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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO EM ADMINISTRAÇÃO

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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO EM ADMINISTRAÇÃO
A área de administração requer um constante aprendizado, precisamos compreender as teorias com segurança, para colocar em pratica nossos conhecimentos para futuras tomadas de decisões, assim conseguimos descobrir como esses conhecimentos podem nos ajudar a administrar uma organização.
Podemos citar nessa evolução do pensamento administrativo a Ciência da administração, Teoria Clássica da Administração, Teoria Burocrática, Teoria contingencial, Teoria Neoclássica, entre outras que fazem parte da evolução do pensamento administrativo. 
A ciência da administração é definida como a aplicação do método cientifico e do raciocínio analítico ao processo de decisões dos executivos no controle de sistemas comerciais e industriais, pelos quais os gestores são responsáveis. 
A aplicação de métodos científicos implica a necessidade se coleta de dados, a análise crítica dos indícios reunidos, a formulação de hipóteses usadas para construção de modelos comportamento dos sistemas que estão sendo examinados, a especificação de critérios para mensuração das variáveis que afetam o desempenho desses sistemas, a criação de projetos experimentais, a previsão de resultados futuros e o teste de validade e da solidez dos modelos das hipóteses proposto. 
A Abordagem Clássica da Administração se divide em dois níveis: Administração Científica criado por Taylor e Teoria Clássica criada por Henri Fayol .
Taylor iniciou a chamada Escola da administração cientifica, onde se preocupava mais em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. Do outro lado tivemos Henri Fayol que que desenvolveu a chamada Teoria Clássica, seu principal foco era em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração.
Origens da Abordagem Científica
Crescimento acelerado e desorganizado das empresas;
A necessidade aumentar a eficiência e a competência das organizações;
Taylor preocupou-se originalmente com a eliminação do desperdício na indústria americana e com o aumento da produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Sua ênfase na tarefa (divisão do trabalho), na racionalização, na redução dos tempos de execução do trabalho do operário: predomínio da atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo-padrão, permitindo a especialização do operário e o reagrupamento de movimentos, operações, tarefas, etc., que constituem a chamada “Organização Racional do Trabalho” (ORT).
Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Como há sempre um método mais rápido e um instrumento melhor que os demais, esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise cientifica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada operário. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho ORT.
Teoria Clássica da Administração
A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do operário e do somatório da eficiência individual.
Na Teoria Clássica, ao contrário, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos, departamentos ou pessoas. Fayol, foi fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica de Taylor.
As funções básicas da empresa segundo Fayol:
Funções técnicas – produção de bens/serviços da empresa.
Funções comerciais – permutação (compra e venda).
Funções financeiras – procura e manutenção de capitais.
Funções de segurança – preservação das pessoas e processos.
Funções contábeis – inventários, balanços, custos.
Funções administrativas – as funções administrativas que coordenam e sincronizam as demais funções da empresa.
Conceito de Administração
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as funções de administrador, a saber:
Prever. Visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
Organizar. Constituir o duplo organismo material e social da empresa.
Comandar. Dirigir e orientar o pessoal.
Coordenar. Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.
Teoria Burocrática 
A teoria da burocracia tem como base o pensamento racional, para almejar a excelência. A teoria Burocrática foi criada por Max Weber ao redor dos anos de 1940 a principal característica era organização das empresas em normas e regulamentos escritos e preestabelecidos para seu funcionamento que busca forma detalhada de explicar como as atividades serão realizadas.
 Segundo Kurcgant (1991 p. 08) A proposta burocrática visa à eficiência organizacional como objetivo básico, e para tanto detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê em detalhes o funcionamento organizacional. Desse modo, mantém um caráter racional e uma sistemática divisão de trabalho. Caracteriza-se ainda pela impessoalidade nas relações humanas, considerando os indivíduos apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização.
Os princípios fundamentais da teoria da burocracia de Weber são:
Formalização: regras definidas de administração, que devem ser cumpridas por todos dentro de uma empresa. Todas as regras devem ser formalizadas por escrito.
Divisão do trabalho: definir funções específicas para cada colaborador.
Hierarquia: gestão em pirâmide. A hierarquia necessita de chefias definidas.
Impessoalidade: cada funcionário deve cumprir suas tarefas dentro um sistema formatizado.
Competência técnica e Meritocracia: os funcionários devem ser escolhidos por mérito e precisam passar por avaliações periódicas de desempenho.
Previsibilidade do funcionamento: os funcionários precisam se comportar de acordo com normas e regulamentos da empresa para que as ações se tornem previsíveis.
Teoria Contingencial 
Nesta teoria se enfatiza o fato do ambiente externo ocasionar as modificações de estruturação e organização de uma empresa. Também enfoca a tecnologia como um alicerce que influencia nos resultados da empresa. A empresa deve ser ajustada e adaptada ao ambiente e à tecnologia, assim como seus processos regulamentadores, como meio de se manter ativa e eficiente. 
A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Essas pesquisas e estudos foram contingentes na medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo qual as empresas funcionavam em diferentes condições. Estas condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que as empresas escolheram como seu domínio de operações. Por outras palavras, essas condições são ditadas de acordo com o seu ambiente externo. Essas contingências externas podem ser consideradas como oportunidades ou como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos das organizações.
Teoria Neoclássica 
A Teoria Neoclássica é o nome dado a um conjunto de teorias que surgiram na década de 1950 e que propõem uma retomada das abordagens clássica e científica da administração. A teoria têm como principal referência Peter Drucker.A teoria Neoclássica Surgiu da necessidade de se utilizarem os conceitos válidos e relevantes da Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e distorções típicos de qualquer teoria pioneira e condensando-os com outros conceitos igualmente válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrativas ao longo das três últimas décadas.
A Teoria Neoclássica pode ser identificada através de algumas características marcantes: a ênfase na parte prática da Administração, a reafirmação relativa dos postulados clássicos, a ênfase nos primeiros clássicos de Administração, a ênfase nos resultados e objetivos e, sobretudo, o ecletismo aberto e receptivo. O ponto fundamental da Teoria Neoclássica é o de ser a Administração uma técnica social básica. Isto leva à necessidade de o administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a direção de pessoas dentro das organizações.
As principais características da Teoria Neoclássica são as seguintes:
Ênfase na prática da administração.
Reafirmação dos postulados clássicos.
Ênfase nos princípios gerais de administração.
Ênfase nos objetivos e nos resultados.
Ecletismo nos conceitos.
Ênfase na departamentalização.
As Teorias da Administração faz com que criamos uma forma melhor de se alcançar resultados, observando as teorias conseguimos encontrar a melhor forma de se administrar, controlar e comandar uma organização. Podemos verificar que a evolução do pensamento em administração se modificou conforme o passar dos anos, por isso devemos analisar e escolher a melhor forma de se aplicar essas teorias de acordo com as necessidades que cada empresa tem. 
Referências 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 7ª Ed. São Paulo: Campus, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1980.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Editora Atlas, 1996.
Luiz F. dos santos. Evolução do pensamento administrativo. 1º Ed. São Paulo, 2013