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Universidade Estácio de Sá TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR-TOD LAPDIN-LABORATÓRIO DE PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO INFANTIL PROJETO DE EXTENSÃO (ESTUDO DIRIGIDO) Kelly Aparecida de Oliveira Araujo Mariana De Almeida Ammon NOVA IGUAÇU 2018.2 Transtorno Opositivo Desafiador O que é? O TOD é um transtorno comportamental disruptivo que leva em consideração aspectos genéticos, emocionais e ambientais como causas. Geralmente associado a outros transtornos psiquiátricos graves, sua presença na infância é um grande fator de risco. Ele é diagnosticado entre os seis e dez anos, com maior incidência nos meninos do que nas meninas com uma proporção de dois para um. Caso não tratado, possui setenta e cinco por cento de chances de se transformar em transtorno de conduta. Catorze por cento das crianças com esse tipo de transtorno apresentam TDH, mas outros transtornos como depressão, bipolaridade, e ansiedade também costumam estar associados. O comportamento opositor temporário é algo comum em todas as crianças, mas diferente de uma simples desobediência o TOD segue um conjunto de comportamentos hostis, negativista, desafiador e desobediente da criança com qualquer figura de autoridade. Normalmente apresentam baixíssima tolerância a frustação, culpam os outros pelos seus erros, envolvem se constantemente em brigas, discussões e incomodam deliberadamente os demais; causando um desajuste familiar, escolar e em outros contextos sociais. Como é diagnosticado? Seu diagnostico é feito através de uma avaliação médica onde ocorrerá uma entrevista com a família. A criança precisa apresentar por um período de seis meses ininterruptos os comportamentos já anteriormente citados. A escola é um ótimo ambiente para se observar esse transtorno nas crianças, pois é um ambiente com muitas regras e devido ao transtorno a criança apresenta um desempenho escolar ruim e costuma ser rejeitado pelos demais por estar sempre metido em brigas. Possíveis Causas: Estudos apontam que bebes prematuro, ou que tiveram algum problema do período gestacional associados à ingestão de álcool e cigarros possuem mais chances de desenvolver o transtorno. Assim como alterações no córtex pré-frontal, onde as emoções são controladas, também estão associados à causa. Além dessas alterações; violência, pobreza e falta de estrutura familiar também contribui para o desenvolvimento do TOD. Tratamento: O tratamento pode ser realizado através de remédios que ajudam no controle da agressividade, estabilizadores de humor, piscoestimulantes e antidepressivos. Além de um tratamento piscossocial e terapia família, práticas esportivas também são estimuladas. Um método que tem mostrado alguma efetividade é o TP, baseado no protocolo de Russell Barkley que consistiu em ensinar os pais o que modula o comportamento das crianças e influencia a chance dele ocorrer novamente. Além disso, ensina uma serie de técnicas comportamentais envolvendo uso de atenção diferenciada, sistemas de remuneração e restrição de remuneração, além de planejamento de situações de potencial confronto. Por ser um transtorno com influencias ambientais, estes fatores poderiam influir na sua resposta ao tratamento. Além disso, pais podem responder de forma diferente a TP em diferentes culturas. O TOD não possui uma curra, mas seu sucesso terapêutico advém da prevenção e intervenção precoce. Referencias bibliográficas: SERRA-PINHEIRO, Maria Antônia; GUIMARÃES, Marcia Maria; SERRANO, Maria Esther. A eficácia de treinamento de pais em grupo para pacientes com transtorno desafiador de oposição: um estudo piloto. Revista de Psiquiatria Clinica v. 32, n. 2, p. 68-72, 2005. SILVA, Ana Beatriz Teixeira. MENTES INQUIETAS: TDH: Desatenção, hiperatividade e impulsividade. 4. ed. São Paulo: Globo, 2014. TEIXEIRA, Augusto. O REIZINHO DA CASA: Manual para pais de crianças opositivas, desafiadoras e desobedientes. Primeira edição. Rio de Janeiro: Bestseller, 2014.