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RESUMO AULA 1
Parte 1 – Princípios Básicos em Imunologia:
Como podemos definir o sistema imune? Podemos defini-lo como um sistema de vigilância que trabalha para manter a homeostase corporal e localiza-se por todo o nosso corpo (baço, linfonodos, timo, sistema linfático, vasos sanguíneos, etc).
Edward Jenner foi o pesquisador responsável por desenvolver a técnica de imunização por vacinação, erradicando a epidemia de varíola e salvando milhares de vidas. Através da descoberta da eficiência da vacina suspeitou-se que nosso sistema era capaz de reconhecer e de proteger o organismo contra novas infecções.
O sistema imune também pode ser definido como um sistema de reconhecimento, que é o primeiro evento de qualquer resposta imunológica; ele distingue o próprio (o organismo) do não próprio (substâncias e células que não pertencem ao organismo). Patógenos desenvolvem-se para parecerem-se cada vez mais com o próprio (organismo) para escaparem de serem reconhecidas como não próprio. Assim, o sistema imune o consiste em células e moléculas integradas que atuam em conjunto para manter a homeostase corporal do organismo.
A imunidade natural é uma linha mais geral e ampla de resposta imunológica, diz-se uma resposta mais inespecífica e, quando não consegue dar conta de eliminar o patógeno, ativa a imunidade adquirida, que induz uma resposta mais específica. 
Todos os seres vivos nascem com a sua imunidade natural formada. A imunidade natural é filogeneticamente o sistema de defesa mais antigo, enquanto o sistema imunológico adquirido evoluiu posteriomente, aparecendo primeiramente nos vertebrados mandibulados e foi se tornando cada vez mais especializado;os animais e o sistema imune coevoluiram, pois com o surgimento da mandíbula, surgiram novos hábitos alimentares que expuseram os animais a novas substâncias que eram reconhecidas como patogênicas ou não.
IMUNIDADE CELULAR – imunidade mediada por células e tem como principal evento a fagocitose. A descoberta da fagocitose levou a descoberta de que as células podiam fornecer proteção através da destruição das partículas fagocitadas; é um evento fundamental da resposta imune. Quando uma célula do sistema imune fagocita um patógeno, ela digere as proteínas desse patógeno e expressam em sua superfície esses peptídeos ligados a moléculas de MHC (major histocompatibility complex), moléculas que são especializadas em apresentação de peptídeos para os linfócitos T, que reconhecem o complexo peptídeo + MHC apresentado pelos fagócitos.
OBS: são fagócitos – células que fagocitam – macrófagos, células dendríticas e neutrófilos, também chamadas de APCs – células apresentadoras de antígenos.
IMUNIDADE HUMORAL – imunidade mediada por anticorpos presentes no plasma sanguíneo (soro) sem a participação de células. Os anticorpos não precisam reconhecer o complexo peptídeo + MHC, mas só serão produzidos pelos linfócitos B com a ajuda dos linfócitos T. Os pesquisadores von Behring e Kitasato descobriram que o soro sanguíneo, sem células, de um camundongo que havia sido exposto a um patógeno era capaz de proteger e imunizar. O camundongo que recebeu o soro não ficou doente. Concluiu-se que, no soro, havia uma anti-toxina, que originou o nome anticorpo.
Bubble Boy – só tinha imunidade inata, ou seja, não conseguia reconhecer nada especificamente, pois não conseguia ativar os linfócitos T.
Parte 2 – Células e órgãos do Sistema Imune:
Medula Óssea (MO) – onde todas as células sanguíneas e linfóides são geradas a partir de células pluripotentes da medula. 
Células do Sangue - granulócitos – células que contem grânulos no seu citoplasma; seus nomes são baseados no tipo de coloração com que a célula é corada.
Neutrófilos – representa cerca de 70% dos glóbulos brancos, grânulos se coram de maneira neutra;
Basófilos – grânulos se coram com Hematoxilina, corante básico;
Eosinófilos – grânulos coram com Eosina, corante ácido;
 Essas três células são produzidas na medula óssea e ficam na circulação sanguínea. As primeiras células que chegam num foco infeccioso são os neutrófilos, que fagocitam o patógeno e seus grânulos, que possuem proteases, elastases e espécies reativas de oxigênio (H2O2) que destroem o que foi ingerido. São células com tempo curto de vida, cerca de 6 horas. 
Os basófilos e os eosinófilos não fagocitam, ao invés de fagocitarem, eles secretam os produtos dos seus grânulos. São células encontradas em menor número. Os basófilos secretam histamina e são responsáveis por respostas alérgicas; os eosinófilos são responsáveis por respostas imunes a vermes. 
CÉLULAS DO TECIDO
Células Dendríticas – sentinelas – localizadas em TODOS os tecidos;
Macrófagos – sentinelas – localizados em TODOS os tecidos também.
Ambas (macrófagos e células dendríticas) reconhecem a molécula de LPS (lipossacarídeos localizados na parede celular de bactérias gram-negativas) e, quando isso acontece, são ativadas. Quando ativas, elas apresentam o antígeno para os linfócitos T via MHC. Os linfócitos só reconhecem o que é apresentado por macrófagos ou por células dendríticas, as quais reconhecem o que é próprio o não próprio. Os macrófagos e as células dendríticas são importantes por causa disso, fagocitam o que identificam como não próprio e apresentam esse antígeno para os linfócitos T, os quais são responsáveis por gerar a resposta específica apropriada. 
Mastócitos – não fagocitam, possuem grânulos com histamina e são responsáveis pela tosse, espirro, coceira. Sua função é tentar expulsar o patógeno que não foi fagocitado.
CÉLULAS DO TECIDO LINFÓIDE
Células NK (natural killer) – célula com capacidade de matar outras células, são importantes no controle inicial de infecção viral e tumores – a NK interpreta a modificação na quantidade de moléculas protéicas produzidas como alteração na maquinaria de tradução da célula. Por exemplo, no caso de infecção viral, diminui a quantidade normal de moléculas endógenas (da célula) porque a maquinaria celular está divida produzindo material próprio e material do vírus.
A NK pode matar outras células por :
- morte por apoptose – morte celular programada;
- enzima perforina – gera poros na membrana;
- enzima granzima – destrói o DNA.
Linfócitos T – produzidos na medula óssea, porém, só sofrem maturação e se tornam linfócitos T maduros no timo. Podem ser do tipo CD4 (auxiliares de macrófagos e neutrófilos para que esses possam fagocitar melhor e combater o verme melhor, auxilia linfócito B a produzir mais anticorpos e regulam a resposta imunológica); CD8 (linfócito citotóxico, mecanismo efetor igual da célula NK, mas NK é mais geral, o CD8 gera um combate mais específico contra o patógeno).
Linfócitos B – células produtoras de anticorpos, também é auxiliar de fagócitos e mastócitos.
ÓRGÃOS LINFÓIDES
Primários ou Geradores – Medula óssea e Timo
Secundários – Baço, linfonodos, amígdalas. Formam coleções imunes ao longo da circulação.
MEDULA ÓSSEA (MO) – produz cerca de 4.1011 glóbulos por dia. Local de maturação dos linfócitos B (não são produzidos prontos, na medula são produzidos os pré-linfócitos). Durante a maturação, o linfócito recebe o anticorpo, a molécula que reconhece o antígeno.
TIMO – nos recém-nascidos é um órgão grande, vai involuindo com o tempo durante o desenvolvimento e, nos adultos, torna-se um órgão pequeno. Conforme desenvolvemos a nossa história imunológica (células de memórias localizadas nos órgãos linfáticos secundários) não há necessidade de produzir linfócito toda hora. O linfócito T, só depois que adquire o receptor do antígeno e esse receptor passa por uma checagem (confere se o receptor só vai reconhecer o não próprio e não vai gerar resposta auto-imune) o linfócito é liberado do timo.
LINFONODO – em caso de infecção as células proliferam para tentar conter essa infecção. O Linfonodo é organizado em:
Cordão medular – células APC – macrófagos e células dendríticas;
Zona Paracortical – linfócitosT;
Folículos linfóides – linfócitos B;
As células entram nesse órgão de maneiras diferentes. As células apresentadoras de antígenos entram pelos vasos aferentes, os linfócitos B entram por veias e artérias, mas passam para dentro na altura da zona paracortical e, após serem ativados, saem pelos vasos eferentes.
BAÇO – não é um órgão vital.
Resumindo, na pele encontram-se os macrófagos e as células dendríticas que reconhecem inicialmente o que entrou (ex: quando você fura o dedo no espinho da florzinha). Nos sangue, neutrófilos, monócitos, eosinófilos, basófilos, células NK e linfócitos T se agrupam e distribuem-se de forma adequada para responder ã um quadro de infecção.

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