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AO JUÍZO DE DIREITO DA ____VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ. PEDRO (sobrenome), (nacionalidade), solteiro, engenheiro civil, residente e domiciliado na rua..., nº..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., portador da carteira de identidade nº..., registrado no CPF/MF sob o nº..., vem por seu advogado infrafirmado, com endereço profissional à rua..., nº..., bairro..., cidade..., UF..., Cep..., oferecer QUEIXA em face de HELENA (sobrenome), (nacionalidade), solteira, (profissão) portadora da carteira de identidade nº..., registrada no CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliada na rua..., nº..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., com base no artigo 30 do CPP e no artigo 100, parágrafo 2º do CP, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: I – DOS FATOS; No dia 19 de abri de 2018, quinta-feira, o querelante planejando comemorar seu aniversário em uma churrascaria da cidade de Niterói/RJ com amigos e familiares, criou um evento em seu perfil, de uma página de rede social amplamente utilizada por milhares de pessoas no mundo contemporâneo. Cabe informar que, o querelante utiliza a dita rede social diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho, além de usufruir das ferramentas para manter outros contatos profissionais. Na mesma data da criação do mencionado evento, a querelada, ex-namorada do querelante, ao tomar conhecimento da comemoração navegando na citada rede social, se aproveitou da oportunidade para ofender a dignidade, bem como imputar fatos ofensivos à reputação do querelante, tais como “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” Diante do acima narrado, o querelante se sentiu humilhado e resolveu por deixar de comemorar seu aniversário como tinha planejado, haja vista ter a publicação ter sido visualizada pelos convidados para o evento, bem como pelos amigos que estavam em sua casa no momento, quais sejam, Marcos, Miguel e Manuel. No dia seguinte, o querelante procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na internet onde ela poderia se visualizada. II – DOS FUNDAMENTOS; Diante dos fatos anteriormente expostos, resta claro que ao dirigir ao querelante as ofensas “(...) já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha (...)” a querelada pretendeu ofender a honra subjetiva do querelante, lhe ofendendo a dignidade, estando assim incursa na conduta descrita no artigo 140 do CP, qual seja, o crime de injúria. Ademais, ao prosseguir nas ofensas, afirmando perante a coletividade que utiliza a rede social, que “(...) ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalhava teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” a querelada praticou o delito de difamação, tipificado no artigo 139 do CP, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. Cumpre ressaltar que a forma utilizada, publicação em rede social, pela querelada para difamar, foi extremamente prejudicial ao status profissional do querelante, basta ver que o mesmo meio é utilizado pelo querelante para manter contatos profissionais. Por fim, cumpre ainda salientar que, por ter a querelada se utilizado de meio que facilitou a divulgação da difamação e da injúria, qual seja, a rede social deve incidir sobre a penas eventualmente impostas a majorante descrita no inciso III, do artigo 141 do CP. III – DOS PEDIDOS Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência: a) Requer seja recebida a presente queixa-crime; b) A citação da querelada, para que querendo, ofereça resposta; c) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal; d) A intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas; e) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo Penal na importância de 40 (quarenta) vezes o valor do salário mínimo vigente, que é equivalente a R$ 38.160,00 (trinta e oito mil e cento e sessenta reais); f) E ao final desta, depois de confirmada judicialmente a autoria e materialidade dos delitos dos autos, seja a Querelada condenada, julgando-se procedente a presente Queixa-Crime, nas penas cominadas nos Artigos 139 e 140 do Código Penal pátrio, como também seja a pena máxima em concreto aplicada em conformidade com o artigo 70 do Código Penal brasileiro. IV – DAS PROVAS: Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito, bem como a juntada posterior de documentos, ouvida do noticiado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligências e tudo mais que se fizer necessário. Nestes termos, pede e espera, A CONDENAÇÃO DA QUERELADA. Local e Data OAB Advogado ROL DE TESTEMUNHAS 1. Marcos – (RG, CPF, ENDEREÇO); 2. Miguel – (RG, CPF, ENDEREÇO); 3. Manuel – (RG, CPF, ENDEREÇO).
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