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Direito Administrativo certo

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DIREITO ADMINISTRATIVO I 
Prof. Édilo Braga.
Direito administrativo: 
Conceito e objeto: o direito administrativo é um conjunto de regra e de princípios que tratam da estrutura e organização da administração pública em sentido lato e de todo o exercício de atividades administrativa. 
Desta forma, temos que o direito administrativo é um ramo do direito publico, uma vez que o Estado é o maior participe de todo o conjunto de relações jurídicas estabelecidas com o particular.
Sistemas Administrativos: A doutrina estabelece que existem dois sistemas administrativos, são eles: (referente aos particulares)
Sistema Inglês: é aquele em que todas as demandas devem ser decididas de forma definitiva pelo poder judiciário, ou seja, a coisa julgada material somente poderá ser decidida pelo poder judiciário. 
- O judiciário decide porem a sentença pode ser recorrida, por meio de ação de anulação. 
Sistema Francês: é aquele em que os tribunais administrativos possuem competência para decidir sobre matérias referente aos particulares, determinando sobre sua coisa julgada material e, impedindo o judiciário de rever a decisão. 
- O próprio tribunal, faz coisa julgada material, não podendo ser recorrido. 
OBS 1: No Brasil é adotado o sistema inglês, já que a coisa julgada material somente poderá ser procedida por decisão do poder judiciário. 
OBS 2: (Exceção) Os tribunais administrativos fazem coisa julgada material contra os atos da própria administração pública, significa que a administração pública pode fiscalizar seus próprios atos.
Regime Jurídico: podemos afirmar que o regime jurídico administrativo é um regime tipicamente de direito público. Desta forma, existe a incidência de prerrogativas e privilégios próprios da administração pública sobre o interesse do particular.
Tais prerrogativas se fundamentam em dois pilares principiológicos são eles: Princípio da supremacia do interesse público e princípio da indisponibilidade do interesse público. Assim o Estado possui deveres e direitos. 
Tripartição dos Poderes: cada poder possui uma função típica poder legislativo-legislar; poder executivo - executar; poder judiciário - julgar; contudo podem exercer outras funções atípicas (conhecidas como freios e contrapesos), poder executivo – executar e julgar; poder executivo – legislar e julgar; poder judiciário – legislar e executar;
Como bem sabemos, os poderes da união são divididos em legislativo, executivo, e judiciário, sendo tais poderes independentes e harmônicos entre si. 
Importante ressaltar que além das funções típicas, tais poderes também realizam funções atípicas, chamado de freios e contrapesos. 
Governo: de acordo com o doutrinador Hely Lopes Meireles, o governo pode ser dividido em diferentes sentidos, são eles: 
Sentido Formal: é composto por todos os órgãos (poderes) e agentes (políticos e públicos), previstos na constituição;
Sentido Material: é composto pelas atividades essenciais a coletividade.
Sentido Operacional: é composto pela condução política dos negócios públicos;
5.1. Formas de Governo: 
República: 
Eletividade: os representantes são eleitos por meio do voto.
Temporalidade: os cargos e mandatos são por prazos certos/definidos.
Responsabilidade: 
Monarquia:
Hereditariedade: passa adiantes, em família. 
Vitaliciedade:
Irresponsabilidade: não reponde pelos atos. 
Sistema de Governo:
Presidencialismo:
Independência entre os Poderes: cada poder possui independência perante os demais.
Mandatos por prazo certo:
Chefia monocrática: todos os atos devem ser aprovados pelos demais.
Parlamentarismo:
Interdependência entre os poderes: os poderes buscam trabalho conjunto, afim de buscar maior efetividade.
Mandatos por prazo incerto: eleitos em grupo, todos assumem em conjunto nomeando o primeiro ministro. Assim havendo a necessidade de exoneração todo o conjunto sai. 
Chefia dual:
Origem do direito administrativo: antigamente o estado era absolutista (o rei era denominado de Deus, ou único representante legal de Deus na terra), a burguesia que detinha o poder aquisitivo, decidiu retirar o rei do poder, a partir do movimento chamado iluminismo, a fim de retirar a estigma de que o rei era Deus. Assim passou a criar a instituição do estado de direito, onde todos são obrigados a obedecer à lei, o que levou ao que temos hoje, o estado democrático de direito, onde todos devem ser representados, pelo estado. 
A origem do direito administrativo, bem como a sua definição como um ramo autônomo do direito, esta intimamente ligada a revolução francesa, ocorrida em 1789, que tinha como ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Com o acontecimento passou-se a exigir do poder público não apenas a manutenção da integridade da população, mas também de uma serie de direitos e serviços á coletividade dando ensejo ao surgimento do Estado democrático de direito.
Fontes do direito administrativo:
Lei: é fonte primária do direito administrativo, devendo ser utilizada em sentido amplo. 
Jurisprudência: são as decisões dos tribunais acerca de determinada matéria. É fonte secundária do direito administrativo e, possui a tendência de nacionalizar-se (precedente judicial, art. 926, do CPC).
OBS: as súmulas vinculantes (art. 103 - A da CF/88)são consideradas fontes primárias no direito administrativo, sendo portanto uma exceção. 
Doutrina: é fonte secundária do direito administrativo. Possui a tendência a universalizar-se. 
Costumes: são regras não escritas, de observância obrigatória quando houver lacuna na lei. Exigem para sua configuração, os seguintes elementos:
d.1. uso repetitivo do comportamento;
d.2. Convicção da necessidade de obrigatoriedade.
É fonte secundária do direito administrativo. 
Os costumes são divididos em praeter leges (complementação do direito) segundum legis (própria lei fala que deve respeitar o costume, exemplo art. 569, II, CC), contra legis (decide contrário a lei para uma decisão mais justa). 
Princípios da administração pública.
Noções gerais: os princípios surgem como parâmetros para a interpretação do conteúdo das demais regras jurídicas, apontando as diretrizes as quais devem ser seguidas pelos operadores de direito. 
A doutrina estabelece ainda que os princípios da administração pública são denominados de “mandamentos de otimização”. 
Teoria tridimensional do direito – valor; norma; e fato; 
Teoria do culturalismo jurídico - não basta o estudo teórico, também deve ter vivenciado. 
Destinatários: como regra geral, estão submetidos aos princípios da administração pública, não só os órgãos integrantes da administração direta (união, estados, DF, e municípios) do Estado, mas também, as pessoas integrantes da administração pública indireta, tais como: autarquias, fundações, empresas públicas, e sociedades de economia mista. 
Empresas públicas: BNDS, EBCT (empresa brasileira de correios e telégrafos) caixa econômica federal, e outros. 
Sociedade de economia mista: Banco do Brasil, Petrobrás, Eletrobrás, outros. 
O Estado divide em administração direta e indireta, pois ele pode administrar tudo sozinho. 
Art. 37, inc. II da CF X art. 173 §1º da CF. 
 O art. 37 trata dos princípios da administração pública (LIMP), bem como no seu inciso II, trata do princípio do concurso público. 
Já o art. 137 §1, diverge do artigo supracitado, vez que determina que quando se trata de caráter econômico, possuirá autonomia podendo aplicar regras da administração privada.
Contudo o entendimento é de que os princípios se aplicam a todos, seja na administração direta e indireta, assim na administração pública apenas se aplica a regra do art. 37, inc. II da CF.
Superprincípios ou Supraprincípios: acima dos demais princípios. 
Princípio da Supremacia do interesse público: significa que os interesses da coletividade são mais relevantes que os interesses individuais, por isso à administração pública recebe poderes (prerrogativas) que não são estendidas aos particulares. 
Principio da indisponibilidade do interesse público: significa dizer que a administraçãopública não é proprietária dos interesses por ela geridos, portanto, é dever da administração, por meio de seus agentes, proteger o interesse público, bem maior de toda a coletividade. 
Princípios constitucionais da administração pública:
Princípio da Legalidade: mencionado princípio não é uma peculiaridade da administração pública, restando presente em todo o estado democrático de direito.
Desta forma, princípio da legalidade, tem a ideia de que toda e qualquer atividade da administração pública deve se pautar pelas leis, que por sua vez, derivam da vontade popular.
Dentro do princípio da legalidade, temos os seguintes diplomas normativos:
Juridicidade: estabelece que a administração pública deve obedecer a diversos diplomas (estudados em sentido lato, ou seja, amplo), é a mais aplicada. 
Bloco de legalidade: estabelece, em sentido estrito, que a administração pública deve obedecer a constituição federal, constituições estaduais, medidas provisórias, princípios gerais do direito e costumes. 
Legalidade X Reserva Legal: a legalidade abrange não só as leis, como também as medidas provisórias, os decretos, portarias e outros. Dentro deste conceito, a legalidade possui maior abrangência, portanto, a lei é estudada em sentido amplo (lato). EX: Art. 62, e 84, VI da CF. 
Já a reserva legal por sua vez, abrange apenas as leis que foram editadas de acordo com o processo legislativo, desta forma, possui menor abrangência e é estudado em sentido restrito (formal). 
Deslegalização: a deslegalização consiste na possibilidade do poder legislativo, rebaixar determinada norma de forma que passe a poder ser tratada por meio de decreto regulamentar. 
Ex: Art.7º, inc. IV da CF regulamenta o salario mínimo, e Lei 12.382/2011, permite o reajuste do salário mínimo, por meio de decreto presidencial. A lei se rebaixa para decreto poder valer. 
Princípio da impessoalidade: a impessoalidade pode ser entendida como aquela que determina que a administração pública seja, em um mesmo tempo, transparente, sem favorecimentos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública. Os atos por sua vez devem respeitar a todos de forma igualitária, caracterizando a isonomia, assim não pode haver favorecimento. A vedação a promoção significa que o agente não pode utilizar-se da situação para promover-se, a exemplo do art. 37, §1º, da CF. 
Princípio da moralidade: na administração pública os atos imorais são analisados em caráter objetivo, podendo, portanto, serem anulados por violação ao principio da moralidade administrativa, bem como sofrer processo administrativo.
Desta forma, o STF atento ao supracitado princípio constitucional, sumulou o entendimento “antenepotismo”, por meio da súmula vinculante nº13, criada em 2008.
Importante ressaltar, que os cargos de secretariado e ministério são de livre nomeação e não configura nepotismo, como por exemplo, o prefeito que nomeia sua esposa como secretaria de assistência social.
Moralidade administrativa:
a. Probidade administrativa: sinônimo de honestidade.
b. Decoro: regras dos bons costumes. 
c. Boa fé: fator primordial de todos os negócios jurídicos. 
Súmula vinculante nº13 – trata da vedação ao nepotismo, que é a impossibilidade de nomear para cara cargos públicos de comissão ou de confiança, ou ainda de função gratificada, seja direta ou indireta, familiares até o 3º grau, ou mesmo de forma cruzada, ou seja, quando as partes nomeiam um o familiar do outro. A não ser que seja para secretariado e ministério. 
Art. 103A, da CF – possibilidade do STF (2/3) criar súmulas vinculantes. 
Art. 5º LXXIII, da CF. – qualquer cidadão pode ingressar com ação popular, em situação que envolva a moralidade pública, bem como realizar denúncia ao MPE. 
Princípio da publicidade: a administração pública possui o dever de publicar os seus atos, primeiramente para que produzam os efeitos desejados e, consequentemente, para que possa a população fiscalizar os atos desenvolvidos pelos agentes públicos, como forma de transparência da administração. 
Publicidade: 
Necessidade de publicação dos atos para a produção de efeitos: a partir da publicação no diário oficial, seja da união, dos estados, ou dos municípios, que os atos administrativos passam a vigorar, podendo desta forma ser exigido.
Necessidade de transparência dos atos administrativos: possui a finalidade de fiscalizar se os agentes estão cumprindo com o seu dever. 
Agravo de suspensão 3.902/SP – todos os dados dos agentes públicos deverão ser públicos, independentemente de ter sua vida privada exposta em razão da publicidade. 
Art. 5º XXXIII, da CF. os dados serão públicos, salvo se colocar em risco a sociedade ou o estado. 
Princípio da eficiência: os atos da administração pública devem ser pautados pela eficiência, tanto no modo de atuação do agente público, quanto na organização e estruturação da administração pública.
Assim, é dever da administração pública buscar qualidade na prestação do serviço estatal com o menor tempo e menor custo possível. 
O art. 41 da CF decorre diretamente do mencionado principio, pois estabelece “estagio probatório” para os agentes públicos antes de sua efetivação na administração pública. 
Eficiente: os agentes devem agir com eficiência, ou seja prestar serviço de qualidade, com o menor tempo, e menor custo, contudo também deve haver estrutura para a prestação do serviço. 
Modo de atuação do agente público. 
Modo de organizar, estruturar e disciplinar.
EC 19/98 (reforma administrativa)
Art. 41 CF/88 – estágio probatório, para garantir a estabilidade do concurso público, perdura pelo período de 3 anos. 
Licitação (lei 8.666/93) 
Art. 39, §7º CF/88 - 
Outros princípios:
Princípio da autotutela: a autotutela estabelece que a administração publica pode anular ou revogar os seus atos, sem a necessidade de autorização ou vênia de qualquer outro órgão.
Desta feita, o STF editou as súmulas 346 e 473 que garantem a aplicabilidade da autotutela em sede de decisão administrativa. 
Anular: ilícito/ilegal.
Revogar: conveniência ou oportunidade.
Súmulas STF: 346 e 473
Princípio da Segurança jurídica: todo o ato que preenche os requisitos abaixo não podem ser modificados, a fim de garantir a segurança. Previsto no art. 06 da LINDB. 
Coisa julgada.
Ato jurídico perfeito.
Direito adquirido.
		Garantia da irretroatividade da lei – súmula 654 STF – aquele que editou a lei não pode em outra oportunidade desfaze-lo. 
		Resp (recurso especial)/STJ – 1.244.182 - 
OBS: pesquisar princípio da não surpresa.
Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade: os atos da administração não podem ter exageros. 
Sem exageros. 
Resp. 205.535, julgado pelo STF. Concedia maior pontuação no concurso para aquele que tinha determinada pós graduação, contudo o valor destas deveriam ser equivalentes não havendo distinção. 
Princípio da continuidade dos serviços públicos:
Impedimento que determinados setores essenciais à coletividade exerça, o direito de greve; no mínimo 30% devem continuar exercendo os trabalhos. 
As situações em que as delegatórias de serviço público não podem simplesmente suspender a execução do serviço público.
Execuções: art. 6º,§3º da lei nº 8.987/95. – não irá desrespeitar a suspensão exceto quando:
 O caso for de urgência.
Com prévio aviso. 
Razões de ordem técnica oi segurança das instalações. 
Por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
Princípios da motivação: as decisões da administração pública devem ser claras, objetivas e congruentes, nos termos do §1º do art. 50, da Lei 9.784/99. Outrossim, importante destacar que as decisões administrativas devem ser motivadas respeitando a regra do silogismo jurídico, na narração dos fatos, na fundamentação de direito e na decisão final sobre o caso.
Fundamentos de fato e de direito. 
Art. 50 Lei 9.784/99.
	Poderes e Deveres Administrativos.
Noções Gerais: como bem sabemos os poderes e deveres da administração pública decorrem diretamente dos pilares principiológicos daadministração pública, são eles: Supremacia e indisponibilidade do interesse público. Estes poderes-deveres são verdadeiros, poderes instrumentais, ou seja, nada mais são que instrumentos necessários para alcançar o interesse público, que é o bem comum da coletividade.
	Poderes do Estado
	Poderes Políticos
	Poderes Administrativos
	São poderes estruturais
	Decorrem diretamente da CF/88
	São poderes instrumentais (alcançar objetivos)
	Executivo, legislativo e Judiciário
	Iniciativa de Leias e a Possibilidade de Sanção ou Veto
	Poder vinculado; poder discriminatório; poder hierárquico; poder de policia e outros. 
ABUSO DE PODER
				Excesso de poder – realiza ato além do que lhe é 								permitido.
Abuso de poder 
			Desvio de poder (desvio de finalidade).
			- extrapola as competências;
Excesso de poder 		- quando o agente pratica um ato com objetivo de 				 conferir efeitos que não são possíveis por aquele 				 instrumento;
								Atos Genéricos. 
Desvio de poder (desvio de finalidade) 
								Atos Específicos. - fim não 							 previsto, mas por interesse 								próprio.
Abuso de poder: Como bem sabemos, a lei em âmbito de direito administrativo, estabelece direitos e deveres aos agentes públicos, desta forma, a lei ao estabelecer limites estatais, obriga os agentes públicos e políticos a manter uma relação de probidade com os administrados, sem cometer qualquer hipótese de abuso (excesso de poder e desvio de finalidade).
O abuso de poder se divide em duas espécies são elas:
Excesso de poder: é um vicio de competência, pois ocorre todas as vezes que o agente público pratica um ato administrativo extrapolando sua competência legal, ou ainda, quando este pratica um ato por meio de um instrumento indevido, que não admite a eficácia dos efeitos pretendidos. 
Desvio de poder: é um vício de finalidade, pois o agente público ao realizar um ato administrativo, pratica o ato visando uma finalidade diversa da pretendida pela lei, ou seja, o agente público realiza o ato pretendendo atender, em varias situações, à interesse próprio (privados). 
O desvio de finalidade pode ser dividido em duas espécies, são elas:
Atos genéricos: em que o agente público deixa de atender ao interesse público e passa a atender interesses privados. ex: o prefeito que desapropria bens particulares para valorização imobiliária de seus imóveis.
Atos específicos: em que o agente público faz uso de um instituto legal para alcançar outro fim que não o previsto. Ex: um administrador que remove um servidor subordinado (desafeto), como forma de punição. 
Deveres do Administrador Público.
Poder – dever de agir: todo administrador publico não pode se eximir de suas responsabilidades, ou seja, não pode se negar a fazer aquilo que é de sua competência pois tem o poder dever de agir.	
O administrador público não deve se eximir de seu dever de agir, quando sua atuação for necessária.
Dever de prestar contas: devido ao fato de que todos os atos da administração pública devem ser fiscalizados, todos os atos devem ser públicos. Por isso, surge o dever de prestar contas de todos os atos que ele realizou, para dar transparência.	
Como bem sabemos, o administrador público tem o dever de prestar contas da sua gestão, pois o patrimônio público administrado é do povo (principio da indisponibilidade do interesse público).
Dever de probidade; deve ter honestidade em seus atos, sempre pautado em boa-fé e decoro.	
O administrador deve ser leal e possuir as características de probidade, decoro e boa-fé.
Dever de eficiência: tem que realizar o melhor serviço possível, com o menor custo e tempo possíveis.	
Deve o administrador público buscar uma melhor qualidade nos serviços, produtos adquiridos e nos resultados dos atos administrativos, atos esses que deverão ser realizados com o menor custo possível.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
 Poderes que os agentes públicos possuem (acima dos particulares)	
Poder Vinculado: está vinculado, limitado, ao que a lei descreve, ou seja, não pode realizar atos que contrapõe o que a lei falar.	
	É aquele em que o agente fica inteiramente preso ao enunciado da lei, que estabelece o único comportamento a ser adotado em situações concretas, não deixando nenhuma margem de liberdade para um juízo de valores. Por exemplo, menciona-se o servidor publico que deve ser aposentado ao completar 70 anos de idade, outro exemplo, é a obrigação do agente publico conceder a licença para construção quando preenchidas as condições estabelecidas por lei.	 
	-Mera execução: devido a isso, diz-se que eles fazem simplesmente uma execução daquilo que está proposto em lei, pois só podem fazer aquilo que está permitido pela lei.	
	-Ausência de liberdade para juízo de valores: isso quer dizer que não pode o agente público fazer juízo de valor, ou seja, de nada importa o seu pensamento ou a sua vontade, ele deve seguir a lei.	
	***Conveniência e oportunidade: não existe aqui no poder vinculado.		
	-Único comportamento (texto legal): só pode fazer o que a lei determina.
2. Poder Discricionário: o agente público ainda tendo que respeitar o que a lei fala, porém a lei lhe garante uma liberdade para juízo da valores (ou seja, continua preso ao que a lei diz, porém aqui possui uma certa liberdade de juízo de valor – mas essa liberdade é de certa forma limitada, pois ele pode escolher entre A e B – como por exemplo a fixação de multa entre 10 mil e 1 milhão, analisando a situação para atribuir o melhor valor, e não exatamente o que ele quiser). Essa liberdade se divide em conveniência ou oportunidade, para aplicar a decisão ou o ato mais correto naquela decisão. Não se pode confundir a discricionariedade com a arbitrariedade, pois ele mesmo podendo de certa forma utilizar o livre arbítrio, mas dentro dos parâmetros da lei.	
Pode-se definir o poder discricionário como sendo aquele em que o administrador e os agentes públicos ficam presos ao enunciado da lei, que estabelece uma liberdade de escolha dentro dos limites da lei. Desta forma, abre-se um espaço para que o agente publico possa agir com “liberdade” de juízo de valores, quais sejam: conveniência e oportunidade. Importante ressaltar, que inexiste discricionariedade absoluta, uma vez que o pode de escolha conferido ao agente publico, deve estar amparado na lei e em atendimento ao interesse publico.	
-Liberdade para juízo de valores.	
Conveniência: se deve ou não autorizar; Oportunidade: qual o melhor momento.	
***Discricionariedade (ato praticado com liberdade, mas dentro da lei) X Arbitrariedade (ato praticado contra a lei ou além dos seus limites).	
***Conceitos jurídicos indeterminados: ou seja, há situações que a legislação não é tão especifica (por exemplo, não existe uma lei que diz por quanto tempo uma rua pode ser fechada para uma festa Junina dos vizinhos, por exemplo). Assim, por conveniência ou oportunidade, essas situações podem ser concedidas e ter seu prazo fixado de forma razoável.
O doutrinador José dos Santos Carvalho Filho apresenta uma definição importante sobre o assunto, in verbis: “desse modo, quando a lei não estabelece critérios objetivos que permitam inferir quando tais fins são alcançados, haverá discricionariedade administrativa. Por exemplo, a autorização para fazer reunião em praça publica, será outorgada segundo a autoridade competente entenda que ela possa ou não ofender a ordem pública.”
3. Poder Hierárquico: terá o poder de dar ordens, fiscalizar, avocar (superior chama pra ele a competência de outro agente abaixo dele que tinha aquela competência, por ele estar doente por exemplo), delegar (superior delega uma função sua a um subordinado – entrega a função) e rever (o superior hierárquico verifica que o ato realizado por um servidor é ilícito, e pode rever esse atos, anulando ou revogando). Isso servirá para que ele possa organizar tudo. O superior hierárquico então terá esses poderes sobre seus subordinados.	
O poder hierárquico é aquele conferido ao administradorpara fixar os campos de competência das figuras que integram sua estrutura. Assim, relaciona-se o poder hierárquico com a possibilidade de o agente publico dar ordens, fiscalizar, rever e, principalmente, de avocar e delegar competências. Desta forma, podemos dizer, que o poder hierárquico representa aquele poder conferido ao administrador para organizar toda a estrutura da administração pública e fiscalizar a atuação dos servidores. A hierarquia pode se manifestar em duas espécies, são elas: atos de coordenação e atos de subordinação.	
Hierárquico: Dar ordens; Fiscalizar; Avocar Art. 15 Lei 9.784; Delegar Art. 12 lei 9.784 – existem atos que não podem ser delegados, art. 13 da lei; Rever Súmula vinculante 473 STF.	
-Atos de coordenação: é um poder hierárquico horizontal. Ex.: ministério da saúde 
-Subordinação: 
4. Poder disciplinar.
Apuração de infrações.
Aplicação de penalidades: poderá aplicar penalidades fazendo inclusive certo juízo de valor, mas sempre de acordo com a razoabilidade e proporcionalidade, ou seja, tem uma liberdade de escolha, mas dentro da lei..
Características da discricionariedade:
Instauração do Processo Administrativo Disciplinar (garantia do contraditório e ampla defesa).
Penalidades devem ser motivadas(fundamentadas).
Sansão: advertência, suspensão, emissão, multa, cancelamento e outros. Lei nº 8.112/90 art. 127 trata das penalidades. 
Tipos de atuação.
Sanções disciplinares: aplicadas somente a agentes internos ou a terceiros com vinculo especifico com o poder publico.
Sanções de policia: aplicadas a particulares sem vinculo com o poder público, limitando um direito em prol da coletividade.
Sanções penais: aplicadas a particulares em decorrência dos crimes e contravenções penais. Pode cumular com as supra. 
Aplicação do poder disciplinar:
Agentes públicos: decorre diretamente do poder disciplinar e indiretamente do poder hierárquico. Pois ele somente fiscaliza, assim quando for punir utiliza-se do poder disciplinar. 
Particular com vinculo especifico: decorre apenas do poder disciplinar. Ex: empresa que ganhou a licitação. 
Poder regulamentar ou normativo.
Conferido ao administrador (chefes do executivo)
Art. 84, IV, CF/88. Da poder ao presidente da república. 
Principio da simetria constitucional: aplicação constitucional perfeita, permitindo aos chefes do executivo (governadores e prefeitos) realizar atividades cuja constituição atribuiu somente ao presidente. 
Indelegável, pois é privativa. 
Congresso nacional poderá SUSTAR os atos normativos que exorbitem o poder regulamentar (art. 49, V, CF/88)
A própria lei limitar o poder normativo.
Poder regulamentar ou normativo: é aquele conferido ao administrador para a expedição de decretos e regulamentos para oferecer fiel execução a lei, ou seja, é o poder que a administração pública concede aos chefes do executivo para que possam, por meio de decreto regulamentador, esclarecer conceitos e delinear as regras e parâmetros da lei criada. 
	Tais decretos não podem inovar no ordenamento jurídico e estão sujeitos a controle de legalidade, não podendo ainda ser objeto de delegação. 
Poder de polícia. (administrativa)
Trata-se de uma limitação de um direito individual em prol da coletividade.
Incide sobre bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade.
Tem como objetivo a manutenção do bem estar coletivo.
Decorre da supremacia do interesse público. 
Deve respeitar a razoabilidade e proporcionalidade. 
Caráter preventivo.
Art. 78 e § único – CTN
O exercício desse poder pode dar-se.
Por meio da edição de atos normativos de alcance geral. Ex: edição de regulamentos e portarias que disciplinem o uso e a venda de fogos de artifícios; venda de bebidas;
Pela edição de atos concretos. Ex: controle de medicamentos, na aplicação de sanções a estabelecimentos comerciais por falta de segurança, higiene, ou no simples guincho de veículo parado em lugar indevido.
Atributos do poder de polícia:
Discricionariedade: o agente público no exercício de sua função poderá determinar qual o mecanismo de atuação é mais conveniente e oportuno ao caso concreto. 
Imperatividade: o agente público no exercício de sua função não levará em consideração a autonomia de vontade do particular, devendo este ser fiscalizado mesmo contra sua vontade, em razão da aplicabilidade do principio da supremacia do interesse público.
Coercibilidade: caso haja necessidade para fazer cumprir o seu poder de império (imperatividade) poderá a administração pública requisitar, inclusive, o uso da força, valendo-se da polícia judiciaria para o efetivo cumprimento da fiscalização. Por exemplo, o chamamento da polícia militar.
Autoexecutoriedade: a administração pública exercerá a fiscalização nos limites da lei, sem a necessidade de autorização judicial, impondo desde logo as obrigações aos particulares.
	Polícia Administrativa
	Polícia Judiciária 
	Incide sobre bens, atividades e direitos individuais.
	Incide apenas sobre pessoas.
	Ativa predominantemente de forma PREVENTIVA, podendo também agir de forma repressiva.
	Atua predominantemente de forma REPRESSIVA, podendo também agir de forma preventiva.
	É inerente à função administrativa podendo ser desempenhada por órgãos e entidades.
	Apenas pode ser desempenhada por corporações especificas, previamente treinados para tal atividade.
	Combate ilícitos administrativos.
	Combate ilícios penais.
	Ex: vigilância sanitária, polícia de caça, pesca, outros.
	Ex: polícia judiciaria civil. 
Atos Administrativos.
Conceito de ato administrativo: pode-se definir ato administrativo como toda a manifestação unilateral de vontade da administração pública, que agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados, passível de reapreciação pelo poder judiciário.
Atos de relevância no direito administrativo. 
O silêncio também pode ser caracterizado como ato administrativo. 
Características dos atos administrativos:
Unilateralidade: enquanto nas relações particulares temos a manifestação bilateral de vontades, no âmbito do direito administrativo a vontade é unilateral, ou seja, a vontade da administração pública prevalece sobre a vontade do particular, regra essa que decorre do principio da supremacia do interesse público.
Manifestação de vontade da administração: com a edição de um ato administrativo, o que a administração deseja é a realização de um determinado objetivo.
Para beneficio da coletividade.
Direito público: como os atos administrativos possuem como o objetivo a realização de uma vontade da administração pública, são eles regidos pelas regras do direito público.
São atos da administração:
Atos políticos: são atos praticados no exercício da função politica de estado. A administração executa esses atos não na atividade administrativa, mas sim no exercício da função politica do Estado. Exemplo: organização do Estado.
Atos privados: são aqueles atos nos quais a administração pública atua sob regime de direito privado, abrindo mão de suas prerrogativas de Estado. Por exemplo: a abertura de conta corrente no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.
Atos materiais: são atos meramente materiais, que não possuem relevância no universo do direito administrativo, sendo conhecido pela doutrina como fatos administrativos. Exemplo: um servidor que atende ao telefone, um gestor que muda mesas e cadeiras de lugar no departamento, uma servidora pública que carrega o lixo para fora, entre outros. 
Requisitos de validade:
Conceito: o código civil de 2002, em seu art. 104, estabelece os requisitos de validade do negócio jurídico, são eles: agente capaz, objeto licito, possível, determinado ou determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei.
O ato administrativo, por sua vez, respeita os requisitos descritos no artigo supracitado e estabelece uma complementação, que esta devidamente descrita no art. 2º da Leinº 4.717/65 (lei de ação popular), quais sejam: sujeito competente, finalidade pública, forma prescrita em lei, motivo (teoria dos motivos determinantes), e objeto. 
Não preenchendo os requisitos é passível de anulação. 
Art. 2º, lei 4.717/65 – lei de ação popular.
Competência: por esse requisito torna-se claro que o agente capaz encontra o seu correspondente na competência.
Desta forma, a competência pode ser conceituada como o poder definido em lei, para que um agente público possa realizar determinados atos administrativos.
Podemos ter competência em razão da matéria, e competência em razão da pessoa.
A competência em razão da matéria analisará a especificação de cada função para que haja uma melhor atuação e execução da administração pública.
Já a competência em razão da pessoa analisará o agente que praticou a conduta, se possuía ou não legitimidade para tanto.
OBS: caso ocorra vicio de competência, em regra o ato deverá ser anulado. 
OBS²: entretanto, se o vicio de competência for em razão da pessoa e, desde que exista fundado interesse público e a autoridade competente ratifique o ato praticado este poderá ser convalidado.
Em razão da matéria;
Em razão da pessoa;
Características da competência:
Improrrogabilidade: se o agente público não utiliza sua competência, isso não faz com que esta seja transferida a outro agente.
Irrenunciabilidade: os agentes não podem renunciar as competências que lhes tenham sido conferidas, em decorrência do principio da indisponibilidade do interesse público.
Imprescindibilidade: o não exercício da competência não a extingue, ou seja, se determinado agente não à exerce por um lapso de tempo, isso não significa que ela prescreveu.
Obrigatoriedade: o agente público, quando a situação exigir, deve obrigatoriamente utilizar sua competência, sob pena de ser responsabilizado pela sua omissão.
OBS: delegação e vocação (art.12 a 15 da Lei 9.784/99). 
4.2 Finalidade:
a. Conceito: é uma das características que norteia a administração pública, sendo inclusive uma das hipóteses de utilização do principio da impessoalidade.
A finalidade aparece como requisito de validade, pois representa a essência das atividades desenvolvidas pelo poder público, no qual descreve que a administração pública tem o dever de preservar o interesse público.
b. Espécies: no que se refere os atos administrativos, podemos identificar duas espécies de finalidade, quais sejam:
b.1. Finalidade geral (mediata): é aquela que norteia toda a administração pública, em todas as suas atividades. Possui a obrigação de garantir o bem-estar da coletividade em geral. 
b.2. Finalidade especifica (imediata): mencionada finalidade é aquela que o ato administrativo deseja alcançar, desta forma, a finalidade esta diretamente ligada ao ato especifico, e ditado pela a administração pública. 
FINALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
 
 Mediata: norteia toda a atividade administrativa.
						 Garantir o bem-estar da coletividade.
Imediata: presente especificamente nos atos da administração.
	 Alcançar a finalidade prevista no ato.
4.3 Forma:
Conceito: o requisito forma esta previsto no art. 104 do CC, sendo que também adquire importância no direito administrativo. Assim, temos que a forma esta relacionada com o modo de exteriorização o ato administrativo.
Espécies: como bem sabemos, a forma mais comum dos atos administrativos é a forma escrita, entretanto, nada obsta a existência de aos administrativos cuja a forma seja: gestual (quando um policial realiza um gesto de parada obrigatória aos condutores); sonora (quando um agente de transito conduz a trafegabilidade de um cruzamento utilizando-se de um apito); eletromecânica (quando por exemplo o semáforo indica a luz vermelha, que determina a parada obrigatória); e por fim, a pictórica (quando por exemplo uma placa de transito indica a proibição de virar a esquerda). 
Escrita
Gestual
Sonora
Eletromecânica (semáforo)
Pictórica (placas de transito)
Deve-se respeitar a forma descrita na lei para cada ato administrativo. 
Art. 22 – lei 9.784/99.
Silêncio administrativo:
Aprovação:
Havendo silêncio o ato é aprovado.
Desnecessária a motivação.
Rejeição: 
Havendo silêncio o ato é rejeitado.
Necessária a motivação.
4.4 Motivo.
Conceito: o motivo do ato administrativo é a situação de fato e de direito que autoriza a sua pratica. Desta forma, mencionado requisito nem sempre esta definido em lei, uma vez que nos atos discricionários, os requisitos motivo e objeto ficam a cargo do agente público competente.
Teoria dos motivos determinantes: criado no direito francês, mencionada teoria estabelece que o motivo que levou o administrador público à justificar a criação do ato, vincula e condiciona sua validade, ficando assim, o administrador público inteiramente preso aos motivos durante a sua execução. 
Motivo Motivação. 
4.5. Objeto (conteúdo).
Conceito: O objeto pode ser entendido como o conteúdo do ato administrativo, sendo considerado o efeito imediato que a administração deseja alcançar.
Cumpre ressaltar, que o objeto deve respeitar os requisitos de validade do ato jurídico, previstos no art. 104 do CC/02, quais sejam: objeto lícito, possível, determinado ou determinável. 
Desta forma, se tomarmos como exemplo o ato administrativo de construção de uma escola pública, o objeto do ato será a própria construção, ao passo que a finalidade será de garantir o bem estar da coletividade (geral) e propiciar que as crianças do município tenham melhores condições de ensino (especifico). 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO.
Presunção de legitimidade/presunção de veracidade: a presunção de legitimidade é uma das principais garantias que a administração dispõe para a prática de seus atos. Por meio desse atributo, todos os atos editados pela administração pública, até que se prove o contrário são tidos como legítimos e prontos para produzir todos os seus efeitos jurídicos para os quais o ato foi editado.
A presunção de veracidade por sua vez, descreve que o agente em exercício de sua função possui fé pública e desta forma, todos os atos realizados pelo mesmo são considerados verdadeiros, até que se prove o contrario em razão desta presunção ser relativa e não absoluta. 
Assim, por exemplo, no exercício de suas atribuições públicas um agente de fiscalização da vigilância sanitária poderá, caso seja constatado alguma irregularidade administrativa aplicar uma sanção de policia, podendo, inclusive, interditar o estabelecimento em razão da sua fiscalização, consubstanciando assim a efetividade da presunção da legitimidade e veracidade decorrentes dos ato administrativo. 
Juris Tantum (relativa) Juris et de iuris (absoluta).
A presunção adotada no direito administrativo é a juris tantum 
Autoexecutoriedade: representa a possibilidade de a administração pública executar sozinha seus próprios atos, independentemente da concordância previa do poder judiciário.
Em outras palavras, enquanto os particulares, para defesa dos seus direitos, necessitam buscar o poder judiciário a fim de evitar a caracterização do crime de exercício arbitrário das próprias razões, a administração pública pode executar sozinha seus próprios atos.
Pela doutrina administrativa a autoexecutoriedade possui duas acepções, são elas: executoriedade e exigibilidade. 
Exigibilidade: Prerrogativa de a administração exigir um determinado comportamento.
Executoriedade: prerrogativa de a administração adotar diretamente uma determinada medida.
Tipicidade: (legalidade das leis – sentido amplo): é o atributo do ato administrativo que determina que o ato deve corresponder a uma das figuras definidas previamente pela lei aptos a produzir determinados resultados (princípio da legalidade). 
Atributo da tipicidade:
Impedir que a administração produza atos dotados de imperatividade sem previsão legal.
Impedir a edição de atos totalmente discricionários.Imperatividade: Consiste na possibilidade da administração pública criar, unilateralmente obrigações a terceiros e impor restrições ao administrador, independentemente de ter ocorrido a concordância de tais pessoas. 
Existem dois poderes que a doutrina estabelece sobre a imperatividade do Estado, são eles: Poder extroverso e Poder introverso.
Poder extroverso do estado: capacidade de impor obrigações a terceiros e a si própria.
Poder incontroverso do estado: capacidade de criar obrigações a si própria. 
Cumpre destacar que a imperatividade presente no ato administrativo decorre do poder extroverso do Estado que autoriza por sua vez, a administração criar obrigações para si própria e também para terceiro. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
Quanto aos destinatários: por esse critério, os atos administrativos podem ser classificados em gerais e individuais, sendo os primeiros editados sem um destinatário especifico, surgindo como exemplo o edital de um concurso público, entre outros. 
Já os individuais, são aqueles editados com destinatário certo, a exemplo da portaria de nomeação ou exoneração de um funcionário público.
Gerais;
Individuais/ específico;
Quanto ao alcance: pode ser classificado em internos e externos. Os atos internos são aqueles que produzem efeitos dentro da administração pública, como por exemplo, a edição de pareceres. 
Já os atos externos são aqueles que produzem efeitos fora do poder público, tais como a permissão de uso de porte de arma de fogo, entre outros. 
Internos;
Externos;
Quanto ao objeto: por esse critério, os atos administrativos podem ser classificados em atos de império e atos de gestão. Os atos de império são aqueles em que a administração pública, de forma unilateral, determina uma obrigação que deverá ser cumprida por todos, em especial pelos administrados. Os atos de império ainda, decorrem diretamente do principio da supremacia do interesse público, pois os atos da administração possuem maior relevância e importância do que os atos dos particulares. Temos como exemplo de atos de império a interdição de um estabelecimento, o embargo da construção de uma obra, entre outros. 
Já os atos de gestão, por sua vez, são definidos como aqueles em que a administração pratica os atos afastando-se das prerrogativas que normalmente utiliza, com a intenção de equiparar-se aos particulares com quem se relaciona, como por exemplo, quando a administração pública celebra um contrato de locação, com particulares na qualidade de locatário, devendo assim, respeitar as regras do código civil atinentes a locação, bem como respeitar ainda a lei nº 8.245/91 (Lei do inquilinato). 
Ata de império;
Atos de gestão;
Quanto ao grau de liberdade conferido ao administrador: Por esse critério, os atos administrativos podem ser classificados em vinculados e discricionários. 
Como já estudado anteriormente, os atos vinculados são aqueles em que o administrador fica inteiramente restrito ao enunciado da lei, que estabelece um único comportamento possível a ser adotado em situações concretas, não existindo assim, qualquer margem de escolha. Como por exemplo, a aposentadoria compulsória aos 70 (setenta) anos. 
Já os atos discricionários estabelecem uma margem de escolha que o administrador poderá adotar, ressaltando que mencionada “liberdade” esta vinculada aos preceitos da lei, entretanto, por um Juízo de conveniência e oportunidade o administrador poderá optar por qual ato pretende adotar. Por exemplo, a concessão ou não do porte de arma de fogo, a concessão ou não de locais públicos para a realização de eventos, entre outros. 
Vinculados;
Discricionários;
Quanto à formação do ato: por esse critério, os atos administrativos são classificados como atos simples, complexos e compostos. 
Os atos simples são aqueles que resultam da manifestação de vontade de um único órgão pouco importando sua natureza. Por exemplo, o ato administrativo de exoneração de um servidor público.
Os atos compostos são aqueles que resultam de mais de uma manifestação de vontade do mesmo órgão, como por exemplo, a nomeação de um servidor público que necessita ser aprovado em várias fases do concurso. 
E por fim, os aos complexos são aqueles que formam pela conjugação de vontades em órgãos diferentes, como por exemplo, a nomeação do procurador geral da república que é indicado pelo presidente da republica, mas deverá o seu nome ser aprovado pela maioria absoluta do senado. 
Atos simples;
Atos compostos;
Atos complexos;
Atividade: 01/06/2017 – min. 3 laudas. – manuscrito. 
“ Espécies de atos administrativos”
Atos normativos;
Atos ordinários;
Atos negociais;
Atos enunciativos;
Atos punitivos;
FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO.
Anulação: é a forma de desfazimento dos atos administrativos nas situações em que são verificadas ilegalidades. Nessas situações, o ordenamento jurídico estabelece que os efeitos da anulação são retroativos e com eficácia “ex tunc”. 
A anulação possui guarita nos termos da sumula 473 do STF e pode ser aplicada tanto pela administração pública como pelo poder judiciário. Cumpre ressaltar, que o art. 54 da lei 9.784/99, estabelece o prazo de 05 anos, para a anulação dos atos administrativos, após esse prazo, considera-se prescrita a pretensão. 
Efeitos ex tunc;
5 anos – prazo para anulação.
(lei 9.784/99, art. 54)
Revogação: é o desfazimento de um ao válido, sem vício algum, mas que por vontade da administração pública deve ser retirado do universo jurídico. Desta feita, não existe ilegalidade do ato, mas sim a falta de interesse pela administração pública de conceder eficácia ao ato. 
A revogação produz efeitos ex nunc, e somente pode ser realizada pela própria administração pública, não sendo autorizado ao poder judiciário opinar sobre o ato.
Por fim, destaca-se que as súmulas 343 e 473 do STF disciplinam a matéria e, por um Juízo de conveniência ou oportunidade a administração pública revogar seus próprios atos (principio da autotutela).
Efeitos ex nunc;
Súmulas 346 e 473 do STF.
Cassação: é a extinção do ato administrativo quando o beneficiário deixa de atender aos requisitos anteriormente fixados pela administração pública. Desta forma, se faz necessário o desfazimento do ato administrativo pelo descumprimento ocorrido. Por exemplo, quando o alvará de funcionamento de um restaurante é caçado por não cumprir com as exigências estabelecidas pela vigilância sanitária.
Caducidade: ocorre quando uma legislação posterior a edição do ato administrativo deixa aquele ato em desconformidade com o ordenamento jurídico. Trata-se assim, de uma legislação superveniente que deixa o ato sem a possibilidade de produzir novos efeitos. Por exemplo, ocorre a caducidade de permissão de explorar parque de diversões em local que, em razão de nova lei de zoneamento urbano tornou-se incompatível com um tipo de uso. 
Contraposição: teremos a contraposição quando um ato posterior extingue o ato anterior, mas cujos efeitos são contrapostos aos daquele. O exemplo utilizado pela doutrina é a exoneração de servidor público, ato esse que se contrapõe ao ato anteriormente praticado de nomeação assim, ainda que a exoneração não declare que o ato de nomeação estará extinto, trata-se tal efeito de uma consequência lógica. 
Renúncia: ocorre a extinção do ato administrativo, porque o próprio beneficiário abriu mão das prerrogativas e deveres da função pública, ou seja, abriu mão de uma vantagem que desfrutava. 
Formas de extinção do ato administrativo
Anulação: ocorrerá quando o ato for ilegal, será determinada pela administração pública ou mesmo pelo poder judiciário, ex tunc. 
Revogação: trata-se de ato licito, contudo somete pode ser decretada pela administração pública, em caso de juízo de valor (conveniência ou oportunidade), ex nunc. 
Cassação: falta de requisitos, no momento da instituição do ato possuía todos os requisitos, contudo não mais os preenche, desse modo será cassado. 
Caducidade: ocorre quando uma legislação posterior a edição do ato administrativodeixa aquele ato em desconformidade com o ordenamento jurídico.
Contraposição: contrapõe uma ato anterior (exemplo nomeação e exoneração).
Renúncia: 
Atividade: 
1. Espécies de atos administrativos.
2. Estrutura da administração pública.
3. Terceiro setor. 
3 laudas cada.

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