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ISBN 978-85-16-11085-7 9 7 8 8 5 1 6 1 1 0 8 5 7 C o m p o ne nt e cu rr ic ul ar : G eo g ra fi a G EO G R A FI A 3 o an o Ensino Fundamental Anos Iniciais Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA ano3o ano Rogério Martinez Wanessa Garcia Novo Pitanguá g19_3pmg_capa_prof.indd 1 12/30/17 9:10 AM 1a edição São Paulo, 2017 MANUAL DO PROFESSOR Ensino Fundamental • Anos Iniciais 3o ano Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA Rogério Martinez Licenciado e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP) - campus Marília. Professor da rede pública de ensino básico. Autor de livros didáticos para o ensino básico. Wanessa Garcia Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autora de livros didáticos para o ensino básico. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 1 04/01/18 8:59 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia : manual do professor / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11213 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 2 04/01/18 8:59 PM O conhecimento de Geografia é essencial para a formação de cidadãos com uma postura participativa na sociedade, capazes de interagir de forma crítica e consciente. Diante disso, elaboramos esta coleção procurando confeccionar um material de apoio que fornece aos professores e aos alunos uma abordagem abrangente e integrada dos conteúdos, na qual os alunos são agentes participativos do processo de aprendizagem. Durante o desenvolvimento dos assuntos, procurou-se estabelecer relações entre os conteúdos e as situações cotidianas dos alunos, respeitando os conhecimentos trazidos por eles, a partir de suas vivências. Com isso, os assuntos são desenvolvidos de maneira que o aluno seja agente na construção de seu conhecimento e estabeleça relações entre esses conhecimentos e seu papel na sociedade. Diante dessas perspectivas do ensino de Geografia, o professor deixa de ser apenas um transmissor de informações e assume um papel ativo, orientando os alunos na construção de seus conhecimentos. Apoiados nessas ideias e com o objetivo de auxiliar os professores em seu trabalho em sala de aula, propomos este manual do professor. Nele, encontram-se pressupostos teóricos, comentários, sugestões e atividades complementares que visam auxiliar o desenvolvimento dos conteúdos e atividades propostas em cada volume desta coleção. APRESENTAÇÃO 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 3 04/01/18 8:59 PM SUMÁRIO Conhecendo a coleção ............... V Estrutura da coleção ........................................................ V Estrutura do livro do aluno ............................................. V Estrutura do manual do professor ................... IX A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) .......XI A estrutura da BNCC .......................................................XI Competências da BNCC ....................................................XII Competências gerais ..........................................................XIII Competências específicas de área .......................................................................................................XIV Competências específicas de Ciências Humanas ........................................................XIV Competências específicas de Geografia ...................................................................................... XV Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC ..........................................................XVI Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC ............................ XVI O trabalho com os Temas contemporâneos ...............................................................XIX Relações entre as disciplinas ............................. XX A prática docente ................... XXI Procedimentos de pesquisa ...................XXII Definição do tema ................................................................XXII Objetivo da pesquisa.......................................................XXII Cronograma .................................................................................XXIII Coleta de informações ..............................................XXIII Análise das informações ........................................XXIII Produção ..........................................................................................XXIII Divulgação ....................................................................................XXIV Espaços não formais de aprendizagem ....................................................... XXIV Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem ....................... XXV A tecnologia como ferramenta pedagógica ...............................................................................XXV Competência leitora .......................................... XXVI Avaliação ............................. XXVIII Três etapas avaliativas ............................XXVIII Avaliação inicial ou diagnóstica .......... XXVIII Avaliação formativa ............................................... XXVIII Avaliação somatória .............................................. XXVIII Fichas de avaliação e autoavaliação..............................................................XXIX Proposta teórico-metodológica da coleção ............................... XXX O ensino de Geografia escolar na atualidade .......................................... XXX Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia .....................................................................XXXII Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção ..............................XXXV Geografia e Cartografia ...................................XXXVI O raciocínio geográfico ............................... XXXVIII Os objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais ..............XXXIX Os conteúdos e suas categorias ...........XL Conteúdos conceituais ................................................... XLI Conteúdos procedimentais ..................................... XLI Conteúdos atitudinais....................................................XLIIO trabalho com os conteúdos ............XLIII As atividades e o desenvolvimento de habilidades ........................................................................... XLIII Distribuição dos conteúdos de Geografia .....XLIV Material para reprodução ..XLVI Bibliografia .......................... XLVIII 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 4 04/01/18 8:59 PM 77 1. Qual trabalho a obra de arte está representando? 2. Qual produto é obtido por esse tipo de trabalho? 3. Pense em outros tipos de trabalho que fazem parte do seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 77 12/29/17 7:54 PM 76 O trabalho e seus produtos Nosso dia a dia está repleto de muitos produtos feitos por meio do trabalho de muitas pessoas. Você já havia pensado sobre isso? Arrastão, de Cordeiro do Maranhão. Monumento em homenagem aos pescadores, em São Luís, Maranhão, em 2015. g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 76 12/29/17 7:54 PM 11 1. Onde Chico Bento estava quando acordou? 2. O que ele fez depois de tomar café? 3. Você já esteve em lugares semelhantes ao lugar que Chico Bento foi? Se sim, faça um desenho sobre um deles em uma folha de papel e mostre aos colegas. Chico Bento em: Cenas de domingo, de Mauricio de Sousa. Chico Bento. São Paulo, Globo, n. 407, p. 31-32, ago. 2002. (Turma da Mônica.) © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 11 12/29/17 7:44 PM Os lugares do nosso dia a dia 10 11 As pessoas costumam ir a lugares diferentes a todo momento. Assim como elas, você também frequenta outros lugares além da sua moradia? Vamos conhecer os lugares que o personagem da história em quadrinhos frequenta. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 10 12/29/17 7:44 PM V Páginas de abertura As duas páginas espelhadas de abertura apresentam uma imagem, um pequeno texto e questões no boxe Conectando ideias, que abrem espaço para que se inicie a abordagem dos conteúdos da unidade. As questões têm como objetivo levar o aluno a refletir sobre a situação apresentada na imagem, explorar seus conhecimentos prévios acerca dos conteúdos e aproximar o assunto da realidade da criança. Conteúdo Nos cinco volumes (1o ao 5o ano) os conteúdos serão iniciados por temas e subtemas que exploram e aprofundam os conteúdos geográficos. Esses conteúdos são iniciados preferencialmente por situações contextualizadas e com recursos editoriais diversificados. Ao longo deles, são propostas questões a fim de tornar a aula dinâmica e estimular a participação dos alunos. Conhecendo a coleção Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Funda- mental. Ela é formada por um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um deles subdividido em quatro unidades temáticas. As unidades são formadas por duas páginas de abertura, nas quais uma imagem e algumas questões têm o objetivo de levar os alunos a realizarem reflexões iniciais sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções especiais e as atividades apresentam imagens, tabelas, qua- dros e outros tipos de recursos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados e instigam o desenvolvimento de um olhar crítico para os temas. Estrutura da coleção Estrutura do livro do aluno 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 5 04/01/18 8:59 PM 127 Na floresta que cobre a terra tem caça, remédios, frutas. Tem madeira para construir a casa. E madeira para construir a canoa. Tem materiais para fabricar os objetos da casa, os brinquedos e os enfeites, as tintas para pintar. Tem materiais para fazer a festa, as máscaras e os instrumentos musicais, para fazer música. Da floresta vêm as histórias para contar e os espíritos que ajudam a curar. Nossa vida anda junto com a floresta. [...] 1. De acordo com o texto, a natureza é importante para os povos indígenas? Por quê? 2. Para você, a natureza também é importante? Por quê? O livro das árvores, organizado por Jussara Gomes Gruber. 2. ed. Amazonas: Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues, 1997. p. 70. G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u4_p122a133.indd 127 12/29/17 8:17 PM 126 CIDADÃO DO MUNDO Os povos indígenas e a natureza Os povos indígenas também fazem uso da natureza e dela exploram os recursos necessários para obter seus alimentos, construir suas moradias e realizar suas atividades. Porém, de acordo com seu modo de vida, eles sabem que a sobrevivência do seu povo depende diretamente da natureza e, por isso, fazem uso de seus recursos, procurando conservá-la. O texto a seguir descreve como alguns povos indígenas aproveitam os recursos da natureza. Vida junto com a floresta A nossa riqueza está na terra. Na terra podemos formar nossas aldeias. Podemos cultivar nossas roças. Nos rios, igarapés e lagos podemos pescar. •Com a madeira das árvores alguns povos indígenas constroem casas, canoas, arcos, flechas e utensílios domésticos. •Com os cipós retirados das árvores, os indígenas fazem redes de dormir, esteiras, cestos e adornos, como pulseiras e colares. •Das plantas, os indígenas também extraem as tintas naturais usadas para pintar o corpo e decorar objetos. g19_3pmg_lt_u4_p122a133.indd 126 12/29/17 8:17 PM 137 Fazendo um bilboquê MATERIAIS •garrafa PET •tampa de garrafa PET •barbante (cerca de 40 centímetros) •tesoura com pontas arredondadas •tinta, canetas ou adesivos coloridos •restos de papéis coloridos PASSO A PASSO Cortar a parte superior da garrafa. 1 Amarrar uma ponta do barbante no gargalo da garrafa. 2 Embrulhar a tampa da garrafa PET e amarrar a outra ponta do barbante nela. 3 Pintar o bilboquê com tinta, canetas ou adesivos coloridos. 4 Bilboquê feito de garrafa PET. Siga os passos anteriores e construa um porta-lápis para guardar seus lápis, canetas e outros materiais escolares, e depois um bilboquê para você brincar. •Agora observe os materiais que você construiu. O que eles têm em comum? AGORA É COM VOCÊ! A N D R É L . S IL VA / A S C IM A G E N S g19_3pmg_lt_u4_p134a143.indd 137 12/29/17 8:06 PM PARA SABER FAZER 136 Vamos reutilizar! Existem várias maneiras de reutilizar os materiais que seriam descartados, dando a eles uma nova utilidade. Usando a criatividade podemos fazer brinquedos, porta-lápis, vasos, objetos decorativos, etc. Veja a seguir. Fazendo um porta-lápis MATERIAIS •recipiente para fazer o porta-lápis (latinha de alimento, pote de plástico, caixa de leite, garrafa PET, etc.) •cartolinas, restos de papéis coloridos e barbantes ou fitas de cetim •canetas coloridas •cola branca •tesoura com pontas arredondadas PASSO A PASSO Colar o papel na superfície do recipiente, encapando-o. 2 Cortar o papel na medida para encapar o recipiente. 1 Decorar o porta-lápis com laços de barbantes, fitas de cetim ou desenhos. O porta-lápis já está pronto! 3 Porta-lápis feito de latinha de alimento. O N LY Z O IA /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u4_p134a143.indd 136 12/29/17 8:06 PM VI Cidadão do mundo Essa seção explora os temas contemporâneos com base em situações do cotidiano. Nela, são propostas questões que exploram a problemática levantada, estimulando reflexões em relação ao assunto. No decorrer dos volumes da coleção são trabalhados os 14 temas contemporâneos elencados na BNCC: preservação do meio ambiente; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho; ciência e tecnologia; direitos das crianças e dos adolescentes; educação em direitos humanos; diversidade cultural; educação para o trânsito; sexualidade; saúde; educação alimentar e nutricional; processo de envelhecimento e valorização do idoso; e vida familiar e social. O nome do tema contemporâneo abordado é destacado nos comentários do manual do professor.Para saber fazer São apresentadas atividades práticas, lúdicas, jogos individuais ou em grupo, que permitem a interação entre os alunos, com o objetivo de problematizar ou despertar o interesse para o estudo sobre um tema. Nessa proposta, o aluno é orientado, passo a passo, a realizar uma determinada atividade, contribuindo para a ampliação eficaz de seu conhecimento. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 6 04/01/18 8:59 PM 53 •Agora, anote as palavras do texto de acordo com o quadro abaixo. 3. Marque a letra C para os elementos culturais e a letra N para os elementos naturais dos quadros abaixo. Vegetação. Lavoura. Indústria. Estrada. Oceano. Montanha. Ponte. Rio. Cidade. Elementos criados pela natureza Elementos construídos pelo ser humano 2. O texto abaixo se refere ao que os moradores de uma cidade viram do alto de uma montanha. Leia-o. [...] lá do alto, viram um riacho de águas cristalinas, árvores cheias de frutos, pássaros que não paravam de cantar e uma cidade pequena e muito linda, cheia de casinhas coloridas, com uma casa maior no meio que era onde trabalhava o prefeito. Depois da montanha azul, de Christiane Gribel. Ilustrações de Bebel Callage. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001. p. 40 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 53 12/29/17 7:48 PM 52 ATIVIDADES 1. Observe as paisagens das fotos abaixo. B A a. Escreva o nome de dois elementos que se destacam: •na paisagem A: •na paisagem B: b. Marque um X na foto que mostra: Paisagem de parte do município de Ouro Preto, Minas Gerais, em 2017. Paisagem de parte do município de Cavalcante, Goiás, em 2017. c. Na paisagem do lugar onde você vive, predominam elementos naturais ou elementos culturais? Dê exemplos. •uma paisagem cultural. Foto A. Foto B. •uma paisagem natural. Foto A. Foto B. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 52 12/29/17 7:48 PM 40 Cuidando do nosso patrimônio No Brasil, o órgão responsável pela conservação e divulgação do nosso patrimônio é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É muito importante que todas as pessoas colaborem com a conservação dos patrimônios que existem em nosso país, pois eles pertencem a todas as pessoas. Em muitas cidades, no entanto, podemos encontrar exemplos de patrimônios históricos, culturais e também bens públicos, como praças, monumentos, etc., depredados e malcuidados, ou sem a devida manutenção. Veja a foto abaixo. • No lugar onde você mora, os patrimônios da nossa cultura e também os bens públicos estão bem conservados? Em sua opinião, de que maneira esses patrimônios podem ser mais bem cuidados? Após vários roubos dos óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, um famoso escritor brasileiro, a população colocou esse cartaz ao lado da estátua, em protesto a essas atitudes de depredação do bem público, na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, em 2015. A LE X C O U T IN H O R IB E IR O /F O TO A R E N A g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 40 12/29/17 7:46 PM Artesanato 107 O artesanato é a arte e a técnica de produzir objetos manualmente, em alguns casos, com o auxílio de ferramentas simples. A atividade do artesanato é muito praticada no Brasil. Existem vários tipos de produtos artesanais feitos com as mais diferentes matérias-primas, como argila, madeira, fibras e couro. Veja. A argila, geralmente retirada da margem dos rios, é utilizada na arte de confeccionar cerâmica para compor esculturas, como estátuas e bonecos em miniatura, e outros objetos, como vasos e utensílios domésticos. Na foto, vasos de argila em Manaus, Amazonas, em 2015. Plantas como o cipó e fibras extraídas de palmeiras e do agave (sisal) são utilizadas como matéria-prima por diversos artesãos. Com essas fibras são produzidos cestos, tapetes, cordas, peças de vestuário, entre outros objetos. Na foto, artesanato com capim dourado em Mateiros, Tocantins, em 2015. As rendas e os bordados são feitos com o entrelaçamento de fios em um fundo de tecido. Para realizar esse trabalho, o artesão utiliza instrumentos, como agulhas. Na foto, artesanato de rendas em Caruaru, Pernambuco, em 2015. Argila Fibras Rendas e bordados IS M A R IN G B E R /P U LS A R IM A G E N S R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S TA LE S A Z Z I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u3_p100a109.indd 107 12/29/17 8:05 PM VII Boxe complementar Apresenta informações complementares e curiosidades a respeito dos assuntos tratados no conteúdo, despertando o interesse do aluno e contribuindo para a contextualização dos conteúdos. Atividades Essa seção explora e aprofunda os conteúdos, buscando conexões com outras disciplinas, sempre que possível. As atividades são apresentadas em níveis gradativos, do mais básico ao mais complexo, e são exploradas situações contextualizadas e diferentes recursos editoriais. O que você estudou sobre... Essa seção tem como objetivo o fechamento da unidade, uma oportunidade para o aluno realizar uma autoavaliação de sua aprendizagem e retomar os conhecimentos aprendidos. Nela, são apresentadas questões com os principais temas, noções e conceitos trabalhados. Para isso, nesse manual são propostas dinâmicas para o trabalho com essa seção, de modo que o professor avalie a aprendizagem dos alunos, além de estimulá-los a construir colaborativamente uma síntese dela. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 7 04/01/18 8:59 PM Resposta oral: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido oralmente. Resposta no caderno: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido no caderno. Tecnologia: indica que a realização da atividade envolve o uso de algum recurso tecnológico digital, como o computador, o celular ou outras ferramentas. Atitude legal: indica um breve momento de reflexão a respeito de atitudes que envolvem valores ou competências socioemocionais relacionados ao assunto tratado. Ideias para compartilhar: indica uma oportunidade para os alunos compartilharem uma ideia ou experiência a respeito de determinado assunto. Um espaço para que o aluno expresse soluções para problemas individuais ou coletivos, propiciando a socialização de hipóteses, conhecimentos, habilidades e vivências. Cartografia: indica conceitos, noções ou habilidades relacionadas à aprendizagem de Cartografia. Cor: indica que as cores utilizadas na imagem não são reais. Proporção: indica que as imagens não estão proporcionais entre si. Em grupo: indica que a atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. VIII Ícones No decorrer das unidades diversos ícones auxiliam a organização e a condução do trabalho. Veja o significado de cada um deles. Para saber mais Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada sugestão é acompanhada por sua sinopse. Bibliografia Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e como referência na produção das unidades do livro do aluno. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 8 04/01/18 8:59 PM 8 A unidade aborda o estudo do lugar, destacando as relações das pessoas em seus lugares de vivência, assim como as características naturais e culturais que dão identidade e distin- guem os diferentes lugares. O lugar é um dos principais conceitos de estudo da Geografia, representan- do uma porção do espaço geográfico onde as pessoas desenvolvem rela- ções de afeto e estabelecem vínculos. A presente unidade também estuda semelhanças e diferenças entre os lugares. • Inicie o estudo pedindo que os alunos observem a imagem de abertura e descrevam a cena mostrada. • Estimule a participação de todos os alunos para que seja possível explorar o conhecimentoprévio sobre o tema. Mais atividades • Realize um momento de diálogo com os alunos como abordagem inicial do estudo desta unidade. • Pergunte quais lugares de convivên- cia pública existem próximo à escola ou no município. Escreva na lousa os possíveis lugares conforme a re- alidade do município, como parque, campo de futebol, quadra de espor- tes, lago, praia, etc. • Após escrever a lista de exemplos, questione quais alunos frequentam tais lugares. Investigue o conheci- mento deles em relação ao assunto e, consequentemente, à frequência deles nos referidos lugares. • Por fim, solicite que façam um de- senho do lugar que mais gostam de frequentar diariamente ou eventual- mente. Relacione este desenho com a atividade 3 da página 9. • O texto a seguir explica a importância de estudar o conceito de lugar na ciência geográfica. [...] Na literatura geográfica, o lugar está pre- sente de diversas formas. Estudá-lo é funda- mental, pois ao mesmo tempo que o mundo é global, as coisas da vida, as relações so- ciais se concretizam nos lugares específi- cos. E como tal a compreensão da realidade do mundo atual se dá a partir dos novos sig- nificados que assume a dimensão do espaço local. A globalização e a localização, frag- mentando o espaço, exigem que se pense dialeticamente esta relação [...]. Estudar e compreender o lugar, em Geo- grafia, significa entender o que acontece no espaço onde se vive para além das suas con- dições naturais ou humanas. Muitas vezes as explicações podem estar fora, sendo neces- sário buscar motivos tanto internos quanto 8 O nosso lugar e os outros lugares Crianças brincando nas águas do mar, no litoral de Guarujá, São Paulo, em 2014. g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 8 12/29/17 7:44 PM 9 Você já observou que todos os dias frequentamos diferentes lugares? Nossa casa, a escola, parques e praias são alguns exemplos. 1. Que lugar está sendo mostrado na foto? 2. Você costuma frequentar lugares como esse? Nesse caso, o que você costuma fazer quando os visita? 3. Conte aos colegas sobre outros lugares que você frequenta em seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 9 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 8 04/01/18 7:16 PM 9 • Comente com os alunos que os luga- res que frequentamos no nosso dia a dia não estão relacionados somente com os lugares públicos, mas tam- bém com os particulares, ou seja, que pertencem a alguém. • Cite exemplos como a casa onde cada um vive, os estabelecimentos comerciais, as propriedades rurais, os clubes recreativos, etc. externos para se compreender o que aconte- ce em cada lugar. [...] Compreender o lugar em que vive permite ao sujeito conhecer a sua história e conseguir entender as coisas que ali acontecem. Ne- nhum lugar é neutro, pelo contrário, é reple- to de história e com pessoas historicamente situadas num tempo e num espaço, que pode ser recorte de um espaço maior, mas por hi- pótese alguma é isolado, independente. [...] CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.) e outros. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 84-85. Conectando ideias 1. O lugar mostrado na foto é no litoral. Espera-se que os alunos comentem que é uma praia com base na leitura da legenda da imagem, o que também pode ser observado nas característi- cas do lugar. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que, ao frequentar lugares semelhan- tes ao da foto, eles brincam na água, brincam na areia, etc. 3. Resposta pessoal. Incentive os alunos a citarem os lugares que frequentam no dia a dia. 8 O nosso lugar e os outros lugares Crianças brincando nas águas do mar, no litoral de Guarujá, São Paulo, em 2014. g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 8 12/29/17 7:44 PM 9 Você já observou que todos os dias frequentamos diferentes lugares? Nossa casa, a escola, parques e praias são alguns exemplos. 1. Que lugar está sendo mostrado na foto? 2. Você costuma frequentar lugares como esse? Nesse caso, o que você costuma fazer quando os visita? 3. Conte aos colegas sobre outros lugares que você frequenta em seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 9 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 9 04/01/18 7:16 PM Resposta da seção Conectando ideias Respostas das perguntas propostas na seção. No início de cada unidade são apresentados os principais conceitos e conteúdos que serão trabalhados. As informações complementares para o trabalho com as atividades, teorias ou seções, assim como sugestões de condução e curiosidades, são organizadas e apresentadas em tópicos em toda a unidade. Mais atividades Além das atividades presentes no livro do aluno, novas propostas são feitas nessa seção. Para a realização de algumas dessas atividades, é necessário que sejam organizados alguns materiais com antecedência. No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas citações que enriquecem e fundamentam o trabalho proposto. IX Estrutura do manual do professor O manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira delas é composta pelos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção, pela descrição e pelas orientações acerca das seções e da estrutura de conteúdos, bem como suas relações com a BNCC, pelos quadros de distribuição dos conteúdos de Geografia, pelo material para reprodução e pela bibliografia. A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página. Para isso, o manual traz a reprodução de cada página do livro do aluno em tamanho redu- zido. Nelas, além do texto do livro do aluno na íntegra, estão as respostas de quase todas as atividades. As respostas que não estão nessas páginas, assim como os de- mais comentários e sugestões ao professor, estão nas laterais e nos rodapés. Além dos volumes impressos, é disponibilizado um material digital que oferece sub- sídios ao professor para o trabalho em sala de aula. Esse material possui sequências didáticas, avaliações, projetos integradores e planos de desenvolvimento compostos por sugestões para a organização de conteúdos, práticas pedagógicas e atividades recorrentes na sala de aula, entre outras sugestões. Conheça a seguir as características das orientações página a página do manual impresso. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 9 04/01/18 8:59 PM 60 Destaques da BNCC • A análise do texto trata da questão do lixo e da maneira como muitas pessoas descartam o que não utili- zam mais, permitindo um trabalho com parte da habilidade EF03GE08, da BNCC. • Introduza o assunto com uma con- versa. Explique que temos estudado as paisagens e vimos que existem muitos tipos de paisagens. Questio- ne os alunos: A. Uma paisagem é sempre igual as outras? Será que ela muda com o tempo? R: Espera-se que os alunos res- pondam que uma paisagem é diferente da outra e que uma mesma paisagem muda com o passar do tempo. B. E existe algum tipo de passagem que não muda nunca? R: Não, pois mesmo as paisa- gens naturais são alteradas pelas ações da natureza, como estudaremos mais adiante. • Explore o texto, auxiliando-os com o significado de alguma palavra que desconheçam. Incentive-os a recor- rer ao dicionário. • Conduza a exploração do texto de modo que eles concluam que as pessoas que jogam lixo nas ruas não medem as graves consequências que isso pode causar, com danos so- bre o meio ambiente e ao próprio ser humano. O lixo jogado indevidamen- te nas ruas e nas vias públicas atrai animais transmissores de doenças (baratas e ratos, por exemplo), além de ser carregado pelas águas das chuvas até rios, córregos e lagos. Objetivos • Compreender que a paisagem é transformada ao longo do tempo, seja de maneira rápida,seja de maneira lenta. • Identificar as ações humanas como transformadoras das paisagens. • Permita aos alunos que exemplifiquem e debatam sobre como eles têm sido agentes transfor- madores do lugar onde vivem. Oriente para que reconheçam tanto ações positivas, que devem ser mantidas, como as negativas, que precisam ser corrigidas, como o exemplo dado no texto. Ideias para compartilhar • EF03GE08: Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno. 60 A transformação da paisagem12 De que maneira você transforma o lugar onde você vive? O ser humano modifica o lugar onde vive. Muitas vezes, essas transformações são realizadas com a finalidade de melhorar esse lugar. O rio que nasceu de novo Era uma vez um rio muito bonito de água tão clara que dava para ver as pedrinhas lá no fundo. Era gostoso brincar de barquinho, de bola, de boiar em câmara de pneus. Mas alguém que não queria mais um velho sofá e não tinha onde colocar, jogou-o no rio. Nesse rio tão lindo! E aos poucos, o rio foi ficando cheio de lixo de todo o tipo e tamanho: garrafas de vidro e de O texto a seguir relata como alguns moradores que viviam perto de um rio modificaram a paisagem do lugar. Leia-o. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 60 12/29/17 7:52 PM 61 plástico, latas, restos de alimentos, caixa de papelão. Tinha de tudo! [...] Vendo tudo isso acontecer, um vizinho pediu ajuda para os outros e começaram a tirar o lixo. Primeiro o lixo miúdo, depois, o entulho das margens. Tiraram tanto lixo que foi preciso um caminhão para fazer o serviço todo. [...] Agora sim! As ruas estão limpas, as pessoas com saúde e o nosso rio voltou a ser como antes, ou até mais bonito. Olhe em volta do rio, parece um jardim! As borboletas coloridas parece que estão dançando. Fizeram até uma ponte! Que legal! O rio que nasceu de novo, de Vera M. C. Casarini. São Paulo: Cetesb, 1998. p. 1-9. 3. Numere a sequência correta das frases a seguir, de acordo com a ordem dos acontecimentos descritos no texto. O rio era muito bonito, de águas claras. Alguns moradores se uniram e retiraram o lixo que havia sido jogado no rio. Ele ficou sujo, pois as pessoas passaram a jogar lixo nele. O rio voltou a ficar bonito, ganhou até uma ponte. 1 3 2 4 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 61 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 60 04/01/18 7:21 PM 61 Destaques da BNCC • O trabalho de análise do texto pro- move a consciência socioambiental, mobilizando a Competência espe- cífica de Geografia para o ensino fundamental 6, da BNCC. Acompanhando a aprendizagem • Distribua folhas de papel sulfite para os alunos. • Peça que dividam a folha em três partes. • Oriente-os para realizar três dese- nhos sobre o texto lido: o rio como era no começo, como ficou com o lixo e como ficou após as pessoas terem feito a sua limpeza. • Avalie se os alunos compreenderam bem o processo de poluição e des- poluição do rio. Saberes integrados • O lixo espalhado pelas ruas e rios, além de contaminar o solo e poluir as águas, também atrai insetos e roedo- res, que podem passar diversas do- enças, como a dengue, a chikun- gunya e a zika. Esse assunto permite uma articulação com a disciplina de Ciências. • Para mais informações sobre essas doenças, acesse o site Prevenção e combate: Dengue, chikungunya e zika. Disponível em: <http://combateaedes. saude.gov.br/pt/sintomas>. Acesso em: 19 dez. 2017. • Competência específica de Geografia para o ensino fundamental 6: Construir argumen- tos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. 60 A transformação da paisagem12 De que maneira você transforma o lugar onde você vive? O ser humano modifica o lugar onde vive. Muitas vezes, essas transformações são realizadas com a finalidade de melhorar esse lugar. O rio que nasceu de novo Era uma vez um rio muito bonito de água tão clara que dava para ver as pedrinhas lá no fundo. Era gostoso brincar de barquinho, de bola, de boiar em câmara de pneus. Mas alguém que não queria mais um velho sofá e não tinha onde colocar, jogou-o no rio. Nesse rio tão lindo! E aos poucos, o rio foi ficando cheio de lixo de todo o tipo e tamanho: garrafas de vidro e de O texto a seguir relata como alguns moradores que viviam perto de um rio modificaram a paisagem do lugar. Leia-o. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 60 12/29/17 7:52 PM 61 plástico, latas, restos de alimentos, caixa de papelão. Tinha de tudo! [...] Vendo tudo isso acontecer, um vizinho pediu ajuda para os outros e começaram a tirar o lixo. Primeiro o lixo miúdo, depois, o entulho das margens. Tiraram tanto lixo que foi preciso um caminhão para fazer o serviço todo. [...] Agora sim! As ruas estão limpas, as pessoas com saúde e o nosso rio voltou a ser como antes, ou até mais bonito. Olhe em volta do rio, parece um jardim! As borboletas coloridas parece que estão dançando. Fizeram até uma ponte! Que legal! O rio que nasceu de novo, de Vera M. C. Casarini. São Paulo: Cetesb, 1998. p. 1-9. 3. Numere a sequência correta das frases a seguir, de acordo com a ordem dos acontecimentos descritos no texto. O rio era muito bonito, de águas claras. Alguns moradores se uniram e retiraram o lixo que havia sido jogado no rio. Ele ficou sujo, pois as pessoas passaram a jogar lixo nele. O rio voltou a ficar bonito, ganhou até uma ponte. 1 3 2 4 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 61 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 61 04/01/18 7:21 PM Ideias para compartilhar Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Ideias para compartilhar. Acompanhando a aprendizagem Sugere estratégias para que o professor realize a avaliação da aprendizagem dos alunos em momentos oportunos. Saberes integrados São apresentadas relações do conteúdo abordado com outras disciplinas e áreas do conhecimento, assim como sugestões de trabalho com esses conteúdos. Objetivo do tema No início de cada tema são apresentados os objetivos de aprendizagem. A primeira vez que uma competência ou habilidade da BNCC é citada na unidade, seu texto é apresentado na íntegra. Destaques da BNCC No decorrer das unidades são destacadas e comentadas algumas relações entre o que está sendo abordado no livro do aluno e o que é proposto na BNCC. X O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... Respostas Respostas das atividades e questões que não estão nas páginas reduzidas do livro do aluno. Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo. Atitude legal: Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Atitude legal. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 10 04/01/18 8:59 PM XI A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Desde as publicações da atual Constituição brasileira (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), tem sido recorrente no Brasil a ideia de se estabelecer um documento normativo como referencial curricular para orientar os processos de ensi- no e aprendizagem no país e delimitar as aprendizagens consideradas essenciais da Educação Básica. Nesse sentido, nas últimas décadas, algumas publicações e legislações contribuí- ram para consolidar no país uma proposta de educação que valorizasse a formaçãocidadã. Sendo assim, foram de extrema importância as publicações das Leis no 10.639 (2003) e no 11.645 (2008), que complementaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tornando obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos indíge- nas. Essas iniciativas fazem parte do processo de luta e mobilização por uma educação voltada para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural. [...] A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhe- cimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionali- dade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democrá- ticos e igualitários. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. p. 15. Disponível em: <http://www. acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Outro marco foi a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa- ção Básica (2013), destacando a relevância de temas como Educação do Campo, Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Rela- ções Étnico-Raciais, Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental. Nesse contexto, em 2017, após o diálogo entre especialistas, professores e a socie- dade em geral, foi enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem o objetivo de defi- nir “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alu- nos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2017). Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Bási- ca é a “formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, demo- crática e inclusiva” (BRASIL, 2017). A estrutura da BNCC A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensino Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específi- cas de área e de componentes curriculares. Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáti- cas, objetos de conhecimento e habilidades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 11 04/01/18 8:59 PM XII Competências da BNCC Os debates em torno de currículos referenciados no desenvolvimento de competên- cias têm sido recorrentes nos últimos anos no Brasil. De modo geral, uma aprendiza- gem voltada à formação de competências tem como objetivo a construção de relações cognitivas para que o aluno possa mobilizá-las e refletir acerca da realidade, levantar hipóteses e solucionar problemas do seu dia a dia. [...] Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficá- cia uma série de situações. Três exemplos: • Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes sa- beres: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências geográficas. • Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os se- guintes saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, tera- pias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos. • Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políti- cas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas, etc. [...] GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud, Universidade de Genebra. Revista Nova Escola, set. 2000, p. 19-31. Disponível em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/ perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>. Acesso em: 15 nov. 2017. Com o desenvolvimento de competências, os alunos são instigados a formar um repertório cognitivo que possibilita a eles atuar de forma autônoma, responsável e justa. Os conhecimentos escolares passam a ser mobilizados em prol da resolução de conflitos e de problemas. De acordo com a BNCC, as competências auxiliam os alunos na tomada de deci- sões pertinentes ao longo de sua vida, auxiliando-os em situações e experiências vi- vidas diariamente. Segundo a LDB (Artigos 32 e 35), na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilida- de de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplicá-lo para tomar decisões pertinentes. A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em si- tuação se dá o nome de competência. [...] No âmbito da BNCC, a noção de competência é utilizada no sentido da mobili- zação e aplicação dos conhecimentos escolares, entendidos de forma ampla (con- ceitos, procedimentos, valores e atitudes). Assim, ser competente significa ser capaz de, ao se defrontar com um problema, ativar e utilizar o conhecimento construído. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 12 04/01/18 8:59 PM XIII Competências gerais A BNCC reconhece como princípio fundamental a formação integral dos estudan- tes. O documento propõe o desenvolvimento global dos alunos, aliando perspectivas cognitivas e afetivas, além da formação de cidadãos plenos, com pensamento autôno- mo e preocupados com os desafios contemporâneos. Assim, adotando como base as discussões éticas apresentadas nas Diretrizes Cur- riculares Nacionais Gerais da Educação Básica, o documento apresenta dez Compe- tências gerais que se articulam ao longo de todos os componentes curriculares. Competências gerais da BNCC 1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 3 Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo.4 Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar- -se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 5 Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. Esta coleção visa o desenvolvimento dessas competências por meio do trabalho com o texto-base e do desenvolvimento das seções especiais e das atividades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_001a013.indd 13 04/01/18 8:59 PM XIV Competências específicas de área Segundo a BNCC, as Competências gerais podem ser abordadas de forma variada de acordo com cada área de conhecimento. Assim, o documento apresenta também, de maneira mais específica, as competências referentes a cada uma dessas áreas. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Área do conhecimento Componentes curriculares Linguagens • Língua Portuguesa • Arte • Educação Física • Língua Inglesa Matemática • Matemática Ciências da Natureza • Ciências Ciências Humanas • Geografia • História 1 Reconhecer a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural. 5 Comparar eventos ocorridos, simultaneamente, no mesmo espaço e em espaços variados e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 2 Compreender eventos cotidianos e suas variações de significado no tempo e no espaço. 6 Compreender os conceitos históricos e geográficos para explicar e analisar situações do cotidiano e problemas mais complexos do mundo contemporâneo e propor soluções. 3 Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural. 7 Reconhecer e fazer uso das linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e de diferentes gêneros textuais no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. 4 Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas. Competências específicas de Ciências Humanas A área de Ciências Humanas na BNCC apresenta como objetivo principal desenvol- ver nos alunos as capacidades de interpretar o mundo, compreendendo sua realidade e engajando-se para atuar de forma responsável e ética diante de problemas. É pos- sível observar essas competências no quadro a seguir. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_014a018.indd 14 04/01/18 9:00 PM XV BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Competências específicas de Geografia Algumas áreas do conhecimento apresentam mais de um componente curricular, como as áreas das Linguagens e das Ciências Humanas. Sendo assim, a BNCC esta- belece também as Competências específicas a serem atingidas pelos alunos. Competências específicas de Geografia 1 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2 Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico e entre distintas áreas do currículo escolar, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3 Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. 4 Desenvolver o pensamento espacial, exercitando a leitura e produção de representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 5 Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 6 Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. 7 Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos democráticos, sustentáveis e solidários. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_014a018.indd 15 04/01/18 9:00 PM XVI Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC Além das competências, a BNCC apresenta os objetos de conhecimento a serem desenvolvidos pelos componentes curriculares. Os objetos de conhecimento são for- mados pelo conjunto de conteúdos, conceitos e processos que envolvem a aprendi- zagem dos alunos. Esses elementos estão ligados também às habilidades. [...] Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada compo- nente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como con- teúdos, conceitos e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. As habilidades representam um guia importante, sendo possível aproveitá-las para verificar os processos de aprendizagem dos alunos. Esta coleção contempla em diver- sos momentos o trabalho com as habilidades da BNCC. Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC Ativação de conhecimento prévio São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua participação e despertando seu interesse pelos assuntos que estão sendoestudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro. Debate Atividade que visa à discussão de diferentes pontos de vista, com base em conhecimentos e opiniões pessoais. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando o aluno a expressar suas ideias. Além disso, motiva o respeito a opiniões diferentes. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas. Interpretação Atividade que, por meio da exploração de imagens, textos, tabelas, gráficos, mapas, etc., estimula o aluno a buscar informações, assim como analisar e emitir opiniões. As princi- pais habilidades desenvolvidas são: leitura, observação, interpretação. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_014a018.indd 16 04/01/18 9:00 PM XVII Pesquisa Sob orientação adequada, esse tipo de atividade exige que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações devem ser selecionadas e registradas. Também possibilita a troca de ideias entre os alunos. Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro. Realidade próxima Atividades que envolvem a exploração e a contextualização da realidade próxima levam o aluno a buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios. Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião. Desenho Esse tipo de atividade permite o registro de conhecimentos prévios e permite que o aluno expresse suas ideias sobre os conteúdos abordados. Trata-se de uma estratégia útil, sobretudo nos anos iniciais, durante o processo de letramento e alfabetização. Principais habilidades desenvolvidas: representação, colorização, análise e expressão de ideias. Entrevista Atividade que pode auxiliar na ampliação do conhecimento, buscando respostas fora do ambiente da sala de aula. Visa à elaboração de questionamentos pertinentes relacionados aos conteúdos estudados. Permite a integração com a comunidade e o desenvolvimento da oralidade. O registro da atividade pode ser escrito ou gravado e posteriormente transcrito. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, análise, expressão de ideias e respeito a opiniões. Atividade de associação Nesse tipo de atividade, o aluno compara diferentes elementos, textuais e/ou imagéticos. Trata-se de atividade de contextualização entre texto e imagens, mobilizando os conhecimentos dos alunos para responder questões ou buscar soluções para problemas. Principais habilidades desenvolvidas: comparação, classificação e interpretação. Atividade de ordenação Esse tipo de atividade é fundamental para a compreensão dos conteúdos, por meio de noções temporais de anterioridade, simultaneidade e posterioridade. Principais habilidades desenvolvidas: interpretação e inferência. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_014a018.indd 17 04/01/18 9:00 PM XVIII Atividade em grupo Esse tipo de atividade pode ser escrita e/ou oral, contemplando elementos gráficos, e pode ser realizada coletivamente. Com base em orientações, os alunos devem colaborar entre si, buscando informações. Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e trabalho em equipe. Observação Esse tipo de atividade pode estar presente em atividades práticas ou teóricas e envolve o olhar atento do aluno sobre uma imagem e/ou situação, antecedendo a análise e auxiliando na comparação de resultados. Principais habilidades desenvolvidas: utilização de conhecimentos prévios e observação. Atividade de reflexão São atividades sugeridas para que o aluno reflita individualmente ou em grupo. Nesse tipo de atividade, são apresentadas questões sobre sociedade, cultura, cidadania, etc. O pa- pel do professor como mediador nas atividades de reflexão é fundamental. Principais habilidades desenvolvidas: debate, reflexão, expressão de opinião e respeito às diferentes opiniões. Atividade prática Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentos relacionados ao saber científico. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou pode ser de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e outros produtos, como cartazes e panfletos. Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e expressão de opiniões. Levantamento de hipóteses Atividade que coloca o aluno em contato com um importante procedimento utilizado na construção do saber científico, o levantamento de hipóteses. Por meio desse tipo de ati- vidade, o aluno terá condições de avaliar a importância da hipótese na construção do saber geográfico. Principais habilidades desenvolvidas: reflexão, uso dos conhecimentos anteriores, análise crítica e expressão de opinião. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_014a018.indd 18 04/01/18 9:00 PM XIX O trabalho com os Temas contemporâneos A BNCC recomenda que todas as disciplinas escolares trabalhem conteúdos rela- cionados aos Temas contemporâneos. Esses temas estão ligados aos desafios do mundo atual, entre eles a preservação do meio ambiente e a educação em direitos humanos. Os temas contemporâneos têm o amparo da legislação brasileira. A seguir, é possí- vel observar quais são os temas contemporâneos sugeridos pela BNCC e quais leis eles representam. [...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas res- pectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às pro- postas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transver- sal e integradora. [...] Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades de todos os componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas possibilidades e especificidades, tratá-las de forma contextualizada. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Esta coleção privilegia o trabalho com os temas contemporâneos de diferentes ma- neiras. Eles podem aparecer ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nas seções especiais e nas atividades. Por se tratarem de temas globais que podem ser aborda- dos em âmbito local, é interessante que o trabalho com esses temas aconteça de maneira contextualizada às diferentes realidades escolares. Direitos das crianças e dos adolescentes Lei no 8.069/1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Educação alimentar e nutricional Lei no 11.947/2009 Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica e dá outras providências. Educação para o trânsito Lei no 9.503/1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Preservação do meio ambiente Lei no 9.795/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Educação em direitos humanos Lei no 7.037/2009 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 e dá outras providências. Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Educação para o consumo, Educação financeira e fiscal, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Diversidade cultural Resolução no 7/2010 Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso Lei no 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 19 1/4/18 9:00 PM XX Relações entre as disciplinas Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolasbusquem contemplar em seus currículos o ensino interdisciplinar. Ele pode acontecer, principal- mente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de dife- rentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades deve ser sempre o de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, que favore- ça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo. Por isso, é esperado que as escolas adequem as proposições da BNCC à realidade local, buscando, entre outras ações: [...] • contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curri- culares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi- ficadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alu- nos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos estu- dantes é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor. A análise do contexto sociocultural oferece as chaves para o diagnóstico do ní- vel cultural dos estudantes, do seu nível real de desenvolvimento, assim como das suas expectativas diante da instituição escolar, dos seus preconceitos, etc. Conhecer as respostas a estas interrogações é requisito essencial para que a proposta planejada possa se ligar diretamente a esses meninos e meninas reais, à sua autêntica vida cotidiana. [...] Outro requisito prévio importante é conhecer e localizar os recursos que exis- tem na comunidade, no meio natural e social, que possam sugerir a realização de tarefas concretas, bem como facilitar e enriquecer outras que podem ser desen- volvidas através da unidade didática. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 225-226. Trabalhar a interdisciplinaridade não é algo tão complicado e algumas dicas podem ajudar a tornar sua prática mais acessível. O texto a seguir apresenta dicas de como trabalhar os conteúdos escolares de maneira interdisciplinar. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 20 1/4/18 9:00 PM XXI A realidade é um banco de ideias O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não signifi- ca carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática — o que dá sentido ao estudo. Para que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais. [...] Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alu- nos percebem sua natureza e utilidade. [Atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos] também pedem te- mas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos histó- ricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento. Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidade mesmo que você não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o co- nhecimento. “A formação continuada do professor não se resume a realizar um curso atrás do outro, mas também [a] ler diariamente sobre assuntos gerais” [...]. Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que ten- dem a ser produtivos se abordados de forma ampla. [...] Como ensinar relacionando disciplinas • Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferra- mentas para compreender detalhes. [...] • Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. • Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia. • Pesquise com os estudantes. • Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas. • Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias. • Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho. • Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho. CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação. Revista Nova Escola. n. 174, ago. 2004. p. 52-54. Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que favorecem o trabalho interdisciplinar. Elas são destacadas na seção Saberes integra- dos, cujas características foram apresentadas na página X. A prática docente As atuais propostas de ensino sugerem uma metodologia que tenha como objetivo levar o aluno a organizar e a estruturar seu pensamento lógico e a analisar de forma crítica e dinâmica o ambiente que o cerca. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 21 1/4/18 9:00 PM XXII Para que essa metodologia seja posta em prática, é necessário redimensionar o papel do professor. É preciso deixar de ser apenas transmissor de conhecimentos e passar a ser mediador da relação entre o aluno e a aprendizagem. Como mediador, é preciso promover debates sobre as propostas dos alunos, indi- car os caminhos que podem levar à resolução dos problemas, orientar as reformula- ções das hipóteses e valorizar as soluções mais adequadas. Ser “mediador” não pode ser entendido apenas como sendo um aplicador de pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fa- zer. Ser mediador deve significar, antes de mais nada, estar entre o conhecimen- to e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre esses dois pontos. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 255. Sendo assim, é papel do professor: • tornar os conceitos e os conteúdos possíveis de serem aprendidos pelos alunos, fornecendo as informações necessárias que eles não têm condições de obter sozinhos; • conduzir e organizar o trabalho em sala de aula, buscando desenvolver a autono- mia dos alunos; • estimular continuamente os alunos, motivando-os a refletir, investigar, levantar questões e trocar ideias com os colegas. É importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competên- cias cognitivas dos alunos, pois, dessa maneira, terão condições de selecionar situa- ções-problema relacionadas ao cotidiano deles. É relevante também o trabalho de um mesmo conteúdo em diversos contextos, a fim de incentivar a capacidade de genera- lização nos alunos. Procedimentos de pesquisa As atividades de pesquisa são fundamentais para desenvolverautonomia, capaci- dade de análise e síntese, práticas de leitura, além de estimular o trabalho em grupo e a socialização, entre diversas outras habilidades, dependendo de como a pesquisa é orientada e de qual será o seu produto final. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas orientações possíveis de serem transmitidas aos alunos antes de sua realização. Os pontos principais a serem considerados são: a definição do tema, o objetivo da pes- quisa, o cronograma, o produto final e a socialização desse produto. Definição do tema É importante definir claramente o tema da pesquisa, estabelecendo um objeto de estudo que desperte o interesse dos alunos. Objetivo da pesquisa Para definir o objetivo da pesquisa, cria-se uma problemática inicial sobre o tema escolhido. Com os alunos, deve-se formular perguntas norteadoras e estabelecer tó- picos secundários dentro do tema geral. Igualmente importante é definir um produto final: pode ser um seminário, um vídeo, uma publicação coletiva, um texto escrito para ser lido na classe... Seja qual for a escolha, o fundamental é ampliar o público. Por dois motivos: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 22 1/4/18 9:00 PM XXIII primeiro, como forma de incentivar a preocupação com os propósitos da pesqui- sa e a forma como ela será comunicada. Segundo, para que a pesquisa cumpra verdadeiramente sua função. Se na sociedade a meta de uma investigação é dis- seminar informações, não faz sentido que na escola ela se transforme em um contato restrito entre aluno e professor. MARTINS, Ana Rita. Busca certeira: como selecionar sites confiáveis. Revista Nova Escola. Disponível em: <https:// novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis>. Acesso em: 23 nov. 2017. Com o objetivo definido, o passo seguinte é escolher quais serão as fontes de pes- quisa. Deve ser explicada aos alunos a importância da seleção de fontes confiáveis, que tenham informações sobre suas origens e os respectivos autores. Além disso, deve ser destacado que a pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, como li- vros, jornais, revistas, internet, dicionários, enciclopédias, fotos, documentários, fil- mes, ou até por meio de entrevistas e pesquisas de campo. Cronograma Caso o trabalho seja em grupo, os alunos devem estabelecer quem ficará responsá- vel pela elaboração de cada tópico. Por fim, prazos devem ser definidos para a entrega desse material. Esse prazo pode conter apenas a data final de apresentação do traba- lho ou incluir as datas em que cada um terá de entregar a parte que lhe cabe. Coleta de informações Nessa fase, cada aluno deverá seguir com a pesquisa do tópico que lhe foi proposto na etapa anterior. A pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, e os alunos deve- rão selecionar as informações com maior utilidade para a produção final. É trabalho do professor orientá-los a selecionar fontes confiáveis, bem como imagens para ilustrar e enriquecer o trabalho, como fotos, desenhos, mapas, tabelas e gráficos. Nessa etapa, a interação e a troca de experiências entre os alunos são muito importantes, pois des- sa forma é possível verificar se o trabalho deles está sendo produtivo para o restante do grupo. Análise das informações É importante orientar os alunos a analisarem e a interpretarem as informações cole- tadas, verificando se elas realmente estão relacionadas com os conteúdos estudados naquele momento e com as problemáticas propostas no início da pesquisa. Vale ressaltar que coletar dados, imagens e textos não caracteriza de fato uma pes- quisa. É preciso que essas informações sejam interpretadas e selecionadas de manei- ra crítica, tendo em mente sempre o contexto em que serão utilizadas. Nos trabalhos em grupo, é interessante que essa etapa seja realizada em conjunto, a fim de que cada um tome conhecimento sobre as informações coletadas pelos colegas. Produção Essa etapa pode variar de acordo com o produto final da pesquisa. Se for um traba- lho escrito, é nesse momento que deve acontecer a produção escrita e, por fim, a centralização de todos os textos produzidos. Caso a apresentação final seja um semi- nário, nessa etapa também precisam ser planejados e escritos os cartazes ou slides que acompanharão a apresentação. Por outro lado, se a apresentação for uma roda de leitura, nessa etapa é importante treiná-la. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 23 1/4/18 9:00 PM XXIV De qualquer maneira, é essencial que os alunos percebam a importância de elabo- rar uma primeira versão, que deverá ser conferida por todos os envolvidos, até mesmo o professor. Após a leitura de todos, o texto final pode ser escrito. Divulgação Com o texto pronto, os cartazes produzidos ou a leitura ensaiada, chegou o mo- mento de divulgar a pesquisa. Cada evento ou formato de trabalho possui caracterís- ticas diferentes e é importante ressaltar isso aos alunos. Uma apresentação oral exige postura, entonação de voz e até o uso de fichas organizadoras para que os alunos não se percam durante a fala. Já em um trabalho escrito, pode ser necessário criar uma capa com o nome de cada participante, o nome da escola e a turma em que estudam. Espaços não formais de aprendizagem A escola e suas dependências constituem um espaço formal de ensino-aprendiza- gem. Mas não é somente no ambiente escolar que a aprendizagem acontece. Os espaços não formais de ensino-aprendizagem têm se destacado por oportunizar a aprendizagem de maneira interativa. Por apresentar diferentes recursos e realizar exposições, esses locais podem contribuir significativamente para a aprendizagem, pois o público participa ativamente desse processo. Entre as vantagens dos espaços não formais de ensino-aprendizagem está a de levar a cultura científica a todos, con- tribuindo para a divulgação científica e o envolvimento da sociedade nos conceitos científicos. Na definição de espaços não formais de educação são sugeridas as categorias Ins- tituições e não Instituições. [...] Na categoria Instituições, podem ser incluídos os espaços que são regula- mentados e que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executa- das, sendo o caso dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques Zoobotânicos, Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários, Zoológicos, entre outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem de estruturação institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, en- globam a categoria não Instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatro, parque, casa, rua, praça, terreno, cinema, praia, caverna, rio, lagoa, campo de fu- tebol, entre outros inúmeros espaços. [...] JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em extensão, v. 7, 2008. p. 56-57. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ revextensao%20/article/viewFile/20390/10860>. Acesso em: 20 nov. 2017. É possível perceber que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes espaços e não depende somente de instituições de pesquisa. É fundamental expor os objetivos da realização de visitas a espaços não formais de aprendizagem antecipadamente, orien- tar os alunos durante a visitação e ressaltar a importância de um relatório para regis- trar o que foi observado, juntamente com as impressões dos alunos sobre a visitação e a troca de ideias entre eles, a fim de socializar suas observações e compartilhar suas opiniões. Os espaços não formais de educação são fundamentais na disseminação da cultura humana e da cultura científica, tornando-se instrumentos relevantes na educação e na formação cidadã. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 24 1/4/18 9:00 PM XXV Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem A visita a espaços não formais pode contribuir para a aprendizagem e garantir mo- mentos de interação com o objeto de estudo, experiência enriquecedorapara a apren- dizagem. Para que tal experiência seja relevante, é necessária a programação prévia. É essencial agendar a visita antecipadamente, garantir que haja acompanhamento específico, indicar o nome da escola, a série, a faixa etária e a quantidade de alunos que será levada. Além disso, é indispensável providenciar autorizações que devem ser entregues aos pais ou responsáveis e assinadas por eles. Caso seja necessário pagar algum valor para a entrada, deve ser identificado na autorização, bem como o local a ser visitado, o endereço, a data e o horário. É necessário orientar os responsáveis so- bre os possíveis gastos no dia da visita e sobre o meio de transporte utilizado. O transporte deve ser contratado antecipadamente e devem ser verificadas as con- dições de segurança do veículo. O itinerário e os horários previstos devem ser combi- nados com o motorista. Caso a visita seja feita em campo, em locais com solo ou rochas, os alunos devem ser orientados a utilizarem roupas e calçados apropriados, bem como óculos de sol, boné, protetor solar e repelente de insetos. Os alunos devem levar um caderno de campo para fazerem suas anotações e, se possível, aparelhos celulares ou câmeras para registrarem imagens. Se forem conduzir entrevistas, devem preparar as questões previamente e gravar as respostas para anali- sá-las e transcrevê-las posteriormente. Esses registros serão essenciais na avaliação da aprendizagem. A tecnologia como ferramenta pedagógica O uso das novas tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecno- logias ao trabalho escolar. Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovado- ras no processo de ensino-aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar. Portanto, deve- -se adotar o seguinte critério: [...] Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteú- dos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tor- nam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planeja- mento malfeito. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem co- laborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas”, afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de Nova Escola. [...] POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades. Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 24, n. 223, jun. 2009. p. 51. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 25 1/4/18 9:00 PM XXVI Com a presença cada vez maior de computadores nas escolas, bem como de alu- nos que dispõem de aparelhos celulares, a internet passou a ser cada vez mais utiliza- da na realização de pesquisas e também como recurso didático. Por meio dela, professores e alunos têm acesso a um universo de informações as quais podem, se bem exploradas, ser muito úteis e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. [...] Não há dúvida de que novas tecnologias de comunicação e informação trouxe- ram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferen- ciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensi- no-aprendizagem, onde, anteriormente, predominavam a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as [Tecnologias de Informação e Comunicação] TICs possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garan- tir que seu uso, realmente, faça diferença. [...] KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2007. p. 46. É necessário, no entanto, tomar certos cuidados para fazer uma boa utilização des- se recurso, garantindo que os alunos possam usufruir plenamente dos benefícios desse instrumento e evitando que se desviem dos objetivos pretendidos. A seguir, são apresentadas algumas sugestões e orientações para incluir essa ferramenta na prática pedagógica. • Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. [...] • Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só de- pois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. [...] • Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá realizar. [...] • Teste: antes de utilizar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. [...] • Limites: as regras de convivência são importantes em qual- quer aula e tam- bém devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. [...] • Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? [...] COMO o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33. Competência leitora Cada vez mais sou tomado pela certeza de que ser leitor faz a diferença, [de] que ser leitor é a possibilidade de construção de um ser humano melhor, mais crítico, mais sensível; alguém capaz de se colocar no lugar do outro; alguém mais imaginativo e sonhador; alguém um pouco mais liberto dos tantos preconceitos que a sociedade vai impondo-nos a cada dia, a cada situação enfrentada. Ser lei- tor, acredito, qualifica a vida de qualquer pessoa. [...] RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo: Biruta, 2009. p. 35. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 26 1/4/18 9:00 PM XXVII Atualmente, a rapidez com que se tem acesso à informação faz com que o contato com a leitura em contextos reais de informação seja cada vez mais fragmentado. Des- se modo, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de leitura que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais, em diversos níveis de cognição. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapi- tular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura realizada pelo professor e da ajuda que proporciona. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 173. Vale ressaltar que a interpretação de um texto acontece de forma progressiva, con- siderando não apenas a mensagem que o autor pretendia transmitir, mas também os objetivos do leitor ao ler esse texto, assim como seus conhecimentos prévios e o pro- cesso de leitura em si. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura, que permitirão ao aluno: • Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens in- cluídos nele. • Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta. • Conectarnovos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incor- porá-los a seu conhecimento. SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão da leitura: a língua como procedimento. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37. Por fim, se o objetivo principal é formar leitores autônomos a partir da leitura de tex- tos e imagens apresentadas a esses alunos, é preciso favorecer esse processo, tendo o cuidado de: • escolher temas relevantes e interessantes à sua faixa etária; • selecionar textos verbais com vocabulário e extensão adequados; • preocupar-se com a gradação da leitura e a complexidade dos textos; • garantir que sejam propostas leituras de imagens e de gêneros multimodais, aten- tando-se para a diversidade de gêneros textuais, de modo que não sejam estuda- dos sempre os mesmos; • apresentar ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em al- guns momentos lemos para estudar e buscar informações e, em outros, a leitura é realizada por diversão, por exemplo; • orientar como a leitura deverá ser realizada: silenciosamente, guiada, em grupo, etc. Ao longo desta coleção, a competência leitora é estimulada por meio da utilização de recursos textuais e imagéticos diversificados. Para favorecer a análise desses re- cursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões de questões de análise nas orientações ao professor. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 27 1/4/18 9:00 PM XXVIII Avaliação A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais formas pela qual se pode reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, procurando identificar seus avanços e suas dificuldades. Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em considera- ção os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa traçar objetivos em rela- ção aos conteúdos. A avaliação pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio das expres- sões oral, textual e pictórica e da realização de diferentes atividades, como entrevistas e análises de imagens, permitindo a percepção das diferentes habilidades e do desen- volvimento dos alunos. A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distin- tos no decorrer do estudo dos conteúdos, como apresentado a seguir. Três etapas avaliativas Avaliação inicial ou diagnóstica Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando inte- resses, atitudes, comportamentos, etc. Essa avaliação deve ser procedida no início de um novo conteúdo para que possa haver melhor integração entre os objetivos e os conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situa- ções que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, as relações familiares, etc. Avaliação formativa Essa etapa avaliativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção dos professores e dos alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das atividades realizadas pelo aluno. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos em grupos e discussões em sala de aula devem ser armazenados e utilizados para, além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de ensino. Avaliação somatória Essa avaliação tem como prioridade realizar uma síntese dos conteúdos trabalha- dos. Assim, deve-se valorizar trabalhos que permitam avaliar a capacidade de organi- zação e de construção do conhecimento do aluno. Esse método permite um diagnóstico do aprendizado em um período mais longo, como o final de uma temática, determi- nando sua relação de domínio com os objetivos propostos. Atividades como produção e análise de textos, a emissão de opinião e as variadas formas de registro do que foi estudado são maneiras de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do conhecimento nos alunos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 28 1/4/18 9:00 PM XXIX Fichas de avaliação e autoavaliação Para facilitar o trabalho, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho da turma. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação. Nome: Sim Às vezes Não Participa de debates e discussões em sala de aula? Realiza as tarefas propostas? Demonstra interesse pela disciplina? Tem bom relacionamento com os colegas de sala? Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais ou escritos? Consegue organizar o aprendizado? É organizado com o material didático? Tem facilidade para compreender os textos? Respeita outras opiniões sem ser passivo? O processo de avaliação do ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do pro- fessor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifi- quem seus avanços e seus limites, colaborando assim para que o professor tenha condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse pro- cesso é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são estimula- dos a refletir sobre o seu desenvolvimento em sala de aula e sobre seu processo de aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação. Nome: Sim Às vezes Não Compreendo os assuntos abordados pelo professor? Faço os exercícios em sala e as tarefas da casa? Falo com o professor sobre minhas dúvidas? Expresso minha opinião durante os trabalhos em sala de aula? Participo das atividades em grupo? Mantenho um bom relacionamento com meus colegas de sala? Organizo meu material escolar? 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_019a029.indd 29 1/4/18 9:00 PM XXX Proposta teórico-metodológica da coleção O ensino de Geografia escolar na atualidade Ao longo das últimas décadas, a Geografia escolar tem sido marcada por um processo de renovação que busca, em especial, romper com o caráter tradicional e essencialmente descritivo de seu ensino que, por muito tempo, foi calcado ape- nas na memorização dos conteúdos. Esse processo de renovação vem sendo impulsionado pelo surgimento de pro- postas e abordagens inovadoras, mediante concepções pedagógicas contemporâ- neas e avanços ocorridos nos campos da didática e da metodologia de ensino. Como exemplo, podemos destacar o ensino voltado para o domínio de conceitos, procedimentos, habilidades e competências, a ênfase no desenvolvimento de atitu- des visando a formação integral dos alunos, a busca pela abordagem interdisciplinar e a diversificação e a valorização dos processos avaliativos colocados a serviço da aprendizagem e não como mera classificação dos alunos. Parte desse processo de renovação também se insere no conjunto de reformas educacionais promovidas pelas políticas do Ministério da Educação. Entre elas, po- demos destacar a instituição do Ensino Fundamental de 9 anos, com a inclusão da criança de 6 anos de idade no Ensino Fundamental (Lei no 11.274, de 2006), a insti- tuição do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que, desde 2012, constitui um compromisso assumido em conjunto com os governos federal, estadual e municipal, de assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3o ano do Ensino Fundamental. No conjunto dessas reformas, várias mudanças também estão sendo promovi- das no campo dos currículos, como as orientações lançadas nas Diretrizes Curri- culares Nacionais da Educação Básica (2013) e, mais recentemente, a instituição de uma Base Nacional Curricular Comum, a BNCC (2017), ainda que em fase de finalização. O conjunto de todas essas mudanças, tanto nocampo acadêmico quanto nas políticas educacionais, tem contribuído para se repensar as práticas metodológi- cas no ensino de Geografia, ancoradas na valorização do aluno e no papel do professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem e voltada também para um processo formativo, em que o aluno seja capaz de compreender e inter- pretar o mundo em que vive em seu permanente processo de transformação. Nes- se sentido: Estudar Geografia é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive, na medida em que esse componente curricular aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades existentes nas diversas regi- ões do planeta. Ao mesmo tempo, a educação geográfica contribui para a formação do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na com- preensão perceptiva da paisagem que ganha significado, à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da coletividade; nas relações com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social; 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 30 1/4/18 8:59 PM XXXI na identidade cultural; e na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 311. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. Nesse sentido, a Geografia escolar busca o desenvolvimento do pensamento espacial necessário para a análise e a interpretação dos fenômenos geográficos. Isso significa, por exemplo: promover o domínio de noções espaciais e topológi- cas; desenvolver a alfabetização cartográfica; e compreender as interações entre a sociedade e o meio físico-natural, assim como, o papel do trabalho e das ativi- dades econômicas na produção do espaço geográfico e os impactos provocados pelas atividades humanas no meio natural. Sendo assim, podemos identificar três razões fundamentais para ensinar Geografia na escola: [...] Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (co- nhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organi- zação do espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Ter- ceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, for- necer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse proces- so, pelos temas, pelos assuntos que trata. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 1999. p. 57. Diante disso, a proposta de trabalho desta coleção visa proporcionar aos edu- candos um estudo mais significativo da ciência geográfica, de forma que eles re- conheçam a presença dos conhecimentos geográficos em seu dia a dia e percebam de que maneira esses conhecimentos podem ser aplicados em suas vivências, com o propósito de transformar a realidade e o mundo em que vivem. Assim, essa proposta de estudo busca a formação de cidadãos críticos e cons- cientes, que sejam capazes de compreender, entre outros aspectos, as relações entre os seres humanos na construção do espaço geográfico, sentindo-se assim, atuantes e integrantes desse processo. Dessa forma, os educandos poderão com- preender que eles e as pessoas com quem convivem são sujeitos que “fazem e refazem o mundo”. Para Kaercher (2001): [...] Essa é uma ideia de fundamental importância para a Geografia, pois esta ciência trata do espaço, e este é carregado de [...] intencionalidade. Por onde andamos vemos nossa criação: casas, ruas, plantações, máquinas. Nossa es- pécie, capaz de criar a riqueza e a pobreza, pode lutar por um espaço 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 31 1/4/18 8:59 PM XXXII geográfico com menos contrastes sociais. Isso implica em considerar a reali- dade mutável por obra nossa, dos homens, que não estão, assim, condenados por forças alienígenas a permanecerem nesta ou naquela situação. Mas por que conscientizar é importante? Porque a conscientização implica em utopia. Qual? Comprometermos com um processo radical de transforma- ção do mundo para que os homens possam realizar sua vocação ontológica, qual seja, serem mais. É aqui mais uma vez que se reafirma o caráter político da educação pois ela é uma tomada de decisão e, como tal, pode ser uma prá- tica para a domesticação dos homens ou uma prática para a sua libertação. [...] KAERCHER, Nestor André. Desafios e utopias no ensino de Geografia. 3. ed. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2001. p. 56. Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia Entre os especialistas e estudiosos em ensino de Geografia existe certo con- senso de que os conteúdos dessa disciplina escolar devam ser norteados com base nos conceitos essenciais dessa ciência. Entre esses conceitos, destacam- -se: lugar, paisagem, território, região e o próprio conceito de espaço geográfico. Como toda ciência, a Geografia possui alguns conceitos-chave, capazes de sintetizarem a sua objetivação, isto é, o ângulo específico com que a socieda- de é analisada, ângulo que confere à Geografia a sua identidade e a sua auto- nomia relativa no âmbito das ciências sociais. Como ciência social, a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetiva- da via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisa- gem, região, espaço, lugar e território. [...] CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná Elias de. et al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 16. Esses mesmos conceitos também são essenciais para o desenvolvimento das competências gerais de aprendizagem previstas na Base Nacional Curricular Co- mum, que destaca: [...] a BNCC está organizada com base nos principais conceitos da Geogra- fia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o es- paço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam as- pectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 313. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 32 1/4/18 8:59 PM XXXIII A seguir, é apresentado um resumo explicativo sobre o significado de alguns dos principais conceitos da ciência geográfica. Conceitos Elementos de aprofundamento Espaço geográfico É o conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas) que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos) O espaço é perceptível e sensível, porém, é extremamente difícil de ser delimitado, quer por dinâmica, quer pela vivência de elementos novos e elementos de permanência. Apesar de sua complexidade, ele apresenta elementos de unicidade. Estes interferem nos mesmos valores que são atribuídos pelopróprio ser humano e que resultam numa distinção entre o espaço absoluto – cartesiano –, uma coisa em si mesma, independente; e um espaço relacional, que apresenta sentido (e valor) quando confrontado com outros espaços e outros objetos. Paisagem É a unidade visível do arranjo espacial, alcançada por nossa visão. Contém elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa forma, ela pode ser identificada de maneira informal, mediante a percepção, e também de maneira formal, de modo seletivo e organizado. É neste último sentido que a paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da Geografia. Lugar É a porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e produtor de identidades. O lugar guarda em si mesmo as noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa, além da dimensão da vida como tempo passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso, conflito, dominação e resistência. É nele que se dá a recuperação da vida. É o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente. Território É a porção do espaço definida pelas relações de poder, passando, assim, da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia. Essa relação de territorialidade se define como a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço. A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas. É, portanto, uma porção concreta. O território pode, assim, transcender uma unidade política, e o mesmo acontece com o processo de territorialidade, sendo que este não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as relações variadas, desde as mais simples até as mais complexas. Região Geralmente, este conceito está associado à localização e à extensão de certo fato ou fenômeno. É um conjunto de áreas que apresenta o domínio de determinadas características em comum, que as distinguem das demais áreas. A região se articula com território, natureza e sociedade quando essas dimensões são consideradas em diferentes escalas de análise. Ela permite a apreensão das diferenças e particularidades no espaço geográfico. Fontes de pesquisa: BRASIL. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. p. 56. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2017. GOMES, Paulo Cesar da Costa. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná Elias de. et al. Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 53. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006, p. 53. v. 3. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 33 1/4/18 8:59 PM XXXIV Com base no domínio de tais conceitos, os alunos têm condições de se apropriar de maneira mais efetiva dos conhecimentos geográficos, elaborando novas formas de ver o mundo e de compreender, de maneira mais crítica e autônoma, suas complexas e múltiplas relações. Nos dizeres de Kaercher (2004): [...] Nosso desejo é de a partir do espaço e suas categorias, tais como região, paisagem, lugar, território, ambiente, etc., discutir nossa ontologia, nosso ser/ estar no mundo. Através das construções espaciais (o urbano, o rural, a rela- ção entre nações, os conflitos entre os grupos sociais) podemos almejar a dis- cussão/reflexão dos valores éticos, estéticos e políticos das sociedades e espaços a que pertencemos. [...] NESTOR, André Kaercher. Quando a Geografia Crítica pode ser um pastel de vento. Mercator - Revista de Geografia UFC, ano 3, número 06, 2004, p. 56. Sendo assim, nessa fase da escolarização, é fundamental que os alunos consigam responder a algumas questões a respeito de si e do mundo em que vivem: Onde ocorre ou se localiza certo fenômeno? Por que se localiza? Como se distribui? Como se manifesta? Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos para responder a tais ques- tões, os alunos são estimulados a pensar, refletir e propor soluções para os pro- blemas gerados na vida cotidiana, o que se coloca como condição fundamental para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na BNCC. Tais competências podem ser lidas no tópico Competências específicas de Geogra- fia, citado anteriormente. Ao promover o desenvolvimento dessas competências, o ensino de Geografia permite aos alunos a apropriação de um conjunto de habilidades para construir novas formas de ver, pensar e agir no mundo em que vivem. É com esse desafio que a BNCC propõe a organização do componente curricular Geografia em cinco grandes unidades temáticas comuns, estabelecidas ao longo de todo o Ensino Fundamental. Conheça, a seguir, essas unidades temáticas e o que elas propõem para os anos iniciais do Ensino Fundamental: O sujeito e seu lugar no mundo Abrange as noções de pertencimento e de identidade, aprofundando o conhecimento sobre si mesmo e sua comunidade, valorizando, desse modo, as relações sociais dos alunos no lugar em que vivem e em diferentes contextos sociais. Busca-se então ampliar as experiências com o espaço e tempo vivenciadas pelas crianças. Para essa etapa de escolarização, o conceito de espaço está voltado para o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas. Essas noções espaciais são importantes para o processo de alfabetização cartográfica. Conexões e escalas Voltada para a articulação de diferentes escalas de análise geográfica, por meio da qual os alunos possam compreender as relações entre o local e o global. O princípio da conexão, por sua vez, estimula a compreensão do que ocorre entre a sociedade e os elementos do meio físico natural. Tomados em conjunto, conexões e escalas ajudam a explicar os arranjos das paisagens, assim como a localização e a distribuição espacial de diferentes fenômenos geográficos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 34 1/4/18 8:59 PM XXXV Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção Esta coleção apresenta uma proposta de ensino organizada com base em cate- gorias e conceitos geográficos básicos de lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico, abordados de maneira acessível aos alunos que cursam os anos iniciais do Ensino Fundamental. Tais conceitos são apresentados, sempre que possível, com conteúdos e temas que fazem parte do cotidiano e do lugar em que os alunos vivem. De maneira direta ou indireta, outras temáticas relevantes à compreensão e ao en- tendimento dos fenômenos geográficos são paulatinamente incorporadas. Entre elas, são privilegiadas questões ligadas à natureza, ao meio ambiente, ao trabalho, à cultu- ra, à cidadania e às relações econômicas e sociais. Com esse trabalho, procura-se desenvolver nos alunos o entendimento das ações do ser humano e suas relações com o espaço, de modo que eles tenham subsídios para analisar e compreender, criticamente, a sociedade em que vivem, tornando-se cidadãos atuantes. A fim de que a aprendizagem desses conceitos e temas seja significativa, procura-se abordá-los respeitando o nível de desenvolvi- mento cognitivo e afetivo dos alunos e ampliando, de maneira gradativa, a escala de análise geográfica. Os conteúdos estão organizados na forma de espiral, ou seja, as temáticas apresen- tadas vão se articulando com as categorias e conceitos geográficos, que vão sendo retomados no decorrer dos volumes. No volume do 1o ano, são propostos estudos sobre o sujeito e seu lugar no mundo, com destaque para o desenvolvimento das noções espaciais e topológicas,sobre os Mundo do trabalho Destaca os processos técnicos produzidos ao longo do tempo pela sociedade e seus impactos nas formas e na organização do trabalho. Por meio dessa temática, busca-se, portanto, conhecer as diferentes atividades econômicas, comparar as características do trabalho no campo e analisar as mudanças que o desenvolvimento tecnológico promove nas formas de trabalho e nas atividades econômicas. Formas de representação e pensamento espacial Voltada para o desenvolvimento do pensamento espacial e da leitura cartográfica. Para isso, nela é enfatizado o processo de criação de representações espaciais, como da sala de aula, da escola e do bairro, a utilização de mapas, croquis, entre outras representações bidimensionais e tridimensionais, como as maquetes. Como ferramentas da análise espacial, o ensino dessas representações espaciais serve de suporte para o desenvolvimento do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa pelo mapa, como fim em si mesmo. Natureza, ambientes e qualidade de vida Aborda questões relacionadas aos processos físico-naturais do planeta, assim como aos impactos ambientais decorrentes das atividades humanas. Por meio dessa temática, os alunos podem reconhecer a importância da natureza para a vida, adotar atitudes visando à preservação dos recursos naturais, identificar a ocorrência de problemas ambientais diversos, além de buscar a solução de tais problemas. Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 314-318. Disponível em: <http:// basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 35 1/4/18 8:59 PM XXXVI lugares de vivência, como a moradia, a escola e seus respectivos espaços, e também sobre os caminhos do dia a dia , como foco no percurso casa-escola. No volume do 2o ano, essas mesmas categorias são abordadas, com destaque para o lugar de vivência, o espaço da escola, as ruas e o trânsito, o bairro e suas histórias, a natureza e seus recursos. No volume do 3o ano, os conteúdos privilegiam a análise do lugar, como espaço vivido, o estudo da paisagem e seus elementos, a construção da paisagem pelo tra- balho humano e a exploração dos recursos naturais e os impactos ambientais decor- rentes das atividades humanas. No volume do 4o ano, os conteúdos tratam do estudo sobre o território brasileiro, incluindo sua divisão política e regional, as paisagens naturais e humanizadas do país e o estudo sobre as origens e a diversidade do nosso povo, das paisagens rurais e urbanas e das interações entre campo e cidade. No volume do 5o ano, é importante que os alunos desenvolvam estudos sobre essas categorias (lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico) articulados aos conteúdos que abordam temas sobre a população brasileira e os movimentos desta no território, as regiões brasileiras e as características naturais e socioeconômicas do nosso país. Do ponto de vista didático-pedagógico, a elaboração desses conceitos e categorias depende do papel que professores e alunos assumem no processo de ensino-apren- dizagem. De um lado, os professores têm a tarefa de atuar como sujeitos norteadores e motivadores, criando as condições necessárias para os alunos se apropriarem de maneira efetiva de novos conhecimentos. Os alunos, por sua vez, devem ser conside- rados sujeitos criativos e autônomos, capazes de reelaborar novos conhecimentos com base nas diversas informações que já dispõem sobre o mundo em que vivem e nas trocas de experiências e conhecimentos realizadas mediante processos de socia- lização e interação. Nesse sentido, a tarefa de ensinar deve privilegiar as dimensões subjetivas e, por- tanto, singulares dos alunos, valorizando os conhecimentos que já possuem e as ex- periências individuais adquiridas em sua vivência. Geografia e Cartografia A Cartografia é um dos mais importantes instrumentos que auxiliam nos estudos geográficos. Essa ferramenta adquire relevância por desenvolver nos alunos um con- junto de habilidades e competências necessárias à leitura e à análise da organização do espaço geográfico, condição muito importante para entender melhor o mundo em que vivemos. Desse modo, a linguagem cartográfica deve ser explorada desde o início da escolaridade, desenvolvendo nos alunos noções de orientação e localização no espaço terrestre, de distribuição e ordenamento dos fenômenos na ocupação do es- paço, de interpretação de símbolos (codificação e decodificação), entre outras. A tarefa de ensinar Cartografia envolve do manuseio e elaboração de mapas e outras representações espaciais à compreensão das informações representadas (entender o traçado de rios e estradas; compreender o significado das cores e dos símbolos utilizados na representação de cidades, regiões de cultivo; analisar as áreas de influência dos climas, etc.). Assim, a construção de conhecimentos sobre 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 36 1/4/18 8:59 PM XXXVII a linguagem cartográfica deve desempenhar uma dupla missão: a de formar alunos capazes de representar e codificar o espaço geográfico e, ao mesmo tempo, for- mar leitores capazes de interpretar as informações expressas em diferentes tipos de representações. [...] A educação para a leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de um conjunto de conhecimentos e habilidades para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo, e desta forma construir os conceitos das relações espaciais. Neste processo, a função simbólica desem- penha um importante papel para o preparo de leitores eficazes de mapas. [...] PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. 2. ed. Belo Horizonte: Lê, 1998. p. 9. Alguns recursos didáticos são importantes no trabalho com o desenvolvimento das noções cartográficas com os alunos. Seguem alguns exemplos: Globo geográfico Representação da Terra, como se fosse uma miniatura do nosso planeta, porém estilizado e generalizado. O manuseio dessa representação pelas crianças permite que elas se familiarizem com o globo e com as noções de redução. Mapas em tamanho grande Os mapas devem fazer parte das aulas de Geografia sempre que possível, a fim de que os alunos se familiarizem e manuseiem esse tipo de representação, mesmo que ainda não estejam alfabetizados, de modo que esses recursos estimulem sua curiosidade e suas indagações. Maquete A maquete pode ser tanto uma prática, tratando-se de sua construção, quanto um recurso, que fique disponível e acessível aos alunos para consultas e explorações nesse objeto tridimensional. [...] O trabalho com a maquete corresponde a uma fase do aprendizado em que o aluno opera a mudança de ponto de vista do próprio corpo para outro corpo ou ob- jeto e corresponde à fase intermediária entre a percepção egocêntrica do mundo e a representação projetada no plano de uma folha de papel. Assim, quando o aluno apresenta dificuldades para lidar com uma determinada noção, no papel, é necessá- rio retomar o trabalho com a maquete. Na escola, a fase da construção da maquete, raramente é explorada na extensão de seu potencial didático. [...] LESANN, Janine. Geografia no Ensino Fundamental I. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009. p. 139. Portanto, o desenvolvimento das noções cartográficas também tem por objetivo fazer com que os alunos compreendam mais facilmente a dinâmica do espaço geo- gráfico, contribuindo para a formação de indivíduos capazes de agirem, localizarem-se e deslocarem-se com autonomia. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 37 1/4/18 8:59 PM XXXVIII [...] Espera-se que no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos tenham do- mínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando-se na alfabetização cartográfica. Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens de satélites, au- diovisuais, gráficos,entre outras alternativas, são frequentemente utilizados no componente curricular. Quanto mais diversificado for o trabalho com lingua- gens, maior o repertório construído pelos alunos, ampliando a produção de sen- tidos na leitura de mundo. Compreender as particularidades de cada linguagem, em suas potencialidades e em suas limitações, conduz ao reconhecimento dos produtos dessas linguagens não como verdades, mas como possibilidades. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 315. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. O raciocínio geográfico Nos estudos de Geografia, os alunos são estimulados a compreender melhor o mundo em que vivem. Para facilitar essa compreensão, os estudos devem propor- cionar oportunidades de pensar o espaço, de modo a desenvolver o raciocínio geográfico. Esse raciocínio acontece à medida que determinados princípios são exercitados, a fim de que o pensamento espacial seja compreendido em sua realidade. Veja o quadro a seguir. Princípio Descrição Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre. Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes. Diferenciação É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas. Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 38 1/4/18 8:59 PM XXXIX Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico. Localização Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais). Ordem Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu. Fontes de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 312. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério (Orgs.). Dicionário de Geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016. MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49. Objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais No decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental, existem alguns objetivos im- portantes que, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, compõem um rol de conhecimentos que fazem parte da base nacional comum a que todos devem ter acesso, e que devem estar muito claros para a formação no ensino de Geografia. Veja a seguir alguns desses objetivos: Desenvolver interesse e curiosidade pelo meio natural e social, buscando informações como forma de melhor compreendê-los. Reconhecer e utilizar as informações contidas em imagens e representações gráficas. Valorizar a importância das relações entre o meio ambiente e as formas de vida, para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana. Conhecer e utilizar corretamente os elementos da linguagem cartográfica, além dos referenciais de localização, orientação e distância. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 39 1/4/18 8:59 PM XL Observar a diversidade cultural existente entre os grupos sociais, verificando sua influência no modo como a natureza é transformada. Compreender as diferenças existentes entre as atividades desenvolvidas nos espaços urbano e rural, além das relações mantidas entre eles. Reconhecer a existência das técnicas e das tecnologias utilizadas pela sociedade na transformação do espaço e observar as consequências trazidas por muitas das interferências humanas na natureza. Compreender que suas ações possuem grande importância para a sociedade da qual fazem parte, assim como para a preservação da natureza. Identificar e compreender as diferenças existentes entre as paisagens e os elementos dos espaços urbano e rural e entre o modo de vida dos habitantes desses espaços. Reconhecer os elementos existentes nas paisagens do lugar onde vivem e em outras paisagens, além de identificar nelas as diferentes formas da natureza e as transformações causadas pela sociedade. Os conteúdos e suas categorias Os conteúdos definidos para o ensino de Geografia e de qualquer outro componen- te curricular devem levar em conta que: [...] a história da escola está indissoluvelmente ligada ao exercício da cidadania; a ciência que a escola ensina está impregnada de valores que buscam promover determinadas condutas, atitudes e determinados interesses, como, por exemplo, a valorização e preservação do meio ambiente, os cuidados com a saúde, entre outros. [...] O acesso ao conhecimento escolar tem, portanto, dupla função: de- senvolver habilidades intelectuais e criar atitudes e comportamentos necessários para a vida em sociedade. [...] BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB. 2013. p. 112. Nesse sentido, os conteúdos propostos na coleção estão organizados na forma de textos, atividades e vasta variedade de recursos didáticos, como textos literários, histórias em quadrinhos, letras de músicas, charges, ilustrações, mapas, tabelas, gráficos, obras de arte, pinturas, entre outros. Com a exploração desses recursos, o processo de ensino e aprendizagem, orientado pelo professor, tende a se tornar mais dinâmico e atrativo para os alunos, além de serem mobilizados para o desen- volvimento de conteúdos, atitudes e procedimentos. Veja a seguir. Registrar, comparar e sintetizar informações, observando, descrevendo e analisando as paisagens. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 40 1/4/18 8:59 PM XLI Conteúdos conceituais Vários conteúdos trabalhados nesta coleção privilegiam os conceitos fundamen- tais da disciplina de Geografia, que devem ser contemplados no decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nessa disciplina é possível citar o trabalho com os conceitos de natureza, lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico, além das noções espaciais e cartográficas. Alguns conceitos são apresentados em várias etapas, a fim de respeitar as dife- rentes fases do desenvolvimento cognitivo dos alunos. A obra também promove um trabalho com esses conceitos por meio da troca de experiências e procura sistematizá-los de maneira que os alunos alcancem uma aprendizagem mais significativa. Conteúdos procedimentais O trabalho com os conteúdos procedimentais visa desenvolver nos alunos diver- sas habilidades, as quais podem ser utilizadas em diferentes momentos da apren- dizagem escolar. Entre esses procedimentos, destacam-se a observação, que consiste em examinar atentamente o que está à sua volta; a leitura de diferentes fontes de informações; a descrição detalhada dos elementos observados; a com- paração entre as informações obtidas; e a explicação das relações existentes entre o que foi observado, lido, descrito e comparado. É fundamental também que o educando desenvolva habilidades de registro, in- terpretação, análise crítica, reflexão e síntese. É importante destacar que essas habilidades podem ser utilizadas pelos alunos, não somente em Geografia, mastambém nas outras disciplinas. Além disso, eles podem utilizar essas habilidades em várias situações de sua vivência diária. Essas habilidades estão contempladas no decorrer de todos os volumes, à medida que são propostos os trabalhos a seguir. Observação Olhar intencionalmente a fim de obter informações relevantes e buscar respostas para questionamentos propostos. Descrição Selecionar informações que possam caracterizar ou explicar o fenômeno ou a paisagem observados. Classificação Relacionar e agrupar conjuntos de elementos com características comuns. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 41 1/4/18 8:59 PM XLII Conteúdos atitudinais Também são trabalhados, nesta coleção, conteúdos que visam propiciar ao alu- no o aperfeiçoamento de suas interações com o meio, a partir do desenvolvimento de atitudes como responsabilidade, solidariedade e socialização. Esses conteúdos colaboram também para o desenvolvimento das noções de identidade e de cidadania. Nesse sentido, são propostas atividades — individuais e/ou coletivas — que es- timulam nos alunos atitudes como a troca de ideias e opiniões, o respeito às dife- renças e a convivência social. Para contemplar esses conteúdos, são propostos questionamentos e atividades que visam proporcionar aos educandos as atitudes a seguir. A socialização, com o estímulo ao diálogo, de modo que os alunos desenvolvam atitudes de respeito mútuo, convivência em grupo e valorização das diferenças, muitas vezes expressas pelas ideias e opiniões dos membros do grupo. O desenvolvimento da autonomia e da autoestima. Representação Construir desenhos, maquetes, plantas ou mapas de lugares diferentes. Análise e comparação Interpretar e comparar informações em contextos diversos, a fim de emitir opiniões com base na leitura de textos, imagens e representações gráficas. Síntese Reunir informações a fim de construir explicações estabelecendo comparações entre fatos e fenômenos. Pesquisa, registro e documentação Buscar informações novas em fontes diferentes, com base na reflexão, em questionamentos e pesquisas, organizando-as, sintetizando-as e registrando-as na forma de textos, gráficos, esquemas, desenhos, etc. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 42 1/4/18 8:59 PM XLIII O trabalho com os conteúdos As atividades e o desenvolvimento de habilidades Ao longo da coleção, os alunos terão muitas oportunidades de desenvolver os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, seja por meio do trabalho com o texto principal, seja nos momentos de realização de atividades. Nesta cole- ção, as atividades são bem diversificadas e procuram desenvolver nos alunos im- portantes habilidades. Algumas dessas habilidades foram listadas no tópico Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC. A adoção de atitudes responsáveis em relação às pessoas e ao ambiente. O exercício da tomada de decisões, por meio do diálogo e do consenso. A valorização de diferentes grupos étnico-sociais e de suas manifestações culturais. A interatividade na construção do conhecimento, conscientizando os educandos de que são indivíduos que interagem a todo momento com a sociedade e com a natureza. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 43 1/4/18 8:59 PM XLIV UNIDADE 1 O nosso lugar e os outros lugares Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • A cidade e o campo: aproximações e diferenças. • EF03GE01 • EF03GE02 • EF03GE03 • Os lugares são diferentes. 1 , 2 • Frequentamos diferentes lugares de acordo com o lugar onde vivemos. 1 , 2 • Estabelecemos relações de afetividade com os lugares de vivência (espaço percebido). 3 • As pessoas vivem em diferentes lugares do Brasil e do mundo e têm modos de vida diferentes. 3 , 4 • Características de diferentes modos de vida (ribeirinhos, quilombolas, indígenas). 3 , 4 • Patrimônio histórico, cultural e artístico (valorização e conservação). 3 , 4 • Competência geral 3. • Competência geral 4. • Competência geral 6. • Competência geral 9. • Diversidade Cultural. UNIDADE 2 Lugares e paisagens Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Paisagens naturais e antrópicas em transformação. Representações cartográficas. • Produção, circulação e consumo. • Impactos das atividades humanas. • EF03GE04 • EF03GE06 • EF03GE07 • EF03GE08 • EF03GE11 • Identificação dos elementos que a constituem diferentes paisagens. 1 • Percepção da paisagem a partir dos diferentes sentidos do corpo: visão, audição, olfato e tato. 1 • Diferentes paisagens naturais e paisagens humanizadas. 1 • Registro da paisagem por meio de croqui. 3 4 • Codificação e decodificação, uso de símbolos (legenda). 3 4 • Compreensão de que a paisagem se transforma ao longo do tempo, em processos rápidos ou mais lentos. 1 2 • Agentes transformadores das paisagens, diferenciando a ação da natureza e a ação humana na transformação das paisagens. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 1. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 3. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 4. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 6. • Competência Geral 3. • Preservação do meio ambiente. • Educação em direitos humanos. 1 Tipos de trabalho em lugares e tempos diferentes (2o ano). 2 Convivência e interações entre pessoas na comunidade (2o ano). 3 Experiências da comunidade no tempo e no espaço (2o ano). 4 Território e diversidade cultural (4o ano). 1 – Tipos de trabalho em lugares e tempos diferentes (2o ano). 2 – Mudanças e permanências (2o ano). 3 – Localização, orientação e representação espacial (2o ano). 4 – Elementos constitutivos dos mapas (4o ano). 5 – Trabalho no campo e na cidade (4o ano). Distribuição dos conteúdos de Geografia Esta coleção foi estruturada levando em consideração as propostas da Base Nacio- nal Comum Curricular (BNCC) e tomando como princípio a importância da formação cidadã e integral dos estudantes. Os quadros a seguir apresentam uma visão geral sobre como as habilidades, com- petências e temas contemporâneos foram desenvolvidos nos diferentes objetos de conhecimentos. Além disso, apresentamos também relações entre alguns temas, no- ções e conceitos trabalhados neste ano com objetos de conhecimento de anos ante- riores ou posteriores, apresentados após o quadro de cada unidade, por meio de uma indicação numérica. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 44 1/4/18 8:59 PM XLV UNIDADE 3 O trabalho e seus produtos Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Matéria-prima e indústria. • EF03GE05 • Diferentes tipos de profissionais e as atividades que realizam. 1 , 2 • Importância do trabalho e o problema do desemprego. • Reflexão e valorização do trabalho voluntário. • Os direitos das crianças. • Reflexão sobre o problema da exploração do trabalho de crianças. • Características de algumas atividades econômicas do campo (agricultura, pecuária e extrativismo) e a importância de cada uma delas. 1 , 2 , 4 • Identificação dos produtos que consumimos ao natural, beneficiados e transformados ou industrializados. 3 • Características de algumas atividades econômicas da cidade: indústria, comércio e prestação de serviços, e a importância de cada uma delas. 1 , 2 , 4 • As matérias-primas utilizadas na produção de diferentes produtos. 3 • Principais produtos do nosso dia a dia e o trabalho das pessoas. 1 , 2 , 3 • O artesanato, a expressão cultural e o uso de diferentes matérias-primas. 3 • Competência geral 3. • Competência geral 4. • Competência geral 8. • Competência geral 10. • Trabalho. • Direitos das crianças e dos adolescentes. • Educação em direitos humanos • Educação alimentare nutricional. • Diversidade Cultural • Direitos Humanos. 1 – Tipos de trabalho em lugares e tempos diferentes (2o ano). 2 – Trabalho no campo e na cidade (4o ano). 3 – Produção, circulação e consumo (4o ano). 4 – Relação campo e cidade (4o ano). UNIDADE 4 A natureza e seus recursos Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Paisagens naturais e antrópicas em transformação. • Produção, circulação e consumo. • Impactos das atividades humanas. • EF03GE04 • EF03GE08 • EF03GE09 • EF03GE10 • EF03GE11 • Atividades humanas atuam na exploração dos recursos naturais e, consequentemente, na transformação das paisagens. 1 , 4 , 5 • Alguns dos principais problemas ambientais provocados atualmente pelo ser humano (campo/ cidade). 3 , 4 , 5 , 7 • Reflexão sobre problemas ambientais da atualidade. 3 , 6 , 7 • Os indígenas e sua relação com a natureza. 2 , 6 , 7 • Reflexão sobre consumo e uso dos recursos naturais. 3 , 6 , 7 • Reflexão sobre geração de lixo, reuso de materiais e reciclagem. 4 , 7 • Atitudes que devemos adotar em nosso dia a dia para contribuir com a preservação da natureza. 3 , 5 • Competência geral 7. • Diversidade cultural. • Preservação do meio ambiente. • Educação para o consumo. 1 – Tipos de trabalho em lugares e tempos diferentes (2o ano). 2 – Experiências da comunidade no tempo e no espaço. (2o ano). 3 – Os usos dos recursos naturais: solo e água no campo e na cidade (2o ano). 4 – Relação campo e cidade (4o ano). 5 – Trabalho no campo e na cidade (4o ano). 6 – Produção, circulação e consumo (4o ano). 7 – Preservação e degradação da natureza (4o ano). 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 45 1/4/18 8:59 PM 50° O 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO EQUADOR (MS) (RS) (SC) (PR) (SP) (MG) (RJ) (ES) (GO) (MT) (BA) (TO)(RO) (AC) (AM) (PA) (RR) (AP) (MA) (CE) (PI) (PB) (PE) (AL) (SE) (DF) Acre Amazonas Pará Roraima Rondônia Mato Grosso Goiás Distrito Federal Amapá Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte (RN) Paraíba Pernambuco Alagoas SergipeBahia Minas Gerais Mato Grosso do Sul São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Rio de Janeiro Espírito Santo Tocantins COLÔMBIA PERU CHILE ARGENTINA PARAGUAI VENEZUELA GUIANA BOLÍVIA Salvador São Paulo Porto Alegre Florianópolis Curitiba Campo Grande Cuiabá Porto Velho Rio Branco Manaus Boa Vista Macapá Belém Goiânia Brasília Rio De Janeiro Vitória Belo Horizonte Aracaju Maceió Recife João Pessoa Natal Fortaleza Teresina Palmas São Luís Limite internacional Limite estadual Capital estadual Capital do país SURINAME GUIANA FRANCESA (FRANÇA) URUGUAI P A U L A R A D I XLVI Material para reprodução Brasil: divisão política Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 41. 250 km0 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 46 1/4/18 8:59 PM 0° C ír cu lo P o la r Á rt ic o C ÍR C U LO P O LA R A N TÁ R TI C O TR Ó PI C O D E C Â N C ER 0° EQ U A D O R TR Ó PI C O D E C A PR IC Ó R N IO O C EA N O A TL Â N TI C O O C EA N O PA C ÍF IC O O C EA N O PA C ÍF IC O O C EA N O ÍN D IC O O C EA N O G LA C IA L Á R TI C O O C EA N O G LA C IA L A N TÁ R TI C O MERIDIANO DE GREENWICH M A R D O CA RI BE G ol fo d o M éx ic o G ol fo d o A la sc a Ba ía d e Ba f� n Ba ía d e H ud so n M ar d o La br ad or M ar d a G ro en lâ nd ia M ar d e Ba re nt s M ar d o N or te M ar d e A ra l M ar V er m el ho G ol fo Pé rs ic o M ar d a A rá bi a M ar Cá sp io M ar M ed it er râ ne oM ar N eg ro M ar d e W ed de ll M ar d a Ta sm ân ia M ar d as Fi lip in as M ar d o Ja pã o M ar d e O kh ot sk M ar de B er in g M ar d a Si bé ri a Ba ía d e Be ng al a F e d e ra ç ã o R u s s a Is lâ n d ia M au ri tâ n ia Sa ar a O ci d en ta l (E sp an h a/ m ar ro co s) M ar ro co s A rg él ia Lí b ia Et ió p ia D jib u ti E ri tr ei a So m ál ia M al d iv as Q u ên ia Ta n zâ n ia C o n g o B en in To g o G an a R ep . D em o cr át ic a d o C o n g o G ab ão G ui né Eq ua to ri al A n g o la Zâ m b ia N am íb ia Á fr ic a d o S u l B o ts u an a Le so toSu az ilâ n d ia R u an d a U g an d a B u ru n d i M al au í Zi m b áb u e M ad ag as ca r C o m o re s Se yc h el le s M o ça m b iq u e R ep . C en tr o - -A fr ic an a C am ar õ es N ig ér ia B u rk in a Fa ss o C o st a d o M ar � m G u in é Se rr a Le o a G u in é- -B is sa u G âm b ia Li b ér ia Se n eg al Tu n ís ia Eg it o Su d ão d o S u l Su d ão C h ad e N íg er M al i 15 16 14 13 M o n g ó li a C h in a Ja p ão Ín d ia B an g la d es h M ia n m ar Ta ilâ n d ia C am b o ja La o s V ie tn ã Fi lip in as B ru n ei Ti m o r Le st e B u tã o N ep al Pa q u is tã o A fe g an is tã o Ir ã Ir aq u e A rá b ia Sa u d it a Iê m en O m ã K u ai t M a l á s i a A u s tr á li a A n tá rt id a N o v a Z e lâ n d ia Pa p u a- N o va G u in é Sr i L an ka Ta d jiq u is tã o Q u ir g u is tã o C a sa q u is tã o U zb eq u is tã o Tu rc o m en is tã o G eó rg ia Sí ri a Lí b an o C h ip re Jo rd ân ia Is ra el B ar ei n C o re ia d o S u l C o re ia d o N o rt e C in g ap u ra Ta iw an B ra s il U ru g u ai Is . F al kl an d /M al vi n as (R ei n o U n id o ) A rg en ti n a Pa ra g u ai C h ile B o lív ia Pe ru Eq u ad o rC o lô m b ia V en ez u el a G u ia n a Su ri n am e G u ia n a Fr an ce sa ( Fr an ça ) M éx ic o E st a d o s U n id o s d a A m é ri ca A la sc a (E st ad o s U n id o s) C a n a d á G ro en lâ nd ia (D in am ar ca ) B el iz e G u at em al a El S al va d o r H o n d u ra s N ic ar ág u a C o st a R ic a Pa n am á C u b a Ja m ai ca H ai ti R ep ú b lic a D o m in ic an a Po rt o R ic o (E st ad o s U n id o s) B ah am as I n d o n é s i a Tr in id ad e To b ag o Ilh as V ir g en s A m er ic an as (E st ad o s U n id o s) A n g u ill a (R ei n o U n id o ) A nt íg ua e B ar bu da M o n ts er ra t (R ei n o U n id o ) G u ad al u p e (F ra n ça ) D om in ic a M ar tin ic a (F ra n ça ) Sa nt a Lú ci a Ba rb ad os G ra na da Sã o V ic en te e G ra na di na s A ru b a (H o la n d a) C u ra ça o (H o la n d a) B o n ai re (H o la n d a) Sa b a (H o la n d a) Sa in t Eu st at iu s (H o la n d a) S. M ar ti n (F ra n ça / H o la n d a) Ilh as V ir g en s B ri tâ n ic as (R ei n o U n id o ) S ão C ris tó vã o e N ev is Ilh as T u rk s e C ai co s (R ei n o U n id o ) Es tô n ia Le tô n ia Li tu ân ia B el ar u s U cr ân ia G ré ci a H u n g ri a Fr an ça Es p an h a Po rt u g al Tu rq u ia P o lô n ia Fi n lâ n d ia H o la n d a B él g ic a Su íç a It ál ia Ir la n d a A le m an h a R o m ên ia Á u st ri a B u lg ár ia 11 N o ru eg a Su éc ia D in am ar ca R ei n o U n id o 5 7 8 10 9 12 4 3 2 1 6 M ar d o Ca ri be 1 - A n d o rr a 2 - Lu xe m b u rg o 3 - R ep ú b lic a Tc h ec a 4 - Es lo vá q u ia 5 - Es lo vê n ia 6 - C ro ác ia 7 - B ó sn ia -H er ze g ó vi n a 8 - Sé rv ia 9 - M o n te n eg ro 10 -M ac ed ô n ia 11 - A lb ân ia 12 - M o ld áv ia 13 - A rm ên ia 14 - A ze rb ai jã o 15 - C at ar 16 - E m ir ad o s Á ra b es U n id o s XLVII Planisfério político Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 32. 1 39 0 km 0 96 0 km 0 50 0 km 0 PAULA RADI 1_g19_mdn_mp_parte_geral_3pmg_030a048.indd 47 1/4/18 8:59 PM XLVIII Bibliografia ANDRÉ, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. . Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. . Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. BUSQUETS, Maria Dolores et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). 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Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP) - campus Marília. Professor da rede pública de ensino básico. Autor de livros didáticos para o ensino básico. Wanessa Garcia Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autora de livros didáticos para o ensino básico. 1a edição São Paulo, 2017 Ensino Fundamental • Anos Iniciais 3o ano Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA g19_3pmg_lt_frontis_p001.indd 1 12/29/17 7:43 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 1 04/01/18 7:12 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11212 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_3pmg_lt_p002.indd 2 12/29/17 7:43 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Geografia, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_3pmg_lt_p003_apresentacao.indd 3 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 2 04/01/18 7:12 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11212 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: JoséVitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_3pmg_lt_p002.indd 2 12/29/17 7:43 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Geografia, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_3pmg_lt_p003_apresentacao.indd 3 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 3 04/01/18 7:12 PM 4 4 O nosso lugar e os outros lugares ............... 8 1 Os lugares do nosso dia a dia .................................................. 10 Os lugares que frequentamos ......................................12 Atividades ....................................................................13 Gostar do lugar onde vivemos ......................................................15 Gostar do lugar é cuidar dele ........................................................ 16 Atividades ....................................................................17 2 As pessoas e os lugares ............... 18 Cidadão do mundo Lugares pelo mundo ...........................20 Atividades ....................................................................22 Os lugares e o dia a dia das pessoas ......................................... 24 Atividades ....................................................................26 4 SUMÁRIO 3 Lugares diferentes, modos de vida diferentes ........ 28 Atividades ................................................................... 30 As comunidades quilombolas........................................................... 31 Atividades ....................................................................35 As comunidades indígenas .................................................................... 36 Cidadão do Mundo Patrimônio histórico, cultural e artístico ................................................................38 Cuidando do nosso patrimônio ........................................40 O que você estudou sobre... ...............................................41 LE O C A LD A S / P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 4 12/29/17 7:44 PM 55 Lugares e paisagens .......... 42 1 Diferentes lugares, diferentes paisagens..........................44 As paisagens ........................................................46 Atividades ....................................................................47 Como percebemos os elementos da paisagem ..........................................................48 Os elementos da paisagem .......................................................... 50 Atividades ....................................................................52 O registro da paisagem ................... 54 Desenhando a paisagem ................ 56 Atividades ....................................................................57 Criando uma legenda ........................... 58 2 A transformação da paisagem ..........................................................60 O ser humano transforma as paisagens ......................................................... 62 As paisagens ao longo do tempo ...............................................................................64 Atividades ................................................................... 66 3 Natureza e paisagem .........................68 A ação da natureza na transformação da paisagem .......................................................... 70 Atividades ....................................................................73 Cidadão do mundo Ocupação de morros e deslizamentos de terra ................... 74 O que você estudou sobre... ...............................................75 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 5 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 4 04/01/18 7:12 PM 5 4 O nosso lugar e os outros lugares ............... 8 1 Os lugares do nosso dia a dia .................................................. 10 Os lugares que frequentamos ......................................12 Atividades ....................................................................13 Gostar do lugar onde vivemos ......................................................15 Gostar do lugar é cuidar dele ........................................................ 16 Atividades ....................................................................17 2 As pessoas e os lugares ............... 18 Cidadão do mundo Lugares pelo mundo ...........................20 Atividades ....................................................................22 Os lugares e o dia a dia das pessoas ......................................... 24 Atividades ....................................................................26 4 SUMÁRIO 3 Lugares diferentes, modos de vida diferentes ........ 28 Atividades ................................................................... 30 As comunidades quilombolas........................................................... 31 Atividades ....................................................................35 As comunidades indígenas .................................................................... 36 Cidadão do Mundo Patrimônio histórico, cultural e artístico ................................................................38 Cuidando do nosso patrimônio ........................................40 O que você estudou sobre... ...............................................41 LE O C A LD A S / P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 4 12/29/17 7:44 PM 55 Lugares e paisagens .......... 42 1 Diferentes lugares, diferentes paisagens..........................44 As paisagens ........................................................46 Atividades ....................................................................47 Como percebemos os elementos da paisagem ..........................................................48 Os elementos da paisagem .......................................................... 50 Atividades ....................................................................52 O registro da paisagem ................... 54 Desenhando a paisagem ................ 56 Atividades ....................................................................57 Criando uma legenda ........................... 58 2 A transformação da paisagem ..........................................................60 O ser humano transforma as paisagens ......................................................... 62 As paisagens ao longo do tempo ...............................................................................64 Atividades ................................................................... 66 3 Natureza e paisagem .........................68 A ação da natureza na transformação da paisagem .......................................................... 70 Atividades ....................................................................73 Cidadão do mundo Ocupação de morros e deslizamentos de terra ................... 74 O que você estudou sobre... ...............................................75 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 5 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 5 04/01/18 7:12PM 6 6 O trabalho e seus produtos ........................76 1 Trabalho e trabalhadores ......... 78 Por que as pessoas trabalham ..................................................................80 Atividades ....................................................................81 Cidadão do mundo O trabalho voluntário .......................82 Atividades ................................................................... 84 O trabalho infantil e os direitos das crianças ........................................................... 85 Cidadão do mundo Combatendo o trabalho infantil ........................................86 Atividades ....................................................................87 2 As atividades e os produtos do campo .....................................................................88 Atividades ................................................................... 90 Os produtos da agricultura .................................................... 92 Atividades ....................................................................93 Os produtos da pecuária ............... 94 Os produtos do extrativismo 95 Atividades ................................................................... 96 3 As atividades da cidade ............... 98 Indústria ...................................................................... 98 Matéria-prima e produtos................................................................99 Atividades ...............................................................100 Comércio .................................................................102 Prestação de serviços ....................102 Atividades ............................................................... 103 O trabalho e os produtos do nosso dia a dia .................................105 Atividades ...............................................................106 Para saber fazer Produzindo um artesanato ......................................................... 108 O que você estudou sobre... ..........................................109 R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S TO M A S W O R K S /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 6 12/29/17 7:44 PM 77 A natureza e seus recursos ...................... 110 1 Os recursos naturais ........................112 Atividades ................................................................114 2 Os problemas ambientais ............................................................ 116 Os problemas ambientais no campo ........................117 Atividades ............................................................... 120 Problemas ambientais nas cidades .........................................................122 Atividades ............................................................... 124 Cidadão do mundo Os povos indígenas e a natureza ................................................126 3 Consumo e meio ambiente .............................................128 O que podemos fazer para conservar os recursos naturais? .................................129 A água no nosso dia a dia .....................................................................130 Atividades ............................................................... 132 O lixo tem solução ................................134 Para saber fazer Vamos reutilizar! ...................................... 136 Coleta seletiva e reciclagem .....................................................138 Atividades ............................................................... 139 Para saber fazer Vamos fazer a coleta seletiva .............................................. 140 O que você estudou sobre... .......................................... 143 BIBLIOGRAFIA ................... 144 INDICA QUE AS IMAGENS NÃO ESTÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI. INDICA QUE AS CORES UTILIZADAS NAS IMAGENS NÃO SÃO REAIS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA NO CADERNO. A ATIVIDADE DEVERÁ SER REALIZADA EM DUPLAS OU GRUPOS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA ORALMENTE. A ATIVIDADE ESTÁ RELACIONADA AO USO DE TECNOLOGIAS, COMO O COMPUTADOR, O CELULAR OU OUTRAS FERRAMENTAS. ÍCONES DA COLEÇÃO NESTA COLEÇÃO, VOCÊ ENCONTRARÁ ALGUNS ÍCONES. VEJA A SEGUIR O QUE CADA UM DELES SIGNIFICA. O ÍCONE DA BÚSSOLA REMETE A UM INSTRUMENTO DE ORIENTAÇÃO. NESTA COLEÇÃO, UTILIZAMOS ESSE ÍCONE PARA INDICAR CONCEITOS, NOÇÕES OU HABILIDADES DE CARTOGRAFIA. INDICA UMA ATITUDE QUE SE PODE TER PARA VIVER MELHOR EM SOCIEDADE. INDICA QUE PODERÁ COMPARTILHAR COM SEUS COLEGAS UMA IDEIA OU ALGUMA EXPERIÊNCIA INTERESSANTE. JO Ã O P R U D E N T E / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 7 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 6 04/01/18 7:12 PM 7 6 O trabalho e seus produtos ........................76 1 Trabalho e trabalhadores ......... 78 Por que as pessoas trabalham ..................................................................80 Atividades ....................................................................81 Cidadão do mundo O trabalho voluntário .......................82 Atividades ................................................................... 84 O trabalho infantil e os direitos das crianças ........................................................... 85 Cidadão do mundo Combatendo o trabalho infantil ........................................86 Atividades ....................................................................87 2 As atividades e os produtos do campo .....................................................................88 Atividades ................................................................... 90 Os produtos da agricultura .................................................... 92 Atividades ....................................................................93 Os produtos da pecuária ............... 94 Os produtos do extrativismo 95 Atividades ................................................................... 96 3 As atividades da cidade ............... 98 Indústria ...................................................................... 98 Matéria-prima e produtos................................................................99 Atividades ...............................................................100 Comércio .................................................................102 Prestação de serviços ....................102 Atividades ............................................................... 103 O trabalho e os produtos do nosso dia a dia .................................105 Atividades ...............................................................106 Para saber fazer Produzindo um artesanato ......................................................... 108 O que você estudou sobre... ..........................................109 R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S TO M A S W O R K S /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 6 12/29/17 7:44 PM 77 A natureza e seus recursos ...................... 110 1 Os recursos naturais ........................112 Atividades ................................................................114 2 Os problemas ambientais ............................................................ 116 Os problemas ambientais no campo ........................117 Atividades ............................................................... 120 Problemas ambientais nas cidades .........................................................122 Atividades ............................................................... 124 Cidadão do mundo Os povos indígenas e a natureza ................................................126 3 Consumo e meio ambiente .............................................128 O que podemos fazer para conservar os recursos naturais? .................................129A água no nosso dia a dia .....................................................................130 Atividades ............................................................... 132 O lixo tem solução ................................134 Para saber fazer Vamos reutilizar! ...................................... 136 Coleta seletiva e reciclagem .....................................................138 Atividades ............................................................... 139 Para saber fazer Vamos fazer a coleta seletiva .............................................. 140 O que você estudou sobre... .......................................... 143 BIBLIOGRAFIA ................... 144 INDICA QUE AS IMAGENS NÃO ESTÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI. INDICA QUE AS CORES UTILIZADAS NAS IMAGENS NÃO SÃO REAIS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA NO CADERNO. A ATIVIDADE DEVERÁ SER REALIZADA EM DUPLAS OU GRUPOS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA ORALMENTE. A ATIVIDADE ESTÁ RELACIONADA AO USO DE TECNOLOGIAS, COMO O COMPUTADOR, O CELULAR OU OUTRAS FERRAMENTAS. ÍCONES DA COLEÇÃO NESTA COLEÇÃO, VOCÊ ENCONTRARÁ ALGUNS ÍCONES. VEJA A SEGUIR O QUE CADA UM DELES SIGNIFICA. O ÍCONE DA BÚSSOLA REMETE A UM INSTRUMENTO DE ORIENTAÇÃO. NESTA COLEÇÃO, UTILIZAMOS ESSE ÍCONE PARA INDICAR CONCEITOS, NOÇÕES OU HABILIDADES DE CARTOGRAFIA. INDICA UMA ATITUDE QUE SE PODE TER PARA VIVER MELHOR EM SOCIEDADE. INDICA QUE PODERÁ COMPARTILHAR COM SEUS COLEGAS UMA IDEIA OU ALGUMA EXPERIÊNCIA INTERESSANTE. JO Ã O P R U D E N T E / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_p004a007_sumario.indd 7 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p001a007.indd 7 04/01/18 7:12 PM 8 A unidade aborda o estudo do lugar, destacando as relações das pessoas em seus lugares de vivência, assim como as características naturais e culturais que dão identidade e distin- guem os diferentes lugares. O lugar é um dos principais conceitos de estudo da Geografia, representan- do uma porção do espaço geográfico onde as pessoas desenvolvem rela- ções de afeto e estabelecem vínculos. A presente unidade também estuda semelhanças e diferenças entre os lugares. • Inicie o estudo pedindo que os alunos observem a imagem de abertura e descrevam a cena mostrada. • Estimule a participação de todos os alunos para que seja possível explorar o conhecimento prévio sobre o tema. Mais atividades • Realize um momento de diálogo com os alunos como abordagem inicial do estudo desta unidade. • Pergunte quais lugares de convivên- cia pública existem próximo à escola ou no município. Escreva na lousa os possíveis lugares conforme a re- alidade do município, como parque, campo de futebol, quadra de espor- tes, lago, praia, etc. • Após escrever a lista de exemplos, questione quais alunos frequentam tais lugares. Investigue o conheci- mento deles em relação ao assunto e, consequentemente, à frequência deles nos referidos lugares. • Por fim, solicite que façam um de- senho do lugar que mais gostam de frequentar diariamente ou eventual- mente. Relacione este desenho com a atividade 3 da página 9. • O texto a seguir explica a importância de estudar o conceito de lugar na ciência geográfica. [...] Na literatura geográfica, o lugar está pre- sente de diversas formas. Estudá-lo é funda- mental, pois ao mesmo tempo que o mundo é global, as coisas da vida, as relações so- ciais se concretizam nos lugares específi- cos. E como tal a compreensão da realidade do mundo atual se dá a partir dos novos sig- nificados que assume a dimensão do espaço local. A globalização e a localização, frag- mentando o espaço, exigem que se pense dialeticamente esta relação [...]. Estudar e compreender o lugar, em Geo- grafia, significa entender o que acontece no espaço onde se vive para além das suas con- dições naturais ou humanas. Muitas vezes as explicações podem estar fora, sendo neces- sário buscar motivos tanto internos quanto 8 O nosso lugar e os outros lugares Crianças brincando nas águas do mar, no litoral de Guarujá, São Paulo, em 2014. g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 8 12/29/17 7:44 PM 9 Você já observou que todos os dias frequentamos diferentes lugares? Nossa casa, a escola, parques e praias são alguns exemplos. 1. Que lugar está sendo mostrado na foto? 2. Você costuma frequentar lugares como esse? Nesse caso, o que você costuma fazer quando os visita? 3. Conte aos colegas sobre outros lugares que você frequenta em seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 9 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 8 04/01/18 7:16 PM 9 • Comente com os alunos que os luga- res que frequentamos no nosso dia a dia não estão relacionados somente com os lugares públicos, mas tam- bém com os particulares, ou seja, que pertencem a alguém. • Cite exemplos como a casa onde cada um vive, os estabelecimentos comerciais, as propriedades rurais, os clubes recreativos, etc. externos para se compreender o que aconte- ce em cada lugar. [...] Compreender o lugar em que vive permite ao sujeito conhecer a sua história e conseguir entender as coisas que ali acontecem. Ne- nhum lugar é neutro, pelo contrário, é reple- to de história e com pessoas historicamente situadas num tempo e num espaço, que pode ser recorte de um espaço maior, mas por hi- pótese alguma é isolado, independente. [...] CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.) e outros. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 84-85. Conectando ideias 1. O lugar mostrado na foto é no litoral. Espera-se que os alunos comentem que é uma praia com base na leitura da legenda da imagem, o que também pode ser observado nas característi- cas do lugar. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que, ao frequentar lugares semelhan- tes ao da foto, eles brincam na água, brincam na areia, etc. 3. Resposta pessoal. Incentive os alunos a citarem os lugares que frequentam no dia a dia. 8 O nosso lugar e os outros lugares Crianças brincando nas águas do mar, no litoral de Guarujá, São Paulo, em 2014. g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 8 12/29/17 7:44 PM 9 Você já observou que todos os dias frequentamos diferentes lugares? Nossa casa, a escola, parques e praias são alguns exemplos. 1. Que lugar está sendo mostrado na foto? 2. Você costuma frequentar lugares como esse? Nesse caso, o que você costuma fazer quando os visita? 3. Conte aos colegas sobre outros lugares que você frequenta em seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 9 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 9 04/01/18 7:16 PM 10 • Leia a história em quadrinhos das pá- ginas 10 e 11 com os alunos. Explore a interpretação da história com o se- guinte questionamento: .O título “Cenas de domingo” sugere que ideia? R: Conduza a discussão para que eles percebam que a expressão alude a algo habitual, a uma rotina. • Pergunte a eles se têm uma rotina no fim de semana. • Converse com eles sobre os aspec- tos positivos e negativos de se ter uma rotina. • Explique que rotinas, especialmente aquelas dos fins de semana, alte- ram-se com frequência, pois são os dias que a família costuma reservar para resolver o que não foi possível durante a semana e para os momen- tos de lazer. • Atente para destacar que os alunos podem ter rotinas muito diferentes, inclusive no que costumam fazer nos finais de semana. • Incentive os alunos à leitura de histó- rias em quadrinhos. Uma alternativa é promover momentos de leitura pre- viamente organizados (hora do conto, sala de leitura, etc.) a fim de que os alunos possam utilizar o repertório de gibis disponíveis no acervo da escola. Objetivos • Identificar os lugares frequenta- dos no dia adia. • Associar o conceito de lugar de convivência com a afetividade em relação ao espaço vivido. • Conscientizar os alunos quanto à importância de cuidar do meio onde vivem. • O texto a seguir complementa o estudo sobre a importância dos quadrinhos na formação da competência leitora. [...] Os quadrinhos auxiliam no desenvolvi- mento do hábito de leitura [...]. Hoje em dia sabe-se que, em geral, os leitores de histórias em quadrinhos são também leitores de ou- tros tipos de revistas, de jornais e de livros. Assim, a ampliação da familiaridade com a leitura de histórias em quadrinhos, propicia- da por sua aplicação em sala de aula, possi- bilita que muitos estudantes se abram para os benefícios da leitura, encontrando menor dificuldade para concentrar-se nas leituras com finalidade de estudo. [...] RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro (Orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. p. 23. (Como usar na sala de aula). Os lugares do nosso dia a dia 10 11 As pessoas costumam ir a lugares diferentes a todo momento. Assim como elas, você também frequenta outros lugares além da sua moradia? Vamos conhecer os lugares que o personagem da história em quadrinhos frequenta. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 10 12/29/17 7:44 PM 11 1. Onde Chico Bento estava quando acordou? No quarto, na casa dele. 2. O que ele fez depois de tomar café? Foi até o riacho pescar. 3. Você já esteve em lugares semelhantes ao lugar que Chico Bento foi? Se sim, faça um desenho sobre um deles em uma folha de papel e mostre aos colegas. Chico Bento em: Cenas de domingo, de Mauricio de Sousa. Chico Bento. São Paulo, Globo, n. 407, p. 31-32, ago. 2002. (Turma da Mônica.) Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 11 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 10 04/01/18 7:16 PM 11 • Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo- -visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife- rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Destaques da BNCC • A interpretação das expressões como a da história em quadrinhos desenvolve o conhecimento da lin- guagem corporal, conforme sugere a Competência geral 4 da BNCC. • Explore o conteúdo das páginas 10 e 11 pedindo que os alunos analisem os quadrinhos. Faça as seguintes questões: A. O que costuma acordar Chico Bento? R: O cocoricar do galo. B. E você? Quem costuma acordá-lo? R: Resposta pessoal. Os alunos podem responder que seus pais ou responsáveis os acordam, que acordam com o desperta- dor tocando, acordam com o som de algum animal, etc. • Destaque que a história se passa em um domingo. Converse com os alu- nos questionando-os se costumam acordar cedo ou dormir até mais tar- de aos domingos. Sobre isso, peça que digam os pontos positivos e ne- gativos, o que a capacidade de argu- mentação. • Peça aos alunos que analisem o res- tante da história em quadrinhos. .Após acordar, como está a expres- são do Chico Bento nos quadrinhos seguintes? R: Espera-se que os alunos perce- bam que Chico Bento fica com expressão de animado, com pressa e, depois, de relaxamen- to, uma vez que está cochilando. • Esta é uma oportunidade de desen- volver com os alunos a habilidade de interpretação das expressões. Mais atividades • Com base na história em quadrinhos, peça aos alunos que criem suas pró- prias histórias. • Oriente-os a contar, por meio de uma história em quadrinhos, como é a ro- tina deles em um domingo. • Auxilie-os na produção desta histó- ria sugerindo que criem quadros se- melhantes ao da história do persona- gem Chico Bento. • Ao término da produção, peça a cada aluno que conte sua história para os demais colegas. Os lugares do nosso dia a dia 10 11 As pessoas costumam ir a lugares diferentes a todo momento. Assim como elas, você também frequenta outros lugares além da sua moradia? Vamos conhecer os lugares que o personagem da história em quadrinhos frequenta. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 10 12/29/17 7:44 PM 11 1. Onde Chico Bento estava quando acordou? No quarto, na casa dele. 2. O que ele fez depois de tomar café? Foi até o riacho pescar. 3. Você já esteve em lugares semelhantes ao lugar que Chico Bento foi? Se sim, faça um desenho sobre um deles em uma folha de papel e mostre aos colegas. Chico Bento em: Cenas de domingo, de Mauricio de Sousa. Chico Bento. São Paulo, Globo, n. 407, p. 31-32, ago. 2002. (Turma da Mônica.) Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 11 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 11 04/01/18 7:16 PM 12 • Explore a primeira imagem pergun- tando aos alunos: A. O que a família está fazendo? R: A família está preparando o almoço juntos. B. Vocês ajudam seus familiares em alguma atividade cotidiana? R: Resposta pessoal. Permita que eles se expressem à vontade. • Investigue junto aos alunos atividades prazerosas que eles realizam em casa. • Destaque que os lugares que fre- quentamos, especialmente a nossa moradia, são espaços com os quais temos vínculos de afeto. A imagem que temos da nossa moradia sempre será diferente da que os outros têm. Mais atividades • Aproveite a sugestão de atividade a seguir para complementar o estudo do tema que aborda os lugares que frequentamos em nosso dia a dia. • Para isso, reflita com os alunos sobre as atividades que eles mais gostam de fazer em casa e peça a eles que desenhem essa atividade. • Solicite a eles que representem o cômodo da casa onde fazem esta atividade. • Para finalizar, peça aos alunos que apresentem seus desenhos e co- mentem a respeito. • Analise com os alunos a segunda imagem da página 12. Pergunte se eles costumam acompanhar os fa- miliares nas compras do dia a dia. A. Onde vocês costumam fazer as compras de alimentos e produtos para o dia a dia? B. Você gosta de ir a essas com- pras? C. Além de mercados e supermer- cados, sua família tem o hábito de comprar alimentos em outros lugares? R: Respostas pessoais. Investi- gue se os alunos conhecem o ambiente das feiras livres e dos mercados a céu aberto. Discuta com eles as diferen- ças entre esses locais e os mercados fechados. • Analise com os alunos a terceira imagem desta página. Questione-os se costumam ir a lugares destinados ao lazer. Diferencie a função principal de cada lugar. Explique que é possível se divertir em um centro de compras ou em um supermercado, mas há lugares que existem exclusivamente para o lazer. • Pergunte a eles que outros lugares conhecem destinados ao lazer. Liste na lousa os lugares que forem citando e explique a finalidade dos lugares citados que nem todos conheçam. A moradia é um lugar muito especial. Ela serve de abrigo e proteção, sendo o lugar onde nos alimentamos, descansamos, dormimos e nos reunimos com as pessoas com quem vivemos. Para comprar alimentos e outros produtos de que precisamos temos que ir aos supermercados, padarias, farmácias, etc. Praças e parques públicos são lugares destinados ao lazer e à recreação das pessoas. Nesses lugares, elas podem descansar, brincar, praticar atividades físicas, etc. 12 Os lugares que frequentamos Como o personagem Chico Bento da história em quadrinhos, nós também vamos a diferentes lugares durante o nosso dia a dia. Nesses lugares podemos fazer ou encontraralgo de que necessitamos. Veja alguns exemplos. Família preparando almoço na cozinha. Família fazendo compras no supermercado. Crianças brincando em um parque. 2P 2P L A Y /S H U T T E R S TO C K R A W P IX E L .C O M /S H U T T E R S TO C K IA K O V F IL IM O N O V/ S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 12 12/29/17 7:44 PM 13 Praça de alimentação. Consultório. Loja. ATIVIDADES 1. Ligue as atividades da coluna da esquerda aos lugares mostrados na coluna da direita. 2. Escreva o nome de dois lugares que você frequenta em seu dia a dia. Resposta pessoal. Estimule os alunos a pensarem nos lugares que costumam frequentar. 3. O que você costuma fazer em cada um desses lugares? Resposta pessoal. Os alunos podem responder que costumam brincar, comer algo de que gostam ou praticar algum esporte. Comprar calçados. Fazer refeições. Cuidar da saúde. S O R B IS /S H U T T E R S TO C K B R A N IS L A V N E N IN /S H U T T E R S TO C K FI P H O TO /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 13 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 12 04/01/18 7:16 PM 13 • Aproveite a realização desta primeira atividade e comente com os alunos que os lugares possuem funções di- ferentes. Explique outros exemplos, questionando-os da seguinte ma- neira: A. Onde podemos comprar medica- mentos? R: Na farmácia. B. Onde podemos comprar pães? R: Na padaria ou no mercado. C. Onde podemos comprar livros? R: Na livraria ou na papelaria. • Peça aos alunos que observem as imagens da página 13 e leiam as le- gendas. Questione sobre quais ativi- dades as pessoas praticam em cada um dos lugares representados na imagem. Com a identificação, peça que liguem as imagens às descri- ções corretas de cada uma das ati- vidades dos lugares representados, conforme solicita a atividade 1. • A atividade 2 desta página estimula os alunos a refletirem sobre os lu- gares que frequentam no dia a dia e sobre as atividades que realizam nesses diferentes lugares. A moradia é um lugar muito especial. Ela serve de abrigo e proteção, sendo o lugar onde nos alimentamos, descansamos, dormimos e nos reunimos com as pessoas com quem vivemos. Para comprar alimentos e outros produtos de que precisamos temos que ir aos supermercados, padarias, farmácias, etc. Praças e parques públicos são lugares destinados ao lazer e à recreação das pessoas. Nesses lugares, elas podem descansar, brincar, praticar atividades físicas, etc. 12 Os lugares que frequentamos Como o personagem Chico Bento da história em quadrinhos, nós também vamos a diferentes lugares durante o nosso dia a dia. Nesses lugares podemos fazer ou encontrar algo de que necessitamos. Veja alguns exemplos. Família preparando almoço na cozinha. Família fazendo compras no supermercado. Crianças brincando em um parque. 2P 2P L A Y /S H U T T E R S TO C K R A W P IX E L .C O M /S H U T T E R S TO C K IA K O V F IL IM O N O V/ S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 12 12/29/17 7:44 PM 13 Praça de alimentação. Consultório. Loja. ATIVIDADES 1. Ligue as atividades da coluna da esquerda aos lugares mostrados na coluna da direita. 2. Escreva o nome de dois lugares que você frequenta em seu dia a dia. Resposta pessoal. Estimule os alunos a pensarem nos lugares que costumam frequentar. 3. O que você costuma fazer em cada um desses lugares? Resposta pessoal. Os alunos podem responder que costumam brincar, comer algo de que gostam ou praticar algum esporte. Comprar calçados. Fazer refeições. Cuidar da saúde. S O R B IS /S H U T T E R S TO C K B R A N IS L A V N E N IN /S H U T T E R S TO C K FI P H O TO /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 13 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 13 04/01/18 7:16 PM 14 • A atividade 4 desta página destaca a apresentação de dois selos postais que estampam lugares com paisa- gens bem distintas. • Aproveite essas imagens e expli- que aos alunos que selos postais são adesivos que comprovam o pagamento de um serviço postal. Explique que as imagens dos selos representam os mais variados te- mas, como personalidades e fatos históricos, lugares que se destacam por sua beleza natural, cultural e ar- tística, datas comemorativas, ma- nifestações da cultura popular, etc. Comente que alguns são muito raros e, por isso, valiosos. Isso acontece porque existem pessoas que gostam muito de selos e os colecionam. • Se possível, providencie alguns se- los para levar para a aula e mostrar aos alunos. Os selos podem ser obti- dos em correspondências recebidas pela própria escola. Os selos tam- bém podem ser pesquisados no site dos Correios no endereço eletrônico disponível em: <http://www.correios. com.br/para-voce/compra/selos-e- colecoes>. Acesso em: 12 dez. 2017. • Oriente os alunos na elaboração da pesquisa proposta na atividade 5. Explique a eles que podem pedir a ajuda de seus familiares para pro- curarem selos em correspondên- cias recebidas. • Auxilie os alunos na colagem dos se- los. Caso não consigam adquiri-los, oriente-os a pesquisar imagens de selos na internet ou desenhá-los. Mais atividades • Distribua folhas de sulfite aos alunos. • Peça que explorem a imaginação e criem um selo, desenhando-o. • Depois, organize uma roda de con- versa em que os alunos vão explicar o que os inspirou a fazer aquele de- terminado selo. Relato de Inácio Adalberto Meira Faustino Júnior, 25 anos, dez. 2017. 15 Gostar do lugar onde vivemos Nos lugares que frequentamos em nosso dia a dia, como a escola ou a moradia, convivemos com pessoas diferentes. Conviver com essas pessoas nos faz sentir parte desse lugar. Leia o relato de uma pessoa sobre o lugar onde ela vive. Eu nasci em uma cidade bem pequena que fica no Cariri paraibano, chamada Gurjão. O Cariri é um lugar que fica tão seco durante o ano que racha o chão, mas quando chove, as árvores ficam todas bem verdinhas. A gente ficava esperando a chuva todo mês de janeiro. Minha avó falava que se chovesse em janeiro, podia plantar que a chuva ajudava as plantas nascerem. Enquanto a chuva não chegava, eu brincava no mato, correndo atrás de sariema, uma ave que tem as pernas compridas, e desviando dos espinhos das palmas e dos chique-chiques. O melhor era brincar na água do açude quando enchia com a chuva, e depois chegar em casa sentindo o cheiro da lenha queimando pra assar o bolo e o pão de queijo que minha avó fazia. Foi muito bom ser menino no Cariri! Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecem. G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 15 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 14 04/01/18 7:16 PM 15 Destaques da BNCC • O assunto desta página reforça a va- lorização do lugar de vivência como produto da cultura local, como tra- balhado na habilidade EF03GE02 da BNCC. • Aproveite o texto desta página e faça uma dinâmica de leitura com os alu- nos. Peça a alguns alunos que leiam os parágrafos do texto enquanto os demais acompanham a leitura. • Sugira aos alunos que questionem o significado das palavras do texto que não conhecem. Anote as palavras na lousa, escrevendo os seus significa- dos, o que pode ser feito com base na consulta do dicionário. • Auxilie-os durante a consulta do dicionário. • Se possível, pesquise imagens do Cariri paraibano para mostrar aos alunos as características paisagís- ticas dessa região. Apresente as imagens e leve um mapa político do Brasil para mostrar aos alunos a lo- calização dessa área. • Aproveite a oportunidade para ex- plicar as dificuldades que a falta de água provoca no cotidiano das pes- soas que vivem no semiárido. • EF03GE02: Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econô- mica degrupos de diferentes origens. Relato de Inácio Adalberto Meira Faustino Júnior, 25 anos, dez. 2017. 15 Gostar do lugar onde vivemos Nos lugares que frequentamos em nosso dia a dia, como a escola ou a moradia, convivemos com pessoas diferentes. Conviver com essas pessoas nos faz sentir parte desse lugar. Leia o relato de uma pessoa sobre o lugar onde ela vive. Eu nasci em uma cidade bem pequena que fica no Cariri paraibano, chamada Gurjão. O Cariri é um lugar que fica tão seco durante o ano que racha o chão, mas quando chove, as árvores ficam todas bem verdinhas. A gente ficava esperando a chuva todo mês de janeiro. Minha avó falava que se chovesse em janeiro, podia plantar que a chuva ajudava as plantas nascerem. Enquanto a chuva não chegava, eu brincava no mato, correndo atrás de sariema, uma ave que tem as pernas compridas, e desviando dos espinhos das palmas e dos chique-chiques. O melhor era brincar na água do açude quando enchia com a chuva, e depois chegar em casa sentindo o cheiro da lenha queimando pra assar o bolo e o pão de queijo que minha avó fazia. Foi muito bom ser menino no Cariri! Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecem. G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 15 12/29/17 7:44 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 15 04/01/18 7:16 PM 16 Destaques da BNCC • O relato dos problemas enfrentados em espaços públicos, proposto a seguir, exercita a oralidade, confor- me prevê a Competência geral 4 da BNCC, citada anteriormente. • Aproveite o estudo do tema para pro- mover uma conversa sobre o lugar onde os alunos vivem. • Permita que eles falem sobre os problemas enfrentados nos lugares públicos de sua vivência, como ruas, praças, parques, etc. • É preciso que esteja bem clara, para essa faixa etária, a diferença entre espaço público e privado. Se ain- da houver dúvidas a respeito, pare a discussão e retome as definições dos conceitos. Acompanhando a aprendizagem • Divida a classe em grupos e peça a eles que conversem sobre os pro- blemas dos lugares públicos que frequentam. • Peça aos grupos que elejam o(s) problema(s) que mais os inco mo- da(m). • Abra a roda com toda a classe e peça que cada grupo exponha os proble- mas que escolheram. • A exposição dos alunos não se limita a citar o problema escolhido. O gru- po deve expor o problema, fornecen- do exemplos de situações em que tal problema os incomodou. • Ao final das apresentações, indague os alunos sobre a seguinte questão: agora que já levantamos os proble- mas dos nossos espaços públicos de vivência, que atitudes poderíamos tomar para resolvê-los? R: Resposta pessoal. Permita que os alunos proponham todas as solu- ções que imaginarem. Oriente a conversa com as seguintes ques- tões: É possível fazer isso? O que vocês acham? • Convide os alunos para um momento de reflexão sobre os devidos cuidados com os lugares frequentados por eles. • Estimule-os a refletir sobre como seriam esses lugares se as pessoas não os conservassem e não os utilizassem corretamente. • Peça que relatem quais atitudes eles tomam para colaborar com a manutenção dos lugares com os quais se familiarizam. Ideias para compartilhar 16 Gostar do lugar é cuidar dele Cuidar dos lugares que frequentamos é uma maneira de demonstrar que gostamos deles. Alguns desses lugares enfrentam problemas, como ruas esburacadas e sem iluminação, calçadas e praças malconservadas. Podemos cuidar desses lugares buscando soluções para esses problemas com atitudes simples, que podemos adotar no dia a dia. Veja alguns exemplos. Como você demonstra seu carinho pelos lugares que frequenta? Como cuida desses lugares? • Pense no lugar onde você vive. Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorá-lo? Ajudar a manter ruas e praças limpas, depositando o lixo no local correto. Reivindicar melhorias aos governantes. Plantar e cuidar de árvores e outros tipos de vegetação em praças e calçadas. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o lugar onde moram precisa de mais árvores, asfaltamento, energia elétrica, ou opções de lazer. IL U S T R A Ç Õ E S :H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 16 12/29/17 7:45 PM 17 ATIVIDADES 1. Proponha uma solução para cada problema mostrado nas fotos. Trecho do rio Brandoas poluído por lixo e esgoto, no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, em 2017. Asfalto deteriorado em Dianópolis, Tocantins, em 2017. Lixo jogado na calçada na cidade de São Paulo, São Paulo, em 2017. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o córrego precisa passar por tratamento de despoluição e que as pessoas precisam parar de jogar lixo e despejar esgoto nele. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que as pessoas devem jogar o lixo no local adequado, que a coleta de lixo deve ser feita e que as ruas deviam ter mais lixeiras. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que a rua precisa de melhorias no asfalto e que os governantes precisam melhorar a manutenção da rua. LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S S E R G E Y K A M S H Y LI N /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 17 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 16 04/01/18 7:16 PM 17 Destaques da BNCC • A atividade a seguir visa promo- ver um ambiente mais harmônico e de diálogo, conforme orientado na Competência geral 9 da BNCC. • Organize novamente os alunos em grupos e peça que discutam as ati- vidades da página 17. • Para cada imagem, o grupo deverá: .Identificar o problema; .Pensar em soluções; .Listar no caderno as soluções apre- sentadas; .Debater as soluções fornecidas pelo grupo; .Selecionar as melhores sugestões; .Elaborar um texto-resposta. • Aproveite a atividade proposta na página para explicar que, além dos lugares públicos de convivência, ou- tros lugares, como a nossa moradia, precisam de cuidados. • Peça a eles que relatem problemas na moradia deles que poderiam re- solver. Oriente a conversa propondo as seguintes questões: A. Eu cuido sempre das minhas coi- sas, como meus brinquedos, meu material escolar? B. Arrumo o meu quarto? C. Deixo a casa organizada para fi- car mais agradável para as outras pessoas que moram comigo? D. Procuro ajudar as pessoas com quem moro nas atividades do dia a dia? E. Falo de uma forma respeitosa e simpática com as pessoas da mi- nha casa? R: Resposta pessoal. Ao final, peça a eles que façam uma produção de texto sobre o as- sunto, apontando as medidas que vão tomar para resolver os problemas no lugar privado de vivência.• Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencia- lidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/ne- cessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 16 Gostar do lugar é cuidar dele Cuidar dos lugares que frequentamos é uma maneira de demonstrar que gostamos deles. Alguns desses lugares enfrentam problemas, como ruas esburacadas e sem iluminação, calçadas e praças malconservadas. Podemos cuidar desses lugares buscando soluções para esses problemas com atitudes simples, que podemos adotar no dia a dia. Veja alguns exemplos. Como você demonstra seu carinho pelos lugares que frequenta? Como cuida desses lugares? • Pense no lugar onde você vive. Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorá-lo? Ajudar a manter ruas e praças limpas, depositando o lixo no local correto. Reivindicar melhorias aos governantes. Plantare cuidar de árvores e outros tipos de vegetação em praças e calçadas. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o lugar onde moram precisa de mais árvores, asfaltamento, energia elétrica, ou opções de lazer. IL U S T R A Ç Õ E S :H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 16 12/29/17 7:45 PM 17 ATIVIDADES 1. Proponha uma solução para cada problema mostrado nas fotos. Trecho do rio Brandoas poluído por lixo e esgoto, no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, em 2017. Asfalto deteriorado em Dianópolis, Tocantins, em 2017. Lixo jogado na calçada na cidade de São Paulo, São Paulo, em 2017. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o córrego precisa passar por tratamento de despoluição e que as pessoas precisam parar de jogar lixo e despejar esgoto nele. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que as pessoas devem jogar o lixo no local adequado, que a coleta de lixo deve ser feita e que as ruas deviam ter mais lixeiras. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que a rua precisa de melhorias no asfalto e que os governantes precisam melhorar a manutenção da rua. LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S S E R G E Y K A M S H Y LI N /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p008a017.indd 17 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 17 04/01/18 7:16 PM 18 Destaques da BNCC • O tema desta e das próximas pági- nas busca desenvolver o respeito aos valores culturais dos diferentes espaços de vivência, conforme re- comenda a habilidade EF03GE01 da BNCC. • Para iniciar o estudo do tema, sugeri- mos que o professor explore o conhe- cimento prévio dos alunos. Para isso, promova uma roda de conversa, per- guntando aos alunos se eles conhe- cem pessoas que vivem em um lugar muito diferente do local da escola. • Se sua escola se localiza em uma ci- dade grande, pergunte a eles sobre cidades pequenas, zonas rurais, ci- dades litorâneas, etc. Questione os alunos a respeito de espaços mais distintos do que os que eles estão acostumados a viver. • Essa conversa pode ser complemen- tada com algumas questões, como: A. Você já visitou uma pessoa que vive em um lugar muito diferente de onde você mora? B. Como era esse lugar? Como as pessoas viviam nesse lugar? Em que elas trabalhavam? Como as crianças brincavam? R: Respostas pessoais. Estimule os alunos a exporem suas res- postas. Aproveite o momento para comparar as diferenças e semelhanças entre os modos de vida citados pelos alunos. Objetivos • Conhecer diferentes modos de vida. • Reconhecer a importância de cada lugar e valorizar as culturas locais. • Compreender as diferenças nos costumes e tradições nos mais variados lugares do Brasil. • EF03GE01: Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos so- ciais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. Mais atividades • Organize a turma em grupos e distribua uma cópia do mapa político do Brasil para cada equipe. Peça a cada grupo que escolha um dos lugares descritos nos textos das páginas 18 e 19: (Belém, no estado do Pará; São Miguel das Missões, no estado do Rio Grande do Sul, ou Mucajaí, no estado de Roraima). • Com auxílio de um atlas ou da internet, os alu- nos vão localizar o município que estão pes- quisando. • Peça a eles que localizem o município no mapa político que receberam. Essa localização será aproximada. • Posteriormente, os alunos vão pintar o estado do qual o município que estão estudando faz parte. 12 As pessoas e os lugares Cidades, sítios, fazendas, perto do mar ou em florestas... as pessoas vivem em lugares diferentes. Valorize os costumes dos diferentes lugares que você frequenta ou visita. Vista de parte da cidade de Belém, capital do Pará, em 2015. Em cada lugar, as pessoas também são diferentes em seu modo de vida, costumes e tradições. Conheça o cotidiano de algumas crianças que vivem em diferentes lugares do Brasil. 18 Fátima mora em Belém, capital do Pará. [...] A rua onde ela mora é cheia de árvores, de mangueiras, algumas com mais de cem anos! Você gosta de manga? Em Belém, de dezembro a maio, costuma chover quase todos os dias, por volta das duas horas da tarde. Por isso as pessoas podem marcar encontros antes ou depois da chuva. [...] Todo O Brasil: parte III, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 8-11. Durante a leitura dos textos, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecem. FI LI P E F R A Z A O / S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 18 12/29/17 7:45 PM 19 • Qual dos lugares retratados nos textos das páginas 18 e 19 você achou mais interessante? O que existe nesse lugar que chamou sua atenção? [...] Frederico, ou melhor, Fred, é loirinho como seu bisavô alemão, que se casou com uma italiana quando chegou ao Rio Grande do Sul. [...] Fred mora em São Miguel das Missões. Seu pai tem uma pequena fazenda onde cria gado. Ele gosta de se vestir como um gaúcho tradicional. Fred sabe andar a cavalo. [...] Todo O Brasil: parte IV, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 5-10. [...] Cauê gosta de comer mandioca, milho, batata-doce e muitas frutas. Ele tem um arco e muitas flechas pequenas, e já sabe pescar. Mas quando pesca um peixe, não come sozinho. Divide com os outros, porque para os índios é importante dividir. [...] Todo O Brasil: parte III, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 11-12. Ruínas de uma igreja na área rural de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul, em 2017. Crianças do povo Yanomami, brincando com arco e flecha em Mucajaí, Roraima, em 2010. Frederico mora em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Cauê mora em uma aldeia indígena, no estado de Roraima. Resposta pessoal. Os alunos podem destacar os elementos do lugar ou o modo de vida das pessoas que moram nele. E D S O N S A TO /P U LS A R IM A G E N S D U D U C O N T U R S I/ T Y B A g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 19 1/3/18 9:43 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 18 04/01/18 7:16 PM 19 • Faça a leitura dos textos e peça que os alunos interpretem a que os textos estão se referindo. • Questione-os sobre as diferenças apresentadas entre os textos. Inves- tigue se os alunos compreenderam os diferentes modos de vida, princi- palmente pelos costumes e identida- des culturais. • Após o diálogo, peça aos alunos que descrevam o lugar onde moram, destacando aspectos semelhantes aos mencionados nos exemplos das crianças citadas, como as caracte- rísticas físicas e culturais do lugar, as atividades realizadas pelos pais ou responsáveis, entre outros aspectos. • Se possível, providencie o livro Todo o Brasil, do qual foram retirados os textos citados nesta página. Com esse livro é possível ter acesso a ou- tros relatos de crianças que vivem em outros lugares do Brasil. Esses relatos poderão ser apresentados aos alunos para, assim, ampliar o conhecimento deles em relação aos diferentes modos de vida conforme os lugares. Mais atividades • Oriente-os a pesquisar mais imagens que mostrem o modo de vida relatado no texto. Nas imagens, podem aparecer paisagem, pesso- as, trabalho, construções, etc. • Depois, peça aos alunos que pesquisem imagens do município trabalhado que sejam contrastantes com o que foi exposto no texto. Por exemplo, em Mucajaí eles devem procurar imagens de outras comunidades que não indígenas ou da paisagem urbana. • Oriente-os a selecionar as melhores imagens, que mostrem o con- traste, e a colá-las no mapa. • Conclua a atividade com uma roda de avaliação. .Foi difícil localizar o município que vocês receberam no mapa? .Vocês encontraram imagens que comprovam o modo de vida rela- tado no texto? .O município que vocês trabalharam apresenta apenas esse modo de viver? Que outras formas de viver e paisagens vocês encontra-ram lá? 12 As pessoas e os lugares Cidades, sítios, fazendas, perto do mar ou em florestas... as pessoas vivem em lugares diferentes. Valorize os costumes dos diferentes lugares que você frequenta ou visita. Vista de parte da cidade de Belém, capital do Pará, em 2015. Em cada lugar, as pessoas também são diferentes em seu modo de vida, costumes e tradições. Conheça o cotidiano de algumas crianças que vivem em diferentes lugares do Brasil. 18 Fátima mora em Belém, capital do Pará. [...] A rua onde ela mora é cheia de árvores, de mangueiras, algumas com mais de cem anos! Você gosta de manga? Em Belém, de dezembro a maio, costuma chover quase todos os dias, por volta das duas horas da tarde. Por isso as pessoas podem marcar encontros antes ou depois da chuva. [...] Todo O Brasil: parte III, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 8-11. Durante a leitura dos textos, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecem. FI LI P E F R A Z A O / S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 18 12/29/17 7:45 PM 19 • Qual dos lugares retratados nos textos das páginas 18 e 19 você achou mais interessante? O que existe nesse lugar que chamou sua atenção? [...] Frederico, ou melhor, Fred, é loirinho como seu bisavô alemão, que se casou com uma italiana quando chegou ao Rio Grande do Sul. [...] Fred mora em São Miguel das Missões. Seu pai tem uma pequena fazenda onde cria gado. Ele gosta de se vestir como um gaúcho tradicional. Fred sabe andar a cavalo. [...] Todo O Brasil: parte IV, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 5-10. [...] Cauê gosta de comer mandioca, milho, batata-doce e muitas frutas. Ele tem um arco e muitas flechas pequenas, e já sabe pescar. Mas quando pesca um peixe, não come sozinho. Divide com os outros, porque para os índios é importante dividir. [...] Todo O Brasil: parte III, de Cristina Von. São Paulo: Callis, 1999. p. 11-12. Ruínas de uma igreja na área rural de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul, em 2017. Crianças do povo Yanomami, brincando com arco e flecha em Mucajaí, Roraima, em 2010. Frederico mora em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Cauê mora em uma aldeia indígena, no estado de Roraima. Resposta pessoal. Os alunos podem destacar os elementos do lugar ou o modo de vida das pessoas que moram nele. E D S O N S A TO /P U LS A R IM A G E N S D U D U C O N T U R S I/ T Y B A g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 19 1/3/18 9:43 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 19 04/01/18 7:16 PM 20 • Na seção das páginas 20 e 21 são apresentados alguns exemplos de di- ferentes modos de vida pelo mundo, o que propicia o desenvolvimento do Tema contemporâneo Diversidade cultural da BNCC. • Leia o texto com os alunos e peça que observem as imagens. Em se- guida, discuta com eles sobre o que observaram. Questione-os sobre como são as paisagens e o modo de vida das pessoas que moram nesses lugares. Peça que detalhem as prin- cipais características das imagens. • Explique aos alunos que a região dos Andes está localizada na porção oes- te da América do Sul, estendendo-se pelo território de vários países, entre eles o Peru, onde o clima nas altas altitudes é frio. Já o país africano do Quênia, que também é citado nesta página, possui um clima quente, com temperaturas elevadas o ano todo. • Comente que os fatores climáticos dos lugares influenciam no modo de vida, nos costumes e na cultura das pessoas. • Se considerar oportuno, apresente um planisfério político para os alu- nos localizarem os países citados nesta página. Lugares pelo mundo Você conheceu diferentes lugares do nosso país. Veja, agora, exemplos de diferentes lugares do mundo e conheça também alguns costumes de seus moradores. A região dos Andes, no Peru, é formada por montanhas muito altas. Nessas áreas, as pessoas cultivam as lavouras em terraços, que são terrenos muito inclinados, onde são preparados grandes canteiros em forma de degraus. Nessa região, as mulheres costumam tecer roupas coloridas de lã para proteger as pessoas do frio, que é intenso. 20 CIDADÃO DO MUNDO Paisagem de terraços no Peru, em 2016. Paisagem de vegetação de savana no Quênia, país africano, em 2016. Nas savanas africanas vivem muitos animais, como girafas, zebras e leões. As crianças que vivem nas aldeias dessa região gostam de brincar com barro fazendo seus animais de brinquedo. D R A JA Y K U M A R S IN G H /S H U T T E R S TO C K N A E B LY S /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S G IN A P O W E R /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 20 12/29/17 7:45 PM 1. Com os colegas, comparem e apontem semelhanças ou diferenças entre os lugares mostrados e algumas características específicas do lugar onde vivem. 2. Converse com os colegas sobre a importância de valorizar os diferentes tipos de culturas existentes em outros lugares do mundo. Na região do Oriente Médio, algumas pessoas, que vivem em meio ao deserto, costumam morar em tendas próximas aos oásis. Os oásis são áreas de vegetação que crescem em torno de pequenas nascentes. Essas pessoas cuidam da criação de camelos e ovelhas, levando esses animais onde eles podem pastar e beber água. Em certas regiões da Europa faz muito frio. No inverno há precipitação de neve e muitas crianças que vivem em áreas montanhosas, por exemplo, aproveitam para esquiar, patinar e andar de trenó na neve. Para se proteger do frio intenso, as pessoas precisam usar roupas muito grossas, botas, luvas e toucas. Paisagem com neve na Suíça, um país europeu, em 2017. Fonte de pesquisa: Adivinhe o que estou fazendo!. Livro infantil ilustrado publicado por ocasião do Ano Internacional da Alfabetização. Tradução de Rachel Holzhacker. São Paulo: Textonovo, 1994. Paisagem do Iêmen, país do Oriente Médio, em 2013. 21 Paisagem de oásis em Israel, no Oriente Médio, em 2016. D E N IS L IN IN E /S H U T T E R S TO C K E FE S E N K O /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 21 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 20 04/01/18 7:16 PM 21 • Dê sequência ao estudo solicitan- do aos alunos que observem as demais imagens e façam a leitura dos textos que apresentam outros lugares do mundo, assim como di- ferentes modos de vida. • Nesta ocasião são apresentados exemplos da região do Oriente Mé- dio e da região europeia. • Assim como na página anterior, peça aos alunos que comparem as as paisagens e o modo de vida das pessoas que moram nesses luga- res, comentando as principais di- ferenças, citando as características de ambas as imagens. • Explique que a região do Oriente Mé- dio é marcada pelo clima desértico e por populações que apresentam grande contraste econômico e so- cial. Alguns países sofrem com guer- ras civis, além do acentuado nível de pobreza e miséria da população, como é o caso da Síria, enquanto ou- tros países possuem enormes rique- zas e excelente infraestrutura, como os Emirados Árabes Unidos. Comen- te também que nos países dessa re- gião existe grande influência religio- sa, com a maioria de muçulmanos que praticam a religião islâmica. • Em relação à Europa, explique aos alunos que grande parte dela é cercada por montanhas, apresen- tando regiões muito frias, como a Suíça e a Rússia, exemplos citados nesta página. • Comente que a Rússia possui enor- me extensão territorial e, devido a isso, algumas pessoas vivem em lugares isolados, longe das gran- des cidades. Respostas 1. Resposta pessoal. Os alunos podem citar semelhanças e diferenças em relação ao modo de se vestir, às construções das moradias, aos modo de brincar, etc. 2. Resposta pessoal. Estimule os alunos a refletirem que o respeito e a valorização cultural dos diferentes povos contribuem para um mundo melhor, com paz e acolhimento ao próximo,além do fato de preservar raízes históricas que contribuíram com o processo de civilização. Lugares pelo mundo Você conheceu diferentes lugares do nosso país. Veja, agora, exemplos de diferentes lugares do mundo e conheça também alguns costumes de seus moradores. A região dos Andes, no Peru, é formada por montanhas muito altas. Nessas áreas, as pessoas cultivam as lavouras em terraços, que são terrenos muito inclinados, onde são preparados grandes canteiros em forma de degraus. Nessa região, as mulheres costumam tecer roupas coloridas de lã para proteger as pessoas do frio, que é intenso. 20 CIDADÃO DO MUNDO Paisagem de terraços no Peru, em 2016. Paisagem de vegetação de savana no Quênia, país africano, em 2016. Nas savanas africanas vivem muitos animais, como girafas, zebras e leões. As crianças que vivem nas aldeias dessa região gostam de brincar com barro fazendo seus animais de brinquedo. D R A JA Y K U M A R S IN G H /S H U T T E R S TO C K N A E B LY S /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S G IN A P O W E R /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 20 12/29/17 7:45 PM 1. Com os colegas, comparem e apontem semelhanças ou diferenças entre os lugares mostrados e algumas características específicas do lugar onde vivem. 2. Converse com os colegas sobre a importância de valorizar os diferentes tipos de culturas existentes em outros lugares do mundo. Na região do Oriente Médio, algumas pessoas, que vivem em meio ao deserto, costumam morar em tendas próximas aos oásis. Os oásis são áreas de vegetação que crescem em torno de pequenas nascentes. Essas pessoas cuidam da criação de camelos e ovelhas, levando esses animais onde eles podem pastar e beber água. Em certas regiões da Europa faz muito frio. No inverno há precipitação de neve e muitas crianças que vivem em áreas montanhosas, por exemplo, aproveitam para esquiar, patinar e andar de trenó na neve. Para se proteger do frio intenso, as pessoas precisam usar roupas muito grossas, botas, luvas e toucas. Paisagem com neve na Suíça, um país europeu, em 2017. Fonte de pesquisa: Adivinhe o que estou fazendo!. Livro infantil ilustrado publicado por ocasião do Ano Internacional da Alfabetização. Tradução de Rachel Holzhacker. São Paulo: Textonovo, 1994. Paisagem do Iêmen, país do Oriente Médio, em 2013. 21 Paisagem de oásis em Israel, no Oriente Médio, em 2016. D E N IS L IN IN E /S H U T T E R S TO C K E FE S E N K O /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 21 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 21 04/01/18 7:16 PM 22 Destaques da BNCC • O trabalho de reconhecimento das demais culturas mobiliza as habilida- des EF03GE01, EF03GE02, descri- tas anteriormente, e EF03GE03, da BNCC, e a Competência geral 6, do mesmo documento. • Explique aos alunos que um dos as- pectos culturais importante dos po- vos é a culinária. • Diga a eles que às vezes é possível reconhecer um país apenas pela sua culinária típica. • Faça uma brincadeira com a classe: A. Mostre a foto de uma pizza ou de uma macarronada e pergunte: que país costuma ter essas co- midas? R: Itália. B. Mostre a foto de um prato com sushi e sashimi e pergunte: que país costuma ter essas comidas? R: Japão. C. Mostre a foto de cheeseburguer e batatas fritas e pergunte: que país costuma ter essas comidas? R: Estados Unidos. • É possível que os alunos questionem dizendo que esses alimentos também existem no Brasil. Explique que o Bra- sil incorporou hábitos alimentares de povos vindos de vários outros países. • Pergunte a eles qual seria o prato tipicamente brasileiro por meio do qual todo mundo reconheceria o Brasil. Permita que eles conversem a respeito. • EF03GE03: Reconhecer os diferentes modos de vida das populações tradicionais em distintos lugares. • Competência geral 6: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mun- do do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 22 ATIVIDADES 1. O modo de vida, os costumes e as tradições também variam de um lugar para outro. Substitua os códigos pelas letras correspondentes e complete as frases a seguir. a b c d e f h i n r s t u v a. Omar Guerrero Salazar tem oito anos e mora com a família perto da cidade de Cancun, no sudeste do México. [...] b. Meena tem sete anos e vive em Nova Delhi, a capital da Índia. [...] O prato predileto de Meena é grão-de-bico, e Também consomem muita fruta, especialmente melão.[...] Crianças como você, de Barnabas e Anabel Kindersley. 6. ed. Tradução de Mário Vilela Filho. São Paulo: Ática, 2004. p. 16-17. e couve-flor com roti, um pão Crianças como você, de Barnabas e Anabel Kindersley. 6. ed. Tradução de Mário Vilela Filho. São Paulo: Ática, 2004. p. 56-57. indiano feito de de trigo. [...] . Omar e sua família costumam comer tacos que são tortilhas com a a ab t t f a anir h c a n er v e d ur r a D R O N G / S H U T T E R S TO C K N O R IK K O / S H U T T E R S TO C K IL U S T R A Ç Õ E S : C L A U D IA S O U Z A g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 22 1/3/18 9:43 PM 23 2. Escreva o nome de alguns alimentos que você costuma consumir em seu dia a dia. Resposta pessoal. Os alunos podem responder alimentos como frutas ou verduras, ou ainda sanduíches de frango ou de carne bovina. 3. Qual o tipo de comida que você mais gosta? Conte aos colegas. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que gostam de carnes, ou legumes, ou um tipo de comida regional, como comida italiana ou japonesa. 4. Nas páginas 20 e 21 você conheceu a rotina de algumas pessoas de diferentes lugares do mundo. Agora é você quem vai contar como é o lugar onde você vive! Para isso, escreva um pequeno texto com as principais características desse lugar. Resposta pessoal. Os alunos podem descrever características das paisagens, dos hábitos e costumes dos moradores ou ainda afetivas sobre o lugar onde moram. g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 23 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 22 04/01/18 7:16 PM 23 • As atividades desta página levam os alunos a responderem sobre os tipos de alimentos que consomem diariamente. • Aproveite a oportunidade para res- saltar a importância de uma alimen- tação saudável. Questione-os se possuem o hábito de comer frutas, verduras e legumes. Destaque a ne- cessidade de consumirmos esses alimentos para evitarmos doenças e demais problemas de saúde. Mais atividades • Sugira aos alunos uma pesquisa sobre pratos típicos das regiões brasileiras. • Escolha alguns pratos da culinária brasileira e solicite a pesquisa em li- vros ou na internet. Peça que colham informações como os principais in- gredientes e qual o lugar de origem. • Peça que, se possível, pesquisem imagens do prato típico junto às in- formações. Caso não seja viável to- dos os alunos obterem as imagens, providencie algumas e leve à sala de aula para exibição no dia em que os alunos retornarem a pesquisa. • Organize um momento de apresen- tação da atividade, relacionando as imagens com as informações colhi- das, incentivando os alunos a expo- rem seus comentários sobre o que aprenderam e o que mais acharam curioso. 22 ATIVIDADES 1. O modo de vida, os costumes e as tradições também variam de um lugar para outro. Substitua os códigos pelas letras correspondentes e complete as frases a seguir. a b c d e f h i n r s t u v a. Omar Guerrero Salazar tem oito anos e mora com a família perto da cidade de Cancun, no sudeste do México. [...] b. Meena tem sete anos e vive em Nova Delhi, a capital da Índia. [...] O prato predileto de Meena é grão-de-bico, eTambém consomem muita fruta, especialmente melão.[...] Crianças como você, de Barnabas e Anabel Kindersley. 6. ed. Tradução de Mário Vilela Filho. São Paulo: Ática, 2004. p. 16-17. e couve-flor com roti, um pão Crianças como você, de Barnabas e Anabel Kindersley. 6. ed. Tradução de Mário Vilela Filho. São Paulo: Ática, 2004. p. 56-57. indiano feito de de trigo. [...] . Omar e sua família costumam comer tacos que são tortilhas com a a ab t t f a anir h c a n er v e d ur r a D R O N G / S H U T T E R S TO C K N O R IK K O / S H U T T E R S TO C K IL U S T R A Ç Õ E S : C L A U D IA S O U Z A g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 22 1/3/18 9:43 PM 23 2. Escreva o nome de alguns alimentos que você costuma consumir em seu dia a dia. Resposta pessoal. Os alunos podem responder alimentos como frutas ou verduras, ou ainda sanduíches de frango ou de carne bovina. 3. Qual o tipo de comida que você mais gosta? Conte aos colegas. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que gostam de carnes, ou legumes, ou um tipo de comida regional, como comida italiana ou japonesa. 4. Nas páginas 20 e 21 você conheceu a rotina de algumas pessoas de diferentes lugares do mundo. Agora é você quem vai contar como é o lugar onde você vive! Para isso, escreva um pequeno texto com as principais características desse lugar. Resposta pessoal. Os alunos podem descrever características das paisagens, dos hábitos e costumes dos moradores ou ainda afetivas sobre o lugar onde moram. g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 23 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 23 04/01/18 7:16 PM 24 • Leia com os alunos as legendas das imagens da página 24. Faça pergun- tas de interpretação: .A história que foi narrada é de um dia especial ou de um dia comum na vida de Carolina? R: Explique aos alunos que as pes- soas têm hábitos que se repetem na maioria dos dias. Explique que os termos “cotidianas”, “dia a dia”, “habituais” são emprega- das como sinônimos. • Pergunte aos alunos: A. Sua rotina é parecida com a de Carolina? B. O que você faz de parecido com ela? C. O que no seu dia a dia é diferente do cotidiano de Carolina? R: Respostas pessoais. É impor- tante que os alunos façam as relações entre o que está sen- do aprendido e as suas vivên- cias para tornar o novo saber mais significativo. Acompanhando a aprendizagem • Mostre novamente a história narrada na página 24 e chame a atenção dos alunos para o fato de que um dia típi- co na vida da personagem foi narra- do em quatro cenas. • Peça a eles que escrevam no cader- no as atividades que fazem durante um dia normal da semana. • Oriente que eles selecionem quatro cenas significativas. • Explique que o conjunto dessas qua- tro cenas precisa ser suficiente para contar para alguém que não os co- nhece como é a sua rotina. • Distribua folhas de papel sulfite. • Peça que os alunos dividam a folha em quatro partes. • Em cada quadrículo que se formou eles deverão desenhar uma cena da sua rotina. • Ao final, exponha os desenhos no mural. • É interessante os alunos observarem essa “exposição” de modo a compa- rar as rotinas dos colegas. Pela manhã, Carolina faz as lições da escola com a ajuda de sua avó Nina, enquanto seus pais estão no trabalho. Quando precisam comprar alimentos, elas vão até a feira, que fica perto de sua casa. 24 Os lugares e o dia a dia das pessoas No lugar em que vivemos realizamos diferentes atividades durante o nosso dia a dia. Conheça o cotidiano de duas crianças que vivem em lugares diferentes. Carolina tem sete anos e vive em uma grande cidade com a família. Depois do jantar, ela e os pais brincam, se reúnem na sala e conversam sobre o que aconteceu durante o dia de cada um. Antes de dormir, ela gosta de ouvir histórias infantis. No período da tarde, Carolina vai para a escola de carro, com seus pais. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 24 12/29/17 7:45 PM 25 Pedro também tem sete anos e vive em um sítio com a família. Pedro acorda bem cedo e, depois de tomar café da manhã, gosta de acompanhar seu pai para cuidar dos animais do sítio. Depois ele se prepara para ir à escola. Pedro vai caminhando para a escola, que fica próxima de sua casa. No período da tarde, depois de fazer as lições da escola, ele vai ao pomar pegar frutas e brincar de pião com seus irmãos. Após o jantar, Pedro se reúne com a família no quintal próximo de sua casa. Antes de dormir, ele gosta de admirar a lua e as estrelas ouvindo sua mãe cantar. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 25 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 24 04/01/18 7:16 PM 25 • Leia com os alunos a história da pági- na 25. Faça perguntas simples sobre o texto para ter certeza de que eles o compreenderam bem. Questione: A. Pedro e Carolina têm a mesma idade e moram em lugares dife- rentes. Sendo assim, de acordo com o texto, você acha que os dois possuem rotinas parecidas? B. Por que eles têm rotinas tão dife- rentes? R: Espera-se que os alunos iden- tifiquem as diferenças entre os meios em que eles vivem para que se introduzam os concei- tos de rural e urbano. C. Seu dia a dia parece mais com o de Carolina ou com o de Pedro? Por quê? R: Resposta pessoal. Os alunos podem responder o modo como acordam ou vão para a escola, quando e como brin- cam, etc. • Em seguida, com base na última ima- gem, peça aos alunos que descre- vam como é a rotina em família quan- do todos estão reunidos. Instigue-os a falar sobre o que eles costumam fazer nesses momentos de confra- ternização familiar. Pela manhã, Carolina faz as lições da escola com a ajuda de sua avó Nina, enquanto seus pais estão no trabalho. Quando precisam comprar alimentos, elas vão até a feira, que fica perto de sua casa. 24 Os lugares e o dia a dia das pessoas No lugar em que vivemos realizamos diferentes atividades durante o nosso dia a dia. Conheça o cotidiano de duas crianças que vivem em lugares diferentes. Carolina tem sete anos e vive em uma grande cidade com a família. Depois do jantar, ela e os pais brincam, se reúnem na sala e conversam sobre o que aconteceu durante o dia de cada um. Antes de dormir, ela gosta de ouvir histórias infantis. No período da tarde, Carolina vai para a escola de carro, com seus pais. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 24 12/29/17 7:45 PM 25 Pedro também tem sete anos e vive em um sítio com a família. Pedro acorda bem cedo e, depois de tomar café da manhã, gosta de acompanhar seu pai para cuidar dos animais do sítio. Depois ele se prepara para ir à escola. Pedro vai caminhando para a escola, que fica próxima de sua casa. No período da tarde, depois de fazer as lições da escola, ele vai ao pomar pegar frutas e brincar de pião com seus irmãos. Após o jantar, Pedro se reúne com a família no quintal próximo de sua casa. Antes de dormir, ele gosta de admirar a lua e as estrelas ouvindo sua mãe cantar. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 25 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 25 04/01/18 7:16 PM 26 • A atividade desta página está rela- cionada com os textos estudados nas páginas 24 e 25. • Os alunos vão assinalar as respostas conforme a interpretação dos textos, assimilando as atividades do dia a dia realizadas por cada personagem. • Auxilie-os a assinalar corretamente as alternativas. Em seguida, leia em voz alta as questões com suas res- pectivas respostas. • A cada resposta, converse com os alunos perguntando se eles fazem atividades parecidas com as que fo- ram realizadas por Pedro e Carolina. Exemplo: Vocês também vão à feira com a avó? Vocês também vêm à escola caminhando? Vocês também brincam na sala de casa? Reserve este momento de descontraçãocom os alunos deixando-os livres para co- mentar sobre suas rotinas. • Tomar alguns cuidados no dia a dia contribui para uma rotina de vida saudável. Veja o texto a seguir, que tem como objetivo orientar os alunos sobre alguns desses cuidados. 1. Incentive as crianças a se preocupar com a saúde. Converse com elas sobre a importância de lavar as mãos, princi- palmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro. 2. Torne a higiene mais interessante escolhen- do sabonetes de diferentes cores, formatos e perfumes. Produtos que fazem espuma também deixam o banho mais divertido. 3. Experimentem fazer bolhas de sabão. Co- loquem água morna numa vasilha, acres- centem um pouco de detergente e agitem até formar espuma. Mergulhem a ponta de um canudinho ou caneta vazia na água com sabão e assoprem para ver quem consegue fazer a bolha maior! 4. Incentive as crianças a cuidar da higiene dos alimentos. Mostre a elas como sepa- 26 1. Nas páginas 24 e 25, você conheceu a rotina de Carolina e Pedro, crianças que moram em lugares diferentes. Agora, marque um X nas alternativas, de acordo com o dia a dia de cada criança. ATIVIDADES a. Lugar onde Carolina vai com sua avó, quando precisam comprar alimentos. Mercado. X Feira. h. Lugar onde Pedro se reúne com a família para admirar as estrelas e ouvir a mãe cantar. Perto do pomar. No quintal. g. Lugar onde Carolina se reúne com os pais para brincar e conversar. Quarto. Sala. f. Período do dia em que Pedro estuda. Manhã. Tarde. Noite. e. Período do dia em que Carolina estuda. Manhã. Tarde. Noite. d. Modo como Pedro vai para a escola. De bicicleta. Caminhando. c. Modo como Carolina vai para a escola. De carro. De ônibus escolar. b. Lugar onde Pedro vai para brincar com seus irmãos. Rio. Pomar.X X X X X X X g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 26 12/29/17 7:45 PM 27 2. Na página 23 você escreveu um texto sobre o lugar onde mora. Dessa vez escolha um lugar que você costuma frequentar no dia a dia e escreva um pequeno texto sobre como ele é. Depois, faça um desenho para representar o que você escreveu. Resposta pessoal. Os alunos podem escrever sobre a escola ou outro lugar que costumam frequentar diariamente, como parque, praça, clube, shopping, escola de idiomas ou música, ou a casa de algum familiar. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 27 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 26 04/01/18 7:16 PM 27 • Nesta página são sugeridas novas atividades nas quais os alunos po- dem apresentar um pouco de si. • Na primeira atividade os alunos vão compor uma espécie de história pes- soal, escrevendo um pouco sobre os lugares que costumam frequentar no dia a dia. • Auxilie-os na produção do texto, pois às vezes os alunos podem se lembrar de um determinado lugar, mas não saber exatamente seu nome ou loca- lização. Ajude-os também a escrever palavras que apresentam maior difi- culdade, como shopping center, se porventura algum deles frequentar este lugar. • Após produzirem seus textos, peça que façam a atividade seguinte, que consiste na produção de um dese- nho que represente exatamente o que foi descrito no texto anterior. • Ao término das atividades, organi- ze um momento de apresentações, solicitando a cada aluno que leia sua história e mostre seu desenho para os demais colegas. Com isso, torna- -se possível a comparação de dife- renças e semelhanças de rotina entre os alunos. rar um pedaço de carne crua, por exem- plo, dos outros alimentos que estão na geladeira. Ensine as crianças a conferir a data de validade dos alimentos, como iogurtes e sucos industrializados, antes de consumi-los. 5. Lave ou descasque frutas e legumes, como maçãs e cenouras, antes de dar às crian- ças. Peça ajuda a elas para lavar uvas, ameixas, morangos e outras frutas. 6. Fale sobre os germes e como eles são pequenos. Se vocês forem a algum pi- quenique ou outro lugar onde não seja possível lavar as mãos antes de comer, usem álcool em gel. HEWITT, Sally; ROYSTON, Angela. Meu primeiro livro sobre o corpo humano. Tradução de Valéria Ramiro. Barueri: Girassol, 2010. p. 146. 26 1. Nas páginas 24 e 25, você conheceu a rotina de Carolina e Pedro, crianças que moram em lugares diferentes. Agora, marque um X nas alternativas, de acordo com o dia a dia de cada criança. ATIVIDADES a. Lugar onde Carolina vai com sua avó, quando precisam comprar alimentos. Mercado. X Feira. h. Lugar onde Pedro se reúne com a família para admirar as estrelas e ouvir a mãe cantar. Perto do pomar. No quintal. g. Lugar onde Carolina se reúne com os pais para brincar e conversar. Quarto. Sala. f. Período do dia em que Pedro estuda. Manhã. Tarde. Noite. e. Período do dia em que Carolina estuda. Manhã. Tarde. Noite. d. Modo como Pedro vai para a escola. De bicicleta. Caminhando. c. Modo como Carolina vai para a escola. De carro. De ônibus escolar. b. Lugar onde Pedro vai para brincar com seus irmãos. Rio. Pomar.X X X X X X X g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 26 12/29/17 7:45 PM 27 2. Na página 23 você escreveu um texto sobre o lugar onde mora. Dessa vez escolha um lugar que você costuma frequentar no dia a dia e escreva um pequeno texto sobre como ele é. Depois, faça um desenho para representar o que você escreveu. Resposta pessoal. Os alunos podem escrever sobre a escola ou outro lugar que costumam frequentar diariamente, como parque, praça, clube, shopping, escola de idiomas ou música, ou a casa de algum familiar. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. g19_3pmg_lt_u1_p018a027.indd 27 12/29/17 7:45 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 27 04/01/18 7:16 PM 28 • Faça uma abordagem inicial do es- tudo, explicando aos alunos que, no Brasil, existem comunidades com diferentes modos de vida. • Pergunte aos alunos: A. Vocês já ouviram falar em comu- nidades ribeirinhas? B. O que são ribeirinhos? C. Em que lugar eles vivem? R: Faça a leitura introdutória des- ta página e oriente os alunos a encontrarem as respostas. • Após o diálogo, leia com os alunos o texto das páginas 28 e 29, onde a per- sonagem Ivaneide conta como é a sua vida em uma comunidade ribeirinha. • Em meio ao texto é citado que o pai da personagem exerce a atividade profissional de seringueiro. Portanto, vale apresentar aos alunos o que é essa atividade e como ela é exercida. Se possível, pesquise na internet ima- gens, além de informações, que pos- sam ser apresentadas para que eles conheçam essa importante atividade praticada na Região Norte do Brasil. Objetivos • Conhecer o modo de vida de povos tradicionais, como ribeiri- nhos, indígenas e quilombolas. • Valorizar e respeitar os diferentes modos de vida. • Compreender a importância da valorização do patrimônio histó- rico, cultural e artístico. • Conscientizar sobre a conserva- ção dos patrimônios de nosso país. Mais atividades • Aproveite a temática e monte uma exposi- ção chamada “O mundo dos ribeirinhos”. • Para essa atividade, serão necessárias pesquisas em internet, livros, revistas, etc. • Divida a classe em quatro grupos. Cada grupo ficará responsável por um elemento relacionado ao modo de vida dos ribeirinhos. • O resultado final do trabalho será uma exposição de cartazes no mural da escola. • Para a organização dos trabalhos, sugeri- mos os seguintes temas para cada grupo: • Grupo 1: Deverá pesquisar sobre o estado de Rondônia, elaborando o cartaz com as seguintes informações: .uma imagem do mapa do Brasil com a lo- calização do estado; .informações básicas que o grupo conside- rar relevantes; .uma imagem da capital de Rondônia, Por- to Velho; .imagens da área de floresta onde Ivaneide mora. • Grupo 2: Deverá pesquisar sobre a casa chamada tapiri, elaborando o cartaz com as seguintesinformações: .imagens de tapiri por fora; .imagens de tapiri por dentro; .informações básicas sobre essa construção. 28 Lugares diferentes, modos de vida diferentes 13 As pessoas vivem de maneiras diferentes de acordo com o lugar onde moram. O dia a dia de quem vive no campo, por exemplo, costuma ser bem diferente daqueles que vivem nas cidades. [...] passamos a morar na beira do rio Jaci, perto da terra dos índios Uru-Eu-Wau-Wau, aqui mesmo, em Rondônia. Agora já tenho 11 anos. O meu pai virou seringueiro, fica no mato trabalhando, e minha mãe cuida da gente, de mim e de minha irmã. A gente mora em uma casa chamada tapiri. Tapiri é assim: são quatro pedaços de madeira comprida cobertos com palha. Veja como é o modo de vida de Ivaneide, uma menina ribeirinha, que vive em uma área da Floresta Amazônica, na porção norte do estado de Rondônia. ribeirinha: pessoa que vive nas margens ou proximidades de rios, de onde retira boa par- te de seu sustento IL U S T R A Ç Õ E S : K LE B E R M A U R ÍC IO C O E LH O g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 28 12/29/17 7:46 PM 29 Dentro do tapiri só tem as redes e as panelas. Não tem móvel, não tem coisa nenhuma. No mato a gente não tem brinquedo, tem bichos para brincar. Os brinquedos da gente são a paca, a cotia, o macaco. E aparecem muitas aves como o maracanã, o periquito, o gavião, a arara. Os animais vêm no quintal de casa. Eles não têm medo nenhum. Morar aqui é ótimo: a gente come bacuri e cacau no mato, brinca com os bichos. [...] Crianças do Brasil – Suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos, de José Santos. Ilustrações de Cláudio Martins. São Paulo: Peirópolis: Museu da Pessoa, 2008. p. 67. ILUSTRAÇÕES: KLEBER MAURÍCIO COELHO g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 29 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 28 04/01/18 7:16 PM 29 • Dê continuidade à leitura do texto e peça aos alunos que prestem atenção nos nomes de animais e aves citados. • Explique que a fauna e a flora da região Amazônica possuem uma enorme biodiversidade, ou seja, são muito ricas em espécies de animais e vegetação. • As espécies citadas no texto farão parte do trabalho de pesquisa soli- citado na seção Mais atividades das páginas 28 e 29 deste manual do pro- fessor. • Se possível, apresente em um mapa do Brasil a região da floresta Amazô- nica para que os alunos observem a sua localização em nosso país. Destaques da BNCC • A proposta do trabalho reconhece os diferentes modos de vida das popu- lações tradicionais em distintos luga- res, conforme orienta a EF03GE03, da BNCC, citada anteriormente. • Grupo 3: Deverá pesquisar sobre os mamífe- ros que vivem na região da floresta Amazô- nica, elaborando o cartaz com as seguintes informações: .imagens de paca; .imagens de cutia; .imagens de macacos da região. • Grupo 4: Deverá pesquisar sobre as aves da região, elaborando o cartaz com as seguintes informações: .imagens de maracanã; .imagens de arara; .imagens de periquito; .imagens de gavião. 28 Lugares diferentes, modos de vida diferentes 13 As pessoas vivem de maneiras diferentes de acordo com o lugar onde moram. O dia a dia de quem vive no campo, por exemplo, costuma ser bem diferente daqueles que vivem nas cidades. [...] passamos a morar na beira do rio Jaci, perto da terra dos índios Uru-Eu-Wau-Wau, aqui mesmo, em Rondônia. Agora já tenho 11 anos. O meu pai virou seringueiro, fica no mato trabalhando, e minha mãe cuida da gente, de mim e de minha irmã. A gente mora em uma casa chamada tapiri. Tapiri é assim: são quatro pedaços de madeira comprida cobertos com palha. Veja como é o modo de vida de Ivaneide, uma menina ribeirinha, que vive em uma área da Floresta Amazônica, na porção norte do estado de Rondônia. ribeirinha: pessoa que vive nas margens ou proximidades de rios, de onde retira boa par- te de seu sustento IL U S T R A Ç Õ E S : K LE B E R M A U R ÍC IO C O E LH O g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 28 12/29/17 7:46 PM 29 Dentro do tapiri só tem as redes e as panelas. Não tem móvel, não tem coisa nenhuma. No mato a gente não tem brinquedo, tem bichos para brincar. Os brinquedos da gente são a paca, a cotia, o macaco. E aparecem muitas aves como o maracanã, o periquito, o gavião, a arara. Os animais vêm no quintal de casa. Eles não têm medo nenhum. Morar aqui é ótimo: a gente come bacuri e cacau no mato, brinca com os bichos. [...] Crianças do Brasil – Suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos, de José Santos. Ilustrações de Cláudio Martins. São Paulo: Peirópolis: Museu da Pessoa, 2008. p. 67. ILUSTRAÇÕES: KLEBER MAURÍCIO COELHO g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 29 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 29 04/01/18 7:16 PM 30 • As atividades desta página têm como proposta uma análise comparativa do modo de vida dos alunos com a vida apresentada pela personagem Ivaneide no texto das páginas 28 e 29. • Incentive os alunos a responderem às questões b, d e f com o maior núme- ro de detalhes possível que possam enriquecer as informações descritas por eles. Se for preciso, auxilie-os na descrição das informações que pre- tendem inserir em suas respostas. • Esta é outra oportunidade de os alunos da turma trocarem informações pesso- ais, desenvolvendo o respeito e a em- patia pelo modo de vida dos colegas. • Aproveite essa troca de informações pessoais para explicitar que cada pessoa possui um jeito diferente de viver. Leve-os a um novo momento de reflexão sobre as diferenças e a importância da tolerância no com- bate às formas de discriminação e preconceito que podem se manifes- tar em relação a costumes, hábitos, tradições e/ou crenças das pessoas. 30 ATIVIDADES 1. Leia novamente o texto das páginas 28 e 29 que descreve o modo de vida da menina Ivaneide e responda às questões a seguir. a. Sublinhe o trecho do texto que descreve como é a moradia de Ivaneide e o que tem dentro dela. b. Sua moradia se parece com a de Ivaneide? Escreva como é o lugar onde você mora. Resposta pessoal. Para descrever as características de sua moradia, os alunos podem citar materiais utilizados na construção, os cômodos e os móveis, ou sensações e sentimentos que têm em relação ao lugar onde moram. c. Com que Ivaneide costuma brincar? Ivaneide brinca com os animais. d. Você costuma brincar com animais como Ivaneide? Se não, com o que você brinca? Resposta pessoal. Caso os alunos respondam positivamente, peça que contem aos colegas com quais animais costumam brincar e em que lugar. e. Por que Ivaneide gosta de morar na floresta, próxima ao rio? Porque ela gosta de comer bacuri e cacau do mato, e brincar com os animais. f. Você gosta do lugar onde mora? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Os alunos podem responder positiva ou negativamente, justificando sensações e sentimentos que possuem sobre o lugar onde vivem. A resposta está indicada no texto. g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 30 12/29/17 7:46 PM 31 As comunidades quilombolas Em várias partes do nosso país existem pessoas que vivem em comunidades quilombolas. Nessas comunidades, seus integrantes mantêm diversas tradições e costumes herdados de seus antepassados. Essas comunidades tiveram origem nos chamados quilombos, antigos povoados formados por africanos e seus descendentes que fugiam das fazendas onde eram escravizados, na época em que havia escravidão no Brasil. Com o fim da escravidão, essas comunidades também passaram a abrigar escravos recém-libertos e pessoas pobres que não encontravam meios para sobreviver nas cidades. As fotos a seguir mostram exemplos de comunidades quilombolas existentes atualmente em nosso país. Comunidade quilombola Dendê, em Cachoeira, Bahia, em 2016. Comunidade quilombola Kalunga de Vão de Almas, em Cavalcante, Goiás, em 2016. herdados: recebem algo que pertenceu a outras pessoas, geralmente antepassados A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S RU B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 31 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 30 04/01/18 7:16 PM 31 • Inicie o estudo do tema explorando o conhecimento prévio dos alunos. Para isso, pergunte a eles: A. Vocês já ouviram falar ou conhe- cem alguma comunidade quilom- bola? B. Qual a origem dessas comunida- des? C. Como as pessoas vivem nessas comunidades? R: Respostas pessoais. Caso os alunos não conheçam comuni- dades quilombolas, pesquise em livros ou na internet outros exemplos de quilombos e mos- tre a eles, comparando os mo- dos de vida de cada uma delas. • Faça a leitura do texto e oriente os alunos a observarem as imagens mostradas nesta página. • Pergunte a eles quais são as carac- terísticas apresentadas em ambas as imagens. Peça que notem os ma- teriais utilizados na construção das casas dessas comunidades. • Investigue se na turma ou na escola há algum aluno que vive em uma co- munidade quilombola ou que tenha ascendência, ainda que não more em uma comunidade. Caso tenha algum aluno, peça a ele que relate como é a sua comunidade ou então explique o que são os quilombolas para os demais alunos conhecerem melhor a sua cultura. • Aproveite o tema sobre as comuni- dades quilombolas para falar sobre as condições de vida dos africanos que foram escravizados no Brasil. • Explique que os africanos trazidos ao Brasil eram capturados por tribos inimigas e enviados para o trabalho escravo nas fazendas. • Se possível, utilize as imagens da matéria disponível em: <https:// mundoestranho.abril.com.br/historia/ como-era-um-navio-negreiro-da- epoca-da-escravidao/#>. Acesso em: 26 nov. 2017. Essas imagens podem ser utilizadas para mostrar como era a terrível viagem dos escravos a bordo dos navios negreiros. Mais atividades • Pesquise informações sobre comunidades quilombolas no município da escola. Em caso de ine- xistência, faça uma pesquisa sobre as comunidades quilombolas existentes no estado. • Providencie imagens dessas comunidades e colha informações como localização, número de moradores, atividades econômicas de seus habitantes, manifestações culturais e artísticas, etc. • Apresente o resultado desta pesquisa para os alunos e aprofunde o conhecimento deles sobre este conteúdo auxiliando-os no que diz respeito ao reconhecimento de comunidades próximas ao lugar onde vivem. 30 ATIVIDADES 1. Leia novamente o texto das páginas 28 e 29 que descreve o modo de vida da menina Ivaneide e responda às questões a seguir. a. Sublinhe o trecho do texto que descreve como é a moradia de Ivaneide e o que tem dentro dela. b. Sua moradia se parece com a de Ivaneide? Escreva como é o lugar onde você mora. Resposta pessoal. Para descrever as características de sua moradia, os alunos podem citar materiais utilizados na construção, os cômodos e os móveis, ou sensações e sentimentos que têm em relação ao lugar onde moram. c. Com que Ivaneide costuma brincar? Ivaneide brinca com os animais. d. Você costuma brincar com animais como Ivaneide? Se não, com o que você brinca? Resposta pessoal. Caso os alunos respondam positivamente, peça que contem aos colegas com quais animais costumam brincar e em que lugar. e. Por que Ivaneide gosta de morar na floresta, próxima ao rio? Porque ela gosta de comer bacuri e cacau do mato, e brincar com os animais. f. Você gosta do lugar onde mora? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Os alunos podem responder positiva ou negativamente, justificando sensações e sentimentos que possuem sobre o lugar onde vivem. A resposta está indicada no texto. g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 30 12/29/17 7:46 PM 31 As comunidades quilombolas Em várias partes do nosso país existem pessoas que vivem em comunidades quilombolas. Nessas comunidades, seus integrantes mantêm diversas tradições e costumes herdados de seus antepassados. Essas comunidades tiveram origem nos chamados quilombos, antigos povoados formados por africanos e seus descendentes que fugiam das fazendas onde eram escravizados, na época em que havia escravidão no Brasil. Com o fim da escravidão, essas comunidades também passaram a abrigar escravos recém-libertos e pessoas pobres que não encontravam meios para sobreviver nas cidades. As fotos a seguir mostram exemplos de comunidades quilombolas existentes atualmente em nosso país. Comunidade quilombola Dendê, em Cachoeira, Bahia, em 2016. Comunidade quilombola Kalunga de Vão de Almas, em Cavalcante, Goiás, em 2016. herdados: recebem algo que pertenceu a outras pessoas, geralmente antepassados A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 31 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 31 04/01/18 7:16 PM 32 • Faça a leitura do texto e explique que nessas comunidades os moradores praticam atividades de subsistência, como o artesanato, o cultivo de ali- mentos, a criação de animais para o sustento da comunidade, entre ou- tras atividades. • Comente as dificuldades enfrenta- das por essas comunidades para permanecerem em suas terras, uma vez que muitos defendem a sua utili- zação para outros fins. • Ressalte que essa é uma importan- te resistência para a conservação do patrimônio histórico e cultural de nosso país. Amplie seus conhecimentos • Para obter informações históricas e atuais sobre a formação e o dia a dia dos povos quilombolas no Brasil, acesse o site a seguir. Fundação Cultural Palmares. Disponível em: <http://www.palmares.gov.br/>. Acesso em: 18 dez. 2017. 32 A cultura quilombola Nos antigos quilombos a vida era diferente. De acordo com os seus costumes, seus moradores caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento. Assim, conseguiram se manter nessas terras mesmo após o fim da escravidão. Hoje, os descendentes desses africanos escravizados que conquistaram a liberdade, chamados quilombolas, ainda vivem nessas áreas e lutam pelo direito de continuar morando nelas. Em todo o Brasil existem mais de 2 mil comunidades quilombolas, sendo que algumas já garantiram seus direitos sobre as terras onde vivem. Essas comunidades preservam seus costumes e tradições, mantendo a riqueza de sua cultura, como danças, músicas, manifestações artísticas e religiosas. Veja alguns exemplos. Moradora de comunidade quilombola de Engenho 2, coletando ervas medicinais, em Alto Paraíso de Goiás, Goiás, em 2016. AN D RE D IB /P U LS AR IM AG EN S RICARDO TELES/ PULSAR IMAGENS g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 32 1/3/18 9:44 PM Comunidade quilombola Chacrinha dos Pretos, em Belo Vale, Minas Gerais, em 2016. 33 Cestas feitas de artesanato em palha na comunidade quilombola da Fazenda Picinguaba, em Ubatuba, São Paulo, em 2016. Crianças jogando capoeira em comunidade quilombola de Sobara, em Araruama, Rio de Janeiro, em 2016. Festa quilombola na Comunidade Negra dos Arturos, em Contagem, Minas Gerais, em 2017. EDSON S ATO/P ULSAR IM AGENS RIC ARDO TELES/P ULSAR IM AGENS CESAR D IN IZ /P ULS AR IM AGENS g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 33 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 32 04/01/18 7:16 PM 33 • Oriente os alunos a observarem as imagens desta página. Questione-os sobre o que está sendo apresentado. • Explique que nas comunidades qui- lombolas são realizadas festas tradi- cionais da cultura africana e também são produzidos objetos artesanais. • Pergunte quem já brincou de capoeira. Após as respostas, comente que essa é uma atividade de origem africana muito praticada por crianças e adultos nas comunidades quilombolas. • Ressalte que todas essas ações possuem raízes culturais africanas que são conservadas em nossa cul- tura. • Comente que essas são maneiras de manter viva a cultura desses povos que, apesar da enorme contribuição para a formação da cultura brasileira, nem sempre têm recebidoa devida valorização. Mais atividades • Se possível, convide um mestre de capoeira para um momento de interação com os alunos. • Organize um momento para que os alunos pratiquem com ele esta atividade. • Antes de jogarem, peça ao convidado que comente sobre a história da capoeira, destacando sua origem, chegada ao Brasil, etc. 32 A cultura quilombola Nos antigos quilombos a vida era diferente. De acordo com os seus costumes, seus moradores caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento. Assim, conseguiram se manter nessas terras mesmo após o fim da escravidão. Hoje, os descendentes desses africanos escravizados que conquistaram a liberdade, chamados quilombolas, ainda vivem nessas áreas e lutam pelo direito de continuar morando nelas. Em todo o Brasil existem mais de 2 mil comunidades quilombolas, sendo que algumas já garantiram seus direitos sobre as terras onde vivem. Essas comunidades preservam seus costumes e tradições, mantendo a riqueza de sua cultura, como danças, músicas, manifestações artísticas e religiosas. Veja alguns exemplos. Moradora de comunidade quilombola de Engenho 2, coletando ervas medicinais, em Alto Paraíso de Goiás, Goiás, em 2016. AN D RE D IB /P U LS AR IM AG EN S RICARDO TELES/ PULSAR IMAGENS g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 32 1/3/18 9:44 PM Comunidade quilombola Chacrinha dos Pretos, em Belo Vale, Minas Gerais, em 2016. 33 Cestas feitas de artesanato em palha na comunidade quilombola da Fazenda Picinguaba, em Ubatuba, São Paulo, em 2016. Crianças jogando capoeira em comunidade quilombola de Sobara, em Araruama, Rio de Janeiro, em 2016. Festa quilombola na Comunidade Negra dos Arturos, em Contagem, Minas Gerais, em 2017. EDSON S ATO/P ULSAR IM AGENS RIC ARDO TELES/P ULSAR IM AGENS CESAR D IN IZ /P ULS AR IM AGENS g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 33 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 33 04/01/18 7:16 PM 34 • Com a apresentação de um texto, esta página possibilita que os alu- nos percebam os diferentes modos de vida dos moradores quilombolas e das pessoas que vivem nas áreas urbanas das cidades. • Leia com os alunos a história con- tada por uma pessoa moradora de uma comunidade quilombola no es- tado do Maranhão. • Explique o significado de algumas palavras que são citadas no texto, como babaçu. Explique que babaçu é uma espécie de palmeira comum da Mata dos Cocais, que se estende por áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. • Saliente que a palmeira de babaçu é fundamental para a região, sendo chamada de “árvore da providên- cia”, pois dela tudo se aproveita, e a população da região a utiliza como matéria-prima para a fabricação de vários produtos. • Comente que da frutose é extraído o óleo para consumo, e da árvore, palhas e fibras que são utilizadas na produção de artesanato. • Se considerar oportuno, providencie imagens do babaçu e de áreas de várzea que também são citadas no texto para serem apresentadas aos alunos em sala de aula. 34 A vida em uma comunidade quilombola O dia a dia das pessoas que vivem em comunidades quilombolas pode ser bem diferente do cotidiano de muitas pessoas que vivem nas cidades. Leia o texto e conheça o cotidiano de uma pessoa que vive no Quilombo de Frechal, localizado no município de Mirinzal, Maranhão. [...] Somos homens livres e donos de uma terra preciosa: a terra de Frechal. Preciosa porque tudo aqui é de todos. Nossa gente trabalha livre, sem patrão, para benefício de toda a comunidade. As mulheres extraem o coco-babaçu do babaçuzal que é nativo daqui da região. Os campos são cheios dessas palmeiras. Tem também o açaí, que é outra palmeira que dá fruto e também o palmito do tronco. Mas é quebrando o coco do babaçu e vendendo no mercado que as mulheres conseguem um bom dinheiro pras famílias comprarem as coisas que faltam. As roças são individuais, de cada família, feitas em áreas rotativas de plantio, mas a terra é de uso comum – de toda a comunidade. Os homens trabalham nas lavouras de arroz (que ficam nas várzeas inundadas), feijão, milho e mandioca. [...] Quilombo de Frechal, de Paula Saldanha. Ilustrações de Regina Yolanda e Paula Saldanha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 16. várzea: área com terreno pla- no próximo às margens de um rio, que fica inundada por água na época das cheias Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. K LE B E R M A U R ÍC IO C O E LH O g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 34 12/29/17 7:46 PM 35 1. De acordo com o que você estudou nas páginas anteriores, responda às questões a seguir. a. Quem foram os formadores dos primeiros quilombos? Foram os africanos escravizados que conquistaram a liberdade e seus descendentes. b. Por que essas pessoas formaram os quilombos? Para se abrigarem distantes das fazendas onde eram escravizados e de onde fugiram. c. Como viviam os quilombolas no passado? Os quilombolas caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento. 2. Responda às questões a seguir de acordo com o texto da página 34. a. Que atividade as mulheres do quilombo de Frechal costumam realizar? Extração de coco-babaçu. b. Que atividades os homens dessa comunidade costumam realizar? Os homens trabalham nas lavouras de arroz, feijão, milho e mandioca. c. Como as mulheres conseguem dinheiro para comprarem as coisas que faltam? Quebrando coco-babaçu e vendendo no mercado. d. As mulheres e os homens do lugar onde você vive têm atribuições diferentes no dia a dia? Converse com os colegas sobre isso. Resposta pessoal. Oriente-os a descreverem a divisão do trabalho entre homens e mulheres no lugar onde vivem. Solicite que analisem e reflitam sobre essa divisão de tarefas. ATIVIDADES g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 35 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 34 04/01/18 7:16 PM 35 • As atividades da página 35 têm como objetivo a investigação do conheci- mento obtido em relação aos povos quilombolas e sua maneira de con- viver com as raízes culturais de seus antepassados. • A página apresenta questões que os alunos deverão responder com base na leitura dos textos e nas ilustrações apresentadas anteriormente. • Auxilie os alunos na interpretação do texto de onde vão retirar as respostas das questões propostas nesta página. • Destaque as questões que ressaltam o papel das mulheres na organização da comunidade. Comente que elas são tão importantes quanto os ho- mens na execução de suas tarefas e que contribuem diretamente para o andamento da comunidade e a so- brevivência dos moradores. • Aproveite a oportunidade para valo- rizar a importância da participação da mulher na sociedade. • Outro ponto que vale destaque é a maneira que os quilombolas traba- lham, sem a existência de patrões, com o trabalho livre, ao contrário de todo o sofrimento vivido por seus an- tepassados escravizados. 34 A vida em uma comunidade quilombola O dia a dia das pessoas que vivem em comunidades quilombolas pode ser bem diferente do cotidiano de muitas pessoas que vivem nas cidades. Leia o texto e conheça o cotidiano de uma pessoa que vive no Quilombo de Frechal, localizado no município de Mirinzal, Maranhão. [...] Somos homens livres e donos de uma terra preciosa: a terra de Frechal. Preciosa porque tudo aqui é de todos. Nossa gente trabalha livre, sem patrão, para benefício de toda a comunidade. As mulheres extraem o coco-babaçu do babaçuzal que é nativo daqui da região. Os campos são cheios dessas palmeiras. Tem também o açaí, que é outra palmeira que dá fruto e também o palmito do tronco. Mas é quebrando o coco do babaçu e vendendo no mercado que as mulheres conseguem um bom dinheiro pras famílias comprarem as coisas que faltam. As roças são individuais, de cada família, feitas em áreas rotativas de plantio, mas a terra é de uso comum – de toda a comunidade.Os homens trabalham nas lavouras de arroz (que ficam nas várzeas inundadas), feijão, milho e mandioca. [...] Quilombo de Frechal, de Paula Saldanha. Ilustrações de Regina Yolanda e Paula Saldanha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 16. várzea: área com terreno pla- no próximo às margens de um rio, que fica inundada por água na época das cheias Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. K LE B E R M A U R ÍC IO C O E LH O g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 34 12/29/17 7:46 PM 35 1. De acordo com o que você estudou nas páginas anteriores, responda às questões a seguir. a. Quem foram os formadores dos primeiros quilombos? Foram os africanos escravizados que conquistaram a liberdade e seus descendentes. b. Por que essas pessoas formaram os quilombos? Para se abrigarem distantes das fazendas onde eram escravizados e de onde fugiram. c. Como viviam os quilombolas no passado? Os quilombolas caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento. 2. Responda às questões a seguir de acordo com o texto da página 34. a. Que atividade as mulheres do quilombo de Frechal costumam realizar? Extração de coco-babaçu. b. Que atividades os homens dessa comunidade costumam realizar? Os homens trabalham nas lavouras de arroz, feijão, milho e mandioca. c. Como as mulheres conseguem dinheiro para comprarem as coisas que faltam? Quebrando coco-babaçu e vendendo no mercado. d. As mulheres e os homens do lugar onde você vive têm atribuições diferentes no dia a dia? Converse com os colegas sobre isso. Resposta pessoal. Oriente-os a descreverem a divisão do trabalho entre homens e mulheres no lugar onde vivem. Solicite que analisem e reflitam sobre essa divisão de tarefas. ATIVIDADES g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 35 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 35 04/01/18 7:16 PM 36 • Para iniciar o estudo sobre as co- munidades indígenas, sugerimos ao professor que organize com os alunos uma roda de conversa sobre o tema. • Pergunte à classe o que conhece sobre o modo de vida dos povos in- dígenas. Conforme os alunos forem citando, liste o que eles disserem na lousa, como forma de registrar o co- nhecimento prévio que possuem so- bre o tema. • Na sequência, peça que acompa- nhem a leitura do texto e, em seguida, pergunte a eles: .Falamos sempre em “indígenas”, como se fossem todos iguais. Será que vivem do mesmo jeito, perten- cem todos à mesma cultura, ao mesmo povo? R: Espera-se que os alunos relatem que não. Para encontrar as res- postas, ofereça meios (internet, livros) para que os alunos pes- quisem as características dos povos indígenas presentes em nosso país atualmente. • Conduza a discussão para os pon- tos que os povos indígenas têm em comum quanto à sua forma de viver. • Após o levantamento das informa- ções, peça a eles que apresentem os resultados obtidos na pesquisa. Eles vão perceber que existem muitos povos de origens, línguas e culturas distintas. • Aproveite a oportunidade para co- mentar que a maior concentração de povos indígenas encontra-se loca- lizada na região da floresta Amazô- nica, embora existam comunidades indígenas espalhadas por todos os estados brasileiros. • Para auxiliá-lo, segue um texto com informações sobre a atual distribuição indígena no território brasileiro. A atual população indígena brasileira, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, é de 896,9 mil indígenas. De acordo com a pesquisa, foram identificadas 305 etnias [...]. Também foram reconhecidas 274 línguas. Dos indígenas com 5 anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português. 36 As comunidades indígenas Atualmente, no Brasil, existem cerca de 200 povos indígenas vivendo em diferentes estados. Os povos indígenas que vivem no Brasil apresentam muitas diferenças entre si, por exemplo, na língua que falam, nas atividades que praticam, festas que realizam e também em suas crenças. Muitos desses povos vivem em aldeias, localizadas nas florestas, e retiram da natureza grande parte do que necessitam para viver. Em geral, os povos indígenas que vivem atualmente no Brasil conservam vários costumes que herdaram de seus antepassados. Entre esses costumes estão a maneira de construir as moradias e organizar a aldeia, de preparar os alimentos, realizar festas, plantar e colher, caçar, pescar, coletar os frutos e as raízes, extraindo da natureza somente aquilo de que necessitam para viver. Observe as imagens a seguir. Nesta foto, podemos observar homens e mulheres do povo LKpeng, participando da pescaria com timbó, feita na lagoa da Ariranha. Os homens são encarregados de bater o timbó na água e as mulheres encarregadas da coleta, no município de Feliz Natal, Mato Grosso, em 2016. timbó: planta jogada na água dos rios para deixar os peixes atordoados, mais fáceis de serem pescados com as mãos R E N A TO S O A R E S / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 36 12/29/17 7:46 PM 37 Homem do povo indígena Paresí, caçando animais em meio à floresta, na aldeia Wazare, em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, em 2017. clareiras: área no interior de uma flo- resta ou bosque, que apresenta poucas árvores O trabalho em comunidade Por meio do trabalho, os povos indígenas constroem suas casas, obtêm os alimentos e vários materiais que utilizam no dia a dia. O trabalho nas aldeias indígenas é dividido entre os homens e as mulheres. Em algumas aldeias, os homens são encarregados da caça e da pesca. Também são eles que retiram as árvores das matas, abrindo clareiras onde, geralmente, constroem moradias ou formam roças. Com a madeira das árvores, eles fazem canoas, arcos, flechas e outros instrumentos. As mulheres são encarregadas do preparo dos alimentos, do cuidado com os filhos pequenos e da criação de alguns animais. Em algumas aldeias, também são elas que cultivam a roça e fazem a colheita. Mulher indígena do povo Kayapó, da Aldeia Moikarakô, transportando lenha para cozinhar alimentos, em São Felix do Xingu, Pará, em 2016. A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 37 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 36 04/01/18 7:16 PM 37 • Oriente os alunos a primeiramente observarem as imagens desta pági- na. Questione-os sobre o que iden- tificam nelas. Conclua dizendo que em ambas as imagens são mostra- dos indígenas exercendo atividades de trabalho. • Oriente os alunos a perceberem que, assim como nas comunidades quilombolas, as mulheres também têm importante papel na sociedade indígena. Aproveite o diálogo para destacar que ambas as comunida- des possuem suas organizações nas atividades de trabalho, o que garante a sobrevivência de todos os membros. • Peça aos alunos que comparem o modo de trabalho das pessoas do lugar onde vivem com o modo de tra- balho das comunidades indígenas. • Auxilie-os nessa comparação, ressal- tando que nas comunidades indíge- nas tanto os homens quanto as mu- lheres exercem suas atividades em meio a florestas, extraindo produtos e também plantando alimentos em pequenas roças, como é o caso de algumas aldeias. Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 342,8 mil, e o menor no Sul, 78,8 mil. Do total de indígenas no País, 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Segundo o censo, 36,2% dos indígenas vivem em área urbana e 63,8% na área rural. [...] BRASIL. No Brasil, população indígena é de 896,9 mil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2015/04/populacao- indigena-no-brasil-e-de-896-9-mil>. Acesso em: 16 dez. 2017. 36 As comunidades indígenas Atualmente, no Brasil, existem cerca de 200 povosindígenas vivendo em diferentes estados. Os povos indígenas que vivem no Brasil apresentam muitas diferenças entre si, por exemplo, na língua que falam, nas atividades que praticam, festas que realizam e também em suas crenças. Muitos desses povos vivem em aldeias, localizadas nas florestas, e retiram da natureza grande parte do que necessitam para viver. Em geral, os povos indígenas que vivem atualmente no Brasil conservam vários costumes que herdaram de seus antepassados. Entre esses costumes estão a maneira de construir as moradias e organizar a aldeia, de preparar os alimentos, realizar festas, plantar e colher, caçar, pescar, coletar os frutos e as raízes, extraindo da natureza somente aquilo de que necessitam para viver. Observe as imagens a seguir. Nesta foto, podemos observar homens e mulheres do povo LKpeng, participando da pescaria com timbó, feita na lagoa da Ariranha. Os homens são encarregados de bater o timbó na água e as mulheres encarregadas da coleta, no município de Feliz Natal, Mato Grosso, em 2016. timbó: planta jogada na água dos rios para deixar os peixes atordoados, mais fáceis de serem pescados com as mãos R E N A TO S O A R E S / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 36 12/29/17 7:46 PM 37 Homem do povo indígena Paresí, caçando animais em meio à floresta, na aldeia Wazare, em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, em 2017. clareiras: área no interior de uma flo- resta ou bosque, que apresenta poucas árvores O trabalho em comunidade Por meio do trabalho, os povos indígenas constroem suas casas, obtêm os alimentos e vários materiais que utilizam no dia a dia. O trabalho nas aldeias indígenas é dividido entre os homens e as mulheres. Em algumas aldeias, os homens são encarregados da caça e da pesca. Também são eles que retiram as árvores das matas, abrindo clareiras onde, geralmente, constroem moradias ou formam roças. Com a madeira das árvores, eles fazem canoas, arcos, flechas e outros instrumentos. As mulheres são encarregadas do preparo dos alimentos, do cuidado com os filhos pequenos e da criação de alguns animais. Em algumas aldeias, também são elas que cultivam a roça e fazem a colheita. Mulher indígena do povo Kayapó, da Aldeia Moikarakô, transportando lenha para cozinhar alimentos, em São Felix do Xingu, Pará, em 2016. A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 37 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 37 04/01/18 7:16 PM 38 • A seção Cidadão do mundo desta página tem como principal objetivo a valorização dos patrimônios históri- co, cultural e artístico do nosso país, desenvolvendo o tema comtemporâ- neo Diversidade cultural, da BNCC. • Comente com os alunos que no Brasil há uma enorme diversidade cultural, ou seja, nos mais diversos lugares existem peculiaridades da cultura. • Explique que essas peculiaridades estão representadas por elemen- tos como danças, ritmos musicais, comidas típicas, festas populares, construções históricas, manifesta- ções religiosas, etc. • Pergunte aos alunos se existe algu- ma manifestação cultural no muni- cípio ou no estado onde eles vivem. Anote na lousa os exemplos citados para posterior explicação sobre cada um desses exemplos. • Aproveite o estudo para investigar a opinião dos alunos em relação aos patrimônios brasileiros. • Ajude-os a opinar, questionando-os se consideram necessário que as tradições e a conservação do patri- mônio sejam passadas de geração para geração. • Conclua o questionamento enfati- zando que a diversidade cultural que observamos em nosso país é uma enorme riqueza do povo brasileiro. Destaques da BNCC • O estudo sobre patrimônio cultural valoriza as manifestações culturais, conforme determina a Competência geral 3 da BNCC. • Competência geral 3: Desenvol- ver o senso estético para reco- nhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de prá- ticas diversificadas da produção artístico‐cultural. Saberes integrados • O estudo desta seção possibilita a realização de uma atividade integrada com a disciplina de Educação Física. • A proposta é organizar e executar um momento de interação entre professores e alunos com a dança do frevo. • Será necessário planejamento para providenciar materiais e organizar o espaço onde será rea- lizada a atividade. • Providencie minissombrinhas coloridas, que são características dessa dança pernambucana. • Pesquise em canais de vídeos da internet algum passo a passo da dança para os alunos apren- derem como segui-la. CIDADÃO DO MUNDO Patrimônio histórico, cultural e artístico O povo brasileiro apresenta uma enorme diversidade cultural. A riqueza de nossa cultura pode ser observada de várias maneiras: em nossas manifestações artísticas (danças e ritmos musicais), nas construções históricas de nossas cidades, nos pratos típicos da nossa culinária, em nossas festas populares, etc. Para proteger essa riqueza cultural e assegurar que ela seja conservada para as próximas gerações, passamos a considerar muitas dessas manifestações culturais do nosso povo como parte do patrimônio cultural. Nesta foto, podemos observar uma parte do centro histórico da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, em 2016, que conserva construções portuguesas do período colonial, com destaque para igrejas e os sobrados em cores vivas, ruas estreitas e ladeiras de chão de pedra. Veja exemplos de alguns desses patrimônios. 38 Nesta foto de 2014, podemos observar o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Esse conjunto faz parte do patrimônio cultural brasileiro. Construído na década de 1940, o conjunto se destaca pelos prédios do arquiteto Oscar Niemeyer, os jardins de Burle Max, e o painel da fachada da igreja em azulejos, de Cândido Portinari. S ER G IO P ED R EI R A / P U LS A R IM A G EN S M A R C O S A M E N D /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 38 12/29/17 7:46 PM A roda de capoeira é uma mistura de dança e luta criada no Brasil por africanos escravizados. Ela é praticada ao som da música cantada pelos capoeiristas, acompanhada de palmas e de instrumentos musicais, entre eles o berimbau e o atabaque. Na foto, roda de capoeira em Ruy Barbosa, Bahia, em 2014. 1. Em sua opinião, como as pessoas devem cuidar do patrimônio histórico, cultural e artístico? 2. O que você faz para cuidar do patrimônio da sua cidade? 39 O frevo é uma manifestação artística da cultura popular brasileira composta por dança e música original dos municípios de Olinda e Recife, no estado de Pernambuco. Surgiu há mais de cem anos e é atualmente o principal ritmo do carnaval pernambucano. Na foto, pessoas dançando frevo em Recife, Pernambuco, em 2016. A arte gráfica do povo indígena Wajãpi faz parte do patrimônio da cultura brasileira. Essa pintura é uma tradição ancestral em que os Wajãpi pintam o corpo e outros objetos com desenhos geométricos feitos com tinturas vegetais, como vemos nesta foto em Manaus, Amazonas, em 2015. C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S LE O C A LD A S / P U LS A R IM A G E N S FA B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 39 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 38 04/01/18 7:16 PM 39 Respostas 1. Resposta pessoal. Estimule os alu- nos a responderem que é necessá- ria a conservação das construções históricas, para evitar que sejam danificadas ou demolidas. Também é necessário manter as tradições culturais e artísticas, passando-as de geração em geração e apresen- tando-as para as pessoas que as desconhecem, sempre valorizando e enaltecendo os elementos que en- riquem o lugar e o país. 2. Resposta pessoal.Estimule a parti- cipação dos alunos e oriente o res- peito por opiniões divergentes. • Comente que, na primeira imagem, uma indígena se pinta conforme as tradições de seu povo, os Wajapis, que vive na Região Norte do Brasil. • A segunda imagem mostra uma roda de capoeira. Comente que ela é praticada em todo o Brasil, como no estado da Bahia, que é o exemplo mostrado nesta página. • Explique que as pessoas da terceira imagem estão dançando frevo e que essa é uma importante manifestação do estado de Pernambuco. É comum as pessoas desse estado, principal- mente da capital Recife e dos muni- cípios do entorno, dançarem frevo durante todo o ano, mas é na época do carnaval que a dança ganha ainda mais destaque, sendo reconhecida até mesmo internacionalmente, fato que valoriza a cultura local. Saberes integrados • Este vídeo deverá ser exibido para os alunos com antecedência, para, assim, ensaiarem o ritmo. • Verifique um espaço amplo na escola onde se possa realizar a atividade. Sugerimos realizá-la na quadra de esportes ou no pátio da escola. • O professor de Educação Física pode ser escolhido para ser o passista principal. Os alunos deverão seguir os passos do frevo no dia da atividade e acompanhar o ritmo tendo como guia o professor. • Estimule a participação de todos no dia da dança, inclusive dos demais profissionais da escola, para que possam interagir nesse momento de aprendizagem e descontração dos alunos. CIDADÃO DO MUNDO Patrimônio histórico, cultural e artístico O povo brasileiro apresenta uma enorme diversidade cultural. A riqueza de nossa cultura pode ser observada de várias maneiras: em nossas manifestações artísticas (danças e ritmos musicais), nas construções históricas de nossas cidades, nos pratos típicos da nossa culinária, em nossas festas populares, etc. Para proteger essa riqueza cultural e assegurar que ela seja conservada para as próximas gerações, passamos a considerar muitas dessas manifestações culturais do nosso povo como parte do patrimônio cultural. Nesta foto, podemos observar uma parte do centro histórico da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, em 2016, que conserva construções portuguesas do período colonial, com destaque para igrejas e os sobrados em cores vivas, ruas estreitas e ladeiras de chão de pedra. Veja exemplos de alguns desses patrimônios. 38 Nesta foto de 2014, podemos observar o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Esse conjunto faz parte do patrimônio cultural brasileiro. Construído na década de 1940, o conjunto se destaca pelos prédios do arquiteto Oscar Niemeyer, os jardins de Burle Max, e o painel da fachada da igreja em azulejos, de Cândido Portinari. S ER G IO P ED R EI R A / P U LS A R IM A G EN S M A R C O S A M E N D /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 38 12/29/17 7:46 PM A roda de capoeira é uma mistura de dança e luta criada no Brasil por africanos escravizados. Ela é praticada ao som da música cantada pelos capoeiristas, acompanhada de palmas e de instrumentos musicais, entre eles o berimbau e o atabaque. Na foto, roda de capoeira em Ruy Barbosa, Bahia, em 2014. 1. Em sua opinião, como as pessoas devem cuidar do patrimônio histórico, cultural e artístico? 2. O que você faz para cuidar do patrimônio da sua cidade? 39 O frevo é uma manifestação artística da cultura popular brasileira composta por dança e música original dos municípios de Olinda e Recife, no estado de Pernambuco. Surgiu há mais de cem anos e é atualmente o principal ritmo do carnaval pernambucano. Na foto, pessoas dançando frevo em Recife, Pernambuco, em 2016. A arte gráfica do povo indígena Wajãpi faz parte do patrimônio da cultura brasileira. Essa pintura é uma tradição ancestral em que os Wajãpi pintam o corpo e outros objetos com desenhos geométricos feitos com tinturas vegetais, como vemos nesta foto em Manaus, Amazonas, em 2015. C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S LE O C A LD A S / P U LS A R IM A G E N S FA B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 39 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 39 04/01/18 7:16 PM 40 • No estudo desta página há a exibi- ção da imagem da estátua de Carlos Drummond de Andrade. • Explique aos alunos que a estátua do poeta Carlos Drummond de Andra- de foi idealizada pelo artista plástico Leo Santana para ser posicionada em um banco no calçadão da famosa praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em homenagem ao poeta. Comente que Drummond costumava se sentar nesses bancos. • Explore a mensagem colocada junto à estatua, onde se lê “não roubem meus óculos, leiam meus livros!”. • Pergunte aos alunos: A. Qual o significado dessa mensa- gem? B. Com qual objetivo ela foi escrita? R: Verifique se os alunos com- preenderam que a mensagem foi escrita com o objetivo de impedir a depredação do patri- mônio público. • Oriente-os na resposta da atividade desta página que questiona a situ- ação da conservação dos patrimô- nios públicos no município onde os alunos moram. Este é um novo mo- mento de reflexão para que os alunos possam compreender a importância do patrimônio para a memória de um determinado lugar. • Aproveite a oportunidade para apre- sentar aos alunos algumas obras de Carlos Drummond de Andrade. Drummond não escrevia poesia es- pecificamente para crianças, mas alguns poemas podem ser trabalha- dos nas séries iniciais, como “Brin- car na Rua”, pertencente ao livro Boi- tempo – menino antigo. 40 Cuidando do nosso patrimônio No Brasil, o órgão responsável pela conservação e divulgação do nosso patrimônio é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É muito importante que todas as pessoas colaborem com a conservação dos patrimônios que existem em nosso país, pois eles pertencem a todas as pessoas. Em muitas cidades, no entanto, podemos encontrar exemplos de patrimônios históricos, culturais e também bens públicos, como praças, monumentos, etc., depredados e malcuidados, ou sem a devida manutenção. Veja a foto abaixo. • No lugar onde você mora, os patrimônios da nossa cultura e também os bens públicos estão bem conservados? Em sua opinião, de que maneira esses patrimônios podem ser mais bem cuidados? Após vários roubos dos óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, um famoso escritor brasileiro, a população colocou esse cartaz ao lado da estátua, em protesto a essas atitudes de depredação do bem público, na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, em 2015. Espera-se que os alunos comentem que ajudar com atitudes de cuidado para preservar os patrimônios e também participar de campanhas que valorizem o patrimônio. A LE X C O U T IN H O R IB E IR O /F O TO A R E N A g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 40 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 40 04/01/18 7:16 PM 41 Amplie seus conhecimentos • UNESCO. Lista do Patrimônio Mun- dial no Brasil. Disponível em: <http:// www.unesco.org/new/pt/brasilia/ culture/world-heritage/>. Acesso em: 18 dez. 2017. • BRASIL. Ministério Público Federal. Territórios de povos tradicionais e as Unidades de Conservação de Prote- ção Integral. 2014. • NASCIMENTO, Lisângela K. O lugar do Lugar no ensino de Geografia. São Paulo: USP, 2012. • OLIVEIRA, Lívia de. O sentido do lu- gar. In: MARANDOLA JR., Eduardo; HOLZER, Werther; OLIVEIRA, Lívia de (Orgs.). Qual o espaço do lugar. São Paulo: Perspectiva, 2012. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE • Finalize esta unidade realizando uma conversa com os alunos, a fim de investigar o que aprende- ram ao longo dos estudos. • Inicie questionando a diferença entre os lugares que frequentam. Peça que relembrem suas rotinas diárias, comentando as principais diferenças e semelhanças entre os lugares que frequentam, como a escola ou algum outro lugar do dia a diado aluno. • Incentive-os a lembrar do modo de vida das crianças da região do Oriente Médio e peça que citem as principais diferenças entre eles e essas crianças. • Investigue o que aprenderam em relação ao modo de vida dos qui- lombolas e dos povos indígenas, suas principais características: modo de vida, costumes e tradi- ções, atividades que praticam, etc. • Por fim, estimule os alunos a re- fletirem sobre a conservação dos patrimônios histórico e público. Peça que apresentem ideias de como evitar a depredação desses patrimônios. 40 Cuidando do nosso patrimônio No Brasil, o órgão responsável pela conservação e divulgação do nosso patrimônio é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É muito importante que todas as pessoas colaborem com a conservação dos patrimônios que existem em nosso país, pois eles pertencem a todas as pessoas. Em muitas cidades, no entanto, podemos encontrar exemplos de patrimônios históricos, culturais e também bens públicos, como praças, monumentos, etc., depredados e malcuidados, ou sem a devida manutenção. Veja a foto abaixo. • No lugar onde você mora, os patrimônios da nossa cultura e também os bens públicos estão bem conservados? Em sua opinião, de que maneira esses patrimônios podem ser mais bem cuidados? Após vários roubos dos óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, um famoso escritor brasileiro, a população colocou esse cartaz ao lado da estátua, em protesto a essas atitudes de depredação do bem público, na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, em 2015. Espera-se que os alunos comentem que ajudar com atitudes de cuidado para preservar os patrimônios e também participar de campanhas que valorizem o patrimônio. A LE X C O U T IN H O R IB E IR O /F O TO A R E N A g19_3pmg_lt_u1_p028a041.indd 40 12/29/17 7:46 PM g19_3pmg_mp_u01_p008a041.indd 41 04/01/18 7:16 PM 42 Conectando ideias 1. Espera-se que os alunos respon- dam que existem prédios, casas, árvores, gramado, pessoas, céu, nuvens, etc. Analise junto com os alunos a imagem de abertura. Peça que eles descrevam tudo o que veem, escrevendo na lousa cada item que for citado. 2. Resposta pessoal. Estimule os alunos a citarem paisagens que possam ser semelhantes à ima- gem da página, como parques, praças ou área urbana. 3. Resposta pessoal. A intenção é que os alunos troquem expe- riências relacionadas às dife- rentes paisagens, distinguindo inicialmente paisagens naturais, rurais e urbanas, por exemplo. [...] O estudo do lugar pode se estender para muito além do texto. E podem-se utilizar outros recursos como a observação de uma paisagem ao vivo ou uma figura desta mes- ma paisagem, fotografias, vídeos, filmes etc. [...]. É sempre conveniente reafirmar que os conteúdos em si são mais do que simples in- formações a serem aprendidas, eles devem significar a possibilidade de se aprender a pensar. [...] CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.) e outros. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 89. O estudo desta unidade tem por ob- jetivo desenvolver o conceito de pai- sagem, dos elementos que a com- põem, compreendendo que está em constante transformação, tanto pela ação da natureza quanto pela inter- venção humana. • Escreva na lousa o título da unidade: “Lugares e paisagens”. • Peça aos alunos que observem a imagem de abertura e questione-os: a imagem que vocês estão vendo é um lugar ou uma paisagem? Qual é a diferença entre lugar e paisagem? • Com essas questões, espera-se que os alunos iniciem um levantamento de hipóteses para explicar as dife- renças entre os conceitos de lugar e paisagem. • Como esta unidade trata de concei- tos fundamentais do saber geográfi- co, é importante esse tipo de reflexão com os alunos. O domínio desses conceitos faz parte dos estudos geográficos com os quais o aluno vai se deparar até o final do Ensino Fun- damental e também no Ensino Médio. • O texto a seguir trata da importância do estudo do lugar. 42 Lugares e paisagens Existem diversos tipos de paisagens em diferentes lugares pelo mundo. Vamos conhecer algumas delas? 1. Que elementos você observa na paisagem da foto? 2. No lugar onde você vive existem paisagens semelhantes a esta? 3. Conte para os colegas sobre outras paisagens que você observa nos lugares que frequenta. CONECTANDO IDEIAS g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 42 12/29/17 7:47 PM 43 Pessoas observando uma paisagem do município de Belém, no Pará, em 2017. Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 43 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 42 04/01/18 7:21 PM 43 • É importante retomar o conceito de lugar, trabalhado na unidade 1, como o que necessariamente envolve a re- lação afetiva entre o ser humano e o espaço de vivência. • Pergunte aos alunos: .Será que nessa paisagem há ele- mentos que não podemos ver? R: Resposta pessoal. Alguns alunos poderão responder negativa- mente. Neste caso, instigue-os a pensar nos sons e nos cheiros que as pessoas da foto podem ouvir e sentir no lugar onde estão, como o barulho dos automóveis e o cheiro das árvores. • Deixe que os alunos respondam li- vremente. A detecção desse conhe- cimento prévio será muito importan- te para o estudo da unidade. 42 Lugares e paisagens Existem diversos tipos de paisagens em diferentes lugares pelo mundo. Vamos conhecer algumas delas? 1. Que elementos você observa na paisagem da foto? 2. No lugar onde você vive existem paisagens semelhantes a esta? 3. Conte para os colegas sobre outras paisagens que você observa nos lugares que frequenta. CONECTANDO IDEIAS g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 42 12/29/17 7:47 PM 43 Pessoas observando uma paisagem do município de Belém, no Pará, em 2017. Z É Z U P P A N I/ P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 43 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 43 04/01/18 7:21 PM 44 Objetivos • Compreender o conceito de paisagem. • Identificar os elementos que constituem as paisagens. • Perceber a paisagem pelos dife- rentes sentidos do corpo: visão, audição, olfato, tato e paladar. • Distinguir paisagens naturais e paisagens culturais. • Analisar registros históricos de paisagens. • Representar paisagens por meio de croquis. Destaques da BNCC • O estudo da paisagem utiliza os co- nhecimentos geográficos em rela- ção à interação sociedade-natureza, conforme orienta a Competência es- pecífica de Geografia para o ensino fundamental 1, da BNCC. • Peça que os alunos analisem a ima- gem de Londres, listando os elemen- tos presentes nela. • Escreva na lousa: “Paisagem de Lon- dres” e, em seguida, escreva os ele- mentos citados pelos alunos. • É importante que os elementos da paisagem e sua classificação estejam registrados para facili- tar a compreensão. • Explore também as demais imagens, analisando os diferentes elementos que as compõem. • Competência específica de Geografia para o ensino fundamental 1: Utilizar os conheci- mentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 44 No lugar onde vivemos podemos observar paisagens com características bem diferentes. Você já observou com atenção como é a paisagem do lugar onde vive? Você sabia que essa paisagem é única, ou seja, ela não se repete em outros lugares? As fotos a seguir mostram paisagens de diferentes lugares. 11 Diferentes lugares, diferentes paisagens Árvores, postes de iluminação, asfalto e automóveis estão presentes na paisagem desta avenida em Londres, capital da Inglaterra, em 2017. Árvores, bancos, brinquedos e aparelhos de ginástica fazem parte da paisagem desta praça, na cidade de Holambra, São Paulo, em 2017. Rio, casas e árvores fazem parte da paisagem desta comunidade ribeirinha localizada no municípiode Almeririm, Pará, em 2017. JA R O S L A W K IL IA N /S H U T T E R S TO C K LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 44 12/29/17 7:47 PM 45 Areia da praia, mar, moradias e vegetação fazem parte desta paisagem da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, em 2017. Cercado com criação de animais, moradias e vegetação fazem parte desta área rural, no município de São Roque de Minas, Minas Gerais, em 2017. Rio, rochas e vegetação fazem parte desta paisagem das proximidades do Monte Roraima, localizado no município de Uiramutã, Roraima, em 2017. 1. Descreva para os colegas como é a paisagem que você observa no lugar onde vive. Resposta pessoal. Incentive os alunos a dialogarem sobre o assunto e contarem detalhes dos elementos que podem ser observados. P A U LO V IL E L A /S H U T T E R S TO C K D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S A D R IA N O K IR IH A R A /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 45 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 44 04/01/18 7:21 PM 45 • Peça que os alunos analisem a ima- gem de São Roque de Minas. • Realize o mesmo procedimento fei- to para a primeira imagem da página anterior. Nesse momento, escreva na lousa os elementos presentes nela citados pelos alunos. • Estimule os alunos a conversarem sobre a diversidade de paisagens. Explique que as cidades têm mui- tos elementos diferentes e que cada parte da cidade compõe uma paisa- gem diferente. • Peça que os alunos analisem a ima- gem de Uiramutã. • Repita o procedimento feito com as imagens anteriores, levantando os elementos presentes na imagem ci- tados pelos alunos e escrevendo-os na lousa. • Analise a imagem, realizando as questões a seguir. A. Por que essa paisagem é tão dife- rente das anteriores? R: Espera-se que a turma perceba que há predomínio de elemen- tos da natureza nessa imagem em relação às demais. B. Comparem a imagem de Uiramutã com a de Holambra, na página an- terior. Qual das duas imagens apre- senta mais elementos da natureza? R: Auxilie os alunos a concluírem que na imagem de Uiramutã há mais elementos da nature- za não transformados pelo ser humano, enquanto na praça de Holambra a vegetação é planta- da (jardinagem e paisagismo). • Repita a atividade com outras ima- gens das páginas 44 e 45. Mais atividades • Peça que os alunos tragam fotos de paisagens recortadas de revistas, da internet ou do acer- vo disponibilizado pela escola. • Organize a montagem de um painel com a turma. • Classifique as paisagens de acordo com os seus tipos: rurais, urbanas, litorâneas, monta- nhosas, desérticas, etc. • Mantenha esse painel na classe para poste- riormente aproveitá-lo para dar exemplos dos tipos de paisagens existentes. • Estimule os alunos a conversarem sobre a di- versidade de paisagens dos municípios. Ex- plique que no campo e na cidade têm muitos elementos diferentes e que cada parte do muni- cípio compõe uma paisagem também diferente. 44 No lugar onde vivemos podemos observar paisagens com características bem diferentes. Você já observou com atenção como é a paisagem do lugar onde vive? Você sabia que essa paisagem é única, ou seja, ela não se repete em outros lugares? As fotos a seguir mostram paisagens de diferentes lugares. 11 Diferentes lugares, diferentes paisagens Árvores, postes de iluminação, asfalto e automóveis estão presentes na paisagem desta avenida em Londres, capital da Inglaterra, em 2017. Árvores, bancos, brinquedos e aparelhos de ginástica fazem parte da paisagem desta praça, na cidade de Holambra, São Paulo, em 2017. Rio, casas e árvores fazem parte da paisagem desta comunidade ribeirinha localizada no município de Almeririm, Pará, em 2017. JA R O S L A W K IL IA N /S H U T T E R S TO C K LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 44 12/29/17 7:47 PM 45 Areia da praia, mar, moradias e vegetação fazem parte desta paisagem da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, em 2017. Cercado com criação de animais, moradias e vegetação fazem parte desta área rural, no município de São Roque de Minas, Minas Gerais, em 2017. Rio, rochas e vegetação fazem parte desta paisagem das proximidades do Monte Roraima, localizado no município de Uiramutã, Roraima, em 2017. 1. Descreva para os colegas como é a paisagem que você observa no lugar onde vive. Resposta pessoal. Incentive os alunos a dialogarem sobre o assunto e contarem detalhes dos elementos que podem ser observados. P A U LO V IL E L A /S H U T T E R S TO C K D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S A D R IA N O K IR IH A R A /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 45 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 45 04/01/18 7:21 PM 46 Destaques da BNCC • O trabalho com o conceito de paisa- gem, que propõe a análise de dife- renciadas imagens e o estudo dos elementos, contempla a habilidade EF03GE04, da BNCC. • Escreva na lousa Paisagem. Peça aos alunos que digam o que vem à cabeça quando pensam no significa- do dessa palavra. • Permita que os alunos falem à von- tade e sistematize na lousa todas as menções ao conceito de paisagem que fizerem. • Ao final, selecione os trechos que podem fazer parte da definição do conceito de paisagem e comparem com o texto apresentado no livro. • É importante complementar com os alunos o que eventualmente ficou fal- tando à definição do termo. • EF03GE04: Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópi- cas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares. 46 Grupo de pessoas observando uma paisagem na Itália, em 2017. As paisagens A paisagem é tudo o que podemos ver em um lugar. Além disso, os cheiros, o frio ou o calor que sentimos e os sons que ouvimos também nos auxiliam a perceber a paisagem de um lugar. Observe a paisagem retratada na foto desta página. 2. Esta paisagem se parece com alguma paisagem que você conhece? Conte aos colegas. 3. O que mais lhe chama a atenção na paisagem desta foto? Procure saber o que mais chamou a atenção dos colegas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a contarem sobre as paisagens que já observaram. Resposta pessoal. Incentive os alunos a comentarem os diferentes elementos presentes na paisagem da foto. P O LI FO TO /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 46 12/29/17 7:47 PM 47 ATIVIDADES 1. Imagine que você é uma das pessoas da foto da página 46 e responda às perguntas a seguir. a. O que você poderia observar nessa paisagem? Os alunos podem citar a vegetação, as montanhas, o céu, etc. b. Que cheiros você poderia sentir? Espera-se que os alunos respondam que podem sentir o cheiro da vegetação (flores, mato, árvores). c. Que sons você poderia ouvir? Espera-se que os alunos respondam que podem ouvir o som de algum animal vindo da vegetação, como pássaros, e da vegetação agitada pelo vento (se houver). 2. Escolha uma paisagem do lugar onde você vive. Perceba os elementos pela observação e também os cheiros, sons e sensações. Depois, desenhe a paisagem no espaço abaixo. Resposta pessoal. Incentive os alunos a comentarem o que desenharam. g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 47 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 46 04/01/18 7:21 PM 47 Acompanhando a aprendizagem • Proponha aos alunos que imaginem uma paisagem. • Peça que listem os elementos pre- sentes na paisagem que eles imagi- naram. • Distribua folhas de papel sulfite para os alunos. • Peça que eles desenhem essa paisa- gem imaginária. • Estimule-os a pensar no que seria possível sentir caso estivessem pre- sentesnessa paisagem, como sons ou cheiros. • Exponha as produções dos alunos no mural da classe. • O texto a seguir trata da importância do desenho na construção da representação pelas crianças. [...] A partir do momento em que a criança percebe que seus rabiscos servem para representar objetos, e que é ela quem es- tabelece a relação entre ambos, inicia-se a construção de um amplo sistema gráfico de representação, no qual se engendram a es- crita e outras formas de representação grá- fica, como os mapas. [...] Desde bem pequenas, as crianças perce- bem que desenho e escrita são formas de di- zer coisas. Por esses meios elas podem “dizer” algo, podem representar elementos da reali- dade que observam e, com isso, ampliar seu domínio e influência sobre o ambiente. [...] ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. p. 27 (Caminhos da Geografia). 46 Grupo de pessoas observando uma paisagem na Itália, em 2017. As paisagens A paisagem é tudo o que podemos ver em um lugar. Além disso, os cheiros, o frio ou o calor que sentimos e os sons que ouvimos também nos auxiliam a perceber a paisagem de um lugar. Observe a paisagem retratada na foto desta página. 2. Esta paisagem se parece com alguma paisagem que você conhece? Conte aos colegas. 3. O que mais lhe chama a atenção na paisagem desta foto? Procure saber o que mais chamou a atenção dos colegas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a contarem sobre as paisagens que já observaram. Resposta pessoal. Incentive os alunos a comentarem os diferentes elementos presentes na paisagem da foto. P O LI FO TO /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 46 12/29/17 7:47 PM 47 ATIVIDADES 1. Imagine que você é uma das pessoas da foto da página 46 e responda às perguntas a seguir. a. O que você poderia observar nessa paisagem? Os alunos podem citar a vegetação, as montanhas, o céu, etc. b. Que cheiros você poderia sentir? Espera-se que os alunos respondam que podem sentir o cheiro da vegetação (flores, mato, árvores). c. Que sons você poderia ouvir? Espera-se que os alunos respondam que podem ouvir o som de algum animal vindo da vegetação, como pássaros, e da vegetação agitada pelo vento (se houver). 2. Escolha uma paisagem do lugar onde você vive. Perceba os elementos pela observação e também os cheiros, sons e sensações. Depois, desenhe a paisagem no espaço abaixo. Resposta pessoal. Incentive os alunos a comentarem o que desenharam. g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 47 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 47 04/01/18 7:21 PM 48 • Introduza o assunto perguntando aos alunos quais são os cinco senti- dos dos seres humanos. • Reforce com a turma que a paisagem deve ser analisada utilizando nossos cinco sentidos. Além disso, na paisa- gem estão presentes a história e os afetos relacionados a ela. • Pergunte à turma se eles conhecem algum deficiente físico (visual ou com outro tipo de deficiência). • Questione: Você já percebeu se a deficiência dessa pessoa que você conhece faz com que os demais sentidos dela sejam mais apurados do que em pessoas sem deficiências físicas? R: Resposta pessoal. Explique que isso ocorre pois, na falta de um dos sentidos, os outros se desen- volvem mais pelo maior uso que o indivíduo faz de cada um deles. • Permita que os alunos relatem os ca- sos que quiserem. Os relatos da tur- ma serão muito necessários para a consolidação da interpretação com- pleta das paisagens. Mais atividades • Peça que os alunos produzam fotos de uma paisagem com uma câmera fotográfica (pode ser a de um aparelho celular). • Essa atividade pode sugerir o auxílio e a parti- cipação de pais ou responsáveis pelos alunos. • Explique que eles poderão fotografar a pai- sagem que quiserem. Reforce que eles já conhecem a definição de paisagem. • No dia marcado para a realização da ati- vidade, organize a turma em roda e peça a cada aluno que observe a própria foto e produza um texto em que constem os ele- mentos presentes naquela paisagem e a identificação de elementos naturais e cul- turais. Peça também que descrevam ou- tras sensações que tiveram ao tirar a foto, como cheiros e sons. • Depois de produzidos os textos, organize os alunos em roda. Cada aluno deverá pas- sar a própria foto para o colega à esquerda. • Oriente os alunos a fazerem a mesma ativi- dade com a foto que receberam. • Ao final da segunda produção de texto, cole a foto e os dois textos produzidos em uma cartolina. 48 Como percebemos os elementos da paisagem A paisagem é algo visível e que se destaca aos nossos olhos. No entanto, a paisagem também pode ser percebida por outros sentidos do corpo, como o olfato, o tato e a audição. Leia a história em quadrinhos a seguir, que mostra como a personagem Dorinha, que é deficiente visual, consegue perceber a paisagem do lugar por onde passeia, guiada pelo seu cão-guia. cão-guia: cachorro treinado para guiar pessoas cegas em diversos ambientes, aumentando a segurança de seu deslocamento © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 48 12/29/17 7:47 PM 49 Dorinha em: Cheiro de quê?, de Mauricio de Sousa. Mônica. São Paulo, Globo, n. 232, p. 60-1. out. 2005. (Turma da Mônica). 1. Dorinha e seu cão estão passeando em que lugar? 2. Marque um X no sentido que Dorinha usou para perceber a paisagem. Visão. Tato. Olfato. Audição. 3. Quais elementos Dorinha identificou no parque? X Em um parque. Colmeia, pé de laranjeira, rosas, grama, hortelã, manjerona, salame, cachorro- -quente, queijo, chocolate, bolo de limão. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 49 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 48 04/01/18 7:21 PM 49 Destaques da BNCC • A atividade envolve análise da ocu- pação humana e produção do espa- ço, presentes na Competência Es- pecífica de Geografia para o Ensino Fundamental 3, da BNCC. • Exponha todos os trabalhos no mural da sala de aula. • Converse com os alunos sobre o resultado. A. As duas análises da imagem são iguais? R: Provavelmente não. B. Mas por que são diferentes se a imagem é a mesma e os alunos estudaram juntos como analisá-la? R: Espera-se que os alunos percebam que a observação da paisagem é subjetiva; cada pessoa se volta para aspectos que mais lhe chamam a atenção ou devido aos conhecimentos prévios de cada um, que são diferentes. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Funda- mental 3: Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geo- gráfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de ana- logia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localiza- ção e ordem. 48 Como percebemos os elementos da paisagem A paisagem é algo visível e que se destaca aos nossos olhos. No entanto, a paisagem também pode ser percebida por outros sentidos do corpo, como o olfato, o tato e a audição. Leia a história em quadrinhos a seguir, que mostra como a personagem Dorinha, que é deficiente visual, consegue perceber a paisagem do lugar por onde passeia, guiada pelo seu cão-guia. cão-guia: cachorro treinado para guiar pessoas cegas em diversos ambientes, aumentando a segurança de seu deslocamento © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 48 12/29/17 7:47 PM 49 Dorinha em: Cheiro de quê?, de Mauricio de Sousa. Mônica. São Paulo, Globo, n. 232, p. 60-1. out. 2005. (Turma da Mônica). 1. Dorinha e seu cão estão passeando em que lugar? 2. Marque um X no sentido que Dorinha usou para perceber a paisagem. Visão. Tato. Olfato. Audição. 3. Quais elementos Dorinha identificou no parque? X Em um parque. Colmeia, pé de laranjeira, rosas, grama, hortelã, manjerona, salame, cachorro- -quente, queijo, chocolate,bolo de limão. © M A U R IC IO D E S O U S A E D IT O R A L T D A . g19_3pmg_lt_u2_p042a049.indd 49 12/29/17 7:47 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 49 04/01/18 7:21 PM 50 • Investigue com os alunos o que eles imaginam que constitui as paisagens naturais, antes de lerem o texto. Ano- te na lousa os comentários. • Explore com os alunos os elemen- tos que compõem as paisagens mostradas. • Permita que eles citem o máximo de elementos e registre as informações na lousa. • Leia com os alunos as legendas das imagens e, se possível, realize a lo- calização do estado onde se situam os municípios. • Sobre paisagens culturais ou humanizadas, leia o texto a seguir. [...] Inicialmente o embate acerca da conceituação da Paisagem deu-se na dicotomia estabele- cida pelos geógrafos que diferenciavam entre paisagem natural e paisagem cultural. A pai- sagem natural refere-se aos elementos combinados de geologia, geomorfologia, vegetação, rios e lagos, enquanto a paisagem cultural, humanizada, inclui todas as modificações feitas pelo homem, como nos espaços urbano e rural. Esses conceitos se atrelam a abordagens filo- sóficas e a uma questão de método de análise. [...] Os estudos de paisagem inicialmente foram 50 Os elementos da paisagem A paisagem de cada lugar se diferencia pelos elementos que a compõem. Esses elementos podem ser naturais ou podem ser criados pelos seres humanos. Por isso, podemos dizer que existem paisagens naturais e paisagens culturais. Paisagens naturais As paisagens naturais são compostas apenas por elementos que foram criados pela natureza, como rios, lagos, cachoeiras, florestas, montanhas e praias. Observe exemplos de paisagens naturais nas fotos abaixo. Paisagem natural da Floresta Amazônica, no município de Parauapebas, Pará, em 2017. Paisagem natural de uma das ilhas de Fernando de Noronha, Pernambuco, em 2017. B A G LO B A L _P IC S /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S R IC A R D O T E LE S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 50 12/29/17 7:47 PM 51 Paisagem cultural em uma área rural no município de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, em 2017. Paisagem cultural em uma área urbana do município de Osasco, São Paulo, em 2017. Paisagens culturais Nas paisagens culturais há a presença de elementos que foram criados ou construídos pelo ser humano. As construções, as ruas e as avenidas de uma cidade, as lavouras, as indústrias e as estradas são exemplos de elementos culturais. Nas fotos a seguir estão retratados alguns desses exemplos. C D Mar. Ruas. Floresta.Praia. Lavoura. Construções. 4. Observe as fotos das páginas 50 e 51 e pinte os quadrinhos a seguir com a cor verde para os elementos das paisagens A e B e com a cor azul para os elementos das paisagens C e D. Verde. Verde. Verde.Azul. Azul. Azul. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 51 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 50 04/01/18 7:21 PM 51 • Pergunte aos alunos: o que é cultura? R: Provavelmente os alunos respon- derão com exemplos de produ- ção artística. • Esse é o momento em que você deve explicar que cultura engloba variados aspectos da produção humana, concebida pelos diferen- tes povos, grupos, comunidades, etc., como vestimentas, código de conduta, cumprimentos, demons- tração de afeto, culinária, compor- tamento à mesa, crenças, danças, músicas, e que todos esses aspec- tos devem ser respeitados. • Então, oriente os alunos a relaciona- rem as paisagens culturais às produ- ções humanas. A. Pergunte: que elementos estão presentes na paisagem da foto c? R: Ponte, prédios, casas, ruas, céu e árvores. B. Continue, então: essa é uma pai- sagem cultural? R: Espera-se que respondam que sim. C. Questione nesse momento que, se eles citaram a presença de elementos naturais, como céu e árvores, que não são elementos criados pelo homem, como pode ser uma paisagem cultural? R: Auxilie os alunos a compreen- derem que paisagem cultural é aquela em que há elementos criados pelo ser humano, não precisando haver predomínio desses elementos. • Desenvolva a mesma dinâmica em relação à segunda imagem da página. • Atente que é provável que haja mais dificuldade em os alunos aceitarem que essa é uma paisagem cultural pelo fato de haver muitas plantas. Explique que essas plantas são áre- as de cultivo, portanto plantadas pelo ser humano, por isso se trata de uma paisagem cultural. Ainda assim, mesmo que houvesse apenas uma casa em meio à floresta, a paisagem seria cultural. focados na descrição das formas físicas da superfície terrestre, sendo que progressivamente foram sendo incorporadas as ações do homem no transcurso do tempo, com a individualiza- ção das paisagens culturais frente às naturais. [...] SILVEIRA, Emerson L. D. Paisagem: um conceito chave na Geografia. In: 12º Encontro de Geógrafos da América Latina, Montevidéu, 2009. Disponível em: <http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Teoriaymetodo/ Conceptuales/23.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2017. 50 Os elementos da paisagem A paisagem de cada lugar se diferencia pelos elementos que a compõem. Esses elementos podem ser naturais ou podem ser criados pelos seres humanos. Por isso, podemos dizer que existem paisagens naturais e paisagens culturais. Paisagens naturais As paisagens naturais são compostas apenas por elementos que foram criados pela natureza, como rios, lagos, cachoeiras, florestas, montanhas e praias. Observe exemplos de paisagens naturais nas fotos abaixo. Paisagem natural da Floresta Amazônica, no município de Parauapebas, Pará, em 2017. Paisagem natural de uma das ilhas de Fernando de Noronha, Pernambuco, em 2017. B A G LO B A L _P IC S /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S R IC A R D O T E LE S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 50 12/29/17 7:47 PM 51 Paisagem cultural em uma área rural no município de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, em 2017. Paisagem cultural em uma área urbana do município de Osasco, São Paulo, em 2017. Paisagens culturais Nas paisagens culturais há a presença de elementos que foram criados ou construídos pelo ser humano. As construções, as ruas e as avenidas de uma cidade, as lavouras, as indústrias e as estradas são exemplos de elementos culturais. Nas fotos a seguir estão retratados alguns desses exemplos. C D Mar. Ruas. Floresta.Praia. Lavoura. Construções. 4. Observe as fotos das páginas 50 e 51 e pinte os quadrinhos a seguir com a cor verde para os elementos das paisagens A e B e com a cor azul para os elementos das paisagens C e D. Verde. Verde. Verde.Azul. Azul. Azul. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 51 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 51 04/01/18 7:21 PM 52 • Em relação à resposta da questão 1 do item c, caso os alunos sintam di- ficuldade em responder, peça que citem os elementos que observam na paisagem do lugar onde vivem, e de- pois conduza uma reflexão para que eles concluam se a maioria desses elementos é natural ou cultural. • O texto destaca a importância da leitura da paisagem na análise geográfica. As informações apre- sentadas orientam sobre os procedimentos que podem ser tomados no estudo das paisagens. A análise das paisagens Aceitando-se a ideia de que a Geografia estuda a realidade, o mundo, através da leitura da paisagem, deve-se reconhecer que a paisagem é a imagem, a representação do espaço em um determinado momento. Não é o espaço em si, é a fotografia do espaço, e como tal expressa tudo o que existe por detrás dela, quer dizer, sua história, seu movimento, que é resultado do jogo deforças dos homens entre si e desses com a natureza. Dependendo do modo que é olhada, percebe-se tudo o que existe por detrás dela. A paisagem é tudo aquilo que se vê, que a nossa visão alcança, e a nossa visão depende da localização em que se está. Daí decorre que 52 ATIVIDADES 1. Observe as paisagens das fotos abaixo. B A a. Escreva o nome de dois elementos que se destacam: •na paisagem A: •na paisagem B: b. Marque um X na foto que mostra: Paisagem de parte do município de Ouro Preto, Minas Gerais, em 2017. Paisagem de parte do município de Cavalcante, Goiás, em 2017. c. Na paisagem do lugar onde você vive, predominam elementos naturais ou elementos culturais? Dê exemplos. •uma paisagem cultural. Foto A. Foto B. •uma paisagem natural. Foto A. Foto B. Vegetação e casas. Rio e vegetação. Resposta pessoal. Caso os alunos sintam dificuldade para responder a essa questão, peça que citem os elementos que observam na paisagem do lugar onde vivem, e depois conduza uma reflexão para que eles concluam se a maioria desses elementos é natural ou cultural. X X R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 52 12/29/17 7:48 PM 53 •Agora, anote as palavras do texto de acordo com o quadro abaixo. 3. Marque a letra C para os elementos culturais e a letra N para os elementos naturais dos quadros abaixo. Vegetação. Lavoura. Indústria. Estrada. Oceano. Montanha. Ponte. Rio. Cidade. Elementos criados pela natureza Elementos construídos pelo ser humano 2. O texto abaixo se refere ao que os moradores de uma cidade viram do alto de uma montanha. Leia-o. [...] lá do alto, viram um riacho de águas cristalinas, árvores cheias de frutos, pássaros que não paravam de cantar e uma cidade pequena e muito linda, cheia de casinhas coloridas, com uma casa maior no meio que era onde trabalhava o prefeito. Depois da montanha azul, de Christiane Gribel. Ilustrações de Bebel Callage. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001. p. 40 Riacho. Pássaros. Cidade. Árvores. Casa maior. N N N N C C C C C Casinhas coloridas. 2. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 53 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 52 04/01/18 7:21 PM 53 • Leia o texto literário com os alunos e auxilie-os com a explicação de algu- ma palavra que porventura não co- nheçam o significado. • Peça que grifem os elementos da paisagem no texto e depois os clas- sifiquem nos quadros. • Utilize outros trechos de livros infan- to-juvenis para realizar trabalhos de análise de descrição de paisagens como o apresentado nesta página. Além de treinar o olhar para a com- posição das paisagens e a interpre- tação de textos, é possível estimular e conduzir os alunos para o mundo da leitura. ela pode ser observada de escalas diferentes e que se apreende o que ela expressa de formas diferenciadas, dependendo da perspectiva do olhar. É fundamental que se ultrapasse a visu- alização da paisagem para encontrar o seu significado, as suas histórias. É preciso entender que a paisagem não se cria por acaso, mas que é resultado da vida dos homens, dos processos de produção, dos movimentos da natureza. [...] CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 110-111. 52 ATIVIDADES 1. Observe as paisagens das fotos abaixo. B A a. Escreva o nome de dois elementos que se destacam: •na paisagem A: •na paisagem B: b. Marque um X na foto que mostra: Paisagem de parte do município de Ouro Preto, Minas Gerais, em 2017. Paisagem de parte do município de Cavalcante, Goiás, em 2017. c. Na paisagem do lugar onde você vive, predominam elementos naturais ou elementos culturais? Dê exemplos. •uma paisagem cultural. Foto A. Foto B. •uma paisagem natural. Foto A. Foto B. Vegetação e casas. Rio e vegetação. Resposta pessoal. Caso os alunos sintam dificuldade para responder a essa questão, peça que citem os elementos que observam na paisagem do lugar onde vivem, e depois conduza uma reflexão para que eles concluam se a maioria desses elementos é natural ou cultural. X X R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 52 12/29/17 7:48 PM 53 •Agora, anote as palavras do texto de acordo com o quadro abaixo. 3. Marque a letra C para os elementos culturais e a letra N para os elementos naturais dos quadros abaixo. Vegetação. Lavoura. Indústria. Estrada. Oceano. Montanha. Ponte. Rio. Cidade. Elementos criados pela natureza Elementos construídos pelo ser humano 2. O texto abaixo se refere ao que os moradores de uma cidade viram do alto de uma montanha. Leia-o. [...] lá do alto, viram um riacho de águas cristalinas, árvores cheias de frutos, pássaros que não paravam de cantar e uma cidade pequena e muito linda, cheia de casinhas coloridas, com uma casa maior no meio que era onde trabalhava o prefeito. Depois da montanha azul, de Christiane Gribel. Ilustrações de Bebel Callage. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001. p. 40 Riacho. Pássaros. Cidade. Árvores. Casa maior. N N N N C C C C C Casinhas coloridas. 2. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 53 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 53 04/01/18 7:21 PM 54 Destaques da BNCC • O estudo proposto pela análise das representações artísticas de paisa- gens desenvolve o senso estético por meio de diversas manifestações artísticas, conforme orienta a Com- petência geral 3, da BNCC. • Explore as obras de arte apresenta- das nas páginas 54 e 55. • Pergunte aos alunos que lugar está sendo retratado. • Peça que eles comparem as duas obras artísticas: A. Em que época foram feitas? R: Paisagem natural, começo do século XIX; avenida Paulista, 2009. B. Quem as produziu? R: Johan Moritz Rugendas e Erico Santos, respectivamente. C. O que cada uma delas mostra? R: Uma floresta com um peque- no grupo de indígenas e uma avenida de uma grande cidade, respectivamente. D. O que elas têm em comum? E em que elas são diferentes? R: Permita que os alunos debatam livremente sobre as obras es- tudadas e citem os elementos semelhantes e os diferentes. • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 54 O registro da paisagem Você comumente observa paisagens pessoalmente ou por fotos. Mas muitas paisagens também são registradas por pinturas em telas. Artistas que viveram em diferentes épocas retrataram em suas telas paisagens do Brasil. Veja as obras de dois desses artistas. •Paisagem natural, pintada por Johan Moritz Rugendas, um artista alemão que viajou pelo Brasil no começo do século 19. Paisagem na mata virgem do Brasil, com figuras, de Johann Moritz Rugendas. Óleo sobre tela, 62,5 cm ≥ 49,5 cm. 1830. C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 54 12/29/17 7:48 PM 55 •Paisagem cultural, pintada por Erico Santos, um dos importantes artistas da pintura brasileira atualmente. • Agora, escolha uma paisagem de que você goste e registre-a com um desenho no caderno ou em uma folha de papel. No seu desenho, procure registrar as principais características da paisagem escolhida, como plantas, rochas, rio, animais, ruas, casas, prédios e praça. Depois de pronto, apresente seu desenhoaos colegas. Avenida Paulista, de Erico Santos. Acrílica sobre tela, 70 cm ≥ 50 cm. 2009. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. A C E R V O D O A R T IS TA – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 55 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 54 04/01/18 7:21 PM 55 Saberes integrados • Proponha uma atividade aos alunos. Peça que eles se imaginem como um pintor e que vão representar uma paisagem que conhecem e de que gostem. • Leve para a sala de aula algumas imagens de pinturas que tenham paisagens retratadas. Ou então, convide os alunos a visitarem uma exposição de pinturas pessoalmen- te (caso haja museus ou galerias no município onde vivem) ou virtual- mente (visita virtual por meio de um site da internet). • Peça ajuda ao professor de Arte para definir os materiais e técnicas mais adequados. • Distribua folhas de papel sulfite ou cartolinas. Se possível, use telas. • Leve os alunos a alguma área exter- na, para que eles possam observar e rascunhar as características das plantas, do solo e dos animais mais detalhadamente. • Explique a eles que a intenção desse tipo de obra é fazer o retrato mais fiel possível da paisagem. • O importante nessa atividade não é a avaliação da qualidade artística das produções, e, sim, verificar o grau de compreensão da importância do re- gistro da paisagem nesses desenhos e a valorização da expressão artísti- ca pelos alunos. 54 O registro da paisagem Você comumente observa paisagens pessoalmente ou por fotos. Mas muitas paisagens também são registradas por pinturas em telas. Artistas que viveram em diferentes épocas retrataram em suas telas paisagens do Brasil. Veja as obras de dois desses artistas. •Paisagem natural, pintada por Johan Moritz Rugendas, um artista alemão que viajou pelo Brasil no começo do século 19. Paisagem na mata virgem do Brasil, com figuras, de Johann Moritz Rugendas. Óleo sobre tela, 62,5 cm ≥ 49,5 cm. 1830. C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 54 12/29/17 7:48 PM 55 •Paisagem cultural, pintada por Erico Santos, um dos importantes artistas da pintura brasileira atualmente. • Agora, escolha uma paisagem de que você goste e registre-a com um desenho no caderno ou em uma folha de papel. No seu desenho, procure registrar as principais características da paisagem escolhida, como plantas, rochas, rio, animais, ruas, casas, prédios e praça. Depois de pronto, apresente seu desenho aos colegas. Avenida Paulista, de Erico Santos. Acrílica sobre tela, 70 cm ≥ 50 cm. 2009. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. A C E R V O D O A R T IS TA – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 55 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 55 04/01/18 7:21 PM 56 Destaques da BNCC • O estudo sobre croquis desenvolve o pensamento espacial e exercita a leitura e a produção de representa- ções cartográficas, conforme orienta a Competência específica de Geo- grafia para o ensino fundamental 4, e auxilia no desenvolvimento da ha- bilidade EF03GE06, da BNCC. • Pergunte aos alunos: a imagem da página 56 representa uma paisagem natural ou cultural? R: Explique que se trata de uma pai- sagem cultural, pois apresenta elementos produzidos pelos se- res humanos (moradias), ainda que seja marcada pela forte pre- sença de elementos naturais (rio e floresta). • Explique aos alunos que paisagens como essas são comuns na região dominada pela presença da flores- ta Amazônica. Explique a eles que o transporte de um lugar para o outro, nessa região, é feito basicamente por barcos pelos rios, pois a floresta é muito fechada e há poucas estradas. • Peça que os alunos analisem a for- ma como o croqui foi produzido, com traços simples, destacando os elementos principais. • Competência específica de Geografia para o ensino funda- mental 4: Desenvolver o pensa- mento espacial, exercitando a lei- tura e produção de representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que en- volvam informações geográficas. • EF03GE06: Identificar e interpre- tar imagens bidimensionais e tridi- mensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. 56 Desenhando a paisagem Os elementos que observamos em uma paisagem também podem ser representados com desenhos ou esboços feitos à mão livre. Esse tipo de representação é chamado croqui. Observe os elementos que existem na paisagem da foto abaixo. Veja como os elementos dessa paisagem foram representados no croqui a seguir. Paisagem de comunidade ribeirinha localizada próxima ao município de Manaus, Amazonas, em 2017. JO S E R O B E R TO C O U TO /T Y B A E R IK M A L A G R IN O g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 56 12/29/17 7:48 PM 57 ATIVIDADES 1. Observe a paisagem da foto abaixo. Paisagem do município de São Joaquim, Santa Catarina, em 2017. •Agora, faça um croqui dessa paisagem, como o exemplo da página anterior. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 57 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 56 04/01/18 7:21 PM 57 Saberes integrados • Peça auxílio do professor de Arte para o desenvolvimento da técnica do croqui junto aos alunos. • O texto a seguir fundamenta o trabalho com a produção do croqui. [...] Croqui é uma representação esquemática dos fatos geográficos. Não é um mapa, não se destina a ser publicado, tem um valor interpretativo de expor questões, não sendo obra de um especialista em cartografia. Não é uma acumulação de signos, mas a escolha amadure- cida dos elementos essenciais que se articulam na questão tratada. A dificuldade está em se conseguir chegar a uma representação que dê clareza de conjunto, complexidade e número de fatos legíveis. É uma arte simples e de difícil expressão figurativa. [...] SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, Ana Fani A. (Org.). A Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. p. 105. (Repensando o ensino). 56 Desenhando a paisagem Os elementos que observamos em uma paisagem também podem ser representados com desenhos ou esboços feitos à mão livre. Esse tipo de representação é chamado croqui. Observe os elementos que existem na paisagem da foto abaixo. Veja como os elementos dessa paisagem foram representados no croqui a seguir. Paisagem de comunidade ribeirinha localizada próxima ao município de Manaus, Amazonas, em 2017. JO S E R O B E R TO C O U TO /T Y B A E R IK M A L A G R IN O g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 56 12/29/17 7:48 PM 57 ATIVIDADES 1. Observe a paisagem da foto abaixo. Paisagem do município de São Joaquim, Santa Catarina, em 2017. •Agora, faça um croqui dessa paisagem, como o exemplo da página anterior. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p050a057.indd 57 12/29/17 7:48 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 57 04/01/18 7:21 PM 58 Destaques da BNCC • O estudo sobre representação es- pacial por meio de uma planta de- senvolve o pensamento espacial e exercita a leitura e a produção de representações cartográficas, con- forme orienta a Competência espe- cífica de Geografia para o ensino fundamental 4, da BNCC, já citada anteriormente. • Peça que os alunos observem a re- presentação da página 58 e respon- dam à questão com base na análise da imagem. • Conduza o trabalho de modo que os alunos façam uma leitura compara- tiva e em conjunto entre as imagensdas páginas 58 e 59. Peça que es- tabeleçam a relação entre os ele- mentos vistos pela visão oblíqua (de frente e do alto) e os elementos vistos pela visão vertical (do alto e de cima para baixo). • Solicite que eles reconheçam cada um deles entre as plantas e, depois, peça que imaginem como seria ob- servar essa imagem da página 59 sozinha, sem a imagem anterior. Seria possível reconhecer todos os elementos facilmente? O que pode- ria ajudar na leitura dessa imagem? R: Espera-se que depois de alguma discussão os alunos concluam que eles necessitariam de uma legenda. • É importante que eles percebam como a legenda é um elemento fundamental em uma representação cartográfica. • Mostre outro mapa e peça que eles analisem a legenda. 58 Criando uma legenda A legenda é uma parte importante das representações, principalmente de croquis, plantas e mapas. Ela traz o significado dos elementos de uma representação, auxiliando o leitor na compreensão e interpretação. Observe a imagem de parte de um bairro visto de frente e do alto, ou seja, em uma visão oblíqua. 1. Escreva o nome de cinco elementos que você pode observar nessa imagem. Praça, escola, casas, prédios e quadra de esportes. D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 58 12/29/17 7:52 PM 59 Veja a seguir o mesmo lugar visto do alto e de cima para baixo, isto é, em uma visão vertical. 2. Agora, observando as imagens das páginas 58 e 59 elabore uma legenda com desenhos que representem os principais elementos desse lugar. Veja o exemplo de dois elementos já representados. Escola. Rua. Árvores. Praça. Quadra de esportes. Casas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 59 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 58 04/01/18 7:21 PM 59 Destaques da BNCC • O estudo do tema trabalha as visões oblíqua e vertical na representação espacial e promove o trabalho com o uso de símbolos e legendas nas repre- sentações, contemplando a habilidade EF03GE07, da BNCC. • Relembre aos alunos que a legen- da apresenta o significado de cores e símbolos, como figuras e letras presentes nas representações. Elas servem para auxiliar na identificação de desenhos, plantas, mapas, etc. A legenda é uma importante parte da representação que auxilia em sua interpretação. Realize outras ativi- dades de representação e leitura de legendas com os alunos. Mais atividades • Organize uma saída com os alunos pelo entorno da escola. • Peça que eles observem toda a paisa- gem ao redor e que façam um esboço para a elaboração de um croqui. • De volta à sala de aula, oriente-os a elaborar um croqui da paisagem do entorno, com base nos registros fei- tos durante o estudo de meio. • Depois do croqui pronto, peça para que eles transformem o croqui de uma visão horizontal para uma visão vertical. Essa etapa é complexa, e eles necessitarão da sua ajuda. A transposição não tem necessidade de ser precisa. A ideia é que haja uma representação vertical do en- torno da escola. • Depois de realizado o mapa, oriente os alunos a elaborarem uma legenda para ele. • Avalie a adequação da legenda e corrija possíveis erros. • EF03GE07: Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representa- ções em diferentes escalas cartográficas. Resposta 2. Espera-se que o aluno elabore uma legenda com desenho para representar cada um dos ele- mentos a seguir: árvores, quadra de esportes, praça e casas. A resposta é pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam. 58 Criando uma legenda A legenda é uma parte importante das representações, principalmente de croquis, plantas e mapas. Ela traz o significado dos elementos de uma representação, auxiliando o leitor na compreensão e interpretação. Observe a imagem de parte de um bairro visto de frente e do alto, ou seja, em uma visão oblíqua. 1. Escreva o nome de cinco elementos que você pode observar nessa imagem. Praça, escola, casas, prédios e quadra de esportes. D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 58 12/29/17 7:52 PM 59 Veja a seguir o mesmo lugar visto do alto e de cima para baixo, isto é, em uma visão vertical. 2. Agora, observando as imagens das páginas 58 e 59 elabore uma legenda com desenhos que representem os principais elementos desse lugar. Veja o exemplo de dois elementos já representados. Escola. Rua. Árvores. Praça. Quadra de esportes. Casas. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 59 7/10/18 10:32 AM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 59 7/10/18 10:34 AM 60 Destaques da BNCC • A análise do texto trata da questão do lixo e da maneira como muitas pessoas descartam o que não utili- zam mais, permitindo um trabalho com parte da habilidade EF03GE08, da BNCC. • Introduza o assunto com uma con- versa. Explique que temos estudado as paisagens e vimos que existem muitos tipos de paisagens. Questio- ne os alunos: A. Uma paisagem é sempre igual as outras? Será que ela muda com o tempo? R: Espera-se que os alunos res- pondam que uma paisagem é diferente da outra e que uma mesma paisagem muda com o passar do tempo. B. E existe algum tipo de passagem que não muda nunca? R: Não, pois mesmo as paisa- gens naturais são alteradas pelas ações da natureza, como estudaremos mais adiante. • Explore o texto, auxiliando-os com o significado de alguma palavra que desconheçam. Incentive-os a recor- rer ao dicionário. • Conduza a exploração do texto de modo que eles concluam que as pessoas que jogam lixo nas ruas não medem as graves consequências que isso pode causar, com danos so- bre o meio ambiente e ao próprio ser humano. O lixo jogado indevidamen- te nas ruas e nas vias públicas atrai animais transmissores de doenças (baratas e ratos, por exemplo), além de ser carregado pelas águas das chuvas até rios, córregos e lagos. Objetivos • Compreender que a paisagem é transformada ao longo do tempo, seja de maneira rápida, seja de maneira lenta. • Identificar as ações humanas como transformadoras das paisagens. • Permita aos alunos que exemplifiquem e debatam sobre como eles têm sido agentes transfor- madores do lugar onde vivem. Oriente para que reconheçam tanto ações positivas, que devem ser mantidas, como as negativas, que precisam ser corrigidas, como o exemplo dado no texto. Ideias para compartilhar • EF03GE08: Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno. 60 A transformação da paisagem12 De que maneira você transforma o lugar onde você vive? O ser humano modifica o lugar onde vive. Muitas vezes, essas transformações são realizadas com a finalidade de melhorar esse lugar. O rio que nasceu de novo Era uma vez um rio muito bonito de água tão clara que dava para ver as pedrinhas lá no fundo. Era gostoso brincar de barquinho, de bola, de boiar em câmara de pneus. Mas alguém que não queria mais um velho sofá e não tinha onde colocar, jogou-o no rio. Nesse rio tão lindo! E aos poucos, o rio foi ficando cheio de lixo de todo o tipo e tamanho: garrafas de vidro e de O texto a seguir relata como alguns moradores que viviam perto de um rio modificaram a paisagem do lugar. Leia-o. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 60 12/29/17 7:52 PM 61 plástico, latas, restos de alimentos, caixa de papelão. Tinha de tudo! [...] Vendo tudo isso acontecer, um vizinho pediu ajuda para os outros e começaram atirar o lixo. Primeiro o lixo miúdo, depois, o entulho das margens. Tiraram tanto lixo que foi preciso um caminhão para fazer o serviço todo. [...] Agora sim! As ruas estão limpas, as pessoas com saúde e o nosso rio voltou a ser como antes, ou até mais bonito. Olhe em volta do rio, parece um jardim! As borboletas coloridas parece que estão dançando. Fizeram até uma ponte! Que legal! O rio que nasceu de novo, de Vera M. C. Casarini. São Paulo: Cetesb, 1998. p. 1-9. 3. Numere a sequência correta das frases a seguir, de acordo com a ordem dos acontecimentos descritos no texto. O rio era muito bonito, de águas claras. Alguns moradores se uniram e retiraram o lixo que havia sido jogado no rio. Ele ficou sujo, pois as pessoas passaram a jogar lixo nele. O rio voltou a ficar bonito, ganhou até uma ponte. 1 3 2 4 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 61 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 60 04/01/18 7:21 PM 61 Destaques da BNCC • O trabalho de análise do texto pro- move a consciência socioambiental, mobilizando a Competência espe- cífica de Geografia para o ensino fundamental 6, da BNCC. Acompanhando a aprendizagem • Distribua folhas de papel sulfite para os alunos. • Peça que dividam a folha em três partes. • Oriente-os para realizar três dese- nhos sobre o texto lido: o rio como era no começo, como ficou com o lixo e como ficou após as pessoas terem feito a sua limpeza. • Avalie se os alunos compreenderam bem o processo de poluição e des- poluição do rio. Saberes integrados • O lixo espalhado pelas ruas e rios, além de contaminar o solo e poluir as águas, também atrai insetos e roedo- res, que podem passar diversas do- enças, como a dengue, a chikun- gunya e a zika. Esse assunto permite uma articulação com a disciplina de Ciências. • Para mais informações sobre essas doenças, acesse o site Prevenção e combate: Dengue, chikungunya e zika. Disponível em: <http://combateaedes. saude.gov.br/pt/sintomas>. Acesso em: 19 dez. 2017. • Competência específica de Geografia para o ensino fundamental 6: Construir argumen- tos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. 60 A transformação da paisagem12 De que maneira você transforma o lugar onde você vive? O ser humano modifica o lugar onde vive. Muitas vezes, essas transformações são realizadas com a finalidade de melhorar esse lugar. O rio que nasceu de novo Era uma vez um rio muito bonito de água tão clara que dava para ver as pedrinhas lá no fundo. Era gostoso brincar de barquinho, de bola, de boiar em câmara de pneus. Mas alguém que não queria mais um velho sofá e não tinha onde colocar, jogou-o no rio. Nesse rio tão lindo! E aos poucos, o rio foi ficando cheio de lixo de todo o tipo e tamanho: garrafas de vidro e de O texto a seguir relata como alguns moradores que viviam perto de um rio modificaram a paisagem do lugar. Leia-o. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 60 12/29/17 7:52 PM 61 plástico, latas, restos de alimentos, caixa de papelão. Tinha de tudo! [...] Vendo tudo isso acontecer, um vizinho pediu ajuda para os outros e começaram a tirar o lixo. Primeiro o lixo miúdo, depois, o entulho das margens. Tiraram tanto lixo que foi preciso um caminhão para fazer o serviço todo. [...] Agora sim! As ruas estão limpas, as pessoas com saúde e o nosso rio voltou a ser como antes, ou até mais bonito. Olhe em volta do rio, parece um jardim! As borboletas coloridas parece que estão dançando. Fizeram até uma ponte! Que legal! O rio que nasceu de novo, de Vera M. C. Casarini. São Paulo: Cetesb, 1998. p. 1-9. 3. Numere a sequência correta das frases a seguir, de acordo com a ordem dos acontecimentos descritos no texto. O rio era muito bonito, de águas claras. Alguns moradores se uniram e retiraram o lixo que havia sido jogado no rio. Ele ficou sujo, pois as pessoas passaram a jogar lixo nele. O rio voltou a ficar bonito, ganhou até uma ponte. 1 3 2 4 G U S TA V O R A M O S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 61 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 61 04/01/18 7:21 PM 62 Mais atividades • Peça que os alunos entrevistem al- gum familiar ou amigo mais velho da família e que more há muito tempo no município do aluno. O ideal é que a pessoa tenha, no mínimo, 50 anos. • Oriente com o roteiro: A. Como é seu nome? B. Quantos anos tem? C. Há quantos anos mora nesse lugar? D. Quais foram as principais mudan- ças que você viu nesse lugar? E. Algumas mudanças melhoraram esse lugar? Quais? F. Algumas mudanças pioraram esse lugar? Quais? • Os alunos deverão trazer os registros para a sala no dia previamente mar- cado pelo professor. • Peça que eles discutam e comparem as respostas. • Ao final, peça que eles elejam e ano- tem as principais mudanças positiva e negativa ocorridas no lugar. • Ao final, organize a turma em grupos e distribua cartolinas . Peça que eles representem, de um lado, a mudan- ça positiva e, de outro, a mudança negativa em seu município. • Explique que as fotos ou desenhos deverão ter legendas para facilitar a comunicação com quem observá-los. • Exponha os cartazes em algum es- paço movimentado da escola. • Pergunte aos alunos se eles identi- ficam alguma semelhança entre as mudanças apresentadas no livro e aquelas relatadas por seus entrevis- tados. Deixe que eles reflitam e esta- beleçam essas relações. 62 O ser humano transforma as paisagens O ser humano modifica as paisagens do lugar onde vive para atender às suas necessidades e interesses. Essas modificações podem ser observadas tanto no campo quanto nas cidades. Transformações nas paisagens das cidades O ser humano transforma as paisagens das cidades quando: abre novos bairros para a construção de moradias ou indústrias; substitui construções antigas por outras novas; constrói, revitaliza ou amplia ruas e avenidas para melhorar o trânsito. Manutenção de avenida na cidade de Campinas, São Paulo, em 2015. Construção de área industrial, no município de Ubajara, Ceará, em 2017. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S LU IS S A LV A TO R E / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 62 12/29/17 7:52 PM 63 constrói usinas hidrelétricas no curso dos rios. Transformações nas paisagens do campo O ser humano modifica as paisagens do campo quando: retira florestas para plantar lavouras ou formar pastagens; explora recursos minerais, como metais ou pedras preciosas abaixo do solo; Vista do canteiro de obras da barragem da hidrelétrica de Belo Monte, próximo ao município de Altamira, Pará, em 2014. Vista de área agrícola, em Varna, Bulgária, em 2016. V R S T U D IO /S H U T T E R S TO C K P H IL C L A R K E H IL L /P IC T U R E S LT D ./ C O R B IS /G E T T Y IM A G E S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 63 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 62 04/01/18 7:21 PM 63 Destaques da BNCC • O assunto desta página trata da pro- dução do espaço, contemplando a Competência específica de Geo- grafia para o ensino fundamental 3, da BNCC, já citada anteriormente. • Pergunte aos alunos: A. Estudamos que os ambientes ur- banos passam por muitas mudan- ças (se a escola se localizar no espaço rural, inverta as questões). Será que as áreas de campo tam- bém sofrem mudanças? B. Que tipo de mudanças? R: Respostas pessoais. Permita que os alunos exponham todas as suas hipóteses. Anote as respostas deles na lousa. • Verifique com os alunos se as hipóte- ses que eles levantaram, e que estão anotadasna lousa, coincidem com os textos da página 63. 62 O ser humano transforma as paisagens O ser humano modifica as paisagens do lugar onde vive para atender às suas necessidades e interesses. Essas modificações podem ser observadas tanto no campo quanto nas cidades. Transformações nas paisagens das cidades O ser humano transforma as paisagens das cidades quando: abre novos bairros para a construção de moradias ou indústrias; substitui construções antigas por outras novas; constrói, revitaliza ou amplia ruas e avenidas para melhorar o trânsito. Manutenção de avenida na cidade de Campinas, São Paulo, em 2015. Construção de área industrial, no município de Ubajara, Ceará, em 2017. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S LU IS S A LV A TO R E / P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 62 12/29/17 7:52 PM 63 constrói usinas hidrelétricas no curso dos rios. Transformações nas paisagens do campo O ser humano modifica as paisagens do campo quando: retira florestas para plantar lavouras ou formar pastagens; explora recursos minerais, como metais ou pedras preciosas abaixo do solo; Vista do canteiro de obras da barragem da hidrelétrica de Belo Monte, próximo ao município de Altamira, Pará, em 2014. Vista de área agrícola, em Varna, Bulgária, em 2016. V R S T U D IO /S H U T T E R S TO C K P H IL C L A R K E H IL L /P IC T U R E S LT D ./ C O R B IS /G E T T Y IM A G E S g19_3pmg_lt_u2_p058a063.indd 63 12/29/17 7:52 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 63 04/01/18 7:21 PM 64 Destaques da BNCC • A atividade de comparação de imagens de um mesmo lugar ana- lisa mudanças e permanências, contemplando o estudo das paisa- gens conforme sugere a habilidade EF03GE04, da BNCC, já citada an- teriormente. • Peça que os alunos explorem as fo- tos da página 64. • Investigue se eles já viram pessoalmen- te alguma lavoura de trigo. Deixe que eles exponham as suas experiências. • Pergunte se eles sabem para que ser- ve o trigo. Peça que deem exemplos de alimentos que usam o trigo como matéria-prima. Se eles não consegui- rem, auxilie-os dando dicas. • Peça que eles observem a segunda imagem e respondam o que ela retrata. • Pergunte se eles já viram alguma plantação de soja e para que serve a soja. • Destaque a importância da soja nas exportações brasileiras, espe- cialmente para a produção de óleo vegetal e ração para animais, como bovinos, aves e suínos. • Surpreenda os alunos dizendo que as duas imagens são do mesmo lu- gar, e que o intervalo entre as duas fotos é de apenas poucos meses. • Conclua perguntando se essa paisa- gem mudou de uma foto para outra e se essa mudança foi rápida. • Pergunte a eles se a rua onde moram ou alguma rua da vizinhança já pas- sou por uma mudança de paisagem que eles tenham observado ou per- cebido. Considere várias alterações como: novas construções, realização de obras nas vias públicas, plantio ou retirada de árvores, etc. 64 Na imagem acima, você observou uma plantação de trigo pronta para ser colhida. Poucos meses depois, o agricultor já havia realizado uma nova plantação, dessa vez, de soja. Observe abaixo como a paisagem foi transformada. As paisagens ao longo do tempo As transformações que o ser humano promove nas paisagens podem acontecer em ritmos diferentes, ou seja, podem ocorrer em pouco tempo ou ao longo de muitos anos. Transformações rápidas Algumas paisagens passam por transformações rápidas, são modificadas em pouco tempo. Observe as imagens a seguir, de diferentes paisagens de um mesmo lugar, na área rural do município de Pardinho, estado de São Paulo, obtidas entre os anos de 2016 e 2017. Lavoura de trigo em ponto de colheita, em outubro de 2016, no município de Pardinho, São Paulo. Lavoura de soja em janeiro de 2017, no município de Pardinho, São Paulo.FO TO S : F A B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 64 12/29/17 7:54 PM 65 Transformações lentas Algumas paisagens são transformadas lentamente, ou seja, as modificações são promovidas pelo ser humano ao longo de muitos anos. Observe um exemplo nas imagens a seguir. 4. Converse com os colegas, sobre as transformações que ocorreram na paisagem da Avenida Paulista, ao longo do tempo. Paisagem da avenida Paulista no dia de sua inauguração, na cidade de São Paulo, em 1891. Avenida Paulista no dia de sua inauguração, de Jules Victor André Martin. Aquarela em papel, 80 cm × 59 cm. 1891. Paisagem da avenida Paulista em 1911, na cidade de São Paulo. Paisagem da avenida Paulista na cidade de São Paulo, em 2017. Resposta nas orientações ao professor. M U S E U P A U LI S TA , S Ã O P A U LO A C E R V O IC O N O G R A P H IA P A U LO V IL E L A /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 65 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 64 04/01/18 7:21 PM 65 • Explore as imagens da página, pe- dindo aos alunos que verifiquem, primeiramente, o tempo transcorrido entre cada uma delas. • Em seguida, aponte com eles os ele- mentos que podem ser observados e que caracterizam bem cada mo- mento histórico, como a rua sem pa- vimentação, os meios de transporte na primeira imagem, o asfaltamento e os postes de eletricidade na segunda imagem e o grande número de edifí- cios e o trânsito na terceira imagem. • O texto a seguir fundamenta o estu- do da transformação das paisagens. [...] A paisagem não se cria de uma só vez, mas por acréscimos, subs- tituições; a lógica pela qual se fez um objeto no passado era a lógica da produção daquele momento. Uma paisagem é uma escrita sobre a outra, é um conjunto de objetos que têm idades diferentes, é uma herança de muitos diferentes mo- mentos. Daí vem a anarquia das cidades capitalistas. Se juntos se mantêm elementos de idades di- ferentes, eles vão responder dife- rentemente às demandas sociais. A cidade é essa heterogeneidade de formas, mas subordinada a um movimento global. O que se cha- ma desordem é apenas a ordem do possível, já que nada é desordena- do. Somente uma parte dos obje- tos geográficos não mais atende aos fins de quando foi construída. Assim, a paisagem é uma herança de muitos momentos, já passados, [...]. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 66. Resposta Verifique se os alunos observaram que muitas árvores foram plantadas e várias residências foram construídas entre 1891 e 1911. Constate com eles que entre 1911 e 2017 grande parte das árvores foi retirada e foram construídos muitos prédios comerciais, que substituíram as construções resi- denciais. O trânsito também se modificou nesta avenida. 64 Na imagem acima, você observou uma plantação de trigo pronta para ser colhida. Poucos meses depois, o agricultor já havia realizado uma nova plantação, dessa vez, de soja. Observe abaixo como a paisagem foi transformada. As paisagens ao longo do tempo As transformações que o ser humano promove nas paisagens podem acontecer em ritmos diferentes, ou seja, podem ocorrer em pouco tempo ou ao longo de muitos anos. Transformações rápidas Algumas paisagens passam por transformações rápidas, são modificadas em pouco tempo. Observe as imagens a seguir, de diferentes paisagens de um mesmo lugar, na área rural do município de Pardinho, estado de São Paulo, obtidas entre os anos de 2016 e 2017. Lavoura de trigo em ponto de colheita, em outubro de 2016, no município de Pardinho, São Paulo. Lavoura de soja em janeiro de 2017, no município de Pardinho, São Paulo.FO TO S : F A B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 64 12/29/17 7:54 PM 65 Transformações lentas Algumas paisagens são transformadas lentamente, ou seja, as modificações são promovidas pelo ser humano ao longo de muitos anos. Observe um exemplo nas imagens a seguir. 4. Converse com os colegas,sobre as transformações que ocorreram na paisagem da Avenida Paulista, ao longo do tempo. Paisagem da avenida Paulista no dia de sua inauguração, na cidade de São Paulo, em 1891. Avenida Paulista no dia de sua inauguração, de Jules Victor André Martin. Aquarela em papel, 80 cm × 59 cm. 1891. Paisagem da avenida Paulista em 1911, na cidade de São Paulo. Paisagem da avenida Paulista na cidade de São Paulo, em 2017. Resposta nas orientações ao professor. M U S E U P A U LI S TA , S Ã O P A U LO A C E R V O IC O N O G R A P H IA P A U LO V IL E L A /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 65 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 65 04/01/18 7:21 PM 66 • O trabalho com a atividade 1 per- mite que os alunos se familiarizem com sistemas de coordenadas de maneira lúdica e em diferentes con- textos, exercitando esse raciocínio de encontrar um determinado ponto na imagem. Para isso, é necessário utilizar a orientação de uma linha e de uma coluna, por exemplo, 3A (linha 3 e coluna A) e no encontro dessas co- ordenadas encontrar um quadrante. Nesse caso, no quadrante determi- nado pela coordenada, o aluno en- contrará uma transformação ocor- rendo na paisagem. • Essa é uma noção cartográfica ele- mentar que, por meio de uma ativi- dade lúdica, permite familiarizar os alunos com sistemas de coordena- das para que, posteriormente, esse raciocínio os auxilie na leitura de ma- pas com coordenadas geográficas. 66 ATIVIDADES 1. Observe a imagem a seguir. Ela apresenta uma paisagem sendo transformada pelo trabalho das pessoas. •De acordo com as transformações retratadas na imagem acima, marque a letra V para as alternativas verdadeiras e a letra F para as alternativas falsas. No quadrante 3C a colheitadeira está colhendo a lavoura. No quadrante 2B está sendo construída uma ponte sobre o lago. No quadrante 1C os trabalhadores estão construindo uma casa. No quadrante 2A os trabalhadores estão asfaltando uma rua. No quadrante 2C os trabalhadores estão construindo uma indústria. 1 2 3 A B C V F V V F D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 66 12/29/17 7:54 PM 67 2. Observe as fotos a seguir. a. Qual dessas paisagens está sendo transformada pela atividade agrícola e com qual finalidade? A paisagem da foto B. Com a finalidade de produzir alimentos. b. Qual dessas paisagens está sendo transformada para a duplicação de estrada e com qual finalidade? A paisagem da foto A. Com a finalidade de melhorar as vias de transporte. 3. Nos espaços abaixo, desenhe uma transformação lenta e uma transformação rápida, causadas pelos seres humanos no lugar onde você vive. BA Obras de duplicação de rodovia, na cidade de Luziânia, Goiás, 2015. Colheita de arroz realizada no município de Tremembé, São Paulo, em 2017. Transformação rápida: Transformação lenta: Resposta pessoal. Os alunos podem representar os efeitos da poda de uma árvore ou pintura de uma casa. Resposta pessoal. Os alunos podem representar a construção de uma casa ou de um prédio. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 67 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 66 04/01/18 7:21 PM 67 • O texto a seguir fundamenta o trabalho com a transformação da paisagem. O conceito de transformação está presente em todo estudo do espaço, uma vez que a sociedade humana, ao satisfazer as necessi- dades que ela mesma cria, atua so- bre a natureza e modifica o seu es- paço. Essa intervenção se dá com apropriação da natureza, ou seja, o homem não se submete ao espaço natural; cada vez mais ele o altera por meio do trabalho. [...] É a intervenção dos grupos hu- manos que constrói formas es- paciais características, como as cidades e os campos de cultivo, em lugar da natureza selvagem ou primitiva, anterior à ação humana. A industrialização, por exemplo, promoveu uma grande transforma- ção no espaço, porque é uma ativi- dade que provoca a concentração de pessoas e requer o desenvolvi- mento de outras atividades secun- dárias. A partir da Revolução Indus- trial, portanto, as cidades passaram a atrair a população para trabalhar nas fábricas, e a urbanização cres- cente requeria a ampliação do co- mércio e dos serviços, para atender à necessidade de transporte, ener- gia, abastecimento de água, coleta de lixo, comunicação. Esse conceito está presente a todo momento nas atividades de obser- vação e análise do espaço, e o traba- lho com a classe, desde as primeiras séries, irá ampliando a percepção do aluno, até que ele se veja como um agente transformador, e não mais como um mero observador. KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de Geografia: memórias da terra: o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996. p. 28-29. (Conteúdo e Metodologia). 66 ATIVIDADES 1. Observe a imagem a seguir. Ela apresenta uma paisagem sendo transformada pelo trabalho das pessoas. •De acordo com as transformações retratadas na imagem acima, marque a letra V para as alternativas verdadeiras e a letra F para as alternativas falsas. No quadrante 3C a colheitadeira está colhendo a lavoura. No quadrante 2B está sendo construída uma ponte sobre o lago. No quadrante 1C os trabalhadores estão construindo uma casa. No quadrante 2A os trabalhadores estão asfaltando uma rua. No quadrante 2C os trabalhadores estão construindo uma indústria. 1 2 3 A B C V F V V F D A N IL O S A N TO S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 66 12/29/17 7:54 PM 67 2. Observe as fotos a seguir. a. Qual dessas paisagens está sendo transformada pela atividade agrícola e com qual finalidade? A paisagem da foto B. Com a finalidade de produzir alimentos. b. Qual dessas paisagens está sendo transformada para a duplicação de estrada e com qual finalidade? A paisagem da foto A. Com a finalidade de melhorar as vias de transporte. 3. Nos espaços abaixo, desenhe uma transformação lenta e uma transformação rápida, causadas pelos seres humanos no lugar onde você vive. BA Obras de duplicação de rodovia, na cidade de Luziânia, Goiás, 2015. Colheita de arroz realizada no município de Tremembé, São Paulo, em 2017. Transformação rápida: Transformação lenta: Resposta pessoal. Os alunos podem representar os efeitos da poda de uma árvore ou pintura de uma casa. Resposta pessoal. Os alunos podem representar a construção de uma casa ou de um prédio. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 67 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 67 04/01/18 7:21 PM 68 • Inicie o assunto pedindo aos alunos exemplos de paisagens naturais. Existem muitos tipos, completamente diferentes entre si. Instigue os alunos para que apresentem uma grande di- versidade de paisagens. • Peça que os alunos observem a ima- gem A da página 68. • Pergunte: essa é uma paisagem na- tural? Por quê? R: Espera-se que os alunos identi- fiquem rapidamente tratar-se de uma paisagem natural pelo fato de apresentar apenas elementos da natureza (floresta e rio). Objetivos • Identificar a natureza como agen- te transformador das paisagens. • Compreender a ação de diferen- tes elementos naturais na trans- formação da paisagem. 68 Natureza e paisagem13 As montanhas, os rios, as florestas, os mares e os desertos são alguns exemplos de elementos da natureza que tornam uma paisagem diferente de outra. Veja as paisagens das fotos a seguir. Vegetação de floresta Amazônica no estado do Mato Grosso, Brasil, em 2016. Parte das montanhas dos Alpes localizadas na França, em 2015. Parte do deserto da Arábia localizado em Dubai, em 2017. C B A ILDO FRAZAO/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES TAESIK PAR K /SH U TTER STO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 68 12/29/17 7:54 PM 69 Animais emmeio à vegetação da Savana, na Tanzânia, África, em 2015. Vegetação de Coníferas na Rússia, em 2015. Placas de gelo em lagoa parcialmente congelada na Islândia, em 2016. D E F 1. Observe novamente as fotos das páginas 68 e 69 e identifique qual é o elemento natural que mais se destaca em cada uma das paisagens. 1. Foto A: vegetação, Foto B: areia, Foto C: montanhas, Foto D: gelo, Foto E: vegetação, Foto F: montanhas. EV G EN IIA N D /IS TO C K PH O TO /G ET TY IM AG ES FO K K E B A AR SSEN /SH U TTER STO C K G O M _Y EO U /S H U TT ER ST O C K FOKKE BAARSSEN/SHUTTERSTOCK g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 69 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 68 04/01/18 7:21 PM 69 • Para complementar o conteúdo, se considerar oportuno, leve imagens de outras paisagens e mostre aos alunos. Realize a exploração das imagens buscando detectar o prin- cipal elemento natural ou cultural de cada paisagem. 68 Natureza e paisagem13 As montanhas, os rios, as florestas, os mares e os desertos são alguns exemplos de elementos da natureza que tornam uma paisagem diferente de outra. Veja as paisagens das fotos a seguir. Vegetação de floresta Amazônica no estado do Mato Grosso, Brasil, em 2016. Parte das montanhas dos Alpes localizadas na França, em 2015. Parte do deserto da Arábia localizado em Dubai, em 2017. C B A ILDO FRAZAO/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES TAESIK PAR K /SH U TTER STO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 68 12/29/17 7:54 PM 69 Animais em meio à vegetação da Savana, na Tanzânia, África, em 2015. Vegetação de Coníferas na Rússia, em 2015. Placas de gelo em lagoa parcialmente congelada na Islândia, em 2016. D E F 1. Observe novamente as fotos das páginas 68 e 69 e identifique qual é o elemento natural que mais se destaca em cada uma das paisagens. 1. Foto A: vegetação, Foto B: areia, Foto C: montanhas, Foto D: gelo, Foto E: vegetação, Foto F: montanhas. EV G EN IIA N D /IS TO C K PH O TO /G ET TY IM AG ES FO K K E B A AR SSEN /SH U TTER STO C K G O M _Y EO U /S H U TT ER ST O C K FOKKE BAARSSEN/SHUTTERSTOCK g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 69 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 69 04/01/18 7:21 PM 70 • Retome com os alunos a discussão sobre a transformação das paisagens. • Pergunte a eles quais elementos transformam as paisagens. • Ressalte o momento em que eles ci- tarem elementos naturais. • Explique que vocês vão estudar os elementos naturais como agentes das mudanças na paisagem. • Pergunte aos alunos: A. Como a água pode transformar as paisagens? R: É provável que os alunos res- pondam por meio da chuva. B. Como a chuva pode alterar as pai- sagens naturais? R: Destaque a ação da água na natureza, escavando o leito dos rios, carregando sedimentos com enxurradas, etc. • Questione os alunos sobre como é uma paisagem onde não chove. O que a falta de água pode causar. • Então, faça a comparação com as imagens da página 70. Analise as duas imagens e explique a eles que se trata do mesmo lugar. • Explique aos alunos que a Caatinga retratada nas imagens é a vegetação típica do Sertão nordestino. Como essa região fica muito tempo sem chuvas, a Caatinga resseca, as plan- tas perdem as folhas. No entanto, as- sim que chove, a vegetação volta a fi- car verde, como na primeira imagem. Mais atividades • Reúna os alunos em duplas e entregue uma cópia da letra da canção “Planeta Água”, de Guilher- me Arantes, para cada aluno. • Coloque a música para eles ouvirem. • A reprodução dessa música pode ser encontrada no site oficial do cantor. • Peça que os alunos destaquem três trechos da canção em que a água está transformando a paisagem. 70 A ação da natureza na transformação da paisagem As paisagens também são transformadas e diferenciadas pela ação dos elementos da natureza, como a luz e o calor do Sol, o vento, a água das chuvas, dos rios e dos mares. Veja os exemplos a seguir. A ação das águas das chuvas Nas fotos a seguir, é possível observar duas paisagens diferentes, embora elas apresentem o mesmo tipo de vegetação: a Caatinga. Veja, nesse exemplo, como a água das chuvas pode modificar a paisagem de um lugar. 2. Como é possível perceber a ação da água das chuvas? Justifique sua resposta. Caatinga: vegetação adaptada à falta de água, típica da região Nordeste do Brasil Paisagem da vegetação de Caatinga, no município de São Raimundo Nonato, Piauí, durante o período de chuvas, em abril de 2015. Paisagem da vegetação de Caatinga no mesmo local da imagem acima durante o período de seca, em outubro 2015. Espera-se que os alunos respondam, pela presença de vegetação mais verde na primeira imagem e a falta de água na vegetação seca, na segunda imagem. FO TO S : F A B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 70 12/29/17 7:54 PM 71 A ação das águas dos rios As águas dos rios também podem transformar as paisagens. O nível das águas de um rio, por exemplo, pode aumentar na época das chuvas e diminuir na época mais seca. Os rios também se deslocam, naturalmente, em direção às partes mais baixas do terreno. Nesse movimento, a força das águas remove A ação da água do mar As águas do mar são responsáveis por transformar grande parte das paisagens litorâneas. Muitas praias, por exemplo, são formadas pelos grãos de areia trazidos pelas águas do mar. Paisagem de cânion nos Estados Unidos, em 2015. Paisagem de falésias no litoral da Itália, em 2017. pequenas partículas de solo que podem, ao longo do tempo, formar vales profundos no relevo, chamados cânions. O movimento e a força das ondas do mar, por sua vez, ao baterem constantemente nas rochas, provocam o desgaste dessas formações, dando origem a paredões, chamados falésias. M A R IA K R A Y N O VA /S H U T T E R S TO C K C R IS T IA N G H IS L A /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 71 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 70 04/01/18 7:21 PM 71 Destaques da BNCC • As conversas em aula visam explicar como processos naturais atuam na mudança das paisagens, contem- plando a habilidade EF03GE04, da BNCC, já citada anteriormente. • Explique aos alunos que também há outros elementos da natureza que transformam a paisagem. • Colete todo o conhecimento prévio dos alunos sobre agentes naturais que transformam as paisagens. So- licite que exponham o que observam em seu dia a dia. • Peça que os alunos citem os rios que conhecem e que já passaram por perto. Pergunte a eles como é a pai- sagem no entorno desses rios. • Explique que as águas oceânicas também atuam como agente modifi- cador das paisagens. Isso ocorre pela ação das ondas que batem contra o relevo litorâneo e também pela ação das correntes marítimas que trans- portam sedimentos de um lugar, de- positando-os em outros lugares. 70 A ação da natureza na transformação da paisagem As paisagens também são transformadas e diferenciadas pela ação dos elementos da natureza, como a luz e o calor do Sol, o vento, a água das chuvas, dos rios e dos mares. Veja os exemplos a seguir. A ação das águas das chuvas Nas fotos a seguir, é possível observar duas paisagens diferentes, embora elas apresentem o mesmo tipo de vegetação: a Caatinga. Veja, nesse exemplo, como a água das chuvas pode modificar a paisagem de um lugar. 2. Como é possível perceber a ação da água das chuvas? Justifique sua resposta. Caatinga: vegetação adaptada à falta de água, típica da região Nordeste do Brasil Paisagem da vegetação de Caatinga, no município de São Raimundo Nonato, Piauí, durante o período de chuvas, em abril de 2015. Paisagem da vegetação de Caatinga no mesmo local da imagem acima durante o período de seca, em outubro 2015. Espera-se que os alunos respondam, pela presença de vegetação mais verde na primeira imagem e a falta de água na vegetação seca, na segundaimagem. FO TO S : F A B IO C O LO M B IN I g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 70 12/29/17 7:54 PM 71 A ação das águas dos rios As águas dos rios também podem transformar as paisagens. O nível das águas de um rio, por exemplo, pode aumentar na época das chuvas e diminuir na época mais seca. Os rios também se deslocam, naturalmente, em direção às partes mais baixas do terreno. Nesse movimento, a força das águas remove A ação da água do mar As águas do mar são responsáveis por transformar grande parte das paisagens litorâneas. Muitas praias, por exemplo, são formadas pelos grãos de areia trazidos pelas águas do mar. Paisagem de cânion nos Estados Unidos, em 2015. Paisagem de falésias no litoral da Itália, em 2017. pequenas partículas de solo que podem, ao longo do tempo, formar vales profundos no relevo, chamados cânions. O movimento e a força das ondas do mar, por sua vez, ao baterem constantemente nas rochas, provocam o desgaste dessas formações, dando origem a paredões, chamados falésias. M A R IA K R A Y N O VA /S H U T T E R S TO C K C R IS T IA N G H IS L A /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 71 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 71 04/01/18 7:21 PM 72 • Explique a ação do vento na trans- formação da paisagem. Comente que o vento carrega sedimentos que colidem com as paredes rochosas e que eles promovem o desgaste das rochas, aliados ao trabalho do sol, da chuva e da variação da temperatura do ambiente. • Pergunte se eles já viram uma duna. Se for possível, apresente aos alunos vídeos que mostrem o movimento das dunas, acessando o site: <http:// g1.globo.com/rj/regiao-serrana/ rjintertv-1edicao/videos/v/temporada- de-ventos-for tes-movimentam- dunas-de-cabo-frio-no-rj/4412697/>, que apresenta uma reportagem sobre a fragilidade das dunas de Cabo Frio (RJ). Ação da natureza ao longo do tempo 72 A ação dos ventos Os ventos podem transportar uma grande quantidade de materiais, como areia e poeira. Em lugares onde existem dunas, a força dos ventos carrega os finos grãos de areia, deslocando-as constantemente de um lugar para o outro. Veja o exemplo abaixo. dunas: montes de areia que se formam pela ação dos ventos Paisagem de dunas no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no estado do Maranhão, em 2016. Paisagem da taça do Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa, Paraná, em 2017. Em alguns lugares, é possível perceber como o vento e a água atuam sobre a paisagem ao longo do tempo. Um exemplo é o Parque Estadual de Vila Velha, no estado do Paraná, onde algumas formações rochosas foram esculpidas pelo vento e pela água ao longo de muitos anos. O parque se destaca por suas esculturas rochosas, como a da foto ao lado, que se parece com a forma de uma taça. N O R IH IS A T A G U C H I/ IS TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 72 12/29/17 7:54 PM 73 1. Marque um X em um ou mais elementos naturais que você observa atuando na transformação da paisagem do lugar onde você vive. Rios. 2. Escreva sobre alguma transformação provocada pela ação da natureza no lugar onde você vive, seja rápida ou lenta. a. Qual elemento da natureza foi responsável pela alteração da paisagem? b. Que transformação ocorreu? Peça aos alunos que descrevam os elementos que se modificaram. c. A transformação que você observou ocorreu de maneira lenta ou rápida? Como você chegou a essa conclusão? d. Faça um desenho para mostrar a transformação da paisagem que você observou. Água do mar. Ventos. Chuvas. ATIVIDADES Resposta pessoal. Os alunos podem identificar um ou mais elementos. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos reconheçam a ação dos elementos da natureza na modificação da paisagem do lugar onde vivem. Oriente os alunos a descreverem se a transformação foi observada de um dia para outro (rápida), ou ao longo de muitos dias, meses ou anos (lenta). Resposta pessoal. Oriente os alunos a comentarem com os colegas o que desenharam. g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 73 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 72 04/01/18 7:21 PM 73 Mais atividades • Explique aos alunos que a maior par- te da eletricidade produzida e consu- mida no Brasil vem de usinas hidrelé- tricas, ou seja, é produzida pela força das águas. • Explique que no Brasil há muitos rios propícios para essa atividade. No entanto, para haver volume de água suficiente para provocar muita força na queda-d’água, é preciso re- presar as águas do rio, isto é, formar um lago artificial. • Distribua para os alunos a letra da canção “Sobradinho”, de Luiz Car- los Pereira de Sá e Guttemberg Nery Guarabyra. Essa letra e reprodução da música podem ser encontradas no site: <https://www.vagalume.com. br/sa-e-guarabyra/sobradinho.html>. Acesso em: 16 dez. 2017. • Peça que os alunos expliquem a mu- dança na paisagem narrada na música. • Localize com os alunos o rio São Francisco e a represa de Sobradinho em um mapa. Ação da natureza ao longo do tempo 72 A ação dos ventos Os ventos podem transportar uma grande quantidade de materiais, como areia e poeira. Em lugares onde existem dunas, a força dos ventos carrega os finos grãos de areia, deslocando-as constantemente de um lugar para o outro. Veja o exemplo abaixo. dunas: montes de areia que se formam pela ação dos ventos Paisagem de dunas no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no estado do Maranhão, em 2016. Paisagem da taça do Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa, Paraná, em 2017. Em alguns lugares, é possível perceber como o vento e a água atuam sobre a paisagem ao longo do tempo. Um exemplo é o Parque Estadual de Vila Velha, no estado do Paraná, onde algumas formações rochosas foram esculpidas pelo vento e pela água ao longo de muitos anos. O parque se destaca por suas esculturas rochosas, como a da foto ao lado, que se parece com a forma de uma taça. N O R IH IS A T A G U C H I/ IS TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 72 12/29/17 7:54 PM 73 1. Marque um X em um ou mais elementos naturais que você observa atuando na transformação da paisagem do lugar onde você vive. Rios. 2. Escreva sobre alguma transformação provocada pela ação da natureza no lugar onde você vive, seja rápida ou lenta. a. Qual elemento da natureza foi responsável pela alteração da paisagem? b. Que transformação ocorreu? Peça aos alunos que descrevam os elementos que se modificaram. c. A transformação que você observou ocorreu de maneira lenta ou rápida? Como você chegou a essa conclusão? d. Faça um desenho para mostrar a transformação da paisagem que você observou. Água do mar. Ventos. Chuvas. ATIVIDADES Resposta pessoal. Os alunos podem identificar um ou mais elementos. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos reconheçam a ação dos elementos da natureza na modificação da paisagem do lugar onde vivem. Oriente os alunos a descreverem se a transformação foi observada de um dia para outro (rápida), ou ao longo de muitos dias, meses ou anos (lenta). Resposta pessoal. Oriente os alunos a comentarem com os colegas o que desenharam. g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 73 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 73 04/01/18 7:21 PM 74 Destaques da BNCC • A análise dos fatores que influenciam a ocorrência de deslizamentos de terra permite aos alunos relacionar a atuação de agentes naturais e an- trópicos na transformação das pai- sagens, contemplando a habilidade EF03GE11, da BNCC. • O assunto trabalhado nesta pági- na propicia o desenvolvimento dos temas contemporâneos da BNCC, Preservação do meio ambiente e Educação em direitos humanos, uma vez que a ocupaçãoirregular de morros acontece devido à falta do direito a moradias adequadas, o que prejudica o meio ambiente. • Explique o processo de deslizamen- tos nas encostas dos morros. • Com auxílio da internet ou material previamente separado, peça que os alunos pesquisem casos de desliza- mentos de terras no Brasil. • Conduza a discussão para que eles percebam que esses casos ocorrem geralmente nos meses de maior inci- dência de chuvas no território brasileiro. Respostas 1. Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem sobre os noticiários a que já tenham assis- tido sobre o assunto. 2. Resposta pessoal. Explique aos alunos que as pessoas moram nesses locais, pois possuem poucos recursos e não têm como morar em lugares onde os terrenos e as moradias são mais valorizados. 3. A não ocupação de áreas íngremes, a conservação da vegetação em áreas de encostas para que a água da chuva não tenha força e carregue os sedimentos superficiais do solo descoberto e as raízes auxiliem a conter a terra quando da ocorrência de chuvas intensas. • EF03GE11: Reconhecer a impor- tância do solo e da água para a vida, identificando seus diferen- tes usos (plantação e extração de materiais, entre outras possi- bilidades) e os impactos desses usos no cotidiano da cidade e do campo. 74 CIDADÃO DO MUNDO Deslizamento de terra na cidade de Mairiporã, São Paulo, em 2016. Ocupação de morros e deslizamentos de terra Em algumas cidades do Brasil, onde predominam formas de relevo com morros, é possível observar a derrubada de árvores para a construção de moradias em encostas. Na época, em que as chuvas ocorrem com mais intensidade, as encostas ficam muito encharcadas. Como não há raízes de árvores que ajudam a fixar o solo, a água penetra, aumentando os riscos de deslizamentos de terra. Quando isso ocorre, porções pesadas de terra escorregam morro abaixo levando tudo o que encontram pela frente. Além de grandes perdas materiais, essas tragédias provocam a morte de pessoas que acabam soterradas pelos escombros. encosta: terreno inclinado 1. Você já tomou conhecimento de algum deslizamento de terra? 2. Em sua opinião, o que leva as pessoas a morarem em encostas de morros? 3. Como os problemas dos deslizamentos poderiam ser evitados? Verifique a opinião dos colegas. E D U A R D O A N IZ E LL I/ FO LH A P R E S S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 74 12/29/17 7:54 PM PARA SABER MAIS 75 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • As diferenças entre as paisagens? • As transformações das paisagens ao longo do tempo? • A natureza e a paisagem? •Rio. Direção de Carlos Saldanha. Estados Unidos: 20th Century Fox, 2011 (96 min). O filme conta uma aventura vivida por uma ararinha azul que descobre novos lugares e suas paisagens. •Aventuras de uma gota d’água, de Samuel Murgel Branco. 3. ed. Ilustrações de Weberson Santiago. São Paulo: Moderna, 2011. Conheça os caminhos percorridos pela água, de sua nascente até se tornar um rio e chegar ao mar, narrada por uma gota d’água. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 75 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 74 04/01/18 7:21 PM 75 Amplie seus conhecimentos • CAVALCANTI, Agostinho; VIADANA, Adler Guilherme. Organização do es- paço e análise da paisagem. Rio Cla- ro: Unesp, 2007. • LEITE, Maria Ângela Faggin Perei- ra. Destruição ou desconstrução? Questões da paisagem e tendên- cias de regionalização. São Paulo: Hucitec, 1994. • SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 2008. • CORRÊA, Roberto Lobato; RO- SENDAHL, Zeny. Paisagem, tem- po e cultura. 2. ed. Rio de Janeiro: Eduerj, 2004. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Imprima imagens de antes e de- pois de transformações de paisa- gens, todas do mesmo tamanho e com o mesmo verso. • Produza um jogo da memória para que os alunos tenham de encon- trar o par da imagem. São duplas de imagens de antes e depois. • A cada vez que o aluno virar a imagem, peça que analise todos os detalhes, para auxiliar a reco- nhecer o seu par. Nesse momen- to, identifique o lugar que a ima- gem representa. • Quando o aluno conseguir fazer o par, pergunte a ele que mudan- ças ocorreram entre uma imagem e outra. • Pergunte se essa foi uma transfor- mação rápida ou lenta. • Esse tipo de imagem pode ser en- contrado nos seguintes sites: .<https://g1.globo.com/mundo/ noticia/imagens-de-antes-e- depois-do-terremoto-no- mexico-revelam-destruicao- causada-pelo-tremor.ghtml>; .<https://www.megacurioso.com. br/historia-e-geografia/71476- confira-27-imagens- impressionantes-de-cidades- antes-e-depois.htm>. Acessos em: 16 dez. 2017. 74 CIDADÃO DO MUNDO Deslizamento de terra na cidade de Mairiporã, São Paulo, em 2016. Ocupação de morros e deslizamentos de terra Em algumas cidades do Brasil, onde predominam formas de relevo com morros, é possível observar a derrubada de árvores para a construção de moradias em encostas. Na época, em que as chuvas ocorrem com mais intensidade, as encostas ficam muito encharcadas. Como não há raízes de árvores que ajudam a fixar o solo, a água penetra, aumentando os riscos de deslizamentos de terra. Quando isso ocorre, porções pesadas de terra escorregam morro abaixo levando tudo o que encontram pela frente. Além de grandes perdas materiais, essas tragédias provocam a morte de pessoas que acabam soterradas pelos escombros. encosta: terreno inclinado 1. Você já tomou conhecimento de algum deslizamento de terra? 2. Em sua opinião, o que leva as pessoas a morarem em encostas de morros? 3. Como os problemas dos deslizamentos poderiam ser evitados? Verifique a opinião dos colegas. E D U A R D O A N IZ E LL I/ FO LH A P R E S S g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 74 12/29/17 7:54 PM PARA SABER MAIS 75 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • As diferenças entre as paisagens? • As transformações das paisagens ao longo do tempo? • A natureza e a paisagem? •Rio. Direção de Carlos Saldanha. Estados Unidos: 20th Century Fox, 2011 (96 min). O filme conta uma aventura vivida por uma ararinha azul que descobre novos lugares e suas paisagens. •Aventuras de uma gota d’água, de Samuel Murgel Branco. 3. ed. Ilustrações de Weberson Santiago. São Paulo: Moderna, 2011. Conheça os caminhos percorridos pela água, de sua nascente até se tornar um rio e chegar ao mar, narrada por uma gota d’água. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_3pmg_lt_u2_p064a075.indd 75 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u02_p042a075.indd 75 04/01/18 7:21 PM 76 Acompanhando a aprendizagem • Competência geral 3: Desenvol- ver o senso estético para reco- nhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de prá- ticas diversificadas da produção artístico-cultural. Esta unidade apresenta conteúdos relacionados aos tipos de trabalho exercidos no campo e na cidade. Espera-se que os alunos associem os produtos às suas respectivas matérias-primas e ao local de onde estas foram extraídas ou produzidas. A unidade também contempla outros temas, como o trabalho infantil, o de- semprego e o trabalho voluntário. Destaques da BNCC • A imagem de abertura da unidade possibilita o acesso a novas formas de expressão artística, além do diá- logo com o conhecimento geográ- fico. A estrutura do monumento em homenagem aos pescadores pode estimular a reflexão sobre a socieda- de e seu meio, suas formas de traba- lho, e instigar a curiosidade dos alu- nos para os estudos a que a unidade se propõe, contemplando a Compe- tência geral 3 da BNCC. • Verifique os conhecimentos prévios a respeito dos conteúdos que serão desenvolvidos nesta uni- dade pedindo aos alunos que, com base em uma análise dos lugares que costumam frequentar, identifiquem os profissionais que trabalham nesses lugares. • Faça umtrabalho com noções de escala com base na imagem: peça que imaginem o tamanho da escultura em relação aos elementos ao redor. • Peça que descrevam a imagem e expliquem se, pelas dimensões e localização, a estrutura valoriza os pescadores. 76 O trabalho e seus produtos Nosso dia a dia está repleto de muitos produtos feitos por meio do trabalho de muitas pessoas. Você já havia pensado sobre isso? Arrastão, de Cordeiro do Maranhão. Monumento em homenagem aos pescadores, em São Luís, Maranhão, em 2015. g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 76 12/29/17 7:54 PM 77 1. Qual trabalho a obra de arte está representando? 2. Qual produto é obtido por esse tipo de trabalho? 3. Pense em outros tipos de trabalho que fazem parte do seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 77 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u03_p076a109.indd 76 04/01/18 7:27 PM 77 Acompanhando a aprendizagem Conectando ideias 1. O trabalho de pescadores arras- tando uma rede de pesca. 2. Os alunos podem responder peixes, camarões, lulas, etc. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem sobre momentos em que observaram outros trabalhadores realizando suas atividades. • Os pescadores foram caracterizados como magros, altos, com chapéus e roupas. Verifique se os alunos percebem que uma rede de pesca é arrastada. • Se possível, localize o município de São Luís no mapa do Brasil. Pergunte qual será a importância dos pescadores para a economia local. Pergunte aos alunos se a notável obra poderia ser um indicativo dos hábitos alimentares da cultura local. 76 O trabalho e seus produtos Nosso dia a dia está repleto de muitos produtos feitos por meio do trabalho de muitas pessoas. Você já havia pensado sobre isso? Arrastão, de Cordeiro do Maranhão. Monumento em homenagem aos pescadores, em São Luís, Maranhão, em 2015. g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 76 12/29/17 7:54 PM 77 1. Qual trabalho a obra de arte está representando? 2. Qual produto é obtido por esse tipo de trabalho? 3. Pense em outros tipos de trabalho que fazem parte do seu dia a dia. CONECTANDO IDEIAS A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 77 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u03_p076a109.indd 77 04/01/18 7:27 PM 78 • A entrada das mulheres no mercado de trabalho vem se mostrando uma conquista ao longo dos anos, mas, em nosso país, ainda existe uma grande diferença na renda entre os gêneros, como aponta o texto a seguir. Destaques da BNCC • Os assuntos desta e das próximas páginas destacam o tema contem- porâneo Trabalho. • Se possível, promova a realização de entrevista em sala de aula com um profissional que trabalhe no bairro. Leve os alunos a conhecerem a ativi- dade desse profissional, onde traba- lha, qual o horário de trabalho, o que faz, do que mais gosta na profissão, etc. O profissional pode ser escolhido de acordo com o interesse dos alunos. Mais atividades • Oriente os alunos a fazerem uma entrevista com seus pais ou respon- sáveis sobre as profissões que eles exercem. Os alunos deverão fazer perguntas sobre a escolha dessa profissão e as atividades que reali- zam. Peça que tragam o registro da entrevista (em forma de perguntas e respostas ou de um texto) e, se pos- sível, fotos ou desenhos dos entre- vistados trabalhando, para mostrar aos colegas. Objetivos • Relacionar o trabalho ao atendi- mento das necessidades do ser humano. • Valorizar o trabalho realizado por diferentes profissionais. • Verificar e refletir sobre o proble- ma do desemprego e do trabalho informal. • Ampliar o repertório a respeito dos tipos de trabalho, como o trabalho voluntário. • Refletir sobre as causas e as solu- ções do problema da exploração do trabalho infantil. Nos últimos 50 anos, as mulheres têm deixado de atuar apenas no ambiente privado para também se lançarem no mercado de trabalho. Os avanços nas leis trabalhistas permitiram o crescimento dessa mão de obra. Em 2007, as mulheres representavam 40,8% do mercado formal de trabalho; em 2016, passaram a ocupar 44% das vagas. 78 Trabalho e trabalhadores11 Você sabia que tudo o que consumimos em nosso dia a dia é produzido pelo trabalho de diferentes pessoas? Chamamos de trabalho todas as atividades realizadas pelas pessoas com o objetivo de suprir alguma necessidade. Podemos observar o trabalho das pessoas nos mais variados lugares, como lojas do comércio, escolas, hospitais, restaurantes, bancos, fábricas e fazendas. Veja alguns exemplos. DC BA H A LF P O IN T/ S H U T T E R S TO C K N A TA -L U N A TA /S H U T T E R S TO C K FE R N A N D O F A V O R E T TO /C R IA R IM A G E M TO M A S W O R K S /S H U T T E R S TO C K g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 78 12/29/17 7:54 PM 79 FE 1. Relacione as fotos das páginas 78 e 79 com o nome de cada profissão que elas representam. Professor. Policial. Costureira. Agricultor. Mecânico. Enfermeira. 2. Complete corretamente as frases com o nome das profissões acima. a. O cuida da segurança das pessoas. b. O orienta a aprendizagem de crianças, jovens e adultos. c. A produz e ajusta roupas. d. O cultiva diversos tipos de alimentos. e. A cuida da saúde das pessoas. f. O conserta vários tipos de automóveis. 3. Converse com os colegas sobre a importância do trabalho de cada profissional mostrado nessas fotos. A F ED C B policial professor costureira agricultor enfermeira mecânico Resposta pessoal. É importante que os alunos percebam como o trabalho realizado por esses e por outros profissionais está presente em nosso dia a dia e reflitam sobre o que aconteceria com a ausência desses trabalhos. M IN E R VA S T U D IO /S H U T T E R S TO C K R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_3pmg_lt_u3_p076a087.indd 79 12/29/17 7:54 PM g19_3pmg_mp_u03_p076a109.indd 78 04/01/18 7:27 PM 79 • É importante mencionar que todas as profissões podem ser exercidas tanto por homens como por mu- lheres. Explique, por exemplo, que hoje em dia algumas profissões que eram exercidas tradicionalmente por homens também são realizadas por mulheres (atualmente as mulheres trabalham nas mais diversas fun- ções, como motoristas, mecânicas, policiais, bombeiras, pilotas de aviões, empresárias e políticas). Destaque também que algumas atividades realizadas tipicamente por mulhe- res hoje também são exercidas por homens (costureiros, chefes de co- zinha, enfermeiros, secretários, etc.). • Explique que, em geral, os homens são mais bem remunerados do que as mulheres, e isso é uma injustiça, pois deve haver igualdade salarial e de oportunidades de empregos en- tre os gêneros. Espera-se despertar a consciência de cidadania pela jus- tiça, equidade de direitos e acesso ao mercado de trabalho. Mais atividades • Peça que os alunos recortem de re- vistas ou pesquisem na internet ima- gens de diferentes profissionais, ou imagens de diferentes pessoas, e colem-nas no caderno. Deverão criar uma narrativa para uma dessas pes- soas, imaginando o tipo de atividade que realiza e como deve ser sua rotina. Deixe-os se expressarem livremente, e, se julgar conveniente, pergunte qual profissional gostariam de ser. Essa diferença tende a ser reduzida. Não faz sentido que mulheres capacitadas e em idade produtiva sejam preteridas no mercado de trabalho pelo único fato de serem mulheres.[...] Apesar dessas melhoras, as mulheres ainda ganham em média menos do que os homens, mesmo tendo mais tempo de estudo e qualificação. [...] BRASIL. Mulheres ganham espaço no mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e- emprego/2017/03/mulheres-ganham-espaco-no-mercado-de-trabalho>. Acesso em: 25 nov. 2017. 78 Trabalho e trabalhadores11 Você sabia que tudo o que consumimos em nosso dia a dia é produzido pelo trabalho de diferentes