiga! 43 Agora que você já conhece sobre os pilares do TPS, vai aprender sobre os fundamentos desses pilares: Heijunka, padronização e kaizen. Vamos lá? Heijunka é a técnica de nivelar a quantidade e a diversidade de itens produzidos em um processo ao longo de um determinado período de tempo. É um conceito voltado para a programação da produção, constituindo-se em ferramenta essencial para gerar estabilidade na produção. A programação de produção nivelada significa autorizar a produção mediante pedidos sequenciados e repetitivos em um intervalo de tempo, com o objetivo de atender a demanda de quantidade e tipos diferentes de produtos. HEIJUNKA (Nivelamento da produção) 44 Fonte: Firjan SENAI, 2020. 45 Além de propiciar um fluxo contínuo, o heijunka ainda nivela os recursos empregados como mão-de-obra e materiais de modo a não introduzir variações significativas na rotina de produção. O resultado desse tipo de programação é a produção de diversos produtos em pequenos lotes, reduzindo assim as perdas por estoque, espera e superprodução no fluxo de valor. Quando não se tem uma produção nivelada, o ritmo de produção é desbalanceado, ou seja, flutuações são inseridas na produção e, em consequência disto, tem-se em determinado momento sobrecarga ou subutilização de algum processo. Para exemplificar a aplicação do heijunka, imaginemos uma empresa de confecção de roupa masculina em que diferentes produtos compartilham a mesma linha de produção e trabalham com um turno de 9h. Como foi visto anteriormente, precisamos colocar esse tempo em segundos, logo 9h será o equivalente a 32400 segundos. Veja a seguir! 46 Como se trata de uma linha de produção compartilhada, o correto é planejar a produção para um único takt time, no caso 60s (32.400s ÷ 540). O próximo passo será definir o sequenciamento adequado de modo a se produzir no intervalo de 1 dia todos os modelos proporcionalmente à demanda . Veja a seguir! Fonte: Firjan SENAI. Crso Técnico em Mecânica – Lean manufacturing ( 2020). Observe as demandas do nosso exemplo. 47 Outra maneira de representar o sequenciamento nivelado da produção, para o caso anterior, em um intervalo de 02 horas de produção, seria 12C18B24CMC6CML / 12C18B24CMC6CML. Ou seja, você pode representar o sequenciamento de forma linear ou em códigos. Fonte: Firjan SENAI. Crso Técnico em Mecânica – Lean manufacturing ( 2020). Como podemos perceber, as demandas diárias de cada peça foram divididas nas 9h existentes dentro do turno de trabalho. A operação padronizada nada mais é do que um procedimento ou método organizado que permite a qualquer operador repetir, de modo consistente, uma sequência pré-determinada do processamento num determinado intervalo de tempo com base no takt time, produzindo com eficiência máxima para atender a demanda. A eficiência máxima traduzida em produtividade elevada é alcançada através da eliminação das perdas relacionadas às flutuações nos tempos de ciclo da operação. OPERAÇÕES PADRONIZADAS 48 Fonte: https://www.freepik.co m/search?dates=any&fo rmat=search&query=sta ndard&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=standard&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=standard&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=standard&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=standard&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&query=standard&sort=popular 49 Atenção! Na abordagem do TPS, a padronização de uma operação deve estar sujeita ao takt time, a uma rotina-padrão e à quantidade-padrão de estoque. Para a padronização de uma operação, você deve considerar os seguintes passos: • Identificar e padronizar os elementos do trabalho que agregam valor, ao mesmo tempo em que se busca eliminar qualquer perda relacionada à operação. • Balancear os processos e definir o nível máximo de estoque (inventário) em processo. Existem diversos tipos de documentos que padronizam atividades, como por exemplo: padrão de rotina (PR), Padrão Operacional (PO), Instrução opercional (IO), entre outros. 50 Agora você verá um modelo de uma instrução operacional. Fonte: Firjan SENAI. Crso Técnico em Mecânica – Lean manufacturing ( 2020). Kaizen é uma palavra de origem japonesa que significa mudança para melhor, seja ela de ordem pessoal, familiar, social ou profissional. No TPS, o termo kaizen significa melhoramento contínuo de um processo. Tal melhoramento deve ser assim entendido quando aplicado a um processo produtivo, cuja operação já esteja padronizada, que se encontra estável e capaz de produzir conforme fora planejado, em termos de disponibilidade operacional, nível de qualidade, velocidade de processamento, tempo de setup (tempo de preparação da máquina para iniciar a produção), etc., ou seja, quando aplicado em um processo que opera em condições normais e se implementa algo que o torna melhor. KAIZEN 51 Fonte: https://www.freepik.com /search?dates=any&forma t=search&page=1&query= kaizen&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=kaizen&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=kaizen&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=kaizen&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=kaizen&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=kaizen&sort=popular 52 O termo contínuo deve ser entendido de modo que, a cada melhoria, o processo torna-se mais robusto e, progressivamente, é elevado a uma condição de excelência operacional. Quando um processo apresenta problemas, ou seja, opera em condições anormais, qualquer solução implementada não deve ser confundida com melhoria, pois se trata, tão somente, de uma ação corretiva. Você verá a diferença entre um processo instável e outro estável quanto à implementação de melhorias ao longo do tempo. Observa-se que, no processo instável, qualquer tentativa de melhoramento é inconsistente e não produz ganhos no fluxo de valor. Fonte: Firjan SENAI. Crso Técnico em Mecânica – Lean manufacturing ( 2020). 53 O processo de melhoramento contínuo deve ser implementado sob a ótica do PDCA (Planejar, Executar, Controlar e Agir) e ocorrer dentro de um fluxo de valor, focando na eliminação de perdas (muda), de forma a permitir o balanceamento necessário das operações com base no takt time; propiciar ao operador a realização segura das operações; facilitar e agilizar as inspeções de qualidade realizadas pelo operador; permitir o setup rápido; reduzir estoques em processo; reduzir tempo de processamento; aumentar a capacidade de processos, etc.; e, assim, agregar mais valor ao produto ou serviço. Idéias simples e de baixo custo devem nortear o processo de melhoramento contínuo, pois o que importa é fazer com que o processo atenda à demanda do cliente, operando segundo o ritmo determinado pelo takt time. Muitas empresas têm implementado programas de melhorias, que nem sempre produzem os resultados esperados, pois tais melhorias são pontuais e dispersas entre os vários processos. Por isso, é importante salientar que o processo de melhoramento contínuo deve ser focado nos fluxos de valores, pois só assim, produzirão os ganhos em toda a cadeia de valor. 54 Agora que você já conhece sobre os fundamentos do TPS, vai aprender sobre a base desses fundamentos. Vamos lá?É o principal pré-requisito para a viabilizar o TPS, pois está na base de toda a sua estrutura. É extremamente importante compreender que todo o sistema é totalmente dependente de processos robustos ou confiáveis (sob controle e estáveis), pois só nesse nível podem ser padronizados e, assim, garantir a produção ininterrupta, sem geração de sucata ou retrabalhos (objetivo do pilar Jidoka), na quantidade e momento certo (objetivo do pilar JIT). ESTABILIDADE 55 Fonte: https://pixabay.co m/pt/images/sear ch/estabilidade/ https://pixabay.com/pt/images/search/estabilidade/ https://pixabay.com/pt/images/search/estabilidade/ https://pixabay.com/pt/images/search/estabilidade/ https://pixabay.com/pt/images/search/estabilidade/ 56 A estabilidade gera o cenário mais adequado para o planejamento da produção e para o processo de melhoramento contínuo que demandam um ambiente produtivo sob controle e previsível. Mesmo o processo de identificação das perdas, ao longo de um fluxo de valor, fica prejudicado quando não se tem condições estáveis, dificultando a implementação de ações consistentes e definitivas. O que você pode concluir depois de aprender os conceitos apresentados até aqui? Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/pergun ta/ https://pixabay.com/pt/images/search/pergunta/ https://pixabay.com/pt/images/search/pergunta/ https://pixabay.com/pt/images/search/pergunta/ 57 Os resultados obtidos pela Toyota, relativos à elevação do nível de qualidade dos produtos, redução dos custos e do lead time de produção, foram alcançados em função do sistema de gerenciamento com foco no atendimento das necessidades do cliente e por meio da eliminação ou mitigação das perdas presentes na cadeia de agregação de valor. Considerando o sucesso alcançado pela Toyota, pode-se afirmar que o TPS é, sem dúvida alguma, um excelente modelo de gestão para empresas do mundo inteiro, porém, vale ressaltar que sua implementação deve ter como premissa um entendimento por completo de todos os conceitos até aqui apresentados, que moldam o sistema, para só então serem aplicados conforme as necessidades de cada empresa. É fundamental para uma empresa que deseja iniciar a jornada lean, a elaboração de um plano de implementação a partir de um fluxo de valor “piloto” e aos poucos expandir para outras áreas à medida que a “cultura lean” vai sendo disseminada dentro da organização e também à medida que o sistema vai se adequando às peculiaridades do negócio. Fonte: Firjan SENAI. Crso Técnico em Mecânica – Lean manufacturing ( 2020). 58 Agora que entendemos a origem, os fundamentos e a aplicabilidade do Lean Manufacturing ou TPS – Sistema Toyota de Produção – vamos conhecer mais algumas metodologias e ferramentas. Vamos lá? A metodologia 5S é assim chamada devido à primeira letra de cinco palavras japonesas: Seiri (Classificação), Seiton (Ordem), Seiso (limpeza), Seiketsu (padronização), Shitsuke (Disciplina) . O programa tem como objetivo mobilizar, motivar e conscientizar toda a empresa para a Qualidade Total, através da organização e da disciplina no local de trabalho. METODOLOGIA DOS 5s 59 Fonte: Firjan SENAI. ( 2020). 60 A metodologia 5S gera uma possibilidade de termos um planejamento mais eficaz, obtendo mais produtividade, segurança, clima organizacional melhor e motivação dos funcionários, com consequente melhoria da competitividade organizacional. Os propósitos são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S. Os principais benefícios da metodologia 5S são: • maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão • redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. A acumulação excessiva de materiais estimula a desorganização. • melhoria da qualidade de produtos e serviços • redução de acidentes do trabalho • maior satisfação das pessoas com o trabalho Você verá, a seguir, cada um dos itens que compõem o 5S de uma maneira mais detalhada. Confira! 61 SEIRI (SELEÇÃO) Consiste em separar o útil do desnecessário, e, depois, o desnecessário descartável que deve ir imediatamente para o lixo. Veja mais a seguir! Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/sele%C3%A7%C3%A3o/ https://pixabay.com/pt/images/search/sele%C3%A7%C3%A3o/ 62 Comparando... Em casa – as roupas que você não utiliza mais (desnecessárias), se forem velhas (inúteis) podem virar pano de chão. As outras (úteis) podem ser doadas para um instituição de caridade. No trabalho – documentos com informações ultrapassadas devem ir para o lixo. Ferramentas inúteis pra você podem interessar a outros colegas. Benefícios específicos: • Otimização do espaço • Racionalização do tempo 63 SEITON (ORGANIZAÇÃO) Consiste em ordenar e classificar os objetos necessários, de modo que sejam facilmente localizados. Cada coisa ganha um local definido, com sinalização acessível a todos que manipulam. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/organiza%C3%A7%C3%A3o/?pagi=2 https://pixabay.com/pt/images/search/organiza%C3%A7%C3%A3o/?pagi=2 https://pixabay.com/pt/images/search/organiza%C3%A7%C3%A3o/?pagi=2 64 Comparando... Em casa – o guarda-roupas deve ter gavetas específicas para lingerie e meias, por exemplo. Os congelados vão para o freezer com etiquetas. Contas pagas devem ganhar pastas e classificação mensal, assim como os recibos médicos, escola e dentista para declaração do imposto de renda. A ida ao supermercado deve ser precedida de uma lista. No trabalho – objetos de uso diário devem estar o mais próximos possível e em locais de fácil acesso. Os de utilização menos frequente devem ser arquivados em um armário. Documentos consultados a cada trimestre, por exemplo, devem ser guardados em outra sala, mas devem ser identificados com clareza para facilitar a sua localização. Benefícios específicos: • otimização do espaço • racionalização do tempo • redução do estresse das pessoas 65 SEISO (LIMPEZA) Limpar e não sujar Depois de nos livrar do desnecessário e colocar em ordem o necessário, o próximo passo é cuidar da aparência e da limpeza das coisas. Essas providências trazem bem estar às pessoas e ao ambiente. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/limpeza/ https://pixabay.com/pt/images/search/limpeza/ 66 Comparando... Em casa – não há nada mais desagradável do que uma pia cheia de louças ou um carro atolado de jornais e papéis inúteis. A limpeza funciona como uma recompensa, um benefício, algo que nos dá satisfação. No trabalho – mesas e instrumentos de trabalho devem ser guardados e limpos no final da tarde, para que se possa iniciar o dia seguinte sem agitação. Benefícios específicos: • redução das condições inseguras e acidentes • prevenção de queda, aumentando a vida útil • prevenção da poluição 67 SEIKETSU (SAÚDE) Saúde é cuidar da sua forma física, mental e emocional. Manter o progresso já alcançado através de hábitos, normas, condições ambientais que zelem pela sua saúde. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/sa%C3%BAde/ https://pixabay.com/pt/images/search/sa%C3%BAde/ 68 Comparando... Em casa – para conservar a saúde, não há idade e não tem hora. Diariamente temos de criar condições para se estar bem, tanto no que se refere ao corpo, quanto a mente. E a primeira pessoa com a qual você deve se preocupar é VOCÊ, mesmo. No trabalho – devemoscuidar da nossa higiene pessoal, seguir as normas de segurança, verificar as condições de trabalho e ter atitudes pessoais positivas com você e com os outros. Quem não cuida bem de si mesmo não pode fazer ou vender produtos ou serviços de qualidade. Benefícios específicos: • racionalização do tempo • redução do estresse das pessoas • melhorias das relações humanas • dignificação do ser humano 69 SHITSUKE (DISCIPLINA) Praticar a auto observação interna e externa. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/disciplina/ https://pixabay.com/pt/images/search/disciplina/ 70 Comparando... Em casa – todos os lugares que frequentamos, até mesmo a nossa casa, tem regras. Se escolhemos esses lugares ou precisamos estar neles, temos que obedecer, e devemos cumprir as regras estabelecidas. Caso contrário, a convivência pode tornar-se difícil. No trabalho – a pessoa atinge o senso de disciplina, quando sem necessidade de controle externo, segue automaticamente os padrões estabelecidos, melhorando sua convivência com os demais e seu trabalho. De nada vai adiantar organizar (1º S), ordenar (2º S) limpar (3º S) e cuidar (4º S) da nossa saúde se esquecemos de (5º S) que esses comportamentos fazem parte do nosso dia-a-dia. Benefícios específicos: • elimina o controle autoritário e imediato • facilita a execução das tarefas; • propicia resultados de acordos com o planejado; • propicia crescimento pessoal e profissional; • melhora os serviços e relações pessoais; • prepara a instituição e os funcionários para os programas da qualidade mais abrangentes. O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com a localização física dos recursos de transformação. Colocando de forma simples, definir o arranho físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal de produção. O arranjo é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua forma e aparência. LAYOUT 71 Fonte: https://pixabay.com/pt/im ages/search/layout/ https://pixabay.com/pt/images/search/layout/ https://pixabay.com/pt/images/search/layout/ https://pixabay.com/pt/images/search/layout/ 72 Há algumas razões práticas pelas quais as decisões de arranho são importantes na maioria dos tipos de produção. Confira! • Arranjo físico é frequentemente difícil e de longa duração devido as dimensões físicas dos recursos de transformação movidos. • O re-arranjo físico de uma operação existente pode interromper o seu funcionamento suave, levando a insatisfação do cliente ou perdas na produção. • Se o arranjo físico, examinado posteriormente, está errado, pode levar a padrões de fluxo excessivamente longo ou confusos, estoque de matérias primas, filas de clientes ao longo da operação, tempos de processamentos mais longos e altos custos. Você verá a seguir os 4 tipos básicos de arranjos • Posicional • Por processo • Celular • Por Produto Prossiga! 73 Arranjo físico posicional Arranjo físico posicional, também conhecido como arranjo de posição fixa, é de certa forma uma contradição em termos, já que os recursos transformados não se movem entre os recursos transformadores, mas o contrário. Por exemplo: em uma cirurgia, os pacientes estão em um estado muito delicado para serem movidos. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/cirurgia/ https://pixabay.com/pt/images/search/cirurgia/ 74 Arranho físico por processo Arranho físico por processo é assim chamado porque as necessidades e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. No arranho por processo, processo similares, ou processos com necessidades similares, são localizados juntos um do outro. A razão pode ser que seja conveniente para a operação mantê-los juntos. Por exemplo: em um supermercado, alguns processos como congelados precisam de tecnologia e refrigeradores para funcionarem. Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/supermercado/ https://pixabay.com/pt/images/search/supermercado/ 75 Arranho físico Celular Arranho físico celular é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados (ou pré-selecionam-se a si próprios) para movimentar-se para uma parte específica da operação na qual todos os recursos transformadores necessários para atender às suas necessidades imediatas de processamento se encontram. Por exemplo: produtos específicos no supermercado, alguns clientes usam apenas para comprar refrigerantes. 76 Arranjo físico por produto Arranho físico por produto envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramente, segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefinido no qual a sequência de atividades requerida coincide com a sequência na qual os processos forem arranjados fisicamente. Exemplo: montagem de automóveis onde quase todas as variantes do mesmo modelo requerem a mesma sequência de processos. Fonte: https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query= montagem%20de%20autom%C3%B3veis&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=montagem de autom%C3%B3veis&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=montagem de autom%C3%B3veis&sort=popular https://www.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=montagem de autom%C3%B3veis&sort=popular 77 Resumindo... • Arranjo físico posicional é normalmente usado quando os materiais e pessoas transformados são muito grandes ou muito delicados, ou objetariam ser movidos. • Arranjo físico por processo mantém todos os recursos similares da operação juntos. Os diferentes tipos de recursos que sofrem transformação percorrerão seus roteiros ao longo da operação de acordo com suas necessidades de processamento. É em geral usado quando a variedade é relativamente alta. • Arranjo físico celular é aquele em que os recursos necessários para uma classe particular de produtos são agrupados juntos de alguma forma. Arranjo do tipo “loja-dentro-da-loja” em operações de varejo e maternidades em hospitais são exemplos desse tipo de arranjo. • Arranjo físico por produto é aquele em que os recursos de transformação estão configurados na sequência específica para a melhor conveniência do produto ou do tipo de produto. • Fluxo de pessoas, informações e materiais através da operação é determinada pelo tipo de arranjo físico escolhido. Em um extremo, no arranjo físico posicional o fluxo é intermitente. No outro extremo, no arranjo físico por produto, o fluxo torna-se mais contínuo. Vamos prosseguir? 78 4- FLUXO DE VALOR Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing O mapeamento de fluxo de valor (VSM) é um método de fluxograma para ilustrar, analisar e melhorar os passos necessários para entregar um produto ou serviço. Fundamental na metodologia enxuta, o VSM analisa o fluxo das etapas e informações do processo, desde a origem até a entrega ao cliente. MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR (VALUE STREAM MAPPING) 79 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 80 Entenda... Para mapear um fluxo de valor é preciso seguir o fluxo da produção de um produto, do início ao fim, desenhando-se uma representação visual detalhada de cada processo, na qual também serão registradas as informações relativas ao fluxo de informação e de material, à medida em que o produto segue o fluxo de produção. Além de ser a única ferramenta que apresenta, em uma mesma representação gráfica, o fluxo de material e o fluxo de informação, esse modo pelo qual o mapeamento de fluxo de valoré elaborado ajuda na compreensão da inter-relação entre os dois fluxos, bem como na visualização de todo o fluxo, propiciando a identificação dos pontos onde ocorrem os desperdícios. O mapeamento direciona para a abordagem de um fluxo de valor no qual estão integrados os conceitos e as técnicas enxutas, evitando, assim, a implementação de técnicas isoladamente. Devido a tais características, o mapeamento do fluxo de valor passa a ter uma grande relevância como uma ferramenta de comunicação, de planejamento de negócios e de gerenciamento do processo de mudança do sistema tradicional de produção para um sistema enxuto. 81 Uma vez que um fluxo foi mapeado, torna-se possível, a partir daí, visualizar todos os desperdícios que podem ser eliminados ou mitigados, de modo a transformá-lo num fluxo enxuto. A etapa seguinte passa a ser, então, a elaboração de outro mapa, com foco na visão do estado ideal ou melhorado, que permitirá a criação de um novo fluxo que agregue valor. Normalmente, a técnica do mapeamento é empregada em um fluxo de produção de “porta a porta”, ou seja, dentro da empresa, incluindo a entrega para o cliente e a chegada de materiais comprados. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 82 A primeira regra para se mapear um fluxo de valor, é entender que ele se aplica a uma família de produtos, ou melhor, a um grupo de produtos que passam por etapas semelhantes de processamento e utilizam equipamentos comuns no fluxo de produção. Definida a família de produtos, pode-se então, iniciar a elaboração do mapa de fluxo de valor. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 83 FLUXO DE VALOR – ESTADO ATUAL Mapear o estado atual significa analisar a situação atual da produção desenhando o fluxo de valor. Esse desenho ou representação gráfica é feito usando-se ícones que simbolizam cada situação encontrada, à medida que se caminha pelo fluxo de produção. Para a elaboração correta de um mapa de fluxo de valor, é necessário obedecer a certos critérios, tais como: • caminhar por todo o processo • coletar informações do estado atual • utilizar cronômetros • mapear, pessoalmente, o fluxo de valor mesmo que outras pessoas estejam envolvidas • desenhar primeiramente o mapa a mão e a lápis. 84 SEQUENCIA DA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE VALOR UTILIZANDO A FOLHA DE PAPEL • Desenhar no lado direito superior, o ícone do cliente com os dados de demanda. • Desenhar, da esquerda para a direita, na parte central inferior da folha, o fluxo de material, representado por um ícone para cada processo na sequência do fluxo de produção. • Em cada ícone de processo deve-se dar o nome do processo e desenhar o ícone de operador, informando o número de operadores empregados nesse processo. • Desenhar, entre cada ícone de processo, o ícone de estoque informando as quantidades de peças, caso exista estoque entre eles. • Após o último processo que é a expedição, deve-se desenhar o fluxo de material para o cliente, com o ícone do meio de transporte, e informar a frequência do mesmo. 85 Desenhar o fluxo de material do fornecedor no canto superior esquerdo do mapa, com os ícones do fornecedor, dados do fornecedor e meio de transporte, bem como, informar a frequência do mesmo. • Desenhar o fluxo de informação da direita para a esquerda na parte superior do mapa. • Normalmente num sistema de produção tradicional, o PPCP emite programação de produção para cada processo; sendo assim, cada processo trabalhará como uma ilha isolada. • Finalmente, na parte inferior do mapa, deverá ser desenhada a linha de tempo. Essa linha de tempo identificará o lead time de produção em dias e o tempo de processamento em segundos. • Dessa forma, o resultado de um mapa de fluxo de valor consiste na identificação do lead time de produção e do tempo de processamento, que são informados no final da linha de tempo no lado direito do mapa • A gora você verá um exemplo de um fluxo de valor atual. 86 Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing 87 FLUXO DE VALOR – ENXUTO Um fluxo de valor enxuto deve ser considerado pela ótica da existência de perdas. Hipoteticamente, um fluxo enxuto ideal seria aquele que não apresenta perdas, ou seja, não tem na sua composição atividades desnecessárias que geram custo e, consequentemente, não agregam valor ao produto ou serviço e que, por isso, representam perdas no sistema. Este fluxo ideal seria, ainda, aquele que apresenta lead time de produção igual ou muito próximo do tempo de processamento. Como seria utópico planejar um fluxo enxuto ideal a partir de um primeiro mapeamento, todo esforço para implementar um fluxo de valor, melhor do que o do estado inicial, já conduz o processo produtivo para uma condição mais enxuta, iniciando um processo de melhoria contínua por meio de kaizen, o que leva o fluxo a tornar-se mais enxuto. 88 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 89 COMENTÁRIOS SOBRE O FLUXO DE VALOR ENXUTO • Produzir sob o ritmo do takt time. • Desenvolver um fluxo contínuo quando possível. • Controlar a produção através de supermercados mini estoques entre um processo e outro. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 90 • Programar a produção somente em um processo. • Nivelar o mix de produção no processo puxador. • Criar uma puxada com a liberação e retirada de somente um pequeno e uniforme incremento de trabalho no processo puxador. • Definir o intervalo de produção. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 91 Vamos falar agora sobre o mapa do estado futuro. Definida a família de produtos da empresa que se deseja mapear, elabora- se o desenho do estado atual, a partir das diversas informações já citadas, e na sequência o desenho do estado futuro. Esse é um aspecto de fundamental importância, pois o mapa do estado futuro deve vir acompanhado do plano de trabalho e implementação das melhorias. Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 92 FLUXO DE VALOR – ESTADO FUTURO O principal objetivo de mapear um fluxo de valor é identificar as fontes de desperdício ou perdas e eliminá-las por meio da implementação de um fluxo de valor futuro, no qual estejam previstas as condições necessárias para torná-lo enxuto. A idéia central é desenhar um novo fluxo onde os processos individuais estejam interligados aos seus clientes internos por meio de fluxo contínuo ou um sistema puxado, no qual a produção possa ser processada de modo a atender uma condição de JIT, ou seja, a quantidade necessária e no momento desejado pelo cliente. Desenhar um mapa de fluxo de valor futuro não é complicado quando estamos diante do lançamento de um novo produto para o qual está sendo planejada a instalação de uma nova linha de produção, porém, isso se torna mais complexo quando consideramos que o cenário é o de uma fábrica cujos processos, produtos, máquinas e equipamentos já existem. 93 ÍCONES DO FLUXO DE VALOR Os ícones e símbolos para mapear os estados atual e futuro de um fluxo de valor são classificados em três categorias: • Fluxo de Informação • Fluxo de Material • Ícones Gerais. Veja os exemplos a seguir! Prossiga! 94 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 95 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 96 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020.97 Além dos ícones e símbolos apresentados anteriormente, outros podem ser empregados no mapeamento, para identificar situações específicas e diferentes daquelas que foram vistas até agora, como por exemplo, empilhadeira, navio, caçamba, paleteira, etc. O mapeamento de fluxo de valor desenhado com os ícones e símbolos, apresentados, pode ser compreendido em diferentes partes do mundo. Sendo assim, é fundamental fazer uso dessa ferramenta de modo completo. 98 5 - PRODUÇÃO PUXADA / EMPURRADA Fonte: https://pixabay.com/pt/images/s earch/produ%c3%87%c3%83o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%c3%87%c3%83o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%c3%87%c3%83o/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%c3%87%c3%83o/ Na produção puxada produz-se somente quando se tem pedidos, enquanto que na produção empurrada produz sem que tenham pedidos dos clientes. PRODUÇÃO PUXADA / EMPURRADA 99 Fonte: https://pixabay.com/pt/i mages/search/puxada/ https://pixabay.com/pt/images/search/puxada/ https://pixabay.com/pt/images/search/puxada/ https://pixabay.com/pt/images/search/puxada/ 100 Entenda... No sistema tradicional de produção o setor de Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), com base na previsão de vendas, elabora a programação e envia ordens de produção para todos os setores e a partir daí cada processo produz conforme tais ordens. Cada processo produzirá de modo independente dos demais, ou seja, atuando como ilhas isoladas. Nesse cenário, não importa qual a necessidade do processo cliente no fluxo abaixo, mas apenas o cumprimento das ordens de produção. Nesse sentido é comum encontrarmos uma fábrica com elevados estoques em processo ao mesmo tempo que fica evidente a ineficiência desses mesmos processos em não conseguirem atender a demanda dos processos clientes na quantidade certa no momento certo. Essa ineficiência é bem representada no mapa de fluxo de valor atual, pelo lead time de produção, que é o resultado de todos os desperdícios, ou seja, de tudo aquilo que não agrega valor ao produto. Assim, no sistema tradicional, é usado o termo produção empurrada, em que cada processo realiza a respectiva produção e se “livra” das peças, empurrando-as para a próxima etapa. Consequentemente, a real demanda dos clientes fica em segundo plano, exigindo intervenções por parte do PPCP, que busca constantemente monitorar o que está sendo produzido, bem como, a respectiva quantidade. 101 Produção empurrada Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 102 Em função dos grandes desperdícios ou perdas geradas na produção empurrada, é fundamental que o PPCP esteja focado no dimensionamento da produção quanto aos recursos e materiais necessários e, por outro lado, permitir que a Produção decida de modo autônomo e imediato sobre o que será produzido num determinado intervalo de tempo. Essa estratégia de autonomia para a Produção é parte de um sistema maior, ao qual se dá o nome de Produção puxada. Produção puxada é um sistema de produção organizado em um fluxo de valor, no qual cada processo ou operação produzirá um bem ou serviço somente quando um processo posterior ou o cliente final solicitar, o que é feito através de um kanban. Daí o nome produção puxada com kanban. 103 Modelo de Produção puxada Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. Kanban, palavra japonesa que significa registro, cartão ou sinal. Na terminologia Lean, é uma ferramenta de informação visual, estabelecida para manter a disciplina de um sistema JIT no chão de fábrica. Foi desenvolvido na década de 60, por engenheiros da Toyota Motors Company, com o objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de programação, controle e acompanhamento de sistemas de produção em lotes. KANBAN 104 Fonte: https://pixabay.com/pt/i mages/search/kanban/ https://pixabay.com/pt/images/search/kanban/ https://pixabay.com/pt/images/search/kanban/ https://pixabay.com/pt/images/search/kanban/ 105 O emprego do kanban é fundamental no sistema de produção puxada, pois condiciona a movimentação e fornecimento dos itens dentro da produção apenas às quantidades necessárias e no momento necessário, conforme a demanda do cliente, mantendo estrito controle sobre o consumo de um estoque dimensionado de peças, chamado de supermercado, localizado entre o processo cliente e o processo fornecedor. O supermercado foi implementado na Toyota, em 1953, quando Taiichi Ohno, executivo da empresa, teve a ideia a partir de fotografias de supermercados norte-americanos. Assim nasceu o conceito de supermercado na indústria, como gôndolas contendo diversos produtos e que são reabastecidos à medida de seu consumo. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 106 O supermercado, sendo um estoque padrão dimensionado, deve conter os itens do fluxo de valor que se deseja produzir, exceto aqueles que são produzidos sob encomenda. Assim, a composição do supermercado deve ser proporcional à demanda, ou seja, para os itens de maior demanda o estoque é maior e para os de menor demanda o estoque é menor. Um supermercado corretamente dimensionado nunca deve estar totalmente cheio e nem vazio, de tal modo que: • Quando o processo cliente necessitar retirar peças através do kanban, sempre encontre as peças dos modelos e nas quantidades certas para suprir a demanda fluxo abaixo ou repor o seu supermercado. • Permita ao processo fornecedor repor as peças retiradas do supermercado antes que os níveis mínimos das peças sejam atingidos. 107 O supermercado deve ser aplicado onde não é possível estabelecer um fluxo contínuo, por exemplo: processos compartilhados, não robustos o suficiente, processos com diferentes tempos de setup, processos separados por grandes distâncias e processos de longo lead time de produção. O dimensionamento do supermercado é uma consequência do cálculo do número de cartões kanban no sistema de produção puxada. Como ferramenta de controle do consumo e reposição dos itens num supermercado de peças, o cartão kanban constitui-se no principal meio de sinalização para ativação da produção e movimentação de itens pela fábrica, porém normalmente podem ser empregados outros meios para passar estas informações num sistema puxado/kanban, como você verá a seguir. Prossiga! 108 Painel ou quadro porta-kanbans => painel ou quadro de sinalização, no qual são colocados os cartões kanban para sinalizar o fluxo de movimentação e consumo dos itens. O painel deve estar posicionado ao lado dos supermercados para facilitar o monitoramento dos itens através do controle dos cartões kanban organizados no mesmo. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 109 Kanban contenedor => aplicado quando no final de um fluxo de valor, determinados itens são movimentados em embalagem-padrão para o processo seguinte. Normalmente, há um cartão de identificação fixado no contenedor com informações que permitam sua movimentação ou produção. Ao ser requisitado e consumido pelo processo cliente, o seu esvaziamento autorizará a reposição imediata. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 110 Quadrado kanban => É uma marcação no piso de fábrica, feito próximo ao final de um fluxo de valor, delimitando espaços predefinidos para determinados itens. A reposição se dará no momento em que esse quadrado kanban ficar vazio . Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 111 Painel eletrônico => versãoeletrônica do painel porta-kanbans. Ao invés de cartões, usa lâmpadas verde, amarela e vermelha para identificar a movimentação e consumo de cada item. É posicionado próximo do processo fornecedor, pois quando o processo cliente consumir um lote de itens, ele aciona remotamente o painel de seu fornecedor que trabalhará para repor o item consumido. Kanban informatizado => funciona através da utilização de recursos de informática e de uma rede de comunicações que interliga processos fornecedor e cliente. Ao iniciar o consumo de um lote de peças, o processo cliente faz a leitura do código de barras presente no cartão kanban que é destruído imediatamente, então a informação é processada por um computador e, em seguida, é impresso um novo cartão kanban junto ao processo fornecedor. Excetuando-se o painel porta-kanbans todas as formas de sinalização citadas, anteriormente, constituem-se como uma variante do cartão kanban e, portanto, cumprem o mesmo papel desempenhado por ele. 112 Quanto ao uso, existem 03 tipos de cartão kanban: Kanban de transporte => também chamado kanban de requisição interna, retirada ou movimentação. Usado para avisar o processo anterior que o material será retirado do estoque e transferido para uma destinação específica. Kanban de produção => usado para autorizar um processo fornecedor a produzir um determinado item para que seja renovado o estoque. Identifica o que está sendo consumido e qual item deve ser reposto. Kanban do fornecedor => usado para avisar um fornecedor que é necessário enviar material ou componentes para um processo da produção. Executa as funções de uma ordem de compra convencional, ou seja, autoriza o fornecedor externo da empresa a fazer entrega de um lote de itens especificado no cartão, diretamente a seu usuário interno, desde que o mesmo tenha consumido o lote de itens correspondente ao cartão. 113 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 114 APLICAÇÃO É empregado quando o supermercado está localizado próximo do processo cliente. Nesse sistema, o processo cliente retira o contenedor de peças do supermercado, quando necessário, e coloca o cartão kanban de produção que o acompanhava no painel porta-kanbans ou quadro kanban. Em seguida, o processo fornecedor produz o item mais crítico do supermercado, retira o kanban do quadro e coloca-o dentro do contenedor junto com as peças produzidas e aloca o mesmo na posição indicada no supermercado. Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 115 KANBAN – PRÉ REQUISITOS Para que a ferramenta Kanban seja aplicada com efetividade num sistema de produção puxada, há alguns pré-requisitos que precisam ser atendidos para que produza os resultados esperados. São eles: • Estabilidade no programa mestre de produção empregado para projetar o sistema kanban, evitando-se mudanças inesperadas de curto prazo nas quantidades a serem produzidas. • Índices de qualidade altos, visto que lotes com defeitos causarão sérios danos ao fluxo produtivo num sistema puxado. • Fluxos produtivos bem definidos, de preferência com layout celular, permitindo roteiros claros de circulação dos cartões kanban. • Lotes pequenos, viáveis com a implantação do setup rápido, possibilitando resposta imediata às solicitações do cliente, sem a necessidade de estoques excessivos. 116 KANBAN – PRÉ REQUISITOS • Operadores treinados e motivados com os objetivos do melhoramento contínuo, cumprindo rigorosamente as regras do funcionamento do sistema kanban. • Equipamentos em perfeito estado de conservação, com ênfase na manutenção preventiva, evitando-se paradas inesperadas não suportadas pelo nível mínimo de estoques no sistema. • Desenvolvimento da multifuncionalidade dos operadores, para permitir o rodízio deles entre as diversas operações, visando evitar interrupções na produção devido à fadiga em uma ou outra operação, bem como, problemas de saúde relacionados a LER - Lesão por Esforço Repetitivo. • Implementação de uma gestão de estoques de matéria-prima, por parte do PPCP, visando não permitir que a fábrica fique desabastecida ou com excesso de estoques. 117 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 118 REGRAS DE FUNCIONAMENTO Além dos pré-requisitos que precisam ser atendidos para que a ferramenta kanban produza os resultados esperados, existem algumas regras que devem ser obedecidas. Confira! 1. O processo cliente deve retirar no processo fornecedor os componentes de sua necessidade apenas nas quantidades e no tempo necessário. Essa regra é a chave do sistema puxado de produção, pois proíbe que itens sejam requisitados sem um cartão kanban e também que seja requisitado quantidade diferente da definida no cartão kanban. 2. O processo fornecedor (precedente) só pode produzir componentes suficientes para repor aqueles que foram retirados pelo processo cliente (subsequente). Isto restringe os estoques nos supermercados à quantidade projetada para o sistema kanban, evitando a superprodução. 3. Produtos com defeito não devem ser liberados para os clientes. É fundamental que se tenha processos robustos juntamente com a padronização de operações para garantir a qualidade. .É de se notar, ainda, que um sistema de produção puxada que visa atender a filosofia JIT opera em pequenos lotes e, sendo assim, não há margem para se admitir produtos defeituosos no fluxo de valor bem como retrabalhos. 119 REGRAS DE FUNCIONAMENTO 4 - Cada contêiner deve ter um cartão kanban, e todos os contêineres contêm exatamente o número de componentes determinado no kanban. 5 - O número de kanbans, no sistema, deve ser minimizado. Nessa regra, está intrínseco o princípio do melhoramento contínuo. 6 - O sistema kanban deve adaptar-se a pequenas flutuações na demanda. Quer dizer que deve estar dimensionado para absorver pequenas variações de curto prazo na demanda, sem a necessidade de intervenção do PPCP para revisar o número de cartões kanban no sistema. 120 Além das regras de funcionamento do sistema kanban, é importante, ainda, entendermos como o quadro kanban deve ser carregado e qual a interpretação que se dá durante o regime de produção quando os cartões são movimentados. O quadro kanban é composto de três faixas coloridas, sendo: Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 121 À medida que os contenedores são consumidos pelo processo cliente, os cartões devem ser carregados no quadro, primeiramente sobre a faixa verde, em seguida na amarela e, finalmente, na vermelha. A medida que as peças são produzidas pelo processo fornecedor, os cartões devem ser retirados do quadro, a partir da faixa vermelha, em seguida a amarela e finalmente a verde. Quando os cartões não estão no quadro, significa que estão nos contenedores do supermercado, junto com as respectivas peças. Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing 122 Com relação à quantidade de peças, como vimos anteriormente, o supermercado deverá flutuar operando nem totalmente vazio e nem totalmente cheio. Se há cartões sobre a faixa verde, não há necessidade de produzir. Caso haja cartões na faixa amarela, é preciso produzir o respectivo item, porém, o processo fornecedor deverá terminar o item que estiver produzindo, realizar o setup, produzir um lote de peças, ou seja, 1 kanban do item que entrou na faixa amarela e colocar o respectivo contenedor no supermercado. Já a faixa vermelha existe para proteger o processo cliente de eventuais problemas do processo fornecedor e só deveria ser usada nestes casos.Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 123 Entenda como é feito o CÁLCULO DOS CARTÕES Para se calcular ou dimensionar um sistema puxado/kanban, devemos considerar duas premissas. Como vimos anteriormente, o sistema não pode estar exposto frequentemente a variações do cliente e, por outro lado, não deve ser dimensionado com base em previsões de vendas. Sendo assim, é fundamental uma análise dos dados históricos dos clientes, para se entender as razões das variações na demanda mensal ou semanal, lembrando que tal demanda influenciará diretamente na quantidade dos itens a serem colocados no supermercado e, portanto, quanto maiores as variações inseridas nessa demanda, maior deverá ser o supermercado para filtrar estes picos para dentro da produção. Uma vez definida a demanda, o próximo passo será calcular a quantidade de cartões do sistema para cada faixa colorida do quadro porta-cartões. 124 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 125 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 126 O lead time de reposição dá a seguinte ideia: se num determinado momento for necessário iniciar a produção do kanban de determinado item, pelo LTR calculado, haveria tempo suficiente para completar o número de cartões kanban do item em produção, realizar o setup e iniciar a produção do novo item sem que o processo cliente seja desabastecido. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 127 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 128 Atenção! Após calculado o número de cartões kanban para cada faixa do quadro, é necessário fazer os arredondamentos dos resultados. Todos os valores “quebrados” deveriam ser somados ao número de cartões da faixa vermelha, pois isto daria um senso de urgência para a produção do item. 129 Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 130 O kanban de retirada autoriza o processo cliente a retirar um ou mais contenedores de peças do supermercado, dentro de um intervalo de tempo pré-determinado. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 131 Agora que você já conhece os conceitos dos cartões kanban, apresentaremos uma situação hipotética. Vamos lá? 132 Praticando... Vamos calcular o número de cartões para o caso abaixo e depois definir o tamanho que deve ser o supermercado para a demanda que foi estabelecida. Suponha que os dados a seguir foram coletados de um caso real de alguma industria. a) Tempo total de trabalho = 8h b) Turnos = 2 c) Produtividade = 94% d) Disponibilidade = 95% e) Tempo de ciclo = 35 segundos f) Tamanho do lote (contenedor) = 30 g) Tempo de setup = 15 minutos h) Demanda diária = 415 peças i) Segurança em dias = 0,1 j) Números de setups = 1 133 134 135 6 – TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTA Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/pit%2 0stop/ / https://pixabay.com/pt/images/search/pit stop/ https://pixabay.com/pt/images/search/pit stop/ https://pixabay.com/pt/images/search/pit stop/ https://pixabay.com/pt/images/search/produ%c3%87%c3%83o/ O termo setup deve ser entendido a partir de um conceito mais amplo e técnico. Sendo assim, pode-se dizer que corresponde ao ciclo de preparação de uma máquina, que se inicia após a fabricação da última peça do item em produção e termina com a produção da primeira peça boa, cuja produção será iniciada. SETUP (SMED) 136 Fonte: https://pixabay.com/p t/images/search/ferra menta/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramenta/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramenta/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramenta/ https://pixabay.com/pt/images/search/ferramenta/ 137 ETAPAS DO SETUP • Coleta de ferramentas necessárias para retirada do ferramental da máquina. • Retirada do ferramental da máquina referente ao item que estava em produção. • Transporte desse ferramental até o local de armazenagem. • Coleta do ferramental necessário para a produção do próximo item da programação. • Fixação desse ferramental na máquina. • Coleta de toda a instrução operacional relativa aos ajustes da máquina. • Coleta de todos os instrumentos que serão utilizados no controle da qualidade durante a produção do respectivo item. • Coleta e posicionamento da matéria-prima ou componente de uma operação anterior ao lado da máquina. • Coleta e posicionamento do contenedor padrão a ser utilizado para armazenagem e movimentação da peça produzida, ao lado da máquina. • Controle de qualidade da primeira peça para certificar que não é requerido nenhum ajuste adicional ao procedimento de setup realizado. 138 A pergunta a ser feita é: onde o setup entra ou qual é a função dele nesse sistema? 139 A resposta está no entendimento de como o “pilar” do Just in Time (JIT) é sustentado, e a partir daí, enxergar como o setup se encaixa no sistema de manufatura enxuta. Veja! • Uma produção baseada no fluxo contínuo, ou seja, sem interrupção. • Uma produção baseada no takt time para produzir num ritmo constante. • Uma produção baseada num sistema puxado/kanban, quando não for possível o fluxo contínuo, para ordenar a fabricação de itens distintos num fluxo de valor compartilhado em que o tamanho do lote deve ser o menor possível. É no cenário de um fluxo de valor compartilhado que o fator setup passa a ser preponderante para o atendimento ou não dos objetivos do JIT. A realização de um setup precede a parada de uma máquina e, consequentemente, a interrupção da produção num fluxo em que algumas operações deverão ficar esperando o término do setup numa operação anterior e como no sistema puxado/kanban os tamanhos dos lotes deverão ser pequenos para viabilizar a produção de diversos itens num determinado intervalo de tempo, é fácil entender o impacto do setup. 140 SETUP RÁPIDO Na manufatura enxuta, o setup é considerado rápido ou SMED (“single- minute exchange of die”) quando é realizado abaixo de 10 minutos, ou seja, em um dígito. Existem outros tipos de setup rápido quanto ao tempo de realização, como: NOTED (non touch exchange of die) ou troca de ferramental sem toque; quando a troca de ferramental é feita automaticamente, por exemplo, num centro de usinagem que tem sistema automático de troca de ferramentas e de peças. OTED (one touch exchange of die) ou troca de ferramental com um toque, quando o tempo do setup é menos de 01 minuto, como no torneio de “Fórmula 1”, em que os carros de corrida fazem a parada nos boxes, conhecida como “pit-stop”, para a troca de pneus, troca de peça danificada da carenagem, limpeza das entradas de ar, etc. 141 Imagem da apostila do curso técnico em mecânica – Lean manufacturing 142 Saiba mais! Acesse os links a seguir e veja a evolução dos setup’s na FÓRMULA 1. https://www.youtube.com/watch?v=LOJbM0aXZp0 https://www.youtube.com/watch?v=b1f51TOXWik https://www.youtube.com/watch?v=LOJbM0aXZp0 https://www.youtube.com/watch?v=b1f51TOXWik 143 IMPLEMENTANDO O SETUP RÁPIDO Uma análise técnica é requerida para transformar um setup tradicional em setup rápido, eliminando ou reduzindo todas as perdas envolvidas na sua realização. A primeira etapa dessa análise poderia ser iniciada com a filmagem do setup. Em seguida, utilizando um formulário específico, deve-se registrar todas as atividades necessárias para a realização do setup, o tempo gasto para cada uma delas bem como os comentários específicos se houver. Fonte: Firjan SENA, Curso Técnico em Mecânica – Lean Manufacturing, 2020. 144 Entenda... O setup rápido é dividido, basicamente, em dois momentos: o da realização do setup
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