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fisiologia da hipertensão

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GEOCI MARI IPARRAGUIRRE MARTINS RODRIGUES
 
 TRABALHO FISIOLOGIA
 FISIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
 
 
 
 TRAMANDAI 03 ABRIL 2015
 
 GEOCI MARI IPARRAGUIRRE MARTINS RODRIGUES
 
 TRABALHO FISIOLOGIA
 FISIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
 
 
 TRAMANDAI 03 ABRIL 2015
Para entender melhor todo o mecanismo envolvido na aferição da Pressão Arterial, seus resultados e anormalidades são importantes revisarmos fisiologicamente o Sistema Circulatório, ao qual a pressão arterial está envolvida.
Coração - anatomia e fisiologia
Aspecto e localização
O coração é um órgão oco de paredes musculosas, situado no centro do tórax, entre os dois pulmões e por trás do osso esterno, num espaço denominado mediastino. Tem a forma de um cone irregular e encontra-se numa posição oblíqua. A base está direcionada para cima e para a direita, enquanto que o vértice aponta para baixo e para a esquerda. A face inferior está apoiada sobre o diafragma, músculo que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.
O tamanho do coração corresponde aproximadamente ao da mão fechada da própria pessoa - porém, pode variar segundo a idade, o sexo, as características físicas e até os hábitos de vida de cada um, sendo um pouco maior nos homens, especialmente nos que têm uma constituição física forte e nos que praticam desporto, e menor nas mulheres, em particular nas que apresentam uma constituição mais fraca e nas que levam uma vida mais sedentária. Em média, o coração pesa cerca de 280 g nos homens e cerca de 230 g nas mulheres.
Estrutura interna
No interior do coração existem dois septos de tecido muscular e membranoso, um vertical e um horizontal, os quais determinam quatro compartimentos cardíacos diferentes. O septo vertical atravessa o coração desde a sua base até cima e divide-o em duas metades, à direita e a esquerda, normalmente incomunicáveis entre si. O septo horizontal, por seu lado, separa as duas cavidades superiores, denominadas aurículas, dos compartimentos inferiores, designados ventrículos, mas apresenta orifícios que permitem a comunicação das aurículas com o ventrículo do seu lado.
Aurículas. As duas aurículas ocupam apenas uma pequena porção do coração e estão situadas na parte superior do órgão. Estão separadas entre si pelo septo vertical, designado de septo interauricular, e dos respectivos ventrículos pelo septo horizontal, denominado septo auriculoventricular. A sua missão é acolher o sangue que lhes chega através das veias, desde os pulmões e restante organismo, para imediatamente impulsioná-lo para os respectivos ventrículos.
A aurícula direita apresenta dois orifícios por onde entram a veia cava superior e a veia cava inferior, que conduzem o sangue pobre em oxigênio, proveniente de todo o organismo, para o coração. A parte inferior comunica com o ventrículo direito através de um orifício composto por uma válvula que apenas deixa passar o sangue em direção ao ventrículo.
A aurícula esquerda apresenta quatro pequenos orifícios, por onde entram as quatro veias pulmonares que trazem para o coração o sangue já oxigenado nos pulmões. A parte inferior comunica com o ventrículo esquerdo através de um orifício igualmente composto por uma válvula unidirecional.
Ventrículos. Os dois ventrículos constituem grande parte do coração e estão situados na parte inferior do órgão, separados entre si pelo septo vertical, que aqui se designa septo interventricular. A sua missão é receber o sangue das respectivas aurículas, de modo a impulsioná-lo imediatamente para as artérias que o levarão até aos pulmões e a todo o organismo. Cada um dos ventrículos está separado da aurícula do seu lado pelo septo horizontal, comunicando entre si pela correspondente válvula.
O ventrículo direito apresenta um orifício de saída que comunica com a artéria pulmonar, a qual pouco depois de abandonar o coração se divide em duas ramificações, encarregues de transportar o sangue pobre em oxigênio até aos dois pulmões para que se abasteça deste precioso gás.
O ventrículo esquerdo, o maior e com paredes mais musculosas, apresenta um orifício de saída que comunica com a artéria aorta, na qual entra o sangue previamente oxigenado nos pulmões para, então, ser levado a todo o organismo.
Parede cardíaca
As paredes do coração são formadas por três camadas:
• A camada mais interna denomina-se endocárdio, uma fina e delicada túnica de tecido epitelial que reveste por completo as aurículas, os ventrículos e as válvulas cardíacas.
• A camada intermédia é o miocárdio, ou seja, o músculo cardíaco a que corresponde a maioria da espessura da parede do coração. Este tecido é formado por inúmeras estruturas de fibras musculares estriadas, semelhantes às que constituem os músculos esqueléticos, mas que ao contrário destas não são controladas pela vontade.
• A camada externa é o epicárdico, uma fina membrana serosa que reveste exteriormente todo o órgão e que faz parte do saco que envolve o coração, fixando-o no seu sítio, denominado pericárdio.
Válvulas cardíacas
O sangue circula pelo interior do coração num único sentido, ou seja, desde cada aurícula até ao respectivo ventrículo e daí até à artéria correspondente, quer seja a pulmonar, no lado direito, ou a aorta, no esquerdo. Esta circulação unidirecional, indispensável para o bom funcionamento cardíaco, é garantida por um sistema de válvulas que permite a passagem do sangue de um sector para o outro, impedindo ao mesmo tempo o seu refluxo.
Válvulas auriculoventriculares. A passagem do sangue da aurícula para o ventrículo de cada lado é regulada por um sofisticado aparelho valvular. Cada uma destas válvulas é formada por pequenos folhetos de forma trapezoidal ou triangular, denominados valvas, cuja base é inserida num anel fibroso que rodeia o orifício de comunicação auriculoventricular. As bordas livres destas valvas projetam para o centro do orifício, para que fiquem sobrepostas, cobrindo-o por completo. De modo a assegurar a sua função, pende da parte inferior uma série de longas fibras resistentes, denominadas cordas tendinosas, que se inserem nos músculos papilares das paredes do ventrículo. Quando a aurícula se contrai, as valvas projetam-se para o ventrículo, desbloqueando o orifício e permitindo, assim, a passagem da corrente sanguínea até à cavidade ventricular. Uma vez o ventrículo cheio, as valvas regressam à sua posição anterior, fechando hermeticamente o orifício, ao mesmo tempo em que os músculos papilares se contraem e esticam as cordas tendinosas, de modo a impedir que se projetem até ao interior da aurícula, evitando o refluxo durante a contração ventricular.
Existem duas válvulas auriculoventriculares, uma em cada lado do coração:
• A válvula auriculoventricular direita ou válvula tricúspide, assim denominada por conter três valvas.
• A válvula auriculoventricular esquerda ou válvula mitral, assim designada por ser formado por duas valvas principais e pelo seu aspecto recordar a mitra que cobre a cabeça de certas dignidades eclesiásticas.
Válvulas aórtica e pulmonar. Estas duas válvulas, denominadas em conjunto válvulas semilunares ou sigmóides, encontram-se nos orifícios que permitem a comunicação entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta e o ventrículo direito e a artéria pulmonar, respectivamente, deixando passar apenas o fluxo sanguíneo do ventrículo para a correspondente artéria. Cada válvula é formada por três pequenas valvas de forma semiesférica, com a convexidade orientada para o ventrículo, cuja base está fixadaà parede arterial e cujo bordo livre é móvel. Por cima da inserção de cada uma das duas válvulas existem pequenas dilatações, conhecidas como seios aórticos e seios pulmonares, respectivamente, cuja função é muito importante, pois quando o ventrículo se contrai impulsiona o sangue com força até às valvas, fazendo com que estas o projetem até à artéria, o que permite a passagem da corrente sanguínea; então, o sangue acumula-se nos seios, impedindo que adiram às paredes arteriais, e quando a contração acaba o próprio peso do sangue acumulado nos seios faz com que as valvas regressem à sua posição original, de modo a obstruírem a passagem do sangue na direção contrária. Além disso, são nos seios aórticos que se encontram os orifícios de saída das artérias coronárias, as artérias que irrigam o coração.
Pericárdio
O pericárdio é um saco fibroso, ou seja, uma espécie de bolsa resistente que envolve todo o coração e que constitui a base dos grandes vasos que saem do órgão, protegendo o conjunto e mantendo-o no seu sítio através de fixações que o unem ao diafragma e à parede anterior do tórax. Na verdade, trata-se de um saco duplo, pois é formado por duas camadas bem distintas. A camada externa é constituída por um tecido fibroso duro, denominado pericárdio fibroso. Por outro lado, a camada interna é uma membrana delgada, transparente e mole, denominada pericárdio seroso, que reveste completamente o interior da camada externa e logo se reflete para recobrir o exterior do coração, ao qual está intimamente unida, pois constitui a sua camada externa, o epicárdico. O conjunto formado pelo pericárdio fibroso e pelo folheto de pericárdio seroso, que reveste o seu interior, denomina-se pericárdio parietal, enquanto que o folheto de pericárdio seroso que reveste o exterior do coração se designa pericárdio visceral.
É possível detectar entre as duas camadas um espaço fechado, a cavidade pericárdica, onde existe uma delgada camada de líquido lubrificante, o líquido pericárdico, segregado pelo pericárdio seroso. A função deste líquido é evitar os atritos e as fricções das paredes do coração com o saco duro que o envolve durante as suas contínuas dilatações e contrações. Existem diversas patologias inflamatórias e infecciosas que podem provocar um aumento da quantidade de líquido pericárdico, ou seja, um derrame pericárdico, originando alguma dificuldade nos movimentos do coração, o que pode colocar em perigo o seu funcionamento. Nestes casos, uma das soluções é drenar o excesso através de uma punção efetuada pela parede do tórax.
Automatismo cardíaco
Ao contrário do resto dos músculos estriados do corpo, pertencentes ao aparelho locomotor, a atividade do tecido miocárdico não é controlada pela vontade, pois os estímulos elétricos responsáveis pelo funcionamento do músculo cardíaco geram-se espontânea e ritmicamente em algumas das suas próprias fibras, propagando-se aos restantes de maneira a garantir a contração e a dilatação sequencial dos diferentes compartimentos. O sistema nervoso, embora possa acelerar ou reduzir a atividade cardíaca, devido à sua influência, não pode desencadeá-la, pois o coração é um órgão funcionalmente autônomo.
Na verdade, as fibras musculares do coração são muito específicas, pois têm uma membrana capaz de modificar a sua permeabilidade consoante os diferentes íons, ou seja, as moléculas carregadas eletricamente, como o sódio (Na+), o potássio (K+) ou o cálcio (Ca++). Devido à progressiva concentração destas partículas nos dois lados da membrana (polarização), produz-se uma diferença da carga elétrica entre o interior e o exterior da célula (potencial da membrana). Quando essa diferença alcança um determinado limiar é desencadeada uma verdadeira corrente elétrica (potencial de ação), que avança ao longo de toda a fibra muscular, determinando a sua contração, a qual se propaga inclusivamente às fibras adjacentes. Após o cessar do impulso elétrico, o potencial da membrana regressa ao seu nível anterior (repolarização) e a fibra relaxa-se, ficando à espera de um novo estímulo que provoque a contração seguinte.
De qualquer forma, nem todas as células miocárdicas são capazes, em condições normais, de gerar estes estímulos, apesar de existirem algumas especializadas na produção de impulsos elétricos rítmicos a uma determinada frequência, embora variável segundo as necessidades. Em princípio, o centro que comanda a atividade cardíaca é o nódulo sinusal, localizado na aurícula direita, onde em condições normais se produzem cerca de 60 a 100 estímulos por minuto.
Estes estímulos propagam-se ao resto da aurícula direita e também à esquerda, provocando à contração de ambas as câmaras, em direção aos ventrículos, sobretudo através de três estruturas de fibras de condução especializadas que constituem os denominados feixes auriculares internodais. Estes fazem parte do nódulo sinusal e chega a outro centro específico, o nódulo auriculoventricular (ou nódulo de Aschoff-Tavara), localizado junto ao orifício auriculoventricular do lado direito. Neste local, o impulso elétrico sofre um pequeno atraso antes de prosseguir o seu caminho através de outro grupo de fibras de condução, o feixe de His, que por sua vez se dirige para o septo interventricular. Depois de chegar a este septo, o feixe de His divide-se em dois ramos, o direito e o esquerdo, que finalmente se subdividem em inúmeras ramificações que se expandem pelas paredes de ambos os ventrículos, formando a designada rede de Purkinje. A partir do momento em que surge o impulso no nódulo sinusal, um verdadeiro pacemaker cardíaco, desencadeia-se a contração de ambas as aurículas e, depois, a contração dos ventrículos, sendo as últimas fibras ventriculares ativadas ao fim de aproximadamente 0.22 segundos. Caso o nódulo sinusal não seja ativado, por algum motivo, o nódulo auriculoventricular é encarregue da função cardíaca, mas fá-lo com cerca de 40 a 60 estímulos por minuto. Se este também permanecer inativo, é igualmente possível que seja a rede de Purkinje a coordenar este processo, embora seja numa frequência inferior. De qualquer forma, pode acontecer que uma zona específica desencadeie impulsos atípicos, irregulares ou mais frequentes do que o normal, provocando as denominadas arritmias cardíacas.
Ciclo cardíaco
As sucessivas dilatações e contrações das diversas câmaras cardíacas determinam a passagem do sangue de cada aurícula para o ventrículo do seu lado e deste para a artéria correspondente. Este ciclo repete-se incessantemente ao longo de toda a vida e sempre com o mesmo ritmo sincrônico de dilatações e contrações dos diferentes compartimentos cardíacos. A fase de dilatação, quando o coração se enche de sangue, denomina-se diástole; por sua vez, a fase de contração, quando o coração expulsa o seu conteúdo, designa-se sístole. Considera-se que um ciclo cardíaco começa no final de uma contração e termina no final da seguinte, abrangendo uma diástole e uma sístole.
Diástole. As aurículas relaxam-se e recebem o sangue proveniente das veias, enchendo-se progressivamente. As válvulas auriculoventriculares abrem-se e deixam passar o sangue de cada aurícula para o ventrículo correspondente. Por fim, as aurículas, que se vão esvaziando à medida que os ventrículos se enchem, contraem-se com força, o que se denomina sístole auricular, impulsionando o resto do seu conteúdo para os ventrículos.
Sístole. Após os ventrículos se encherem, as válvulas auriculoventriculares fecham-se, impedindo o refluxo de sangue até às aurículas. As paredes dos ventrículos distendem-se, o que aumenta a pressão no seu interior - a força é tal que o sangue acaba por forçar a abertura das válvulas arteriais. Então, as paredes ventriculares contraem-se e impulsionam o sangue para as artérias da seguinte forma: do ventrículo direito para a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo para a aorta.
Coração de atleta
O  coração é formado basicamente por tecido muscular e, como todos os músculos, responde ao treino intenso e regular que provoca um aumento daespessura das suas paredes. Desta forma, o coração consegue expulsar, cada vez que se contrai uma maior quantidade de sangue, não tendo que aumentar exageradamente a frequência dos batimentos cardíacos, sempre que o organismo necessite, devido a exigências físicas pontuais, de uma maior oxigenação dos seus tecidos. É por este motivo que o coração de um desportista profissional costuma ser maior do que o normal - embora trabalhe, em condições normais, a um ritmo mais lento do que o comum -, já que assim o moderado aumento da frequência dos batimentos, em plena competição, consegue cobrir todas as necessidades orgânicas. De qualquer forma, o "coração de atleta" não é problemático e é importante que se diferencie esta situação daquelas em que o coração se dilata ou as suas paredes se engrossam em consequência de uma doença.
Sinais e sintomas de doença cardíaca
 
Os grandes vasos
Esta denominação é atribuída aos vasos que saem e chegam ao coração, pois como têm que acolher um considerável volume sanguíneo são evidentemente os maiores e os que têm maior diâmetro no organismo. Estes grandes vasos são:
• A artéria aorta, que surge do ventrículo esquerdo e para onde o coração envia todo o sangue oxigenado.
• A artéria pulmonar, que surge do ventrículo direito e se divide nas duas artérias pulmonares que conduzem o sangue pobre em oxigénio até cada um dos pulmões.
• A veia cava superior e a veia cava inferior, que conduzem até à aurícula direita o sangue pobre em oxigênio proveniente, respectivamente, da parte superior e da parte inferior do organismo.
• As veias pulmonares, duas provenientes do pulmão direito e outras duas provenientes do pulmão esquerdo, conduzem até à aurícula esquerda o sangue oxigenado nos pulmões.
Inervação do coração
O coração é inervado pelo sistema nervoso autônomo ou vegetativo, ou seja, a parte do sistema nervoso central que controla automaticamente o funcionamento dos órgãos internos. Ao coração chegam fibras provenientes das duas partes do sistema nervoso autônomo, nomeadamente do sistema simpático, através de nervos provenientes das cadeias ganglionares situadas junto à medula espinal torácica, e do sistema parassimpático, através do nervo vago. Ambos os tipos de fibras reúnem-se na base do coração, formando o plexo cardíaco, onde são largamente distribuídos a todo o órgão. Os seus estímulos são opostos: o simpático pode, por exemplo, ativar o aumento da frequência cardíaca, enquanto que o parassimpático predomina em situações de repouso e em estados de acalmia, determinando uma diminuição dos batimentos.
O débito cardíaco
Denomina-se de "débito cardíaco" o volume de sangue que o coração bombeia num minuto, sendo um parâmetro muito útil para avaliar a eficiência funcional do órgão. Este débito cardíaco depende de dois fatores: do volume sistólico, ou seja, da quantidade de sangue expulsa pelo coração em cada batimento, e da frequência cardíaca, ou seja, da quantidade de batimentos que se produzem por minuto.
O volume sistólico, ou seja, a quantidade de sangue que o coração expulsa até às artérias em cada batimento, equivale à capacidade do ventrículo esquerdo. Por exemplo, num homem adulto de peso médio, cada contração do ventrículo esquerdo transporta para a aorta cerca de 70 ml de sangue. Este volume é, logicamente, inferior nas crianças, sendo também menor nas mulheres, e é reduzido como é óbvio, em casos de doença. Pelo contrário, é maior nos praticantes regulares de uma atividade física intensa (como, por exemplo, os desportistas), cujo coração chega a alcançar dimensões bem consideráveis; por outro lado, praticamente não aumenta em quem sofre de uma dilatação cardíaca, devido a uma falha funcional do coração.
A frequência cardíaca, ou seja, o número de batimentos que se sucedem ao longo de um minuto, corresponde ao número de vezes que o nódulo sinusal é ativado neste período, precisamente entre 60 a 100 vezes por minuto em condições de repouso. Este ritmo é um pouco mais elevado nas crianças e tende a diminuir na velhice. Além disso, pode aumentar consideravelmente sempre que seja realizado um esforço físico ou em situações de stress. E, como é óbvio, também pode surgir modificações mais ou menos graves em diversas situações patológicas, desde um simples estado febril a uma grave doença cardíaca. Ainda assim, num adulto saudável e em condições de repouso, o débito cardíaco situa-se entre os cinco e os 61 de sangue por minuto, aproximadamente a quantidade total de sangue presente no aparelho cardiovascular. Em caso de necessidade, como acontece quando se pratica um exercício físico muito intenso, o débito cardíaco pode chegar aos 251 por minuto, assegurando assim a adequada perfusão de todos os tecidos.
RESUMO
O coração é formado por duas bombas distintas, uma delas bombeia o sangue para os pulmões, enquanto a outra bombeia o sangue que sai dos pulmões para todo o resto do corpo. Assim, o sangue flui ao longo de um circuito contínuo, denominado Sistema Circulatório.
O sangue ao atingir o átrio direito, trazido pelas grandes veias, é forçado pela contração arterial a passar pela válvula tricúspide, enchendo o ventrículo direito. O ventrículo direito bombeia o sangue através da válvula pulmonar para a artéria pulmonar e, daí para os pulmões e, finalmente, pelas veias pulmonares, para o átrio esquerdo. A contração do átrio esquerdo força o sangue a passar pela válvula mitral para o ventrículo esquerdo, de onde, pela válvula aórtica, atinge a aorta e, por essa artéria, toda circulação sistêmica. 
A circulação é dividida em duas definições. A Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar, onde a veia cava inferior e superior levam sangue ao átrio direito, daí através da válvula tricúspide chega ao ventrículo direito, sendo então conduzida a artéria pulmonar que leva aos pulmões e retorna ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares.
Na Grande Circulação ou Circulação Sistêmica o sangue passa do átrio esquerdo ao ventrículo esquerdo pela válvula bicúspide ou mitral. Do ventrículo esquerdo é bombeado para o corpo, saindo pela válvula aórtica e artéria aorta, retornando ao átrio direito pelas veias cavas.
Os dois átrios são bombas de escorva que forçam quantidades adicionais de sangue para o interior dos ventrículos respectivos, imediatamente antes da contração ventricular. Essa propulsão de sangue adicional faz com que os ventrículos atuem como bombas muito mais eficientes do que seriam sem esse mecanismo especial de enchimento. Entretanto, os ventrículos são tão possantes que ainda são capazes de bombear grandes quantidades de sangue mesmo quando os átrios não estão funcionando. 
Um corte microscópio de um músculo cardíaco, as fibras possuem mesma estriação transversa, que é característica de músculo esquelético. Isso porque o músculo cardíaco possui o mesmo tipo de mecanismo contrátil por filamentos deslizantes de actina e de miosina, que ocorre no músculo esquelético. 
Entretanto, ao contrário do músculo esquelético, as fibras MUSCULARES cardíacas são interconectadas entre si, formando treliça que é chamada de sincício. Essa disposição é semelhante à que existe no músculo liso visceral, onde suas fibras também são fundidas, formando massa interconectada de fibras, também chamada de sincício.
No coração existem dois sincícios musculares distintos. Um deles corresponde ao músculo cardíaco, que forma a parede dos dois átrios, enquanto o outro é o músculo cardíaco que forma a parede dos dois ventrículos. Essas duas massas musculares são separadas por tecido fibroso, situado entre os átrios e os ventrículos. A importância das duas massas musculares sinciciais distintas é a seguinte: quando qualquer dessas é estimulada, o potencial de ação se propaga por todo o sincício e, portanto, faz com que toda a massa MUSCULAR contraia. Dessa forma, quando a massa muscular atrial é estimulada em qualquer ponto, o potencial de ação é propagado tanto para o átrio direito quanto para o átrio esquerdo,o que faz com que todo o complexo das paredes atriais contraia a um só tempo, do que resulta a contração do sangue para passar pelas válvulas mitral e tricúspide.

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