aula 06 CMMI

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Modelos para Processos de Software
� CMMICMMI
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Modelos para Processos de Software
� Introdução
- Os processos de software são aqueles para os quais mais 
modelos de melhores práticas foram desenvolvidos ao longo 
dos anos. Entre esses modelos, figuram técnicas de 
Engenharia de SW, metodologias e padrões para várias etapas 
do desenvolvimento, adaptações de métodos de gerenciamento 
de projetos, etc.
- Entretanto, o que tem ficado cada vez mais evidente é que os 
processos de SW precisam ser tratados de forma integrada e 
interdisciplinar, ou seja, abrangendo aspectos técnicos de 
engenharia, de gerenciamento de projetos e operações de 
sustentação, de controle de artefatos e de gerenciamento de 
requisitos não funcionais, notadamente aqueles relacionados à 
infraestrutura.
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Histórico do Modelo
- Criado em 1991 pelo SEI (Software Engineering Institute), a 
partir de uma encomenda feita pelo DoD, como um modelo de 
qualidade para o processo de software.
- As diferentes necessidades das organizações originaram 
variações aplicáveis a outras disciplinas tais como engenharia 
de sistemas, aquisição de software, gestão e desenvolvimento 
de mão-de-obra e desenvolvimento integrado de produtos e 
processos.
- Entretanto, cada um desses modelos possuía sua própria 
abordagem de implementação, o que dificultava sua utilização 
com processos integrados envolvendo várias dessas 
disciplinas, devido aos altos custos de treinamento, avaliação e 
ações de melhoria.
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Histórico do Modelo
- Em 2002, foi criado pelo SEI o CMMI (Capability Maturity 
Model Integration), como um modelo evolutivo em relação aos 
vários CMM, com o objetivo de combinar as suas várias 
disciplinas em uma estrutura única, flexível e componentizada 
que pudesse ser utilizada de forma integrada por organizações 
que demandavam processos de melhoria em âmbito 
corporativo.
- Em agosto de 2006, o SEI publicou a versão 1.2 do CMMI, 
incorporando melhorias e simplificações à versão anterior.
- Em novembro de 2010 foi publicada a versão 1.3 do CMMI, 
incluindo melhorias significativas, a simplificação do seu 
modelo de arquitetura e maior clareza nos termos do glossário.
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Objetivos do Modelo
- O principal propósito do CMMI é fornecer diretrizes baseadas 
em melhores práticas para a melhoria dos processos e 
habilidades organizacionais, cobrindo o ciclo de vida de 
produtos e serviços completos, nas fases de concepção, 
desenvolvimento, aquisição, entrega e manutenção.
- Nesse sentido, suas abordagens envolvem a avaliação da 
maturidade da organização ou a capacitação das suas áreas de 
processo, o estabelecimento de prioridades e a implementação 
de ações de melhoria.
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Cada organização opera de maneira particular e, 
consequentemente, tem uma forma particular de gerenciar 
mudanças nos seus processos. Essa realidade, associada ao 
fato de que existem organizações de diversos tamanhos, é 
contemplada pelo CMMI que oferece duas abordagens distintas 
para sua implementação: Abordagem por Estágios e a 
Abordagem Contínua.
- O CMMI 1.3 apresenta tais abordagens reunidas no mesmo 
documento, dentro do escopo de cada “constelação”. Uma 
constelação é uma coleção de componentes gerada a partir do 
framework do CMMI. 
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Modelos para Processos de Software
Conjunto de componentes 
CMMI utilizados para construir 
modelos, materiais de 
treinamento e documentos de 
avaliação relacionados a uma 
área de interesse. Por exemplo, 
aquisiçãoaquisição, desenvolvimentodesenvolvimento ou 
serviçosserviços. 
CONSTELAÇÃO
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- As seguintes constelações (complementares entre si) fazem 
parte da versão 1.3 do CMMI:
- CMMI para Desenvolvimento (CMMI-DEV): provê diretrizes 
para monitorar, mensurar e gerenciar processos de 
desenvolvimento.
- CMMI para Serviços (CMMI-SVC): provê diretrizes para 
entrega de serviços dentro das organizações e para clientes 
externos.
- CMMI para Aquisições (CMMI-ACQ): provê diretrizes para 
suporte às decisões relacionadas à aquisição de produtos e 
serviços.
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Principais componentes da estrutura do CMMI:
Requerid
o
Esperado InformativoLegenda:
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Áreas de processo: conjunto de práticas inter-relacionadas 
que, quando executadas coletivamente, satisfazem um 
conjunto de metas consideradas importantes para realizar 
melhorias significativas em uma determinada área (possuem 
como subcomponentes informativos, um objetivo, notas 
introdutórias e outras áreas de processo relacionadas).
- Metas Específicas: metas relacionadas a uma determinada 
área de processo que descrevem o que deve ser realizado para 
assegurar que esteja efetivamente implementada.
- Práticas Específicas: descrições das atividades consideradas 
importantes para o atendimento de suas respectivas metas 
específicas.
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Metas Genéricas: metas comuns, compartilhadas por 
múltiplas áreas de processo que, quando atingidas dentro de 
uma área de processo específica, podem indicar se estão 
sendo planejadas e implementadas de forma efetiva, replicável 
e controlada.
- Práticas Genéricas: descrições das atividades consideradas 
importantes para o alcance de suas respectivas metas 
genéricas e que garantem a institucionalização efetiva, 
repetível, controlada das áreas de processo.
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Componentes Informativos de Suporte: informações 
adicionais necessárias para a descrição de um componente:
- Notas: incluem detalhamento, fundamentação teórica ou 
restrições ou premissas relacionadas ao componente. 
Exemplos: texto ou lista de itens para melhor clarificar um 
conceito ou atividade descrita.
- Referências: indicação de que há informações adicionais ou 
mais detalhadas para um componente na descrição de outras 
áreas de processo relacionadas.
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Estrutura do Modelo – Visão Geral do Modelo
- Os componentes do CMMI também podem ser classificados 
em categorias que refletem o modo como devem ser 
interpretados:
- Requeridos: absolutamente necessários para a implementação de 
uma área de processo. Exemplos: Metas Específicas e Metas 
Genéricas.
- Esperados: compõem uma implementação típica de uma área de 
processo, porém aceitando alternativas que produzam resultados 
satisfatórios. Exemplos: Práticas Específicas e Práticas Genéricas.
- Informativos: auxiliam no entendimento detalhado das metas e 
práticas, e das formas como podem ser implementadas. Exemplos: 
subpráticas, notas, referências, exemplos de produtos de trabalho, etc.
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Estrutura do Modelo – Áreas de Processo
- O CMMI sugere que suas 22 áreas de processo sejam 
agrupadas em quatro categorias de afinidade (visando suportara abordagem contínua de implementação):
- Gestão do Processo: agrupa áreas de processos que 
manipulam processos no âmbito da organização, permeando 
todos os projetos. Áreas de Processo dessa categoria:
- Foco no Processo Organizacional (OPF);
- Definição do Processo Organizacional (OPD);
- Treinamento Organizacional (OT);
- Desempenho do Processo Organizacional (OPP);
- Gestão do Desempenho Organizacional (OPM).
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Estrutura do Modelo – Áreas de Processo
- Gestão do Projeto: envolve áreas de processo que tratam 
aspectos de planejamento, monitoração e controle relacionados 
exclusivamente a projetos. Áreas de Processo dessa categoria:
- Planejamento do Projeto (PP);
- Controle e Monitoração do Projeto (PMC);
- Gestão do Acordo com o Fornecedor (SAM);
- Gestão Integrada do Projeto (IPM);
- Gestão de Requisitos (REQM);
- Gestão de Riscos (RSKM);
- Gestão Quantitativa de Projeto (QPM).
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Estrutura do Modelo – Áreas de Processo
- Engenharia: agrupa áreas de processo relacionadas ao ciclo 
de vida de desenvolvimento e manutenção de produtos, assim 
como à garantia do seu funcionamento e da sua aderência às 
especificações. Áreas de Processo dessa categoria:
- Desenvolvimento de Requisitos (RD);
- Solução Técnica (TS);
- Integração do Produto (PI);
- Verificação (VER);
- Validação (VAL); 
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Estrutura do Modelo – Áreas de Processo
- Suporte: qualifica processos cujas atividades são distribuídas 
ao longo de um projeto de desenvolvimento ou manutenção de 
produto, e cujos objetivos são atingidos indiretamente por meio 
de sua execução. Áreas de Processo dessa categoria:
- Gestão da Configuração (CM);
- Garantia da Qualidade do Processo e do Produto(PPQA);
- Medição e Análise (MA);
- Análise de Decisões e Resolução (DAR);
- Análise e Resolução de Causas (CAR).
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Estrutura do Modelo – Representação por Estágios
- Essa abordagem pode ser considerada uma evolução direta 
do CMM uma vez que é baseada em cinco níveis de 
maturidade: Inicial (1), Gerenciado (2), Definido (3), Gerenciado 
Quantitativamente (4) e Otimizado (5).
- O nível de maturidade pode ser considerado um degrau 
evolucionário para a melhoria do processo organizacional como 
um todo e consiste em práticas específicas e genéricas que 
integram um conjunto predefinido de áreas de processo. O 
cumprimento das metas específicas e genéricas 
correspondentes a essas áreas é um pré-requisito para o 
alcance do nível de maturidade correspondente.
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Estrutura do Modelo – Representação por Estágios
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Estrutura do Modelo – Representação por Estágios
- A tabela abaixo mostra as áreas de processo que precisam ser 
desenvolvidas para que cada um dos níveis de maturidade do 
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Estrutura do Modelo – Representação Contínua.
- Por meio dessa abordagem, o CMMI permite que cada uma 
de suas áreas de processo seja implementada de forma 
independente e evolutiva, agrupando sua práticas genéricas e 
específicas em quatro níveis de capacidade:
- Nível 0 (Incompleto): o processo não é executado ou é 
parcialmente executado, ou seja, uma (ou mais) das metas 
específicas de sua área de processo não é satisfeita.
- Nível 1 (Executado): o processo satisfaz todas as metas 
específicas de sua área de processo e realiza o trabalho 
necessário para gerar os seus produtos.
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Estrutura do Modelo – Representação Contínua
- Nível 2 (Gerenciado): o processo é planejado e executado de 
acordo com políticas organizacionais, utiliza pessoal habilitado 
e recursos adequados para gerar saídas de forma controlada e 
envolve os grupos interessados adequados, além de ser 
monitorado, controlado, revisado, avaliado quanto à 
conformidade com sua descrição e ao desempenho previsto 
nos seus planos.
- Nível 3 (Definido): o processo é gerenciado e adaptado a 
partir de um conjunto de processos padronizados da empresa, 
que, por sua vez, também evoluem continuamente.
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Estrutura do Modelo – Representação Contínua
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Aplicabilidade do Modelo
- O CMMI pode ser implementado em quaisquer empresas que 
desenvolvam produtos para o atendimento de necessidades de 
clientes externos ou internos, utilizando ou não recursos e/ou 
serviços terceirizados.
- A abordagem por estágios é mais recomendada para 
empresas já familiarizadas com a incorporação de melhorias 
nos processos organizacionais por meio de grandes saltos de 
qualidade, tais como aquelas que já possuem um nível de 
maturidade do CMMI ou que possuem modelos de qualidade 
baseados na melhoria simultânea e integrada de vários 
processos.
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Aplicabilidade do Modelo
- A abordagem contínua é recomendada para organizações que 
preferem uma evolução gradual na sua capacidade, processo a 
processo, possibilitando uma maior diluição do investimento a 
ser feito no programa de melhoria ao longo do tempo.
- Entretanto, serão requeridos maiores esforços para gerenciar 
a evolução segregada de cada prática.
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Benefícios do Modelo
- Resultados de desempenho relatados ao SEI em 2005 
referentes a mais de 25 organizações de grande porte, trouxe 
benefícios quantificáveis bastante significativos ao longo do 
tempo nas seguintes categorias:
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Benefícios do Modelo
-Tomando como base a abordagem por estágios, podem ser 
relacionados outros benefícios relativos ao que cada nível de 
maturidade poderá trazer para a organização:
- Nível 2:
. Maior grau de previsibilidade para projetos;
. Melhor controle dos acordos com fornecedores de 
produtos e serviços.
. Maior segurança na criação de uma base de medições 
para o acompanhamento e o gerenciamento de projetos.
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Benefícios do Modelo
- Nível 3
. Maior robustez na execução dos processos e nos 
produtos, por meio do uso da integração do produto, 
verificação, validação e de técnicas de gestão de riscos.
. Maior envolvimento da organização no estabelecimento de 
um ambiente orientado à integração das equipes.
. Melhoria na comunicação interna e externa.
. Maior acurácia nas tomadas de decisão, por meio do uso 
de métodos formais de análise e resolução.
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Benefícios do Modelo
- Nível 4
. Maior precisão no gerenciamento dos projetos, por meio 
da utilização de indicadores de desempenho baseados em 
medições extraídas desde o nível 2.
- Nível 5
. Tratamento adequado de todas as formas de inovações e 
mudanças possíveis, tanto nos processos quanto na 
tecnologia, e de seus reflexos no processo organizacional.
. Maior acurácia no tratamento dos problemas, por meio da 
resolução das causas comuns de variação.