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CARBOIDRATOS Definição Importância Nutricional CARBOIDRATOS Representam a mais importante fonte de energia proveniente da dieta em todo o mundo contribuindo com maior aporte calórico total na dieta (60 a 70%); Fornece ao organismo energia rápida para utilização; Está disponível em abundância nos alimentos; É a mais barata fonte de energia. CARBOIDRATOS obtidos primariamente dos alimentos de ORIGEM VEGETAL, e podem ser divididos em: - açúcares simples (sacarose) OU - açúcares complexos (amido) FIBRA DIETÉTICA: mistura complexa de algumas substâncias, nem todos carboidratos. CARBOIDRATOS Quimicamente os carboidratos (OU hidratos de carbono OU glicídios) (CH) são formados por carbono e água (CH2O)n, onde o n pode variar de 3 a 7 átomos de carbono. A glicose é o açúcar mais típico e é formado por 6 átomos de carbono. Frutose e galactose são outros 2 açúcares simples que possuem a mesma fórmula química da glicose (6 átomos de carbono), com uma ligação carbono- hidrogênio-oxigênio ligeiramente diferente. CARBOIDRATOS No reino vegetal, os CH são produzidos e armazenados por todas as plantas como fonte principal de energia. Nos seres humanos, o tecido muscular durante a glicogênese produz glicogênio, que é a forma pela qual o CH é armazenado como fonte de energia para a produção de trabalho mecânico. CARBOIDRATOS – ESTRUTURA QUÍMICA TIPOS DE CARBOIDRATOS Classificados de acordo com o número de açúcares simples combinados dentro da molécula. Classificados em: MONOSSACARÍDIOS, que é a unidade básica dos CH. Quando se trata de açúcar utiliza-se a terminação “OSE”. Formadas por açúcares com 3, 4, 5, 6 ou 7 átomos de CARBONO. TIPOS DE CARBOIDRATOS - MONOSSACARÍDEOS A GLICOSE (6 átomos de C) também denominada dextrose, é um açúcar natural existente nos alimentos ou é produzida no corpo através da digestão de CH mais complexos. Pode ser produzida pelo processo da GLICONEOGÊNESE, pela qual é sintetizada no fígado a partir dos esqueletos de carbono de outros compostos (aminoácidos, glicerol, piruvato e lactato). Após absorvida, a glicose pode ser usada diretamente pela célula para obter energia, armazenada na forma de GLICOGÊNIO nos músculos e no fígado ou transformada em gorduras (lipídios) para armazenamento de energia. TIPOS DE CARBOIDRATOS - MONOSSACARÍDEOS A FRUTOSE apesar de ser totalmente absorvida pelo trato digestivo é toda transformada em glicose no fígado. A GALACTOSE não é encontrada livremente na natureza, é combinada no açúcar do leite nas glândulas mamárias doa animais. No corpo, a galactose é transformada em glicose para o metabolismo energético. TIPOS DE CARBOIDRATOS - OLIGOSSACARÍDEOS Formado pela combinação de uns poucos monossacarídios, o principal oligossacarídio é o dissacarídio, formado pela combinação de 2 moléculas de monossacarídios. Os mono e os dissacarídios são os denominados AÇÚCARES SIMPLES. Na estrutura de um dissacarídio, a glicose é um dos açúcares simples, os 3 principais: - SACAROSE: GLICOSE + FRUTOSE - LACTOSE: GLICOSE + GALACTOSE - MALTOSE: GLICOSE + GLICOSE (presente na cerveja, cereais e sementes em processo de germinação) TIPOS DE CARBOIDRATOS - POLISSACARÍDEOS União de 3 ou + moléculas de açúcar. Existem 2 classificações dos POLI: VEGETAIS E ANIMAIS VEGETAIS: AMIDOS E FIBRAS AMIDO: É a principal forma de estoque de CH, funcionando como um depósito futuro para utilização pelas plantas. O amido vegetal constitui cerca de 30% da ingestão total de CH na dieta, tornando-se uma importante fonte dietética. Encontrados nas sementes, no milho e em vários grãos com que são feitos pão, farinhas e os cereais, nos feijões, ervilhas, batatas e raízes. TIPOS DE CARBOIDRATOS - POLISSACARÍDEOS Os grânulos de amido se encontram encerrados em uma parede de celulose dentro da célula vegetal, e são insolúveis em água fria. O cozimento ajuda a romper essa parede celulósica e torna o amido mais biodisponível para o organismo através da digestão enzimática. Existem frações de amidos que não são digeridas pelas enzimas do trato gastrointestinal e é denominado AMIDO RESISTENTE. O amido dietético recebe a designação de CARBOIDRATO COMPLEXO FIBRA ALIMENTAR A fibra alimentar (FA) é o componente estrutural vegetal (parede celular) que não é digerida pelas enzimas do trato gastrointestinal humano. A ação fisiológica da FA está relacionada com sua capacidade de retenção de água ou não, sendo divididas em duas categorias: solúveis e insolúveis. FIBRA ALIMENTAR SOLÚVEL SOLÚVEIS EM ÁGUA: pectinas, algumas hemiceluloses, gomas, mucilagens ALIMENTOS FONTES: frutas cítricas, maçã, abacate, legumes, cevada, aveia e centeio. AÇÃO FISIOLÓGICA: retarda o esvaziamento gástrico, trânsito intestinas, absorção de glicose e lipídios; reduzem o colesterol. FIBRA ALIMENTAR INSOLÚVEL INSOLÚVEIS EM ÁGUA: celulose, hemicelulose, ligninas, cera, amido resistentes ALIMENTOS FONTES: vegetais folhosos, grãos integrais e seus derivados (farelos); grandes quantidades no trigo e milho AÇÃO FISIOLÓGICA: aceleram o trânsito intestinal; retardam a absorção de glicose e lipídios; aumentam o peso das fezes. FIBRA ALIMENTAR E DOENÇAS Em diversas pesquisas, ao longo dos anos, constatou-se que dietas com alto teor de fibras, tanto solúveis como insolúveis (85% de alimentos vegetais e 15% de alimentos de origem animal), podem reduzir os riscos de dças coronárias e câncer de mama. FIBRA ALIMENTAR E DOENÇAS Constatou-se ainda maior incidência de câncer de cólon, diverticulite, colite ulcerativa, hemorróida, e outras enfermidades relacionadas com a diminuição na dieta da quantidade de fibras e CH complexos FIBRA ALIMENTAR- RECOMENDAÇÃO ingestão diária de 20 a 30 g. de fibras, no máximo 35 g. O excesso no consumo de fibras, principalmente em idosos e crianças, pode vir a interferir BA absorção de outros nutrientes, como o zinco e o cálcio; assim em situações onde a ingestão destes nutrientes, é marginal, o consumo excessivo de fibras pode levar a uma deficiência nutricional dos mesmos. CARBOIDRATOS - ANIMAL GLICOGÊNIO: É o CH de armazenamento peculiar ao músculo e fígado do organismo. Trata-se de um grande polímero polissacarídio sintetizado a partir da glicose no processo da GLICONEOGÊNESE, sendo armazenado nos tecidos animal. Estoques energéticos de CH estão localizados no músculo (79% do total) ou fígado (14% do total), na forma de glicogênio (glicose). Se o CH fosse o único combustível metabolizado durante o exercício físico moderado, seria totalmente gasto em 2 horas. A quantidade armazenada, no fígado e no músculo, é cerca de 340 g, o que representa 2.360 Kcal. IMPORTÂNCIA NUTRICIONAL Representam na alimentação humana de 40 a 80% do VCT ingerido diariamente, sendo a maior fonte energética da alimentação. Amido compreende cerca de 50% do total, a sacarose cerca de 30% e a maltose de 1 a 2%. PRINCIPAL FUNÇÃO FONTE DE ENERGIA, particularmente durante o exercício físico. A energia que deriva da desintegração da glicose carreada pelo sangue e do glicogênio hepático e muscular acaba sendo utilizado para acionar os elementos contráteis do músculo, assim como outras formas de trabalho biológico. PRINCIPAL FUNÇÃO A ingestão diária de CH deve ser suficiente para manter as reservas corporais de glicogênio, que são limitadas. Uma vezalcançada a capacidade da célula para armazenar glicogênio, os açúcares em excesso são transformados em gordura e armazenados nessa forma. PRESERVAÇÃO DAS PROTEÍNAS A ingestão adequada de CH ajuda a preservar as proteínas teciduais. Normalmente, as proteínas desempenham função estrutural e em grau menor, fonte alimentar de energia. O processo de gliconeogênese proporciona uma opção metabólica para aumentar a disponibilidade de C na vigência de reservas depletadas de glicogênio, como ocorre na restrição dietética ou durante o exercício prolongado ATIVADOR METABÓLICO Os CH funcionam como ativador para o metabolismo lipídico. Certos produtos da desintegração dos CH devem estar disponíveis para facilitar o metabolismo das gorduras. Se o metabolismo dos CH é insuficiente – seja através da limitação no transporte da glicose para dentro da célula, como ocorre no diabetes, seja através da depleção do glicogênio através de uma dieta inadequada ou de um exercício prolongado – o corpo irá mobilizar uma quantidade de gordura maior que aquela que consegue metabolizar. ATIVADOR METABÓLICO O resultado é a desintegração incompleta das gorduras e o co- produtos semelhantes à acetona, denominados corpos cetônicos. Essa situação pode dar origem a um aumento prejudicial na acidez dos líquidos corporais, denominada acidose. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CH BOCA: inicia-se sob ação da ptialina (amilase salivar). Essa enzima digere o amido, clivando as ligações entre as moléculas e hidrolisando-se até dextrinas (ou isomaltase) e maltase. A hidrólise da amilopectina e glicogênio produzem produtos similares, mais dextrinas limites. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CH ESTÔMAGO: A amilase salivar continua agindo até chegar ao estômago, onde o ph ácido a inativa. INTESTINO DELGADO: a enzima amilase pancreática continua a digestão dos CH iniciada na boca, isto é, a digestão dos amidos em dextrinas e maltose. Pode-se dizer que a maior parte da digestão dos CH ocorre no intestino delgado (mais especificamente no duodeno), e esta digestão não ocorre somente no lúmen, mas também na borda em escova do eritrócito, onde a maltase transforma a maltose em duas glicoses. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CH Ainda nessa superfície epitelial, há a enzimas sacarase, lactase e isomaltase, que, respectivamente, atuam na clivagem até monossacarídios dos seguintes substratos: sacarose, lactose e isomaltose. Assim, no final da digestão encontramos os seguintes monossacarídios: glicose, galactose e frutose; apenas uma pequena fração é absorvida como dissacarídio e quase nunca com CH maiores (polissacarídios). DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CH Inicia-se então o processo de absorção, que nada mais é que o transporte de substratos do lúmen intestino, através da barreira das células epiteliais da mucosa, para o sangue e sistema linfático. IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DA GLICEMIA E SEU CONTROLE Quando há um aumento na glicemia, principalmente devido a uma refeição, há uma rápida resposta no sentido de se secretar a insulina. Como resultado, temos a normalização da concentração de glicose no sangue IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DA GLICEMIA E SEU CONTROLE A glicemia é a concentração sanguínea de glicose de um indivíduo. Em jejum, esta concentração é de 80m a 90 mg por 100 dL de sangue. A faixa de oscilação deste valor não é muito grande, sendo regulada estreitamente por 2 hormônios secretados pelo pâncreas: a insulina e o glucagon. Por isso mesmo, após uma refeição hiperglicídica (rica em CH), esta não se eleva, em indivíduos normais, acima de 140 mg/dL de sangue. IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DA GLICEMIA E SEU CONTROLE A importância da manutenção da glicemia dentro da faixa de normalidade reside no fato de que, apesar de muitos tecidos poderem utilizar outros substratos energéticos (gordura e proteína) como fonte de energia, há outros que utilizam exclusivamente a glicose para esse fim. Como exemplos têm o cérebro (120 g. de glicose/dia), hemácias (30g glicose/dia), leucócitos, medula renal, retina, mucosa intestinal, etc.
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