Buscar

Músculos região profunda da face

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Região 
Profunda 
da Face 
12 
Visão Geral do Capítulo 
Descrições e Limites 
Fossa Temporal 
Fossa Infratemporal 
Músculos e Fáscias 
Músculos da Mastigação 
Fáscias 
Suprimento Vascular 
Artéria Maxilar 
Plexo Pterigóideo e Veia Maxilar 
Inervação 
Nervo Trigêmeo 
Mastigação 
Termos-chave 
Abaixador (Depressor) da Mandíbula representado pelo músculo pterigóideo lateral, 
o músculo da mastigação que funciona no início da abertura da boca. 
Artéria Maxilar e seus ramos suprem as estruturas localizadas no interior das fossas 
temporal e infratemporal, incluindo todos os músculos da mastigação. Adicionalmente, 
a artéria maxilar supre o meato acústico externo, a membrana timpânica e a ATM. 
Outros ramos da artéria maxilar se originam na região profunda da face, mas estão 
relacionados com outras regiões anatômicas e serão descritos nas respectivas 
regiões. 
Divisão Mandibular do Nervo Trigêmeo é a porção do nervo trigêmeo (nervo 
craniano V) que supre a inervação motora dos músculos da mastigação e a inervação 
sensitiva da ATM e da região lateral da cabeça. Ramos adicionais da divisão 
mandibular que se originam na fossa infratemporal estão relacionados com as outras 
regiões e serão descritos nas respectivas regiões. 
Elevadores (Levantadores) da Mandíbula correspondem aos músculos da 
mastigação, incluindo os músculos masseter, temporal e pterigóideo medial, que 
atuam primariamente no fechamento da boca. 
Fossa Infratemporal corresponde à região inferior e profunda em relação ao arco 
zigomático e à mandíbula. Ela contém as origens e inserções dos músculos da 
mastigação, com exceção do masseter. Seu conteúdo inclui os ramos da divisão 
mandibular do nervo trigêmeo (nervo craniano V), a artéria maxilar e seus ramos e o 
plexo venoso pterigóideo. 
Fossa Temporal corresponde à porção da face localizada acima da concha da orelha 
e do arco zigomático, uma região conhecida como “têmpora”. Ela é delimitada e 
recoberta pelo músculo temporal. 
Músculos da Mastigação correspondem a um conjunto de músculos bilaterais que 
agem nos movimentos da mandíbula, na articulação temporomandibular (ATM), em 
funções como a fonação, a mastigação e a deglutição. Todos esses músculos, exceto 
o músculo masseter, se originam na fossa temporal ou na fossa infratemporal, e todos 
os quatro músculos se inserem na mandíbula, nas proximidades da ATM. 
Plexo Venoso Pterigóideo fica localizado sobre ou próximo aos músculos 
pterigóideos e projeta-se nos espaços profundos da face. Este plexo venoso drena o 
sangue da região profunda da face e de outras regiões, como a região superficial da 
face, a cavidade nasal, a órbita, os seios paranasais etc. Além disso, o plexo venoso 
pterigóideo apresenta uma comunicação direta com o seio cavernoso, outro 
reservatório venoso no interior do crânio. Devido a sua extensa área de drenagem e 
a suas comunicações, o plexo venoso pterigóideo pode se constituir em uma via de 
propagação de infecções para o interior do crânio. 
Região Profunda da Face corresponde à região lateral da cabeça, situada 
profundamente em relação à mandíbula e ao arco zigomático; ela contém as origens e 
inserções de três dos quatro músculos da mastigação. 
Aregião a ser descrita neste capítulo é considerada profunda da face. Ela 
envolve estruturas situadas profundamente à mandíbula, incluindo três dos 
quatro músculos da mastigação. O quarto músculo da mastigação, o músculo 
masseter, fica situado superficialmente à mandíbula, mas será descrito aqui por 
motivos de continuidade. Além disso, um novo músculo da região profunda da 
face, recém-descoberto, será também descrito nesta seção. A função normal 
desse grupo muscular, uma parte do sistema estomatognático, é essencial para 
a boa saúde bucal. 
Um entendimento mais completo dessa região anatômica, de suma 
importância para os profissionais que cuidam da saúde, permite a compreensão 
das complexidades do sistema estomatognático em condições normais e 
patológicas. É imperativo que as pessoas que diagnosticam e tratam a anestesia 
inadequada, a má oclusão, os quadros dolorosos e a propagação de infecções 
nas proximidades da cavidade oral “conheçam a sua própria anatomia”. 
INERVAÇÃO REGIONAL E SUPRIMENTO VASCULAR 
Localizados na profundidade da face encontramos ramos das divisões maxilar 
e mandibular do nervo trigêmeo, transmitindo informações sensitivas dos 
dentes e das estruturas associadas da maxila e da mandíbula, respectivamente. 
Além disso, a divisão mandibular provê inervação para a articulação 
temporomandibular, outro importante componente do sistema estomatognático. 
A raiz motora do nervo trigêmeo une-se à divisão mandibular logo após a 
saída do crânio para distribuição aos músculos da mastigação e alguns outros 
músculos desenvolvidos no interior do mesoderma do primeiro arco faríngeo. 
O suprimento vascular dessa região, da mesma forma, supre parte da cavidade 
oral e os dentes, além de vascularizar a articulação temporomandibular, 
algumas partes da orelha e os músculos da mastigação. 
DESCRIÇÕES E LIMITES 
Fossa Temporal 
 Resumo. A fossa temporal é a região situada lateralmente na face, acima do meato 
acústico externo e recoberta pelo músculo temporal. 
A região lateral da cabeça, anterior e superiormente situada em relação à concha 
da orelha, é comumente chamada de “têmpora”. Pele, fáscia e porções dos 
músculos extrínsecos da concha da orelha, nessa região, recobrem o músculo 
temporal em forma de leque, situado mais profundamente, e que se fixa aos 
ossos da região temporal (Figura 12.1). 
Superiormente, essa fossa é limitada pela linha temporal superior, enquanto 
seu limite inferior é arbitrariamente definido pelo arco zigomático, embora o 
músculo temporal se estenda inferiormente abaixo desse arco, ocupando a fossa 
infratemporal. 
O assoalho da fossa temporal é formado pelos ossos laterais da cabeça – 
partes do frontal, esfenoide, temporal e parietal. 
O prolongamento mais superior da origem do músculo temporal e de sua 
fáscia deixa marcas nesses ossos correspondendo às linhas temporais inferior e 
superior, respectivamente. Essas linhas se originam no processo zigomático do 
frontal e seguem posteriormente, como um arco, sobre o parietal, antes de 
adotar um trajeto descendente no temporal e continuar no processo zigomático 
deste osso. 
Fossa Infratemporal 
 Resumo. A fossa infratemporal fica situada inferiormente ao arco zigomático e 
profundamente à mandíbula. 
A região abaixo do arco zigomático e profundamente à mandíbula é 
denominada fossa infratemporal (Figura 12.2 e Quadro 12.1). Esse espaço 
irregular, posteriormente à maxila, que forma a sua parede anterior, é limitado 
lateralmente pelo ramo e pelo processo coronoide da mandíbula, enquanto seu 
prolongamento medial corresponde à lâmina lateral do processo pterigoide do 
esfenoide. 
Superiormente, a fossa é limitada pela superfície infratemporal da asa maior 
do esfenoide e por uma porção mais anterior e inferior da escama do temporal. 
A crista óssea que se estende através desses dois ossos, conhecida como crista 
infratemporal, delimita a extensão mais superior do teto da fossa. 
Inferiormente, a fossa infratemporal não tem um limite bem definido, mas se 
estende no interior da região cervical lateral até a faringe. 
Comunicações 
A fossa infratemporal se comunica com a fossa temporal à medida que o 
músculo temporal desce desde a sua origem na fossa temporal até a inserção no 
processo coronoide da mandíbula (Quadro 12.1). 
 
Figura 12.1 Fossa temporal. 
 
Figura 12.2 Fossa infratemporal. 
 
Quadro 12.1 Limites, Comunicações e Conteúdos da Fossa Infratemporal 
Região Limite Comunicações Conteúdos 
Superior Face infratemporal da asa maior 
do esfenoide e crista infratemporal 
além de uma pequena parte do 
temporal 
Cavidade cranianavia 
forame oval, forame 
espinhoso; fossa 
infratemporal 
Músculo 
temporal (parte 
inferior) 
Músculo 
pterigóideo 
medial 
Músculo 
pterigóideo 
lateral 
Artéria maxilar e 
seus ramos 
Plexo venoso 
pterigóideo 
Nervo corda do 
tímpano 
Gânglio ótico 
Nervo 
mandibular e 
seus ramos 
Nervo alveolar 
superior 
posterior 
Inferior Contínua com a região 
submandibular 
 
Medial Lâmina lateral do processo 
pterigoide 
Fossa pterigopalatina via 
fissura pterigomaxilar 
Lateral Ramo e processo coronoide da 
mandíbula 
 
Anterior Face posterior da maxila à fissura 
orbital inferior 
Órbita via fissura orbital 
inferior 
Posterior Contínua com as estruturas nas 
vizinhanças do processo estiloide 
 
 
Nervos e vasos que suprem o músculo temporal passam da fossa 
infratemporal para a fossa temporal perfurando a face profunda desse músculo. 
Dois forames se abrem no teto da face medial da região infratemporal da asa 
maior do esfenoide. O mais amplo desses forames, o forame oval, dá passagem 
à divisão mandibular do nervo trigêmeo, em sua saída do crânio, e à artéria 
meníngea acessória, em seu trajeto para o interior do crânio. 
O menor forame, o forame espinhoso, fica situado entre o forame oval e a 
espinha do esfenoide. Por ele passam a artéria meníngea média e o nervo 
meníngeo recorrente da fossa para o interior do crânio. 
A fossa se comunica com a órbita em sua porção mais superior e anterior, via 
fissura orbital inferior, entre a maxila e a asa maior do esfenoide. Através dessa 
fissura passa a divisão maxilar do nervo trigêmeo, em seu trajeto para o 
assoalho da órbita, bem como o ramo zigomático que se origina desse nervo. 
A fenda entre a maxila e a lâmina lateral do processo pterigoide é a fissura 
pterigomaxilar, comunicando-se com a fossa pterigopalatina medialmente. É 
através dessa fissura que a artéria maxilar emite seus ramos para a fossa, 
alcançando, eventualmente, a cavidade nasal, através do forame esfenopalatino. 
Quadro 12.2 Músculos da Mastigação 
Músculo Origem Inserção Vascularizaçã
o 
Inervação Função 
Masseter Superficial: 
aponeurose 
tendínea do 
processo 
Face lateral do 
ramo e do ângulo 
da mandíbula, 
estendendo-se 
Ramo 
massetérico da 
artéria maxilar 
Ramo 
massetéric
o da 
divisão 
Poderoso 
levantador 
(elevador da 
mandíbula) 
zigomático 
da maxila e 
dos dois 
terços 
anteriores 
da margem 
inferior do 
arco 
zigomático 
Profunda: 
face medial 
e margem 
inferior do 
terço 
posterior do 
arco 
zigomático 
anteriormente até 
o último dente 
molar e 
estendendo-se 
superiormente até 
a base do 
processo 
coronoide 
mandibular 
do nervo 
trigêmeo 
Temporal Linha 
temporal 
inferior e 
ossos da 
fossa 
temporal 
Como um tendão 
no processo 
coronoide e 
margem anterior 
do ramo da 
mandíbula, 
estendendo-se 
inferior e 
anteriormente até 
o terceiro dente 
molar 
Artérias 
temporais 
profundas 
anterior e 
posterior da 
artéria maxilar; 
esses vasos se 
anastomosam 
com o ramo 
temporal médio 
da artéria 
temporal 
superficial 
Nervos 
temporais 
profundos 
anterior e 
posterior 
da divisão 
mandibular 
do nervo 
trigêmeo 
Primariament
e um 
levantador da 
mandíbula; 
algumas 
fibras 
(posterior e 
média) agem 
na retração 
Pterigóide
o medial 
(interno) 
Fossa 
pterigóidea 
e superfície 
medial da 
lâmina 
lateral do 
processo 
pterigoide; 
um feixe se 
origina da 
parte lateral 
do processo 
piramidal do 
palatino e 
do túber da 
maxila 
adjacente 
Face medial do 
ramo da 
mandíbula 
estendendo-se 
superiormente 
como o ligamento 
esfenomandibular 
e inferiormente 
até o sulco milo-
hióideo 
Ramo da artéria 
maxilar 
Nervo 
pterigóideo 
medial do 
tronco da 
divisão 
mandibular 
do nervo 
trigêmeo 
Primariament
e um 
levantador da 
mandíbula 
Pterigóide
o lateral 
(externo) 
Cabeça 
superior: 
asa maior 
do 
esfenoide e 
crista 
infratempor
al 
Cabeça 
inferior: face 
lateral da 
lâmina 
lateral do 
processo 
pterigoide 
Cabeça superior: 
cápsula articular 
da articulação 
temporomandibul
ar – disco e parte 
superior do colo 
da mandíbula 
Cabeça inferior: 
face anterior do 
colo da mandíbula 
Ramo da artéria 
maxilar 
Nervo 
pterigóideo 
lateral da 
divisão 
mandibular 
do nervo 
trigêmeo 
Cabeça 
superior: 
estabilizador 
da mandíbula 
Cabeça 
inferior: 
abaixador 
(depressor) 
da mandíbula 
e ligeira 
protrusão; 
inicia a 
abertura da 
boca 
O nervo alveolar superior posterior, que se origina do nervo maxilar como o 
último ramo que atravessa a fossa pterigopalatina, utiliza a fissura 
pterigomaxilar no seu trajeto em direção ao túber da maxila. 
MÚSCULOS E FÁSCIAS 
Músculos da Mastigação 
 Resumo. Os músculos da mastigação e suas fáscias estão localizados nas fossas 
temporal e infratemporal. 
Os músculos da mastigação (Quadro 12.2), todos derivados do mesoderma do 
primeiro arco faríngeo, estão localizados no interior da região profunda da face, 
com exceção do músculo masseter, previamente descrito como posicionado 
lateralmente em relação à mandíbula. 
Esses músculos, exceto o masseter, se originam da parte óssea profunda nas 
fossas temporal e infratemporal e se inserem na face medial da mandíbula. Em 
contrapartida, o músculo masseter se origina no arco zigomático e se insere na 
face lateral da mandíbula (Figura 12.2). 
Este grupo de músculos (temporal, pterigóideo medial, pterigóideo lateral e 
masseter) é recoberto pelo epimísio, que se torna a fáscia que envolve o 
compartimento mastigador. O compartimento mastigador contém os quatro 
músculos da mastigação e o ramo da mandíbula (Figura 12.3). 
Fáscias 
 Resumo. As fáscias que recobrem os músculos da mastigação e a glândula 
parótida são divisões da fáscia profunda. A fáscia envolve completamente os músculos 
da mastigação e o ramo da mandíbula. Ela se divide para recobrir os músculos 
pterigóideos, se reúne novamente e, em seguida, é fixada ao ligamento 
estilomandibular, auxiliando a formação do ligamento esfenomandibular. 
A fáscia temporal se distribui sobre a linha temporal superior, cobrindo o 
músculo temporal para se fixar no arco zigomático, em ambas as faces medial 
e lateral. 
A fáscia parotideomassetérica, fixada cranialmente ao arco zigomático, se 
divide envolvendo a glândula parótida, à medida que ela passa sobre a 
superfície lateral do músculo masseter, para se tornar contínua com a fáscia 
cervical profunda, nas proximidades dos músculos supra-hióideos. 
A fáscia massetérica cobre o músculo masseter e envolve o ramo da 
mandíbula, inferiormente, onde ela continua com a fáscia pterigóidea (Figura 
12.3). 
Ambos os músculos pterigóideos lateral e medial são envolvidos pela fáscia 
pterigóidea. Contudo, a fáscia é muito mais espessa na parte inferior do músculo 
pterigóideo medial, onde ela se torna contínua com as fáscia massetérica e 
cervical, assim como com o ligamento estilomandibular. 
À medida que a fáscia pterigóidea reflete sobre a parte superior do músculo 
pterigóideo medial, ela se divide para envolver o músculo pterigóideo lateral e 
fica fixada na origem óssea daquele músculo e na espinha do esfenoide. Essa 
última fixação é mais espessa, formando o ligamento esfenomandibular, que 
se estende da espinha do esfenoide à língula da mandíbula (Figura 13.3). A 
porção espessada da fáscia pterigóidea, localizada entre os dois músculos 
pterigóideos, se distribui entre a espinha do esfenoide e a lâmina lateral do 
processo pterigoide, sendo conhecida como ligamento pterigoespinhoso. 
Ocasionalmente, esse ligamento encontra-se ossificado. Quando isso acontece, 
um forame pterigoespinhoso está presente entre o ligamento e a crânio, 
conduzindo ramosdo nervo mandibular em direção aos músculos. Essa fáscia 
apresenta uma descontinuidade nas proximidades do colo da mandíbula para a 
passagem dos vasos maxilares em direção à fossa infratemporal. Situado entre 
o músculo temporal e a maior parte da superfície dos músculos pterigóideos 
encontramos o plexo venoso pterigóideo, conectando muitas das veias 
tributárias internas e externas do crânio, além da face, da região profunda da 
face, da órbita e da cavidade nasal. 
Músculo Temporal 
 Resumo. O músculo temporal, um músculo da mastigação, se origina na fossa 
temporal e se insere no processo coronoide da mandíbula. 
O músculo temporal é um músculo em forma de leque que se origina dos ossos 
da ampla fossa temporal (Figuras 12.3 e 12.4). Especificamente, o local de 
origem se estende inferiormente, a partir da linha temporal inferior que segue 
por toda a fossa temporal, incluindo partes do parietal, da escama do temporal 
e da asa maior do esfenoide, incluindo a sua crista infratemporal e a face 
temporal do frontal. Ocasionalmente, algumas fibras se originam da face 
temporal posterior do processo frontal do zigomático. Esses feixes musculares 
convergem para se inserir, por meio de um tendão, no processo coronoide da 
mandíbula e acompanham, inferiormente, a sua face anterior e a margem 
anterior do ramo até o nível do terceiro molar (Figuras 12.2, 12.3 e 12.4 e 
Quadro 12.2). As fibras anteriores desse músculo são direcionadas em um plano 
vertical desde a sua origem até a inserção; as fibras médias dispõem-se em um 
plano oblíquo e as fibras posteriores em um plano próximo do horizontal. 
O músculo é, primariamente, um levantador da mandíbula; contudo, as partes 
posterior e média, devido à direção e ao alinhamento das suas fibras musculares, 
são associadas à função de retração da mandíbula. 
O músculo temporal é inervado pelos nervos temporais profundos anterior e 
posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo. O nervo entra no músculo 
em sua face profunda, na fossa temporal. 
A vascularização é fornecida pelos ramos das artérias temporais superficial e 
maxilar. A artéria temporal média se origina da artéria temporal superficial, que 
entra na parte superficial do músculo. As artérias temporais profundas anterior 
e posterior se originam da artéria maxilar, acompanhando os nervos temporais 
profundos anterior e posterior, e entram na face profunda do músculo, onde se 
anastomosam com a artéria temporal média. 
Músculo Masseter 
 Resumo. O músculo masseter, o único músculo da mastigação localizado fora da 
região profunda da face, se origina do arco zigomático e se insere no ângulo e no ramo 
da mandíbula. 
A forma da região posterior da mandíbula se deve ao formato quadrangular 
do músculo masseter, que cobre o ângulo e o ramo da mandíbula (Figuras 12.1 
e 12.3 e Quadro 12.2). O músculo masseter, como previamente descrito, é o 
único músculo da mastigação situado fora da região profunda da face, uma vez 
que ele se origina do arco zigomático e insere-se na superfície lateral da 
mandíbula. 
Este músculo possui, desde a sua origem, uma parte superficial e outra parte 
menor, mais profunda. A parte superficial se origina, por intermédio de uma 
aponeurose, do processo zigomático da maxila e dos dois terços anteriores da 
margem inferior do arco zigomático. 
A parte menor, mais profunda, se origina da margem inferior do terço 
posterior do arco zigomático e de toda a extensão da sua superfície medial. É 
referido que a origem da parte superficial está limitada posteriormente pela 
sutura zigomaticotemporal. A origem da parte profunda é limitada 
posteriormente pela inclinação anterior do tubérculo articular do arco 
zigomático. 
As fibras das partes superficial e profunda do músculo se unem para inserir-
se na mandíbula, cobrindo amplamente o ângulo e acompanhando uma parte do 
ramo e do corpo, estendendo-se anteriormente até a região abaixo do último 
dente molar. 
Algumas fibras derivadas da parte profunda se inserem bem superiormente 
até a base do processo coronoide. É nessa região que as fibras do músculo 
temporal se originam da superfície interna do arco zigomático, podendo unir-
se às fibras da parte profunda do músculo masseter; em tais casos, emprega-se 
o termo músculo zigomaticomandibular. 
O músculo masseter funciona como um poderoso levantador da mandíbula. 
As fibras superficiais atuam para direcionar a força sobre os dentes molares, 
enquanto as fibras profundas, mais verticais, produzem uma força de retração, 
especialmente na oclusão. 
O músculo é inervado pelo nervo massetérico da divisão mandibular do nervo 
trigêmeo. Esse nervo motor entra no músculo em sua face profunda adjacente à 
incisura da mandíbula, através da qual ele penetra em sua origem, na face 
profunda. 
O suprimento vascular para o músculo provém do ramo massetérico da artéria 
maxilar. A artéria e a veia acompanham o nervo em seu trajeto para o músculo. 
Músculo Pterigóideo Medial 
 Resumo. O músculo pterigóideo medial, o músculo da mastigação situado mais 
profundamente, insere-se na face interna do ramo e do ângulo da mandíbula, como uma 
imagem em espelho do músculo masseter. 
O músculo pterigóideo medial (interno) se origina da parte mais profunda da 
região profunda da face, inserindo-se na face medial do ramo e do ângulo da 
mandíbula. Assim, ele é anatômica e funcionalmente um músculo análogo ao 
músculo masseter (Figuras 12.2, 12.3, 12.5 a 12.8 e Quadro 12.2). 
Considerações Clínicas 
Infecção no Espaço Mastigador 
A fáscia profunda ao redor da mandíbula sofre uma divisão, formando duas lâminas no nível da sua 
margem inferior. Como consequência, os músculos da mastigação (temporal, masseter e 
pterigóideos medial e lateral) ficam encapsulados no interior de um compartimento denominado 
espaço mastigador (ver Figura 12.3). As duas lâminas se fundem novamente na margem superior 
do músculo temporal, de onde ele se origina do crânio. Além de conter os músculos da mastigação, 
esse espaço amplo também aloja a artéria maxilar e muitos dos seus ramos; a divisão mandibular 
do nervo trigêmeo e vários dos seus ramos; e grande parte do corpo adiposo da bochecha. O 
espaço mastigador também se comunica com muitos outros espaços no interior da cabeça e do 
pescoço que podem contribuir para a propagação de infecções e/ou de neoplasias originadas na 
cavidade oral. 
Tumores das glândulas salivares, abscessos, hemangiomas e disseminação metastática de 
carcinoma de células escamosas (especialmente do assoalho da boca, da fossa tonsilar e da parte 
nasal da faringe) podem propagar-se para o espaço mastigador. Pessoas com suspeita de infecções 
no espaço mastigador apresentam-se em mau estado de saúde e necessitam de atenção médica 
imediata. 
 
Figura 12.3 Músculos da mastigação e suas fáscias. 
 
Figura 12.4 Músculos temporal e masseter. 
 
Figura 12.5 Vista lateral dos músculos pterigóideos medial e lateral. Observe 
como as cabeças do músculo pterigóideo lateral se inserem no côndilo e no disco 
articular. 
Os locais específicos de origem são o processo piramidal do palatino na fossa 
pterigóidea e a face medial da lâmina pterigóidea lateral. Essa área de origem é 
ampla e se estende para o músculo tensor do véu palatino. 
Um feixe muscular anterior adicional se origina da parte lateral do processo 
piramidal e da região adjacente do túber da maxila. Embora a maior parte do 
músculo fique situada profundamente ao músculo pterigóideo lateral, o feixe 
anterior adicional fica localizado superficialmente a este músculo. 
O músculo pterigóideo medial é dirigido para baixo, para trás e lateralmente, 
para inserir-se na superfície medial do ramo da mandíbula. O local de inserção 
fica situado entre o ângulo da mandíbula, o sulco milo-hióideo e o forame da 
mandíbula. 
O ligamento esfenomandibular marca o limite maissuperior da inserção 
muscular. Ocasionalmente, uma estrutura tendínea marca o encontro das fibras 
dos músculos masseter e pterigóideo medial, na margem inferior do ângulo da 
mandíbula. Esse arranjo é referido como alça pterigomassetérica. 
 
Figura 12.6 Músculos pterigóideos medial e lateral (vista posteroinferior). 
O músculo pterigóideo medial funciona primariamente como um levantador 
da mandíbula. Suas fibras são direcionadas em um arranjo oblíquo; contudo, a 
força predomina em uma direção vertical. A inserção dos músculos masseter e 
pterigóideo medial – suspendendo o ângulo da mandíbula entre eles – forma 
uma alça mandibular, com esses dois músculos agindo sinergicamente, 
utilizando a articulação temporomandibular (ATM) como guia. 
O músculo pterigóideo medial recebe o seu suprimento motor de um nervo 
de mesmo nome, ramo da divisão mandibular do nervo trigêmeo, e que entra na 
sua face profunda. O músculo é vascularizado por um ramo da artéria maxilar. 
Músculo Pterigóideo Lateral 
 Resumo. O músculo pterigóideo lateral possui duas cabeças em sua origem, que 
convergem para inserir-se no colo da mandíbula e em várias estruturas da ATM. 
O músculo pterigóideo lateral (externo) é um músculo curto, preenchendo o 
restante da fossa infratemporal e cobrindo uma grande parte do músculo 
pterigóideo medial. Esse músculo possui duas cabeças em sua origem. A cabeça 
menor, superior, se origina da região infratemporal da asa maior do esfenoide, 
estendendo-se lateralmente até a crista infratemporal. A cabeça maior, inferior, 
se origina da face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide (Figuras 12.2, 
12.3, 12.5 a 12.8 e Quadro 12.2). 
As fibras da cabeça superior seguem posterior e lateralmente em uma direção 
predominantemente horizontal, a partir da crista infratemporal. As fibras da 
cabeça inferior são direcionadas para trás lateralmente e ligeiramente para cima 
em seu trajeto em direção à mandíbula. 
Embora essas duas cabeças de origem sejam separadas uma da outra, suas 
fibras convergem à medida que elas se aproximam do local de inserção próximo 
à e na mandíbula. A cabeça superior se insere na cápsula articular da ATM, na 
margem anterior do disco articular e na parte superior do colo da mandíbula. A 
cabeça inferior se insere ao longo da superfície anterior do colo da mandíbula. 
Evidências recentes indicam que as duas cabeças permanecem separadas, 
mesmo no local de inserção, desempenhando diferentes funções, e podendo, 
ainda, ser inervadas separadamente. 
O músculo pterigóideo lateral é considerado tradicionalmente como um 
músculo “abaixador da mandíbula”, que faz protrusão da mandíbula e move 
este osso lateralmente, quando atua de forma unilateral. 
Evidências mais recentes suportam a hipótese de que o músculo pterigóideo 
lateral seja, de fato, composto por dois músculos distintos, com uma cabeça 
superior e outra inferior. A cabeça superior, fixada à cápsula articular e ao disco, 
é considerada um músculo estabilizador do processo condilar da mandíbula, 
enquanto a cabeça inferior é referida como um músculo que traciona a 
mandíbula e o disco para a frente, efetuando a abertura da boca. 
O músculo pterigóideo lateral é inervado por um ramo que entra na sua face 
profunda, proveniente da divisão mandibular anterior separadamente ou com 
um ramo do nervo bucal da divisão mandibular do nervo trigêmeo. O 
suprimento vascular é fornecido por um ramo da artéria maxilar, à medida que 
ela passa superficial ou profundamente ao músculo. Prolongamentos do corpo 
adiposo da bochecha preenchem os espaços entre os músculos da mastigação 
profundamente à mandíbula. 
As ATM são articulações bilaterais formadas pelas cabeças da mandíbula de 
cada lado e pelos temporais, correspondendo às eminências articulares de seus 
processos zigomáticos. Interposto às superfícies articulares encontramos um 
disco de tecido conectivo que é reforçado por fixações musculares, ligamentos 
e uma cápsula densa. As forças que agem nessa articulação produzem a abertura 
e o fechamento da boca, assim como os movimentos de lateralidade necessários 
à mastigação e produzidos por ações musculares bilaterais. 
 
Figura 12.7 Região profunda da face. Uma parte do arco zigomático e do ramo 
da mandíbula foi removida para revelar as estruturas profundas. Observe a 
artéria maxilar passando por baixo do músculo pterigóideo lateral. 
 
Figura 12.8 Artérias e nervos da região profunda da face. O músculo pterigóideo 
lateral foi removido para mostrar a divisão mandibular do nervo trigêmeo. 
Os locais de origem e de inserção desses músculos na mandíbula definem os 
movimentos articulares. De maneira geral, as funções são de abertura e de 
fechamento da boca; contudo, existem pequenas variações entre esses músculos 
quando agem antagônica ou sinergicamente com outros músculos de cada um 
dos lados da cabeça (ver Capítulo 13). 
Músculo Esfenomandibular 
Recentemente, um músculo adicional, o esfenomandibular, foi descoberto na 
região profunda da face. Previamente, este músculo foi descrito como parte do 
músculo temporal; contudo, dissecções cuidadosas demonstraram que se trata 
de um músculo distinto. O músculo esfenomandibular se origina da face 
infratemporal da asa maior do esfenoide e possui uma inserção tendínea na 
crista temporal da mandíbula. O suprimento vascular desse músculo deriva de 
pequenos ramos da artéria maxilar, em comum com os vasos destinados ao 
músculo pterigóideo medial. Seu suprimento nervoso ainda não foi definido. 
SUPRIMENTO VASCULAR 
 Resumo. As estruturas da região profunda da face recebem o seu suprimento 
vascular de ramos da artéria maxilar. 
O suprimento vascular da região profunda da face se origina de ramos da artéria 
maxilar, acompanhados de pequena contribuição da artéria temporal média para 
a parte superior do músculo temporal. 
Artéria Maxilar 
 Resumo. A artéria maxilar, um ramo terminal da artéria carótida externa, segue 
profundamente à mandíbula e passa através da glândula parótida. A artéria é descrita 
como consistindo em três porções e termina emitindo vários ramos no interior da fossa 
pterigopalatina. 
A artéria maxilar (Quadro 12.3), a maior dos dois ramos terminais da artéria 
carótida externa, se origina desta artéria, profundamente ao colo da mandíbula, 
incluída no interior da glândula parótida. 
A artéria maxilar, logo após a sua saída, faz uma curva anteriormente, passando 
entre o ramo da mandíbula e o ligamento esfenomandibular, no seu trajeto em 
direção à fossa pterigopalatina, onde ela se divide nos ramos terminais (Figura 
12.9). Ao longo do seu trajeto nessa fossa, ela emite ramos para a orelha, a 
ATM, as meninges, os músculos da mastigação, os dentes e estruturas de 
suporte da mandíbula, o músculo bucinador, a bochecha e a túnica mucosa da 
boca. 
Como ramos terminais, a ramificação da artéria no interior da fossa 
pterigopalatina supre os dentes e as estruturas de suporte da maxila, a cavidade 
nasal e o palato. O maior ramo terminal entra no assoalho da órbita como artéria 
infraorbital, que, eventualmente, sai em direção à face. 
A seguinte discussão está restrita, em grande parte, às descrições da artéria e 
de seus ramos que suprem as estruturas profundas da face. Excluindo-se 
algumas exceções, os ramos terminais foram ou serão detalhados nos capítulos 
apropriados. 
Considerações Clínicas 
Disfunção Temporomandibular 
As situações relacionadas com um mau funcionamento da ATM são denominadas disfunções 
temporomandibulares (DTM). Os sintomas são numerosos e incluem (mas não se restringem a) 
aumento na sensibilidade, sensação dolorosa na musculatura da mandíbula (músculos da 
mastigação), incapacidade de abrir ou fechar a boca, dor à mordida, cefaleia, estalidos ou 
crepitação ao mastigar ou bocejar e sons de atrito durante a mastigação. 
As causas de DTM nemsempre são evidentes, mas podem incluir bruxismo, atritar os dentes 
durante o sono, trincar os dentes em momentos de estresse, lesões na face e/ou na mandíbula, 
fraturas de mandíbula, lesão em “chicotada”, artrite reumatoide, crescimento assimétrico da 
mandíbula, má oclusão, perda dentária, uso de próteses mal ajustadas e doença periodontal. 
Qualquer dessas condições ou sua combinação pode produzir uma DTM aguda e, se deixada 
progredir a um estado crônico, pode dificultar o manuseio e, eventualmente, ser adicionada de um 
fator psicológico. Indivíduos portadores de sintomas de DTM deveriam consultar um dentista ou um 
especialista em DTM. 
Quadro 12.3 Artéria Maxilar 
Porção Trajeto Ramos Distribuição 
Porção 
Mandibular; 
Primeira Parte 
Origina-se profundamente, 
no interior da glândula 
parótida, seguindo atrás do 
ramo da mandíbula, 
próximo ao processo 
condilar e superficialmente 
ao ligamento 
esfenomandibular. 
Artéria auricular 
profunda 
Supre a ATM, a parede do meato acústico 
externo e a membrana timpânica. 
 Artéria 
timpânica 
anterior 
Entra na cavidade timpânica para suprir a 
membrana timpânica e as estruturas 
associadas. 
 Artéria alveolar 
inferior 
Entra no forame da mandíbula. Bifurca-se 
na artéria incisiva, suprindo os dentes 
mandibulares e os tecidos de suporte, e na 
artéria mentual, que sai da mandíbula no 
forame mentual, para suprir o mento. A 
artéria milo-hióidea, que supre o músculo 
milo-hióideo, é o ramo que se origina da 
artéria alveolar inferior antes da entrada no 
forame da mandíbula. 
 Artérias 
meníngeas 
média e 
acessória 
As artérias meníngeas média e acessória se 
originam separadamente ou por meio de um 
tronco comum. A artéria meníngea média 
entra no crânio através do forame 
espinhoso. A artéria meníngea acessória 
entra através do forame oval. Ambas 
suprem as meninges. 
Porção 
Pterigóidea; 
Segunda Parte 
Pode seguir superficial ou 
profundamente ao músculo 
pterigóideo lateral no seu 
trajeto em direção à fossa 
pterigopalatina. 
Artérias 
temporais 
profundas 
As artérias temporais profundas anterior e 
posterior passam anterior e posteriormente 
à medida que ascendem profundamente ao 
músculo temporal, suprido por estas 
artérias. 
 Artérias 
pterigóideas 
Ramos curtos que fornecem o suprimento 
vascular para os músculos pterigóideos 
medial e lateral. 
 Artéria 
massetérica 
Esta artéria acompanha o nervo de mesmo 
nome através da incisura da mandíbula para 
suprir o músculo masseter. 
 Artéria bucal Acompanha o nervo bucal, passando em 
estreita associação com o tendão do 
músculo temporal em seu trajeto para o 
músculo bucinador, provendo o suprimento 
vascular para este músculo e a túnica 
mucosa adjacente da boca. 
Porção 
Pterigopalatina; 
Terceira Porção 
Segue no interior da fossa 
pterigopalatina, através da 
fissura pterigomaxilar. 
Artéria alveolar 
superior 
posterior 
Ramos da terceira parte são emitidos à 
medida que ela entra na fissura 
pterigomaxilar. Segue ao longo do túber da 
maxila para entrar no forame alveolar 
superior posterior. 
Supre o seio maxilar, os dentes molares e 
pré-molares e a gengiva adjacente. 
 Artéria 
infraorbital 
É a continuação da artéria maxilar, embora 
possa se originar de um tronco comum com 
a artéria ASP (alveolar superior posterior). 
Entra no assoalho da órbita, através da 
fissura infraorbital e, em seguida, deixa a 
órbita através do canal infraorbital, 
chegando à face pelo forame infraorbital. 
Durante o trajeto no assoalho da órbita, ela 
emite ramos orbitais que suprem o músculo 
oblíquo inferior e a glândula lacrimal. Os 
ramos alveolares superiores anteriores 
suprem o seio maxilar, os dentes caninos e 
incisivos e a gengiva adjacente. Ao sair pelo 
forame infraorbital, ela emite ramos para 
alguns músculos adjacentes da face e para 
as pálpebras, bem como para as regiões 
nasal e labial superior. 
 Artéria do canal 
pterigoide 
Uma pequena artéria passa através da 
parede posterior da fossa pterigopalatina 
para suprir a tuba auditiva, a faringe, a 
orelha média e o seio esfenoidal. 
 Artéria palatina 
descendente 
Assume um trajeto descendente no canal 
pterigopalatino, onde se divide nas artérias 
palatianas maior e menor. A artéria palatina 
maior sai em direção ao palato através do 
forame palatino maior para suprir a mucosa 
do palato, a gengiva e as glândulas do 
palato duro. Ela se anastomosa com a 
artéria nasopalatina no canal incisivo. A 
artéria palatina menor sai em direção ao 
palato mole pelo forame palatino menor. Ela 
supre o palato mole e a tonsila palatina. Ela 
se anastomosa com o ramo palatino 
ascendente da artéria facial. 
 Ramo faríngeo Um pequeno ramo passando através do 
canal faríngeo para suprir a tuba auditiva, a 
faringe, a orelha média e o seio esfenoidal. 
 Artéria 
esfenopalatina 
Passa no interior da cavidade nasal, através 
do forame esfenopalatino, para vascularizar 
porções das conchas e dos meatos nasais 
via ramos nasais e septais. O principal e 
mais longo dos ramos, a artéria 
nasopalatina, segue um trajeto descendente 
no interior do canal incisivo, onde se 
anastomosa com os ramos da artéria 
palatina maior. 
A artéria maxilar é descrita como consistindo em três segmentos, à medida 
que ela segue através das regiões mandibular, pterigóidea e pterigopalatina. 
Porção Mandibular 
 Resumo. A porção mandibular da artéria maxilar (localizada profundamente à 
mandíbula) envia ramos para as meninges, os dentes mandibulares, as estruturas de 
suporte, o músculo milo-hióideo e o lábio inferior, assim como o mento, para se 
anastomosar com ramos de outras origens. 
A porção mandibular segue atrás da mandíbula entre o seu ramo e o ligamento 
esfenomandibular. Os ramos que se originam desta porção incluem as artérias 
auricular profunda e timpânica anterior (descritas no Capítulo 21). 
Originando-se também desta porção encontramos as artérias meníngeas 
média e acessória. Ambas as artérias ascendem para entrar no crânio através 
dos forames espinhoso e oval, respectivamente. A distribuição dessas artérias 
foi descrita no Capítulo 9. Outra artéria que se origina desta porção da artéria 
maxilar é a artéria alveolar inferior, que emite a artéria milo-hióidea antes da 
entrada no forame mandibular. A artéria milo-hióidea segue ao longo do sulco 
milo-hióideo em direção ao músculo milo-hióideo, que ela supre. No interior 
do canal da mandíbula, a artéria alveolar inferior supre o osso, os dentes e as 
estruturas adjacentes de suporte, alcançando o nível do primeiro pré-molar, 
onde ela se divide em um ramo incisivo e um ramo mentual. O ramo incisivo 
continua para vascularizar os dentes anteriores e as estruturas de suporte. 
O ramo mentual sai da mandíbula através do forame mentual em direção à face 
para se anastomosar com as artérias labial inferior e submentual, vascularizando 
o mento. 
Ocasionalmente, a artéria lingual pode originar-se da artéria alveolar inferior 
nas proximidades da sua origem na porção mandibular da artéria maxilar. 
Quando está presente, essa artéria adota um trajeto descendente para auxiliar a 
vascularização da mucosa da boca. 
Porção Pterigóidea 
 Resumo. A porção pterigóidea da artéria maxilar vasculariza os músculos da 
mastigação e o músculo bucinador. 
Os ramos que se originam do segmento pterigóideo da artéria maxilar são 
responsáveis pela vascularização dos músculos da mastigação e do músculo 
bucinador. 
O trajeto dessa porção da artéria não é constante, uma vez que elapode passar 
superficial ou profundamente ao músculo pterigóideo lateral (ver Figuras 12.7 
e 12.8). 
A artéria massetérica se origina dessa porção da artéria maxilar e passa 
através da incisura da mandíbula para entrar no músculo masseter. 
As artérias temporais profundas anterior e posterior acompanham os 
nervos de mesmo nome para entrar na face profunda do músculo temporal, 
anastomosando-se com o ramo temporal médio da artéria temporal superficial. 
As artérias pterigóideas curtas se originam desta porção para vascularizar 
os músculos pterigóideos medial e lateral, assim como o músculo 
esfenomandibular. 
A artéria bucal acompanha o nervo bucal à medida que ele passa para entrar 
no músculo bucinador. Embora o nervo bucal não inerve esse músculo, ele é 
vascularizado pela artéria bucal, bem como a pele e a mucosa da boca adjacente. 
Essa artéria vasculariza os dentes pré-molar e molar, os tecidos de suporte 
adjacentes e o seio maxilar. 
Porção Pterigopalatina 
 Resumo. A porção pterigopalatina da artéria maxilar entra na fossa pterigopalatina 
e termina emitindo vários ramos que suprem os dentes molares e pré-molares 
maxilares, os tecidos de suporte e o seio maxilar. 
Esta porção da artéria maxilar entra na fossa pterigopalatina via fissura 
pterigomaxilar. À medida que o vaso entra na fossa, ele emite vários ramos, 
como a artéria alveolar superior posterior, que assume um trajeto descendente 
sobre o túber da maxila e penetra no forame alveolar superior posterior, 
juntamente com o nervo homônimo. Essa artéria supre os dentes molares e pré-
molares, os tecidos de suporte adjacentes e o seio maxilar. 
As demais artérias desta porção serão descritas nos Capítulos 14 e 16. 
Plexo Pterigóideo e Veia Maxilar 
 Resumo. O plexo venoso pterigóideo, situado sobre as faces dos músculos 
pterigóideos e no interior dos espaços profundos da face, recebe tributárias de uma 
série de regiões, incluindo todos os ramos venosos que acompanham os ramos da 
artéria maxilar. 
O plexo venoso pterigóideo é uma rede densa de veias situada sobre as faces 
dos músculos pterigóideos lateral e medial e que se estende nos espaços 
profundos da face, no interior da fossa infratemporal (Figura 12.10). O plexo 
recebe tributárias venosas dos vasos correspondentes aos ramos da artéria 
maxilar de mesmos nomes. O plexo está em comunicação direta ou indireta com 
uma vasta área, incluindo a cavidade craniana, o seio cavernoso, a cavidade 
nasal, a órbita, os seios paranasais, a veia facial, as veias faciais profundas e as 
veias angulares. 
A veia maxilar é um tronco venoso curto que acompanha a artéria maxilar à 
medida que ela se situa atrás da mandíbula. Essa veia conecta o plexo venoso 
pterigóideo à veia temporal superficial, formando, assim, a veia 
retromandibular. 
 
 
Figura 12.9 A artéria maxilar e seus ramos na região profunda da face. 
Considerações Clínicas 
Anestesia 
Administração inapropriada de agentes anestésicos, no caso de manuseio de um dente molar 
maxilar, pode propiciar que a agulha puncione o plexo venoso pterigóideo, resultando em um 
hematoma com notável aumento de volume. O trajeto da agulha criaria a possibilidade da 
propagação de infecções fatais para o seio cavernoso. 
 
Figura 12.10 Os seios venosos da dura-máter com as suas comunicações. Observe o 
plexo venoso pterigóideo e suas comunicações com a região profunda da face, a região 
superficial da face e o seio cavernoso. 
INERVAÇÃO 
v Resumo. A maior parte da inervação sensitiva e toda a inervação motora das 
estruturas da região profunda da face são supridas por ramos da divisão mandibular do 
nervo trigêmeo. 
Nervo Trigêmeo 
 Resumo. O nervo trigêmeo (nervo craniano V) apresenta três divisões: oftálmica, 
maxilar e mandibular. A maior parte das estruturas profundas da face é suprida por 
ramos da divisão mandibular, com pequena contribuição da divisão maxilar. 
Divisão Mandibular 
 Resumo. A divisão mandibular do nervo trigêmeo é a única divisão que contém 
ambos os componentes: sensitivo e motor. Os dois componentes se unem após 
atravessar o forame oval para formar o tronco do nervo mandibular. 
A divisão mandibular do nervo trigêmeo sai do crânio através do forame oval. 
As raízes sensitiva e motora passam separadamente através do forame antes de 
se unirem em um tronco no interior da fossa infratemporal. 
O tronco é muito curto e se divide em dois principais componentes. O 
componente anterior é principalmente motor com alguns ramos sensitivos, 
enquanto o componente posterior é principalmente sensitivo com alguns ramos 
motores. 
Dois ramos se originam do tronco: o ramo meníngeo e o nervo pterigóideo 
medial. 
■O ramo meníngeo retorna à cavidade craniana através do forame 
espinhoso, acompanhando a artéria meníngea média. No interior da 
cavidade craniana, ele provê inervação sensitiva para a dura-máter. 
■O nervo pterigóideo medial se origina da parte medial do tronco, 
passando através do gânglio ótico adjacente em seu trajeto para o 
músculo pterigóideo medial. Dois pequenos ramos se originam do nervo 
pterigóideo medial nas proximidades de sua origem: 
■O nervo para o músculo tensor do tímpano e o nervo para o 
músculo tensor do véu palatino. O primeiro segue para a tuba auditiva, 
sobre o músculo de mesmo nome, na orelha média. O segundo nervo 
entra no músculo tensor do véu palatino nas proximidades da sua origem. 
Divisão Anterior 
 Resumo. A divisão anterior do nervo mandibular (predominantemente motora) 
inerva todos os músculos da mastigação, exceto o músculo pterigóideo medial. Ela 
também contém fibras sensitivas para a pele e a mucosa da bochecha. 
A divisão anterior do nervo mandibular provê inervação motora para todos os 
músculos da mastigação (com possível exceção do músculo esfenomandibular). 
Essa divisão também apresenta um componente sensitivo para a pele e a mucosa 
da bochecha. Originando-se dessa divisão temos os nervos massetérico, 
temporal profundo, pterigóideo lateral e bucal. 
■O nervo massetérico passa superiormente ao músculo pterigóideo 
lateral e, então, lateralmente à incisura da mandíbula, enviando um 
pequeno ramo para a ATM, antes de entrar nas partes profundas do 
músculo masseter. 
■Os nervos temporais profundos, em geral um ramo anterior e outro 
posterior (algumas vezes também um ramo intermédio) que ascendem 
entre as duas cabeças do músculo pterigóideo lateral para entrar na face 
profunda do músculo temporal. Ocasionalmente, esses nervos podem se 
originar do nervo massetérico ou do nervo bucal. 
■O nervo pterigóideo lateral entra na face profunda do músculo que o 
recobre. 
■O nervo bucal passa entre as duas cabeças do músculo pterigóideo 
lateral e, em seguida, continua anteriormente ultrapassando a margem do 
músculo masseter e forma um plexo na superfície do músculo bucinador. 
Aqui, ele se comunica livremente com o nervo facial, enviando ramos 
sensitivos para o nervo facial, para inervar a pele da bochecha. O nervo, 
então, perfura o músculo para prover a inervação sensitiva da mucosa da 
bochecha e da gengiva adjacente. 
Divisão Posterior 
 Resumo. A divisão posterior do nervo mandibular possui apenas um único nervo 
motor que supre o músculo milo-hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico. Os 
componentes sensitivos inervam as meninges, a ATM, os dentes mandibulares e os 
tecidos de suporte, a pele da região temporal, a orelha externa e a membrana timpânica, 
além dos dois terços anteriores da língua. Ela também se comunica com os nervos 
glossofaríngeo e facial. 
A divisão posterior do nervo mandibular é predominantemente sensitiva, 
possuindo apenas um único nervo motor – o nervo milo-hióideo, que supre o 
músculo milo-hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico. Originando-se 
desta divisão encontramos os nervos auriculotemporal, lingual e alveolar 
inferior.■O nervo auriculotemporal se origina da divisão posterior do nervo 
mandibular, geralmente por meio de duas raízes que se unem após ter 
contornado a artéria meníngea média, antes de esta artéria entrar no 
forame espinhoso. O nervo auriculotemporal, então, segue 
profundamente ao músculo pterigóideo lateral à medida que ele passa 
posterior e profundamente à glândula parótida. O nervo, em seguida, 
torna-se superficial, entre a concha da orelha e a articulação 
temporomandibular, abaixo do arco zigomático. Então, ele passa 
superficialmente ao arco zigomático, acompanhando a artéria temporal 
superficial, para se distribuir na região lateral da cabeça. Próximo de sua 
origem, o nervo auriculotemporal recebe conexões do gânglio ótico. 
Trata-se de fibras pós-ganglionares parassimpáticas a serem distribuídas 
à glândula parótida, por intermédio do nervo auriculotemporal (ver 
Quadro 18.2). À medida que o nervo passa através da glândula, essas 
fibras são emitidas para provocar uma estimulação secretora da glândula. 
As fibras pré-ganglionares são derivadas do nervo glossofaríngeo e 
alcançam o gânglio ótico por intermédio do nervo petroso menor. 
■O nervo auriculotemporal também se comunica com o nervo facial no 
interior da glândula parótida. Essas fibras sensitivas são enviadas ao 
nervo facial para posterior distribuição na face. À medida que o nervo 
auriculotemporal passa pela concha da orelha e a ATM, ele envia os 
ramos auriculares anteriores para a pele da concha da orelha e do meato 
acústico externo, além de ramos articulares. Acima do arco zigomático, 
o nervo se ramifica nos nervos temporais superficiais que se distribuem 
para a pele da região lateral da cabeça. 
■O nervo lingual se origina profundamente ao músculo pterigóideo 
lateral e segue um trajeto descendente para passar superficialmente sobre 
o músculo pterigóideo medial quando ele segue anteriormente em 
direção à região submandibular. O nervo lingual se une ao nervo corda 
do tímpano enquanto ele está encoberto pelo músculo pterigóideo lateral. 
O nervo corda do tímpano, um ramo do nervo facial, torna-se aparente 
na face profunda da espinha do esfenoide. O nervo conduz fibras 
relacionadas com a sensação do paladar e fibras pré-ganglionares 
parassimpáticas destinadas à glândula submandibular (ver Quadro 18.2). 
■O nervo lingual provê a sensibilidade geral dos dois terços anteriores 
da língua, as áreas adjacentes da boca e a gengiva lingual. Fibras 
sensitivas relacionadas com o paladar oriundas da corda do tímpano são 
distribuídas aos dois terços anteriores da língua pelo nervo lingual. 
Fibras pré-ganglionares parassimpáticas deixam o nervo e entram no 
gânglio submandibular, onde fazem sinapses com os corpos dos 
neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, cujas fibras secretoras são 
distribuídas às glândulas submandibular, sublingual e salivares menores 
do assoalho da boca. Detalhes da via seguida pelo nervo lingual estão 
mais bem descritos no Capítulo 15. 
■O nervo alveolar inferior se origina profundamente ao músculo 
pterigóideo lateral e lateralmente ao nervo lingual. Esse nervo passa 
entre o ligamento esfenomandibular e o ramo da mandíbula para entrar 
no forame da mandíbula. No interior do canal da mandíbula o nervo 
distribui os seus ramos para os dentes mandibulares, as estruturas de 
suporte e a gengiva. 
■Um ramo do nervo alveolar inferior, o nervo mentual, emerge do 
forame mentual para prover a sensibilidade da pele do mento e do lábio 
inferior. Os ramos incisivos continuam anteriormente no canal da 
mandíbula para inervar os dentes caninos e incisivos, as estruturas de 
suporte e a gengiva. Antes de o nervo alveolar entrar no forame da 
mandíbula, ele emite o nervo milo-hióideo, o único componente motor 
da divisão posterior. Esse nervo motor segue ao longo do sulco para o 
nervo milo-hióideo, antes de entrar no músculo milo-hióideo. Após 
cruzar sua face superficial, o nervo também fornece inervação motora 
para o ventre anterior do músculo digástrico. 
Divisão Maxilar 
 Resumo. A divisão maxilar do nervo trigêmeo pode ser observada na região 
profunda da face à medida que ela passa através da fossa pterigopalatina. Aqui, um 
pequeno ramo deixa o nervo e segue ao longo do túber da maxila para prover a 
inervação sensitiva da mucosa da bochecha. Uma divisão desse ramo entra no forame 
do nervo alveolar superior para suprir o seio maxilar, a gengiva, os tecidos de suporte e 
os três dentes molares. 
Uma pequena contribuição da divisão maxilar do nervo trigêmeo é observada 
na região profunda da face. À medida que o nervo maxilar passa na fossa 
pterigopalatina, um pequeno ramo se origina dele e passa lateralmente na região 
profunda da face, através da fissura pterigomaxilar. 
Esse nervo alveolar superior posterior segue um trajeto descendente sobre 
o túber da maxila para entrar no forame alveolar superior posterior; alguns 
ramos continuam para inervar a gengiva e a mucosa da bochecha. 
Aquelas fibras que entram no forame se distribuem para o seio maxilar, os 
dentes, as estruturas de suporte e a gengiva, alcançando o limite do primeiro 
dente molar, onde ocorre a formação de um plexo dental juntamente com os 
nervos alveolares superiores anterior e médio, inervando o restante do seio 
maxilar, os dentes, as estruturas de suporte e a gengiva. 
MASTIGAÇÃO 
 Resumo. O processo de ingestão, mordida, mastigação e deglutição é complexo e 
iniciado de forma consciente e, em seguida, segue um padrão aprendido, envolvendo 
uma atividade automática e rítmica, associada a um controle neurológico dos músculos 
da mastigação acompanhado pela ação de vários grupos de músculos acessórios. Um 
complexo circuito neurológico, incluindo entradas (inputs) de informações sensitivas 
especializadas do interior dos ligamentos periodontais, age para prevenir a destruição 
do sistema mastigatório. 
Embora não seja o objetivo deste livro detalhar os padrões temporais precisos 
e a coordenação de eventos no processo mastigatório, uma descrição mais 
generalizada será oferecida. O leitor que desejar mais detalhes será conduzido 
às Referências Selecionadas, no final deste livro. 
Considerações Clínicas 
Lesão do Nervo Mandibular 
A divisão mandibular do nervo trigêmeo (nervo craniano V) pode ser lesada por uma variedade de 
causas, incluindo traumatismo na região lateral da cabeça ou da face; fratura da mandíbula; fratura 
dos ossos da face; tumores; e infecções meníngeas. Os sintomas desse tipo de lesão incluem a 
paralisia dos músculos da mastigação no lado acometido, causando um desvio da mandíbula para o 
lado oposto; perda da sensibilidade na região inferior da face, na pele da região temporal, do mento, 
do lábio inferior, da mucosa bucal e da gengiva do mesmo lado da lesão. Ainda teríamos perda da 
sensibilidade geral dos dois terços anteriores da língua e dos dentes mandibulares do lado afetado. 
A intensidade dos sintomas está relacionada com a gravidade da lesão. 
O processo complexo da mastigação envolve muitos grupos musculares, ao 
lado de um grupo comumente conhecido como “músculos da mastigação”. O 
processo é iniciado conscientemente; contudo, os movimentos e a atividade 
rítmica são controlados por um circuito neural complexo, na parte central do 
sistema nervoso. O processo exato varia individualmente, mas uma vez que o 
padrão seja estabelecido, ele permanece constante para um indivíduo em 
particular. Isso não implica que o processo seja estático; na verdade ele é 
continuadamente alterado, considerando que as alterações no interior do 
sistema estomatognático são constantes e dinâmicas, por toda a vida. 
O processo se inicia com a ingestão ou pela laceração dos alimentos pelos 
dentes anteriores e continua à medida que o alimento é mobilizado pelos 
músculos em contato com as bochechas e a língua para posicionar o alimento 
entre os dentes molares e pré-molaresdas duas arcadas maxilar e mandibular. 
Os músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigóideo medial) então 
atuam para elevar a mandíbula, movê-la de um lado para o outro (levantadores 
contralaterais e pterigóideo medial ipsilateral), abaixá-la (pterigóideo lateral, 
digástrico, milo-hióideo e gênio-hióideo), protraí-la (pterigóideo lateral) e 
retraí-la (parte do músculo temporal), efetuando a ação de triturar em um padrão 
coordenado. Maiores informações a respeito dos músculos envolvidos nos 
padrões de movimentos exatos podem ser encontradas no Capítulo 13 a respeito 
da ATM. 
As forças aplicadas ao bolo alimentar são cuidadosamente monitoradas por 
receptores especiais (propriocepção) localizados no interior dos ligamentos 
periodontais e nos próprios músculos, prevenindo possíveis destruições do 
sistema estomatognático. 
O processo de mastigação prepara o alimento para a deglutição, reduzindo o 
bolo ingerido a menos de dois centímetros de diâmetro. Mastigar também serve 
para manter o alimento em contato com a saliva na boca e estimula a secreção 
de sucos digestivos no interior do sistema digestório.

Continue navegando