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TRABALHO DE AÇO 2

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INTRODUÇÃO
Teve-se início da utilização de estruturas metálicas na construção civil em meados do século XVIII, até nos dias atuais. O aço tem possibilitado aos arquitetos, engenheiros e construtores, soluções arrojadas, eficientes e de alta qualidade. Das primeiras obras, como a Ponte Iro bridge na Inglaterra, de 1779 - aos ultramodernos edifícios que se multiplicaram pelas grandes cidades, a arquitetura em aço sempre esteve associada à ideia de modernidade, inovação e vanguarda, traduzida em obras de grande expressão arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço aparente. No entanto, as vantagens na utilização de sistemas construtivos em aço vão muito além da linguagem estética de expressão marcante; redução do tempo de construção, racionalização no uso de materiais e mão de obra e aumento da produtividade, passaram a ser fatores chave para o sucesso de qualquer empreendimento.
Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado para os produtores de aço no exterior, começam agora a serem percebidas por aqui. A competitividade da construção metálica tem possibilitado a utilização do aço em obras como: edifícios de escritórios e apartamentos, residências, habitações populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shopping centers, lojas, postos de gasolina, aeroportos e terminais rodoferroviários, ginásios esportivos, torres de transmissão, etc.
PORQUE CONSTRUIR EM AÇO?
O sistema construtivo em aço apresenta uma série de vantagens significativas sobre o sistema construtivo convencional, que devem ser levadas em consideração quando se escolhe o sistema construtivo da obra. São várias vantagens dentre elas como: 
Redução do Custo do Canteiro de Obras: A redução do custo do canteiro de obras causada principalmente pela redução do prazo de construção é um fator que não deve ser desprezado. Normalmente se considera que se, por exemplo, o prazo de construção é reduzido em 20% são de 20% a redução do custo de canteiro. Esse custo se deve principalmente a locações de equipamentos e materiais, despesas com pessoal, e com a administração.
Alivio das Cargas nas Fundações: Pelo baixo peso próprio da estrutura metálica (ela é cerca de 10 vezes mais leve do que a estrutura de concreto), pode-se esperar em média uma redução da ordem de 25% das cargas verticais totais nas bases. A economia nas fundações tende a aumentar à medida que o solo fica ruim, chegando ao ponto desse fator ser decisivo na escolha do sistema estrutural.
Maior área útil: As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens.
Velocidade Trazendo Economia: A alta velocidade de construção quando se utiliza estrutura de aço, se comparada com a de uma obra convencional, se deve a um conjunto de fatores importantes a se destacar:
Foco no planejamento para minimizar atrasos devido à retrabalhos e improvisações: A construção em aço apresenta uma logística de execução mais complexa. O local da montagem pode estar a milhares de quilômetros da fábrica. E as peças, que são produzidas com precisão de milímetros, precisam se encaixar perfeitamente na obra sem espaço para erros e improvisações que causam tantos atrasos. Daí o foco no planejamento. No planejamento são testadas várias hipóteses, a programação consequentemente é mais detalhada e o controle é mais fino.
Alto grau padronização para o “ganho de escala”: Pelo fato da estrutura ser industrializada, isso implica em produtos e processos padronizados e repetitivos. Maximizando o chamado “ganho de escala” tornando os prazos e custos bem definidos e reduzidos.
Leveza da estrutura e a agilidade no transporte: Estruturas leves implicam em transportes horizontais e verticais econômicos e rápidos. Significa caminhões conseguindo transportar maior quantidade de peças. Guindastes e gruas e até mesmo as pontes rolantes das fábricas trabalharão de forma ágil devido à leveza das estruturas metálicas.
Fabricação fora do canteiro de obras reduzindo o cronograma: O início da fabricação pode se dar até mesmo antes da limpeza do terreno. A fabricação da estrutura de aço e a construção civil são atividades que podem se sobrepor no cronograma geral da obra reduzindo o seu prazo.
Montagem rápida e simplificada: As peças chegam na obra já pré-fabricadas tendo apenas que serem emendadas preferencialmente por parafusos. Sem necessidade de tempo para cura ou desforma.
Mão de obra mais bem treinada e qualificada: Por causa da maior exigência operacional da mão de obra na construção metálica, ela necessariamente teve que ser mais bem selecionada e treinada. Por conseguinte tem maior produtividade reduzindo os prazos da obra.
É importante destacar que esses fatores podem ser maximizados quando se utilizam também outros componentes construtivos industrializados como paredes, lajes etc.
Alta Flexibilidade: Ou seja, a boa adaptação às mudanças exigidas na obra é uma característica importante da construção metálica. Mostra-se especialmente indicada nos casos onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc.
Necessidade de reforço: Podem ser, via de regra, mais facilmente reforçadas do que as estruturas de concreto. Sem quebradeiras, apenas com soldagem de chapas ou perfis, pode-se resolver, por exemplo, um problema de carregamento adicional.
Necessidades de furos para instalações: Fazer um furo em uma viga metálica é mais simples do que fazer em uma viga de concreto. Para esses casos as soluções são mais simples para o aço.
Da flexibilidade decorre redução de custos, de prazos com menores interferências.
Administração de Custos e Prazos Facilitada: Quando se constrói com aço, a variabilidade de custo e prazo entre o planejado e o realizado tende a ser menor por diversas razões. Tais como:
A estrutura de aço tem custo direto com baixa variabilidade: Uma vez tendo o projeto executivo concluído, os quantitativos das listas são muito mais precisos do que os de uma estrutura de concreto. As perdas são bem menores também. Se a lista prevê “N” parafusos, são “N” utilizados na obra. Se a fábrica programa “N” viagens de carreta, elas acabam acontecendo. Facilitando o planejamento.
Os serviços são mais padronizados: Quando se conhece bem a tarefa que se vai fazer, a qual foi muito bem definida, os custos e prazos tendem a se repetir e, portanto o planejamento tende a ser mais acertado. Essa é uma das consequências da padronização, que está no “DNA” da industrialização.
Aumentar o grau de certeza no que se refere aos resultados da obra é um objetivo que deve ser perseguido por todos os agentes envolvidos. Seja ele o investidor, o construtor ou os projetistas.
Homogeneidade química e dimensional: O aço é um material produzido em usina, através de processos rigorosos e muito bem controlados do ponto de vista dimensional e químico.
Possibilidade de se trabalhar com perfis de seção quadrada ou retangular: Devido às suas propriedades geométricas os perfis de seção quadrada ou retangular vencem vãos maiores ainda do que os perfis I. Na pratica, são menos utilizados principalmente por causa das dificuldades de se ligarem às outras peças. 
Utilização de vigas treliçadas: Os triângulos formam estruturas “internamente isostáticas”. Dessa propriedade decorre o anulamento quase completo das forças de flexão e de cortante provocando o aumento da eficiência da peça. Essas treliças são fabricadas e montadas com facilidade, daí o uso generalizado desse tipo de viga. Vencendo vãos maiores, as obras em aço permitem um maior número de layouts arquitetônicos, inclusive facilitando a mudança para outros layouts no decorrer da utilização da construção. Além disso, com menos colunas na obra, as áreas utilizáveis são maiores, as garagens podemcaber mais carros, as circulações podem ser mais generosas, as vistas mais desimpedidas.
Facilidade em vencer Grandes Vãos: A facilidade de vencer grandes vãos deriva de propriedades mecânicas, químicas e geométricas que as peças em aço têm em particular.
Alta resistência mecânica: Uma peça de aço submetida a uma carga de tração requer uma área 1/20 menor do que a área de uma peça de concreto armado. Isso faz com que para uma mesma altura de viga de aço e de concreto, o aço vença um vão maior porque resiste mais e porque a solicitação devido ao seu próprio peso é menor. Vencendo vãos maiores, as obras em aço permitem um maior número de layouts 
Esbeltez, Leveza e Outros Diferenciais Estéticos: São características bem visíveis nas obras em aço.
Estrutura esbelta e leve: A aparente leveza é consequência da alta resistência mecânica das estruturas metálicas. Consegue-se vencer o mesmo vão que vence as vigas de concreto, mas com peças mais esbeltas. Da mesma forma as colunas metálicas precisam de menos seção transversal para resistir à mesma carga que atuaria numa coluna de concreto.
A estrutura é montada: A particularidade de que a estrutura de aço é trazida da fábrica para ser montada, e não moldada “in loco” como é o caso do concreto, abre um leque grande de possibilidades geometrias, viáveis para o projeto arquitetônico.
Possibilidade de se trabalhar com as vigas metálicas em conjunto com a laje de concreto (viga mista):Utilizado as melhores propriedades do aço que é a resistência à tração com o ponto forte do concreto que é a resistência à compressão, unindo-se os dois materiais, tem-se uma viga muito mais resistente, aumentando-se mais ainda a possibilidade de vãos maiores.
Perfis I tem seção transversal otimizada. Os perfis I têm material concentrado longe da linha neutra, ou seja, tem mais material onde se necessita e menos onde se menos precisa. Isso melhora a eficiência da viga para vencer maiores vãos.
Bom Desempenho Para Cargas Dinâmicas: São cargas que variam com o tempo) provocadas por máquinas, pontes rolantes, sismo, vento, trafego de veículos, etc., é uma importante propriedade derivada de algumas particularidades das quais podemos enumerar:
Alta resistência à fadiga do aço: Diferentemente do concreto, o aço tem alta resistência à fadiga devida principalmente a sua alta ductilidade. Um material tem alta ductilidade (ou baixa fragilidade) quando ele se deforma muito antes de se romper. A fadiga é a ruptura de um material sob esforços cíclicos ou repetitivos e é sempre uma ruptura frágil.
Alta flexibilidade do sistema estrutural: Essa propriedade faz com, por exemplo, uma ação sísmica atue apenas nas regiões próximas aos apoios, não transmitindo as forças integramente ao restante da estrutura. Pudemos constatar isso em obras fora do Brasil que estão sujeitas à terremotos pela legislação local.
Baixa massa dos sistemas estruturais: O fato das estruturas metálicas serem leves faz com elas possuam pouca massa fazendo com que as forças inerciais (forças devidas ao movimento da massa) sejam menores, solicitando menos a estrutura causando economia.
Esse bom desempenho explica o fato do aço ser largamente utilizado em obras industriais com pontes rolantes, bases para máquinas. Além de edifícios verticais e coberturas sujeitas ao sismo.
Resistência a Corrosão: Quando projetadas apropriadamente, não apresentam problemas quanto à corrosão. Todas as formas de garantir a integridade da estrutura apesar dos ataques corrosivos ao longo da vida útil da edificação estão regulamentadas por normas técnicas nacionais e estrangeiras amplamente utilizadas ao longo de décadas. Inclusive a NBR8800/2008, que é a norma que rege o projeto das estruturas de aço no Brasil, tem um de seus anexos para esse assunto.
Uma vez projetada a vida útil da edificação, que normalmente é de 50 anos e, em função dos ataques corrosivos que ela sofrerá é determinado inicialmente o sistema de pintura. É uma tendência mundial o endurecimento das políticas públicas no que se refere à conservação do meio ambiente. Por isso esses fatores de proteção ao meio ambiente influenciam cada vez mais no futuro do nosso planeta. E são valorizados na medida direta da consciência do cidadão, das empresas e dos governos.
Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis "drywall", etc).
ASPECTO DE PROJETO
Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o arquiteto deve tomar ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que se imagina, a maior parte das obras em aço existentes no exterior são realizadas com o aço revestido. Essa solução, que pode significar redução nos custos de pintura e proteção contra incêndios. Deve se importar com as inúmeras vantagens do aço como material estrutural e não a "estética do aço". Cabe ao arquiteto definir qual a solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa do projeto é interessante uma consulta a um calculista que poderá orientar sobre as melhores alternativas.
Para um bom detalhamento do projeto estrutural é necessário levar em conta possíveis interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado, etc. e evitar improvisações no canteiro de obras. Independentemente do tipo de aço e do esquema de pintura empregados, alguns cuidados básicos nas etapas de projeto, fabricação e montagem da estrutura podem contribuir significativamente para melhorar a resistência à corrosão:
Evitar regiões de acumulo de água e deposição de resíduos;
Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente;
Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem;
Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção (pintura, etc.);
Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de corrosão galvânica;
Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas.
Ligações:
Um dos fatores importante também na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a ser adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e contraventamentos. É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.) apresentem resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. A escolha criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode significar uma obra mais econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional. Alguns aspectos são importantes para essa escolha:
Condições de montagem no local da obra;
Grau de dificuldade para fabricação da peça;
Padronização das ligações
Ligações Soldada
Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem ser executadas sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de peças com geometria complicada. Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode ser manual ou com eletrodo revestido e automática, com arco submerso. 
Ligações Parafusadas
As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos:
Comuns: apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em ligações de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras peças pouco solicitadas.
Alta resistência: são especificados para ligações de maior responsabilidade. Devido à característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um número mais reduzido de parafusos, além de chapas de ligação menores.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Podem ser divididos em três categorias:
Básicos: lajes, vigas, pilares.
São os elementos que compõem o esqueleto estrutural usual de edifícios, e cujo comportamento já foi bastante estudado, com modelos de dimensionamento bem resolvidos, pelo menos para os casos usuais.estudado, com modelos de dimensionamento bem resolvidos,pelo menos para os casoa 
Fig.2- Exemplos de lajes
As lajes podem ser maciças (com vigas), nervuradas (para vãos maiores), planas (sem vigas), ou painéis pré-fabricados.
Fig.3- Exemplo de laje em grelha Fig.4-Exemplo de laje pré-fabricad
Fig.5- Exemplos de vigas
Fig.6- Exemplos de elementos tridimensionais
Fundação: fundações diretas ou rasas, e profundas.
São aqueles elementos que fazem a transferência das ações oriundas da superestrutura para o solo de apoio. Podem ser de vários tipos, sempre em função das características do solo. Os tipos mais comuns são os blocos sobre estacas, as sapatas de fundação direta, e os tubulões. Cada um desses tipos pode ainda ter vários arranjos, com diferentes formas e capacidades de carga. 
Fig. 7- Exemplo de fundações
Elementos estruturais complementares: escadas, caixas d’água e muros de arrimo.
São aqueles elementos que fazem parte da construção, mas não são parte integrante do esqueleto estrutural. Compreendem todos os outros elementos estruturais da construção, e possuem tipologias variadas e funções específicas dentro do edifício. Podem ter diferentes geometrias e esquemas estáticos, mas em geral resultam da combinação adequada dos elementos estruturais básicos. 
Fig.8- Exemplo de escada em planta e cortes
São considerados elementos especiais: cascas, folhas, paredes.
Podem ser parte das construções, ou podem ainda se constituir em edificações isoladas, com objetivos determinados. Assim, são considerados elementos especiais reservatórios, coberturas de grandes vãos, etc., geralmente projetados com elementos estruturais diferentes, como as cascas e as folhas poliédricas. 
Fig.9- Alguns exemplos de estruturas especiais
SISTEMA ESTRUTURAIS EM AÇO
Edifícios
Dentre as possibilidades estão a utilização de lajes de concreto armado ou mistas, vigas e pilares em concreto armado, mistos ou em aço. Na figura seguinte estão colocados alguns arranjos possíveis dos elementos estruturais, permitindo que se tenha uma visão geral do que hoje é feito no Brasil e no mundo. Fig.10- Exemplos de sistemas estruturais de edifícios
Como se pode ver, os edifícios usuais utilizam concreto armado, perfis metálicos, alvenarias, esquadrias, revestimentos, telhado, etc., combinados das mais diversas maneiras de modo a atender a demandas específicas.
Fig.11- Elementos estruturais em um edifício
Para a escolha do sistema estrutural, deve ser levadas em considerações várias variáveis, como segurança, funcionalidade, custo e estética. O custo de uma estrutura convencional equivale de 15 a 20% do custo total da obra. Para vãos maiores o custo relativo sobe. Em ginásios, salas de espetáculo, e outros, o custo da estrutura é o principal fator a ser considerado.
O sistema estrutural deve resistir a cargas verticais (os pórticos usuais devem resistir ao peso próprio e a sobrecargas de utilização), e a cargas horizontais (as paredes estruturais devem resistir ao vento e a terremotos). Geralmente exige-se ainda resistência ao fogo para poços de escada e elevadores, gerando sua incorporação ao sistema existente.
Etapa 1-O Projeto Estrutural
	Deve conter os elementos estruturais capazes de suportar com segurança um conjunto de cargas, sem exceder a resistência dos materiais. São etapas do projeto estrutural:
Concepção estrutural;
Análise estrutural;
Síntese estrutural;
Dimensionamento e detalhamento;
Desenho;
Etapa 2-Segurança
	A estrutura deve garantir a segurança contra os estados limites últimos, ou seja, a ruína do concreto ou deformação plástica excessiva do aço, bem como a segurança em relação aos estados de serviço, como os relativos a fissuração, flechas e vibrações excessivas. Cada peça estrutural passa por diferentes etapas, envolvendo os métodos de cálculo, e os métodos construtivos, bem como por uma análise das implicações econômicas, funcionais e estéticas da construção como um todo.
	Etapa 3-Concepção Estrutural	
	É a idealização de um arranjo estrutural, fruto de um conhecimento do comportamento das partes da estrutura. Passa por etapas como a análise estrutural inicial do Projeto Arquitetônico e o ante-projeto estrutural.
	Etapa 4-Diretrizes da Concepção Estrutural
Visam atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico, tais como vigas e pilares embutidos na alvenaria, evitar pilares e vigas em vãos abertos, ou usá-los de forma racional, evitando também excesso de vigas aparentes. A concepção estrutural deve compatibilizar o projeto de estruturas com os projetos complementares, evitando que dutos e tubulações vazem das vigas, reforçando os elementos estruturais em caso de grandes aberturas.azem das vigas, reforçando os elementos estruturais em caso de grandes orif evitando que dutos e tubulaçoes como a antilizaçao A altura total deve contemplar a viga, os dutos, e possível forro falso.
O posicionamento dos elementos estruturais deve ser feito com base no seu comportamento, em função do caminho normal das cargas:
Lajes→vigas→pilares→fundações
	A transferência de cargas deve ser a mais direta possível, evitando que cargas importantes sejam apoiadas em vigas, e a necessidade de vigas de transição. As vigas devem ter vãos comparáveis e os elementos estruturais devem ser preferencialmente figuras geométricas e simples. As dimensões contínuas, em planta, da estrutura devem ser limitadas a 30m, senão devem ser previstas juntas de dilatação.
	Em função do efeito do vento, devem existir pórticos planos ortogonais entre si que resistam adequadamente. Assim, recomenda-se orientar criteriosamente os pilares, buscando distribuir rigidezes, estabelecendo alinhamento entre eles, e prever outras estruturas de contraventamentos. Os balanços geram estruturas mais robustas. Assim, devem-se evitar balanços muito grandes e janelas em cantos. Também prever dimensões maiores para pilares com pé-direito duplo.
Fig.12-Esquema do percurso de uma carga
Etapa 5-Análise estrutural
É muito complexa para um tratamento global, por isso são feitas simplificações, uma síntese estrutural: pórticos, grelhas, vigas, cascas, placas, pilares. 
Os modelos usuais são:
Lajes + vigas contínuas + pilares + fundações
Lajes + grelha de vigas + pilares + fundações
Lajes (representadas por grelhas ou malhas e EF) + grelha de vigas + pilares + fundações
Lajes (grelhas ou malhas EF) + pórtico espacial + fundações (interação solo-estrutura)
	Etapa 6-Dimensionamento e Detalhamento
	Visa estabelecer dimensões adequadas, armaduras e ligações, e deve refletir as hipóteses adotadas na análise.
	Etapa 7-Desenho da Estrutura
	É o que irá para a obra, a fim de ser executado. Para desenhos de concreto são necessários desenhos de formas: fundação, pavimento tipo, cobertura, garagem, etc. Eles definem as características geométricas da estrutura. Constam neles a locação da estrutura (eixos), a definição dos elementos e suas dimensões, e cortes característicos.
Fig.13 Exemplo de detalhamento de uma viga
EXEMPLOS DE SISTEMAS ESTRUTURAL
COBERTURASFig.15 Cobertura: balanço de 60 metros, suportado por tirantes metálicos
Fig.14 Estádio Castelão em Fortaleza 
 
Pórticos treliçados de aço "vestem" a estrutura de concreto, a arquitetura é definida pela forma e função, resume o engenheiro Flávio D'Alambert, especialista em estruturas e autor da concepção estrutural do estádio Castelão, sede da Copa de 2014 em Fortaleza, e também do Engenhão, no Rio de Janeiro, e dentre outras.
ESTRUTURAS COMERCIAISFig.16 Exemplo de estrutura comercial
O exemplo de estrutura metálicas é de cobertura em duas águas com lanternim, com fechamentos verticais em todo o perímetro, apoiada em pilares de concreto, com vão livre de 38,20 metros e espaçamento entre tesouras de 10,00 metros
OBRAS RESIDENCIAIS
Fig.17 Exemplo de Estrutura residenciais, pré fabricada com 114m2
PONTES
Fig.18 Ponte Helix Bridge em Cingapura, dupla estrutura de aço
A Ponte Helix foi planejada em2006, com obras iniciadas em 2008, localiza-se em Marina Bay (baía Marina), na foz do rio Cingapura. Projetada por Cox Rayner Arquitetos é uma das poucas pontes do mundo a ser nomeada após a conclusão da sua estrutura. Além da singularidade da estrutura e forma, ela foi projetada para responder à abertura de um porto interno em que grande parte da cidade está agora focada.
Foi escolhido a forma helicoidal ou a dupla espiral na confecção da ponte, pois perceberam que assim utilizariam cinco vezes menos aço do que uma ponte convencional de viga, e tornou-se igualmente entusiasmada com a perspectiva de uma estrutura declarada “verde” à cidade.
CONCLUSÃO
O uso do aço na construção civil, se sobrepõe em comparação com outros sistemas estruturais construtivos, como concreto e madeira. Os pequenos e grandes projetos vem ganhando espaço a cada dia, mesmo considerando sua desvantagem econômica comparando-se com a estrutura convencional. Com o uso da estrutura metálica, além dos projetos serem mais elaborados, as possibilidades arquitetônicas se ampliam pelo grande potencial que oferecem em termos de desenho e arrojo arquitetônico. As técnicas construtivas podem ser mais amplas, os espaços maiores, mais abrangentes, com as necessidades dos clientes melhor atendidas. Com a crescente conscientização ecológica, com a constante pressão dos movimentos ambientais, bem como com as maiores exigências quanto ao uso certificado das florestas, a estrutura metálica tem tudo para ganhar espaço nos projetos de Engenharia Civil e de Arquitetura, na preferência dos clientes e na conservação ambiental. Substituindo tranquilamente as vantagens a estrutura convencional de madeira e concreto e que a Engenharia Civil tem muito a colaborar, colocando em prática um potencial importante no desenvolvimento do Brasil.
REFERÊNCIAS
PFEIL, Walter, PFEIL, Michèle, Estruturas de aço: dimensionamento prático. 8a ed., Ed. LTC, 2009.
http://ferenge.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=52&Itemid=48
http://iabce.blogspot.com.br/2011/08/estadio-castelao-ganha-leveza-do-aco.html
http://www.hpellizzer.com.br/old/galeria/guilherme_busch/foto03.html
http://www.institutobramante.com.br/conheca-a-ponte-helix-em-cingapura-com-sua-estrutura-organica-e-sustentavel/

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