Projeto TCC revisado final

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
IDENTIFICAÇÃO
Nome: Sérgio Vieira Quadra
RU: 1362075
1 TEMA
A educação patrimonial e o interesse do aluno pela disciplina de História. 
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A Educação Patrimonial usada como meio de despertar o interesse no aluno, para a aprendizagem da disciplina de História, nos anos finais do ensino fundamental, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito Santo.
2 PROBLEMATIZAÇÃO
A disciplina de história tem conseguido envolver os alunos em suas atividades? A educação patrimonial pode através do sentimento de pertença, contribuir para o despertar desse interesse? Dessa forma fica um questionamento: O ensino da educação patrimonial pode despertar o interesse dos alunos em relação à aprendizagem da disciplina de história, nos anos finais do ensino fundamental, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito Santo? 
3 JUSTIFICATIVA
Em meu período escolar, ainda na juventude, havia em mim um grande interesse no estudo da disciplina de história, todavia observei que na sala de aula, alguns alunos consideravam esse estudo tedioso e desestimulante. No meu subconsciente almejei por respostas, porem somente com inicio do curso de graduação e que essas ficaram ávidas a serem respondidas. Dessa forma o tema a ser pesquisado, emana de observações por mim realizadas, em período escolar e em salas de aulas, durante o estágio supervisionado realizado em minha formação acadêmica, onde foi notado a falta de interesse por parte de alguns alunos, dos anos finais de ensino fundamental, a cerca do aprendizado da disciplina de história. Dessa forma o trabalho do pesquisador deverá através da pesquisa bibliográfica e pesquisa em campo, trabalhar com essa problemática afim de responder as questões pertinentes a tema, contribuindo assim para auxiliar no desenvolvimento do ensino da disciplina. 
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Demonstrar como o ensino da educação patrimonial, pode influenciar o interesse à aprendizagem da disciplina da história, nos alunos dos anos finais do ensino fundamental, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito Santo. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•	Realizar pesquisa acerca da educação patrimonial dentro da literatura, identificando a relação entre educação patrimonial e o interesse dos alunos na aprendizagem da disciplina de história.
•	Verificar como a educação patrimonial contribui dentro da escola para a formação da identidade cultural e o sentimento de pertença. 
•	Identificar tendências pedagógicas e metodologias no ensino da educação patrimonial e seus possíveis resultados.
•	Relacionar o estudo de história, a memória e educação patrimonial, sob o contexto de proteção e preservação do patrimônio cultural.
• Identificar os patrimônios materiais e imateriais existente no município de Serra – ES, e verificar a aplicação desse conhecimento na rede municipal de ensino. 
• Identificar o nivel de aceitação dos alunos acerca da disciplina de história, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito
Santo.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao buscarmos fundamentação para trabalharmos o conhecimento sobre o patrimônio cultural, de imediato teremos como referência o principal órgão nacional, o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, compete ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, certificando sua conservação e usufruto para as gerações presentes e futuras. Dessa forma podemos encontrar muitos estudos acerca do patrimônio artístico e cultural do Brasil, podemos assim pautar o nosso foco de interesse com muitas informações obtidas nesse órgão. Sobre o que diz o IPHAN sobre esse tema:
[...] o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua veiculação a fatos memoráveis da História do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. (MEC/SPHAN/ FNPM, 1980, p. 111).
Ao tentar identificarmos a dimensão e o interesse dos alunos do ensino de história, podemos ter como uma de nossas referências, os estudos de Guido Rocha, pois o mesmo nos encaminha acerca do assunto ao afirmar que:
Do ponto de vista do patrimônio, a escola é, de fato, a extensão da família. É ali que as novas gerações recebem a maior parte do legado cultural herdado do passado. Cumpre aos mestres despertar nos alunos sentimentos de respeito e amor, mostrando a eles o valor de nossos bens culturais [...]. (ROCHA, 1989). 
No que concerne demostrar como, a importância da educação patrimonial pode provocar o interesse do aluno no aprendizado, podemos ressaltar que ela pode ser uma importante fonte primaria na criação desse interesse, pois de acordo como com Horta:
[...] tomar os objetos e expressões do Patrimônio Cultural como ponto de partida para a atividade pedagógica, observando-os, questionando-os e explorando todos os seus aspectos, que podem ser traduzidos em conceitos e conhecimentos. Só após esta exploração direta dos fenômenos culturais, tomados como “pistas” ou “indícios” para a investigação, se recorrerá então às chamadas “fontes secundárias”, isto é, os livros e textos que poderão ampliar esse conhecimento e os dados observados e investigados diretamente (HORTA, 1999, p. 2).
Ao buscarmos entender como a educação patrimonial pode contribuir, dentro da escola, para a formação da identidade cultural, podemos verificar que nesse contexto podemos levar o educando a pesquisar, explorar e argumentar os aspectos históricos que formaram a sociedade do seu entorno e em geral, pois ao estingarmos os alunos a explorarem o seu meio, este terá a possibilidade de criar um olhar crítico sobre a realidade que vive através do confrontamento dá teoria que lhe é passada e a realidade que é vivida, pois de uma posição passível este se tornara agora parte de uma ação, com instrumentos que permitam experimentar e participar da realidade do que é estudado. Como exemplo disso podemos citar uma visita a um museu, que coloca frente a frente os seus estudos dos alunos, com objetos físicos a eles e ao mundo relacionados, tudo isso pode criar uma dimensão de pertencimento a uma história local ou geral, abrindo assim novas possibilidades de análise da vida social. Tudo isso contribui para uma aproximação do processo histórico com a vida real. Baseado nas ideias anteriores Schimidt e Cainelli, (2005, p. 19) relata que:
Além da memória nacional, outras memórias coletivas podem ser desenvolvidas. A memória familiar é a primeira memória coletiva em que o indivíduo se insere. Cada família tem uma memória marcada pela narrativa da vida de seus membros, pelos acontecimentos, pelas tradições, pelos sistemas de valores. É esse conjunto que constitui sua memória, transmitida de geração a geração, principalmente pela oralidade, mas também pelos documentos escritos, pelas imagens, como as fotografias, e pelos lugares. Essa memória coletiva está, evidentemente, relacionada com a das outras famílias, a dos outros grupos, a das outras instituições e com a da sociedade global. Mas ela tem sua particularidade, que constitui sua identidade própria.
Podemos verificar que dentro das novas tendências pedagógicas e metodologias aplicadas ao ensino da educação patrimonial, que a postura em defesa a inteiração com o meio veem sendo fortemente defendida, pois segundo Cazelli et al.. (2002) assegura que após o início do século XXI, a necessidade da adaptação didática já está sendo incluída na elaboração das exposições de museus, pois segundo ele existe atualmente uma preocupação em tornar as exposições cada vez mais acessíveis ao público, de modo que este se envolva, tornando a mais significativa e impactante. O autor salienta que a simples existência dos aparatos históricos não garantem a aprendizagem, pois: “(...) um bom experimento interativo personaliza a experiência de cada visitantee atende às individualidades de interesse e de conhecimento prévio” (ibid., p. 217). Portanto a inteiração é muito importante para facilitar a assimilação do conhecimento que se pretende passar. Hoje em dia muitos museus já contam inclusive com tecnologias como realidade aumentada e virtual, intensificando assim a vivencia e a experiência do indivíduo. 
Dentro do conceito de memória, podemos nos referenciar na construção da memória individual e coletiva de nossa sociedade, pois é através dela, é que podemos nos situar no espaço e no tempo, respondendo perguntas como: quem somos, de onde viemos e para onde vamos, são perguntas pertinentes a nossa noção de memória, pois segundo um dos maiores estudiosos da cultura material, o brasileiro Ulpiano Bezerra de Meneses (1984, p. 33), a memória, como é sustentáculo fundamental da identidade, “é mecanismo de retenção de informação, conhecimento, experiência individual ou social, constituindo-se em um eixo de atribuições que articula, categoriza os aspectos multiformes de realidade, dando-lhes lógica e inteligibilidade”. Dessa forma podemos dizer que por intermédio dela, poderemos conhecermos e reconhecemos a nossa identidade individual e a coletiva. Portanto, resguardar a memória e demostrar aos alunos a sua importância, possibilita fortalecer aos mesmo um sentimento de pertencimento a uma sociedade e a uma cultura.
Portanto ao relacionarmos o estudo de história, a memória e educação patrimonial, é possível criar um sentimento de pertencimento, onde estaremos com isso criando um forte sentimento de proteção e preservação do patrimônio cultural. Assunção (2003, p.55) atenta que “O patrimônio cultural constitui uma herança histórica, deixada pelas gerações anteriores, que cabe a todos preservar para que seja transmitida às gerações vindouras” (op cit). A autora estabelece assim uma relação de aproximação do indivíduo com o patrimônio, a Educação Patrimonial
Contribui para a formação de um cidadão consciente dos seus direitos e deveres, que compreenderá a importância da preservação dos bens culturais para a preservação da memória e da identidade de um povo ou nação e da necessidade da ação de proteger e escolher seus bens patrimoniais (ASSUNÇÃO, 2003, p.51).
O município de Serra ES, foi Fundado em 8 de dezembro de 1556, ou seja, são mais de 450 de história, onde sua riqueza cultural pode ser constatada através de diversos patrimônios culturais ali existentes, quer seja material ou imaterial. Um exemplo disso temos a igreja Reis Magos, que fica em um dos pontos mais altos de Nova Almeida, tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1943, essa igreja teve sua construção iniciada em 1570 por Jesuítas e Índios Tupiniquins. Outro exemplo que podemos citar é a tradicional Folia de Reis de Nova Almeida, realizada na Serra todos os anos entre os dias 4 e 6 de janeiro. Tendo em vista que toda essa riqueza cultural é de fácil acesso, tentará se verificar através de pesquisa de campo e bibliográfica, se ela veem sendo usada dentro dos currículos da escola e qual impacto provoca sobre o sentimento de pertença e interesse, nos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito Santo, para a aprendizagem de história.
6 METODOLOGIA
Este trabalho será fundamentado dentro da metodologia de pesquisa bibliográfica, onde seus referenciais serão obtidos através de pesquisas coletadas de materiais publicados, tradicionalmente de livros, revistas, jornais, jornais e vários documentos especializados. Além dos materiais impressos, a pesquisa bibliográfica também poderá incluir gravações de áudio e vídeo, fotografias, filmes e mais recentemente, programas informáticos e informações on-line. Até recentemente, a maioria das pesquisas bibliográficas eram feitas apenas nas bibliotecas, mas com a chegada dos computadores e da internet, uma grande quantidade de pesquisas bibliográficas agora podem ser feitas sempre que um computador, linha telefônica ou conexão de rede esteja disponível. Segundo (FONSECA, 2002, p.32) “Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já estudou sobre o assunto”. 
Uma pesquisa em campo deverá ser realizada, para verificação sobre a apresentação do patrimônio cultural dentro do currículo da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade Pomar de Serra, Espirito Santo, assim como entrevistas a pedagogos e alunos deveram entrar em pauta. 
Embora este trabalho enfatize a pesquisa bibliográfica, existem outras categorias gerais de pesquisa que poderão ser usadas: pesquisa empírica e pesquisa oral. A pesquisa empírica é qualquer método de coleta de informações de experiência direta, observação ou experimentação. A pesquisa oral é qualquer tipo de pesquisa que envolve a coleta de informações, falando diretamente com pessoas. 
O objetivo dessa pesquisa é desenvolver uma opinião formada sobre o tema pesquisado, baseando se no confrontamento de ideias e trabalhos de diversos autores que aqui serão pesquisados. As perguntas a serem respondidas deverão seguir por uma extensa investigação, onde analisar, comparar e avaliar serão o foco principal, favorecendo assim a conclusão dos questionamentos iniciais. Em resumo, esse documento de pesquisa será mais do que uma versão resumida do que outros disseram ou escreveram, ele representará a formação de uma síntese de conclusões próprias e referenciadas no que foi pesquisado.
REFERÊNCIAS
ASSUNÇÃO, Paulo de. O Patrimônio. Edições Loyola, 2003.
CAZELLI, S. et al. Tendências pedagógicas das exposições de um museu de ciências. In: GUIMARÃES, V. F. ; SILVA, G. A. (Org.) Implantação de Centros e Museus de Ciências. Rio de Janeiro: UFRJ/PADEC, 2002. p. 208-218.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. Guia Básico da Educação Patrimonial. IPHAN/MINC. Museu Imperial, 1999.
MOREIRA, Herivelto. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
Portal IPHAN, Educação Patrimonial Reflexões e Praticas, Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_EducPatrimonialReflexoesEPraticas_ct1_m.pdf>. Acesso em: 15 de janeiro de 2017.
Portal IPHAN, Igreja dos Reis Magos - Serra (ES), Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1361/ >. Acesso em: 20 de fevereiro de 2018.
Portal Folha de Vitoria, Serra, Nova Almeida – Igreja Reis Magos, Disponível em: <
http://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/blogs/elogoali/2013/11/serra-nova-almeida-igreja-reis-magos/>. Acesso em: 31 de fevereiro de 2018.
ROCHA, Guido. Cartilha do patrimônio histórico e artístico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura,1989. 1 v. (sem paginação).
SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
Site Prefeitura de Serra – ES, Folia de Reis agora é Patrimônio Cultural Imaterial da Serra, Disponível em: < http://www4.serra.es.gov.br/site/publicacao/folia-de-reis-agora-e-patrimonio-cultural-imaterial-da-serra>. Acesso em: 01 de abril de 2018.