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Anticorpos e antígenos Prof. Thomaz Os anticorpos são proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. Anticorpos ou Imunoglobulinas ➢Capacidade de proteger contra toxina diftérica – antitoxinas ➢Capacidade de se ligar a substâncias microbianas ou não – anticorpos ➢Produzidos por células B efetoras – plasmócitos ➢Possui a mesma especificidade do receptor do plasmócito que o produz. ➢Se ligam ao antígeno e disparam diferentes respostas efetoras. ➢Um homem adulto e saudável, com 70 kg, produz cerca 2 a 3 g de anticorpos a cada dia (2/3 IgA). Anticorpos ou Imunoglobulinas Anticorpos Bactéria Fagócito FcgR IgG Bacteria Fagocito Granulo Fcg R IgG Anticorpos Anticorpos ➢Qualquer amostra de soro que apresente moléculas detectáveis de anticorpo que se ligam a um antígeno em particular é comumente chamada de antissoro. ➢O estudo dos anticorpos e suas reações com antígenos é, portanto, classicamente chamado de sorologia. ➢A concentração de moléculas de anticorpo no soro específicas para um antígeno em particular: quantas diluições seriais do soro podem ser feitas antes que a ligação não seja mais detectada? ➢Soros com alta concentração de moléculas de anticorpo específicas para um antígeno em particular são ditos terem alto título. Anticorpos Estrutura dos Anticorpos Policlonais Monoclonais Anticorpos coletados de soro de animais inoculados. O linfócito B específico é clonado e cultivado em meio de cultivo Vários anticorpos reconhecem múltiplos sítios antigênicos (epítopos) Anticorpos são clonais e reconehecem um sítio antigênico Anticorpos Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica do núcleo composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas Anticorpos Ambas as cadeias leve e pesada consistem em regiões variáveis de aminoterminal (V) que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes (C); as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras. Cadeia pesada Cadeia leve C- regiões constantes V – regiões variáveis As cadeias pesadas e leves estão covalentemente ligadas por pontes dissulfeto. As duas cadeias pesadas de cada molécula de anticorpo estão covalentemente ligadas por pontes dissulfeto. A região não pregueada da dobradiça entre os domínios CH1 e CH2 das cadeias pesadas é o segmento mais suscetível à clivagem proteolítica. Papaína Papaína Esses fragmentos retêm a habilidade de se ligar ao antígeno - chamados de Fab (fragmento, ligação do antígeno). Este pedaço da IgG tem a propensão de se autoassociar e de cristalizar em forma de treliça, sendo, assim, chamado de Fc (fragmento, cristalizável). Pepsina Um fragmento com a dobradiça Proteólise distal a região de dobradiça. Os resíduos de aminoácidos das regiões hipervariáveis formam múltiplos contatos com os antígenos ligados Características estruturais das regiões constantes As moléculas de anticorpo podem ser divididas em classes e subclasses distintas com base nas diferenças na estrutura das regiões C da cadeia pesada. As classes de moléculas de anticorpo também são chamadas de isotipos e são nomeadas como IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Em humanos, os isotipos IgA e IgG podem ainda ser divididos em subclasses, ou subtipos, intimamente relacionadas, chamadas de IgA1 e IgA2 e IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. Características estruturais das regiões constantes As moléculas de anticorpo podem ser divididas em classes e subclasses distintas com base nas diferenças na estrutura das regiões C da cadeia pesada. Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Participa da opsonização; ativação do sistema de complemento (inflamação e fagocitose); citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpo; Inibição por feedback das células B. Além de ser o único tipo de Ig que ultrapassa a barreira placentária. Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Se liga a alérgenos e ativam os mastócitos – liberação de substâncias que levam a reação alérgica. Também protege contra parasitas helmintos. Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Funciona principalmente como uma receptor de antígeno nas células B virgens. Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos. É passado para o neonato via aleitamento Características estruturais das regiões constantes Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam distintas funções efetoras. Expressa na superfície das células B virgens. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente. Ativa sistema de complemento. Características estruturais das regiões constantes As moléculas de anticorpo são flexíveis, permitindo que elas se liguem a diferentes antígenos. Características estruturais das regiões constantes Anticorpos secretados e associados à membrana diferem na sequência de aminoácidos da porção carboxiterminal da região da cadeia pesada. Características estruturais das regiões constantes Características estruturais das regiões constantes • A meia-vida é o tempo médio antes que o número de moléculas de anticorpo seja reduzido à metade. Diferentes isotipos de anticorpo têm meias-vidas muito diferentes na circulação. • IgA circulante possui meia-vida de cerca de 3 dias, e a IgM circulante tem meia-vida de aproximadamente 4 dias. Em contrapartida, as moléculas de IgG circulantes têm meia-vida de cerca de 21 a 28 dias. • A longa meia-vida da IgG é atribuída à sua habilidade em se ligar a um FcR específico chamado de receptor Fc neonatal (FcRn). Meia vida dos anticorpos receptor Fc neonatal (FcRn), que também está envolvido no transporte da IgG da circulação materna através da barreira placentária, bem como na transferência de IgG materna através do intestino nos neonatos. O FcRn não tem como alvo a IgG ligada aos lisossomas, mas recicla para a superfície celular e o libera, retornando a IgG para a circulação Características dos antígenos biológicos Um antígeno é qualquer substância que pode ser especificamente ligada por uma molécula de anticorpo ou receptor de célula T. ANTICORPOS CÉLULAS T Todos os tipos de moléculas biológicas: metabólitos intermediários, açúcares, lipídios, autacoides e hormônios, carboidratos complexos, fosfolipídios, ácidos nucleicos e proteínas. Peptídeos Imunógenos Embora todos os antígenos sejam reconhecidos por linfócitos específicos ou por anticorpos, somente alguns deles são capazes de ativar os linfócitos. Macromoléculas são efetivas para estimular os linfócitos B a iniciarem as respostas imunes humorais, porque a ativação da célula B necessita que múltiplos receptores de antígenos sejam mantidos juntos (ligação cruzada). Agentes químicos muito pequenos, apesar de seremantígenos, muitas vezes não tem capacidade de gerar resposta imune sozinha (ativar linfócitos). Necessidade de uma macromolécula carreadora para se tornar imunógeno Hapteno Carreador Haptenos Macromoléculas, tais como proteínas, polissacarídios e ácidos nucleicos, normalmente são muito maiores do que a região de ligação do antígeno de uma molécula de anticorpo. Dessa maneira, são formados anticorpos específicos para cada porção da macromolécula, que é chamada de determinante ou um epítopo. • Natureza química: proteínas são os antígenos que apresentam maior imunogenicidade devido ao alto peso molecular e composição química complexa. • Características filogenéticas: quanto maior for a distância filogenética entre o organismo que possui o antígeno e o receptor, maior a probabilidade o Ag gerar uma resposta imune. • Tamanho e complexidade da molécula: moléculas maiores e mais complexas possuem mais epítopos. • Estrutura espacial: a configuração tridimensional da molécula determina a especificidade imunológica. • Acessibilidade: incapicidade de reconhecer epítopos internalizados na molécula. • Estabilidade: antígenos estáveis são mais imunogênicos. Fatores que influenciam a imunogenicidade • A presença de múltiplos determinantes idênticos em um antígeno é referida como polivalência ou multivalência. • A organização espacial de diferentes epítopos em uma única molécula de proteína pode influenciar a ligação dos anticorpos de várias maneiras. • No caso das proteínas, a formação de alguns determinantes depende somente da estrutura primária e a formação de outros determinantes reflete a estrutura terciária ou conformação (forma). • O reconhecimento do antígeno pelo anticorpo envolve ligação não covalente e reversível. Características dos antígenos biológicos Pelo fato de a região de dobradiça dos anticorpos conferir flexibilidade, um único anticorpo pode se ligar a um único antígeno multivalente em mais de um local de ligação (valência). A força da ligação entre um único local de combinação de um anticorpo e um epítopo de um antígeno é chamada de afinidade do anticorpo. IgG – alta afinidade, IgM – baixa afinidade A força da ligação do anticorpo ao antígeno deve levar em conta a ligação de todos os locais a todos os epítopos disponíveis. Esta força geral de ligação é chamada de avidez. • Se um antígeno polivalente é misturado com um anticorpo específico em um tubo de ensaios, os dois interagem para formar imunocomplexos. • Especificidade: podem ser notavelmente específicos para os antígenos, diferenciando entre pequenas distinções na estrutura química. • Entretanto, alguns anticorpos produzidos contra um antígeno podem se ligar a um antígeno diferente, mas estruturalmente relacionado. Isso é conhecido como reação cruzada. • Aquelas células B produzindo anticorpos de maior afinidade se ligam preferencialmente ao antígeno e, como resultado da seleção, se tornam células B dominantes com cada exposição subsequente ao antígeno. Este processo, chamado de maturação da afinidade. • Mudanças nos isotipos dos anticorpos durante as respostas imunes humorais influenciam como as respostas trabalham para erradicar o antígeno. Características de reconhecimento de antígenos Características de reconhecimento de antígenos
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