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TCC Patologia em alvenarias não estruturais

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Sergio Bragança junior 
Patologia das alvenarias nãoestrutural
São Paulo
2017
SERGIO BRAGANÇA JUNIOR
Patologia das alvenarias não estrutural
Projeto de conclusão de curso apresentado ao Curso bacharelado de engenharia civil da Instituição Anhanguera Campo limpo.
Orientador: Sheila Ribeiro Gouveia
São Paulo
2017
Sergio bragança junior
patologia das alvenarias não estrutural
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Campo Limpo, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Ma. Regina Thaise Bento 
Prof(ª). Dr. Carlos Alberto de Arantes Machado 
Prof(ª). Dr. Eduardo Mamoru Yamachita
São Paulo, 04 de dezembro de 2017
BRAGANÇA, Sergio. Patologias das alvenarias não estrutural. 2017 de Realização. 46fl. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação Engenharia Civil – Anhanguera Campo limpo, São Paulo, 2017.
RESUMO
 Este trabalho propõe um modelo de avaliação das manifestações patológicas de alvenarias não estrutural. O objetivo é desenvolver o conhecimento necessário para identificar as possíveis origem das patologias e assim ajudar na tomada de decisões entre as várias opções de patologias existentes, assim podendo escolher de maneira assertiva de possíveis soluções. O trabalho tem início com a revisão bibliográfica da definição de alvenarias não estrutural e as principais manifestações patológicas e suas origens nas alvenarias não estrutural. 
Palavras-chave: Patologia; Alvenaria; Causas; Efeitos.
BRAGANÇA, Sergio. Pathologies of non-structural masonry. 2017 de Realização. 46fl. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação Engenharia Civil – Anhanguera Campo limpo, São Paulo, 2017.
ABSTRACT
	This paper proposes a model for the evaluation of pathological manifestations of non - structural masonry. The objective is to develop the necessary knowledge to identify the possible origin of the pathologies and thus help in making decisions among the various options of existing pathologies, thus being able to assertively choose possible solutions. The work begins with the bibliographical review of the definition of non-structural masonry and the main pathological manifestations and their origins in non-structural masonry.
Key-words: Pathology; Masonry; Causes; Effects.
.
SUMÁRIO
Índice de imagens 
Figura 1 Causas das patologias	16
Figura 2 Trincas verticais na alvenaria	21
Figura 3 Trincas horizontais por sobrecarga	22
Figura 4 Representação teórica de trincas em alvenaria	22
Figura 5 Fissuras causadas pela sobrecarga na alvenaria com aberturas	23
Figura 6 fissuras inclinadas causada por sobrecarga	23
Figura 7 Gráfico resistência a compressão da alvenaria em relação a argamassa	25
Figura 8 fissuras na alvenaria por movimentação térmica da estrutura	27
Figura 9 Trincas em muro por movimentação térmica	28
Figura 10 trincas na argamassa por movimentação térmica	28
Figura 11 Fissuras em argamassa de revestimento por movimentação termica	29
Figura 12 Fissura por movimentação higroscópica expansão dos tijolos	30
Figura 13 destacamento de alvenaria por movimentação higroscópica	31
Figura 14 trinca movimentações higroscópicas em alvenaria de tijolos maciços	32
Figura 15 trinca movimentações higroscópicas destacamento da argamassa na alvenaria	32
Figura 16 tricas horizontais na parte inferior por movimentação higroscópicas	33
Figura 17tricas horizontais na parte superior por movimentação higroscópicas	33
Figura 18 O componente de apoio deforma-se mais que o componente superior	35
Figura 19 O componente de apoio deforma-se menos que o componente superior	36
Figura 20 O componente de apoio e o superior apresentam deformações aproximadamente iguais	36
Figura 21 Deformabilidade na alvenaria em paredes com abertura	37
Figura 22 Deformabilidade em paredes de alvenaria em regiões de balanço	37
Figura 23 tipos de fissuras por recalque	38
Figura 24 Fissura por carregamento não uniforme devido a recalque	39
Figura 25 Fundações contínuas solicitadas por carregamentos não uniformes: sob as aberturas surgem fissuras de flexão	39
Figura 26 Assentamento diferencial, por consolidações distintas do aterro carregado	40
Figura 27 Fundações assentadas sobre secções de corte e aterro; fissuras de corte nas alvenarias	41
Figura 28 Recalque diferenciado, por falta de homogeneidade do solo	41
Figura 29 Assentamento diferencial no edifício menor pela interferência no seu bolbo de tensões, em função da construção do edifício maior	41
Figura 30 Recalque diferenciado, por rebaixamento do lençol freático	42
INTRODUÇÃO
	A cada dia que passa as estruturas tomam formas diferentes e ficam mais esbeltas fazendo com que conhecer as reações que atuam sobre as alvenarias seja indispensável, este conhecimento ajuda a identificar as possíveis causas das patologias, podendo assim propor soluções e também medidas para prevenção. 
	
As patologias em alvenarias na construção civil podem causar um grande desconforto ao usuário, uma única trinca pode nos trazer muitas informações dês de um alerta de perigo, como também a identificação de material de baixa qualidade, falta de juntas de dilatação e até mesmo falha na execução.
	
	A formação de fissuras pode ocorrer pelos fatores: movimentação por variações térmicas, umidade, sobrecarga, deformabilidade da estrutura, recalques, má utilização da estrutura e falhas na sua manutenção.
	
	As infiltrações causadas por trincas têm uma responsabilidade muito grande, pois elas podem trazer danos estruturais como também danos estéticos, paredes mofadas destacamento de placas de reboco ou acabamento.
	
	Esta situação causa um transtorno ao usuário da edificação, para prevenir é necessário um acompanhamento das etapas da obra conhecimento dos materiais utilizados e conhecer também as rações a qual a alvenaria está sujeita. 
	
	As Patologias podem ser causadas por diversos fatores incompatibilidade do projeto arquitetônico com o projeto estrutural, projeto mal detalhado, corrida contra o tempo para entrega de prazos mão de obra não qualificada, quantidade inadequada ou falta de conhecimento do material que se está utilizando. 
 O Problema
Qual a maneira correta de se construir para evitar ou minimizar as patologias nas alvenarias? 
O quanto e o que conhecer da estrutura, da natureza e das intempéries para evitar o seu surgimento?
OBJETIVOS
Objetivo Geral ou Primário
O objetivo desse estudo é conhecer as possíveis causas das patologias nas alvenarias não estrutural, como ocorrem, porque ocorrem; seus aspectos visuais e possíveis soluções para evitá-las.
Objetivos Específicos ou Secundários
Pretende-se alcançar os seguintes objetivos específicos:
Identificar as possíveis causas para as patologias nas alvenarias não estrutural;
Buscar a origem das patologias das alvenarias, onde e porque elas ocorrem;
Conhecer as movimentações provocadas por variações térmicas e umidade, deformabilidade excessiva, tensões e sobrecarga que atuam nas alvenarias e possíveis patologias causadas por recalque. 
20
JUSTIFICATIVA
	Quando adquirido um imóvel ou feita uma reforma, sempre visamos o melhor muitas vezes até realizando um sonho e umas das piores frustrações que alguém pode sofrer nesse processo são as patologias. 
	Para que o engenheiro possa identificar a patologia que afeta determinada edificação, ele precisa entender quais os comportamentos que afetam a estrutura além de conhecer também os materiais, suas aplicações e suas reações.
	As reações dos materiais e o método de aplicação deve ser de conhecimento do engenheiro, para que não ocorra erros na sua utilização, com isso evitar ou minimizar as patologias. 
	Deve ser acompanhado pelo engenheiro a fiscalizaçãodo processo de execução da obra, verificar se há compatibilidade entre o projeto estrutural e o arquitetônico, como também garantir uma mão de obra qualificada. 
	A identificação das causas e efeitos das patologias não é uma tarefa fácil é preciso conhecimento especifico de toda a estrutura, materiais, solo, variações térmicas, processos construtivos, cuidando para que elas não surjam. Com isso se tem um grande ganho, não só na satisfação do usuário, como também menor ou nenhum gasto com correções.
Fundamentação Teórica
	Segundo Custodio e Ripper. (2009), a engenharia civil está em constante evolução, seja esta evolução atribuída a novos materiais, no aprimoramento da mão de obra ou novas ferramentas. Mesmo com essa constante transformação ainda se sofre com falhas involuntárias tais como imperícia, deterioração, irresponsabilidade e também acidentes, fazendo com que algumas estruturas tenham um desempenho insatisfatório em sua finalidade.
“Os problemas patológicos apresentam manifestações externas características, a partir da qual pode-se deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis consequências. Esses problemas são evolutivos e tendem a agravar-se com o passar do tempo.”(HELENE, 1992).]
Compreende-se em Custodio e Ripper.( 2009), conhecer os aspectos das patologias está ligado diretamente a compreender falhas de concepção de análise, construção e utilização. 
“Os problemas patológicos simples são os que admitem padronização, podendo ser resolvidos sem que o profissional responsável tenha obrigatoriamente conhecimentos altamente especializados. Já os problemas patológicos complexos não convivem com mecanismos de inspeção convencionais e esquemas rotineiros de manutenção, obrigando a uma análise pormenorizada e individualizada do problema, sendo então necessários profundos conhecimentos de Patologia das Estruturas”. (Custodio, Ripper. 2009 p.16)
No texto de Souza e Ripper (1998), tanto os custos como as dificuldades técnicas para a recuperação de falhas que se originam na fase de concepção e projeto, aumentam conforme a estrutura vai sendo construída. Assim, após a obra pronta, a falha surgida na etapa de concepção, encarecerá muito mais a construção, do que um erro que possa aparecer na fase de utilização, no final do processo. 
“Em nível de qualidade, exige-se para a etapa de concepção, a garantia de plena satisfação do cliente, de facilidade de execução e de possibilidade de adequada manutenção, para a etapa de execução, será de garantir o fiel atendimento ao projeto, e para a etapa de utilização, é necessário conferir a garantia de satisfação do utilizador e a possibilidade de extensão da vida útil da obra”. (SILVA APUDE SOUZA e RIPPER, 1998 p.22).
MEtodologia 
	Trabalho de natureza qualitativa.
	
	Procura-se neste trabalho conhecer os problemas patológicos em alvenaria não estrutural, suas causas e efeitos. Para isso se utilizou de literaturas de autores especialistas no ramo. 
	Os resultados aqui serão apresentados em textos gráficos e imagens. 
CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2017
	2017
	
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	 
	 
	Definição dos objetivos, justificativa.
	 
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	 
	Definição da metodologia.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	Entrega da primeira versão do projeto.
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	 
	 
	Elaboração do Capítulo 1 .
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	 
	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	 
	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 x
	 
	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 x
	 
	Entrega da monografia.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 x
	 
	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
1 CApitolo 1 
1.1 Identificar as possíveis causas para as patologias nas alvenarias não estrutural
	É fácil se deparar com uma construção recente e que já apresenta indícios de patologias tais como, infiltrações, trincas e rachaduras, esse tipo de problema não ocorre somente devido ao desgaste relacionado ao seu tempo de vida, estes desgastes podem ter sua origem em outras situações.
 
	Não são poucas as obras que não possuem nenhum tipo de fiscalização ou acompanhamento de um profissional especializado, muitas vezes estas obras são realizadas sem a elaboração de um projeto, acompanhamento de um responsável técnico, materiais inadequados, mão de obra de baixa qualidade. 
	Segundo o IBDA (instituto Brasileiro de Desenvolvimento da arquitetura) as principais causas das patologias na construção civil estão apresentadas no gráfico abaixo:
Figura 1 Causas das patologias
Fonte: foto site IBDA
1.1.1 DEFINIÇÃO DE PATOLOGIA 
	Ramo da medicina que se dedica ao estudo das doenças, de suas causas, seus sintomas e suas alterações no organismo. Quaisquer alterações fisiológicas ou anatômicas que podem configurar alguma doença (Dicio, 2017).
	Segundo o dicionário Etimológico a origem da palavra patologia vem do grego Pathos, sofrimento ou doença e Logos, estudo. O termo patologia é usada por diversas áreas tais como a medicina e a engenharia.
	Segundo o artigo- Techene-174 (09/2011); a patologia na construção civil se inspirou na medicina o termo adotado por engenheiros civis e hoje usados por todos do ramo da construção, foi adotado também nos livros de graduação de engenharia.
	As patologias são doenças que se desenvolvem em uma edificação logo após a sua concepção ou no decorrer de sua vida util. Além do transtorno que causa sobre seus usuários elas prejudicam a edificação muitas vezes fazendo com que a edificação ou suas partes não atinjam o desempenho esperado.
1.2 DEFINIÇÃO DE ALVENARIA 
 	“Construção feita com cimento, argamassa, pedras, tijolos ou estuque. Obra do pedreiro, pode ser executada em pedra, tijolo, blocos, betão, é utilizada para o preenchimento de vãos”. (Dicionário do engenheiro 2017)
	A alvenaria caracteriza-se por ser um subsistema da construção produzido no canteiro, resultante da união de seus componentes (tijolos ou blocos) através de juntas de argamassa, formando um conjunto rígido e coeso (RUTE APUDE SABBATINI, 1984).
1.3 Componentes da alvenaria de vedação 
	“São chamados componentes da alvenaria os tijolos ou blocos utilizados em sua execução. Os componentes da alvenaria são elementos de tamanho e peso manuseáveis, e geometria regular. As juntas de argamassa são constituídas pela argamassa de assentamento aplicada em estado plástico que, após o endurecimento e cura, apresenta forma definida e função de solidarização dos componentes. ” (RUTE APUDE SABBATINI, 1984).
1.4 FUNÇÕES E CARACTERISTICAS DA alvenaria de vedação
A alvenaria tem a função de estabelecer limites e separa ambientes.
A alvenaria externa tem a responsabilidade de separar o ambiente externo do ambiente interno.
Propriedades dasalvenarias: 
Resistência à umidade e aos movimentos térmicos; 
Resistência à pressão do vento; 
Isolamento térmico e acústico; 
Resistência a infiltrações de água pluvial;
Controle da migração de vapor de água e regulagem da condensação; 
Base ou substrato para revestimentos em geral; 
Segurança para usuários e ocupantes;
1.5 Diagnostico e identificação 
	Para que possamos identificar uma patologia é necessário um estudo a qual envolve um diagnóstico minucioso, este estudo se conduzido de maneira correta a probabilidade de acerto se torna mais eficiente. 
	Após o diagnostico identificamos os sintomas que afetam a edificação este processo pode ser chamado de lesões ou defeitos. 
	O conhecimento das etapas para realizar o diagnóstico para identificação da patologia é de extrema importância. Caso ocorra uma fissura em uma parede ou viga simplesmente vedar ou tampar não resolve o problema a qual se manifestará em outras partes ou sobre o próprio remendo. 
	Para isso é necessário conhece:
	A origem da patologia, conhecer os processos construtivos a qual foram executados e originaram a patologia.
	
Causas, identificar o causador do fenômeno.
	
	Consequências, o quanto esse problema pode ser prejudicial a edificação, saber se há risco ou até mesmo capacidade de funcionamento. 
	
	Os sintomas patológicos na grande maioria das vezes apresentam manifestações em sua face externa a qual permite o profissional identificar e fazer uma breve avaliação do problema. Caso contrário o profissional tem que ir mais a fundo na identificação do problema muitas vezes tento até que retirar uma camada do reboco para melhor avaliação ou utilização de ferramentas que o auxiliem na identificação como no caso de ferramentas como sensores de vazamento ou identificador de materiais. 
	Os sintomas mais comuns: 
− as fissuras; 
− as eflorescências; 
− as flechas excessivas; 
−as manchas; 
− corrosão das armaduras; 
− ninhos de concretagem (segregação)
2 CApitlo 2 
2.1 Buscar a origem das patologias das alvenarias, onde e porque elas ocorrem 
	
Diversos fatores, além das formas geométricas dos componentes integrantes da alvenaria, são responsáveis pelas patologias, tais como:
-Resistência mecânica dos componentes de alvenaria e da argamassa de assentamento;
-Módulos de deformação longitudinal e transversal dos componentes de alvenaria e da argamassa; 
-Rugosidade superficial e porosidade dos componentes de alvenaria; 
-Poder de aderência, retenção de água;
-Elasticidade e retração da argamassa; 
-Espessura;
-Regularidade e tipo de junta de assentamento;
-Esbeltes da parede.
	 
Em publicação Thomaz (1989) cita o tramalho de Sabatine que resume reações de diferentes pesquisadores sobre a variação no comportamento final das alvenarias a qual chegou nas conclusões:
a) a resistência da alvenaria é inversamente proporcional à quantidade de
juntas de assentamento;
b) componentes assentados com juntas em amarrações produzem alvenarias com resistência superior aquelas onde os componentes são assentados com juntas verticais aprumadas;
c) a resistência da parede não varia linearmente com a resistência do componente de alvenaria e nem com a resistência da argamassa de assentamento;
d) a espessura ideal da junta de assentamento situa-se em torno de 10mm.
O principal fator que influi na resistência à compressão da parede é a resistência à compressão do componente de alvenaria, a influência da resistência da argamassa de assentamento é ao contrário do que se poderia intuir, bem menos significativa.
Na imagem abaixo podemos ver a relação da resistência à compressão da alvenaria em função da resistência à compressão da argamassa 
Em Thomas (1989) ele cita as pesquisas desenvolvidas no BRE, tomando como referência a resistência à compressão de uma argamassa 1:3(cimento e areia em volume), revelam que o emprego de argamassa 90% menos resistentes que a de referência redundam em alvenarias apenas 20% menos resistente que a de referência, assentada com argamassa 1:3.
 Como regra geral, de acordo com SAHLIN, a resistência da parede em situações normais ficará compreendida entre 25% e 50% da resistência do componente da alvenaria.
Figura 7 Gráfico resistência a compressão da alvenaria em relação a argamassa
Fonte Thomas (1989)
3- Capitulo 3: Conhecer as movimentações provocadas por variações térmicas e umidade, deformabilidade excessiva, tensões e sobrecarga que atuam nas alvenarias e possíveis patologias causadas por recalque. 
3.1 – PATOLOGIA CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS
As patologias por movimentações térmicas de um material estão relacionadas com as propriedades físicas do mesmo e com a intensidade térmica a qual atinge uma parte ou um todo da edificação, como também da variação da temperatura, a magnitude das tensões desenvolvidas é função da intensidade da movimentação, do grau de restrição imposto pelos vínculos a esta movimentação e das propriedades elásticas do material.
Trincas de origem térmica surgem também por movimentações diferenciadas entre componentes de um elemento, entre elementos de um sistema e entre regiões distintas de um mesmo material. 
Para Thomas (1989), as principais movimentações diferenciadas, ocorrem em função de: Junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, sujeito às mesmas variações de temperatura (por exemplo, movimentações diferenciadas entre argamassa de assentamento e componentes de alvenaria); 
-Exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas naturais (por exemplo, cobertura em relação as paredes de uma edificação); 
-Gradiente de temperatura ao longo de um mesmo componente (por exemplo, gradiente entre a face exposta e a face protegida de uma laje de cobertura).
Para movimentações térmicas diferenciadas é importante considerar não só a amplitude da movimentação, como também seu desenvolvimento da velocidade que ocorre. 
Se gradual e lenta, muitas vezes um material tem comportamento de menor resposta ou que é menos solicitado às variações da temperatura pode absorver movimentações mais intensas do que um material ou componente que está junto a ele, o mesmo pode não ocorrer se a movimentação for brusca.
Os materiais utilizados nas construções civil estão sujeitos a dilatações e compressões de forma dinâmica as estruturas estão sempre a se contrair e expandir dependendo da variação de temperatura. 
A intensidade da expansão ou retração, está ligada a variação de temperatura, sendo que cada material possui características especificas faz com que a reação seja diferente de material para material. 
 Para compreender as movimentações sofridas por um componente, além de suas propriedades físicas, deve se conhecer o ciclo de insolação a qual os elementos estão sujeitos e determinar também a velocidade de ocorrência das mudanças térmicas.
3.1.1 – Trincas e cisalhamento nas alvenaria pela movimentação termica de arcabousos 
Segundo Thomaz (1989), a movimentação térmica na estrutura da edificação pode causar danos na alvenaria como destacamento e trincas e cisalhamento nas extremidades das alvenarias.
“O arcabouço estrutural da edificação estará sujeito a movimentações térmicas, principalmente em estruturas de concreto aparente. Deve-se salientar que, devido a insolação direta as temperaturas nas faces expostas das peças de concreto poderão atingir, segundo Serdaly, valores da ordem de até 80°C. Tomas (1989)
	Na Imagem abaixo temos a representação das trincas na alvenaria causadas pela movimentação da estrutura:
Figura 8 fissuras na alvenaria por movimentação térmica da estrutura
Fonte Thomas (1989)
3.1.2- Patologias por movimentação térmica em muros 
	Segundo Thomaz (1989), os muros extensos apresentam fissuras em sua extensão devida as movimentações térmicas, estas patologias atingem de 2 a 3mm e manifestam-se a cada 4 ou 5m, ocorrem nos encontros da alvenaria com os elementos estruturais, e também no corpoda própria alvenaria. 
Na imagem abaixo podemos observar:
Trinca na separação da alvenaria e do elemento estrutural;
Trinca no corpo da alvenaria.
Figura 9 Trincas em muro por movimentação térmica
Fonte Thomas (1989)
3.1.3 patologia por movimentação térmica em relação a argamassa e os elementos de alvenaria
“As fissuras provocadas pelas movimentações térmicas normalmente iniciam-se na base do muro, em razão das restrições que a fundação oferece à sua livre movimentação. Em função da resistência á tração da argamassa de assentamento e dos componentes de alvenaria as fissuras poderão acompanhar as juntas verticais de assentamento ou mesmo estenderem-se através dos componentes de alvenaria. ” Thomas (1989)
Figura 10 trincas na argamassa por movimentação térmica
Fonte: Thomas (1989)
3.1.4 Patologia por variação térmica em platibandas 
“As platibandas, em função da forma geralmente alongada, tendem a comportar-se como os próprios muros de divisa; normalmente surgirão fissuras verticais regularmente espaçadas, caso não tenham sido convenientemente projetadas juntas ao longo da platibanda. As movimentações térmicas diferenciadas entre a platibanda e o corpo do edifício poderão resultar ainda no destacamento da platibanda e na formação de fissuras inclinadas nas extremidades desse corpo.” Thomas (1989)
3.1.5 Patologia em revestimento por movimentação térmica 
As fissuras em argamassas de revestimento dependerão do módulo de deformação da argamassa, sendo desejável que esta seja superior ao módulo de deformação da parede. As variações de temperaturas decorrentes das estações do ano, além da insolação direta recebida pelos revestimentos podem provocar aparecimento de fissuras nos mesmos, já que ocorrem movimentações entre os revestimentos e as bases de aplicação.
Figura 11 Fissuras em argamassa de revestimento por movimentação termica
Fonte: http://piniweb.pini.com.br/construcao/tecnologia-materiais/trinca-ou-fissura-como-se-originam-quais-os-tipos-181069-1.aspx 
Já para as trincas ativas, que variam conforme a respectiva variação higrotérmica, essa nomenclatura é inaplicável, pois a classificação mudaria conforme o instante da medição", argumenta Grandiski. A variação higrotérmica é a ação simultânea de dilatação e retração provocada pela absorção de água e pela variação de temperatura na edificação.
3.2 trincas nas alvenarias causadas por compressão 
Em alvenarias continuas heterogêneas as fissuras causadas por sobrecargas originam-se por excessivos carregamentos verticais de compressão nas paredes de alvenaria. 
	“Trincas verticais (caso mais típico), proveniente da deformação transversal da argamassa sob ação das tensões de compressão, ou da flexão total dos componentes de alvenaria” Thomaz (1989).
3.2.1 Trincas verticais 
	Trincas verticais, o surgimento de fissuras verticais por tração nos tijolos decorrentes de esforços horizontais induzidos pela argamassa de assentamento submetida à sobrecarga axial. 
Figura 2 Trincas verticais na alvenaria
Fonte: Thomas (1989)
3.2.2 Trincas horizontais 
“Trincas horizontais, proveniente da ruptura por compressão dos componentes de alvenaria ou da própria argamassa de assentamento, ou ainda de solicitações de flexo-compressão da parede. ” Thomaz (1989)
Figura 3 Trincas horizontais por sobrecarga
Fonte: Thomas (1989).
3.2.3 TRINCAS EM ALVENARIA COM ABERTURA 
	Ainda podem surgir as fissuras por sobrecargas em torno de aberturas, submetidas a carregamentos de compressão excessivos. Elas têm como característica a formação de fissuras a partir dos vértices de aberturas (THOMAZ, 1989). 
Figura 4 Representação teórica de trincas em alvenaria 
Fonte: Tomas (1989) 
Segundo Bauer (2014) Em trechos com a presença de aberturas (janelas, portas, etc.) ocorrerá concentração de tensões entorno do vão.
“essas trincas, entretanto, pode-se-ão manifestar segundo diversas configurações, em função da influencia de uma gama enorme de fatores intervenientes, tais como: dimensão do painel de alvenaria , dimensão da abertura, posição que a abertura ocupa no painel, anisotropia dos materiais que constituem a alvenaria e a eventual deformação do suporte nos trechos mais carregados da parede (fora das aberturas), contudo, originam nos casos reais trincas com as configurações indicadas: ”, segundo Thomaz (1989).
	Na imagem abaixo podemos notar a fissuras causadas pela sobrecarga na alvenaria:
Figura 5 Fissuras causadas pela sobrecarga na alvenaria com aberturas
Fonte: Thomaz (1989)
3.2.4 Trincas inclinadas na alvenaria devido à sobrecarga 
Segundo Thomaz (1989) pode também aparecer fissuras inclinadas a partir de um local que está sofrendo uma sobrecarga.
Figura 6 fissuras inclinadas causada por sobrecarga
 Fonte: Thomaz (1989)
3.2.5– FISSURAS nas alvenarias POR MOVIMENTAÇÕES HIGROSCÓPICAS
Segundo Thomaz (1989), as trincas provocadas por variação de umidade dos materiais de construção são muito semelhantes aquelas provocadas pelas variações de temperatura, a qual poderá variar devido a suas propriedades higroscópica dos materiais, sendo ela variação da temperatura ou da humidade.
3.3 – Fissura por expansão dos tijolos 
As mudanças higroscópicas provocam variações dimensionais nos materiais porosos que integram os elementos e componentes da construção, o aumento do teor de umidade produz uma expansão do material enquanto a diminuição desse teor provoca uma contração.
Figura 12 Fissura por movimentação higroscópica expansão dos tijolos
Fonte: Thomaz (1989)	
3.4 – DEstacamento da alvenaria 
Segundo Thomaz (1989), no encontro entre paredes a qual foram executadas com juntas aprumadas independentemente do tipo de material ocorrerão movimentações higroscópicas, com isso ocorre o destacamento entre paredes. 
Figura 13 destacamento de alvenaria por movimentação higroscópica
Fonte: Thomas (1989)
3.5- Fissura em parede de tijolos maciços causados pelas movimentações higroscópicas:
 
“Essa trinca geralmente pronunciada, aparece em paredes relativamente longas( com cerca de 6 a 7 m) e pode ser causada tanto pela contração de secagem do produto quanto por suas movimentações reversíveis; ressalte-se que o solo cimento é um material altamente suscetível as variações de humidade, particularmente quando argila contiver argilominerais da família montmorilonitas.”Thomaz(1989)
Figura 14 trinca movimentações higroscópicas em alvenaria de tijolos maciços
Fonte: Thomas (1989)
3.6 – DEstacamento entre componentes da alvenaria 
Segundo Thomaz (1989), as movimentações podem originar também destacamentos entre componentes de alvenaria e argamassa de assentamento. Esses destacamentos ocorrem em função de inúmeros fatores:
- Aderência entre a argamassa e componente de alvenaria;
- Tipo de junta adotada;
- Módulo de deformação dos materiais em contato;
- Propriedades higroscópicas desses materiais e intensidade da variação da umidade.
Figura 15 trinca movimentações higroscópicas destacamento da argamassa na alvenaria
Fonte Thomas (1989)
3.7 Trincas horizontais por movimentação higroscópicas
Segundo Thomaz(1989), trincas horizontais podem aparecer também na base de paredes, Por conta da falha na impermeabilização da fundação. Nesse caso, os componentes de alvenaria que estão em contato direto com o solo absorvem sua umidade, apresentando movimentações diferenciadas em relação as fiadas superiores que estão sujeitas à insolação direta e a perda de água por evaporação. 
Essas trincas quase sempre são acompanhadas por eflorescência. 
Também sofre platibandas, topo de muro e peitoril muitas vezes sem a proteção de calhas expostos as intemperes como chuva orvalho, ocasionando no destacamento superior. 
Imagem demostra destacamento por movimentação higroscópica ocasionada pela falta de impermeabilização da fundação:
Figura 16 tricas horizontais na parte inferior por movimentação higroscópicas
Fonte Thomas(1989)
Imagem demostradestacamento por movimentação higroscópica ocasionada pela falta de impermeabilização na parte superior:
Figura 17tricas horizontais na parte superior por movimentação higroscópicas
Fonte Thomas(1989)
3.8 – patologia em alvenarias causada por deformação na estrutura 
Segundo Thomas(1989), com a evolução da tecnologia do concreto armado as estruturas têm-se tornado cada vez mais flexíveis, o que torna necessário uma análise cada vez mais cuidadosa de suas deformações. A ocorrência de flechas em componentes fletidos tem causado constantes transtornos aos edifícios, como compressão de caixilhos, agua empoçada em vigas-calha ou lajes de cobertura, destacamento de pisos cerâmicos e ocorrência de trincas em paredes. 
Os componentes estruturais admitem flechas que podem não comprometer em nada sua própria estética, a estabilidade e a resistência da construção. No entanto, elas podem ser incompatíveis com a capacidade de deformação das paredes ou outros componentes que integram os edifícios.
Sendo que para paredes de alvenaria sem aberturas existem três tipos de fissuras:
O componente de apoio deforma-se mais que o componente superior;
O componente de apoio deforma-se menos que o componente superior;
O componente de apoio e o superior apresentam deformações aproximadamente iguais. 
3.8.1 componente de apoio deforma-se mais que o componente superior 
Segundo Thomaz (1989), surgem fissuras inclinadas nos cantos superiores da parede, devido ao carregamento não uniforme da viga superior sobre o painel, já que existe a tendência de ocorrer maior carregamento junto as extremidades das paredes. 
Na parte inferior do painel normalmente surge uma fissura horizontal; quando o comprimento da parede é superior à sua altura aparece o efeito de arco e a fissura horizontal desvia-se em direção aos vértices inferiores do painel, com isso a o destacamento da alvenaria e a viga de suporte.
Figura 18 O componente de apoio deforma-se mais que o componente superior
Fonte: Manuel Fernando
3.8.2 componente de apoio deforma-se menos que o componente superior
Neste caso, a parede comporta-se como viga, resultando fissuras semelhantes àquelas apresentadas.
Figura 19 O componente de apoio deforma-se menos que o componente superior
	Fonte: Manuel Fernando
3.8.3 componentes apresentam deformações aproximadamente iguais
Segundo Thomaz (1989), componente de apoio e o componente superior apresentam deformações aproximadamente iguais. As fissuras iniciam-se nos vértices inferiores do painel, propagando-se aproximadamente a 45°.
Figura 20 O componente de apoio e o superior apresentam deformações aproximadamente iguais
Fonte: Manuel Fernando
3.8.4 Deformabilidade na alvenaria em paredes com abertura 
Segundo Thomaz (1989), nas alvenarias de compartimentação com presença de aberturas, as fissuras poderão ganhar configurações diversas, em função da extensão da parede, da intensidade da movimentação, do tamanho e da posição dessas aberturas. 
Figura 21 Deformabilidade na alvenaria em paredes com abertura
Fonte: Manuel Fernando
3.8.5 Deformabilidade em paredes de alvenaria em regiões de balanço
Figura 22 Deformabilidade em paredes de alvenaria em regiões de balanço
“Um caso bastante típico de fissuração provocada pela falta de rigidez estrutural é aquele que, se observa nas regiões em balanço de vigas. Problema particularmente importante em edifícios sobre pilotis, onde o balanço é intencionalmente utilizado para alivio dos momentos. ” Thomaz (1989)
Fonte: Manuel Fernando
3.9 – FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
Compreende-se em Thomas (1989), de maneira geral, as fissuras provocadas por assentamentos diferenciais são inclinadas, confundindo-se às vezes com as fissuras provocadas por deformação da estrutura. Se comparado com as primeiras, apresentam aberturas geralmente maiores, inclinando-se em direção ao ponto onde ocorreu o maior assentamento. Também pode-se notar a presença de esmagamento localizados, em forma de escama, como também uma variação na espessura das fissuras.
	“Como regra geral, as aberturas das fissuras provocadas por recalques serão diretamente proporcionais a sua intensidade; a estruturação do edifício e todas as demais condições de contorno, entretanto, tem influência também direta na dimensão da fissura e na extensão do problema. ” Tohmas (1989)
Na imagem abaixo podemos verificar tipos de fissuras apresentadas na alvenaria em relação ao recalque da fundação:
Figura 23 tipos de fissuras por recalque
Fonte: JULIANA BORGES
3.9.1 Fissura por carregamentos não uniformes
Fundações contínuas solicitadas por carregamentos não uniformes: o tramo mais carregado apresenta maior assentamento, originando fissuras de corte no painel.
Figura 24 Fissura por carregamento não uniforme devido a recalque 
Fonte: Manuel Fernando
3.9.2 Fissura por carregamentos não uniformes em alvenarias com aberturas 
Fundações contínuas solicitadas por carregamentos não uniformes: sob as aberturas surgem fissuras de flexão.
Figura 25 Fundações contínuas solicitadas por carregamentos não uniformes: sob as aberturas surgem fissuras de flexão
	Fonte: Manuel Fernando
3.9.3 Recalques que afetam as alvenarias 
Segundo Thomas (1989), em edifícios uniformemente carregados, o Center et Techinique de la Construction aponta alguns fatores que podem gerar os recalques na fundação:
a) Assentamento diferencial, por consolidações distintas do aterro carregado;
b) Fundações assentadas sobre secções de corte e aterro; fissuras de corte nas alvenarias;
c) Recalque diferenciado, por falta de homogeneidade do solo;
d) Assentamento diferencial no edifício menor pela interferência no seu bolbo de tensões, em função da construção do edifício maior;
e) Recalque diferenciado, por rebaixamento do lençol freático.
Caso (a)
Figura 26 Assentamento diferencial, por consolidações distintas do aterro carregado
	Fonte: Manuel Fernando
Caso (b)
Figura 27 Fundações assentadas sobre secções de corte e aterro; fissuras de corte nas alvenarias
	Fonte: Manuel Fernando
Caso (c)
Figura 28 Recalque diferenciado, por falta de homogeneidade do solo
	Fonte: Manuel Fernando
Caso (d)
Figura 29 Assentamento diferencial no edifício menor pela interferência no seu bolbo de tensões, em função da construção do edifício maior
	Fonte: Manuel Fernando
Caso (e)
Figura 30 Recalque diferenciado, por rebaixamento do lençol freático
Fonte: Manuel Fernando
3.9.4 Patologias por recalque diferenciado 
Segundo Thomas(1989), estruturas como a da imagem abaixo que possuem um corpo principal (mais carregado) e de um corpo secundário (menos carregado) conduz recalques diferenciados, surgindo fissuras verticais entre elas e, não raras fissuras inclinadas no corpo que recebe menor carga. Para isso se adota sistemas diferenciados de fundações numa mesma edificação como representado na imagem abaixo.
Figura 31 estrutura sujeita a recalques diferenciados
Fonte: Manuel Fernando
Segundo Thomaz (1989), Em edifícios com estrutura reticulada os assentamentos diferenciais da fundação induzem a fissuração por tração diagonal das paredes de vedação: as fissuras inclinam-se na direção do pilar que sofreu maior assentamento. Como representado na figura abaixo:
	
Figura 32 recalques diferenciados
Fonte: Manuel Fernando
3.9.5 Trincas causadas por recalque por variações de humidade do solo
As variações de humidade do solo, principalmente no caso de argilas, provocam alterações volumétricas e variações no seu módulo de deformação, com possibilidade de ocorrência de assentamentos localizados. Segundo o BRE [68], estes assentamentos, bastante comuns por causa da saturação do solo pela penetração de água de chuva na adjacência da fundação, podem também ocorrer pela absorção de água por vegetação localizada próxima do edifício.
Figura 33 Trincas provocadas pelo recalquedo solo por variação de humidade
Fonte: Manuel Fernando
4 Considerações Finais 
Trabalho com o objetivo de demonstrar as consequências de manifestações patológicas ocorridas em alvenarias não estrutural, este trabalho teve como base para desenvolvimento de seus capítulos referencias bibliográfica. 
O trabalho, foi apresentado e demonstrando a origem das patologias suas causas e características através de textos e imagens representativas. Aqui se apresentou as de fissuras causadas por movimentação térmica e higroscópica, deformação na estrutura e recalque diferencial na fundação. 
O trabalho pode ser usado como um indicativo para identificação das patologias, no conhecimento de sua origem, permitindo uma análise técnica das necessidades de o melhor entendimento assim podendo propor soluções para as enfermidades que afetam as alvenarias.
 ReferÊncia
BORGES, A.C. Prática das pequenas construções. 6ª ed. São Paulo, Edgard Blucher , 1972.
HELENE, P. R. L. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2. ed. São Paulo: PINI, 1992.
PETRUCCI, E.G.R. Materiais de construções. 6ª ed. Porto Alegre, Editora Globo, 1982.
SOUZA, V. C. M.; RIPPER, T. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 1998.
THOMAZ, Ercio. Trincas em edifícios : causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini – USP- IPT, 1989, 194 p.
Berto, Gregorio. Analise das Manifestações Patológicas de Uma Edificação Residencial. 2014. 63f. Monografia, (Especialização em patologias das construções) Paraná Curitiba, 2014
Borges, Juliana. Patologia das Alvenarias. 2008 81f. Monografia (Especialização em tecnologia da construção civil) -Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia) Minas gerais, Belo Horizonte, 2008
Fernando, Paulo. Anomalias em paredes de alvenaria sem função estrutural. 2005. 498f. Dissertação (Mestre em Engenharia Civil) - Escola de Engenharia Universidade do Minho, Guimarães, 2005
Koji, Mario. Avaliação e Qualificação das Patologias das Alvenarias de Vedação nas Edificações. 2010. 87f. Dissertação (Mestre no Programa de Pós-Graduação em Construções Civil) ) Paraná Curitiba, 2010
https://www.dicionarioetimologico.com.br/patologia/ 2017 16/09/2017 as 10:49.
https://www.dicio.com.br/patologia/ 2017 16/09/2017 as 10:49.
http://www.phd.eng.br/wp-content/uploads/2011/07/Artigo-Techne-174-set-2011-Prof.pdf 2017 16/09/2017 as 1:49.
https://www.engenhariacivil.com/dicionario/alvenaria 16/09/2017 as 10:49.
http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/1/19/Tfc_2012_Dayana_Ruth.pdf 16/09/2017 as 10:49
http://www.civil.ist.utl.pt/~joaof/tccor/18%20Execucao_%20paredes%20alvenaria%20tijolo%20e%20blocos%20-%20COR.pdf 16/09/2017 as 10:49.

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