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Anestésicos Gerais

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CURSO DE FÁRMACIA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA CLÍNICA
ANESTÉSICOS GERAIS
Anderson Wilbur Lopes Andrade
TERESINA – PI
2015
CONTEXTO HISTÓRICO
Humphrey Davy (1800) - Óxido nitroso (N2O) 
Analgesia, Euforia, Perda de Consciência
1846: Anestésicos inalatórios
Wiliam Morton (1846) : Éter dietílico (analgesia) – Procedimento odontológico.
Antes da descoberta dos anestésicos gerais, a dor e o choque
reduziam muito a possibilidade de intervenção cirúrgica.
Verificou inclusive em si proprio que o N2O proporcionava alívio da dor quando inalado além provocar estado de euforia, analgesia e perda da consciencia
Realizou vários experimentos com a inalação dos vapores do éter em cães extraiu sem dor um dente de um comerciante em Boston nos EUA.
logo após a primeira demonstração divulgação da aplicação do éter inalado em um procedimento cirurgico.  médico americano, professor,  termo "anestesia" em 1846 para descrever insensibilidade induzida por drogas a sensação (particularmente a dor)
2
CONTEXTO HISTÓRICO
John Collins Warren (1845): Horace Wells (dentista) – procedimento odontológico com N2O. 
o gás não foi administrado corretamente
O estudante sofreu níveis normais de dor, desacreditando, assim, Wells e o óxido nitroso como anestésico.
16 de outubro de 1846: demonstração pública de uma operação cirúrgica - anestesia com éter administrado pelo William Morton.
Paciente inconsciente por 10 min.
“Cavalheiros, isto não é fraude”
Oliver Wendell Holmes (1847): “ANESTESIA” = descrever insensibilidade 
induzida por drogas particularmente a dor.
Warren estava envolvido não uma, mas duas vezes no início da história da anestesia. O primeiro incidente foi uma demonstração por óxido nitroso por dentista Horace Wells, em 20 de janeiro de 1845. Embora Warren não acreditava que a anestesia iria funcionar, ele arranjou para uma demonstração no Massachusetts General Hospital. Warren apresentou Wells aos seus alunos, mas o paciente que tinha sido programado naquela manhã, para uma amputação, recusou-se a ser operado. Warren, então, pediu a seus alunos se alguém precisava de um dente extraído e um estudante concordou. Infelizmente, o gás não foi administrada corretamente. O estudante sofreu níveis normais de dor, desacreditando, assim, Wells e óxido nitroso como anestésico.
 Warren novamente concordaram em realizar uma demonstração pública de uma operação cirúrgica em um paciente, desta vez sob anestesia com éter administrado pelo colega e concorrente Wells, William Thomas Green Morton 
A operação durou cerca de dez minutos eo paciente era aparentemente inconsciente durante a sua duração. Depois de Warren tinha terminado, eo paciente tinha recuperado a consciência, Warren pediu ao paciente como ele se sentia. Alegadamente, o paciente respondeu: "Se sente como se meu pescoço foi arranhada". Warren declarou então a sua audiência "Senhores, esta não é uma farsa"
3
ANESTESIA GERAL
“É uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, amnésia, eliminação da dor e perda da atividade muscular (ausência de resposta a estímulos nocivos)”
Conceito
São utilizados com adjuvantes em procedimentos cirúrgicos visando tornar o paciente inconsciente e insensível à estimulação dolorosa.
Administrados sistematicamente e exercem seus efeitos no SNC.
Anestésicos Gerais
Usos: procedimentos cirúrgicos
Todos esses efeitos facilitam a execução segura e
indolor do procedimento; 
O estado anestésico inclui perda da consciência, e imobilidade (ausência de resposta a estímulos nocivos), mas não necessariamente analgesia completa.
4
Dependendo da concentração produzem desde bloqueio sensitivo até bloqueio motor
- possuem efeito temporário e completamente reversível. 
Características:
-Prontamente controláveis e seguros;
-Indução e recuperação rápidas;
-Nível de anestesia ajustável durante a cirurgia.
ANESTESIA GERAL
“É uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, amnésia, eliminação da dor e perda da atividade muscular (ausência de resposta a estímulos nocivos)”
Conceito
Anestésicos Gerais
Usos: procedimentos cirúrgicos
Uma droga anestesica para ser ideal deve induzir anestesia rapidamente e de modo uniforme
permitir rapida recuperação, tão logo se interrompa sua administração
grande margem de segurança e desprovida de efeitos adversos
Todos esses efeitos facilitam a execução segura e
indolor do procedimento; 
O estado anestésico inclui perda da consciência, e imobilidade (ausência de resposta a estímulos nocivos), mas não necessariamente analgesia completa.
5
Em termos gerais, a anestesia geral esta indicada em situações nas quais é necessário que o paciente se mantenha inconsciente, com relaxamento da musculatura esquelética, com abolição da dor e lapso de memória durante o procedimento cirúrgico a ser realizado.
A anestesia geral também esta indicada quando não é possível realizar um bloqueio anestésico local. 
ANESTÉSICOS GERAIS
Indicações
Dependem de uma série de fatores como o estado de saúde do paciente, os fármacos as serem utilizados, o risco de choque anafilático, entre outros.
Algumas das principais contra-indicações da anestesia geral são situações em que o paciente apresente risco de broncoaspiração, dificuldade respiratória e hipertensão arterial no momento da cirurgia.
Contra - Indicações
6
ANESTÉSICOS GERAIS
FASES DO PERÍODO ANESTÉSICO
INDUÇÃO
MANUTENÇÃO
 RECUPERAÇÃO
Compreende todos os procedimentos, incluindo a medicação pré-anestésica, administração das drogas anestésicas, perda da consciência e controle das vias aéreas.
FARMACOCINÉTICA
FARMACODINÂMICA
A manutenção deve ser realizada conforme as necessidades individuais de cada paciente e as características do procedimento cirúrgico a ser realizado.
 • Recuperação Imediata: 
 interrupção das drogas anestésicas, retorno da ventilação espontânea e da consciência
• Recuperação Tardia
A anestesia geral é constituída de três fases. São elas: indução anestésica, manutenção da anestesia e recuperação.
A indução anestésica é o período de transição inicial do paciente que se encontra acordado para o estado de perda parcial da consciência
A manutenção da anestesia começa quando o estado de anestesia é o ideal para que se inicie o procedimento cirúrgico. 
A recuperação vai desde a finalização do ato cirúrgico até o momento em que o paciente recupere a consciência e estabilize os sinais vitais.
7
ANESTÉSICOS GERAIS
A potência de um anestésico pode ser prevista a partir de suas características físico-químicas. 
O previsor mais fidedigno foi a solubilidade do anestésico em azeite de oliva (ou em outro solvente lipofílico, como o octanol), indicado pelo coeficiente de partição (λ ) óleo/gás.
A potência de um anestésico é diretamente proporcional à sua lipossolubilidade. 
TEORIA LIPÍDICA : MEYER-OVERTON
 A maioria das teorias lipídicas afirma que o anestésico dissolvido perturba as propriedades físicas da dupla camada lipídica, o que, por sua vez, modifica a função de uma proteína da membrana excitável - interação com domínios hidrofóbicos das proteínas de membrana. 
Aumento da permeabilidade da membrana.
Este gráfico log-log mostra a correlação muito estreita entre lipossolubilidade, (óleo/gás), e a potência do anestésico em cinco ordens de magnitude. De acordo com essa hipótese, há anestesia geral quando uma quantidade suficiente do anestésico se dissolve na dupla camada lipídica e é alcançada uma concentração fixa (“anestésica”).
a ação farmacológica parece necessitar somente
de que a molécula tenha certas propriedades fisicoquímicas.
As teorias mais antigas, particularmente a
teoria lipídica (ver adiante), portanto basearam-se mais
propriamente em idéias fisicoquímicas gerais.
8
ANESTÉSICOS GERAIS
prevê a velocidade de indução;
um anestésico que tem um λ(sangue/gás) menor tem um tempo de indução mais curto. 
Em geral,há um equilíbrio entre indução rápida e potência elevada.
COEFICIENTE DE PARTIÇÃO SANGUE/GÁS
Um anestésico que tem uma indução rápida, indicado por um pequeno λ(sangue/gás), costuma ter baixa potência, representada por um pequeno λ(óleo/gás). 
Ao contrário, um anestésico muito potente com um elevado λ(óleo/gás) costuma ter alto λ(sangue/gás) e, portanto, um tempo de indução longo.
9
ANESTÉSICOS GERAIS
Relativamente insolúvel no sangue
Muito solúvel no sangue
No caso de um agente muito solúvel no sangue quantidades muito maiores de anestésico devem dissolver-se no sangue para elevar a pressão parcial no capilar.
Ocorre o equilíbrio das pressões parciais no alvéolo e no capilar de cada anestésico. 
No caso de um agente relativamente insolúvel no sangue a transferência de uma pequena quantidade de anestésico do alvéolo aumenta muito a pressão parcial no capilar. 
10
hemoglobina, mioglobina e enzimas
O grau de afinidade proteica determina a duração anestésica (quanto maior a afinidade proteica, maior o tempo do bloqueio). 
O início de ação dos agentes anestésicos também é determinado pelo valor pKa (valor do pH na qual as formas ionizadas e não ionizadas, estão em quantidades iguais). 
O início de ação é proporcional a quantidade de forma não ionizada.
ANESTÉSICOS GERAIS
CAPACIDADE DE LIGAÇÃO PROTEICA
GRAU DE IONIZAÇÃO (PKA)
Os anestésicos são bases fracas, portanto, insoluveis em pH ácidos e adm por IV ou inalatoria. Permanecendo assim na forma não ionizada e tendo ´ráp inicio de ação. 
11
ANESTÉSICOS GERAIS
Esses fatores determinam as diferentes taxas de transferência do anestésico inalado do pulmão para o sangue e deste para o cérebro e outros tecidos.
Uma droga anestésica para ser ideal deve induzir anestesia rapidamente e de modo uniforme.
A profundidade da anestesia é determinada pelas concentrações dos anestésicos no SNC.
A taxa se alcança uma concentração cerebral eficaz (taxa de indução da anestesia) depende de múltiplos fatores farmacocinéticos que influenciam a captação e a distribuição do anestésico.
Permitir rápida recuperação, tão logo se interrompa sua administração grande margem de segurança e desprovida de efeitos adversos
A hipoventilação reduz a chegada do anestésico aos alvéolos. hipoventilação retarda a indução.
O uso de fármacos depressores respiratórios,
como a morfina (veja Cap. 40), pode, assim, retardar
a recuperação da anestesia.
o débito cardíaco diminui, a corrente sangüínea retira o anestésico dos alvéolos mais devagar. Quanto maior tempo de permancia do anestesico nos alveolos pulmonares mais rapida será a indução anestesica. 
Tireotoxicose é o termo amplamente difundido na linguagem médica para apontar um distúrbio endócrino de hipertireoidismo
Shunt cardiaco: Sangue que entra no sistema vascular atrial sem passar pelo pulmão ventilado. 
O tempo de indução menor em crianças resulta do equilíbrio entre a respiração acelerada das crianças (que favorece a indução mais rápida) e o débito cardíaco aumentado (que favorece a indução mais lenta); o aumento tempo-dependente da pressão parcial venosa mista do anestésico limita a absorção do anestésico nos pulmões, reduzindo o efeito do aumento do débito cardíaco sobre o tempo de indução.
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ANESTÉSICOS GERAIS
Alguns dos Efeitos das Variáveis Fisiológicas, Fisiopatológicas e Clínicas sobre a Taxa de Indução da Anestesia
A hipoventilação reduz a chegada do anestésico aos alvéolos.
O débito cardíaco diminui, a corrente sanguínea retira o anestésico dos alvéolos mais devagar. 
Quanto maior tempo de permanência do anestésico nos alvéolos pulmonares mais rápida será a indução anestésica. 
A hipoventilação reduz a chegada do anestésico aos alvéolos. hipoventilação retarda a indução.
O uso de fármacos depressores respiratórios,
como a morfina (veja Cap. 40), pode, assim, retardar
a recuperação da anestesia.
Tireotoxicose é o termo amplamente difundido na linguagem médica para apontar um distúrbio endócrino de hipertireoidismo
Shunt cardiaco: Sangue que entra no sistema vascular atrial sem passar pelo pulmão ventilado. 
O tempo de indução menor em crianças resulta do equilíbrio entre a respiração acelerada das crianças (que favorece a indução mais rápida) e o débito cardíaco aumentado (que favorece a indução mais lenta); o aumento tempo-dependente da pressão parcial venosa mista do anestésico limita a absorção do anestésico nos pulmões, reduzindo o efeito do aumento do débito cardíaco sobre o tempo de indução.
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Condução dos potenciais de ação;
Transmissão sináptica;
receptores excitatórios (nicotínico de acetilcolina, 5-HT e NMDA).
os receptores inibitórios (GABAA e glicina)
Reduz a liberação de NT, inibe ação pós-sináptica do NT e reduz a excitabilidade da célula pós-sináptica.
Inconsciência: interferência na formação reticular do tronco cerebral, no hipotálamo ou no tálamo.
Sistema Reticular Ativador Ascendente (SRAA) – estado de vigília.
Amnésia: de curta duração. 
dificultando a transmissão do impulso nervoso - bloqueio da neurotransmissão nos neurônios relacionados memória anterógrada no hipocampo.
BLOQUEIO
POTENCIALIZA
ANESTÉSICOS GERAIS
Os anestésicos, mesmo em baixas concentrações, causam
amnésia de curta duração, isto é, experiências que
ocorrem durante a ocorrência do fármaco não são lembradas
mais tarde,
memória anterógrada é a capacidade de armazenar novas informações a partir de um determinado momento
NMDA é uma sigla para N-metil D-Aspartato. O NMDA é um aminoácido excitatório agonista do neurotransmissor, também aminoácido, glutamato. 
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Estágio I (Analgesia):
É variável e depende do anestésico
específico;
Consciente e sonolento; 
Resposta ao estímulo doloroso reduzido.
Estágio II (Excitação): 
Inconsciente, 
Responde ou não a estímulos não dolorosos; Reflexo da tosse e náuseas presentes e exacerbados;
Ventilação irregular.
OS ESTÁGIOS DA ANESTESIA. 
ANESTÉSICOS GERAIS
O estado de aprofundamento da
anestesia pode ser dividido em quatro estádios, baseados em observações
com o éter dietílico. 
Com indução rápida, o paciente passa rapidamente pela indesejável
fase de “excitação
15
Estágio III (Anestesia cirúrgica): 
Movimentos espontâneos cessam; 
Respiração irregular; 
Reflexos musculares desaparecem;
Relaxamento muscular; 
Músculos intercostais falham;
O anestesiologista deve ter cuidado para evitar o estádio IV, que começa com parada respiratória e mais tardiamente ocorre a parada cardíaca. 
Estágio IV (Paralisia bulbar): 
respiração e controle vasomotor cessam;
Morte em poucos minutos;
Durante a recuperação da anestesia, o paciente passa por esses estádios na ordem inversa.
OS ESTÁGIOS DA ANESTESIA. 
ANESTÉSICOS GERAIS
A cirurgia geralmente é realizada no estádio
III. 
16
OS ESTÁGIOS DA ANESTESIA. 
ANESTÉSICOS GERAIS
É desejável que a recuperação da anestesia geral seja rápida, de modo que os pacientes possam respirar sozinhos logo que possível após a cirurgia. 
A ventilação remove o anestésico da corrente sanguínea para o ar expirado e, portanto, o aumento da ventilação sempre acelera a recuperação. 
Como ocorre na indução, a recuperação da anestesia com agentes limitados por perfusão é rápida, ao passo que a recuperação da anestesia com agentes limitados pela ventilação é mais demorada.
Em geral, as fases de recuperação da anestesia ocorrem na seqüência inversa à indução da anestesia, incluindo a desagradável fase de excitação 
da anestesia ocorrem na seqüência inversa à indução da anestesia, incluindo a desagradável fase de excitação 
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CLASSIFICAÇÃO
A anestesia geral pode ser classificada quanto a sua via de administração. 
A escolha da via de administração adequada baseia-se na eficácia e segurança do método escolhido. 
As principais vias de administração utilizadas são a inalatória e endovenosa (maior grau de segurança e boa eficácia). 
As vias como a intramuscular, oral e retal raramente são utilizadas para seobter um estado de anestesia geral (controle mais limitado) - pré-anestésicos. 
ANESTÉSICOS GERAIS
As vias inalatórias e endovenosas permitem ao anestesiologista um maior grau de segurança e uma boa eficácia, sendo por isso, as vias mais amplamente utilizadas nos procedimentos cirúrgicos que exigem o uso de anestésicos gerais. As vias muscular, oral e retal apresentam um grau de controle mais limitado, o que justifica seu uso mais comum na introdução de medicamentos pré-anestésicos.
18
Apesar das intensas pesquisas, ainda não se conhece o mecanismo de ação exato dos anestésicos. 
A hipótese unitária afirma que um mecanismo comum é responsável pela ação de todos os anestésicos. 
Por outro lado, cada anestésico, ou cada classe de anestésico, pode ter seu próprio mecanismo de ação - vários indícios sugeriram a ausência de um local de ação específico.
A hipótese unitária é clássica, mas pesquisas recentes mostraram que a situação é mais complexa.
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS
Não foram descobertos antagonistas farmacológicos dos anestésicos gerais, sugerindo a ausência de um sítio específico pelo qual um antagonista poderia competir com um anestésico geral.
ANESTÉSICOS GERAIS
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 ESTRUTURAS DE ALGUNS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS 
ANESTÉSICOS GERAIS
As vias inalatórias e endovenosas permitem ao anestesiologista um maior grau de segurança e uma boa eficácia, sendo por isso, as vias mais amplamente utilizadas nos procedimentos cirúrgicos que exigem o uso de anestésicos gerais. As vias muscular, oral e retal apresentam um grau de controle mais limitado, o que justifica seu uso mais comum na introdução de medicamentos pré-anestésicos.
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
A única via quantitativamente importante pela qual os anestésicos inalatórios penetram e deixam o corpo é por meio dos pulmões. 
Os anestésicos são todos moléculas lipossolúveis pequenas, os que cruzam a membrana alveolar com grande facilidade.
A degradação metabólica dos anestésicos embora importante em relação à sua toxidade, é geralmente insignificante em determinar a duração de sua ação.
21
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Os anestésicos são todos moléculas lipossolúveis pequenas, os que cruzam a membrana alveolar com grande facilidade.
Tecidos magros, incluindo o cérebro, têm um grande fluxo sanguíneo e baixo coeficiente de partição para os anestésicos e, portanto, equilibram-se rapidamente com o sangue.
Os tecidos adiposos têm um pequeno fluxo sanguíneo e um grande coeficiente de partição e, portanto, equilibram-se lentamente, atuando como um reservatório do fármaco durante a fase de recuperação.
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
metabólitos reativos (intermediários de radicais livres) provocam lesão hepatocelular 
Metionina-sintetase homocisteína em metionina – a.a. envolvido na síntese de proteinas presentes nas hemaceas – anemia megaloblástica
23
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
 epileptogênico: Que produz epilepsia
Estágio II (Excitação): 
Reflexo da tosse e náuseas presentes e exacerbados;
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
 epileptogênico: Que produz epilepsia
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
As vias inalatórias e endovenosas permitem ao anestesiologista um maior grau de segurança e uma boa eficácia, sendo por isso, as vias mais amplamente utilizadas nos procedimentos cirúrgicos que exigem o uso de anestésicos gerais. As vias muscular, oral e retal apresentam um grau de controle mais limitado, o que justifica seu uso mais comum na introdução de medicamentos pré-anestésicos.
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Indução
Recuperação
- As curvas mostram a concentração alveolar (que intimamente refletem a concentração sangüínea arterial) como função do tempo durante a indução e a recuperação. 
- A velocidade global de equilíbrio varia com a solubilidade dos anestésicos.
Um aumento da ventilação pulmonar é acompanhado apenas por ligeira elevação da tensão arterial de um anestésico de baixa solubilidade no sangue e baixo coeficiente de partição.
Eter elevado coef part sangue/gas – tempo de indução prolongado.
- Mas pode aumentar significativamente a tensão de agentes de solubilidade moderada ou alta no sangue.
27
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
TOXICIDADE
Hepatotoxicidade (Halotano) - disfunção hepática pós-operatória
- hepatite potencialmente grave.
mecanismos ainda não esclarecidos 
- metabólitos reativos (intermediários de radicais livres) provocam lesão hepatocelular ou resposta imunológicas
Nefrotoxicidade (Metoxiflurano e Sevoflurano) - disfunção renal
metabolismo hepático e renal formação de íons lesões renais.
Efeitos sobre a reprodução - risco de aborto.
Um aumento da ventilação pulmonar é acompanhado apenas por ligeira elevação da tensão arterial de um anestésico de baixa solubilidade no sangue e baixo coeficiente de partição.
- Mas pode aumentar significativamente a tensão de agentes de solubilidade moderada ou alta no sangue.
28
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
TOXICIDADE
Hipertemia maligna - rara, porém fatal
Hematotoxicidade (óxido nitroso) - exposição prolongada - provoca anemia megaloblástica (diminuição da atividade da metionina sintetase).
Tratamento: consiste em medidas apropriadas para reduzir a temperatura corporal, restaurar equilíbrio eletrolítco e ácido-base 
- administração de dantroleno: impede a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático).
Consiste em taquicardia e hipertensão, rigidez muscular intensa, hipertermia, hipercalemia e desequilíbrio ácido-básico - ácidose.
Um aumento da ventilação pulmonar é acompanhado apenas por ligeira elevação da tensão arterial de um anestésico de baixa solubilidade no sangue e baixo coeficiente de partição.
- Mas pode aumentar significativamente a tensão de agentes de solubilidade moderada ou alta no sangue.
29
ANESTÉSICOS GERAIS
Ao contrário dos anestésicos inalatórios, os agentes intravenosos não necessitam de qualquer equipamento especializado para sua administração ou aparelhos de alto custo para a recuperação e eliminação dos gases exalados.
Drogas IV como tiopental, etomidato e propofol, têm inicio de ação anestésica mais rápida do que até os mais novos agentes inalatórios, como o desflurano e o sevoflurano
30
ANESTÉSICOS GERAIS
 ESTRUTURAS DE ALGUNS ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS 
 NÃO OPIÓIDES 
31
Como compostos não-voláteis, os agentes intravenosos diferem dos anestésicos inalatórios porque não podem ser removidos do corpo por ventilação. 
Consequentemente, deve haver grande cuidado durante sua administração para evitar depressão bulbar grave, cuja reversão é difícil.
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
Cloridrato de doxapram - utilizado para estimular os centros bulbares
32
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
33
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
34
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
35
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
36
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS NÃO OPIÓIDES
37
ANESTÉSICOS GERAIS
 ESTRUTURAS DE ALGUNS ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS 
 OPIÓIDES 
Grandes doses de analgésicos opióides têm sido utilizados para obter uma anestesia geral, sobretudo em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca ou a outra cirurgia de grande pote, quando a reserva circulatória é mínima.
Grandes doses de analgésicos opióides têm sido utilizados para obter uma anestesia geral, sobretudo em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca ou a outra cirurgia de grande pote, quando a reserva circulatória é mínima.
Potentes analgésicos
Inibem os reflexos fisiológicos ao estímulo doloroso;
38
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES
OPIÓIDES
Os opióides ligam-se a receptores específicos localizados ao longo do SNC e outros tecidos.
39
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES
FENTANIL
Potente agonista opióide;
Elevada lipossolubilidade e grande volume de distribuição;
Rápido início de ação e duração mais prolongada, quando administradopor via IV;
ALFENTANIL
Rápido início e curta duração de ação
Sem efeito cumulativo
Usado em infusão contínua ou em doses intermitentes
Metabolização hepática
40
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES
SUFENTANIL
Mais potente agonista opióide disponível clinicamente;
Efeitos clínicos semelhantes ao fentanil e alfentanil.
REMIFENTANIL
Rapidamente metabolizado no sangue e tecidos por esterases inespecíficas;
Eliminação rápida;
Ideal para infusão contínua;
Sem efeito residual.
41
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
NALOXONA
Antagonista puro
Indicado para reversão dos efeitos dos agonistas
Adjuvante no tratamento dos choques séptico e cardiogênico
42
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES
43
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS
Doses e Parâmetros farmacocinéticos de Anestésicos IV Empregados em Anestesia Geral
* Dose em µg/Kg
** Inconsciência, prejuízo na resposta motora e reflexos - 5h
Latência anestésica = início de ação
3
44
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS
Doses e Parâmetros farmacocinéticos de Anestésicos IV Empregados em Anestesia Geral
* Dose em µg/Kg
** Repetida a cada 2-3 min (até que se obtenha o efeito desejado)
Naloxona: antagonista competitivo específico de receptores opioides. Utilizada caso haja depressão respiratoria induzida pelos analgésicos opioides.
45
ANESTÉSICOS GERAIS
FÁRMACOS ADJUVANTES
- produzem outros efeitos desejáveis durante a cirurgia, mas não necessariamente causados pelos anestésicos gerais.
BENZODIAZEPÍNICOS
Propriedades ansiolíticas e amnésticas anterógradas.
Sedação intra-operatória
Se necessário, os efeitos dos benzodiazepínicos podem ser revertidos com o antagonista flumazenil.
Diazepam, 
Lorazepam
Midazolam
Relaxamento muscular.
Os efeitos dos inibidores competitivos podem ser revertidos por um inibidor da acetilcolinesterase como a neostigmina.
BLOQUEADORES DO RECEPTOR NICOTÍNICO DA ACETILCOLINA
Tubocurarina 
Pancurônio 
O INIBIDOR DA DESPOLARIZAÇÃO
Succinilcolina
são administrados com freqüência por suas são administrados 15 a 60 minutos antes da indução da anestesia para acalmar o paciente e apagar a memória da indução, 
são usados com freqüência para obter relaxamento muscular 
46
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
ANESTÉSICOS GERAIS
TIOPENTAL
MIDAZOLAM
         Depressão excessiva do SNC.
Recomendação: Se midazolam for usado como pré-anestésico, uma redução na dose de tiopental pode ser necessária. O uso concomitante de midazolam e tiopental também requer redução em um ou ambos os fármacos.
SUCCINILCOLINA
         A mistura de tiopental e succinilcolina pode precipitar e levar uma coagulação intravascular disseminada.
Recomendação: Esta situação fatal pode ser evitada se estes medicamentos forem administrados em veias calibrosas, deve-se lavar a veia com solução fisiológica e esperar de 2 a 3 minutos entre a administração de cada medicamento.
47
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
ANESTÉSICOS GERAIS
CETAMINA
LEVOTIROXINA
         Pode aumentar o risco de hipertensão e taquicardia supraventricular.
Recomendação: Monitorização do paciente.
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (ATRACÚRIO, GALAMINA, PANCURÔNIO, VERCURÔNIO)
        A cetamina também pode aumentar o bloqueio neuromuscular dos relaxantes musculares não-despolarizantes, possivelmente através dos efeitos no SNC ou por alteração na junção mioneuronal.
Recomendação: Monitorização cuidadosa do paciente e redução da dose de bloqueador neuromuscular se necessário.
TRAMADOL
        O uso de tramadol com agentes anestésicos pode resultar em depressão respiratória.
Recomendação: Evitar esta combinação ou monitorar cuidadosamente o paciente.
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ANESTÉSICOS GERAIS
ISOFLURANO E SEVOFLURANO
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (ATRACÚRIO, GALAMINA, PANCURÔNIO, VERCURÔNIO) 
        Os anestésicos inalatórios aumentam o bloqueio neuromuscular dos relaxantes musculares não-despolarizantes, possivelmente através dos efeitos no SNC ou por alteração na junção mioneuronal.
Recomendação: Monitorização cuidadosa do paciente e redução da dose de bloqueador neuromuscular.
PROPOFOL
ALFENTANIL
 O uso simultâneo de infusões contínuas de propofol e alfentanil produz um nível plasmático de alfentanil maior que o esperado e aumento dos riscos de hipotensão, bradicardia e depressão respiratória.
Recomendação: Monitorar cuidadosamente o paciente, se preciso utilizar doses menores de alfentanil.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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Sedação inadequada e/ou de agentes pode aumentar o risco. 
A duração da anestesia também contribui não só pela agressão farmacológica continuada como pela fadiga que se apossa de toda a equipe cirúrgica, levando à desatenção e a erros.
A associação de cardiopatia com hipercolesterolemia, tabagismo, inatividade física, pneumopatia, diabetes, nefropatia, distúrbios hematológicos - aumenta o risco anestésico-cirúrgico.
Complicações como perda do controle das vias respiratórias, problemas cognitivos e de memória depois anestesia geral podem surgir devido a ação que os agentes anestésicos atuais exercem sobre o SNC.
A hipertemia maligna é complicação rara, porém fatal, decorrente do uso de anestésicos gerais (inalatórios).
COMPLICAÇÕES
ANESTÉSICOS GERAIS
Após o constatação, se possível, suspender o ato cirúrgico. De imediato é feita a suspensão da administração do agente anestésico trocando-se o sistema de anestesia e controlar a ventilação.
Entre os fatores de risco ligados ao ato anestésico geral, há os decorrentes da atividade do anestesiologista e os inerentes à anestesia em si. 
Hipertemia Possui susceptibilidade genética e ocorre devido ao desencadeamento de reações hipermetabólicas. 
As manifestações clínicas da síndrome de hipertermia não seguem nenhuma ordem cronológica. O sinal mais freqüente é o aumento do gás carbônico no final da expiração causado pelo aumento do metabolismo da célula muscular esquelética. Outros sinais precoces como aumento da freqüência cardíaca, arritmias diversas podem levar a pensar em plano de anestesia inadequado. Pode ocorrer cianose e rigidez do músculo masseter e de outros grupos musculares. O aumento da temperatura corporal não é o primeiro sinal a aparecer, porém quando inicia tem ascensão rápida com aumento médio de 1-2 °C a cada 5 minutos. 
A ventilação remove o anestésico da corrente sangüínea para o ar expirado e, portanto, o aumento da ventilação sempre acelera a recuperação. 
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OBRIGADO!
Entre os fatores de risco ligados ao ato anestésico geral, há os decorrentes da atividade do anestesiologista e os inerentes à anestesia em si. 
Hipertemia Possui susceptibilidade genética e ocorre devido ao desencadeamento de reações hipermetabólicas. 
As manifestações clínicas da síndrome de hipertermia não seguem nenhuma ordem cronológica. O sinal mais freqüente é o aumento do gás carbônico no final da expiração causado pelo aumento do metabolismo da célula muscular esquelética. Outros sinais precoces como aumento da freqüência cardíaca, arritmias diversas podem levar a pensar em plano de anestesia inadequado. Pode ocorrer cianose e rigidez do músculo masseter e de outros grupos musculares. O aumento da temperatura corporal não é o primeiro sinal a aparecer, porém quando inicia tem ascensão rápida com aumento médio de 1-2 °C a cada 5 minutos. 
A ventilação remove o anestésico da corrente sangüínea para o ar expirado e, portanto, o aumento da ventilação sempre acelera a recuperação. 
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