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Resumo Cirurgia Hérnias

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Cavidade oral e orofaringe 
 Mucoceles são coleções de fluido nas 
glândulas salivares sublinguais, que se localizam 
sob a língua ou ao lado do frênulo. Rânulas são 
coleções de fluido proveniente das glândulas 
salivares, mandibulares e sublinguais, que se 
localizam sob a língua ou ao lado do frênulo. 
Hérnias 
 Hérnias inguinais são protrusões de 
órgãos ou tecidos através do canal inguinal 
adjacente ao processo vaginal, originadas de 
forma congênita ou traumática. Um defeito no 
anel inguinal permite que o conteúdo abdominal 
entre no espaço subcutâneo. 
 
 
 Podem ser uni ou bilaterais, sendo as 
unilaterais mais comuns no lado esquerdo. 
Prenhez e obesidade podem estar associadas ao 
aparecimento não traumático. A traumática pode 
ocorrer pela fraqueza da musculatura ou 
anormalidade no anel inguinal. 
 Hérnias escrotais ocorrem quando o 
defeito do anel inguinal permite a protrusão de 
conteúdo abdominal para o interior do processo 
vaginal adjacente ao cordão espermático. São 
raras, mas é comum o estrangulamento do 
conteúdo abdominal quando ocorrem. 
 Hérnias femorais ocorrem através de um 
defeito no canal femoral. Também são raras, 
ocorrendo quando há protrusão do conteúdo 
abdominal ou tecido adiposo através do canal 
femoral. Podem ser confundidas com as hérnias 
inguinais. Ocorrem após trauma ou avulsão do 
ligamento púbico cranial, ou se a origem do 
músculo pectíneo for seccionada do púbis. 
 
 
 
 
 
 
 Pode ocorrer dor regional, vômito, letargia 
e/ou apatia. As características do aumento de 
volume variam de acordo com a estrutura 
herniada. Normalmente é mole e indolor. Útero 
gravídico ou bexiga podem ocasionar aumento de 
volume flutuante e dolorido. A hérnia escrotal 
normalmente apresenta-se como uma massa firme 
em forma de cordão. 
 
 
 
 O objetivo da cirurgia é reduzir o conteúdo 
e fechar o anel inguinal externo. 
 Hérnia inguinal: incisão mediana caudal na 
pele; aprofundar incisão através do tecido 
Castração recomendada em cães com 
hérnias não traumáticas! 
As hérnias inguinais provavelmente surgem 
em cães machos jovens porque a descida 
testicular tardia atrasa o fechamento do anel 
inguinal. 
As cadelas mais velhas podem ser 
predispostas a desenvolver hérnias inguinais 
por apresentarem um anel com diâmetro 
relativamente maior e com canal curto. 
Anel inguinal interno: extremidade caudal do 
músculo oblíquo interno do abdome (cranial), o 
músculo reto do abdome (medial) e o ligamento 
inguinal (lateral e caudal); anel inguinal externo: 
faixa longitudinal na aponeurose do músculo 
oblíquo externo do abdome. 
subcutâneo até bainha do músculo reto do 
abdome; expor saco herniário por dissecção digital 
e identificar o saco e o anel herniário; reduzir 
conteúdo abdominal através do anel; seccionar a 
base do saco herniário e fechar com suturas 
colcheiro, contínua simples ou padrão invertido 
(Cushing + Lambert); fechar anel com isolada 
simples; se os conteúdos não puderem ser 
reduzidos, realizar uma celiotomia. 
 Hérnia escrotal: incisão na pele acima ou 
lateralmente ao anel inguinal e paralelo ao flanco; 
expor saco herniário e reduzir o conteúdos; abrir o 
saco e ligar os componentes do cordão 
espermático para orquiectomia; remover o 
testículo e ligar o saco herniário; se não for 
realizada castração, incidir o saco herniário, 
reduzir os componentes e colocar ligadura 
transfixada ou várias suturas horizontais de 
colcheiro no saco herniário; fechar parcialmente o 
anel inguinal externo com isoladas sem 
comprometer o cordão espermático ou estruturas 
vasculares. 
 Hérnias femorais: incisão da pele 
paralelamente ao ligamento inguinal; expor saco 
herniário; reduzir conteúdo; ligar o saco da hérnia 
ao canal femoral o mais alto possível; se os 
ligamentos estiverem intactos, fechar o canal com 
suturas entre o ligamento inguinal e a fáscia 
pectínea. A imobilização necessária durante a 
recuperação, para evitar abdução do membro. 
Avaliar funcionamento do nervo femoral. 
 Materiais de sutura: fechamento do anel 
hernial  polidioxanona, poligliconato, 
poliglicaprone (monofilamentares absorvíveis), 
polipropileno e náilon (monofilamentares não 
absorvíveis). 
 Hérnias perineais ocorrem quando há 
separação dos músculos perineais, permitindo que 
conteúdo pélvico ou abdominal desloque a pele 
perineal. Acontece quando os músculos do 
diafragma pélvico não sustentam a parede retal, 
permitindo a persistente distensão retal e 
comprometendo a defecação. Acredita-se que o 
enfraquecimento do diafragma pélvico está 
relacionado a hormônios masculinos, esforço e 
fraqueza ou atrofia muscular. 
 Condições que causam esforço para 
defecar podem predispor à herniação perineal, 
como prostatite, cistite, diarreia, constipação, etc. 
Pode ser uni ou bilateral. A maioria ocorre entre o 
elevador do ânus, o esfíncter anal externo e o 
músculo obturador interno (hérnia caudal); 
algumas ocorrem entre o ligamento sacrotuberal e 
o coccígeo (hérnia ciática); elevador do ânus e 
músculos coccígeos (hérnia dorsal) ou músculos 
isquiouretal, bulbocavernoso e isquiocavernoso 
(hérnia ventral). 
 O saco herniário é uma fina camada de 
fáscia perineal, que rodeia o conteúdo juntamente 
com tecido subcutâneo e pele. São comuns em 
cães e raras em gatos. Ocorrem quase que 
exclusivamente em cães machos inteiros (93%). 
Em cadelas, geralmente são associadas a traumas. 
A maioria ocorre em cães com mais de 5 anos de 
idade, sendo 10 anos a idade média. 
 Como sinais clínicos, pode-se observas 
inchaço perineal, constipação, obstipação, 
disquezia, tenesmo, prolapso retal, estrangúria, 
anúria, vômitos, flatulência e/ou incontinência 
fecal. O diagnóstico pode ser feito por palpação 
retal digital, durante a qual se sente o diafragma 
pélvico enfraquecido. 
 O diafragma pélvico é composto pelos 
pares de músculos coccígeo medial e elevador do 
ânus. 
 O tratamento cirúrgico é a herniorrafia, 
sendo a castração recomendada de forma 
conjunta. Realiza-se uma incisão curvilínea 
começando cranialmente aos músculos coccígeos, 
curvando-se sobre a protuberância hernial de 1 a 
2 cm lateralmente ao ânus; incidir o tecido 
subcutâneo e o saco herniário; identificar e reduzir 
o conteúdo; manter a redução preenchendo o 
defeito com uma esponja úmida; identificar os 
músculos envolvidos na hérnia, a artéria e a veia 
pudenda interna, o nervo pudendo, os vasos e 
nervos retais caudais e o ligamento sacrotuberal. 
∞ Tradicional: pré-colocar suturas isoladas 
simples (monofilamentar 0 ou 2-0, menos de 1 cm 
entre cada), começando entre o esfíncter anal 
externo e o elevador do ânus, coccígeo ou ambos. 
À medida que progredir ventral e lateralmente, 
incorporar o ligamento sacrotuberoso, se 
necessário. Direcionar ventralmente os pontos 
entre o esfíncter anal externo e o músculo 
obturador interno. Amarrar os fios iniciando 
dorsalmente, lavar a área. Fechar o subcutâneo 
com absorvível monofilamentar 3-0 ou 4-0 e a 
pele com não absorvível. 
 
∞ Por transposição do músculo obturador interno: 
incisar a fáscia e o periósteo ao longo da borda 
caudal do ísquio e a origem do obturador interno. 
Elevar o obturador interno e transpô-lo 
dorsomedialmente em direção ao defeito para 
permitir aposição entre os músculos coccígeos, 
elevador do ânus e esfíncter anal externo. Colocar 
suturas isoladas simples entre: elevador do ânus e 
músculos coccígeos com o esfíncter anal externo 
dorsal; obturador interno e esfíncter anal externo 
medial;elevador do ânus e músculos coccígeos 
lateralmente. 
 
 Analgésicos, antibióticos, monitorar 
quanto a sinais de infecção, emolientes fecais (por 
1 a 2 meses) e dieta rica em fibra. Dor intensa, 
claudicação sem suporte de peso e articulação 
após a cirurgia sugerem compressão do nervo 
ciático. Prognóstico de reservado a bom.

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