Resíduos Sólidos

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Resíduos Sólidos 
Ciências do Ambiente 
Meio Terrestre - Solo 
Definição: Manto superficial formado por rocha degradada e eventualmente, 
cinzas vulcânicas, em mistura com matéria orgânica em decomposição, 
contendo água e ar em proporções variáveis e organismos vivos. 
 
Média - (minerais (45%); ar (25%); água (25%) e matéria orgânica (5%) 
 
Formação: A formação dos solos é resultante da ação combinada de cinco 
fatores: clima (pluviosidade, umidade, temperatura, vento, etc..); natureza dos 
organismos (vegetação, microorganismos decompositores, animais); material 
de origem; relevo e idade. 
 
Intemperismo: é o conjunto de fatores que atuam no processo de 
formação dos solos. 
Meio Terrestre - Solo 
Para determinadas condições de relevo, 
organismos e material de origem, o 
intemperismo aumenta continuamente a 
profundidade do solo, formando os 
horizontes do solo. 
Meio Terrestre - Solo 
- No solo formado começam a estabelecer-se os vegetais e microorganismos; 
- A Lixiviação faz a translocação das frações mais finas do solo e a remoção de sais 
minerais; 
- As frações mais grossas permanecem na parte superior. 
Horizontes do solo – Alfredo Chaves / ES 
Resíduos - Definição 
“Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que 
resultam de atividades da comunidade de origem: 
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 
agrícola, de serviços de varrição. Ficam incluídos 
nesta definição os lodos provenientes de sistemas 
de tratamento de água, aqueles gerados em 
equipamentos e instalações de controle de 
poluição, bem como determinados líquidos cujas 
particularidades tornem inviável o seu 
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos 
de água, ou exijam para isso soluções técnicas e 
economicamente inviáveis em face de melhor 
tecnologia disponível.” 
 
NBR 10.004 - ABNT (2004) 
Resíduo da construção civil 
Resíduo hospitalar 
 
• O lixo quando despejado de modo 
inapropriado cria condições favoráveis 
(habitats) à proliferação de vários vetores 
biológicos: moscas, mosquitos, etc.., além 
de facilitar a contaminação de animais 
domésticos; 
 
• Os vetores são responsáveis pela 
disseminação de várias doenças (febre 
tifóide, ascaridíase, dengue, poliomelite, 
leptospirose, etc..), acarretando sérios 
problemas de saúde pública; 
 
• Poluição Visual e Odores indesejáveis; 
Aspectos Poluidores - Lixo 
 
• O Chorume escoa para os rios e lagos contaminando-os. 
 
Chorume: É o termo utilizado para se referir ao líquido escuro e turvo proveniente 
do armazenamento e repouso do resíduo. Possui alta carga poluidora. 
Aspectos Poluidores - Lixo 
 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 
 Poluição do ar; 
 Poluição do solo (física, biológica, química e estrutural); 
 Poluição das águas (superficiais e subterrâneas). 
 
 
 PROBLEMAS SOCIAIS 
 Estruturação informal do trabalho (catadores de lixo); 
 Exploração do trabalho no mercado de reciclagem; 
 Ausência de mercado desenvolvido para os diversos materiais recicláveis; 
 Educação ambiental em todos os níveis de ensino; 
 Pobreza e exclusão social. 
 
Resíduos – Aspectos Sanitários 
 DIFICULDADES GERENCIAIS 
 Dificuldades na aplicação das Política Nacional e Estadual de Resíduos; 
 Limitações financeiras; 
 Falta de capacitação técnica e profissional da equipe de limpeza urbana; 
 Descontinuidades política e administrativa; 
 Falta de controle ambiental das esferas Federal, Estadual e Municipal. 
 
 PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA 
 Presença de vetores de doenças (insetos, roedores e aves); 
 Doenças veiculadas por vetores. 
 
Resíduos – Aspectos Sanitários 
Resíduos – Classificação: NBR 10.004/2004 
Considerando aspectos práticos e de natureza técnica ligados às possibilidades de 
tratamento e disposição final, a NBR 10.004/2004 classifica os resíduos sólidos em 
perigosos e não perigosos: 
 
Resíduos Classe I ou Perigosos: Constituídos por aqueles que, isoladamente ou por 
mistura, em função de suas características de toxidade, inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade em geral, podem 
apresentar riscos à saúde pública (com aumento de mortalidade ou de morbidade) ou 
efeitos adversos ao meio ambiente, se manuseados ou dispostos sem os devidos 
cuidados. 
Classe I 
Resíduos – Classificação: NBR 10.004/2004 
 
Resíduos Classe II ou Não perigosos: (IIA) – não inertes: são aqueles que não se 
enquadram nas Classes I e IIB. Podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, 
combustibilidade e solubilidade em água; (IIB) – inertes: são aqueles que não se solubilizam 
ou que não têm nenhum de seus componentes solubilizados em concentrações 
superiores aos padrões de potabilidade de água, quando submetidos a um teste 
padrão de solubilização conforme NBR 10.006 (Solubilização de Resíduos). 
Classe IIA Classe IIB 
Resíduos – Classificação quanto a Origem 
 
• Agrícola: todo resíduo sólido proveniente de atividades agrícolas e da pecuária, 
produzidos a partir do manuseio de defensivos agrícolas e de suas embalagens; 
 
 
• Urbano: resíduo originado das residências, estabelecimentos comerciais, feiras 
livres e dos serviços de varrição, poda e capina; 
 
 
• Industrial: provenientes das atividades dos diversos ramos da indústria 
(metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, etc..). O resíduo 
industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodo, óleos, 
resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, 
escórias, vidros e cerâmicas, etc.. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do 
resíduo considerado tóxico; 
 
 
• Serviço de saúde: resíduos sólidos hospitalares, de clínicas médicas e 
veterinárias, consultório odontológico e farmácias. São compostos por agulhas, 
seringas, gases, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, animais usados 
em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, filme de raios-X, etc..; 
 
 
• Construção civil: demolições e restos de obras, solo de escavações, etc.. 
constituem o que se denomina de entulho. O entulho é geralmente um material 
inerte, passível de reaproveitamento. 
 
 
Resíduos – Classificação quanto a Origem 
Resíduos Sólidos – Composição Gravimétrica 
Estima-se que o Brasil gera atualmente cerca de 240.000 toneladas de lixo por dia. 
Deste total 75% de lixo é domiciliar. 90% do lixo domiciliar é despejada no solo, 
sendo que, 10% em aterros e 90% a céu aberto. 
Resíduos – Composição Gravimétrica 
Porcentagem de resíduos gerados na UNIVIX
L ixo Úmido
76,79%
P apel/P apelão
14,10%
V idro
0,34%
Metal
1,54%
P lás tico
7,22%
P apel
P lás tic o
Metal
V idro
L ixo Úmido
Propriedades dos Resíduos Sólidos 
As propriedades dos resíduos sólidos são de grande importância para análise, 
concepção e dimensionamento dos constituintes do sistema de manejo de resíduos 
sólidos. Possibilitam a escolha de alternativas para coleta, tratamento e destinação, 
bem como dos equipamentos envolvidos. 
 
 
- Propriedades Físicas (densidade; umidade) 
 
- Propriedades Químicas (composição química) 
 
- Propriedades biológicas (biodegradabilidade) 
Resíduos Sólidos – Propriedades Físicas 
Resíduos Sólidos – Propriedades Químicas 
 
- Capacidade energética do lixo; 
- Forma de tratamento (reciclagem); 
- Odor (resultado da decomposição anaeróbia de componentes biodegradáveis – 
compostos de enxofre). 
Excluindo-se plásticos, borrachas e couros os demais componentes presentes nos 
resíduos sólidos domésticos podem ser classificados , dentreoutros, como: 
-Componentes solúveis em água (açúcar, 
amido, aminoácidos, e vários ácidos 
orgânicos); 
- Celulose (produto de condensação da 
glicose); 
- Gordura, óleos e ceras (ésteres de álcool e 
longas cadeias de ácidos graxos); 
-Lignina (matéria polimérica contendo 
cadeias aromáticas com grupos – OCH3); 
- Proteínas. 
Resíduos Sólidos – Propriedades Biológicas 
Estrutura geral da lignina 
Resíduos Sólidos - Biodegradabilidade 
BIODEGRADABILIDADE 
Resíduo biodegradável é aquele que é destruído e decomposto por bactérias ou 
outros agentes biológicos. 
Lignina: é um componente não-carboidrato, essencial, da parede celular dos 
vegetais, normalmente considerada indigestível. 
Resíduos Sólidos Perigosos 
RESÍDUOS PERIGOSOS (NBR 10.004/2004) 
RESÍDUOS PERIGOSOS (NBR 10.004/10.004) 
Resíduos Sólidos Perigosos 
Acondicionamento e 
Armazenamento 
Coleta e Transporte 
Tratamento e 
Disposição Final 
ORIGEM 
•Domiciliares 
•Industriais 
•Comerciais 
•Serviços de Saúde 
•Serviços de 
Transporte 
•Construção Civil 
Gestão de Resíduos Sólidos 
Acondicionamento e 
Armazenamento 
• RECIPIENTES RÍGIDOS 
• SACOS PLÁSTICOS DESCARTÁVEIS 
• RECIPIENTES BASCULANTES 
• CONTÊINERES ESTACIONÁRIOS 
Gestão de Resíduos Sólidos 
• DOMICILIAR 
• FEIRAS LIVRES, PRAIAS, CALÇADAS E 
ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS 
• RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
• ESTABELECIMENTOS INDÚSTRIAIS 
Coleta e Transporte 
Gestão de Resíduos Sólidos 
• 25% do lixo domiciliar de Vitória são materiais inertes potencialmente recicláveis, 20% são 
não recicláveis e 55% são materiais orgânicos que podem se transformar em adubo. 
 
• 7% dos 25% de resíduos teoricamente recicláveis são recuperados na Usina de Triagem de 
Vitória; 
Gestão de Resíduos Sólidos 
Coleta Seletiva 
• Recepção, codificação e pesagem dos diversos 
tipos de RSU coletados no município; 
 
• Triagem de parcela significativa dos RSU e 
recuperação de parte do material reciclável contido 
nos resíduos; 
 
• Compostagem de resíduos orgânicos e produção 
de adubo orgânico. 
Gestão de Resíduos Sólidos 
Usina de Triagem 
Tratamento e 
Disposição Final 
RECICLAGEM 
COMPOSTAGEM 
INCINERAÇÃO 
REJEITOS 
DISPOSIÇÃO FINAL 
Aterros ou Lixões 
Gestão de Resíduos Sólidos 
Incineração 
 
Incineração é um processo de queima do lixo em unidades projetadas para este fim 
denominadas incineradores. O objetivo é efetuar a queima total, controlada, do lixo (em 
temperatura de 800° a 1.200°), transformando-o em material inerte, diminuindo 
peso/volume, e gases (podem gerar energia); 
• Processo de uso muito restrito, a exemplo 
do lixo biológico (hospitalar); 
• Incineradores modernos são dotados de 
equipamentos para o controle de poluição do 
ar e dos líquidos; 
• Podem lançar no ar partículas tóxicas; 
• Os custos de implantação são muito 
elevados. 
Compostagem 
 
Processo de decomposição biológica de fração orgânica biodegradável de resíduos sólidos, 
efetuada por uma população diversificada de organismos em condições controladas. O 
produto da decomposição é o húmus. É um dos processos biológicos de tratamento de 
resíduos mais antigos de que o homem tem conhecimento. 
 
Compostagem 
 
Fases da Compostagem 
• É feita a mistura dos resíduos orgânicos, formando o 
que se chama de “massa de compostagem”; 
• A massa é disposta em pilhas de compostagem e 
submetida a tratamento e humificação; 
• A compostagem possui duas fases distintas: Fase de 
Degradação Ativa e Fase de Maturação; 
• Fase de Degradação Ativa: dura aproximadamente 70 dias (temperatura de 50°C a 65°C); 
• Fase de Maturação: dura aproximadamente 30 dias, período em que o material sofre o 
processo de humificação; 
• O tratamento é feito por meio de microorganismos (bactérias, fungos, etc..), os quais 
necessitam de um meio adequado para degradar, estabilizar (tratar) e humificar a matéria 
orgânica bruta – Umidade (40% a 50%); Aeração; Temperatura (55°C a 65°C). 
Aterro Sanitário 
 
É definido como um método de disposição do resíduo no terreno e recoberto com solo do 
local, de forma a isolá-lo do ambiente, formando câmaras, a fim de evitar danos e prejuízos 
à saúde pública (NBR 8.419 – projeto e NBR 8.849 – tratamento do chorume). 
 
a) Biodegradação Aeróbia e Anaeróbia b) Chorume e Gases (metano) 
• Enterramento Simples – conhecido 
como aterro controlado, de pouca 
fundamentação técnica; 
• Aterro Sanitário – apresenta maior 
controle da poluição, incluindo 
drenagem pluvial, drenagem e 
tratamento do chorume e gases, etc.; 
• Aterro Energético – aterro sanitário 
com aproveitamento de gás como fonte 
de energia. 
Resíduos Sólidos 
ASPECTOS LEGAIS 
 
• NBR 10.004 - Resíduos Sólidos - Classificação. 
• NBR 10.005 - Lixiviação de Resíduos - Procedimento. 
• ABNT - NBR 10.703 - Degradação do Solo - Terminologia. 
• NBR 11.174/NB 1.264 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes. 
• NBR 1.183 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. 
• NBR 13.221 - Transporte de resíduos. 
• NBR 11.175/NBR 1.265 - Incineração de resíduos sólidos perigosos - padrões de desempenho - 
procedimento. 
• NBR 13.894 - Tratamento no solo (landfarming) - procedimento. 
• Resolução CONAMA 314/2002 - Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação e dá 
outras providências. 
• Resolução CONAMA 316/2002 - Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de 
sistemas de tratamento térmico de resíduos. 
Resíduos Sólidos 
ASPECTOS LEGAIS 
 
Resíduos Urbanos 
 
• Resolução CONAMA 275/2001 - Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos. 
• Resolução CONAMA 308/2002 - Estabelece critérios e procedimentos para o Licenciamento 
Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos urbanos gerados em municípios de pequeno 
porte. 
• NBR 8.419/NB 843 - Projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos - procedimento. 
• NBR 8.849 - Projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos - procedimento. 
 
Resíduos de Saúde 
 
• Resolução CONAMA 283/2001 - Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos 
serviços de saúde. 
• NBR 12.808 - Resíduos de serviços de saúde - Classificação. 
• NBR 12.809 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde. - procedimento. 
• NBR 12.810 - Coleta de resíduos de serviços de saúde. - procedimento. 
Resíduos Sólidos 
ASPECTOS LEGAIS 
Resíduos Industriais 
 
• Resolução CONAMA 06/1988 - Disciplina que no processo de licenciamento ambiental de atividades 
industriais, os resíduos gerados ou existentes deverão ser objeto de controle específico. 
• Resolução CONAMA 313/2002 - Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos 
Industriais. 
• NBR 10.157 - Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação. 
• NBR 13.896 - Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação. 
• NBR 11.174/NB 1.264 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes. 
• NBR 1.183 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. 
• NBR 13.221 - Transporte de resíduos. 
• NBR 11.175/NB 1.265 - Incineração de resíduos sólidos perigosos padrões de desempenho. 
EXERCÍCIOS 
 
1) Qual a importância do tipo de solo quando estamos lidando com as 
questões relativas a resíduos sólidos. 
 
2) Explique a definição de resíduos segundo a NBR 10.004/2004 
 
3) De acordo com a NBR 10.004/2004, classifique os resíduos quanto 
àorigem dos mesmos. 
 
4) Explique a classificação de resíduos quanto a periculosidade. 
 
5) O que é chorume. 
 
Resíduos Sólidos 
EXERCÍCIOS 
 
6) Diferencie chorume de lixiviado. 
 
7) Comente sobre alguns aspectos sanitários e poluidores do lixo. 
 
8) Explique a classificação dos resíduos sólidos quanto aos aspectos 
práticos e de natureza técnica ligados às possibilidades de tratamento e 
disposição final. 
 
9) Qual o significado de um estudo gravimétrico dos resíduos sólidos. 
Exemplifique. 
 
Resíduos Sólidos 
Resíduos Sólidos 
EXERCÍCIOS 
 
10) Quais são as principais propriedades dos resíduos sólidos 
e qual a importância das mesmas. Exemplifique. 
 
11) O que é biodegradabilidade. 
 
12) Explique a estrutura básica da gestão de resíduos sólidos. 
 
13) O que vem a ser reciclagem, incineração, compostagem e 
aterro sanitário.