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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ (a) DO TRABALHO DA 1° VARA DO TRABALHO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC . Processo número n° 0010050-20.2018.512.0001 PEDRO LEMOS, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, inconformado com o venerável acórdão prolatado nas folhas ____, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO DE REVISTA, nos termos do Art. 896, alínea c, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em face de FUNDAÇÃO DE TECNOLOGIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA., também já devidamente qualificada nos autos, pelas razões recursais em anexo. Outrossim, requer a notificação da parte contrária para que apresente eventuais contrarrazões e que sejam recebidas as razões recursais anexas e remetidos os autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ademais, insta salientar, o devido recolhimento das custas processuais de preparo e remessa dos autos. Nesses termos, pede deferimento. Camboriú/SC, 01 de novembro de 2018. _______________ Advogado OAB n.°_____ RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA Recorrente: Pedro Lemos Recorrido: Fundação De Tecnologia Do Estado De Santa Catarina . Origem: 1° Vara do Trabalho da 12° Região Processo n.°: 0010050-20.2018.512.0001 Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O presente recurso preenche em plenitude todos os requisitos exigidos para sua interposição, restando cumpridos os pressupostos extrínsecos e intrínsecos, tais como tempestividade, pois a intimação se deu em 23/10/2018 e as contrarrazões apresentadas 01/11/2018, adequação, regularidade processual, legitimidade, capacidade, entre outros. Dessa forma, tendo em vista o preenchimento de todos os pressupostos recursais exigíveis, o presente Recurso de Revista deve ser conhecido para que seu mérito seja apreciado por este Egrégio Tribunal. II – DO PREQUESTIONAMENTO O presente Recurso de Revista preenche o pressuposto recursal específico do prequestionamento, nos termos do Art. 896, § 1.°-A, CLT, e da súmula 297 do TST. Com efeito, a matéria objeto deste recurso foi ventilada expressamente na decisão recorrida, ou seja, no venerável acórdão, devendo ser conhecido e ter seu regular processamento. III – DA TRANSCEDÊNCIA O presente Recurso de Revista preenche o pressuposto recursal específico da transcendência, nos termos do Art. 896-A, CLT. Com efeito, a matéria objeto deste recurso possui reflexos gerais de natureza econômica, política, social e jurídica, devendo ser conhecido e ter seu regular processamento. IV – DOS FATOS A Reclamada foi condenada a pagar ao Reclamante os valores devidos à titulo de Horas Extras e Honorários Advocatícios e apresentou Recurso Ordinário para a r. Sentença seja reformada, de modo que estes pedidos sejam indeferidos A decisão de primeiro grau julgou procedente o pleito de pagamento horas extras, condenando a reclamada ao pagamento de 6 (seis) horas extras por semana, com reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS, por todo o pacto laboral. Aduziu que não se aplica ao caso sob exame as disposições trazidas pela Lei n. 13.467/17, haja vista que o contrato de trabalho foi firmado antes de sua vigência. Asseverou que havia controle de jornada por meio de sistema de informática, o que acarreta o direito ao pagamento das horas extras pleiteadas. Veja-se trecho do decisum: Antes de se adentrar à prova documental e oral, deve- se esclarecer que o fato de o reclamante exercer suas atividades fora do estabelecimento comercial da reclamada por si só não é suficiente para afastar o direito ao recebimento de horas extras. Deve-se investigar se havia ou não a possibilidade deste controle. As testemunhas foram uníssonas no sentido de que o reclamante tinha que acessar o sistema da reclamada para poder realizar suas atividades laborativas. Também afirmaram que o empregador sabia exatamente o horário em que o obreiro conectava e desconectava de tal sistema. Dessa forma, resta comprovado o controle de jornada, razão pela qual o trabalhador faz jus às horas extras. No que tange aos Honorários advocatícios, a reclamada foi sucumbente e sequer está sob o palio da assistência judiciária gratuita, devendo prevalecer em relação a ela o disposto no art 791-A, da CLT Em contestação, a reclamada que baseio o seu Recurso Ordinário no Artigos 62,I e III da CLT( horas Extras), na Lei 5584/7 e ADI 5766 (honorários Advocatícios alegou, restando improcedente o pedido de devolução da Recorrente. Deste modo, tendo em vista a nítida violação de Lei Federal, não restou outra alternativa à Recorrente senão a interposição do presente Recurso de Revista. V – DO CABIMENTO DO RECURSO DE REVISTA COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA C DO ART. 896 DA CLT E DA CONSEQUENTE REFORMA DA DECISÃO De acordo com o Art. 896, alínea c, da CLT, é cabível o Recurso de Revista quando o Tribunal Regional do Trabalho, em decisão proferida em recurso ordinário violar literalmente dispositivo de lei federal ou afrontar direta e de forma literal à Constituição Federal. No presente caso, o trabalho era passível de controle de jornada, haja vista que o Recorrente precisa efetuar log in e log out no sistema da Recorrida (combatendo o Artigo 62, I da CLT) a aplicação dos termos do Artigo 62 III, da CLT não é licita, pois o contrato de trabalho foi firmado antes da Lei 13467/17(reforma trabalhista), conforme dispões o artigo 468 da CLT (combatendo o artigo 62, III CLT). Dessa forma, resta comprovado o controle de jornada, razão pela qual o trabalhador faz jus às horas extras. No que tange aos Horários Advocatícios, a Reclamada foi sucumbente e sequer está sob o pálio da assistência judiciária gratuita, devendo prevalecer em relação a ela o disposto no art. 791-A, da CLT: CLT Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. § 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. § 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. § 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. § 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. § 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. Deste modo, está evidenciado que o respeitável acórdão proferido está em desacordo com a aduzida regra do Diploma Consolidado, sendo necessária a reforma da decisão proferida, objetivando a uniformização da jurisprudência da Justiça do Trabalho. VI– PEDIDO Diante de todo o exposto, espera-se que o Recurso de Revista seja conhecido e provido, requer que seja negado o provimento ao recurso ordinário e que a sentença seja mantida, com relação ao pedido de horas extras e honorários advocatícios devidos. Nesses termos, pede deferimento. Camboriú/SC, 01 de novembro de 2018. Advogado_________ OAB n.°_______
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