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HISTÓRIA DO ATENDIMENTO PRÉ - HOSPITALAR Profª Giselle Cristina O atendimento às emergências/urgências ocorre desde o período das grandes guerras, mais precisamente no século XVIII, período napoleônico; •Neste período, os soldados feridos em campo de batalha eram transportados em carroças com tração animal, para serem atendidos por médicos, longe dos conflitos. Em 1792, o cirurgião e chefe militar Dominique Larrey, começa a "dar os cuidados iniciais", a soldados feridos, no próprio campo de batalha; Em 1863, acontece a formação da Cruz Vermelha Internacional, onde a sua atuação se destaca nas Guerras Mundiais do século XX. Os combatentes receberam treinamento de primeiros socorros a fim de prestar atendimento a seus colegas logo após a ocorrência de uma lesão no campo de batalha e durante o transporte até o hospital de guerra. Em 1965, na França surgem os Serviços de Atendimento Médico de Urgência (SAMU); Os SAMU, inicialmente centrados nos atendimentos de estrada, se estende a área urbana – Necessidade de organização e coordenação médica - Princípio de Regulação médica; Os atendimentos são realizados por equipe multidisciplinar , porém centrado no médico; Em julho de 1856, foi criado e organizado o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte sob a jurisdição do Ministério da Justiça - Serviço de Extinção de Incêndios; Em 1899, o Corpo de Bombeiros da mesma localidade punha em ação a primeira ambulância (de tração animal) para realizar o referido atendimento; Em 1ºde junho de 1913, uma nova era que se inicia no Corpo de Bombeiros, é a era da tração mecânica. O galopar dos cavalos, seria gradativamente, substituído nas ruas da cidade, pelo ronco possante dos motores dos carros dos Bombeiros". Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina, a partir de 1997, passaram a questionar a eficácia dos serviços de APH prestados pelo Corpo de Bombeiros; Em 1998 o CFM lançou a Resolução n.1.529/98 que normatizava a atividade médica na área da urgência/emergência na sua fase pré-hospitalar; O MS transferiu quase que integralmente o texto do CFM para a Portaria n. 824 de 24 de julho de 1999, normatizando assim o APH em todo o Brasil; A Portaria n. 814/GM, de 1 de junho de 2001, estabelece a normatização dos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel de urgências e define princípios e diretrizes da regulação médica das urgências; A Portaria nº 2048/GM de 5 de novembro de 2002, regulamenta o atendimento das urgências e emergências. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) instituiu a Resolução nº 225 de 28 de fevereiro de 2000, dispôs sobre o cumprimento de prescrição medicamentosa/terapêutica à distância, tornando legal, para os profissionais da enfermagem, a prática de cumprir prescrições médicas via rádio ou telefone em casos de urgência; O QUE É O ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL? É o atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido agravo à saúde, assistir ao paciente e transportar adequadamente a um serviço de saúde; Vinculado a uma central de regulação – acesso 192; Equipe de profissionais oriundos da saúde: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores, telefonistas e etc. DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR – Ambulâncias / viaturas Viaturas preconizadas pelo MS: Suporte básico: 01 viatura para cada 100 mil habitantes; Suporte avançado: 01 viatura para cada 500 mil habitantes; •TIPO A: Ambulância de transporte . Destinada a pacientes que não apresentam risco de vida. TIPO B: Ambulância de suporte básico. Destinada ao transporte inter-hospitalar de pacientes de risco de vida conhecido e pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar intervenção médica. TIPO C: Ambulância de resgate. Possuem equipamentos para salvamento. TIPO D: Ambulância de suporte avançado. Destinado a transportar pacientes de alto risco e/ou transporte inter- hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. TIPO E: Aeronave de transporte médico. Aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada p/ transporte inter- hospitalares e ações de resgate. TIPO F: Embarcação de transporte médico. Destinado ao transporte via marítima ou fluvial. TRIPULAÇÃO: TIPO A E B: motorista e Técnico ou auxiliar de enfermagem; TIPO C: 03 profissionais militares, sendo um motorista e os outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e suporte básico de vida; TIPO D: 03 profissionais: sendo um motorista, um enfermeiro e um médico. TIPO E: 03 profissionais: piloto, médico, enfermeiro. TIPO F: 02 ou 03 profissionais, condutor, técnico ou auxiliar de enfermagem (suporte básico), ou enfermeiro e médico (suporte avançado). Qual seu objetivo? Iniciar a assistência às vítimas de trauma, emergências clínicas ou psiquiátricas, utilizando técnicas e procedimentos específicos, ainda na cena do evento, dando o suporte mínimo necessário para que ele chegue ao hospital, além de vivo, nas melhores condições possíveis, sem o agravamento das lesões e condições fisiológicas. RESOLUÇÃO COFEN Nº 375/2011 Art 1º A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro. § 1º A assistência de enfermagem em qualquer serviço Pré-Hospitalar, prestado por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem somente poderá ser realizada sob a supervisão direta do Enfermeiro; A atuação do enfermeiro no APH Supervisionar ações de enfermagem executadas no APH Realizar prescrição médica por telemedicina Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica Realizar parto sem distócia Participar do programa de treinamento Controle de qualidade Conhecer equipamentos e realizar manobra de extração manual de vítimas Características específicas do profissional Equilíbrio emocional e auto-controle: Capacidade mental para a atividade: Condicionamento físico: Capacidade de trabalhar em equipe: Capacidade de superar-se e transportor situações adversas: Conhecimentos técnicos específicos Conhecimento de material específico: Técnicas de extricação e transporte: Conhecer os protocolos específicos de atendimento pré-hospitalar: - Suporte básico e avançado de vida em cardiologia - Suporte básico e avançado de vida no trauma - Protocolo de múltiplas vítimas, etc. ACLS/BLS ITLS PHTLS ATLS Responsabilidades do enfermeiro: Manter o paciente vivo Garantir a qualidade de vida Mesmo nas situações mais adversas, garantir atendimento humanizado à vítima Ter o máximo segurança possível ao realizar procedimentos assépticos Garantir a continuidade do atendimento na sala de emergência Garantir sua segurança e de sua equipe Bioproteção: Utilização de EPIs Luvas Óculos de proteção Máscara
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