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MOLDAGEM FUNCIONAL COM ELASTÔMEROS
Em prótese total, a moldagem tem por objetivo reproduzir em negativo toda a superfície da área de suporte e dos tecidos periféricos. Como a área de suporte é recoberta por tecidos moles com estrutura histológica, espessura, rigidez e compressibilidade variadas, observam-se áreas que podem ser comprimidas e áreas que não toleram compressão durante a moldagem. Em toda moldagem em prótese total, ocorre alguma deformação dos tecidos moles moldados. Essa deformação deve ser mínima, respeitando os limites de tolerância fisiológica dos tecidos, para que não fiquem distorcidos, por isso antes da execução da moldagem, é fundamental o conhecimento básico da anatomia e das estruturas que delimitam a área que receberá a prótese total, bem como a tríade dos “Ms”, (moldeira, material de impressão e método de moldagem) para a obtenção de sucesso nas moldagens em prótese total. Várias são as técnicas de moldagem e os materiais de moldagem, sendo possíveis múltiplas combinações entre eles. Todas as técnicas apresentam vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações, não existindo uma técnica universal para todos os casos. Os materiais de moldagem atualmente disponíveis oferecem resultados clínicos satisfatórios desde que corretamente indicados e manipulados, portanto a escolha da técnica e do material de moldagem dependerá das características dos rebordos, do tipo e da posição dos tecidos e da finalidade da moldagem. 
A moldagem funcional é mais seletiva. Nela, ao mesmo tempo em que se faz pressão em determinadas áreas, alivia-se outras. Esse procedimento objetiva reproduzir os detalhes anatômicos, comprimir as zonas compressivas, aliviar as zonas de alívio e registrar as inserções musculares através de uma moldagem dinâmica. Deve ser dividida em duas fases: a do vedamento periférico e a moldagem funcional propriamente dita, com registro da área chapeável e estruturas adjacentes. Desta forma, obtêm-se a retenção e adaptação da base da prótese, o que resulta na satisfação do paciente. As moldagens funcionais podem ser divididas em compressivas, não compressivas e com pressão seletiva. A técnica compressiva procura comprimir igualmente os tecidos do rebordo, usando materiais densos e anelásticos, como as godivas e as ceras. É indicada em rebordos favoráveis, com fibromucosa firme e aderente e com resiliência normal. A técnica da mínima compressão usa moldeiras totalmente aliviadas e com furos para escape do material de moldagem, reduzindo ao mínimo a pressão sobre o rebordo. Essa técnica usa materiais de moldagem do tipo leve, de fácil escoamento, e é indicada para todos os tipos de rebordos e fibromucosa. A técnica da pressão seletiva é bastante utilizada e usa moldeiras parcialmente aliviadas e material de fácil escoamento. Consiste em moldagens que direcionam seletivamente a pressão para áreas não aliviadas, liberando as áreas aliviadas. Essa técnica pode ser realizada utilizando-se materiais mais densos nas bordas da moldeira e materiais leves para a moldagem final. É indicada para todos os tipos de rebordos e fibromucosa, principalmente nos casos de rebordos flácidos. 
Os materiais mais utilizados para a execução da moldagem final são as pastas à base de oxido de zinco e eugenol (também chamadas de zincoeugenólicas ou zincoenólicas) e os elastômeros, que são materiais elásticos (genericamente chamados de poliéteres, mercaptanas (polissulfetos) ou silicones, de acordo com suas composições, podendo ser de adição ou condensação. Observa-se que a indicação e utilização de novos materiais elastôméricos na última década têm aumentado, substituindo os materiais antes eleitos. Do ponto de vista clínico, os elastômeros são materiais excelentes, pois possuem mínimas alterações dimensionais, permitindo uma moldagem rápida e de fácil manuseio. Os elastômeros também costumam funcionar melhor nos casos com defeitos ósseos ou áreas muito retentivas. Nessas situações, as propriedades de viscosidade e escoamento ajudam a controlar o comportamento do material e a elasticidade facilita a remoção do molde da boca e do modelo de gesso. As siliconas de condensação, com alta viscosidade, caracterizam-se pela resistência ao escoamento, mantendo-se em posição após o processo de moldagem. Além de que este material apresenta vantagens como tempo de trabalho e presa reduzido, tem sabor e odor agradável, custo moderado, menor contração, e boa impressão e leitura das margens. Algumas desvantagens encontradas nestes materiais são a alta contração de distorção, além de apresentarem instabilidade dimensional devido à volatilização de subproduto (formação de álcool). É um material hidrofóbico, necessita de vazamento imediato e tem baixa resistência à ruptura. São fornecidos em forma de massa densa e fluida e de uma pasta catalisadora. 
Albers (1990), já relatava que os silicones por adição apresentavam melhor estabilidade dimensional, pois não gerava subprodutos após a polimerização. As vantagens, como o baixo tempo de presa, fácil manipulação, alta precisão de detalhes, não distorção na remoção do molde, misturador e dispensador automático, possibilidade de retardar o vazamento e de obter vários vazamentos com o mesmo molde, sabor e odor agradável, fácil leitura das margens e elasticidade ideal fazem com que este seja o material de eleição nas moldagens em prótese total apesar das desvantagens apresentadas. O ponto negativo é que há a necessidade de um campo seco mesmo este apresentando características hidrofílicas, além do alto custo. Este material é fornecido em forma de pasta base e catalisadora, havendo também um sistema automático que contém cartucho automisturável e dispensador onde se encontram as duas pastas. Quando acionado o gatilho, o êmbolo existente é impulsionado de encontro às pastas forçando a mistura e obtendo uma massa uniforme e consistente. O polissulfeto (mercaptana) apresenta uma boa estabilidade e precisão, fluidez satisfatória, longo tempo de trabalho, é hidrofóbico, tem baixo custo, é flexível, mas rígido o suficiente para moldagens de áreas retentivas. Como desvantagens, existe o fato de ser limitado aos tecidos moles, a necessidade de ser vazado imediatamente, ter odor desagradável e a tendência à distorção devido o tracionamento. É apresentado na forma de duas pastas, constituinte de um polissulfeto de borracha e um ativador químico que contém peróxido de chumbo. 
Já o poliéter, mais popularmente conhecido como impregum é um material rígido, tem menor resistência ao rasgamento e menor deformação, é hidrofílico e possibilita vários vazamentos. Suas desvantagens são o curto tempo de trabalho, o alto custo, a grande viscosidade (indesejável em algumas situações na moldagem em prótese total), a compressão contra os tecidos de suporte, e o fato de requerer alívios nas áreas retentivas. É fornecido em diferentes viscosidades e com dispensadores automáticos, contém uma pasta-base com polímero de poliéter e uma pasta aceleradora. Os materiais utilizados para a moldagem, da região do selado periférico (moldagem de borda) são os de consistência regular ou pesada, para que seja possível essa área ser moldada com leve pressão. Para a área de suporte devem ser utilizados materiais de consistência leve, a fim de que esta região seja moldada de forma não compressiva. Dentre os materiais propostos para a obtenção do selamento periférico, incluem-se o silicone pesado, a godiva de baixa fusão, a cera e a resina termoplástica. O silicone para esta etapa da moldagem possui a vantagem de estabilidade dimensional, fácil manipulação e inserção na borda da moldeira, de forma que toda a extensão do fundo de vestíbulo é moldada de uma vez. Contudo, as desvantagens do silicone incluem o alto custo, a necessidade de adesivo adequado e de retenções na borda da moldeira para aumentar a sua retenção a esta. Os requisitos para um material ser usado nas moldagens de borda são: (1) ter corpo suficiente para permitirque o mesmo fique em posição nas bordas durante o carregamento, (2) permitir um pré-contorno da forma das borda sem aderir aos dedos, (3) ter um tempo de presa entre 3 a 5 minutos (4) manter um escoamento adequado enquanto a moldeira é assentada na boca, (5) permitir que o material seja recortado e conformado, de modo que o excesso de material possa ser removido antes da moldagem final. 
Em relação a moldagem propriamente dita, por sua vez, as mercaptanas (polissulfetos), poliéteres e siliconas (para este fim, a silicone de adição) apresentam bom escoamento, estabilidade dimensional e permitem uma boa limpeza, porém dificilmente permitem a aderência de outro material dificultando, assim, o selamento posterior (cera) e possíveis correções do molde. Os poliéteres tem deformação permanente menor que os polissulfetos e semelhante aos silicones de adição. Esses materiais tem indicação em casos de rebordo retentivo, contudo possuem custo superior que a pasta zincoeugenólica, esta foram as principais desvantagens relatadas pela literatura consultada. A técnica de dupla moldagem é dividida em duas etapas, a primeira etapa é a moldagem do selado periférico, que é confeccionada com um material denso para obter uma impressão fiel das inserções musculares, e a segunda etapa a moldagem funcional propriamente dita, utilizando material de consistência leve onde realizará moldagem da área de suporte em toda a sua extensão. Porém, Fusayama et al. (1974) desenvolveram a técnica de impressão única ou moldagem mista, onde leva - se ao mesmo tempo a boca do paciente o material leve e o pesado, objetivando que o material pesado não entre em contato com a superfície a ser moldada formando o material leve uma camada fina sobre o material pesado.. A técnica onde realiza –se a dupla moldagem sem espaçamento mostrou maiores distorções, pois o primeiro molde com material pesado sofreu algumas deformações pela resistência do segundo material. O uso de alívios diminui significantemente estas distorções. As moldagens mistas mostra uma moderada distorção comparada com a dupla moldagem. 
Encontramos um artigo que demonstrou um protocolo utilizando a silicona de condensação Zeta Labor para a realização da moldagem funcional por possuir bom escoamento, copiar os detalhes convenientemente e permitir, após seu endurecimento, que seja cortada ou trabalhada com a fresa maxi cut, se necessário. Assim, para dar retenção ao material deve-se fazer entalhes nas bordas ou usar um adesivo universal, ou ambos. Pequena quantidade de material é manipulada, de acordo com a indicação do fabricante, dando a forma de um rolete com espessura de aproximadamente 3mm e adaptada sobre a borda, em todas as extensões inclusive na região posterior, para evitar que o excesso de material, na moldagem final, escoe pela garganta. O conjunto é introduzido na boca, evitando o toque nas comissuras, para não deslocar o material, seguido dos tracionamentos de lábios e bochechas. Após o endurecimento do material, a moldeira é removida e realizado os recortes dos excessos. Durante a análise da moldagem da borda, observar a espessura produzida pelo material, sua lisura e a impressão do sulco e freios. Uma borda espessa na região anterior resulta numa aparência pobre. O molde é novamente levado à boca para a realização do teste de retenção que pode ou não comprovar o vedamento perférico. Quando a moldagem de borda é realizada corretamente, a moldagem final é notadamente facilitada, seja qual for o material e a técnica que se empregue, seja ele a pasta zinco enólica ou um elastômero.

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