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Lev Vigotski Psicologia

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Lev Vigotski
Biografia 
Nasceu e viveu na Rússia, 1896 a 1934 
Morreu vítima de tuberculose, aos 37 anos
Casou-se aos 28 anos e teve duas filhas
Viveu durante a Revolução Russa
É um dos motivos pelo qual sua obra só foi conhecida e valorizada mais recentemente
Produziu cerca de 200 trabalhos de Psicologia e 100 sobre arte e literatura
Dois anos após sua morte suas obras foram proibidas, durante 20 anos, pela ditadura de Stálin
Formou-se em direito
Professor e pesquisador
Pesquisa importante para as ciências educacionais e psicológicas
Parceiros: Luria e Leontiev
Foi contemporâneo de Piaget
No entanto, eles não chegaram a se encontrar em vida, devido a vários fatores, principalmente os políticos
Assim como Piaget, tinha como objetivo uma nova psicologia, que ultrapassasse as limitações das visões mecanicista e idealista
País em estado lastimável
País em estado lastimável
Pior problema era a educação
70% eram analfabetos
Necessidade de construção de uma nova sociedade e nova ciência
Socialmente construído
Culturalmente transmitido
Genética – procura compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos.
Filogênese – desenvolvimento da espécie humana ex: coisas que somos capazes de fazer. Pegar em pinça, andamos, mas não voamos.
Ontogênese - O sujeito nasce, cresce, reproduz, morre (história do ser). O plano ontogenético do ser: a criança quando pequena fica deitada, depois sentada, depois em pé... a seqüência de seu desenvolvimento.
Analise do documentário
 A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.        
    Os objetivos de sua teoria são: Caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se formam ao longo da história humana e de como se desenvolvem durante a vida do indivíduo. (Vygotsky, 1996:25)
    Vigotsky comenta sobre plano genético de desenvolvimento, fala de 04 entrada do planos genético, do funcionamento psicológico do ser humano:
Filogêneses, Ontogêneses, Fotogêneses, Microgêneses.
•Filogênese: história de uma espécie 
•Ontogênese: desenvolvimento do ser,o indivíduo
•Sociogênese: história da cultura onde o indivíduo está inserido.
•Microgênese: história de determinado fenômeno; foco bem definido; nos faz olhar para o outro de forma singular.
    A invenção e o uso dos signos como meios auxiliares, para solucionar um determinado problema psicológico, tais como lembrar, separar, relatar e escolher, é semelhante invenção e uso de instrumento, só que agora no aspecto psicológico. A noção e medida é a idéia de mediação, há um elo interposto, entre uma coisa e outra, e no caso do ser humano a idéia do Vygotsky a relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas uma relação mediada. 
Exemplo da vela (relação mediada): Mediação semiótica
Internalizado: representação mental.
    Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita. A linguagem (verbal, gestual e escrita) é nosso instrumento de relação com os outros e, por isso, é importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além disso, é através da linguagem que aprendemos a pensar. A Comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento. Para Vygotsky, a aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem social, que seria esta que tem por função denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge. Depois teríamos a linguagem egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.
    Fala egocêntrica: falar sozinho: traz pra dentro de si; a criança explicita pra ela mesma os passos de seu pensamento.
 Todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.
Vygotsky levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem escolar e desenvolvimento cognitivo. Ele afirmou que os vários pontos de vista relativos a esta questão enquadram-se em três categorias. Os psicólogos pertencentes à primeira categoria afirmam, em essência, que a aprendizagem escolar deve seguir o desenvolvimento: as funções psicológicas da criança devem ter atingido determinado nível de amadurecimento antes que o processo de aprendizagem possa começar. Considera-se que as funções psicológicas desenvolvem-se de uma maneira "natural", às vezes porque os pesquisadores ligam seu desenvolvimento diretamente à maturação das funções cerebrais. Esta visão de que os processos de desenvolvimento da criança são independentes do aprendizado, Vygotsky atribuía, entre outros, a Piaget e Binet.
 O segundo ponto de vista sobre a relação entre aprendizagem e desenvolvimento afirmava que o desenvolvimento cognitivo não se baseia no amadurecimento e que a aprendizagem é a principal força que atua no sentido de promovê-lo. Em última instância a conseqüência desta concepção é que o desenvolvimento é considerado como a sombra da aprendizagem. Vygotsky via Thorndike como representante desta categoria de pensamento, além da teoria behaviorista ( comportamentalista ), onde a base de tudo é o aprendizado, afirmando que a aprendizagem e o desenvolvimento na verdade coincidem.
  Zonas de desenvolvimento proximal: é onde acontece a intervenção pedagógica. É a distância entre o desenvolvimento real e o potencial; está próximo, mas ainda não foi atingido. Define as funções que ainda não amadureceram, mas estão em estado de germinação. Antes  a zona de desenvolvimento real: o que a criança já faz ou sabe fazer; já existe um conhecimento consolidado. Por exemplo, domínio da idéia de juntar, de adicionar: 2 + 2 + 2 =? Zona de desenvolvimento potencial – é determinado por aquilo que a criança ainda não domina, mas é capaz de realizar com o auxílio de alguém mais experiente. Por exemplo, uma multiplicação simples, quando ela já sabe somar: 3 x 2 = 6.
  A Intervenção pedagógica é essencial dentro do processo de desenvolvimento. A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal  nas quais as interações sociais são centrais, estando então, ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados; assim, um conceito que se pretenda trabalhar, como por exemplo, em matemática, requer sempre um grau de experiência anterior para a criança. a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem.O professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal. Vemos ainda como fator relevante para a educação, decorrente das interpretações das teorias de Vygotsky, a importância da atuação dos outros membros do grupo social na mediação entre a cultura e o indivíduo, pois uma intervenção deliberada desses membros da cultura, nessa perspectiva, é essencial no processo de desenvolvimento. Isso nos mostra os processos pedagógicos como intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa intervenção: a construção de conceitos. O aluno não é tão somente
o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio conhecimento. A formação de conceitos espontâneos ou cotidianos desenvolvidos no decorrer das interações sociais, diferenciam-se dos conceitos científicos adquiridos pelo ensino, parte de um sistema organizado de conhecimentos.
Gênese
 Vygotsky é um autor psicogenético, isto é, está preocupado com a gênese do psiquismo – origem e desenvolvimento dos processos e fenômenos psíquicos, em oposição a uma psicologia estática, que vai estudar estados atuais, sem procurar entender sua gênese. Vygotsky não é o único autor que pode ser chamado de psicogenético, Piaget e Wallon são dois outros autores bastante conhecidos por esta abordagem. Para explicá-la, Vygotsky fala em planos genéticos que, em interação, constituiriam o psiquismo de cada indivíduo um plano é a filogênese, que é a história de espécie. Neste plano, você teria que olhar para trás na história da espécie para entender como os processos que hoje são tipicamente humanos se originaram, desde os hominídeos, anteriores aos homo-sapiens, até os dias de hoje.
 A sociogênese, ou a história cultural, seria um segundo plano, no qual se busca compreender a imersão do sujeito num mundo cultural: todo mundo está em um nicho de cultura, que é uma fonte primordial de funcionamento psicológico. É onde a pessoa aprende a ser uma pessoa: vivemos assim, comemos deste modo, acreditamos nestas idéias...Para a criança recém-nascida, o mundo é filtrado pelo grupo cultural no qual ela está imersa. Aqui, a idéia de grupo cultural não é apenas sociológica, referente a fatores macroscópicos como nação, classe social, nível instrucional, por exemplo, mas fazem parte desta idéia pertinências menores, nichos culturais particulares, como os valores familiares aos quais sou submetido, o tipo de pares com quem convivi, as práticas religiosas às quais fui exposto, etc.
 O terceiro plano seria o ontogenético, que é o percurso do indivíduo em seu próprio ciclo de vida, do nascimento à morte, ou da infância à vida adulta, em termos de seu desenvolvimento. Neste plano, interessa-nos saber que coisas um indivíduo consegue fazer ou não, a depender da etapa de seu desenvolvimento em que se encontra. É interessante pensar que este caminho definido pela ontogênese tem relações com a filogênese e com a sóciogênese. Assim, um membro da espécie humana cresce de determinado jeito: primeiro senta, depois engatinha, depois anda. Nasce o dente, tem maturação sexual em uma certa idade:os indivíduos são marcados por sequências de vida, dadas pela espécie. Mas também há a idéia que a ontogênese não é pura maturação, porque ela é lida – interpretada – pelo grupo cultural. Sobre isto, um exemplo que eu gosto de usar é o da adolescência como um fato cultural e a puberdade como um fato biológico. A adolescência é um jeito da cultura ler a puberdade e estabelecer práticas e marcações. Na cultura ocidental contemporânea, especialmente em alguns grupos sociais, a adolescência tem sofrido transformações radicais: está começando cada vez mais cedo, está terminando cada vez mais tarde. Em cada cultura a passagem da infância para a vida adulta é culturalmente marcada de uma determinada maneira: em certas tribos do Xingu, por exemplo, quando a menina menstrua fica trancada em uma casa de mulheres durante certo número de anos, não entra em contato com ninguém a não ser mulheres mais velhas do grupo; depois de ser submetida a este rito de passagem ela está preparada para casar. A menina sai da infância, cai numa situação de transição que é marcadora da situação de puberdade, e a seguir transforma-se em adulto imediatamente: há portanto um entendimento cultural sobre esta passagem totalmente diferente do que ocorre em nossa cultura.
 Na relação entre estes três grandes planos genéticos, a filogênese fornece para a cultura limites e possibilidades; tem coisas que o ser humano pode fazer, outras que não pode, porque está equipado com limites e possibilidades que são de natureza física mesmo. Da filogênese para a sóciogênese tem essa idéia da restrição, mas da sóciogênese para a filogênese há uma idéia de ampliação: como ser cultural o homem expande os seus limites; o homem não voa, mas inventou o avião. A escrita a memória, o computador amplia a capacidade de operação, o relógio amplia a noção de tempo. Então a cultura retroage sobre a filogênese, no sentido de transformar aquele limite que originalmente seria uma restrição, expandido, crescendo para fora do organismo por intermédio de artefatos culturais.
 A filogênese alimenta a ontogênese, porque define como o indivíduo vai crescer dado sua pertinência à espécie humana. A cultura dá significados, interpretando as fases do homem: a maturação biológica de um indivíduo, quando lida pela cultura torna-se biografia, história de vida.
 Aqui entra em jogo um quarto plano genético postulado por Vygotsky, que eu acho na verdade o mais interessante, chamado microg~enese, termo cunhado não por Vygotsky, mas por Wertsch, autor contemporâneo norte americano. Este plano diz respeito ao fato de que todo e qualquer fenômeno psicológico tem a sua história: a história de como alguém aprende a ler e a esvrever, como aprende a amarrar sapatos, a andar de bicicleta, a ligar a televisão, etc. O micro aqui refere-se não tanto à idéia de duração, e sim ao fato de que como as coisas não nascem prontas, e também não aparecem de uma forma repentina, tudo tem um processo, ainda que este não seja visível externamente. Cabe à psicologia compreender como o indivíduo passa do estágio de não saber alguma coisa, a sabê-la, de não ser capaz, a sê-lo: tudo no repertório psicológico teria a sua gênese.
 Penso que esta quarta dimensão é muito interessante, porque é a porta aberta para o não determinismo. Se você fica preso à ontogênese e à filogênese, você corre um risco de determinismo biológico: tal fenômeno ocorre assim porque o sujeito é um ser humano, ou porque tem quatro anos de idade. Centrar demais na sociogênese traz o risco do determinismo cultural: nos faz correr o risco de homogeneizar o indivíduo, anular o livre arbítrio, o individual e a subjetividade, porque o desenvolvimento estaria todo definido pela cultura.
 A idéia da microgênese é tipicamente sócio-histórica, é materialista e é não determinista, porque com ela você fragmenta de tal modo a experiência de cada um, que você encontra a fonte da construção da singularidade. você não precisa buscar explicações espirituais, em uma outra instância extra-material. A psicologia se dá em um plano material, mas um material tão complexo e tão diverso, que é na construção de cada vida que você vai encontrar a fonte de constituição do psiquismo singular. você não encontra duas vidas iguais e é a perspectiva microgenética que vai oferecer subsídios para a compreensão da singularidade.
Microgênese:
 Sentimentos que despertam com maior intensidade na adolescência e juventude, tais como a busca pela identidade (sentimento de pertencimento à um determinado grupo social, formação de um conjunto de características nas quais o indivíduo se sinta confortável consigo mesmo) influenciam muito na propensão do aluno em demonstrar interesse no conteúdo da disciplina, participar ou não da aula. Um caso que exemplificou bem esse processo foi o de um aluno, que apesar de ser o “bagunceiro” da sala, quando prestava atenção e realizava os exercícios não demonstrava dificuldades em assimilar o conteúdo de acordo com o método proposto pelo professor/escola. Após a última reunião de pais, sua mãe começou a aplicar um método “psicológico” bastante coercitivo para fazê-lo desistir de participar do “grupo dos bagunceiros” no qual, se continuasse a receber reclamação dos professores, iria pessoalmente participar das aulas. Esse método, assim como os demais que se baseiam em práticas punitivas, representou, a meu ver, uma improvisação de algum modo
necessária e decorrente da formação e do cotidiano da própria mãe. 
Comecei a refletir sobre como a jornada de trabalho e a jornada dupla das mulheres implica, na maioria das famílias, em uma desatenção na formação dos filhos, o que tende a estimular práticas pedagógicas pela lei do mínimo esforço.
Vygotsky se dedicou aos estudos: Funções psicológicas superiores – funcionamento psicológico tipicamente humano – capacidade de planejamento, memória voluntária, imaginação...
Vygotsky se dedicou aos estudos: Funções psicológicas superiores – funcionamento psicológico tipicamente humano – capacidade de planejamento, memória voluntária, imaginação...
Mecanismos intencionais que se referem as ações conscientemente controladas, aos processos voluntários que dão ao indivíduo a possibilidade de independência em relação às características do momento e espaço presente.
Originam-se nas relações entre indivíduos humanos e se desenvolvem ao longo do processo de internalização de formas culturais de comportamento
Fonte
VYGOTSKY - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
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Campo de estágio: SOCIOGÊNESE E MICROGÊNESE
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