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ESTUDO DIRIGIDO Teoria das Relações Internacionais

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Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 1 
 
 
 
 
Teoria das Relaço es Internacionais – estudo dirigido 
 
 
Material de disciplina 
Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora 
InterSaberes, 2017 
Videoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema 
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de 
Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que 
ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Atença o! 
 
Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Uninter, e na o deve ser publicado ou 
compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. O 
seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Universita rio UNINTER e poderá 
implicar em sanções disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos 
do Centro Universita rio, bem como responder ações judiciais no âmbito cível e criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Sumário 
 
 
Tema: Teorias de Relaço es Internacionais, os debates e os ní veis de ana lise .............................................................................. 4 
Tema: Liberalismo: autores fundamentais e contexto histo rico ........................................................................................................ 6 
Tema: Realismo e Neorrealismo ....................................................................................................................................................................... 8 
Tema: Teoria da Escola Inglesa ...................................................................................................................................................................... 11 
Tema: Marxismo e Relaço es Internacionais ............................................................................................................................................. 14 
Tema: Teoria da depende ncia, Teoria do Sistema mundo moderno e Teoria Crí tica ............................................................. 16 
Tema: Regimes Internacionais ....................................................................................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 4 
 
Tema: Teorias de Relações Internacionais, os debates e os níveis de análise 
“Em Relaço es Internacionais (RI) como em qualquer a rea da cie ncia, torna-se imperativa para 
a efetiva produça o cientí fica do conhecimento, a construça o de ferramentas teo ricas que 
permitam aos estudiosos inferir sobre a realidade e explica -la.” Se quisermos saber por que e 
relevante estudar teorias de Relaço es Internacionais, isto e , para que elas servem e importante 
ter em ente que a funça o de uma teoria e explicar a realidade e apresentar alternativas para 
impactar sobre a realidade. No caso da disciplina de Relaço es Internacionais, as teorias 
apresentam diferentes definiço es para os mesmos feno menos, partindo de diferentes 
pressupostos e pontos de vista. As teorias de RI nos auxiliam a compreender uma se rie de 
situaço es, como os conflitos, a cooperaça o, o come rcio, a imigraça o, a paz, oferecendo 
ferramentas teo ricas e metodolo gicas para melhor entender esses temas. Fonte: SILVA, Caroline 
C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017 (Capí tulo 1), p. 22. 
 
--- 
 
Os ní veis de ana lise sa o importantes elementos relacionados a s teorias de Relaço es 
Internacionais, especialmente a sua metodologia, isto e , a forma como a teoria ira explicar a 
realidade. O ní vel de ana lise de uma Teoria de RI significa para onde o teo rico deve olhar em 
sua pesquisa, ou seja, qual o foco da investigaça o. Existem os seguintes ní veis de ana lise, quais 
sejam: i) o individual, cujo foco de explicaça o para os feno menos internacionais e a natureza 
humana do indiví duo, isto e , boa ou ma ; ii) o societal, que prioriza os grupos de interesse para 
explicar um acontecimento, como indu strias, ministe rios, ou partidos; iii) o estatal, cujo foco de 
ana lise seria o comportamento do estado, que defende interesses nacionais; iv) ou supraestatal, 
ou seja, aquele acima dos estados, como e o caso da Unia o Europeia; e o v) da estrutura 
internacional, cuja explicaça o reside no cara ter do Sistema internacional, conflituoso ou 
pací fico. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: 
origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 23 (Capí tulo 1). 
 
--- 
 
“Podemos afirmar que a evoluça o da teoria de relaço es internacionais e marcada por grandes 
debates fundadores da disciplina, que demonstram o enfrentamento entre teorias dominantes. 
Sa o quatro os debates centrais entre teorias que va o se tornando obsoletas e novas teorias que 
explicam melhor a realidade internacional”. O primeiro grande debate das Relaço es 
Internacionais se deu durante a de cada de 1930 colocando em posiço es opostas a corrente 
dominante do perí odo entreguerras, o paradigma liberal-idealista e a corrente emergente, o 
realismo. Ambas as teorias partiam do pressuposto de que os Estados eram os u nicos atores 
das relaço es internacionais e que eram agentes racionais. Contudo, discordavam em torno da 
natureza desses atores e de seu comportamento. O liberalismo indicava que a natureza humana 
era boa e que os Estados tendiam a cooperaça o, enquanto o realismo defendia que a natureza 
humana era egoí sta e que as Relaço es Internacionais representavam um cena rio de conflito 
constante entre os Estados. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 24 (Capí tulo 
1). 
 
--- 
 
As teorias servem para explicar uma realidade e da o diferentes viso es sobre um feno meno. Ha 
importantes elementos que diferenciam cada teoria, como a ontologia, a epistemologia e a 
metodologia. A metodologia corresponde a como se deve resolver uma questa o, ou seja, por 
meio de quais ferramentas de pesquisa, podem ser quantitativas ou qualitativas. A metodologia 
pode ser qualitativa ou quantitativa. Os me todos quantitativos tratam de observaço es 
quantifica veis da realidade, enquanto os qualitativos optam por elementos que na o sa o 
necessariamente medidos de modo nume rico. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. 
Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 
2017, p. 23 (Capí tulo 1). 
 
--- 
 
As teorias servem para explicar uma realidade e da o diferentes viso es sobre um fenomeno. Ha 
importantes elementos que diferenciam cada teoria, como a ontologia, a epistemologia e a 
metodologia. A metodologia corresponde a como se deve resolver uma questa o, ou seja, por 
meio de quais ferramentas de pesquisa, podem ser quantitativas ou qualitativas. A metodologia 
pode ser qualitativa ou quantitativa. Os me todos quantitativos tratam de observaço es 
quantifica veis da realidade, enquanto os qualitativos optam por elementos que na o sa o 
necessariamente medidos de modo nume rico. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. 
Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 
2017, p. 23 (Capí tulo 1). 
 
--- 
 
“O quarto e u ltimo debate das relaço es internacionais e de difí cil sí ntese por sua amplitude 
conceitual. Este debate na o opo e duas teorias, mas epistemologias diferenciadas, contrapondo 
as teorias positivistas a s po s-positivas das Relaço es Internacionais (Adaptado)”. O positivismo 
defende a existe ncia de uma u nica verdade nas RI e inclui as teorias cla ssicas, como o Idealismo 
e o Realismo, e as suas reviso es, como o Neoliberalismo e o Neo-Realismo, enquanto o po s-
positivismo elimina a ideia de u nica verdade na cie ncia e inclui as viso es crí ticas a realidade, 
como a teoria crí tica, o po s-modernismo, as teorias construtivistas e feministas. Fonte: SILVA, 
Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. 
Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 29 (Capí tulo 1). 
 
--- 
 
“O terceiro debate das RI ocorreu no decorrer dos anos 1970 e colocou em oposiça o os 
paradigmas, de um lado a teoria realista, que foi reeditada por Keneth Waltz e passou a ser 
 
 
 
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denominada neo-realista e de outro, a teoria pluralista, de base neoliberal, cujos principais 
teo ricos foram Robert Keohane e Joseph Nye e de outro lado, a teoria estruturalista, de base 
marxista.” (Adaptado). A teoria neorrealista na o confia no papel das instituiço es, pois sa o os 
Estados os atores centrais das RI e as instituiço es na o sa o capazes de alterar o jogo de poder, 
pois os interesses estatais predominam e o que determina a estrutura sa o as diferentes posiço es 
das unidades (Estados) no Sistema. A teoria neoliberal, por sua vez, tem uma forte crença no 
papel das instituiço es como promotoras de cooperaça o e como atores importantes na barganha 
polí tica. Ja as teorias neomarxistas acreditam que as instituiço es sa o instrumentos de poder 
hegemo nico, de onde se difundem as ideias capitalistas e por meio das quais se preserva o 
capitalismo e a dominaça o. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 27-28 
(Capí tulo 1). 
 
Tema: Liberalismo: autores fundamentais e contexto histórico 
“O liberalismo surge como Teoria de Relaço es Internacionais apo s a Primeira Guerra Mundial. 
O pensamento liberal tem em sua base a ana lise de indiví duos na sociedade, a natureza do 
Estado e a legitimidade das instituiço es de governo. Os liberais demonstravam preocupaça o 
com as relaço es entre indiví duos, sociedade e governo. Para entender o liberalismo das Relaço es 
Internacionais e primordial entender os conceitos postulados por autores cla ssicos da polí tica, 
da filosofia e da economia, como Immanuel Kant”. (Adaptado). Para Kant, a Paz Perpe tua entre 
os Estados e possí vel pois os Estado sa o racionais e agem de maneira pací fica, por meio da 
cooperaça o. Kant considera que a conduta moral dos governantes sera resultante da 
deliberaça o racional sobre a melhor forma de atingir o bem comum. Para o autor, a criaça o de 
uma estrutura supranacional, como uma organizaça o internacional com autoridade mundial, 
seria uma ferramenta para resolver controve rsias pacificamente e atingir a Paz Perpe tua. Kant 
afirma que pode existir uma federaça o pací fica, ou seja, um conjunto de Estados que 
compartilham uma forma republicana de governo, desde que esse sejam democra ticos, pois 
Estados democra ticos tendem a paz. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de 
Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 39 
(Capí tulo 2). 
 
--- 
 
“John Locke (1632-1704) e considerado um dos pais do liberalismo polí tico e cria as bases 
filoso ficas para o liberalismo econo mico fundado por Adam Smith. Segundo este autor o 
governo na o deve interferir na esfera privada da sociedade, inclusive na esfera do mercado. Para 
chegar a essa conclusa o, Locke faz uma ana lise da natureza do ser humano, ou seja, reflete sobre 
situaça o em que vivia o ser humano antes de qualquer organizaça o social”. (Adaptado). Para 
Locke, os homens em estado de natureza sa o livres, iguais e racionais, e assim devem viver 
pacificamente. Contudo, ha alguns agentes que desrespeitam essa ordem natural das coisas, 
representando uma ameaça aos demais indiví duos. Assim, esses transgressores devem ser 
punidos e eliminados, o que deve ser feito pelo governo. Devido a todos esses inconvenientes 
os homens se unem e estabelecem livremente entre si o contrato social que realiza a passagem 
 
 
 
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do estado de natureza para a sociedade polí tica ou civil, em que o estado comanda as leis e 
garante a sobrevive ncia dos agentes. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de 
Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 40 
(Capí tulo 2). 
 
--- 
 
“Na o ha du vidas de que um dos maiores criadores do liberalismo econo mico e polí tico foi Adam 
Smith (1723-1790). Adam Smith deixou um legado que pode ser sintetizado como uma ana lise 
sobre as conseque ncias positivas da liberdade econo mica, lançando as bases para entendermos 
a economia de mercado”. (Adaptado). Para Smith, o Estado na o deve intervir na Economia, pois 
ela era guiada por si so , baseada na ideia de ma o invisí vel, de que o mercado pode produzir o 
equilí brio sozinho. Assim, a interfere ncia do Estado e vista como prejudicial para Smith. O 
Estado deve apenas zelar pela proteça o dos indiví duos, pela justiça e oferecer alguns serviços 
como sau de e educaça o. O autor defendia uma economia baseada na lei da oferta e procura de 
mercado (oferta cria sua pro pria demanda). Adam Smith afirmava que a força motriz da 
iniciativa privada, que impulsionava o desenvolvimento, era o egoí smo. Assim sendo, todo ser 
humano e levado a agir pelo desejo de uma recompensa, o que faz com que pela busca de sua 
prosperidade individual promova o bem-estar geral da naça o. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 42-43 (Capí tulo 2). 
 
--- 
 
“De acordo com o liberalismo e necessa ria a construça o de uma sociedade bem-ordenada que 
assegure o exercí cio da liberdade por todos os indiví duos. O resultado desta liberdade e 
realizaça o de interesses e socialmente positivo. Esta definiça o liberal aponta para uma 
caracterí stica deste grupo de pensadores, o otimismo, pois acreditavam no progresso contí nuo 
e inevita vel das sociedades humanas. Dentro deste mecanismo o Estado e visto como um mal 
necessa rio e uma ameaça potencial. Um mal necessa rio, pois limita a liberdade, mas, protege os 
indiví duos de ameaças externas e grupos baderneiros”. (Adaptado). Existe para os liberais uma 
incompatibilidade profunda entre come rcio e guerra, porque os conflitos armados prejudicam 
muito a atividade econo mica interna e externa.Enta o o come rcio e necessa rio para o bem-estar 
das naço es, e indispensa vel para o desenvolvimento econo mico contí nuo da sociedade 
moderna. O livre come rcio tambe m freia a guerra por motivar a cooperaça o entre atores. As 
instituiço es para os liberais eram essenciais para organizar as relaço es internacionais de 
maneira racional. Era necessa rio que as instituiço es estabelecessem uma ordem mundial mais 
pací fica. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: 
origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 44-45. (Capí tulo 2). 
 
--- 
 
“Mesmo nos debates contempora neos um ponto crucial entre liberais e realistas, ou neoliberais 
e neorrealistas e a natureza humana, o otimismo versus o pessimismo. Existe diferenças 
 
 
 
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significativas entre as teorias liberal e realista, que levaram os realistas a criticarem a primeira. 
Nesse sentido, inu meras crí ticas foram feitas aos neoliberais pelos neorrealistas”. (Adaptado). 
Uma das crí ticas sofridas pelos neoliberais por parte dos neorrealistas e pelo excesso de 
confiança nas instituiço es e na cooperaça o entre os Estados. Para os neorrealistas os Estados 
sempre sera o Estados e mantera o uma postura egoí sta em um sistema ana rquico, ja para os 
neoliberais a histo ria tem um potencial progressivo, o que fez com que o neorrealismo criticasse 
a visa o uto pica do neoliberalismo. Ademais, os liberais foram criticados por na o abordarem os 
ganhos relativos, ou seja, a preocupaça o dos Estados com a possibilidade de outros Estados 
lucrarem mais com a cooperaça o. Como justificativa os liberais afirmaram que para haver 
cooperaça o e preciso existir interesses em comum. Os realistas criticavam tambe m o cara ter 
pouco cientí fico da teoria liberal, por esta teoria dissertar sobre como o mundo deveria ser, e 
na o como ele realmente era. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 50-51 
(Capí tulo 2). 
 
--- 
 
“Os autores liberais defendiam enta o a cooperaça o econo mica, social e humanita ria para o bem 
comum e a liberdade dos indiví duos e estavam inseridos em um contexto pouco pací fico, a 
Primeira Guerra Mundial. Os Estados entraram em comum acordo para formar uma 
organizaça o internacional com o objetivo de favorecer a cooperaça o e supervisionar o Tratado 
de Versalhes, a Liga das Naço es. Esse organismo teve alguns sucessos mas fracassou e foi 
extinto”. (Adaptado). Sa o diversas as causas do insucesso da Liga. Entre elas podemos citar a 
incapacidade de evitar a eclosa o da 2ª. Guerra Mundial, que era o principal objetivo da Liga. 
Ale m disso, os EUA nunca participaram da Liga, o que a enfraqueceu pois eram seus 
idealizadores. A Liga na o conseguiu impedir o balanceamento de poder, sendo que foi o perí odo 
em que houve mais acordos bilaterais. A Liga nunca usou a força como estava previsto em casos 
de ameaça a paz em u ltima insta ncia, ou seja, o mecanismo de segurança coletiva na o funcionou. 
Ale m disso a Liga que previa a igualdade entre os Estados, manteve as pote ncias com maioria 
no Conselho de Segurança. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 67 (Capí tulo 
3). 
 
Tema: Realismo e Neorrealismo 
“Os autores realistas aparecem na de cada de 1930 por seu posicionamento cientí fico, o objetivo 
de mostrar a polí tica internacional como ela e e na o como deveria ser. Segundo o autor Carr 
“tanto nas cie ncias fí sicas quanto nas cie ncias polí ticas, logo se atinge um ponto onde o esta gio 
inicial do desejo deve ceder lugar a um esta gio de ana lise dura e impiedosa.” (Carr, 2001, p. 12 
apud Silva; Culpi, 2017, p. 63). (Adaptado). O realismo analisa os indiví duos como egoí stas e 
auto interessados, buscando a realizaça o de seus interesses pro prios por meio de ca lculos. 
Assim, a cooperaça o internacional so ocorre se os Estados a consideram vantajosa para seus 
interesses nacionais. O sistema internacional para os realistas tende ao conflito constante, 
devido a anarquia e a natureza belicosa dos Estados. Assim, as instituiço es internacionais sa o 
 
 
 
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instrumentos dos Estados para atingirem seus interesses e na o tem efica cia em promover a paz 
global. O que reina no sistema internacional e o sistema de equilí brio de poder que acontece 
automaticamente devido a natureza estatal e ao sistema ana rquico. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 63-64 (Capí tulo 3). 
 
--- 
 
“Segundo Waltz, o criador da teoria neorrealista, todas as teorias de relaço es internacionais 
lidam com acontecimentos nacionais e internacionais, o que as diferenciara o sera a forma como 
cada uma delas organizara seus materiais, ou seja, a metodologia adotada por cada uma das 
teorias. A grande contribuiça o da teoria neorrealista de Waltz e seu cara ter siste mico, 
contrapondo-se a s teorias denominadas reducionistas”. (Adaptado). As teorias reducionistas 
argumentam que forças internas, ou seja, forças dome sticas produzem resultantes externas. A 
combinaça o de elementos do ní vel nacional explica as resultantes internacionais. Desta forma 
o sistema internacional e uma resultante e as teorias reducionistas estudam o comportamento 
dos atores nacionais. As teorias reducionistas na o explicam as RI pela sua estrutura, mas pelo 
comportamento das unidades, de forma diferente das teorias siste micas. Deste modo, as 
caracterí sticas das unidades sa o irrelevantes para entender as RI, porque o que determina os 
comportamentos dos Estados sa o as posiço es das unidades uma em relaça o a outra no Sistema, 
que e o foco da ana lise das teorias siste micas (a estrutura, o todo). Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 112 (Capí tulo 7). 
 
--- 
 
“De acordo com Waltz, a estrutura so muda quando ha mudanças nas disposiço es, isto e , nas 
posiço es dos Estados, cujas condutas sa o moldadas pela estrutura. As estruturas sa o definidas 
de acordo com tre s princí pios: 1. O princí pio ordenador siste mico, 2. As especificaço es das 
funço es das unidades e 3. A distribuiça o das capacidades relativas. (Adaptado). O princí pio 
ordenador siste mico para Waltz refere-se a anarquia, isto e , a ause ncia de uma autoridade 
internacional superior aos Estados no Sistema internacional, diferente do que acontece 
internamente em cada Estado, em que ha uma hierarquia de poder no a mbito nacional. Segundo 
Waltz, "O cara ter ana rquico duradouro das relaço es internacionais e responsa vel pela flagrante 
uniformidade no padra o da vida internacional". Deste modo, caracterí stica proeminente das 
relaço es internacionais e a falta de ordem e o conflito permanente entre os Estados. Fonte: 
SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 113 (Capí tulo 7). 
 
--- 
 
“O sistema internacional e composto por uma estrutura ana rquica e por unidades em interaça o 
que perpassam por um conjunto de condiço es constrangedoras. Os agentes influenciam uns aos 
outros e sa o influenciados pela estrutura que esta o inseridos. E e partindo desse princí pio que 
 
 
 
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o autor define o segundo princí pio: o princí pio das funço es das unidades.” Segundo o 
neorrealismo, os Estados te m as mesmas funço es nas RI e sa o parecidos. A distinça o entre os 
Estados na o se refere a s suas funço es, pois a anarquia impo e coordenaça o entre as unidades, o 
que resulta em uma semelhança em termos de funça o. Assim, em termos de funço es, os Estados 
sa o unidades semelhantes entre si, sa o unidades polí ticas auto nomas parecidas entre si, com 
status soberano. Todos os Estados desenvolvem funço es ba sicas semelhantes, estabilidade 
dome stica e segurança em relaça o a agresso es externas. O que os diferencia seria a posiça o que 
ocupam na estrutura internacional. Todos os Estados te m como funça o principal a sua 
preservaça o e sobrevive ncia como ator das relaço es internacionais. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 114 (Capí tulo 7). 
 
--- 
 
“Para Waltz e sua teoria neorrealista, os Estados sa o semelhantes em termos de funço es, mas 
se diferenciam em relaça o a outras questo es, como as suas capacidades relativas, o que tem 
impacto sobre a estrutura e os comportamentos estatais”. Para explicar corretamente o 
princí pio das capacidades relativas dos Estados, de modo a apontar o que sa o as capacidades 
relativas e o impacto desse princí pio sobre a estrutura, segundo a teoria neorrealista, devemos 
saber que ao pensar a estrutura, Waltz define o princí pio que orienta a disposiça o dos Estados. 
Essa disposiça o e alterada quando ocorrem mudanças nas capacidades relativas dos atores 
estatais. Por capacidades relativas podemos entender os recursos militares e econo micos de 
cada Estado. O crite rio que distingue as unidades na o sa o as funço es que desempenham, mas 
as maiores ou menores capacidades que possuem para desempenhar as mesmas tarefas, ou 
seja, a distribuiça o de capacidades entre as unidades. Uma vez que a distribuiça o das 
capacidades entre os Estados muda, a estrutura se altera. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, 
Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora 
InterSaberes, 2017, p. 115 (Capí tulo 7). 
 
--- 
 
“Entre os seis princí pios realistas de Morgenthau esta o segundo, de acordo com o qual o 
interesse dos Estados deve ser entendido em termos de poder, o que e comprovado pela 
histo ria. Isso determina que a polí tica deve ser separada das demais esferas, como a economia”. 
(Adaptado). Para Morgenthau o poder e o fim u ltimo de todos os Estados, pois atrave s dele os 
Estados podem assegurar a defesa de seus interesses nacionais. Portanto, a polí tica deveria ser 
vista como uma a rea auto noma e que predominaria em relaça o a s demais esferas. Assim, a raza o 
u ltima da aça o dos governos e a conquista de poder colocando a polí tica como uma esfera 
separada. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: 
origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 71 (Capí tulo 3). 
 
 
 
 
 
 
 
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Tema: Teoria da Escola Inglesa 
 
“A Escola Inglesa e uma importante teoria que permitiu um novo olhar sobre as relaço es 
internacionais, mais normativo. Segundo Jose Fla vio Sombra Saraiva (2006), a Escola Inglesa 
tem uma importa ncia especí fica por ser considerada um meio-termo para os pesquisadores das 
Relaço es Internacionais.” Sendo chamados a responder sobre por que a Escola Inglesa e vista 
como um meio termo entre as teorias de Relaço es Internacionais e importante ter claro que ela 
e considerada um meio termo porque se situa entre as teorias tradicionais das RI, o realismo e 
o liberalismo. Assim, a teoria traça seu pro prio caminho, formulando uma tradiça o pro pria, que 
se situa entre o racionalismo realista e o neoliberalismo institucionalista, rejeitando alguns 
pressupostos do realismo, mas aceitando a ideia de anarquia e se aproximando do 
construtivismo, o qual privilegia o papel das ideias e das identidades na construça o de 
interesses e dos comportamentos dos agentes. A Escola Inglesa esforça-se para buscar uma 
abordagem pluralista e na o tem uma preocupaça o ta o central com adotar apenas uma visa o 
teo rica para explicar a realidade, o que e uma grande contribuiça o da teoria, mas tambe m uma 
das suas fragilidades, por em alguns casos parecer uto pica demais. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 128 (Capí tulo 8). 
 
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“O Sistema internacional, para Bull, existe quando os Estados te m contatos significativos entre 
si e os comportamentos uns dos outros sa o afetados mutuamente. De acordo com Bull (2002), 
uma caracterí stica comum a s sociedades internacionais, tais como as cidades-estados gregas e 
a sociedade internacional europeia e que se baseiam em elementos de uma civilizaça o ou 
cultura comum, o que facilita a comunicaça o e a compreensa o recí proca e induz os estados a 
aceitarem ideias, instituiço es e valores comuns”. Para discorrer resumidamente sobre em que 
momento um sistema de Estados se transformaria em uma sociedade de Estados para Bull e 
importante saber que de acordo com esse autor o sistema de estados (visa o hobbesiana) se 
transforma em sociedade internacional quando os Estados se veem amparados pela mesma 
base legal (sistema jurí dico) e compartilham valores comuns, ou seja, quando existe uma 
cultura compartilhada. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 132 (Capí tulo 
8). 
 
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“Martin Wight, importante autor da teoria da Escola Inglesa, argumenta pela existe ncia de tre s 
paradigmas no comportamento internacional dos Estados: o realismo, o racionalismo e o 
revolucionismo. Esses tre s elementos formariam, para ele, a forma como o cena rio internacional 
se apresenta.” (Adaptado). O realismo esta associado ao conceito de sistema de estados baseado 
na disputa pelo poder, o racionalismo, vinculado a construça o da sociedade internacional 
atrave s da comunicaça o e o revolucionismo, relacionado a ideia de sociedade mundial, focando 
 
 
 
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na centralidade do indiví duo. O realismo para Wight esta vinculado a s relaço es entre os 
Estados baseadas nas soberanias destes atores e ao pensamento positivista da Escola Inglesa. 
O racionalismo e relacionado a construça o da sociedade internacional, em termos racionais, 
isto e , a s relaço es internacionais determinadas a partir de consensos entre os Estados em torno 
de normas e leis. O revolucionismo de Wigth e vinculado ao conceito de sociedade mundial, 
que compartilha valores entre si e e baseado na centralidade do indiví duo, o qual teria 
precede ncia em relaça o aos Estados e aos demais atores internacionais. Deste modo, a Escola 
Inglesa adquire um cara ter normativo, ao definir que normas de vida digna e de defesa dos 
direitos humanos devem ser formuladas a partir do direito internacional, o que culminaria na 
criaça o de uma sociedade mundial. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de 
Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 189-
190 (Capí tulo 8). 
 
Tema: Interdependência complexa 
 
“Em 1973, Keohane passou a pesquisar e lecionar na Stanford University, onde publicou, em 
1976 tambe m em conjunto com Nye, sua grande obra:Power and interdependence: world politics 
in transition. Neste livro Keohane e Nye apresentam o modelo da “interdepende ncia complexa”, 
que organiza conceitualmente o impacto da interdepende ncia entre Estados assim como o 
debate com a escola realista”. A interdepende ncia complexa baseia-se na ideia de “Uma relaça o 
entre dois (ou mais) paí ses em que processos e deciso es tomadas em cada um te m efeitos 
recí procos, ou seja, atingem de alguma forma suas respectivas economias e sociedades.” Esse 
efeito recí proco na o e assime trico, isto e , alguns perdem e outros ganham mais na relaça o, 
dependendo da sensibilidade e da vulnerabilidade do ator e do poder de cada ator. O conceito 
se desenvolveu a partir da intensificaça o da globalizaça o, quando os Estados passaram a 
depender mutuamente uns dos outros, mesmo os Estados maiores dos menos poderosos. Fonte: 
SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 143 (Capí tulo 9). 
 
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“Segundo a teoria da interdepende ncia complexa, a interdepende ncia militar sempre existiu e 
o poder militar continuas sendo importante na polí tica mundial, mas existem outras formas de 
poder como o econo mico e o cultural. Contudo, o poder miliar na o e mais predominante e 
existem novas formas de entender o poder nas relaço es entre Estados. Portanto, essa teoria 
apresenta uma nova concepça o, que observa o poder por duas perspectivas”. Essa nova forma 
de entender o poder refere-se a ideia de que o poder pode ser o poder dos meios ou o poder dos 
resultados. Assim, para a interdepende ncia complexa poder e : controle dos meios ou o potencial 
para afetar resultados. O poder dos meios e a habilidade de um ator de induzir outros atores a 
fazerem algo que de outra maneira eles na o teriam feito e o poder dos resultados e a capacidade 
que o ator de controlar os resultados para seu benefí cio. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, 
Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora 
InterSaberes, 2017, p. 146 (Capí tulo 9). 
 
 
 
 
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“A teoria da interdepende ncia complexa apresenta inovaço es no pensamento, contrapondo 
ideias das teorias cla ssicas, como a ideia do Estadocentrismo das relaço es internacionais, 
baseado no conceito de canais mu ltiplos de conexa o”. (Adaptado). A teoria da interdepende ncia 
complexa argumenta que o Estado na o e o u nico ator importante das relaço es internacionais. 
Para essa visa o, existem canais mu ltiplos que conectam as sociedades como os laços informais 
entre as elites governamentais e os laços informais entre as elites na o governamentais e as 
organizaço es transnacionais econo micas. Esses canais podem ser interestaduais, 
transgovernamentais e transnacionais. Ha importa ncia da atuaça o de diversos atores, como 
empresas transnacionais, Igreja, sindicatos, ONGs, entre outras. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; 
CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017, p. 149 (Capí tulo 9). 
 
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“Para a teoria da interdepende ncia complexa, muitas questo es emergem da polí tica dome stica, 
e a distinça o entre polí tica externa e polí tica dome stica se torna turva. Questo es diferentes 
levam a coalizo es diferentes com governos e entre governos e envolvem diferentes graus de 
conflitos”. (Adaptado). Sendo chamados a responder se de acordo com a teoria da 
interdepende ncia complexa, existe uma hierarquia de temas na agenda internacional, devemos 
responder negativamente, visto que para a teoria da interdepende ncia complexa na o existe uma 
hierarquia de temas na agenda, mas uma multiplicidade de temas. As agendas tornaram-se mais 
complexadas e diversificadas, o que reduziu a hegemonia do tema militar. Temas como direitos 
humanos, meio ambiente, migraça o e outros temas mais sociais passaram a fazer parte da 
agenda de modo igualita rio com os demais assuntos. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila 
A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 
2017, p. 151 (Capí tulo 9). 
 
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“Para os autores, as tre s caracterí sticas da interdepende ncia te m como fruto processos polí ticos 
diferenciados dos traduzidos pela interpretaça o realista. Em um mundo de interdepende ncia 
sa o enfatizados um nu mero variado de objetivos dos Estados e dos agentes transnacionais 
(Keohane; Nye, 2001, p. 30). Os objetivos dos Estados variam de questa o para questa o, assim 
como a distribuiça o de poder e os processos polí ticos. Sob um cena rio de interdepende ncia, 
Estados poderosos militarmente va o sentir dificuldade de controlar os resultados e exercer 
domí nio em a reas nas quais sa o mais fracos.” (Adaptado). Para os teo ricos da interdepende ncia 
a força militar na o e usada pelos governos para outros governos dentro de uma regia o, ou de 
um assunto, quando a interdepende ncia complexa prevalece. Assim, mesmo a força na o 
deixando de ser importante, a questa o militar na o e mais a prioridade ou a determinante dos 
resultados nas relaço es internacionais. Para essa visa o, a intensa relaça o de influe ncia mu tua 
existe entre os paí ses, e na maioria dessas relaço es a força e irrelevante ou sem importa ncia 
como um instrumento de polí tica. A força usualmente na o e o meio apropriado para alcançar 
 
 
 
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outros objetivos (econo micos, ecolo gicos) que esta o se tornando mais importantes. Fonte: 
SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 153 (Capí tulo 9). 
 
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“Dentro da terceira condiça o da interdepende ncia complexa, mu ltiplos canais, os autores 
determinam que a barganha polí tica na o e necessariamente limitada ao Estado. A situaça o mais 
pro xima da interdepende ncia complexa e quando esperamos que os resultados da barganha 
polí tica sejam afetados pelas relaço es intergovernamentais e transnacionais, pois ha diversos 
autores que afetam a agenda internacional e os resultados polí ticos”. (Adaptado). Para a teoria 
da interdepende ncia complexa, o papel das organizaço es internacionais e significativo na 
polí tica internacional. Os autores dessa teoria destacam que os canais mu ltiplos revelam o papel 
significativo desempenhado pelas organizaço es internacionais na polí tica mundial. Em um 
mundo em que as coalizo es sa o transnacionais ha um papel potencial das instituiço es 
internacionais em influenciarem a barganha polí tica. Esses organismos auxiliam a formaça o da 
agenda e sa o catalisadores para a formaça o de alianças e arenas de contato entre Estados. As 
OIs auxiliam na determinaça o das prioridades governamentais, ao definirem as questo es mais 
salientes. Ale m disso, ajudam a formar coligaço es polí ticas relevantes. A solidariedade entre os 
paí ses do Terceiro Mundo tem sido desenvolvida em confere ncias internacionais, sob o 
comando da ONU. Sendo assim, sa o instituiço es relevantes para Estados fracos, por cada Estado 
possuir um voto (igualdade). Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 156 (Capí tulo 
9). 
 
Tema: Marxismo e Relações Internacionais 
“Para alguns, o fim da Unia o Sovie tica e a supremacia do capitalismo sobre o socialismo 
representaram o fim do marxismo enquanto teoria polí tica. Contudo, a releva ncia do Marxismo 
tem se acentuado com o fim da bipolaridade e aemerge ncia de uma nova fase da globalizaça o. 
Apesar de suas insuficie ncias, como a incapacidade de estudar os conflitos e tnicos, o Marxismo 
foi reeditado e adotado por alguns autores para entender as Relaço es Internacionais”. 
(Adaptado). Marx contribui com o estudo da polí tica internacional especialmente por fornecer 
uma perspectiva crítica das relaço es internacionais. Primeiramente, Marx concebe a histo ria 
como um processo guiado por contradiço es e antagonismos vinculados ao modo de organizaça o 
da produça o dos bens necessa rios a subsiste ncia e a reproduça o humana. Assim, algumas 
teorias como a teoria crí tica, a teoria da depende ncia e a teoria do sistema mundo moderno 
adotaram essa ideia de exploraça o capitalista para entender as RI, sobretudo a partir da ideia 
da divisa o internacional do trabalho que separa os Estados em tre s categorias, periferia, 
semiperiferia e centro. Outro elemento adotado pelas RI e o estudo da desigualdade social por 
parte dos marxistas. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 88-92 
(Capí tulo 4). 
 
 
 
 
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“Lenin e um seguidor do Marxismo que elaborou em seu livro “Imperialismo: fase superior do 
capitalismo”, o que mais se aproximou de uma teoria Marxista das Relaço es internacionais. Em 
sua teoria, Lenin contextualizou historicamente o conflito de classes e o processo 
revoluciona rio, no cena rio da Primeira Guerra Mundial. Conforme Lenin, as contradiço es entre 
as forças sociais de produça o e a relaça o de produça o sa o fundamentais para compreender a 
revoluça o que culminaria na derrotada do capitalismo. Para Lenin, existiu uma guerra 
imperialista durante o perí odo das Grandes Navegaço es” (Adaptado). Segundo Lenin existe um 
conflito constante entre os paí ses imperialistas, pois ocorre o movimento de expansa o do 
capital monopolista e de internacionalizaça o das relaço es de produça o capitalista, que ele 
denomina como imperialismo. Nesse contexto, impera o conflito e a disputa constante entre os 
Estados pelo controle dos lucros e das fontes de produça o e mercado consumidor. Assim, na o 
ocorre cooperaça o ou paz entre Estados, mas guerras por mais mercado. Segundo Lenin, o 
imperialismo e a u ltima fase do capitalismo, pois este sera eliminado pela Revoluça o Socialista. 
Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 93-95 (Capí tulo 4). 
 
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“No marco das Teorias de Relaço es Internacionais, o pressuposto geral, especialmente por parte 
dos realistas, era de que o Marxismo na o tinha nada a oferecer para os analistas das RI. Observa-
se um esforço de reconstruça o da lo gica do materialismo pelas Teorias Crí ticas e neomarxistas. 
Assim, se apropriam de elementos marxistas ao mesmo tempo que se distanciam de alguns 
pressupostos desta teoria.” (Adaptado). O Marxismo se concentra sobretudo em explicar a luta 
de classes e sua internacionalizaça o e foi criticado por isso, pois na o ocorreu a solidariedade de 
classes nem a emancipaça o universal da classe trabalhadora que provocaria uma mudança 
radical via revoluça o. Essa visa o revoluciona ria foi uma das principais crí ticas que sofreu o 
marxismo. Outra crí tica e que o paradigma da acumulaça o tinha como objeto a estrutura de 
classes e o conflito de classes e na o o poder estatal, a guerra ou a competiça o geopolí tica, que 
sa o os focos de estudo das RI, segundo o Marxismo. O Marxismo tambe m foi incapaz de explicar 
conflitos e tnicos, sociais, temas mais contempora neos como as migraço es, os direitos humanos 
e o meio-ambiente, centralizando seus estudos sobre as questo es econo micas e o conflito de 
classes. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens 
e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 97-98 (Capí tulo 4). 
 
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“Embora Marx na o tenha desenvolvido uma teoria para entender as relaço es entre Estados a 
partir das suas concepço es de Estado como instrumento de classe e da luta de classes, pode-se 
fazer infere ncias sobre os efeitos dessa corrente a ní vel internacional. Marx demonstrou 
acreditar que o capitalismo possui um alcance global e se emancipou em quase todas as partes 
do planeta, tornando-se o modo de produça o predominante, a partir da generalizaça o da divisa o 
internacional do trabalho.” (Adaptado). O tema central da concepça o materialista de histo ria de 
 
 
 
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Marx e de que os indiví duos devem satisfazer suas necessidades ba sicas. Como a classe 
dominante esta de posse desses meios, ela consegue controlar a classe trabalhadora. Assim, a 
luta de classes e a forma dominante de conflito na histo ria da humanidade. A disputa entre a 
classe burguesa, detentora dos meios de produça o, e a classe proleta ria, que foi separada dos 
seus meios de produça o, promove o conflito de classes, que determina a histo ria das relaço es 
sociais e polí ticas e e levada a um ní vel internacional, pois o capitalismo tem alcance global. A 
luta de classes se transnacionaliza porque ha uma tende ncia a queda da taxa de lucro, o que leva 
os capitalistas a aumentarem os ní veis de exploraça o da jornada de trabalho. As conseque ncias 
desse processo contradito rio sa o a intensificaça o do conflito de classes e a necessidade de uma 
aça o repressora do Estado para impedir a mobilizaça o do proletariado. Para garantir esse 
propo sito, a burguesia internacionaliza sua aça o, o que transnacionaliza a luta de classes. De 
acordo com Marx, a luta de classes se internacionalizaria, ja que a exploraça o era um problema 
social em todos os Estados. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 91 (capí tulo 
4). 
 
Tema: Teoria da dependência, Teoria do Sistema mundo moderno e Teoria Crítica 
“A teoria da depende ncia sustenta uma visa o terceiro-mundista para a explicaça o dos 
feno menos no sistema internacional. A teoria da depende ncia e a primeira vertente da 
economia polí tica internacional criada em uma regia o menos desenvolvida, a Ame rica Latina”. 
Essa teoria utiliza-se de uma perspectiva que parte da periferia para criticar a exploraça o dos 
Estados menos desenvolvidos pelos Estados mais ricos e poderosos. Essa teoria defende que a 
depende ncia na o pode ser atribuí da apenas aos dominadores, mas tambe m a s elites dos paí ses 
subdesenvolvidos que se associam a s economias centrais e se tornam subordinadas a elas, 
permitindo a exploraça o dos trabalhadores locais dos paí ses mais pobres. A ana lise se foca nas 
relaço es entre Estados e elites, a um prisma ate enta o marginalizado pelas abordagens, o do 
subdesenvolvimento. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 75 (Capí tulo 
5). 
 
--- 
 
“A teoria da depende ncia possui duas correntes centrais: a marxista-ortodoxa, tendo como 
autores Marini e Gunder Frank e a corrente-weberiana, que se desenvolveu com os escritos do 
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu colega Enzo Faletto. Essa u ltima vertente 
desenvolveu a tese do desenvolvimento dependente”. Cardoso e Faletto (1970) concluí ram que 
a depende ncia na o evita o desenvolvimento, apenas mante m os paí ses em situaça o de 
desenvolvimento atrasado em relaça o a s economias centrais, dado o desenvolvimento 
dependentee limitado propiciado pelo conjunto composto pelos instrumentos externos e a 
dina mica interna. Assim, pode ocorrer um desenvolvimento dependente, ou desenvolvimento 
associado, que seria a tese central da visa o de FHC. Portanto, aos Estados perife ricos resta se 
associarem aos paí ses mais ricos para poderem usufruir dos benefí cios da expansa o capitalista. 
 
 
 
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Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 80 (Capí tulo 5). 
 
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“A CEPAL difundiu um conjunto de teses a respeito do desenvolvimento da Ame rica Latina, 
reconhecidas pelos pensadores latino-americanos. A Teoria do subdesenvolvimento da CEPAL, 
que teve como pensadores Celso Furtado e Raul Prebisch, deu as bases para a teoria da 
depende ncia”. (Adaptado). Essa teoria defende que as relaço es econo micas entre centro e 
periferia aprofundam o fosso entre esses dois tipos de paí ses. Os paí ses do centro se apropriam 
dos resultados bene ficos do progresso te cnico, enquanto os paí ses perife ricos se mante m no 
atraso, por serem essencialmente produtores de produtos agrí colas. O subdesenvolvimento 
seria superado para essa teoria por meio do come rcio internacional ativo, com uma indu stria 
nacional forte, acumulaça o de capital, aumento de produtividade e expansa o do consumo 
popular. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: 
origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 109-110 (Capí tulo 5). 
 
--- 
 
“A tese central da Teoria do Sistema Mundial Moderno (SMM) e a divisa o dos Estados em tre s 
categorias dentro da estrutura internacional. Essa diferenciaça o hiera rquica e a principal 
contribuiça o da Teoria do Sistema Mundo Moderno para entender as relaço es internacionais”. 
(Adaptado). As tre s categorias sa o centro, periferia e semiperiferia. Os Estados centrais sa o 
responsa veis pela produça o de bens com elevado valor agregado, isto e , produtos 
industrializados, enquanto os Estados perife ricos sa o encarregados de fornecer produtos 
agrí colas e mate ria prima, com baixo valor agregado. Ja os semiperife ricos sa o a categoria 
intermedia ria, que tem caracterí sticas de centro e de periferia. Os Estados centrais sa o mais 
fortes e concentram capital. Ja a economia dos paí ses perife ricos e pouco diversificada e 
altamente dependente da exportaça o de um u nico produto prima rio. A periferia e caracterizada 
por conter Estados fracos, pouco institucionalizados e majoritariamente autorita rios. Fonte: 
SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 83 (Capí tulo 5). 
 
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“As tre s a reas ou categorias do sistema mundial moderno capitalista resultam em uma 
hierarquia de poder econo mico e polí tico, na qual os paí ses do centro exercem seu domí nio e 
poder sobre os outros dois (periferia e semiperiferia), atrave s da força e da imposiça o de uma 
depende ncia, resultante de associaça o deste com as elites locais”. (Adaptado). Se quisermos 
saber em qual das tre s categorias hiera rquicas se insere o Brasil e qual e a funça o que 
desempenha essa categoria no sistema internacional para a teoria do sistema mundo moderno, 
para isso precisamos ter em mente que o Brasil pode ser considerado um paí s semiperife rico, 
por ter uma indu stria nascente e se destacar nos fo runs internacionais, bem como ter uma das 
maiores economias do mundo. Uma das funço es da semiperiferia e contribuir para moderar as 
 
 
 
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contradiço es resultantes do confronto de interesses entre centro e periferia. Em muitos casos, 
a semiperiferia se coloca como uma porta voz dos interesses dos Estados mais pobres, como e 
o caso do Brasil que se coloca como lí der da Ame rica do Sul e representante dos paí ses em 
desenvolvimento. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações 
Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 83-84 
(Capí tulo 5). 
 
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“A Teoria Crí tica aponta uma limitaça o do Marxismo por apenas explicar a realidade sem de fato 
querer altera -la. Para essa teoria, ha uma relaça o estreita entre teoria e pra tica, ou seja, entre 
produça o de conhecimento e dominaça o.”. (Adaptado). Os teo ricos crí ticos defendem que as 
teorias tradicionais sa o instrumentos para garantir a alienaça o, pois separam o sujeito do objeto 
que observa. Ou seja, essas teorias servem para manter o status quo, sem que o indiví duo possa 
fazer uma avaliaça o crí tica e tentar mudar a realidade, por meio de uma atitude emancipato ria. 
Dessa forma, as teorias dominantes sa o vistas como ferramentas de exclusa o e de alienaça o dos 
indiví duos em relaça o a realidade. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de 
Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 93 
(Capí tulo 6). 
 
--- 
 
Arrighi trabalha a ideia de hegemonia propondo que as diferentes hegemonias que se sucedem 
ve m transformando as propriedades e reorganizando o sistema, ou seja, que o capitalismo vai 
se alterando quando ha transiço es de poder entre os paí ses hegemo nicos (Adaptado). Podemos 
caracterizar o que sa o os ciclos siste micos de acumulaça o informando que os ciclos siste micos 
de acumulaça o de Arrighi sa o as transiço es de hegemonia, que alternam perí odos de expansa o 
material (comercial) e fases de expansa o financeira, quando os Estados que assumiram o poder 
na o conseguem sustentar sua posiça o hegemo nica. Os ciclos hegemo nicos/ siste micos sa o, (i) o 
ciclo genove s, das cidades Estado-italianas, (ii) o ciclo holande s, (iii) o ciclo ingle s e (iv) o ciclo 
estadunidense/ norte-americano (EUA). Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias 
de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 
121 (Capí tulo 5). 
 
Tema: Regimes Internacionais 
“Para Krasner, Regimes Internacionais sa o um conjunto de expectativas, regras, regulamentos, 
planos, entidades organizacionais e compromissos financeiros, aceitos por um grupo de 
Estados acerca de um determinado tema.”. (Adaptado). Existem diversos regimes internacionais 
dentro da lo gica proposta por Krasner. Um exemplo dele e o regime de come rcio internacional, 
que tem entre suas organizaço es a Organizaça o Mundial do Come rcio, tem como atores as 
empresas transnacionais, os Estados. Um de seus princí pios e o princí pio da naça o mais 
favorecida e tem como norma a proibiça o da pra tica de dumping ou de subsí dios a exportaça o. 
Pode-se mencionar tambe m o regime de migraço es, que tem como organizaço es o ACNUR e a 
 
 
 
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Organizaça o Internacional de Migraço es, como princí pios a ideia de que todos os indiví duos te m 
direito a migrar e devem ser acolhidos no caso de na o terem outra opça o (refugiados) e tem 
como norma o combate ao tra fico ilegal de pessoas e a aça o da rede de migrantes. Fonte: SILVA, 
Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. 
Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 163 (Capí tulo 10). 
 
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“Os regimes sa o compreendidos como varia veis dependentes e entre as varia veis que causa 
esses regimes esta o o autointeresse egoí sta, o poder polí tico, as normas e princí pios, os usos e 
costumes e o conhecimento’”.O autointeresse egoí sta e o desejo de maximizar a pro pria 
utilidade funcional em que essa funça o na o inclui a funça o de outra parte. Ou seja, o egoí sta esta 
interessado com o comportamento da outra parte apenas no que tange o seu interesse, o que 
pode impacta -lo. O Poder polí tico e a segunda varia vel causal usada para explicar o 
desenvolvimento de regimes e relaciona-se a como o poder e utilizado para garantir resultados 
o timos para o sistema como um todo e como o poder e usado para aumentar valores de atores 
especí ficos dentro do Sistema. As normas e princí pios sa o as caracterí sticas definidoras de 
qualquer regime. Ja os usos e costumes se referem a padro es regulares de comportamento 
baseado na pra tica real, ou seja, o costume se refere a pra tica de longa duraça o, o 
comportamento rotinizado. E, por fim, o conhecimento e “a soma da informaça o te cnica e de 
teorias sobre essa informaça o que produz consenso suficiente em um dado momento entre 
atores interessados em servir como guias da polí tica pu blica”. Fonte: SILVA, Caroline C. V.; CULPI, 
Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e desenvolvimento. Curitiba: Editora 
InterSaberes, 2017, p. 165 (Capí tulo 10). 
 
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“Uma sociedade internacional e entendida pela Escola Inglesa como um grupo de Estados que 
esta unido por um interesses e valores compartilhados, a exemplo da Unia o Europeia.” 
(Adaptado). Mas afinal, sera que todos os regimes internacionais, como a OMC ou a ONU, podem 
ser considerados sociedades internacionais pela teoria da Escola Inglesa apenas por possuí rem 
regras e normas a respeito de um tema especí fico? A resposta da Escola Inglesa e de que na o 
necessariamente o fato de possuí rem um tema comum permite o estabelecimento de valores 
compartilhados entre um conjunto de Estados. Pore m, os arranjos institucionais, denominados 
regimes esta o mais pro ximos da sociedade internacional do que do sistema internacional, 
podendo ser aceitos como sociedades internacionais tema ticas. Ainda assim, nem todos os 
regimes sa o vistos como sociedades, pois na o necessariamente ha identidades e valores. Fonte: 
SILVA, Caroline C. V.; CULPI, Ludmila A. Teorias de Relações Internacionais: origens e 
desenvolvimento. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017, p. 188 (Capí tulo 8).

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